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2 - Programa de necessidades e anteprojeto

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Programa de necessidades e anteprojeto
APRESENTAÇÃO
Ainda que a construção de um edifício seja uma operação complexa, na qual há sobreposições 
de etapas, é possível dividi-la em fases para facilitar a compreensão desse fenômeno. São nas 
fases iniciais do projeto que as características essenciais da edificação são definidas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá quais são as etapas iniciais de um projeto. Além 
disso, refletirá sobre o que significa o partido geral de um projeto, assim como as técnicas e os 
critérios para a sua avaliação.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as etapas iniciais do projeto.•
Sintetizar o estudo do partido geral.•
Selecionar técnicas de avaliação do partido geral.•
DESAFIO
O programa de necessidades é um instrumento cujo objetivo é trazer maior entendimento 
sobre o objeto do projeto. Trata-se de um documento que reúne expectativas (considerações 
objetivas e subjetivas em relação ao projeto) e exigências de ordem técnica.
Você foi contratado por uma família para elaborar o projeto de uma casa. Nas conversas iniciais, 
os clientes informaram que gostariam que sua nova residência tivesse, além da suíte do casal, 
um quarto para cada um dos dois filhos, os quais devem compartilhar o banheiro e um quarto de 
hóspedes.
Com base nessas informações, e utilizando a tabela fornecida, elabore um programa de 
necessidades completo para a casa em formato de tabela, contendo: nome do cômodo, área 
estimada, observações e dúvidas, como, por exemplo, dimensões, orientação solar e 
configuração da cozinha. Preencha com os ambientes que julgar mais convenientes e 
adequados. 
INFOGRÁFICO
O estudo preliminar é a primeira aproximação feita pelo projetista em relação ao problema que 
tem a sua frente. Por isso, é preciso que os desenhos apresentados para o cliente sejam claros o 
suficiente para que as decisões de projeto possam ser entendidas por este.
IMAGEM 2
Neste Infográfico, você vai ver os diferentes desenhos apresentados em um estudo preliminar, 
assim como suas funções para a compreensão do projeto.
CONTEÚDO DO LIVRO
São as etapas iniciais de um projeto que irão definir as suas características fundamentais. Não é 
à toa que as escolas de Arquitetura dedicam tantos semestres para desenvolver em seus 
estudantes habilidades de lançamento e avaliação de projetos de Arquitetura. O trabalho de 
muitos profissionais que ingressarão depois no processo de construção dependerá da qualidade 
das decisões tomadas nesses estágios iniciais.
No capítulo Programa de necessidades e anteprojeto, da obra Arquitetura e urbanismo, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai refletir sobre essas etapas iniciais de projeto, 
assim como o impacto que elas têm nas etapas posteriores. Além disso, vai entrar em contato 
com técnicas e critérios para a sua avaliação.
Boa leitura.
ARQUITETURA 
E URBANISMO
Gabriel Lima Giambastiani 
Programa de necessidades 
e anteprojeto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as etapas iniciais do projeto.
  Sintetizar o estudo do partido geral.
  Selecionar técnicas de avaliação do partido geral.
Introdução
A construção de um edifício é um fenômeno complexo. Ela envolve 
relações de interdependência entre recursos, profissionais e saberes 
distintos. Uma tentativa de simplificação desse fenômeno pode ser feita 
para trazer maior clareza quanto a sua estrutura, ressalvadas as distorções 
inerentes a operações redutivas. Sendo assim, podemos afirmar que a 
construção de um edifício apresenta duas fases: projeto e obra, e que a 
fase projetual, por sua vez, divide-se em etapa inicial, intermediária e final.
Neste capítulo, você estudará as etapas iniciais do projeto: do pro-
grama de necessidades ao anteprojeto. Reconhecerá que são essas as 
etapas garantidoras da qualidade da edificação, uma vez que representam 
o momento em que o projetista tem controle do todo, e as consequências 
das decisões tomadas podem ser rapidamente reavaliadas. Além disso, 
você reconhecerá o partido geral, além de técnicas para sua avaliação.
Etapas iniciais de um projeto de arquitetura
Imagine que você está planejando uma viagem internacional. Em um pri-
meiro momento, escolheu o país, as cidades, os hotéis e até mesmo separou 
alguns restaurantes e pontos turísticos que gostaria de visitar. Passada uma 
semana, alguns amigos se empolgaram com a ideia e resolveram viajar junto, 
desde que o destino fosse alterado para um país vizinho do destino original. 
