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CONTABILIDADE-DE-CUSTO-2

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1 
 
 
CONTABILIDADE DE CUSTO 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. IntroduçãoHistórica ........................................................................................ 3 
1.1 AlgunsConceitos ........................................................................................... 5 
1.2 Sistema ......................................................................................................... 9 
1.2.1 Sistema de InformaçõesContábeis(SIC) ................................................... 9 
1.2.2 SistemasdeCusteio ................................................................................. 11 
1.3 MateriaisDiretos ............................................................................................ 14 
1.3.1 Valorizaçãodosestoques ............................................................................. 15 
1.4 Mão deObraDireta ......................................................................................... 16 
1.5 Custos IndiretoseDepartamentalização...................................................... 19 
1.6 Sistema ABC – Custeio Baseadoem Atividades .................................. 21 
1.6.1 CusteiodasAtividades .................................................................................. 22 
1.6.2 CusteiodosProdutos .................................................................................... 23 
1.7 Custo–Padrão ............................................................................................... 23 
1.8 TópicosEspeciais ......................................................................................... 24 
1.8.1 MargemDeContribuição .............................................................................. 24 
18.2 RelaçõesDeCusto/Volume/Lucro ................................................................. 25 
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 27 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso 
foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, 
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da 
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de 
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa 
forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, 
primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço 
oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
1. IntroduçãoHistórica 
 
 
 
A contabilidade surgiu com o aparecimento das primeiras sociedades (mesmo 
deformarudimentar),comoumsistemaderegistrodasrelaçõeseconômicasdetroca. 
Inicialmentepormeiodaspartidassimples,eposteriormente,atravésdaevoluçãodas 
atividades econômicas às partidas dobradas, múltiplas e da plurilateralidade das 
contas (SANTOS,2018). 
A contabilidade, como ciência social aplicada, tem sua evolução paulatina na 
medida em que a sociedade e as organizações se desenvolvem e o homem tem a 
necessidade de aprimorar seus conhecimentos. Basicamente, a apuração do 
resultado era efetuada por diferença, sem demandar muitos recursos e sem muita 
complexidade. Mas essa realidade mudou. Com o advento das indústrias, tornou-se 
mais complexa a função do Contador que, para levantamento do balanço e apuração 
do resultado, não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder mensurar 
adequadamente os estoques; o custo de aquisição na empresa comercial estava 
agorasubstituídoporumasériedevalorespagospelosfatoresdeproduçãoutilizados 
(SANTOS,2018). 
ARevoluçãoIndustrial,portanto,mostrouqueacontabilidadefinanceirajánão era 
mais capaz de responder às questões relativas ao custo do processo produtivo, 
poisasempresasnãoapenascomercializavamprodutosprontos,mastransformavam 
matéria prima, agregando valores (mão de obra + gastos gerais de fabricação), 
originando novos produtos e serviços que precisavam ser valorados, surgindo assim 
a Contabilidade de Custos (SANTOS,2018). 
Assim, a Contabilidade de Custos tinha, inicialmente, como principal função a 
avaliação de estoques nas empresas industriais. Atualmente, a Contabilidade de 
Custos fornece informações tanto para a Contabilidade Financeira (apuração dos 
estoques e do custo das vendas, elaborado a partir dos princípios contábeis) quanto 
para a Contabilidade Gerencial (custo-padrão, custos para decisão, para controle, 
etc). 
4 
 
 
 
SAIBA MAIS... 
 
A Contabilidade Financeira é a parte do sistema contábil voltada para prover 
informações para os usuários externos, razão pela qual é orientada por princípios e 
normas de contabilidade, e utiliza o método das partidas dobradas para o registro 
de suas operações. Já a contabilidade gerencial mensura e relata informações 
financeiraseoutrostiposdeinformaçõesqueajudamosgerentesaatingirasmetas da 
organização e constitui-se na parte do sistema contábil que se dedica às 
informaçõesparaosusuáriosinternosdaentidade.AContabilidadeGerencialtenta, ao 
mesmo tempo, ser abrangente e concisa, ajustando-se constantemente para se 
adaptar às mudanças tecnológicas, mudanças nas necessidades dos gestores e 
novas abordagens das outras áreas funcionais dos negócios (SANTOS,2018). 
 
 
 
Podemos dizer que a Contabilidade de Custos apresenta três grandes áreas de 
atuação: apuração do custo, controle e informações para decisão, figura 1(RABELO 
& ROSA, 2019). 
Figura 1 - Contabilidade de Custo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Rabelo & Rosa, 2019. 
 
