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3 - Acessibilidade

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Acessibilidade
APRESENTAÇÃO
A acessibilidade, de modo geral, é um tema muito discutido atualmente. Tem-se uma ideia 
equivocada de que a elaboração de ambientes e rotas acessíveis é destinada apenas aos 
portadores de deficiências. Muitos desconhecem ou não pensaram na possibilidade de que eles 
mesmos podem ter sua mobilidade reduzida temporariamente com o uso cadeira de rodas, por 
exemplo, ao quebrar uma perna, ou definitivamente, com o passar dos anos e o acometimento de 
alguma doença em função da velhice. Portanto, todos nós somos ou seremos usuários de 
ambientes ou rotas acessíveis. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai perceber que alguns 
tipos de deficiência exigem maior elaboração do ambiente do que outras, por isso todo ambiente 
construído deve ter o mínimo de planejamento no seu desenho e dimensionamento para o 
desenvolvimento das atividades de maneira confortável e acessível, sem distinção. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os fatores de impedância em rotas acessíveis.•
Reconhecer o desenho e o dimensionamento de rotas e ambientes acessíveis.•
Desempenhar o uso da norma na elaboração de ambientes acessíveis e rotas de circulação, 
incluindo os estacionamentos.
•
DESAFIO
Você foi contratado por um grupo de empresários para realizar a reforma do estacionamento em 
um de seus estabelecimentos comerciais. A necessidade do grupo é realizar uma reforma de 
maneira que adéque o estacionamento à norma e às resoluções, quantificando e dimensionando 
adequadamente as vagas reservadas, que hoje não existem.
INFOGRÁFICO
O desenvolvimento de ambientes e rotas acessíveis é um conceito que deve estar presente 
em todos os projetos para que sejam utilizados por todos de maneira livre e autônoma.
O conceito deve ser analisado na visão de que não só os portadores de necessidades especiais se 
beneficiarão, mas também as pessoas com mobilidade reduzida, temporariamente ou não, como 
os idosos e as gestantes, e a população no geral, com a elaboração de ambientes mais funcionais 
e confortáveis.
DESAFIO
A norma brasileira que estabelece o desenho, o dimensionamento, a localização e a sinalização das vagas reservadas e rotas acessíveis é a ABNT NBR 9050.
Além das vagas para pessoas com deficiências, nos estacionamentos externos ou internos das edificações de uso público ou coletivo, também devem ser reservadas vagas para pessoas idosas. Estas devem ser posicionadas próximas das entradas, garantindo o menor percurso de deslocamento.​​​​​​​
As vagas em questão são desenhadas perpendicularmente à via, conforme o desenho a seguir: IMAGEM 2
Analisando as informações sobre a distâncias das vagas laterais e frontais, em relação à norma, as vagas da lateral direita estão localizadas a 60 m da entrada principal, não seria possível então localizar as vagas reservadas nesse local.
Pela distância, tanto nas vagas frontais quanto nas da esquerda, é possível localizar as vagas reservadas, porém em ambas as situações são necessários alguns ajustes a mais.
OPÇÃO 1 - Localizar as vagas reservadas na lateral direita.
A distância não é a menor em relação à entrada principal, porém não existe a necessidade de executar uma travessia na via nesta opção. A localização das vagas reservadas deve ser logo no início, mais próximas da entrada, e deve-se realizar o rebaixamento da calçada vinculada à área adicional.
OPÇÃO 2 - Localizar as vagas reservadas na frente da edificação.
É a menor distância de percurso até a entrada principal, como na OPÇÃO 1, também deve ser feito o rebaixamento na calçada vinculada à área adicional e em ambas as pontas da faixa de travessia.
Outra opção pode ser elevar a faixa de travessia, dessa maneira não é necessário o rebaixamento das calçadas que são ligadas pela faixa, a elevação do leito carroçável cria um desnível para os automóveis e, de certa forma, além de proporcionar a travessia acessível, controla a velocidade dos veículos.
CONTEÚDO DO LIVRO
No capítulo a seguir você encontra informações para a realização de ambientes e rotas 
acessíveis, lembrando que, no Brasil, a norma vigente para tanto é a ABNT NBR 9050 - 
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Boa leitura!
ARQUITETURA
Daniela Giovanini 
Manuel Pires
Acessibilidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os fatores de impedância em rotas acessíveis.
 � Reconhecer o desenho e dimensionamento de rotas e ambientes 
acessíveis.
 � Desempenhar o uso da norma na elaboração de ambientes aces-
síveis e rotas de circulação, incluindo os estacionamentos.