Como até aquele momento a viagem era apenas uma ideia, uma mudança no 
planejamento original seria fácil e envolveria apenas um redirecionamento 
para outro destino. Agora, imagine que a mesma alteração fosse proposta na 
véspera da sua viagem, quando as passagens aéreas já estivessem compradas, 
o hotel confi rmado a reserva e algumas agências de turismo já houvessem 
enviado para o seu e-mail orientações sobre os passeios programados. Certa-
mente seria possível abandonar o planejamento, esquecer os gastos feitos até 
aquele momento e elaborar um roteiro alternativo. No entanto, não há dúvida 
de que a mudança no segundo cenário seria mais custosa, tanto em termos 
de recursos como de energia.
Algo semelhante ocorre com o projeto arquitetônico. A origem do verbo 
projetar é a palavra latina proiectus, que é a união do prefixo pro (à frente) 
com iactus (particípio passado do verbo iacere, jogar). Esse "jogar à frente" 
chegou até nós com o sentido de planejar algo. Logo, o projeto arquitetônico 
corresponde ao planejamento da arquitetura. Trata-se de uma ferramenta para 
testar, validar e invalidar hipóteses de concretização de um edifício. Assim 
como no exemplo da viagem, nas etapas iniciais desse projeto, correções 
ou alterações de curso são mais fáceis, pois envolvem menos interferência 
no trabalho de outras pessoas e menor custo. Tradicionalmente, os teóricos 
dividem o projeto de arquitetura em três fases: inicial, intermediária e final. 
A nomenclatura não é consensual, Ludovico Quaroni (1980) afirma existir 
uma fase inicial de “aproximação”; uma fase de “anteprojeto”, intermediária, 
na qual uma proposta é desenvolvida em nível esquemático levando em conta 
as críticas apresentadas pelo cliente e pelo projetista; e uma fase “executiva”, 
destinada aos executores do projeto arquitetônico. Alfonso Corona Martínez 
(2000) chama essas fases de “croquis preliminares”, “anteprojeto” e “projeto”. 
A nomenclatura mais comum, no entanto, que é a mesma adotada pela Norma 
Técnica (NBR) 6492, que disciplina a representação de projetos de arquitetura, 
é a divisão do projeto em estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo 
(ASSOCIAÇ Ã O BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS — ABNT, 1994). 
Essas etapas dizem respeito à maneira de desenvolver um projeto arquitetô-
nico. Em relação ao objeto, existe outra ferramenta chamada programa de 
necessidades, que é um documento que descreve as necessidades, exigências 
e expectativas do cliente. 
Programa de necessidades
O programa de necessidades é um instrumento cujo objetivo é trazer maior 
entendimento para o que deve ser feito; qual será o objeto do projeto. Ao 
Programa de necessidades e anteprojeto2
encomendar um projeto de arquitetura, o cliente, em geral, tem uma ideia do 
que está contratando: uma casa ou um edifício para determinado terreno, uma 
loja em uma sala comercial etc. Essa noção inicial também já pode estar um 
pouco desenvolvida: uma casa com três quartos ensolarados e uma piscina. O 
programa de necessidades é a formalização dessas demandas, daí seu nome. 
Quanto a sua forma, geralmente é apresentado como uma lista de ambientes 
ou funções que podem vir acompanhados de informações complementares, 
como áreas e dimensões mínimas e máximas, dimensões de equipamentos 
que devem ser considerados e alturas.
Trata-se, portanto, de um documento quereúne expectativas (conside-
rações objetivas e subjetivas em relação ao projeto) e exigências de ordem 
técnica (previstas em normas, por exemplo). Portanto, sua elaboração tem 
chances maiores de êxito se for elaborada em conjunto pelo cliente (pois 
conhece melhor do que ninguém suas expectativas) e pelos projetistas, que 
contam com o saber técnico para auxiliá-los. Esse instrumento individualiza 
o objeto; logo, é possível utilizar desde técnicas simples (questionário para os 
clientes) a técnicas sofisticadas como pesquisa de marketing e levantamentos 
a partir de bancos de dados de projetos semelhantes, como em projetos 
de incorporação imobiliária. Independentemente das técnicas adotadas, 
sua função é criar subsídios para que os projetistas possam elaborar uma 
proposta precisa com base em critérios objetivos e na formalização de 
critérios subjetivos.
Por fim, adiantando os pontos que veremos a seguir, a congruência entre 
o projeto e o programa de necessidades é uma das técnicas de avaliação da 
solução adotada.