A contabilidade de custos fornece informação tanto para a contabilidade 
financeiraquantoparaacontabilidadegerencial.Quandomensuraeavaliacustosde 
acordo com as Normas de Contabilidade, a contabilidade de custos é usada para 
cumprir com um objetivo da contabilidade financeira, entretanto quando usada 
internamente por meio do fornecimento de informações de custos sobre produtos, 
5 
 
 
clientes, serviços, projetos, processos, atividades e outros,satisfaz os objetivos de 
custeio para a contabilidade gerencial, exercendo papel preponderante no processo 
de tomada de decisão. A gestão de custos identifica, mensura, coleta, classifica e 
fornece informações que são úteis ao planejamento e processo decisório (SANTOS, 
2018). 
1.1 AlgunsConceitos 
 
Segundo Santos (2018) para aplicação dos conceitos relativos a contabilidade 
de custos faz-se necessário o entendimento de diversas terminologias comumente 
utilizadas pelos profissionais ligados à área de custos. Sendo elas de acordo com 
Rabelo e Rosa (2019): 
 Custo:É o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de 
outros bens ouserviços. 
 Gasto:compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício 
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado 
por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmentedinheiro). 
 Desembolso:pagamento resultante da aquisição do bem ouserviço. 
 Investimento:gastoativadoemfunçãodesuavidaútiloudebenefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s). 
 Custos:gastorelativoabemouserviçoutilizadonaproduçãodeoutros bens 
ouserviços. 
 Despesa:bemouserviçoconsumidodiretamenteouindiretamentepara a 
obtenção dereceitas. 
 Perda:bem ou serviço consumidos de forma anormal einvoluntária. 
 CustodeProduçãodoPeríodo(CPP):Éasomadoscustosincorridos no 
período dentro dafábrica.Fórmula: 
 
CPP = MD + MOD + CIP 
 
Onde: MD = materiais diretos consumidos; MOD = mão de obra direta; 
CIP=custos indiretos de produção 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Custo da Produção Acabada:É a soma dos custos contidos na 
produção acabada do período. Pode conter Custos de Produção 
também de períodos anteriores existentes em unidades quesóforam 
completadas no presenteperíodo. 
 
Fórmula: 
 
CPA = EIPP + CPP – EFPP 
 
Onde: EIPP = estoques iniciais de produtos em processo; EFPP = 
estoques finais de produtos em processo 
 
 
 Custo dos Produtos Vendidos:É a soma dos custos incorridos na 
produçãodosbenseserviçosquesóagoraestãosendovendidos.Pode 
contercustosdeproduçãodediversosperíodos,casoositensvendidos 
tenham sido produzidos em diversas Épocasdiferentes. 
 
Fórmula: 
 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
Onde: EIPA = estoques iniciais de produtos acabados; EFPA = 
estoques finais de produtos acabados. 
 
 Custos Primários:soma de matéria-prima com mão de obradireta. 
 Custos de Transformação:soma de todos os Custos de Produção, 
exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e 
empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes 
adquiridos prontos, embalagens compradas,etc.). 
7 
 
 
Figura 2 - Esquema Custos Diretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Rabelo & Rosa, 2019. 
 
Para elucidação de cada conceito, vejamos um exemplo completo de apuração 
do CPP, CPA e CPV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pede-se calcular: 
 
a) o custo de produção do período(CPP); 
b) o custo da produção acabada(CPA); 
c) o custo dos produtos vendidos (CPV); 
d) o Lucro Bruto (LB);e 
e) o lucro (ou prejuízo) antes do IR(LAIR). 
 
Em primeiro lugar é necessário calcular o custo com consumo de materiais 
diretos. 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora vamos apurar o CPP, já que temos os custos com MOD e CIP. 
 
 
 
 
 
O CPP, portanto, representa a soma de todos os custos incorridos no período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apurado o CPP, é possível calcular o custo da produção acabada (CPA), 
conforme demonstrado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O cálculo do CPV é o seguinte: 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que já temos o CPV, podemos apurar o lucro bruto e o lucro antes do 
imposto de renda (LAIR), conforme apresentado na Demonstração de Resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 Sistema 
 
1.2.1 Sistema de Informações Contábeis(SIC) 
 
Para Moscove, Simkin e Bagranoff (2002, p. 23), um sistema de informações 
“é um conjunto de subsistemas inter-relacionados que funcionam em conjunto para 
coletar, processar, armazenar, transformar e distribuir informações para fins de 
planejamento, tomada de decisões e controle”. 
Ainda, segundo Moscove, Simkin e Bagranoff (2002, p. 24), o sistema de 
informações contábeis (SIC) “é o subsistema de informações dentro de uma 
organização que acumula informações de vários subsistemas da entidade e 
comunica-se ao subsistema de processamento de informações”. Os autores ainda 
afirmam que o SIC, hoje, é um sistema de informações que cobre a empresa toda, 
focalizando os processos de negócio. 
O sistema de informações contábeis (SIC) consiste de partes manuais e 
informatizadas, inter-relacionadas e interdependentes, que faz uso de processos
10 
 
