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UNINGÁ – CENTRO UNIVERSITÁRIO Curso de Farmácia EAD Izabella Cardozo Matos RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE (Biomedicina) Assaí/2023 1. INTRODUÇÃO Manipulação Asséptica: A manipulação asséptica é uma técnica essencial para evitar a contaminação de culturas microbianas e garantir a pureza das amostras. Isso envolve a esterilização de equipamentos e superfícies, o uso de chama para esterilizar ferramentas, como alças bacteriológicas, e o manuseio cuidadoso de materiais para evitar a introdução de microrganismos indesejados. Fonte: Tortora, G.J., Funke, B.R., & Case, C.L. (2015). Microbiologia. Artmed Editora. Meios de Cultura: Os meios de cultura são substâncias que fornecem os nutrientes necessários para o crescimento e a multiplicação de microrganismos em laboratório. Eles podem ser líquidos ou sólidos e são formulados com ingredientes específicos para atender às necessidades nutricionais dos microrganismos que se deseja cultivar. Fonte: Murray, P.R., Rosenthal, K.S., & Pfaller, M.A. (2015). Microbiologia médica. Elsevier Editora. Técnica de Semeadura: A técnica de semeadura envolve a transferência de microrganismos para um meio de cultura de maneira uniforme e controlada. Isso permite o crescimento de colônias bacterianas individuais para posterior identificação e análise. Fonte: Jawetz, Melnick & Adelberg. (2016). Microbiologia Médica. Guanabara Koogan. Coloração de Gram: A coloração de Gram é uma técnica de coloração diferencial que divide as bactérias em dois grupos principais, com base na composição da parede celular: bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Isso é útil para a identificação preliminar de microrganismos e tem implicações clínicas importantes. Fonte: Brock, T.D., Madigan, M.T., Martinko, J.M., & Parker, J. (2015). Biologia de Micro-organismos. Pearson. Morfologia Bacteriana: O estudo da morfologia bacteriana refere-se à observação da forma e da estrutura das bactérias. Isso pode incluir a identificação de características como forma, arranjo celular, presença de cápsulas, esporos, flagelos e outros elementos estruturais. Fonte: Prescott, L.M., Harley, J.P., & Klein, D.A. (2016). Microbiologia. Artmed Editora. 2. OBJETIVOS Manipulação Asséptica: A manipulação asséptica é uma técnica fundamental na microbiologia que visa minimizar a contaminação de culturas microbianas e garantir a pureza das amostras. Nesta aula nós aprendemos a esterilizar equipamentos e superfícies, a utilizar chama para esterilizar ferramentas como alças bacteriológicas e a manusear materiais de forma cuidadosa para evitar a introdução de microrganismos indesejados. Preparação de Meios de Cultura: Os meios de cultura são essenciais para o crescimento e a multiplicação de microrganismos em laboratório. Aprendemos a preparar meios de cultura sólidos e líquidos, utilizando ingredientes específicos que atendiam às necessidades nutricionais dos microrganismos que foram cultivados. Técnica de Semeadura: A técnica de semeadura é utilizada para transferir microrganismos para meios de cultura de maneira uniforme e controlada. Praticamos essa técnica, e aprendemos como criar colônias bacterianas individuais para posterior identificação e análise. Coloração de Gram: A coloração de Gram é uma técnica de coloração diferencial que divide as bactérias em dois grupos principais: Gram-positivas e Gram-negativas, com base na composição de suas paredes celulares. Tivemos a oportunidade de realizar a coloração de Gram, observar as diferentes reações das bactérias e compreender a importância clínica dessa técnica. Morfologia Bacteriana: O estudo da morfologia bacteriana envolve a observação da forma e da estrutura das bactérias. Durante esta parte da aula, observamos diferentes tipos de bactérias, identificamos características como forma, arranjo celular, presença de cápsulas, esporos, flagelos e outros elementos estruturais, e aprenderão a descrever essas características de forma precisa. No decorrer da aula prática, também aplicamos essas técnicas de Microbiologia básica, desenvolvendo habilidades práticas essenciais para a pesquisa e o diagnóstico microbiológico. Além disso, compreendemos a importância dessas técnicas no estudo dos microrganismos e seu impacto em diversas áreas, incluindo a medicina, a biotecnologia e a ecologia. 