No livro Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto, de Pamela 
Buxton, você encontra exemplo de programa de necessidades e mais informações 
sobre o tema.
3Programa de necessidades e anteprojeto
Estudo preliminar
O estudo preliminar é a primeira aproximação feita pelo projetista em relação 
ao problema. É, por defi nição, uma etapa de alto grau de abstração. Imagine, 
por exemplo, que você desenha um esquema de distribuição dos espaços de 
uma residência em uma folha de papel. As linhas que o grafi te de sua lapiseira 
deixou no papel representam paredes de alvenaria? Se representam, qual a sua 
espessura? 15, 25, 30 cm? É natural, e veremos que também é desejável, que 
essas e outras defi nições não sejam abordadas nesse primeiro momento. É mais 
importante que a atenção e a energia do projetista estejam concentradas em 
aspectos mais amplos do projeto, como a relação das partes da edifi cação com 
o entorno, dos espaços previstos no programa de necessidades entre si, e em 
estratégias compositivas, para citar alguns exemplos. Uma das críticas feitas 
ao lançamento de projetos de arquitetura diretamente no computador, seja em 
softwares de CAD (Computer Aided-Design ou, em português, “desenho assis-
tido por computador”), ou ainda ferramentas mais sofi sticadas como softwares 
BIM (Building Information Model ou, em português, Modelo da Informação 
da Construção), é o grau de precisão e defi nição que essas ferramentas exigem 
desde os estágios iniciais, o que pode constituir uma distração principalmente 
para aqueles que estão iniciando o estudo da arquitetura.
Giorgio Grassi (2003) é um arquiteto e teórico italiano que sustenta que uma 
boa solução arquitetônica sempre expressa o problema de onde se parte. Uma 
das interpretações que pode ser dada a essa afirmativa é que um bom projeto 
deve responder às premissas das quais parte, aos condicionantes do projeto 
(programa de necessidades, exigências normativas, condições topográficas, 
clima, etc.). Esses fatores nunca apontarão para uma única solução. Por isso, 
é normal que durante o estudo preliminar coexistam soluções distintas para 
o projeto, que o projetista poderá apresentar ou não para o cliente, conforme 
um juízo de conveniência. O mais usual, contudo, é que o cliente não chegue 
a conhecer a maioria das alternativas consideradas nesta etapa, uma vez que é 
normal o descarte de muitas soluções por se mostrarem inviáveis ou inferiores. 
A Figura 1, a seguir, mostra a etapa preliminar de um projeto, onde é realizado 
um estudo de zoneamento do ambiente.
Programa de necessidades e anteprojeto4
Figura 1. Planta baixa esquemática produzida em etapa de estudo preliminar de um projeto 
comercial. Observe que nessa etapa acontece um estudo mais geral de zoneamento dos 
ambientes. 
Anteprojeto
O Instituto de Arquitetos do Brasil (2007, documento on-line) defi ne o anteprojeto 
como “[...] a confi guração fi nal da solução arquitetônica proposta para a obra, 
considerando todas as exigê ncias contidas no programa de necessidades e o estudo 
preliminar aprovado pelo cliente”. Se no estudo preliminar é comum, e desejável, 
que soluções distintas sejam colocadas à prova, há um momento, no entanto, em 
que essa postura se mostra inviável. Imagine que, para um determinado edifício, 
um escritório de arquitetura chegasse a três opções viáveis para construção e 
desenvolvesse as três até o nível de detalhamento. Isso seria ignorar uma das 
fi nalidades de um projeto, que é promover o uso racional e otimizado de recursos. 
Ao mesmo tempo que um projeto de arquitetura defi ne uma possibilidade ele exclui 
inúmeras outras, promovendo a concentração de recursos fi nanceiros, materiais 
e humanos em uma alternativa que se julgou superior às demais.
No anteprojeto, uma das alternativas apresentadas no estudo preliminar é 
desenvolvida. Esse avanço é feito em dois sentidos: no aprofundamento das 
questões globais consideradas na etapa anterior com cognição sumária, e na 
investigação de soluções técnicas da edificação. Um exemplo da primeira 
afirmativa seria o seguinte: imagine um projeto residencial em que a piscina 
foi locada em determinado lugar porque ali haveria insolação mais favorável. 
