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Gastroenterologia Úlcera péptica Causa mais comum é no duodeno. Divertículo de Merckel – quando tem uma úlcera lá dentro, ele pode sangrar. Causa mais comum de hemorragia digestiva baixa em criança. S. de Zollinger Elisson – quando paciente tem tumor chamado gastrinoma (pâncreas), paciente tem várias úlceras. Consequência é no estomago e duodeno, por repetição. Só resolve operando Úlcera duodenal é 5x mais comum que a gástrica.95 é no bulbo duodenal A gástrica é na curvatura e antro. Forte evidencia: H pylori; Tabagismo – cigarro diminui produção de HCO3 - e ele é protetor da mucosa gástrica, aí ela fica mais exposta ao HCL; AINES e corticoides - diminui prostaglandinas que também protege a mucosa. Café e outras bebidas cafeinadas pioram o sintoma. Fator emocional também. - Diagnóstico: Dor - no abdome superior (pode ser estômago, vesícula ou pâncreas) Localização epigástrica. Dor em queimação Ele come e melhora. Jejum piorou. DD é dispepsia funcional (Não segue esse ritmo) Quanto tempo tem a dor, de quanto em quanto tempo tem a dor e se é continua ou intermitente. Se é intermitente é semanal, mensal? Diagnóstico – 1 escolha – Endoscopia. Permite biópsia, pois ela pode ser maligna. Classificação de Sakita – Importante saber devido ao tempo de tratamento U. gástrica – biópsia sempre. A1: UP em atividade com sinal de sangramento e/ou necrose A2: UP em atividade sem sinal de sangramento e/ou necrose (encaminhando p/ fechar) H1: UP em início de cicatrização H2: UP em final de cicatrização S1: Cicatriz recente de UP (cicatriz vermelha) S2: Cicatriz antiga de UP (cicatriz branca) – Pode abrir e começar tudo novamente se não tratar H. Pilory H1 e H2: Tratar 3 semanas A1 e A2: Tratar 4 semanas Complicações 7% das UP complicam – em queda devido a erradicação da Hp Estenose – De tanto cicatrizar, dá estenose e o paciente passa a ter dor pois a comida não passa. A dor além de queimação, ocorre essa dor em cólica. Há peristaltismo de luta Hemorragia – Se a úlcera for profunda e pegar um vaso. É uma das causas de Hemorragia digestiva alta Perfuração – Pode atravessar a mucosa, submucosa, muscular e serosa. Gerando: Livre: extravasamento de HCl → peritonite (abdome agudo) Tamponada: Quando perfura e vem o órgão nessa perfuração, geralmente, o pâncreas. Nem sempre é abdome agudo. Não extravasa HCL Tratamento Malignização da úlcera – Discussão com patologista Porque o CA gástrico precoce é microscópico, não visível, não pega o fragmento na biopsia e o patologista faz diagnóstico de úlcera. Entretanto, cerca de 2,5/3 anos (tempo de evolução) depois o mesmo paciente pode voltar com um CA avançado. Câncer de estomago pode ser precoce ou avançado. Precoce: O estomago tem as camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Quando ele está só na mucosa é precoce – É assintomático. Pode ficar nessa forma por 2,5 anos. Quando atinge a camada muscular é avançado. Esse paciente que tem a U. gástrica e o patologista informa que não há malignização. O ideal é depois do tratamento fazer endoscopia. Aí tem a cicatriz e faço biópsia para ver se tem câncer ali -1/3 das UP cicatrizam espontaneamente - Pois há prostaglandinas “Uma vez ulceroso, sempre ulceroso desde que não erradicado o Helicobacter Pylori”. Parar de fumar Evitar AINE’s e corticosteroides Úlcera com ponto de sangramento. De parede posterior. Pode dar dor nas costas. Diagnóstico mais difícil. Reduzir a cafeína no início do tratamento (depois que começa a tratar, cafeína não faz mais mal) Evitar alimentos dispépticos no início do tratamento, colagogos e cítricos Orientar quanto à falta de importância de dieta Tratamento medicamentoso: Bloqueadores de H2: não cortam o estímulo da acetilcolina e da gastrina para a produção de HCl, só da histamina - Cimetidina, Ranitidina, Famotidina