 
como coletar, classificar, resumir, analisar e gerenciar dados com vistas a fornecer 
informações aos usuários tanto internos como externos. 
Para Horngren, Foster e Datar (2000), o SIC deve fornecer informações com 
vistas ao atendimento dos seguintes objetivos: 
 formulação das estratégias gerais e dos planos de longo prazo – inclui o 
desenvolvimento de novos produtos e os investimentos em ativos tangíveis 
(móveis) e intangíveis (marcas, patentes ou recursos humanos) e, 
frequentemente, contempla a elaboração de relatóriosespecíficos; 
 decisõesdealocaçãoderecursoscomênfasenoprodutoenocliente–envolve 
frequentemente a elaboração de relatórios sobre a rentabilidade dos produtos 
ou serviços, categorias de marcas, clientes, canais de distribuição,etc; 
 planejamento e controle de custo das operações e atividades - engloba 
relatóriossobrereceitas,custos,ativoseexigibilidadesdasdivisões,fábricase 
outros centros deresponsabilidade; 
 mensuração do desempenho e avaliação das pessoas - envolve o estudo 
comparativodosresultadosplanejadoscomaquelesobtidos,podendobasear- se 
em medidas financeiras ou nãofinanceiras; 
 adequação com a regulamentação externa e as exigências legais de 
publicação dos demonstrativos - abarca relatórios financeiros que são 
fornecidos aos acionistas que estão tomando decisões de comprar, manter ou 
vender ações dacompanhia. 
Como parte integrante do SIC, está o sistema de informações de gestão de 
custos(SIGC)queé“éumsubsistemadeinformaçõescontábeisqueestápreocupado 
primariamente com a produção de saídas para usuários internos, usando entradas e 
processosnecessáriosparasatisfazerosobjetivosgerenciais”.(HANSENEMOWEN, 
2001, p.57) 
Os autores relacionam os seguintes objetivos inerentes ao SIGC: 
 
a) fornecer informações para computar o custo de serviços, produtos e outros 
objetos de interesse dagestão; 
b) fornecer informações para o planejamento econtrole; 
c) fornecer informações para a tomada dedecisão. 
11 
 
 
Esses objetivos estão em consonância com os objetivos da própria 
contabilidade de custos, pois ressalta a necessidade de que as informações geradas 
sejam úteis à administração e benéficas à organização como um todo. Hansen e 
Mowen (2001) também afirmam que a tomada de decisões bem fundamentadas 
acerca de projetos e estratégias de negócio impõe uma interação do sistema de 
gestão de custos e outros sistemas operacionais. 
Os principais benefícios da integração, segundo o mesmo autor, são: 
 
 redução do armazenamento e uso redundante dedados; 
 melhoria no momento oportuno dasinformações; 
 eficiência na produção de informações confiáveis eprecisas. 
 
 
1.2.2 Sistemas deCusteio 
 
Custeio, segundo Martins (2010), significa forma de apropriação de custos, ou 
seja, forma como os custos são apropriados aos diversos objetos de custeio. Beulke 
e Bertó (2000, p. 40), contudo, definem sistema de custeio como “um conjunto de 
procedimentos adotados por uma empresa para o cálculo dos bens e serviços nela 
processados [...]”. 
DeacordocomBrunieFamá(2002,p.35),“ossistemasdecusteioreferem-se às 
formas como os custos são registrados e transferidos internamente dentro da 
entidade”. A figura a seguir mostra as diferentes classificações dos sistemas de 
custeio: 
12 
 
 
Figura 3 - Classificações dos sistemas de custeio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santos (2018)apudBruni e Famá (2002, p. 35) 
 
 
 
A escolha do sistema de custeio deve ser efetuada levando-se em 
consideração os objetivos que devem ser atingidos, pois dados extraídos de uma 
mesma fonte podem levar a resultados distintos, a depender do método utilizado. Além 
disso, uma empresa pode utilizar dois métodos de custeio distintos ou, até 
mesmo,três,deacordocomosobjetivostraçados,sempreavaliandoarelaçãocusto- 
benefício. Assim, se a empresa quer apurar os custos para fins gerenciais, pode ser 
adotado, por exemplo, o custeio variável. Porém, se a finalidade for a apuração do 
custoparafinsdedemonstraçõescontábeis,deveseradotadoocusteioporabsorção. Nos 
tópicos seguintes, consta um resumo dos principais métodos de custeio 
(SANTOS,2018). 
 
13 
 
 
 Custeio porabsorção 
 
Por este método de custeio devem ser apropriados aos produtos todos os 
custosdeprodução,tantodiretosquantoindiretos,fixosouvariáveis.SegundoMartins 
(2010), o custeio por absorção é o método de apropriação derivado da aplicação dos 
PrincípiosdeContabilidade,econsistenadistribuiçãoatodososprodutoselaborados e 
serviços prestados, num determinado período, de todos os custos relativos ao esforço 
de produção naquele mesmo período(SANTOS,2018). 
Por meio do Custeio por Absorção todos os custos, independentemente de 
serem fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, são absorvidos pelos produtos e 
considerados para fins de valorização dos estoques (são os chamados custos do 
produto). Apenas os gastos genéricos não ligados à fabricação, como os 
administrativos, financeiros e de vendas, não são absorvidos pelos produtos (são os 
chamados custos do período ou despesas) (SANTOS, 2018). 
Seguindoalógicadocusteioporabsorção,oesquemabásicodacontabilidade de 
custosé: 
a) separação entre custos edespesas; 
 
b) apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos ouserviços; 
 
c) rateio dos custosindiretos. 
 