No âmbito do anteprojeto, um modelo poderia ser feito com as informações 
5Programa de necessidades e anteprojeto
geográficas pertinentes à aferição da quantidade de horas que aquela piscina 
estaria exposta aos raios solares no período do verão e do inverno. Um exemplo 
da segunda afirmativa seria o desenvolvimento de um edifício de escritórios 
em que os projetistas estejam considerando a viabilidade técnica de soluções 
estruturais distintas, como estrutura metálica ou em concreto armado, ou 
ainda, dentro de uma estrutura de concreto armado, entre o uso de laje plana 
e laje nervurada. O diferimento dessas decisões para uma segunda etapa é 
compreensível, uma vez que não faria sentido tal aprofundamento para todas 
as alternativas rejeitadas. Isso não significa, porém, que não exista conside-
ração por questões técnicas e construtivas no estudo preliminar; apenas que 
o refinamento dessas questões é feito em etapa posterior.
É no anteprojeto que são chamados ao processo de projeto outras pessoas que 
atuarão como parceiros: consultores (p. ex., sustentabilidade, conforto térmico), 
representantes de soluções industrializadas (p. ex., tipos de revestimentos, 
soluções para piso, aquecimento), projetistas complementares (p. ex., projeto 
estrutural, hidrossanitário, elétrico). A complexidade do projeto aumenta nesta 
etapa, e é impossível que o arquiteto domine todas essas competências. Contudo, 
é necessário que ele atue como coordenador desta equipe multidisciplinar, 
pois é o arquiteto que tem a imagem “do todo” em mente. Como disse René 
Descartes (2011), não há tanta perfeição nas obras feitas pelas mãos de vários 
mestres quanto naquelas trabalhadas por um único artista. Na Figura 2, vemos o 
mesmo projeto do exemplo anterior (Figura 1), mas agora na fase de anteprojeto.
Figura 2. O mesmo projeto do exemplo anterior representado agora na fase de anteprojeto, 
na qual podemos observar maior detalhamento, como disposição e tamanho do mobiliário. 
Programa de necessidades e anteprojeto6
Estudo do partido geral
O termo partido pode ser defi nido como o resultado formal dos fatores consi-
derados pelo projetista. Para formar essa imagem, é realizada uma sucessão de 
operações racionais e de menor racionalidade, dependendo da complexidade 
da operação sensível contemplada (QUARONI, 1980). O que signifi ca dizer 
que projetistas diferentes darão respostas diferentes para o mesmo problema. 
O termo partido, usado com frequência nas escolas e escritórios de arqui-
tetura, tem uma série de significados. Fernando Aliata (2013) cita a expressão 
francesa prende parti, ou “tomar partido”, como parte do léxico da École de 
Beaux-Arts. Edson Mahfuz (1995, p. 16) oferece uma análise mais extensa 
da origem dotermo: 
(a) na Heráldica (estudo de brasões), “parti” é “emblema”, ou um objeto 
que representa outro; (b) também poderia representar um grupo de pessoas 
que compartilham uma mesma opinião, ex.: “parti politique”; (c) também 
pode ser uma conjugação do verbo "partage", que significa parcelar; e (d) “a 
expressã o ‘parti’ é a resoluç ã o que algué m toma a respeito da melhor maneira 
de abordar um problema”.
Quando o arquiteto adota um partido arquitetônico, está expressando uma 
série de decisões valorativas que são expressas através da forma. Ao fazê-lo, 
demonstra preferência por certas soluções e condicionantes em detrimento 
de outros. 
No vídeo disponível no link a seguir, o renomado arquiteto brasileiro Paulo Mendes 
da Rocha explica a concepção do Museu Brasileiro da Escultura, o MUBE. Note como 
o programa, o entorno, os desníveis e a concepção estrutural andam lado a lado na 
configuração do edifício. A exposição de Mendes da Rocha por si só é uma aula sobre 
o partido e a concepção da forma em arquitetura.
https://qrgo.page.link/D7tXD
Um conceito que pode gerar confusão com o de partido, em arquitetura, 
é o de tipo, ainda que sejam coisas bastante diferentes. Enquanto o partido é 
uma decisão, uma manifestação de tomada de posição do projetista, o tipo é 
7Programa de necessidades e anteprojeto
um princípio ordenador segundo o qual uma série de elementos, governados 
por relações precisas, adquirem uma determinada estrutura (MARTÍ ARÍS, 
2014). O tipo pressupõe uma série de objetos que compartilhem características 
comuns; um exemplo é a planta em cruz latina para igrejas ou a casa-pátio 
romana. É equivocado, portanto, dizer que o projetista elaborou um tipo de 
projeto, uma vez que este é fruto da história e do acúmulo de experiências 
ao longo do século; ainda que os tipos arquitetônicos possam influenciar 
na solução individual. Segundo nosso exemplo, é possível que um arquiteto 
contemporâneo use a configuração da casa-pátio romana como partido de um 
projeto. Uma representação da casa-pátio romana pode ser vista na Figura 3, 
a seguir.