Introdução
A acessibilidade é um tema muito discutido atualmente. Existe a 
ideia equivocada de que a elaboração de ambientes e rotas acessíveis 
é destinada apenas às pessoas com deficiências; a maioria das pesso-
as nunca pensou na possibilidade de que elas mesmas podem ter sua 
mobilidade reduzida, temporária ou definitivamente – com a velhice, 
por exemplo, ou ao quebrar uma perna. Analisando a questão por 
esse ângulo, todos nós somos ou seremos usuários de ambientes ou 
rotas acessíveis. Claro que alguns tipos de deficiência exigem maior 
elaboração do ambiente do que outros, como os ambientes e rotas 
acessíveis às pessoas com deficiência visual, porém a questão é que 
todo ambiente construído deve ter o mínimo de planejamento no 
seu desenho e de dimensionamento para o desenvolvimento das 
atividades de maneira confortável e acessível sem distinção. Neste 
texto, você vai estudar a elaboração de ambientes e rotas acessíveis.
Visão geral
No dicionário da língua portuguesa (INFOPÉDIA, c2003-2016), você en-
contra as seguintes definições de “acessibilidade”:
1. Facilidade no acesso; facilidade na obtenção.
2. Conjunto das características de um serviço, equipamento ou edi-
fício que permitem o acesso de todas as pessoas, incluindo aque-
las com mobilidade reduzida ou com necessidades especiais.
A partir dessa definição, você pode ver que o termo acessibilidade in-
clui todas as pessoas, e não apenas àquelas com necessidades especiais. Uma 
pessoa pode ter sua mobilidade reduzida temporariamente ou com o passar 
dos anos, no caso dos idosos. Uma gestante ou uma pessoa com uma perna 
quebrada, por exemplo, apresentam mobilidade reduzida de modo temporário.
“Um projeto de qualidade reflete a natureza diversificada das pessoas e não impõe ne-
nhum tipo de barreira. O projeto inclusivo garante acesso para todos, incluindo pessoas 
com necessidades especiais, idosos e famílias com crianças pequenas.” (LITTLEFIELD, 
2011, p. 709).
É claro que o projeto de ambientes acessíveis a pessoas com deficiência vi-
sual, por exemplo, exige maior planejamento no dimensionamento e desenho 
desses ambientes e das rotas acessíveis. Mas a questão que quero alertá-lo é 
que qualquer ambiente ou circulação projetada devem ser pensados de ma-
neira que as atividades a serem desenvolvidas sejam realizadas adequada-
mente, com dimensionamento mínimo para o conforto de todas as pessoas 
que utilizarão esses espaços, sem distinção.
A Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT – é quem nor-
matiza o desenho e dimensionamento dos ambientes e rotas acessíveis; neste 
caso, a NBR 9050, que foi atualizada no final de 2015. “Esta Norma visa 
proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do 
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior 
quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou li-
mitação de mobilidade ou percepção.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2015).
Mais adiante, você verá mais sobre essa norma, e também sobre questões 
a serem estudadas para o desenvolvimento de projetos acessíveis, com ênfase 
na circulação e nos acessos.
93Acessibilidade
O projeto inclusivo
O projeto de ambientes e rotas acessíveis possui desenho e dimensões dife-
renciados, além do uso de materiais,cores e sinalização que são padronizados 
pela norma ABNT BNR 9050. Por isso, esses ambientes e rotas acessíveis já 
devem ser planejados no início do projeto, para que o resultado final não fique 
inadequado, ou “como foi possível ser realizado”. O que acontece muito nas 
construções que sofrem reformas para se tornarem acessíveis. 
“Para a criação de ambientes inclusivos, é preciso integrar os princípios do projeto in-
clusivo ao processo de elaboração do projeto desde os estágios iniciais. Para elaborar 
ambientes que todos possam usar com facilidade, é preciso considerar outros fatores 
além dos físicos. Eles incluem as placas e mapas de orientação, a iluminação, o con-
traste visual, os controles, as portas e os materiais.” (LITTLEFIELD, 2011, p. 709).
O papel do arquiteto, portanto, é elaborar projetos inclusivos, funcionais, 
viáveis, confortáveis e esteticamente belos. Projetos que possam ser utilizados 
igualmente por todos. Seguir os quesitos mínimos da norma, como largura 
de corredores, portas e inclinação de rampas em toda a edificação, já é um 
grande passo na elaboração de construções confortáveis e acessíveis. Já os 
sanitários acessíveis e vagas reservadas em estacionamento, estes seguem pa-
drões mais específicos da norma e são quantificados de outra maneira. 