Bloqueadores da Bomba de Prótons (1ª escolha): -Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol, Esomeprazol, Dexlansoprazol Úlcera péptica A1 e A2: IBP por 4 semanas Úlcera Péptica H1 e H2: IBP por 3 semanas Caso Helicobacter pylori for POSITIVO, deve ser tratado (2 semanas inclusas com inibidor de bomba, amoxicilina e claritomicina) simultaneamente com a úlcera (mais 2 semanas, totalizando 4 semanas ao todo), conforme esquemas preconizados. Neste caso, o tempo do uso do IBP deve ser o necessário para a cicatrização da úlcera. - Se tiver DRGE associado o uso de IBP é por 8 semanas. Gastrite É uma inflamação da mucosa gástrica Para endoscopista o diagnóstico é de acordo com a coloração da mucosa. Macroscópico. Patologista dá diagnóstico microscópico. Gastropatia: Dano epitelial com pouca ou nenhuma inflamação. É uma pré gastrite Maioria dos pacientes com gastrite histopatológica são assintomáticos . Relacionado a anemia e relacionado a metaplasia e câncer 1990- Classificação de Sidney Ao cicatrizar se ela deformou o duodeno, ocorreu estenose péptica. Esse paciente tem dor em cólica. Tratando com IBP diminui edema (fibrose não tem jeito), melhorando a estenose. Se não adiantou, é cirurgia. Achados endoscópicos: Edema, enantema, erosões planas, erosões elevadas, atrofia, hemorragia, pregas hiperplásicas Achados histopatológicos: -GASTRITE CRÔNICA: macrófagos, linfócitos, plasmócitos. -Gastrite crônica NÃO ATRÓFICA: Enantema, nodosidades, que sugerem gastrite crônica relacionada exclusivamente ao H. PYLORI, descrita pelo patologista como gastrite folicular. Há maior risco para úlcera duodenal. -Gastrite crônica HIPERTRÓFICA: Hipertrofia das pregas Pangastrite; é gastrite do estomago todo. Há a aguda – que dá sintoma. Relacionado a AINE, álcool. Tem variáveis, infecções . Dor epigástrica quando há erosões. Gastropatia – pode ser por uso crônico de medicamentos. Pode dar sintoma, mas é bem menos intenso que a aguda. Crônica – Pode ser atrófica, formas especiais e não atrófica. Assintomática Atrófica pode evoluir para -> metaplasia ->displasia -> câncer. Endoscopia de 2 em dois anos. Biópsia para ver se está evoluindo Metaplasia quase todo mundo tem depois de 60 anos. A displasia é perigosa, é câncer. Formas especiais: Linfocítica (D celíaca ou H pylori) granulomatosa(Crohn, sífilis, TBC), eosinofilica (vermes, D de Crohn, linfoma), hipertrófica. Não atrófica – é exclusivamente o H pylori. Relacionado a ter úlcera duodenal. Sintomas decorrentes de dispepsia funcional - “Gastrite nervosa”. Paciente faz a endoscopia, não tem erosão, mas tem enantema. Se não tem erosão, não gera sintoma. Gastropatia aguda: causada por iatrogenia. Remover causa infamatória. Tratar com IBP,dose plena, 2 – 4 semanas. Dexlansoprazol ou omeprazol. • Avalia grau de atrofia do antro e corpo, e da presença de metaplasia intestinal, classificando entre 0 a 4 pontos. • Quanto mais pontos para OLGA (atrofia) e OLGIM (metaplasia intestinal), maior risco de adenocarcinoma. • • Grau máximo: OLGA 4 / OLGIM 4 Utilizado para vigilância endoscópica (e histopatológica) determinando o intervalo entre as endoscopias de controle. Gastrite aguda com ou sem hemorragia. Mesma conduta acima. As hemorragias, tratar conforme protocolo de hemorragia digestiva. A aguda erosiva é o mesmo tratamento da gastropatia aguda. Conduta em gastrite crônica: Quando confirmado atrofia, mesmo assintomático, solicitar exame sangue anticorpo anti-célula parietal para olhar se é gastrite autoimune. Baixa vitamina B12 - pode ser atrofia gástrica. O estomago produz um fator intrínseco. O fator intrínseco quando o paciente tem atrofia, ele não é produzido corretamente. Fator intrínseco pega B12 da carne, por ex, e leva ao intestino para b12 ir para a célula e fazer todo o benefício. Se tem menos fator