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Seminario Interdisciplinar - S7 - 2023 1 - NP3

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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR 
 
 
Campus Dom Luís: Av. Dom Luís, 911 – Aldeota – CEP: 60160-230 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3457.5300 
Campus Parque Ecológico: Rua João Adolfo Gurgel, 133 – Papicu – CEP: 60192-345 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3265.8100 
Campus Benfica: Rua Princesa Isabel, 1920 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3214-8770 
 www.unichristus.edu.br 
1 
 
SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR S7 – 2023.1 – NP1 
 
Data Seminário: 10/06/2023 
Disciplinas Participantes: Gestão em Sistemas e Serviços de Saúde, Clínica Infantil I, Clínica IV 
e Metodologia da Pesquisa. 
 
Joaquina, 39 anos, moradora do Bairro Presidente Kennedy e usuária da UAPS Ivana Paes chegou 
à unidade de Saúde às 8:00 para consulta odontológica marcada uma semana atrás no acolhimento da Dra. 
Sílvia, dentista da sua área. Na consulta com sua dentista, Joaquina relatou dor a palpação e pressão na 
região posterior, superior esquerda, com presença de edema. Ao realizar os exames inicias e anamnese da 
paciente, a mesma relatou que estava tomando Amitriptilina e Fluoxetina diariamente, pois estava com 
depressão e fazia tratamento na unidade enquanto aguardava ser agendada para um psiquiatra. Segundo 
Joaquina, a atendente do NAC (núcleo de atendimento ao cliente) informou que sua consulta estava 
aguardando na Central de Regulação. Dra. Sílvia sentiu-se incomodada com a situação de dona Joaquina 
pois, não só ela, mas muitos dos seus pacientes, estavam esperando há muito tempo para consultas 
especializadas. Pensou que na próxima reunião do núcleo regional de saúde bucal, tentaria conversar com 
os demais profissionais no sentido de elaborar um plano de ação para que esta situação se resolvesse, 
além de sistematizar o monitoramento e avaliação desses fluxos.. 
 Luiza e Marina, alunas do Centro Universitário Unichristus, estão realizando um estágio na Unidade 
de Saúde da Dra. Sílvia e puderam acompanhar a consulta da Joaquina. Na história médica pregressa da 
paciente, a mesma relatou Hipertensão Arterial Sistêmica (segundo ela controlada) e fazia uso de 
Hidroclorotiazida e Captopril diariamente, porém, naquele dia ela não foi medicada, pois estava faltando a 
medicação na Unidade Básica de saúde. Ao aferirem a pressão arterial (PA), foi verificada uma PA de 
170/110mm Hg. 
 No exame intraoral, pode-se observar inadequada higiene oral, ISG de 67%, presença de raízes 
residuais (21,22 e 43), ausência dos elementos 17,16,15,14,13,12,11,36 e 46. Presença de lesões cariosas 
nos elementos 23,44,45,34 e 35. Recessão gengival com ausência de mobilidade no 31 (Figura 01). 
Observou-se aumento de volume na lingual dos dentes 43, 44, 33 e 34, endurecido à palpação e sem 
sintomatologia dolorosa. Pode-se observar também uma extrusão do elemento dentário 47, a tal ponto de 
entrar em contato com o rebordo alveolar superior do lado direito, além de uma mesialização acentuada do 
mesmo devido à ausência do 46. Na visualização da arcada superior notou-se irregularidade óssea 
acentuada do lado direito e na região anterior e um aumento de volume da tuberosidade maxilar ipsilateral. 
Em relação à sua queixa principal, foi verificado através de imagem radiográfica que o elemento 24, já 
possuía tratamento endodôntico prévio, mas que estava insatisfatório, com presença de instrumento 
fraturado em um dos condutos e lesão periapical crônica associada (Figura 02). Joaquina já utiliza uma 
SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR 
 