“Em geral, os projetos que possibilitam o acesso – seja ele físico ou intelectual – geram 
resultados que beneficiam a comunidade como um todo. Muitos aspectos dos am-
bientes inclusivos serão úteis para todos ou para a maioria das pessoas com necessi-
dades especiais (além de muitas outras pessoas).” (LITTLEFIELD, 2011, p. 709).
Arquitetura94
Ao projetar uma edificação, o arquiteto deve lembrar que as pessoas enve-
lhecem e que grande parte delas passou a ter sua mobilidade reduzida; deve 
lembrar que o dimensionamento de ambientes voltados para crianças é dife-
renciado, como nos sanitários onde as pias são mais baixas. Também é im-
portante salientar que existem obesos e gestantes, e isso deve ser levado em 
conta no dimensionamento de circulações, passagens com roletas, portas e até 
desenho do mobiliário.
Equipamentos de locomoção
As pessoas com necessidades especiais ou as que possuem mobilidade redu-
zida podem fazer uso ou não de equipamentos que auxiliam na locomoção. 
A dimensão desses equipamentos e a forma como são utilizados são impor-
tantes para o desenho e dimensionamento dos ambientes e rotas acessíveis. 
Uma cadeira de rodas, por exemplo, necessita de um certo espaço para rea-
lizar um giro de 360º. Entender sobre a forma como são utilizados ou como 
as pessoas se movimentam com esses equipamentos é muito importante. A 
bengala, por exemplo, é utilizada no auxílio da pessoa com necessidades vi-
suais. Se na sua rota houver equipamentos ou objetos suspensos, esse objeto 
não é identificado pela bengala, e se torna, assim, uma barreira física. Veja 
as Figuras 1, 2 e 3, que mostram a relação de algumas situações utilizando os 
equipamentos e suas medidas em uso.
O módulo de referência (M.R.) é utilizado como uma medida base, uma me-
dida referencial, como sugere o nome. Nas áreas de transferência dos sanitários, 
e também como dimensionamento mínimo em áreas de espera ou cinema, é 
esse módulo que devemos usar. Em nichos ou espaços confinados, o dimensio-
namento do espaço deve ser maior do que o M.R., conforme cada caso. 
95Acessibilidade
Figura 1. Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
Arquitetura96
Figura 2. Dimensões do 
módulo de referência (M.R.).
Fonte: Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
1,20
0,
80
Figura 3. Áreas para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
1,20
1,20
1,
20
1,
20
1,50
∅ 1,50
1,
20
a) Rotação de 90° b) Rotação de 180° c) Rotação de 360°
1,50
1,5
0
1,
20
0,
56
Dimensões em metros
Dimensões em metros
97Acessibilidade
Fatores de impedância 
Uma rota acessível é o caminho a ser percorrido por todas as pessoas, inclusive 
as pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida. Essa rota per-
tence à circulação comum e conduz os usuários, de maneira segura e autônoma, 
aos ambientes internos ou externos de uma edificação privada ou pública. 
“Rota acessível é o Trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecte os am-
bientes externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de 
forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência e 
mobilidade reduzida. A rota acessível pode incorporar estacionamentos, calçadas re-
baixadas, faixas de travessia de pedestres, pisos, corredores, escadas e rampas, entre 
outros”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015).
Os fatores de impedância são todo e qualquer obstáculo físico ou condições 
que impeça a circulação livre de todas as pessoas em passeios públicos ou pri-
vados. Um exemplo são as placas, árvores e mobiliários urbanos localizados 
fora da faixa de serviço. A calçada é dividida em duas ou três faixas, conforme 
a sua largura. A faixa de serviço localiza-se rente ao meio-fio e sua largura 
mínima recomendada é de 0,70 m. É nesta faixa que o mobiliário urbano deve 
estar. Fazem parte do mobiliário urbano as árvores, os canteiros, as placas de 
sinalização, os postes de iluminação, os telefones públicos, entre outros.
Fatores de impedância
“Elementos ou condições que possam interferir no fluxo de pedestres, como, por 
exemplo, mobiliário urbano, entradas de edificações junto ao alinhamento, vitrines 
junto ao alinhamento, vegetação, postes de sinalização, entre outros”. (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
A faixa livre ou passeio, como o próprio nome diz, deve ser livre para a 
circulação de pedestres. A largura mínima recomendada da faixa livre é de 
Arquitetura98
1,20 m e a altura, 2,10 m. Vale lembrar, porém, que essa dimensão deve ser 
alterada conforme o fluxo de pessoas, o uso e a existência de fatores de impe-
dância. A inclinação transversal da faixa livre não deve ser superior a 3%, e 
ela deve ser contínua entre os lotes.