intrínseco, a b12 da carne vai embora para o intestino sem fator intrínseco. Lá no intestino, não é absorvido, aí começa a ter queda de b12e a queda de b12 não é só anemia que provoca, diminui a memória, afta oral, peso nas pernas, dor nas pernas. Se baixar de 100, a pessoa pode ate parar de andar, ir para cadeira de rodas. Repor b12, melhora. Dosar rotineiramente B12 em gastrite atrófica. Valor normal da b12 no sangue é 115 a 890. Ideal é ficar entre 400 – 800. Eugenio trata todo paciente quem tem menos de 300. Curiosidade: Paciente bariátrico. Cirurgia by-pass e sleeve. By pass - onde o fator intrínseco é produzido a comida não passa mais lá. Aí paciente tem que repor b12 sistematicamente. Pois, a b12 através da alimentação chega ao intestino sem fator intrínseco. Conduta em gastrite crônica Atrofia ou metaplasia: encaminhar para fazer classificação de Olga (atrofia) e Olgim (metaplasia intestinal): Conforme pontuação, determina a vigilância do paciente. Endoscopia com biópsia para histopatologia a cada 5 anos, ou a cada 2 anos, ou anual. OLGA/OLGIM: Tratamento: Tratar somente os casos agudos, com IBP, dose plena, por 14 a 28 dias, dependendo da severidade. Fármacos já divulgados em aulas anteriores. Exemplo: dexlansoprazol 60 mg, esomeprazol magnésio 40mg, pantoprazol magnésio ou sódico 40mg, etc. Tratamento do Helicobacter pylori também já constante em aula anterior. DISTURBIOS FUNCIONAIS GASTROINTESTINAIS Classificação do Consenso de Roma IV – 2016: Distúrbios funcionais esofagianos Distúrbios funcionais gastroduodenais Distúrbios funcionais intestinais Síndrome da dor abdominal funcional Distúrbios funcionais da vesícula e esfíncter de Oddi Distúrbios funcionais anorretais Distúrbios funcionais em crianças com menos de 2 anos Distúrbios funcionais em crianças com mais de 2 anos Alterações da Fisiopatologia de Doenças Funcionais (é aquela em que o órgão está normal – anatomia certa, mas a pessoa sente o problema que vêm dele pelo seu mau funcionamento). Critérios: Distúrbios motores Hipersensibilidade visceral: o paciente sente dor com muita facilidade (vísceras sensíveis); Distúrbios imunológicos Distúrbios da microbiota Distúrbios neurossensorial o Roma I – 1988 o Roma II – 1999 o Roma III - 2006 o Roma IV – objetiva classificar distúrbios funcionais do TGI, revisando e acrescentando novas doenças NÃO ORGÂNICAS (órgão normal,mas funciona errado. Ex:Úlcera duodenal) Distúrbios funcionais ESOFAGIANOS: A1 – Disfagia funcional: todos os exames são normais, mas o paciente tem dificuldade para engolir; A2 – Dor torácica de presumível origem esofagiana: chamada de dor torácica não cardíaca pelos cardiologistas. Dói, mas não é do coração; Aqui se enquadra distúrbios motores do esôfago. É possível detectar esses distúrbios através da mamometria esofagiana A3 – Pirose funcional: queimação na região retroesternal sem ter hiperacidez, tem pH normal. DD com doença do refluxo; pH=8,5 A4 – Globus (globus hystericus): sensação ou percepção de “bolo” entalado na garganta e na verdade não tem nada (exames normais); A5 – Síndrome do esôfago hipersensível (não havia no Roma III): queixas parecidas com DRGE, o paciente tem pirose, mas todos os exames (pHmetria e endoscopia) são normais. Nesse caso tem uma hiperacidez, diferenciando de pirose funcional. nenhum dos dois caracterizam DRGE Distúrbios funcionais GASTRODUODENAIS B1 – Dispepsia funcional • B1a – Síndrome do desconforto pós prandial (má digestão) • B1b – Síndrome da dor epigástrica (gastrite nervosa) B2 – Eructação Funcional (eructação e aerofagia): arrotos espontâneos ou de forma consciente; B3 – Náuseas e vômitos funcionais (crônicos): mais comum do que se imagina, desencadeado principalmente pela labilidade emocional – melhora o emocional, melhora os vômitos; B4 – Síndrome da ruminação: paciente regurgita