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MAPA CONCEITUAL territorio e suas derivações - uneb geografia

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MAPA CONCEITUAL 
TERRITÓRIO E SUAS DERIVAÇÕES (TERRITORIALIDADE, DES-RETERRITORIALIZAÇÃO).
A multiescalaridade do território:
 Haesbaert (2004) destacou dois sentidos largamente difundidos (inclusive academicamente) que são tributários do latim: o primeiro, predominante, referido à terra, tomando o território como materialidade; e o segundo, menos frequente, relacionado aos sentimentos que o território provoca, ou seja, “(...) medo para quem dele é excluído, de satisfação para aqueles que dele usufruem ou com o qual se identificam”
O Dictionnaire de la Langue Française Littré [de 1971] define o território como “a extensão de terra que depende de um império, de uma província, de uma cidade, de uma jurisdição“ (DI MÉO, 1998, p. 42, tradução nossa). O Le Petit Robert de la Langue Française (1996-1997) define como a “extensão de um país sobre o qual se exerce uma autoridade, uma jurisdição”. O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2004) define como a “base geográfica do Estado, sobre a qual ele exerce a sua soberania, e que abrange o solo, rios, lagos, mares interiores, águas adjacentes, predominância e quase que de forma homogênea, uma acepção de território como área, superfície ou extensão de terra, controlada por uma jurisdição político-administrativa, base geográfica da soberania de um Estado. 
Raffestin (1988, p. 265, tradução nossa), ao definir a territorialidade humana como o “(...) conjunto de relações mantidas pelo homem, enquanto pertencentes a uma sociedade [coletividade, segundo Raffestin, 1986], com a exterioridade e a alteridade com a ajuda de mediadores ou instrumentos (...)”.
 ESPAÇOSorre : O espaço é visto como localização (através dos mapas) e extensão. 
O homem transforma o meio através da técnica que tende a fixá-lo ou enraizá-lo no ambiente. A cultura (modo de vida) é vista como enraizamento ambiental que forma um território. O espaço seria essa coabitação de homem e natureza e é prenhe de intencionalidade (já que depende da vontade do homem).
MOREIRA (1982) entende o espaço geográfico como estrutura de relações sob determinação do social; é a sociedade vista com sua expressão material visível, através da socialização da natureza pelo trabalho..
Nesta obra, o espaço geográfico é visto como “a matéria por excelência”, a “segunda natureza” (com base em Marx) ou natureza humanizada ou artificial. É a relação homem/natureza ou homem/espaço mediatizada pelo trabalho e a produção de mercadorias (o espaço é também mercadoria). É a “acumulação desigual de tempos”. SANTOS (2002)
REGIÃO
O mundo passa a ser encarado pela perspectiva sistêmica, de integração e correlação entre as partes, uma totalidade fechada e sistematicamente estruturada, e nessa situação, a região passa a ser entendida pela geografia teorética ou quantitativa como o “subespaço de um sistema” (LENCIONI, 1999, p.137).
Para Maria Angela Faggin Pereira Leite, a gênese da região se inicia quando o homem deixa de ser nômade, e passa a manter uma ligação mais estável com o espaço que o circundava, havendo assim a percepção da diversificação dos lugares, ocasionando um desenvolvimento das técnicas de produção, que, utilizando os recursos dos diferentes lugares, iniciaram o processo de regionalização (LEITE, 1994, p.13).
A realidade do espaço geográfico atual parece nos apontar que tanto as ideias e conceitos de região, como também a sua manifestação enquanto fenômeno espacial, continuam a existir de uma forma nova ou renovada, ainda que suas evidências de coerência pareçam mais tênues, mas não menos integradoras. Seus efeitos continuam presentes e por vezes se manifestam de forma mais forte na diferenciação dos territórios. O que acontece, com a emergência ou maior visibilidade de outras categorias que passam a ser mais empregadas, é que a região esteja, talvez, e ainda que lentamente, perdendo o seu caráter de tradicionalidade ou prioridade nas análises do meio geográfico contemporâneo.
Segundo Gomes, desde o império romano, o termo região era utilizado para designar áreas que dispusessem de uma administração local e fossem assim subordinadas às regras e ao poder hegemônico de Roma. Em sua história, a categoria região apresentou desde os primórdios implicações políticas e culturais, e mesmo de diversidade espacial (GOMES, 2001, p.50-51).

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