Figura 3. Representação da casa-pátio romana, estruturada ao redor de um pátio central.
Fonte: Morphart Creation/Shutterstock.com.
Programa de necessidades e anteprojeto8
O partido geral em arquitetura é, portanto, uma tomada de posição. É uma 
síntese do que se estudou, analisou e testou em etapas anteriores, e apresenta-se 
como uma solução viável para o problema em questão. É importante lembrar 
que sua manifestação se dá pela forma, mas que intrinsecamente carrega 
decisões importantes em relação aos condicionantes do projeto. Assim, deve 
resistir ao escrutínio quanto à sua validade como alternativa projetual viável 
— o que analisaremos a seguir.
Técnicas de avaliação do partido geral
Até meados do séc. XVIII, boa arquitetura era aquela que apresentava um 
equilíbrio entre os três componentes da tríade vitruviana: fi rmitas, utilitas e 
venustas (QUARONI, 1980). Edison Mahfuz (2003) propõe uma redefi nição de 
seus aspectos essenciais através de um quaterno composto por três condições 
internas e uma externa ao problema projetual: lugar, construção ( fi rmitas), 
programa (utilitas) e materiais de projeto (venustas), respectivamente. Piñ ó n 
transpõe para a arquitetura quatro conceitos de textos de Le Corbusier e Ozen-
fant sobre o purismo: economia, rigor, precisão e universalidade (MAHFUZ, 
2003). Francisco de Gracia Soria (2013) apresenta como valores universais 
da arquitetura — cujo resgate acredita necessário — os ideais de ordem e 
de perfeição. Esse panorama demonstra o esforço constante para formular 
categorias, conceitos e critérios que sejam aceitos como válidos para proje-
tar e para avaliar a arquitetura produzida; sã o exemplos de um processo de 
racionalização da experiência precedente enquanto noções culturais através 
das quais se procura obter um resultado justo (GREGOTTI, 2010). Demonstra 
também que um consenso sobre quais sejam esses critérios não foi alcançado. 
Ainda assim, é possível elencar algumas técnicas de aferição de validade das 
soluções projetuais.
A primeira dela, como mencionado no início deste capítulo, é a congruência 
entre o programa de necessidades e a solução proposta. Segundo Alfonso 
Corona Martínez (2000), Guadet dizia que os arquitetos deveriam utilizar o 
programa de necessidades dado pelo cliente sem interferir neste, enquanto 
Viollet-le-Duc “[...] mencionava como origem ou motor do processo projetual 
um programa escrito” (MARTINEZ, 2000, p. 89). Imagine o projeto de um 
edifício institucional que preveja espaço para 500 funcionários, e cuja proposta 
contemple 100 espaços de trabalho. Independentemente dos méritos que a 
proposta possa ter, é difícil sustentar que se trate de uma proposta adequada. 
9Programa de necessidades e anteprojeto
Além dos aspectos objetivos, a compatibilidade com demandas subjetivas dos 
clientes também deve ser avaliada, embora sua avaliação seja mais difícil. 
A tríade vitruviana
Marcus Vitruvius Pollio apresentou, na sua obra De architectura, uma tentativa de sistema-
tização daquilo que seriam os três elementos fundamentais da arquitetura: firmitas, que se 
refere à estabilidade e ao aspecto construtivo da arquietura; utilitas, associada à utilidade 
ou finalidade da construção; e venustas, correspondente à beleza e à apreciação estética.
O paradigma do funcionalismo restrito (mensuração da qualidade do projeto 
levando em consideração estritamente o atendimento ao programa de necessi-
dades) foi superado. Obviamente, o atendimento ao programa continua sendo 
um critério importante, porém, um rol significativo de outras preocupações se 
faz presente, como as de ordem ambiental e social, por exemplo. Edson Mahfuz 
(2003) coloca o atendimento ao programa como um dos quatro pilares para a 
construção do que ele chama de “forma pertinente”, ou, em outras palavras, um 
projeto arquitetônico de qualidade. Na Figura 4, vemos resumido o quaterno 
contemporâneo de Mahfuz.