e fica mastigando o alimento igual uma vaca; B5 – Síndrome da hiperemese canabinóide (Não havia no Roma III): vômito após o uso ou abstinência de maconha. Distúrbios funcionais INTESTINAIS C1 – Síndrome do Intestino Irritável (colite nervosa): combinação de distensão (gases) + constipação e/ou diarreia + dor (desconforto abdominal). C2 – Distensão funcional: são os gases, barriga incha após as refeições. Na maioria das vezes o paciente tem mais sintomas associados à síndrome do intestino irritável (mais sintomas); C3 – Constipação funcional; C4 – Diarreia funcional; C5 – Distúrbio funcional intestinal inespecífico: situações que não se encaixam em nada – idiopático; C6 – Constipação induzida por opióides (Não havia no Roma III): uso de medicamentos/ analgésicos fortes para dor, por ex: morfina, fentanil, meperidina; C7 – Síndrome do intestino narcótico (Não havia no Roma III): dor abdominal + constipação por opióides ou medicamentos benzodiazepínicos (tarja preta). SÍNDROME DA DOR ABDOMINAL FUNCIONAL É a dor abdominal crônica, inespecífica, de origem indeterminada (sem causa orgânica), oriunda de algum órgão do trato gastrointestinal, que não se enquadra nas outras doenças funcionais, e com forte relação no eixo cérebro-intestino. DD pancreatite Distúrbios funcionais ANORRETAIS F1 – Incontinência fecal funcional (comum na criança): elimina fezes sem perceber; F2 – Dor anorretal funcional ► F2a – Proctalgia crônica (contínua). Dor no anus ► F2b – Proctalgia fugaz (passa) F3 – Distúrbios funcionais da defecação ► F3a – Evacuação discinérgica (Tenesmo): evacua com dificuldade, doloroso; ► F2b – Propulsão evacuatória inadequada (Puxo): sensação de evacuação insatisfatória/ incompleta. Critério de Diagnóstico • Para caracterizar distúrbio funcional os sintomas devem ter aparecidos no mínimo nos últimos 6 meses com recorrência frequente nos últimos 3 meses (piora dos sintomas); • No Consenso anterior, havia necessidade dos sintomas estarem presentes nos últimos 12 meses; • Não existem exames que dão diagnóstico preciso, já que essas doenças não possuem substrato de origem orgânica. DISPEPSIA FUNCIONAL Presença dos sintomas nos últimos 3 meses, com início há pelo menos 6 meses, devendo incluir: 1. Um ou mais dos sintomas: Empachamento pós-prandial: come e fica cheio como um boi; Saciedade precoce: come e logo fica cheio; dor epigástrica; Queimação epigástrica. 2. Ausência de evidência de doença orgânica (ex: úlcera, gastroparesia diabética) que possa explicar os sintomas (inclusive após endoscopia digestiva alta). Incidência: Começa na adolescência Quase sempre o paciente tem labilidade emocional (ansiedade, angústia, depressão, irritabilidade, estresse, transtorno do humor). Novo critério de diagnóstico para Dispepsia Funcional – Roma IV: Detectando que não existe patologia orgânica que justifique o quadro clinico (após endoscopia, US e anamnese bem feita), caso haja a presença do Helicobacter pylori, este deve ser erradicado; Erradicando e ficando assintomático por 12 meses, trata-se então de Dispepsia por H. pylori; Mesmo erradicando, caso não melhore ou ocorra recidiva antes de 12 meses, pode ser confirmado o diagnóstico de Dispepsia Funcional. • Dispepsia Funcional do tipo Desconforto Pós-Prandial: Quadro Clínico com início há 6 meses, e presente nos últimos 3 meses; o Deve estar presente pelo menos 1 dos 2 sintomas abaixo desde que não constatada doença orgânica e tenha labilidade emocional: • Empachamento pós-prandial após refeição normal várias vezes por semana • Saciedade precoce que impede o término de uma refeição normal várias vezes por semana Sintomas que reforçam o diagnóstico: • Distensão do abdome superior (estômago inchado) • Náusea pós prandial ou eructação • Coexistência da DF do tipo dor epigástrica Normalmente o paciente pode ter Síndrome