OscustosincorridosnumperíodosóirãointegralmenteparaoResultadodesse 
mesmoperíodocasotodaaproduçãoelaboradasejavendida,nãohavendo,portanto, 
estoques finais. Já as despesas — de Administração, de Vendas, Financeiras etc. — 
sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas: assim é que 
funciona o Custeio por Absorção. 36 Contabilidade de Custos O esquema básico da 
contabilidade (SANTOS,2018). 
 Custeiovariável 
 
Diferentementedocusteioporabsorção,porestemétododecusteioapenasos 
custos variáveis de produção é que são utilizados para efeito de valoração dos 
estoques. Os custos fixos são debitados diretamente ao resultado do período de sua 
incorrência (SANTOS,2018). 
Dutra (2017), afirma que esse método surgiu pelo fato de as empresas terem 
14 
 
 
seus custos fixos, isto é, os custos estruturais, independentes do nível de produção 
efetiva e pela necessidade de cada produto ou serviço gerar uma margem de 
contribuição positiva para absorver custos e despesas fixos. Por esse conceito, a 
administração das empresas deixa de preocupar-se com o montante do lucro final 
para preocupar-se com o da margem de contribuição total, que se materializa, 
geralmente, com a maximização da margem de contribuição de cada produto ou 
serviço. No tópico 3, trataremos esse assunto com mais profundidade, inclusive com 
a apresentação de um comparativo entre os dois métodos (absorção e variável) 
(SANTOS, 2018). 
 
1.3 MateriaisDiretos 
 
SegundoSantos(2018)sãoaquelesquesetornamparteintegrantedoproduto 
acabado e que podem ser física e adequadamente identificados a ele, como, por 
exemplo,osassentosqueaBoeingcompradossubcontratantesparainstalaremsuas 
aeronaves e o pequeno motor elétrico que a Samsung emprega nos seus aparelhos 
de CD para fazê-los girar. (GARRISON E NORREN,2001) 
Osmateriaisdiretos-matérias-primas,oscomponentesadquiridosprontos,as 
embalagens e os outros materiais diretos utilizados no processo de produção - são 
alocados aos produtos ou serviços por seu valor histórico de aquisição (SANTOS, 
2018). 
Para Martins (2010), as principais dificuldades existentes em uma empresa 
relacionadas a materiais podem ser divididas em três campos: 
a) avaliação-qualomontanteaatribuirquandovárioslotessãocompradospor 
preços diferentes, o que fazer com os custos do departamento de compras, como 
tratar o ICMS e demais tributos recuperáveis, como contabilizar as sucatas,etc.; 
b) controle - como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e usopor 
pessoas diferentes, como desenhar as requisições e planejar seu fluxo, como fazer 
inspeção para verificar o efetivo consumo nas finalidades para as quais foram 
requisitados etc.;e 
c) programação - quanto comprar, quando comprar, fixação de lotes 
econômicos de aquisição, definição de estoques mínimos de segurançaetc. 
15 
 
 
 
Os estoques representam um dos componentes do balanço patrimonial de 
grande relevância, tendo em vista seu impacto nos custos e no lucro das empresas. 
Em algumas sociedades, o controle dos estoques é um fator de fundamental 
importânciaparaobomdesenvolvimentodasatividadesoperacionais.Entende-sepor 
controlenãoapenasummeroficháriodeentradasesaídasdemercadorias,mastodo um 
processo que envolve desde a compra de materiais, passando pela produção e 
finalmente chegando a venda do produto acabado (SANTOS,2018). 
Os estoques, de acordo com o Pronunciamento CPC 16, devem ser 
mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor 
(SANTOS, 2018). 
Segundo Santos (2018) os estoques compreendem bens adquiridos e 
destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por varejista 
para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também 
compreendemprodutosacabadoseprodutosemprocessodeproduçãopelaentidade e 
incluem matérias-primas e materiais, aguardando utilização no processo de produção, 
tais como: componentes, embalagens e material de consumo. (CPC16) 
1.3.1 Valorização dos estoques 
 
Em virtude de poder existir em estoque o mesmo material a valor unitário de 
aquisição diferente, no momento da requisição ao almoxarifado para aplicação na 
produção, ou na expedição, no momento da venda, estarem disponíveis produtos a 
custosdiferentesdeaquisição,foramcriadosdiversosmétodosparavaloraromaterial ou 
produtos e para poder apropriar seu custo (BRAGA,2015). 
Imagine a compra de um produto em intervalos de tempo diferentes. Muito 
dificilmente compraremos este pelo mesmo preço. A inflação, mesmo que não esteja 
em patamares muito elevados, influencia o preço dos produtos. Assim como a 
demanda, que, quando alta, tende a empurrar os preços para cima (BRAGA, 2015). 
 Método Peps - Primeiro a Entrar é o Primeiro aSair 
 
Este método de origem estrangeira é amplamente conhecido como Fifo, que é 
a abreviatura de first in first out (BRAGA, 2015). 
16 
 
 
 