Figura 4. Imagem resumo do quaterno contemporâneo de Mahfuz.
condição INTERNA ao projeto condição INTERNA ao projeto
condição INTERNA ao projeto
LUGAR CONSTRUÇÃO
PROGRAMA
ESTRUTURAS
FORMAIS
condição EXTERNA ao projeto
FORMA
PERTINENTE
Programa de necessidades e anteprojeto10
Segundo Edson Mahfuz (2003), o atendimento ao programa de necessidades 
não deve ser utilizado apenas como uma lista de espaços necessários, mas sim 
como um conjunto de atividades humanas que serão realizadas naquele espaço. 
Levar em consideração apenas o atendimento ao programa de necessidades 
seria desconsiderar que as construções são objetos perenes. Aldo Rossi (2001), 
no clássico Arquitetura da Cidade, chama a atenção para aquilo que denomina 
“funcionalismo ingênuo”, uma vez que as edificações serão usadas por décadas 
ou até mesmo séculos. Por este motivo, é preciso que o projeto seja flexível o 
suficiente para receber, de maneira satisfatória, novos usos.
Além dos aspectos funcionais, as soluções adotadas podem ser avaliadas 
quanto a sua eficiência energética. Nos últimos anos, os selos de qualificação 
ambiental se tornaram um verdadeiro fetiche no mercado arquitetônico. À 
parte da função mercadológica, também sustentam preocupações legítimas 
como as consequências sociais e ambientais da construção.
Para saber mais sobre o LEED (em inglês, Leadership in Energy and Environmental Design; 
em português: Liderança em Energia e Design Ambiental), veja o vídeo disponível no 
link a seguir. Nele, Julia Fernandes, sócia da empresa Qualis-A, explica as principais 
características de uma das certificações de sustentabilidade mais conhecidas no 
mercado da arquitetura, o LEED.
https://qrgo.page.link/j19KP
Como foi dito no início deste tópico, os critérios utilizados para avaliar a 
qualidade de um projeto variam de acordo com a época e os valores vigentes. 
Alguns permanecem constantes, como o atendimento ao propósito da edifi-
cação — feita a ressalva de que podem acumular tipos diferentesde usos ao 
longo da sua existência. Preocupações mais recentes, como as reflexões sobre 
os impactos sociais e ambientais da construção, começar a ser apontadas como 
critérios de avaliação.
O partido arquitetônico deve traduzir o programa de necessidades, levando 
em consideração os condicionantes internos e externos ao projeto, e responder 
aos problemas e necessidades apresentados. A solução projetual apontada 
deve organizar as partes e fornecer condições para a materialização do projeto 
em uma obra construída. Como já tratado por J.N.L Durand no século XIX.
11Programa de necessidades e anteprojeto
Combinar entre si os diversos elementos, passar seguidamente às diferentes 
partes do conjunto; este é o caminho que deve ser seguido quando se aprende a 
compor [...]. Dado o programa de um edifício, deve-se examinar antes de tudo 
se, de acordo com o uso a que está destinado esse edifício, todas as partes que 
o compõem devem estar reunidas ou separadas, e se, consequentemente, deve 
oferecer em sua planta uma única massa ou várias; se essa massa ou massas 
devem ser cheias ou vazadas [...], examinar quais são as partes principais e 
quais que estão subordinadas a elas [...] (MARTINEZ, 2000, p. 20).
Esta definição vai de encontro ao conceito do quaterno contemporâneo 
de Mahfuz, no qual os condicionantes internos ao projeto — programa, lugar 
e construção — devem ser sintetizados através do repertório de estruturas 
formais. A composição das partes deve responder a esses condicionantes para 
que exista uma arquitetura coerente com seu lugar, seu tempo e sua função.
ALIATA, F. Estrategias proyectuales: los géneros del proyecto moderno. Buenos Aires: 
Sociedad Central de Arquitectos, 2013.
ASSOCIAÇ Ã O BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS — ABNT. NBR 6492: representação 
de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.
DESCARTES, R. Discurso do método. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
GRACIA SORIA, F. Pensar, componer, construir: una teorí a (in)ú til de la arquitectura. San 
Sebastiá n: Nerea, 2013.
GRASSI, G. Arquitectura lengua muerta y otros escritos. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2003.
GREGOTTI, V. Territó rio da arquitetura. Sã o Paulo: Perspectiva, 2010.
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL. Roteiro para desenvolvimento do projeto de 
arquitetura da edificação. 2007. Disponível em: http://www.iab.org.br/sites/default/
files/documentos/roteiro-arquitetonico.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.
MAHFUZ, E. C. Ensaio sobre a razão compositiva. Viçosa: UFV/AP, 1995.