A faixa de acesso poderá estar presente apenas nas calçadas com largura 
total superior a 2,00 m. Veja o exemplo na Figura 4.
Figura 4. Faixa de uso da calçada – corte.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015). 
Dimensões em metros
Mín. 2,10
0,70 1,20
Faixa livre
Largura da calçada
Faixa de acessoFaixa de
serviço
A faixa de acesso é uma área de transição entre o passeio e o lote; é onde 
devem estar localizadas as rampas de acesso e as edificações devidamente 
aprovadas pelo município. Os acessos de veículos e as construções não devem 
ser uma interferência na faixa livre. Eles não podem criar degraus ou inclina-
ções maiores do que 3%. Lembre-se, a faixa livre ou passeio deve ser contínua 
e livre. Veja um exemplo de como deve ser a intersecção do passeio com o 
acesso de veículos ao lote na Figura 5.
Dimensões em metros
99Acessibilidade
Figura 5. Acesso do veículo ao lote – Vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
rampa rampa
mín. 1,20
Travessia de pedestres
A travessia de pedestres, tanto em vias públicas quanto privadas, pode ser 
realizada com redução de percurso, com o rebaixamento da calçada ou com 
a faixa elevada. 
A redução de percurso geralmente ocorre quando a calçada é estreita e sua 
largura não possibilita que, além de ser rebaixada, a calçada mantenha a lar-
gura do passeio em 1,20 m. Dessa maneira, a calçada é ampliada sobre o leito 
carroçável, em localizações como o meio da quadra ou próximo de esquinas.
O rebaixamento da calçada, em geral, é realizado no meio da quadra ou 
próximo de esquinas, na direção do fluxo de maior travessia de pedestres. 
Como você já viu, a calçada rebaixada não pode diminuir a largura do pas-
seio, que deve ter a largura mínima de 1,20 m. Ainclinação transversal da cal-
çada rebaixada, tanto no centro como nas abas laterais, não pode ser superior 
a 8,33%. Além disso, a largura mínima do rebaixamento é de 1,50 m. Veja o 
exemplo na Figura 7.
Dimensões em metros
Arquitetura100
Figura 6. Redução do percurso de travessia – Exemplo – Vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
0,0
i ≤ 8,33% i ≤ 8,33%
i ≤
 8
,3
3%
S
ob
e
1,20 m
mín.
Alinhamento
do imóvel
VIA
Estacionamento
de veículos
Estacionamento
de veículos
Figura 7. Rebaixamento de calçada – Vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
0,0
Via
Calçada
Alinhamento
do imóvel
Calçada
Comprimento da faixa
i ≤ 8,33%
i ≤
 8
,3
3%
S
ob
e
i ≤ 8,33%
� 
1,
20
Dimensões em metros
Dimensões em metros
101Acessibilidade
Os rebaixamentos de calçadas podem ser realizados entre canteiros, desde 
que seja respeitada a inclinação máxima transversal de 8,33% e a largura mí-
nima de 1,50 m. Assim, o canteiro é interrompido e a calçada rebaixada fica 
somente com o centro, sem as abas laterais.
Não pode haver desnível entre o término da calçada rebaixada e o leito 
carroçável. Se a inclinação transversal do leito carroçável for superior a 5%, 
deve-se criar uma área de acomodação, como um patamar de descanso. No 
entanto, é recomendado que essa área de acomodação seja plana com medidas 
entre 0,45 e 0,60 m de comprimento. Veja o exemplo na Figura 8.
As faixas elevadas também são uma solução para a travessia de pedestres, 
quando a calçada é estreita e não permite que seja realizado o rebaixamento 
sem alterar a largura mínima do passeio que é de 1,20 m. Neste caso, a cal-
çada permanece inalterada e a faixa de travessia de pedestres localizada no 
leito carroçável é toda elevada, de calçada a calçada, sem interrupções. Veja 
o exemplo na Figura 9.
Quando a travessia encontrar um canteiro central entre os leitos carroçá-
veis e a medida da largura deste canteiro central não possibilitar a execução 
de dois rebaixamentos de calçadas mantendo entre eles a distância de 1,20 m, 
o canteiro todo será rebaixado para que não se torne uma barreira física na 
travessia. Uma outra solução para isso é o uso da faixa elevada.
Figura 8. Faixa de acomodação para travessia – Corte.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
Calçada
8,33 % máx. 5 % máx.