Neste método, são baixadas nos registros de estoques sempre as unidades 
maisantigasdasmercadoriasouinsumos(matérias-primas).Destaforma,ovalordos 
estoques remanescentes fica mais atualizado (BRAGA,2015). 
 Método Ueps - Último a Entrar é o Primeiro aSair 
 
Da mesma origem do anterior, é conhecido como Lifo, que é a abreviatura de 
last in - first out (BRAGA, 2015). 
Neste método, são baixadas, nos registros de estoques, sempre as unidades 
mais novas das mercadorias ou insumos (matérias-primas). Desta forma, o valor dos 
custos reconhecidos ficam mais atualizados. No Brasil, este método não é permitido 
pela Legislação Fiscal, porém pode ser utilizado para fins gerenciais, pois elevaria o 
custodoprodutoeolucroantesdoimpostoderendaseriamenor,oquedariamenor 
arrecadação ao Estado (BRAGA,2015). 
 Método do Custo MédioPonderado 
 
Como o próprio nome indica, significa um valor médio do saldo existente no 
almoxarifado,equeédeterminadopeladivisãodovalordosaldopelasuaquantidade, 
apóscadaentradadomaterial,jáqueassaídasnãoalteramovalormédiodoestoque 
(BRAGA,2015). 
As devoluções de material requisitado em excesso, e não aplicado na 
produção, entram no estoque pelo mesmo valor unitário da saída que originou, na 
data em que se efetuar a devolução (BRAGA, 2015). 
 
1.4 Mão de ObraDireta 
 
Ogastocompessoaldentrodeumaempresapodeserclassificadocomocusto ou 
despesa. A remuneração do pessoal envolvido na elaboração de bens e serviços trata-
se como custo; enquanto que a remuneração do pessoal envolvido nas atividades 
relacionadas à administração e comercialização de bens e serviços é classificada 
como despesa. O custo com pessoal pode ser dividido em dois grandes grupos: mão 
de obra direta e mão de obra indireta (SANTOS,2018). 
Segundo Santos (2018) entende-se por mão de obra direta o tempo do pessoal 
envolvido diretamente na produção de terminado bem ou serviço, ou seja, é possível 
17 
 
 
quantificar durante o período de execução das atividade se efetuar a apropriação 
diretamente aos diferentes tipos de bens ou serviços, sem qualquer necessidade de 
rateio. É importante notar que esse custo é diferente do total da folha de pagamento 
do pessoal envolvido na elaboração de bens e serviços, pois apenas o custo das horas 
apropriadas ao objeto de custeio é que será tratado como mão de obra direta. A mão 
deobra comum a vários tipos de bem ou serviço em execução, cuja parcela 
pertencente a cada uma das funções de custo não seja possível determinar no 
momento da sua ocorrência, é classificada como mão de obra indireta. (DUTRA,2017) 
Segundo Santos (2018) para o cálculo do custo por hora trabalhada em nosso 
país deve-se levar em consideração não apenas o valor do salário, mas é preciso 
incluir todos os encargos trabalhistas (férias, décimo terceiro salário, repousos 
semanais remunerados, etc.) e sociais (INSS, SAT/RAT, FGTS, Terceiros, etc.). 
Segundo Santos (2018) a cota patronal que deve ser recolhida a título de 
contribuição previdenciária ou INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) é de 
20% para empresas em geral, com exceção das que estejam enquadradas no Regime 
Especial Unificado de Apuração de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). Junto com a 
contribuição previdenciária, geralmente, a empresa também recolhe a 
contribuição social para terceiros (que é posteriormente repassada pelo 
INSS àquelas entidades), a saber: 
 
 
Salário-educação ................................. 2,50% 
 
SESIouSESC ....................................... 1,50% 
 
SENAIOUSENAC ............................... 1,00% 
 
INCRA................................................. 0,20% 
 
SEBRAE ............................................. 0,60% 
 
TotalTerceiros ................................... 5,80% 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Além das contribuições sociais anteriormente tratadas a empresa ainda 
deposita mensalmente o percentual de 8% a título de FGTS (fundo de garantia por 
tempo de trabalho),em uma conta específica, em nome do trabalhador,junto à Caixa 
Econômica Federal, cujo destino é suprir as necessidades básicas por ocasião de 
dispensa imotiva dado emprego e para custe a outros eventos, como por ex.aquisição 
de casa própria (SANTOS,2018). 
O seguro de acidente de trabalho (SAT) ou risco ambiental do trabalho (RAT) 
é uma contribuição que se destina a custear os benefícios decorrentes de acidente de 
trabalho ou doença ocupacional. O percentual em que a empresa é enquadrada 
depende do risco que a atividade preponderante expõe seus empregados, sendo que 
quanto maior o risco, maior o percentual. No geral, os percentuais são os seguintes: 
risco leve 1%; risco médio 2% e risco grave 3% (SANTOS,2018). 
De acordo Martins (2010), a maneira mais fácil de calcular esse valor é apurar 
o total de remuneração e encargos por ano e dividir o montante pelo número de horas 
que o empregado se encontra à disposição da empresa (SANTOS,2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
EXEMPLO 
 