3. MATERIAL E MÉTODOS Metodologia: Manipulação asséptica Preparação do Espaço de Trabalho: Nós nos certificamos de que o laboratório está limpo e organizado, com os materiais e equipamentos necessários à mão. Manipulação Asséptica: Com equipamento de proteção pessoal adequado, como luvas descartáveis e jalecos, realizamos a manipulação asséptica. Abrimos e fechamos a placa de Petri repetidas vezes, utilizando apenas uma das mãos, mantendo a outra mão livre de contaminação. Preparação do Meio de Cultura: Utilizando um pipetador, pipetamos 5 ml de água destilada em um Becker. Transferimos 4 ml da água destilada para um dos tubos de ensaio. Pipetamos 3 ml de água destilada do segundo tubo de ensaio e transferimos 2 ml para o terceiro tubo. Repetimos todos os passos de manipulação descritos, garantindo que a manipulação seja realizada atrás do bico de Bunsen desligado para garantir a assepsia. Materiais Laboratoriais: Placa de Petri. Equipamento de proteção pessoal: luvas descartáveis e jaleco. Pipetador. Pipeta Água destilada com corante Becker. Tubos de ensaio. Metodologia: Desinfecção da bancada e lavagem asséptica das mãos Iniciamos a aula prática desinfetando a bancada onde trabalhamos. Lavamos as mãos de forma séptica, seguindo as orientações do docente. Preparação da Placa de Petri: Retiramos uma placa de Petri da bancada localizada no fundo da sala. Dividimos a placa em três partes com uma caneta de retroprojetor e a identificamos. Esfregando os Dedos na Placa de Petri com Meio TSA: Esfregamos um ou dois dedos de forma asséptica na região do 1/3 da placa de Petri identificada, utilizando a mão não lavada (MSL), conforme instruções do docente. Higienização das Mãos: Higienizamos as mãos rigorosamente conforme as orientações do docente, utilizando sabão e água, esfregando vigorosamente durante 15 a 20 segundos. Esfregando os Dedos na Placa de Petri (Mãos Lavadas): Em seguida, esfregamos os dedos na região do 1/3 da placa de Petri identificada com a mão lavada (MLP). Assepsia das Mãos com Álcool 70%: Fizemos a assepsia das mãos previamente lavadas com álcool 70% e deixamos secar naturalmente. Limpeza da Bancada: Borrifamos álcool 70% em quantidade necessária para umedecer a bancada. Em seguida, limpamos e enxugamos a bancada com papel toalha. Materiais Laboratoriais: Placa de Petri. Caneta de retroprojetor. Sabão para lavagem das mãos. Álcool 70%. Papel toalha. Metodologia: Meios de cultura e técnicas de semeadura Materiais Utilizados: Utilizamos vários materiais, incluindo tubos com meios líquidos semeado e estéril, tubos com meios semi-sólidos, tubos com meios sólidos inclinados, placas com meio sólido esterilizadas (Arlen Méier com agar simples aquecido a 45 graus), pipeta, e alça de níquel-cromo. Procedimentos: Para a semeadura em meio líquido, realizamos o seguinte procedimento: Flambar a alça. Pegar o tubo semeado e abrir. Flambar a boca do tubo. Retirar uma gota do meio com a alça. Flambar a boca do tubo novamente e fechar. Para a semeadura em meio estéril, seguimos os passos abaixo: Flambar a alça. Pegar o tubo com meio estéril e abrir. Flambar a boca do tubo. Colocar a alça carregada no meio e agitar delicadamente. Retirar a alça. Flambar a boca do tubo novamente e fechar. Para a semeadura em meio semi-sólido por picada, realizamos o seguinte procedimento: Flambar a agulha. Pegar o tubo semeado e abrir. Flambar a boca do tubo. Carregar a agulha com a cultura. Flambar a boca do tubo novamente e fechar. Semear fazendo uma picada no centro do meio de cultura, penetrando até a metade de sua altura. Para a semeadura em tubo com meio sólido e inclinadopor estrias, procedemos da seguinte maneira: Flambar a alça. Pegar o tubo semeado e abrir. Flambar a boca do tubo. Retirar uma gota do meio com a alça. Flambar a boca do tubo novamente e fechar. Semear por estrias na superfície do meio inclinado, evitando passar a alça duas vezes no mesmo local e aproveitando toda a superfície do meio, sem afundar a alça. Para a semeadura em placa por esgotamento, seguimos as etapas abaixo: Dividir o fundo da placa em três partes com uma caneta de retroprojetor. Carregar a alça com a cultura, como na primeira técnica. Abrir a placa e encostar a alça na borda de um terço. Semear as estrias no primeiro terço da placa. Semear os outros dois terços da placa, evitando passar a alça duas vezes no mesmo local e aproveitando toda a superfície do meio. Metodologia: Coloração de Gram e morfologia bacteriana Preparação das Amostras: Com o auxílio da alça de níquel-cromo, depositamos uma pequena quantidade da massa bacteriana no centro da lâmina, garantindo a não formação de uma gotícula de solução salina. Espalhamos a massa bacteriana sobre a lâmina para obter um esfregaço fino e uniforme. Fixação e Esfregamento: Fixamos o esfregaço segurando a parte inferior da lâmina e passando-a três vezes na chama, aguardando o resfriamento. Coloração de Gram: Cobrimos o esfregaço com Cristal Violeta e deixamos agir por um minuto. Em seguida, vertemos o excesso da solução. Cobrimos o esfregaço com a solução de lugol e deixamos agir por um minuto. Lava-se o excesso de lugol com um filete de água corrente. Realizamos a descoloração com álcool cetona por 5 a 10 segundos e, imediatamente, enxaguamos com água corrente. Cobrimos o esfregaço com fucsina e deixamos agir por 30 segundos. Enxaguamos novamente com água corrente. Secagem: Secamos o esfregaço com papel toalha. Materiais Utilizados: Lâmina de vidro. Alça de níquel-cromo. Solução Salina estéril. Cristal Violeta. Lugol. Álcool cetona. Fucsina. Placa ou tubo semeado com Pseudomonas aeruginosa / Staphylococcus aureus. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Preparação das Culturas: Utilizamos tubos de ensaio contendo 5 ml de meio de cultura específico para coliformes fecais e também para pseudomonas aeruginosa (gram-negativa) e staphylococcus aureus (gram-positivos). Coletamos amostras de diferentes fontes, incluindo água do ambiente, iogurte e bacilos. Com a ajuda do coletor de urina não estéril, coletamos água do ambiente e a posicionamos próximo ao bico de Bunsen aceso. Usando uma pipeta estéril, coletamos 5 ml da amostra e transferimos para o tubo de meio de cultura com coliformes fecais. Realizamos esse processo com cuidado para evitar contaminações e deslocamento da amostra. Examinamos as culturas de pseudomonas aeruginosa e staphylococcus aureus em microscópios, observando suas morfologias bacterianas. Morfologias Bacterianas e Organização em Colônias: Além das morfologias de pseudomonas aeruginosa e staphylococcus aureus mencionadas, outras morfologias bacterianas incluem cocos, bacilos, espiroquetas, vibriões, entre outros. As bactérias podem se organizar em colônias de diferentes formas, como pares, cadeias, grupos e dispersas. morfologias bacterianas observadas: Cocos (ou Cocobacilos): Os cocos são bactérias esféricas. Exemplos incluem Staphylococcus e Streptococcus. Eles podem se organizar em colônias em diferentes arranjos, como cadeias (Streptococcus pneumoniae), grupos irregulares ou em pares (Staphylococcus aureus). Bacilos: Os bacilos são bactérias alongadas em forma de bastão. Exemplos incluem Escherichia coli. Eles podem se organizar em colônias como células isoladas, em pares (Haemophilus influenzae) ou formando cadeias. Espiros: Espiroquetas são bactérias finas, helicoidais e flexíveis. Exemplo: Treponema pallidum. Elas geralmente não formam colônias visíveis, pois tendem a ser móveis e se movimentam individualmente. Diferença na Estrutura da Parede Celular e Coloração de Gram: A principal diferença na estrutura da parede celular entre bactérias gram-positivas e gram-negativas é a espessura da parede e a presença de uma camada adicional chamada de membrana externa nas gram-negativas. Isso resulta na diferença na coloração de Gram, pois a parede celular das gram-positivas retém o cristal violeta, enquanto as gram-negativas não retêm e são coradas posteriormente com a safranina. Isso ocorre devido à capacidade da parede celular de reter os complexos de cristal violeta-iodo nas gram-positivas, enquanto nas gram-negativas, a membrana externa impede a retenção. Possíveis Problemas e Soluções: Contaminação: Um problema comum em microbiologia é a contaminação das culturas. Para evitar isso, tomamos medidas rigorosas de assepsia, incluindo a desinfecção das mãos e dos materiais utilizados. Manipulação de Amostras Não Esterilizadas: A coleta de amostras não estéreis, como água do ambiente, pode introduzir contaminantes indesejados nas culturas. Fomos cuidadosos ao realizar a coleta próxima ao bico de Bunsen para minimizar esse risco. 5. CONCLUSÃO Durante a aula prática, aprendemos e aplicamos diversos conceitos e técnicas em microbiologia, incluindo: Manipulação Asséptica: Aprendemos a importância da manipulação asséptica para evitar a contaminação de culturas bacterianas e garantir resultados precisos. Preparação de Meios de Cultura: Compreendemos como preparar meios de cultura esterilizados, essenciais para o crescimento de microrganismos. Técnicas de Semeadura: Praticamos técnicas de semeadura, incluindo semeadura em meios líquidos, semi-sólidos, sólidos inclinados e placas. Coloração de Gram: Realizamos a coloração de Gram para distinguir entre bactérias gram-positivas e gram-negativas, com base na estrutura da parede celular. Morfologia Bacteriana: Observamos e identificamos diferentes morfologias bacterianas, como cocos, bacilos e espiroquetas, além de compreender como elas se organizam em colônias. Identificação Bacteriana: Aprendemos a importância da coloração de Gram na identificação preliminar de bactérias e como ela se relaciona com a estrutura da parede celular. 6. REGISTRO FOTOGRÁFICO BIBLIOGRAFIA Fonte: Murray, P.R., Rosenthal, K.S., & Pfaller, M.A. (2015). Microbiologia médica. Elsevier Editora. Fonte: Tortora, G.J., Funke, B.R., & Case, C.L. (2015). Microbiologia. Artmed Editora. Fonte: Jawetz, Melnick & Adelberg. (2016). Microbiologia Médica. Guanabara Koogan. Fonte: Brock, T.D., Madigan, M.T., Martinko, J.M., & Parker, J. (2015). Biologia de Micro-organismos. Pearson. Fonte: Prescott, L.M., Harley, J.P., & Klein, D.A. (2016). Microbiologia. Artmed Editora. Página 10 de 10
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