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Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 1 COLÉGIO OBJETIVO NOME: _________________________________________________ N.o: _______ 7.o ANO DATA: ___/___/2023 REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA (PARTE 2) 4.o BIMESTRE Valores através de histórias Fábulas, parábolas e apólogos são pequenas narrativas que apresentam um conteúdo moral, isto é, uma visão de como deveria ser o procedimento dos homens. Nas fábulas, as personagens geralmente são animais irracionais que pensam, agem e sentem como os ho- mens. Nas parábolas, as personagens são seres humanos, e, nos apólogos, as personagens são seres inanimados, como objetos e plantas, por exemplo. A raposa e as uvas Esopo Uma raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, pendurados nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes uvas negras e, o mais importante, maduras. Não pensou duas vezes e depois de certificar-se de que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher o seu alimento. Usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para apanhá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou cansando-se em vão, e nada conseguiu. Desolada, cansada, faminta e frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspiran- do, encolheu de ombros e deu-se por vencida. Deu meia volta e foi-se embora, desapontada, dizendo: “As uvas afinal estão verdes, não me servem…” Quando já estava indo, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão. Voltou correndo, pensando ser as uvas. Mas quando chegou lá, para sua decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa, decepcionada, virou as costas e foi-se embora de novo. Disponível em: <http://www.fabulasecontos.com/a-raposa-e-as-uvas/> Acesso em: 10 out. de 2016. 1. Podemos afirmar que o texto apresentado é uma fábula? Justifique sua resposta. 2. a) Qual foi a conduta da raposa no texto escrito por Esopo? b) Que lição o autor pretende nos passar por meio dessa fábula? Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 2 3. Assinale as conclusões às quais podemos chegar a partir do texto. a) ( ) Devemos aceitar nossas limitações para corrigir nossas dificuldades. b) ( ) A raposa não quis as uvas, pois estavam verdes. c) ( ) A raposa tentou até conseguir seu cacho de uvas. d) ( ) Não devemos desfazer do que gostaríamos de possuir. e) ( ) Devemos ser persistentes em nossos objetivos. 4. Associe cada palavra da coluna da esquerda com o significado com que foi empregada no texto. a) ( ) videira b) ( ) exuberante c) ( ) dote d) ( ) intruso e) ( ) empreitada I) intrometido II) qualidade, benefício III) que se destaca pela beleza, pela aparência IV) tarefa ou trabalho realizados V) planta cujo fruto é a uva 5. As fábulas sempre terminam com uma moral da história, isto é, com um ensinamento. Qual das frases abaixo traduz a ideia principal da fábula de Esopo? a) Quem não tem, despreza o que deseja. b) A mentira tem pernas curtas. c) Quem não tem o que deseja, sente inveja dos outros. d) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. e) De grão em grão a galinha enche o papo. Aposto Termo da oração que identifica ou esclarece o nome ao qual se associa. – Aposto intercalado entre sujeito e predicado: aparece entre vírgulas ou travessão. – Aposto no final da frase: aparece com travessão ou dois pontos. 6. Nas orações abaixo, sublinhe o termo que identifica (individualiza) ou esclarece (explica) o nome em negrito. Quando necessário, separe esse termo do resto da oração usando vírgula, dois pontos ou travessão. Observe que há casos em que se pode usar um ou outro sinal de pontuação. a) O homem ser curioso por natureza aprimora a cada dia seus próprios talentos. b) Carro da Fiat o Palio tem uma versão de luxo e versão popular. c) Jorge meu colega de escola estuda todas as manhãs. d) No encontro do rio Negro com o rio Amazonas vemos um belo desenho de águas. e) Bill Gates o homem mais rico do planeta tem uma mansão em Washington. Leia a tirinha a seguir e responda à questão 7. MARINO STAMPA ESTILISTA E FOTÓGRAFO GUI MARKONDEZ PUBLICITÁRIO E ESCRITOR KARINA NARISKY DONA DE BRECHÓ BILA ASSUNSSÃO PROMOTORA DE FESTAS (ANGELI. Folha de S. Paulo. 14 nov. 1997.) Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 3 7. Os quadrinhos de Angeli se referem a personagens e suas profissões. Inspirando-se neles, crie frases com aposto, pontuando-as cuidadosamente. Complemento nominal O complemento nominal é um termo da oração que complementa um nome – substantivo ou adjetivo – ou um advérbio. Liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio através de preposição. Exemplos: Deram o grito de largada. (grito: substantivo; de: preposição; de largada: complemento nominal) Sua beleza é agradável aos olhos. (agradável: adjetivo; a (de aos): preposição; aos olhos: complemento nominal) Ele votou favoravelmente à democracia. (favoravelmente: advérbio; a (de à): preposição; à democracia: complemento nominal) O complemento nominal pode fazer parte de outros termos da oração: sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, agente da passiva, adjunto adverbial, aposto e vocativo. Se for omitido em uma oração, ela pode ficar sem sentido ou não expressar tudo o que desejamos transmitir. 8. Complete as lacunas com complementos nominais, de acordo a construir um texto com sentido. Lembre-se de que o complemento nominal se liga a um substantivo, adjetivo ou advérbio por meio de uma preposição. Na maioria das vezes, a troca de uma preposição altera o sentido da frase. a) A atividade ____________________________ me cansou muito. b) Enquanto praticava tive a sensação ____________________________________. c) Então entendi porque devemos nos esforçar ________________________________. d) Mesmo diante __________________________, devemos prosseguir em busca ______________________, pois o resultado sempre vale a pena. Adjunto adnominal O adjunto adnominal é um termo da oração que se associa a um nome (substantivo), qualificando-o, caracterizando-o. São adjuntos adnominais: adjetivos, locuções adjetivas, artigos (definidos e indefinidos), pronomes adjetivos (possessivos, demonstrativos, indefinidos), numerais. Exemplos: Pronome demonstrativo Estas violetas estão floridas. substantivo Pronome indefinido, numeral e locução adjetiva Cada vaso tem dois tipos de violeta. adjunto adnominal adjunto adnominal substantivo substantivo locução adjetiva Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 4 9. Nas frases a seguir, troque as palavras sublinhadas por outras da mesma classe gramatical, de modo a alterar a informação. Ao realizar as mudanças, preste atenção para que a nova frase não contenha erro. a) Esta pequena floricultura vende uma violeta perfumada. b) Esta sandália vermelha é muito confortável. c) Vendi meus CDs de música clássica. d) Aqueles dois livros de contos são maravilhosos. Sujeito indeterminado É aquele que não se pode ou não se quer apontar. Indica que existe um ser responsável pela ação verbal, mas esse ser é indicado de tal forma que não podemos identificá-lo. – Uma das formas de tornar o sujeito indeterminado é omiti-lo e colocar o verbo na 3.a pessoa do plural. Exemplo: Fizeram as tarefas? – Outra forma de indeterminar o sujeito consiste em usar a partícula se acompanhando verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação. Observação: nesse caso, os verbos conjugados ficam na 3.a pessoa do singular. Exemplo: Precisa-se de vendedoras habilidosas. Leia a tirinha a seguir e responda à questão 10. 10. Examine as frases retiradas da tirinha, bem como os verbos em negrito e indique: I. Se é possível identificar o sujeito, se está explícito ou oculto na oração. II Se não é possível identificar o sujeito. III. Se a oração não possui sujeito. a) “Fui assaltado!!” b) “Levaram tudo!” c) “Eu me mudei daqui ontem.” d) E se a frase do cartaz fosse: “Há imóveis para alugar.” Revisão de Língua Portuguesa (parte2) – 7.o ano – 4.o bimestre 5 Leia as narrativas abaixo para responder às questões a seguir. Texto 1 – O sábio samurai Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar suas técnicas aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram to- dos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guer- reiro desistiu e retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que pode- ria perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós? — Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai. — A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos. — O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. Quando não são aceitos, continuam per- tencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir! Autor desconhecido. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/> Texto 2 – A assembleia dos ratos Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome. Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à Lua. – Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproximar, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo. Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino? Silêncio geral. Um rato desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não ti- nham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação. Dizer é fácil; difícil é fazer! LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense:1966, 20.a edição. Vocabulário: guizo – esfera de metal que faz barulho quando as bolinhas de ferro colocadas em seu interior são agitadas./ consternação – tristeza, desolação, abatimento. 11. Observe as afirmações e associe a coluna da esquerda com a da direita. a) Em geral, as personagens são seres humanos e são abordados exemplos de conduta. b) Não tem como objetivo principal defender valores, mas pode nos levar a uma reflexão sobre a conduta das pessoas. c) As personagens são seres inanimados. d) As personagens geralmente são animais irracionais que pensam, agem e sentem como os seres humanos. I) ( ) Fábula II) ( ) Apólogo III) ( ) Conto IV) ( ) Parábola Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 6 12. As narrativas “O sábio samurai” e “A assembleia dos ratos” contêm elementos relacionados a gêneros textuais diferentes. a) Qual é o gênero textual da primeira narrativa “O sábio samurai”? Justifique sua resposta. b) Qual é o gênero textual da segunda narrativa “A assembleia dos ratos”? Justifique sua resposta. 13. No trecho “Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali” há uma parte que está esclarecendo o termo “guerreiro”. Indique a parte que faz esse esclarecimento, bem como a sua classificação. 14. De acordo com o texto, qual o significado do dito popular “Dizer é fácil; difícil é fazer”? 15. Relacione a coluna 1 com a coluna 2, fazendo a correspondência entre os provérbios e os respectivos significados. 1. Quem se mistura com porcos, farelo come. 2. Cada macaco no seu galho. 3. Deus escreve certo por linhas tortas. 4. Cavalo dado, não se olham os dentes. 5. Quem fala demais, dá bom dia a cavalo. a) ( ) Consegue estabelecer a verdade por mais difícil que pareça ser. b) ( ) Não se olha o valor de um objeto que se ganhou. c) ( ) Quem acompanha pessoa de índole ruim, acaba se tornando igual a ela. d) ( ) Cada pessoa deve ficar no seu devido lugar e exercer a sua tarefa. e) ( ) Algumas pessoas conversam sobre tudo a respeito da própria vida, arrependendo-se depois. Revisão de Língua Portuguesa (parte 2) – 7.o ano – 4.o bimestre 7 RESPOSTAS 1. Sim, pois as personagens do texto são animais irracionais que agem e sentem como os seres humanos. 2. a) Ao ver as uvas exuberantes, a raposa certificou-se de que o caminho estava livre e decidiu colhê-las, mas não conseguiu alcançá-las. Por isso passou a desdenhá-las, dizendo que estavam verdes. b) O autor quer transmitir a ideia de que é fácil desprezar aquilo que não se pode obter ou de que é fácil falar mal daquilo que não se pode ter. 3. A, D e E 4. a) V b) III c) II d) I e) IV 5. A 6. a) ser curioso por natureza / O homem, ser curioso por natureza, aprimora... b) Carro da Fiat / Carro da Fiat, o Palio tem... c) meu colega de escola / Jorge, meu colega de escola, estuda... d) Negro, Amazonas. e) o homem mais rico do planeta / Bill Gates, o homem mais rico do planeta, tem... 7. Resposta pessoal do aluno. 8. Resposta pessoal do aluno. Sugestão: a) de educação física. b) de paz. c) em todas as atividades. d) ao fato; de soluções. 9. a) Aquela ótima; a; rara. b) Aquela. c) nossos; de rock’ n roll. d) Esses três; de fábulas. 10. a) Sujeito oculto (Eu). b) Não é possível identificar o sujeito. c) Sujeito simples (Eu). d) A oração não possui sujeito. 11. a) IV b) III c) II d) I 12. a) O sábio samurai é um exemplo de parábola, pois apresenta como personagens seres humanos e aborda exemplos de conduta. b) A segunda narrativa é um exemplo de fábula, pois apresenta como personagens animais irracionais que pensam e sentem como humanos 13. Esclarece o termo guerreiro, o trecho: “conhecido por sua total falta de escrúpulos”. Trata-se de um aposto. 14. Quer dizer que falar é muito mais fácil do que realmente colocar em prática o que foi planejado. 15. a) ( 3 ) b) ( 4 ) c) ( 1 ) d) ( 2 ) e) ( 5 )