do Intestino Irritável associada; Diagnóstico Diferencial principal: doenças orgânicas; • Vagotomia (em pacientes gastrectomizados com secção do n.vago) • Estenose pilórica ou bulbar: estreitamento do piloro ou do bulbo do duodenal causandoempachamento (comida não desce); • Gastroparesia diabética: diabético de longa data ou mal compensado (estômago não esvazia por questões de inervação da parede muscular) - não tem contração da musculatura; • Dispepsia pelo H.pylori Tratamento: Normalmente não é feito o diagnóstico correto da DF do tipo dor epigástrica, pois diante de um quadro clínico típico, com uma endoscopia mostrando gastrite enantematosa (sem erosão, assintomático), têm-se o hábito equivocado de simplesmente dar o diagnóstico de gastrite como justificativa para o quadro. Porém gastrite sem erosão não gera sintomas, logo, o diagnóstico correto seria DF do tipo dor epigástrica ou síndrome da dor epigástrica. Dependendo do grau de entendimento do paciente é possível explicar o que ele realmente tem, que a causa da dor não é a gastrite, ou simplesmente falar que ele tem uma gastrite nervosa. • Pró-cinéticos: Domperidona, bromoprida – Alívio razoável e metopimazina (ainda não existe no BR). Aumentam a motilidade do estômago, acelerando o esvaziamento gástrico • Anti-fiséticos: caso tenha flatulência, distensão, meteorismo, etc. • Cuidados dietéticos objetivos: orientar o paciente a não comer o que faz mal para ele (individual); Em estudo novos pro-cinéticos: Itoprida e Mosaprida. Dispepsia Funcional do tipo Dor Epigástrica: Quadro Clínico: início há 6 meses, e presente nos últimos 3 meses: • Dor ou queimação epigástrica, leve a moderada, que ocorra no mínimo 1 vez por semana • Dor intermitente • Sempre epigástrica e nunca no tórax ou outras regiões abdominais • Não aliviada por eliminação de flatos ou pela evacuação • Não tem úlcera ou outra causa no abdome superior (estomago, duodeno, vesícula e pâncreas) na endoscopia que justifique a dor Sintomas que reforçam o diagnóstico: • Dor do tipo queimação, sem irradiação para região retroesternal • Dor geralmente induzida ou aliviada pela refeição (come e alivia), podendo ocorrer também em jejum. • Coexistência da DF do tipo desconforto pós-prandial Diagnóstico diferencial: • Úlcera péptica (gástrica ou duodenal) • Gastrite erosiva (gastrite “aguda”): melhora com a alimentação • OBS: úlcera péptica e gastrite erosiva costumam ter alívio da dor com a alimentação. Na DF do tipo dor epigástrica não existe um padrão Tratamento: Inibidor de bomba de prótons – 4 semanas: boa resposta; Pantoprazol 40mg; Omeprazol 40mg; Lansoprazol 30 mg; Esomeprazol 40mg; Rabeprazol 20 mg Dexlansoprazol 60mg É um diagnostico de exclusão? Em tese sim. Mas paciente que não tem condições, faz direto o tratamento “O melhor remédio ainda é o próprio médico. Ouça o paciente. Toda doença é um pedido de atenção e carinho”. • Endoscopia digestiva alta; • Ultrassonografia abdominal superior; • Cintilografia: para pesquisa de esvaziamento gástrico com alimento sólido (na DF do tipo desconforto pós-prandial). Observa esvaziamento do estômago durante 1 hora e meia, de 15 em 15 minutos. Só é pedido esse exame depois que de excluir vagotomia, gastroparesia diabética e estenose pilórica ou bulbar Tratamento: • Psicoterapia • Relação médico-paciente: esclarecer que não existe doença orgânica responsável pelos sintomas, principalmente no paciente cancerofobico; • “Doutor, eu tenho gastrite...” • Ansiolíticos e/ou antidepressivos • Psicoterapia, desde de que seja bem abordada pelo médico para haver concordância do paciente • Cuidados dietéticos: deve ser esclarecido que alimentação não é a causa principal dos sintomas, entretanto recomenda-se evitar os alimentos que possam desencadear os sintomas.
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