Via
0,45 a 0,60
Dimensões em metros
Arquitetura102
Figura 9. Faixa elevada para travessia – Exemplo –Vista superior.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
0,0
0,0
ViaVia
Calçada
Alinhamento
do imóvel
Calçada
Alinhamento
do imóvel
Comprimento da faixa
0,0
Vagas em estacionamento
As vagas reservadas podem ser de dois tipos: para veículos que conduzem ou 
são conduzidos por idosos; para veículos que conduzem ou são conduzidos 
por pessoas com deficiência.
O dimensionamento e desenho dessas vagas é padrão; porém, a quanti-
dade de vagas que devem ser reservadas vai variar conforme a quantidade 
total de vagas e o uso da edificação. Em geral, as vagas reservadas devem 
estar em rota acessível, próximas da entrada principal da edificação; conter 
sinalização vertical e horizontal no piso; e conter uma área adicional ao seu 
lado de, pelo menos, 1,20m de largura. A área adicional deve estar vinculada 
ao rebaixamento da calçada.
103Acessibilidade
Os percentuais obrigatórios de vagas reservadas para idosos em um es-
tacionamento são estabelecidos pela Resolução nº 303/08 do Contran. Essa 
norma estabelece um percentual de 5% das vagas em estacionamento regula-
mentado de uso público para uso exclusivo de idosos (BRASIL, 2008a). Já as 
vagas reservadas para as pessoas com deficiência, a porcentagem obrigatória 
é estabelecida pela Resolução nº 304/08 do Contran. Essa norma define um 
percentual de 2% das vagas totais de uso público para uso exclusivo de veí-
culos que transportam pessoas com deficiência ou com dificuldade de loco-
moção (BRASIL, 2008b).
Dimensões em metros
Figura 10. Sinalização horizontal de vagas.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
 
 a) Paralela à calçada b) Em 90° 
 
Arquitetura104
Sobre os acessos às edificações 
O nível de mobilidade varia muito conforme a idade e o tipo de 
necessidade especial dos indivíduos; fatores como o clima, a to-
pografia (inclinações) e obstáculos também afetam o nível de 
mobilidade. (LITTLEFIELD, 2011, p. 714).
Como você já sabe, os estacionamentos devem estar localizados próximos 
da entrada principal da edificação, ou a entrada de maior fluxo de pessoas, a 
uma distância máxima de 50 m. Além disso, devem estar vinculados a rotas 
acessíveis, livres de obstáculos, e possibilitar que todos possam percorrer o 
caminho de maneira autônoma. Não esquecer que a rota acessível inclui a 
presença de sinalização adequada e do piso tátil, que orienta as pessoas com 
deficiência visual no caminho a seguir e indica situações de risco, como a 
presença de uma porta giratória.
Nas entradas das edificações, em alguns casos, podem haver desníveis 
pequenos e, em outros, desníveis grandes, muitas vezes, com escadas. A aces-
sibilidade prevê que, nestes casos, é obrigatório a existência de rampas devi-
damente dimensionadas.
As mudanças de nível geram problemas para muitas pessoas, 
principalmente aquelas com dificuldades de locomoção ou de-
ficiências visuais. Até um único degrau é capaz de impossibilitar 
o acesso para um indivíduo com dificuldades de locomoção e 
pode apresentar risco no trajeto de qualquer pessoa.
Sempre que as mudanças de nível não puderem ser evitadas, 
os declives ou rampas devem ser projetados de maneira aces-
sível, ainda que – é preciso observar – as rampas nem sempre 
sejam a solução ideal e talvez ocupem um espaço considerável.
Os declives ou rampas possibilitam o acesso de cadeirantes ou 
de pais que empurram carrinhos de bebê. Contudo, algumas pes-
soas talvez prefiram subir um lance de escada a uma rampa; para 
elas, a presença de corrimãos para apoio é essencial. (LITTLEFIELD, 
2011, p. 715).
105Acessibilidade
Rampas
As rampas podem estar presentes no interior ou no exterior da construção. 
Um piso pode possuir uma inclinação e não ser considerado uma rampa. Por-
tanto, dependendo da inclinação do piso, deve-se prever as áreas de descanso. 
A área de descanso é como um patamar, um local de piso nivelado entre os 
pisos inclinados; é recomendado que essa área tenha 1,20 m de comprimento. 
Se o piso tiver até 3% de inclinação, deve-se prever uma área de descanso 
a cada 50 m. Se a inclinação for maior que 3% e menor que 5%, deve-se prever 
uma área de descanso a cada 30 m. Inclinações iguais ou acima de 5% são con-
sideradas rampas e devem seguir outras especificações adicionais. Não esqueça 
que o tipo de piso a ser utilizado deve ser antiderrapante, e não reflexivo. 