A seguir apresentaremos um exemplo considerando as seguintes informações: 
 
Jornada de trabalho - 44 horas semanais 
Salário por hora - R$ 12,00 
Número de feriados no ano - 12 dias 
 
A seguir apresentaremos um exemplo considerando as seguintes informações: 
Jornada de trabalho - 44 horas semanais Salário por hora - R$ 12,00 Número de 
feriados no ano - 12 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* já deduzidas as semanas computadas nas férias (4 semanas) 
2.016,7 horas 
365 dias 
48 dias 
30dias 
12 dias 
273 dias 
7,3333 horas 
Número total de dias por ano 
( - ) Repousos semanais remunerados * 
( - ) Férias 
( - ) Feriados 
( = ) Número máximo de dias a disposição 
x jornada máxima diária (em horas) 
(44 horas semanais /6 dias) 
Total de horas disponíveis 
20 
 
 
Agora vamos calcular a remuneração total com base no salário hora de R$ 12,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para achar o custo total anual é necessário aplicar sobre o total de 
remuneração o percentual de encargos sociais, conforme legislação de nosso país. 
Ressalte-se que o seguro de acidente de trabalho será considerado com o risco grave, 
ou seja, 3%. O total de encargos sociais será de 36,8%, conforme demonstrado a 
seguir: 
Contribuiçãoprevidenciária .................................. 20,00% 
 
RAT/SAT(riscograve) ............................................3,00% 
 
Terceiros .............................................................. 5,80% 
 
FGTS ..................................................................... 8,00% 
 
Total....................................................................... 36,80% 
 
O custo total com encargos sociais será de R$35.640,04 x 36,8%=13.115,53; e 
o custo total anual é de R$ 48.755,57 (R$ 35.640,04 + R$ 13.115,53). Para achar o 
custo-hora é só dividir o custo total anual pelo total de horas à disposição, a saber: R$ 
48.755,57/2.016,7h=R$24,18. Nesse caso, os encargos aumentaram o salário hora 
em 101,5%(24,18/12,00-1). 
É importante ressaltar que no exemplo foram considerados apenas os encargos 
mínimos legais, entretanto, deve ser levada em consideração a realidade de cada 
empresa e as convenções de trabalho aplicáveis. 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
1.5 Custos Indiretos EDepartamentalização 
 
 
Para Santos (2018) os custos indiretos, como o próprio nome diz, só podem ser 
apropriados de forma indireta aos produtos, isto é, mediante o uso de estimativas, 
critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. Entretanto, todas essas 
formas de alocação dos custos contêm, em menor ou maior grau, um certo 
subjetivismo e, como consequência, haverá sempre uma certa arbitrariedade nessas 
alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras 
oportunidades a aceitação se dará simplesmente por não haver alternativas melhores, 
embora haja recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses 
problemas, porém nem sempre é possível sua utilização. (MARTINS,2010) 
A distribuição dos custos indiretos aos diferentes objetos de custeio é efetuada 
mediante a utilização de critérios de rateio. Horngren, Foster e Datar (2003, apud 
Dutra, 2017) enumeram quatro critérios dominantes que norteiam o rateio dos custos 
indiretos: 
a) causa e efeito– por esse critério os gestores identificam as variáveis que 
provocam o consumo dos recursos, ou seja, quanto maior o resultado obtido, 
maiores os recursos aplicados. 
b) vantagensobtidas– a distribuição é feita em função dos benefícios recebidos 
por unidades de acumulação de custos, resultando em uma relaçãocausal. 
c) imparcialidade ou equidade– a alocação de custos é vista por esse critério 
como um meio para fixação do preço de venda, por essa razão é um critério 
baseado na negociação entre partes interessadas e enfatiza muito mais o 
acordo do que os aspectostécnicos. 
 
22 
 
 
d) capacidade de absorção– por este critério, os custos são alocados em função 
da capacidade do objeto de custeio de suportá-los, ouseja, quanto maior a 
margem de lucro ou o preço de venda de um objeto de custeio, tanto maior será a 
parcela do custo a ele atribuído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 Sistema ABC – Custeio Baseado emAtividades 
 
Como resultado do processo de avanço do conhecimento e dos seguimentos 
produtivos da sociedade em todo o mundo, surgem novas oportunidades 
empreendedoras em todos os setores e a consequente necessidade de 
desenvolvimento de novos mecanismos de controles, mensuração e informações para 
avaliação de desempenho e tomada de decisões (BERBEL,2003). 
Vimos, anteriormente, a apropriação dos custos indiretos aos produtos através 
do “sistema tradicional”.Após, utilizamos-nos de uma outra sistemática mais analítica, 
denominada “departamentalização”. Agora, vamos tratar de uma modalidade mais 
recente, denominada “custeio baseado em atividades” (activity based costing).Trata-
se de uma forma ainda mais analítica, que objetiva reduzir as distorções verificadas 
nos sistemas anteriores, relativas à alocação dos custos, com a vantagem de, ao 
mesmo tempo, avaliar as atividades (BERBEL, 2003). 
O emprego desta sistemática se justifica, tendo em vista a progressivaautomatização dos meios de produção. O advento da globalização estabeleceu uma 
verdadeira “guerra” competitiva no seguimento empresarial produtivo, com o 
surgimento de fatores internos e externos, tais como: serviço de atendimento ao 
cliente, investimentos visando à melhoria da qualidade e do meio ambiente, a 
23 
 