MAHFUZ, E. C. Reflexões sobre a construção da forma pertinente. In: LARA, F.; MAR-
QUES, S. (org.). Projetar: desafios e conquistas da pesquisa e do ensino de projeto. Rio 
de Janeiro: Editora Virtual Científica, 2003.
MARTÍ ARÍ S, C. Las variaciones de la identidad: ensayo sobre el tipo en arquitectura. 
Barcelona: Fundació n Caja De Arquitectos, 2014.
Programa de necessidades e anteprojeto12
MARTINEZ, A. C. Ensaio sobre o projeto. Brasília: UNB, 2000.
QUARONI, L. Proyectar un edificio: ocho lecciones de arquitectura. Madrid: Xarait, 1980.
ROSSI, A. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
13Programa de necessidades e anteprojeto
DICA DO PROFESSOR
O programa de necessidades é um documento que sintetiza as exigências e as expectativas do 
cliente em relação ao projeto. Embora ele seja o sujeito mais adequado para externar esses 
requisitos, nem sempre tem conhecimento técnico para fazê-lo de maneira satisfatória.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer mais características relativas ao programa de 
necessidades, situações comuns, técnicas e soluções para melhorar a qualidade dessa importante 
ferramenta pré-projetual.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) Os projetos de Arquitetura são, tradicionalmente, divididos em três fases, cuja 
nomenclatura não é consenso na literatura. A NBR 6492, no entanto, adota a 
nomenclatura mais comum para as etapas de projeto, utilizada pela maioria dos 
profissionais da área.
Segundo essa NBR, quais são as três principais fases de um projeto arquitetônico?
A) Aproximação, anteprojeto e executiva.
B) Estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo.
C) Croquis preliminares, aproximação e projeto.
D) Aproximação, estudo preliminar e projeto.
E) Croquis preliminares, anteprojeto e projeto construtivo.
Dois importantes estudiosos da arquitetura, Ludovico Quaroni e Corona Martínez, utilizam nomenclaturas pouco comuns para descrever as etapas de um projeto. Aproximação, anteprojeto e executiva são as palavras definidas por Quaroni. Já Martínez utiliza as expressões croquis preliminares, anteprojeto e projeto. A NBR 6492 adota as palavras mais comumente utilizadas pelos profissionais, que são: estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo.
2) O programa de necessidades é uma ferramenta amplamente utilizada para o 
desenvolvimento de um projeto e que pode ser de grande auxílio, tanto ao 
profissional quanto ao cliente.
Sobre esse instrumento, é correto afirmar que:
A) faz parte da fase do projeto executivo e descreve os ambientes projetados de maneira 
detalhada, como especificações de revestimentos.
B) é elaborado nas etapas iniciais do projeto e costuma se apresentar como uma lista de 
ambientes e suas respectivas áreas e dimensões mínimas.
C) deve ser elaborado pelo cliente, sem envolvimento do projetista, devendo reunir as 
expectativas plásticas e funcionais para o projeto.
D) por se tratar de um documento técnico, deve ser elaborado pelo projetista e, 
posteriormente, validado pelo cliente.
E) o programa de necessidades é elaborado ao longo do desenvolvimento do projeto, sendo 
concluído na etapa do projeto executivo.
Única etapa de um projeto de Arquitetura cujo nome é consenso na literatura, o 
anteprojeto pode englobar diversas atividades. Sobre essa etapa do processo 
projetual, considere as afirmações a seguir:
I. As informações contidas no anteprojeto são suficientes para a execução de uma 
obra.
II. É normal que durante o anteprojeto coexistam soluções distintas para o projeto, 
as quais o projetista poderá apresentar ou não para o cliente, conforme juízo de 
conveniência.
III. No anteprojeto, juntam-se ao processo de projeto outros profissionais, como 
consultores e projetistas complementares.
3) 
Highlight
O programa de necessidades faz parte das etapas iniciais de um projeto de arquitetura e tem como finalidade descrever as necessidades, as exigências e as expectativas do cliente. É uma lista de ambientes, acompanhados de informações como áreas e dimensões mínimas, entre outras possíveis demandas. Quanto mais completo for o programa, melhor será. Todavia, o programa de necessidades não descreve os ambientes de maneira detalhada. É interessante que seja elaborado pelo cliente, o qual conhece bem as expectativas, em conjunto com o projetista, que dará respaldo técnico às exigências.
Quais das afirmações estão corretas?
A) As afirmações II e III estão corretas.
B) Apenas a afirmação III está correta.