Assim como nos pisos, deve-se prever, nas rampas, áreas de descanso a 
cada 50 m de percurso. A inclinação máxima recomendada para uma rampa 
é de 8,33%. Porém, quando se tratar de reforma e não houver outra forma de 
realizá-la, é permitido uma inclinação de até 12,5%. 
A largura das rampas é estabelecida conforme o fluxo de pessoas. Como lar-
gura mínima, é admitido 1,20 m e deve ter guia de balizamento. Em reformas, 
conforme o caso, é admitido a largura de 0,90m em rampas com percurso de até 
4 m. Ambos os lados da rampa devem ter corrimão de duas alturas. 
Escadas
Quando houver degraus ou escadas em rotas acessíveis, estes 
devem estar associados a rampas ou equipamentos eletrome-
cânicos de transporte vertical. Deve-se dar preferência à rampa. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015).
Uma sequência de três ou mais degraus é considerado uma escada. Na exis-
tência de escadas em rotas acessíveis, essas escadas não podem ser vazadas; 
e, na existência de bocel ou espelho inclinado, ambos não podem criar uma 
quina superior a 1,5 cm. 
A largura das escadas, em rotas acessíveis,é estabelecida conforme o 
fluxo de pessoas. A largura mínima é de 1,20 m e deve ter guia de bali-
zamento. As escadas devem ter um patamar, no mínimo, a cada 3,2 m de 
desnível ou a cada mudança de direção. O corrimão de duas alturas deve ser 
instalado em ambos os lados da escada. Quando a escada tiver uma largura 
igual ou superior a 2,40 m, é recomendado que se instale um corrimão inter-
mediário. Veja na Figura 11 como pode ser feito esse corrimão.
Arquitetura106
Nessas escadas, com largura igual ou superior a 2,40 m, também é per-
mitido a instalação de apenas um corrimão central de duas alturas. Veja o 
exemplo na Figura 12.
Figura 11. Corrimão intermediário interrompido no patamar.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
0,
30
0,
30
0,
30
0,
30
1,20 mín.
0,
30
0,
30
0,
80
m
ín
.
0,
30
0,
30
1,
40
 m
ín
.
a) Vista superior b) Perspectiva 
Dimensões em metros
1,20 mín.
Figura 12. Corrimão central.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
1,20
0,
30
0,
30
a) Vista superior b) Perspectiva
Dimensões em metros
Dimensões em metros
107Acessibilidade
O interior das edificações: ambientes e circulação
Em algumas edificações, como bancos, aeroportos e outros locais de entrada 
controlada, são instaladas portas giratórias, catracas e sensores de metal. Nestes 
casos, é obrigatório a existência de, pelo menos, uma entrada acessível. Essa 
entrada deve garantir ao usuário área de manobra, circulação e manuseio, de 
maneira autônoma, do equipamento para a entrada. Os controles de entrada em 
edificações, quando na rota de piso tátil, devem ser sinalizados, tanto horizontal 
quanto verticalmente, com alerta. Assim também deve ser feito na presença de 
rampas, escadas, elevadores, passagens, entre outras situações de risco. 
Quando existir porta giratória, deve ser prevista, junto a esta, outra 
entrada que garanta condições de acessibilidade. Portas giratórias 
devem ser evitadas, mas quando forem instaladas, as dimensões en-
tre as pás devem ser compatíveis com as medidas necessárias para 
o deslocamento de uma pessoa em cadeira de rodas e devem ainda 
ser dotadas de sistema de segurança para rebatimento das pás em 
caso de sinistro. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2015).
Circulação interna
A circulação interna na forma de corredores é dimensionada conforme o 
fluxo de pessoas. Porém, algumas dimensões mínimas são recomendadas 
dependendo do comprimento do corredor; ou seja do percurso. Esta tabela 
simplifica essas medidas:
Comprimento do corredor 
(percurso)
Largura recomendada do corredor
Corredores de uso comum de até 4 m 0,90 m
Corredores de uso comum de até 10 m 1,20 m
Corredores de uso comum 
maiores que 10 m
1,50 m
Corredores de uso público 1,50 m
Arquitetura108
Quando os corredores de uso público tiverem um fluxo grande de pessoas, 
sua largura deve ser dimensionada conforme esse fluxo. Portanto, é realizada 
uma conta para se obter a largura ideal desse corredor. 
Para saber mais sobre o cálculo da largura dos corredores públicos com fluxo intenso, 
veja a norma ABNT NBR 9050 em 6.12.6 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-
NICAS, 2015).
Além do dimensionamento correto das circulações, são indispensáveis a 
sinalização adequada e a presença do piso tátil nas rotas acessíveis.