 
informatização constante, design etc. Esses fatores demandam forte ascensão dos 
custos indiretos de produção com consequente redução dos custos de mão-de-obra, 
logo, tornou-se imperativo o surgimento de mecanismos sofisticados de alocação dos 
custos indiretos aos produtos visando eliminar ao máximo o grau de subjetividade e 
arbitrariedade apresentados pelos outros sistemas (BERBEL,2003). 
Nosso enfoque será exclusivamente o uso do ABC para custeio de produtos. 
Vale lembrar que esta metodologia pode ser empregada também como importante 
ferramenta na gestão de custos com fins gerenciais (BERBEL, 2003). 
 
1.6.1 CusteiodasAtividades 
 
Segundo Berbel (2003) a tarefa de emprego do ABC fica facilitadas e a empresa 
já processa sua contabilidade de forma departamentalizada; cabe então, apenas, 
identificar as atividades que são desenvolvidas em cada departamento ecusteá-las: 
Departamento:Almoxarifado 
 
Atividades:- Compras 
 
- Administração de Fornecedores 
 
Atividade pode ser conceituada como um conjunto de ações e esforços 
(materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) para produzir-se bens. Para 
custear uma atividade torna-se necessário descobrir todos os recursos que são 
utilizados na sua execução (materiais, mão-de-obra, comunicação, depreciação, 
aluguel etc.) (BERBEL, 2003). 
Como as atividades consomem os recursos, faz-se necessário descobrir 
medidas para atribuir o custo desses recursos às atividades. O conjunto de 
indicadores de medida de gastos é conhecido como “Direcionadores de Recursos” 
para as atividades (BERBEL, 2003). 
Atividades. 
 
- Compras. 
- Adm.defornecedores. 
- Recursos. 
24 
 
 
- Uso de material de escritório. 
- Uso de espaço físico. 
- Direcionador de Recursos. 
- Quantidade necessária. 
- Espaço utilizado. 
 
 
 
1.6.2 Custeio dos Produtos 
 
Após custeadas as atividades, o próximo passo será atribuir o custo das 
atividades aos produtos; pois se as atividades consomem os recursos, os produtos 
consomem as atividades (BERBEL, 2003). 
A relação entre as atividades e os produtos denomina-se “Direcionadores de 
atividades”;ouseja,amaneiracomoosprodutosconsomemasatividades(BERBEL, 
2003). 
O número de pedidos emitidos para compra de materiais para um produto em 
relaçãoaonúmerototaldepedidosindicaarelaçãodaatividadecomaqueleproduto. Nesse 
caso, podemos dizer que o direcionador dessa atividade “compras”, para os produtos, 
é o número de pedidos emitidos. O número de pedidos, é o indicador da maneira como 
os produtos consomem a atividade “compras” (BERBEL,2003). 
Departamento: Atividades: Direcionador de atividades: 
 
- Almoxarifado-Compras – Nº depedidos 
 
- Adm.defornecedores – Nº de fornecedores 
 
- 
 
1.7 Custo –Padrão 
 
Custo-padrão ou Standard é um custo calculado por antecipação. 
Independentemente de se ter iniciado o processo de produção (BERBEL,2003). 
 
A finalidade básica dessa modalidade é fixar como padrão os custos (materiais, 
mão-de-obra e gastos gerais de fabricação) para cada produto (BERBEL,2003). 
25 
 
 
O valor-padrão de custo é determinado com base em cálculos técnicos 
efetuados pela engenharia de produção e, posteriormente, valorados pela 
contabilidade de custos (BERBEL, 2003). 
Uma das formas para se chegar ao custo-padrão de um produto é lançar mão 
do valor de custo real de produção deste produto obtido em períodos anteriores, e 
projetá-los para o futuro, levando-se em consideração possíveis alterações 
decorrentes de mudança no cenário de produção (BERBEL, 2003). 
Durante os trabalhos estatísticos para chegar-se ao valor padrão dos produtos, 
quanto maior o graude detalhamento adotado em relação a cada elemento 
componente do custo, maiores chances se terá de obter o valor, o mais próximo 
possível da realidade (BERBEL, 2003). 
A metodologia adotada deve ser revista sempre que houver mudanças no 
processo de fabricação dos produtos. O custo-padrão poderá ser ou não contabilizado 
(BERBEL,2003). 
Se contabilizado: a empresa deverá fazer posteriormente os ajustes verificados 
entre o custo-padrão contabilizado e o custo real de produção obtido no período. 
Apesar de parecer mais trabalhosa, essa hipótese propiciará mais segurança, não 
permitindo alterações posteriores do custo-padrão (BERBEL,2003). 
Se não contabilizado: deverá usar o custo-padrão apenas como ferramenta de 
controle, pois ao final da produção já estará registrado contabilmente os valores reais 
de produção (BERBEL,2003). 
Além da utilidade gerencial, esse sistema possibilita à empresa uma por 
tentosa ferramenta de motivação, pois atingir as metas previamente definidas 
(quantidades e valores) deve ser colocado como um desafio a ser vencido pelos 
envolvidos no processo produtivo. Por fim, cabe lembrar que o Custo-padrão não é 
um método de atribuição de custos aos produtos, mas sim uma forma prática de se 
estimar o custo dos produtos antes mesmo do início do processo produtivo, servindo 
de base para tomada de decisões (BERBEL,2003). 
 