C) As afirmações I e II estão corretas.
D) Apenas a afirmação I está correta.
E) Apenas a afirmação II está correta.
4) Não raras vezes, as expressões partido arquitetônico e tipo são confundidas. Embora 
tratem de assuntos semelhantes, têm definições diferentes.
Sobre esse dois conceitos, muito abordados na literatura específica, é correto afirmar 
que:
A) o partido é um princípio ordenador, segundo o qual uma série de elementos adquirem uma 
determinada estrutura.
B) o tipo pode ser entendido como uma tomada de decisão que sintetiza o que se estudou, 
analisou e testou em etapas anteriores.
C) o partido arquitetônico pressupõe uma série de objetos que compartilhem características 
comuns.
D) uma planta baixa em cruz latina, encontrada em igrejas, e a casa-pátio romana, 
exemplificam o conceito de tipo.
E) é possível definir tipo como o resultado formal dos fatores considerados pelo projetista.
A NBR 6492 define o anteprojeto como “a configuraçãofinal da solução arquitetônica proposta para a obra, considerando todas as exigências contidas no programa de necessidades e o estudo preliminar aprovado pelo cliente”. É no estudo preliminar que distintas soluções são analisadas e apresentadas aos clientes para que, no anteprojeto, seja desenvolvida apenas uma das alternativas propostas. Nessa etapa, juntam-se ao processo outros profissionais, como consultores e projetistas complementares de diversas áreas. Apesar de o anteprojeto apresentar maior complexidade que o estudo preliminar e investigar soluções técnicas para a edificação, as soluções previstas não são definitivas e não se encontram suficientemente detalhadas para a execução da obra.
O partido arquitetônico é uma decisão, uma manifestação de tomada de posição do projetista, que sintetiza o que se estudou, analisou e testou em etapas anteriores. O partido representa o resultado formal dos fatores considerados pelo projetista. O tipo, por sua vez, é um princípio ordenador segundo o qual uma série de elementos, governados por relações precisas, adquire determinada estrutura. O tipo pressupõe uma série de objetos que compartilhem características comuns, como a planta em cruz latina para igrejas ou a casa-pátio romana.
5) O autor Edson Mahfuz redefine os aspectos essenciais da Arquitetura por meio de 
um quaterno composto por três condicionantes internos ao projeto, e um externo a 
ele. Esse conceito tem como foco a criação da Forma Pertinente, na qual o repertório 
de estruturas formais fornece meios para sintetizar a função, a construção e o local. 
Considere as seguintes afirmações sobre o conceito de Forma Pertinente:
I. Estruturas formais, lugar e construção são condições externas ao projeto.
II. O programa é uma das três condições internas ao projeto.
III. As estruturas formais são a única condição externa ao projeto.
Quais das afirmações estão corretas?
A) As afirmações I e II estão corretas.
B) Somente a afirmação II está correta.
C) Apenas a afirmação III está correta.
D) As afirmações II e III estão corretas.
E) Somente a afirmação I está correta.
NA PRÁTICA
Uma das ferramentas utilizadas para ilustrar a resolução do programa de necessidades são os 
diagramas de uso, nos quais o arquiteto demonstra a distribuição espacial dos diferentes usos 
contidos nele.
Neste Na Prática, você vai ver como um arquiteto representou graficamente a distribuição 
espacial de um programa de necessidades extenso.
Edson Mahfuz cria o conceito de forma pertinente a partir de quatro pilares condicionantes do projeto arquitetônico. Os três condicionantes internos ao projeto são o lugar, a construção e o programa. Como condicionantes externos, o autor cita as estruturas formais.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Teoria e pra ́tica do partido arquitetônico
A palavra partido é usada com frequência tanto no ambiente acadêmico quanto no dia a dia 
profissional. Leia o seguinte texto, no qual o arquiteto Mario Biselli faz uma reflexão sobre o 
conceito e sobre como o seu emprego pode trazer maior clareza para o processo de projetação.
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Discussão sobre a importância do programa de necessidades no processo de projeto em 
Arquitetura
Leia este artigo, no qual os arquitetos Daniel Moreira e Doris Kowaltowski discutem o papel e a 
contribuição do programa de necessidades para o processo de projeto por meio da discussão de 
métodos para o seu desenvolvimento, normas e métodos de apresentação.
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Casa em Ubatuba II
Assista uma das maneiras de reconhecer a importância das ideias geradoras do projeto e o papel 
de destaque que ocupam no desenvolvimento de projetos de Arquitetura. Confira.
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