Ambientes
As portas e passagens são os acessos aos ambientes. Tanto as portas como as 
passagens devem ter um vão livre de, no mínimo, 0,80 m de largura e 2,10 m 
de altura. Em portas de correr, portas sanfonadas ou portas com mais de uma 
folha de abrir, ou passagem, deve-se garantir um vão livre de 0,80 m. Quando 
as portas ou passagens estiverem localizadas em edificações de prática de 
esportes, a largura mínima do vão livre é de 1,00 m.
Em geral, as portas devem ter condição de serem abertas com um único 
movimento. Elas devem ter maçanetas do tipo alavanca e, na sua parte infe-
rior, no lado oposto da abertura, é recomendado que seja instalado uma pro-
teção contra impactos provenientes de bengalas, cadeiras de rodas e muletas. 
As portas de correr devem ter o trilho somente na parte superior.
As portas localizadas nos sanitários acessíveis devem dispor de abertura 
voltada para o exterior do ambiente, além de um puxador na horizontal, devi-
damente posicionado. Veja o exemplo na Figura 13.
Portas do tipo vaivém devem ter visor com largura mínima de 0,20 m e 
posicionado como mostra o exemplo na Figura 14.
Além do dimensionamento das portas e aberturas, o sentido de abertura da 
porta, o puxador horizontal e a necessidade de um visor em portas vaivém, a 
norma brasileira abrange outras questões com mais detalhes em relação às portas 
de vidro e sua sinalização, por exemplo. Por isso, quando você for realizar um pro-
jeto, lembre-se de verificar a norma para a criação de ambientes e rotas acessíveis.
109Acessibilidade
Figura 13. Portas com revestimento e puxador horizontal.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
2,
10
Puxador
horizontal
Maçaneta
Revestimento resistente a impactos
0,
50
0,
40
0,10 0,40
0,
90
 a
 1
,1
0
0,80
a) Vista frontal b) Vista superior
Figura 14. Portas do tipo vaivém.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
0,20
mín.
Visor
Puxador
vertical
1,
50
 m
ín
.
0,
40
 a
 0
,9
0
0,
80
 a
 1
,1
0
Dimensões em metros
Dimensões em metros
Arquitetura110
O interior dos ambientes vai variar conforme as atividades que serão exe-
cutadas em cada um deles, com exceção dos sanitários. A elaboração de sani-
tários acessíveis é rica em detalhes. No seu dimensionamento, por exemplo, 
deve-se garantir, em geral, uma área de manobra com circulação de um giro 
de 360º; a locação da área de transferência com a medida do M.R. ao lado 
da bacia; as barras de apoio posicionadas de maneira apropriada; e as peças 
sanitárias adequadas ao uso. Veja na Figura 15 um exemplo que resume de 
maneira simplificada um sanitário acessível. 
Figura 15. Áreas de transferência e manobra para uso da bacia sanitária.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2015).
Dimensões em metros
M.R.M
.R
.
M.R.
0,10 máx.
0,30 máx.
∅ 1,50
a) Vista superior da área de transferência b) Vista superior da área de manobraa) Vista superior da área de transferência b) Vista superior da área de manobra
Assim como nos estacionamentos, o número de sanitários acessíveis é cal-
culado conforme a quantidade de sanitários existentes. Em geral, o percentual 
de sanitários acessíveis em uma edificação, seja ela pública ou privada, é de 
5% da quantidade total de sanitários existentes para cada sexo, em cada pa-
vimento, quando for caso. Quando houver apenas um sanitário na edificação, 
ele deverá ser acessível. Existem ressalvas para as construções já existentes.
Os sanitários acessíveis devem estar vinculados a rotas acessíveis, pró-
ximos à circulação principal, e próximos ou integrados às demais instalações 
sanitárias. Devem ter entrada independente, caso o auxílio de uma pessoa do 
sexo oposto seja necessário, e também estar devidamente sinalizados.
Dimensões em metros
111Acessibilidade
O que você viu aqui foram questões básicas sobre circulação e acessos. 
Porém, a elaboração de ambientes e rotas acessíveis é rica em detalhes e pa-
drões especificados pela norma brasileira ABNT NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). Uma norma que não deve 
ser consultada apenas na elaboração de ambientes e rotas acessíveis, mas sim 
na elaboração de todo projeto. Lembre-se, ambientes dimensionados correta-
mente geram conforto a toda a população, sem distinção. Portanto, não im-
porta se é um projeto de acessibilidade ou não.
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2016).