 
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prótese estilo “perereca” confeccionada por um protético em seu bairro, mas reclama que não está bem 
adaptada. Ao avaliar a prótese da paciente observou que a reabilitação do lado direito só ia até segundo 
pré-molar superior. 
Luiza ao se deparar com o caso, observou que a paciente poderia lhe ajudar no desenvolvimento do 
seu TCC, que se intitulava: “Análise da biocompatibilidade dos cimentos endodônticos através de um estudo 
in vivo”. A proposta deste trabalho seria de um estudo em animal, com o objetivo de analisar a 
biocompatibilidade de cimentos endodônticos, como o AHplus e Endo-CPM-Sealer®. A aluna está 
escrevendo o seu projeto, finalizando a parte da análise estatística. 
Durante o atendimento odontológico, Joaquina questionou a aluna Marina se haveria alguma clínica 
na universidade onde ela pudesse levar seu filho Gabriel, de 5 anos de idade, com história de dor 
espontânea. Joaquina foi direcionada à Clínica Infantil II, tendo sido recebida pela professora Auri e 
direcionada à dupla Camila e Lara. 
Durante anamnese, a mãe relatou que trabalhava bastante e, desde o nascimento do seu segundo 
filho há cerca de 1 ano, não tem conseguido acompanhar com a devida atenção algumas etapas do dia a 
dia de Gabriel. Joaquina relata que seu filho vai para casa da avó quando sai da escola e, durante esse 
período, tem livre acesso a doces e guloseimas. 
Durante o exame clínico, Camila e Lara observaram múltiplas lesões de cárie. Gabriel queixava-se 
de dor espontânea na região dos dentes superiores esquerdo e sua mãe comentou que havia 2 noites que 
não conseguiam dormir bem. A mãe tinha levado o filho para uma clínica popular no seu bairro, onde duas 
radiografias interproximais foram realizadas. Como o orçamento do tratamento foi muito alto, e que incluía a 
remoção/extração do dente 65, Joaquina resolveu levar o filho para a Unichristus, tendo, entretanto, trazido 
consigo as radiografias feitas na clinica particular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 01 – Imagem intraoral da paciente Joaquina. Figura 02 - Imagem radiográfica do elemento 24. 
 
Figura 03 – Imagens intraorais (Gabriel) 
Figura 04- Radiografias interproximais (Gabriel) 
 
 
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*As imagens são mera simulação das situações apresentadas, não constituindo realidade local ou 
crítica pessoal dos autores. 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. GOES, PSA e MOYSÉS SJ. Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde Bucal. Artes Médicas 
2012: Cap. 6 e 8. 
 
2. IBANEZ ,N; ELIAS ,PEM; SEIXAS ,PHD. Política e Gestão Publica em Saúde. Hucitec Editora, 
2011: Cap. 18 e 23. 
 
3. LOPES, H. P. & SIQUEIRA, J. F. Endodontia: Biologia e Técnica. 2ª. ed. Rio de Janeiro. Ed. 
Medsi-GuanabaraKoogan S. A. 2004. 964p 
 
4. TELLES, D; HOLLWEG, H; CASTELUCCI, L. Prótese total: convencional e sobre implantes. São 
Paulo: Ed Santos, 2011. 
 
5. LINDHE, J. Tratado de periodontologia clínica e implatologia oral, 4 o ed., Ed. Guanabara 
Koogan, Rio de Janeiro 2005. 
 
6. ESTRELA, C. Metodologia Científica em Endodontia. 1a ed. São Paulo: Artes Médicas. 2001. 
 
7. DEAN, J. A.; AVERY, D. R.; MCDONALD, R. E. Odontopediatria para crianças e adolescentes. 
9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
8. RALPH E.MCDONALD E DAVID R. AVERY. Odontologia para crianças e adolescentes. 9 
edição. Elsevier, 2011. 
9. NEVILLE, W.B. et al. Patogia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004. 
10. FONSECA, R.J.; MARCIANI, R.D.; TURVEY, T.A. Oral and Maxillofacial Surgery. V 3;2 ed.; St 
Louis: Elsevier. 2009. p.815.2.

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