 
 
 
26 
 
 
1.8 TópicosEspeciais 
 
1.8.1 Margem De Contribuição 
 
Segundo Berbel (2003) de um modo bem simples podemos conceituar a 
margem de contribuição da seguinte forma: A Margem de Contribuição é o valor que 
sobra das Vendas menos o Custo dos Produtos Vendidos, ou A Margem de 
Contribuição representa o valor que cobrirá os Custos e Despesas fixas da empresa 
e proporcionará o lucro. Como já temos a noção exata do conceito de Custos Fixos e 
CustosVariáveis,paraummelhorentendimentodesseitemtemosquesaberagorao que 
vem a ser Despesas Fixas e Despesas Variáveis: 
Despesas Fixas: são aquelas despesas pagas para o funcionamento da 
empresa, independentemente do valor das vendas (Exemplo: aluguel, água, luz etc.). 
 
Despesas Variáveis:são aquelas despesas que são pagas em razão do valor 
das vendas (Exemplo: Comissões sobre vendas, impostos sobre vendas etc.). 
 
 
Representação 
algébricaMargem de Contribuição Bruta:MC/b = RV 
– CDVOnde: MC/b = Margem de Contribuição Bruta 
RV = Receitas de Vendas 
 
CDV = Custos e Despesas Variáveis 
 
 
 
Margem de Contribuição Unitária:MC/u = PV/u – CDV/u 
 
Onde: MC/u = Margem de Contribuição Unitária 
PV/u = Preço de Venda Unitário 
CDV/u = Custos e Despesas Variáveis Unitários 
 
 
 
 
 
27 
 
 
18.2 Relações De Custo/Volume/Lucro 
 
O Planejamento do lucro exige uma compreensão das características dos 
custosedeseucomportamentoemdiferentesníveisoperacionais.Arelaçãoentreos 
custos e as receitas em diferentes níveis de atividades pode ser representadagráfica 
e algebricamente. A demonstração de resultado do exercício reflete o lucro somente 
em determinado estágio das vendas, não se prestando à previsão de lucros em 
diferentes níveis de atividade (BERBEL,2003). 
 
 
 Ponto deEquilíbrio 
 
O ponto de equilíbrio indica o momento em que o valor das vendas é suficiente 
para cobrir todos os custos e as despesas. Neste momento, o lucro da empresa é 
igual a zero (BERBEL,2003). 
 
 
 Margem de Segurança 
 
É a quantia (ou%) das vendas que excede as vendas da empresa no ponto de 
equilíbrio. A margem de segurança representa quanto as vendas podem cair sem que 
a empresa incorra em prejuízo e pode ser expressa em valor, unidade ou percentual 
(BERBEL,2003). 
 
 
% MS =% Margem de Lucro 
% Margem de Contribuição 
 
 
 Grau de Alavancagem Operacional 
 
É o índice que relaciona o aumento percentual nos lucros com o aumento 
percentual na quantidade vendida em determinado nível de atividades (BERBEL, 
2003). 
GAO = Aumento % no Lucro 
Aumento % nas Quantidades 
28REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BERBEL, José Divanil Spósito.Introdução à Contabilidade e Análise de Custos. 
São Paulo: STS, 2003. 
 
BORGES, Vanessa.Contabilidade de Custos. [S. l.:s. n.], 2015. 
 
BRAGA, Alexandre Xavier Vieira.Contabilidade de Custos. Cuiabá - MT: [s. n.], 
2015. 72 p. 
 
LIMA, Eugenize Bezerra.Contabilidade de Custos. Rio de Janeiro: [s. n.], 2014. 
MARTINS, Eliseu.Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas S.A, 2003. 
PAULA, Silvia de.A Contabilidade de Custos e seu Destaque na Gestão. [S. l.], 
2019. Disponível
 em:https://www.researchgate.net/publication/3
34253445_A_CONTABILIDADE_DE_CUSTOS_E_SEU_DESTAQUE_NA_GESTAO. 
Acesso em: 8 jul.2020. 
PIÑON , Manuel. Contabilidade de Custos: Apropriação dos Custos
 eDepartamentalização. [S. l.]: Gran Cursos,2015. 
RABELO, Gabriel; ROSA, Luciano.Contabilidade de Custos e Gerencial. [S. l.]: 
Estratégia Concursos, 2018. 
 
SANTOS, Marinéia Almeida dos.Contabilidade de Custos. Salvador: [s. n.], 2018.

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