1. Sobre os fatores de impedância em 
rotas acessíveis, é correto afirmar:
a) São fatores que influenciamno 
dimensionamento da rota aces-
sível, como o fluxo de pessoas.
b) É uma proporção gerada pela re-
lação entre a inclinação horizontal 
da faixa livre e sua largura.
c) Qualquer elemento ou condição 
que impeça o trânsito livre pelo 
passeio.
d) Uma árvore localizada na faixa 
de serviço, é um fator de impe-
dância.
e) Objetos suspensos a 2,50 m do 
piso, na faixa livre, são fatores de 
impedância.
2. A travessia de pedestres, tanto em 
projetos arquitetônicos quanto 
urbanos, é uma questão importante 
para garantir a circulação autônoma, 
e, assim, as rotas acessíveis. Assinale 
a alternativa correta sobre o dimen-
sionamento e desenho de travessias 
acessíveis. 
a) A calçada rebaixada pode ser 
executada entre canteiros, desde 
que mantenha as abas laterais.
b) A faixa elevada é executada com 
a elevação do leito carroçável de 
calçada a calçada.
c) Quando a faixa de serviço tiver 
a largura de 0,70 m, é indicado o 
uso do rebaixamento da calçada 
para a travessia acessível de 
pedestres.
d) A redução de percurso geral-
mente é realizada quando não 
se tem espaço suficiente para 
projetar uma faixa elevada.
e) A travessia acessível é realizada 
apenas utilizando a calçada 
rebaixada.
Arquitetura112
3. Sobre a quantificação, desenho e 
dimensionamento das vagas reser-
vadas, assinale a alternativa correta:
a) A quantidade de vagas reservadas 
tanto para uso de idosos quanto 
para pessoas com necessidades 
especiais é calculada na mesma 
porcentagem.
b) A localização das vagas reser-
vadas no estacionamento não é 
relevante.
c) Deve-se garantir uma área 
adicional nas vagas reservadas de, 
no mínimo, 1,50 m.
d) A sinalização das vagas reser-
vadas deve ser horizontal. 
e) As vagas reservadas devem estar 
vinculadas a rotas acessíveis e 
calçadas rebaixadas.
4. Quando uma edificação se encontra 
elevada em relação à calçada, seu 
acesso se dá pelas escadas e rampas 
que devem seguir a norma ABNT 
NBR 9050, para que sejam acessíveis 
e inclusivas. Assinale a alternativa 
INCORRETA:
a) São consideradas rampas as 
inclinações acima de 5%.
b) Admite-se como largura mínima 
para as escadas 1,20 m e, para as 
rampas, 0,90 m.
c) Inclinações abaixo de 5% no piso 
não são consideradas rampas 
e, por isso, não exigem área de 
descanso ou patamar.
d) O piso tátil é utilizado para sina-
lizar a rota acessível. Em escadas e 
rampas, é utilizado como alerta. 
e) A inclinação máxima recomen-
dada para uma rampa é de 8,33%. 
Porém, admite-se uma inclinação 
de até 12,5% em casos de re-
forma, quando esgotadas todas 
as possibilidades. 
5. Os ambientes e a circulação interna 
de uma edificação, para serem acessí-
veis, também devem seguir a norma 
ABNT NBR 9050. Sobre a elaboração 
de sanitários e rotas acessíveis no 
interior das edificações, analise as 
questões abaixo e assinale a correta:
a) A largura mínima dos corredores 
não é influenciada pelo seu 
comprimento.
b) Os sanitários são dimensionados 
de maneira que, ao lado do 
vaso sanitário, exista uma área 
de transferência com a medida 
mínima do módulo de referência 
(M.R. 0,90 x 1,20 m).
c) As portas dos sanitários devem 
possuir o sentido de abertura 
para dentro do ambiente, como 
qualquer porta.
d) Os sanitários acessíveis devem 
estar localizados próximos das 
circulações principais; vinculados 
a rotas acessíveis; próximos ou 
vinculados aos demais sanitários, 
porém com entrada exclusiva.
e) É recomendado que todas as 
portas e passagens tenham um 
vão livre mínimo de 1,00 m.
113Acessibilidade
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edifica-
ções, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. São Paulo: ABNT, 2015.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 303, de 18 de dezembro de 2008. Bra-
sília, DF: CONTRAN, 2008a. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/download/
Resolucoes/(Resolu%C3%A7%C3%A3o%20303.2008).pdf>. Acesso em: 17 set. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 304 de 18 de dezembro de 2008. Bra-
sília, DF: CONTRAN, 2008b. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/download/
Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_304.pdf>. Acesso em: 17 set. 2016.
BRASIL. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Brasí-
lia, DF: SNPD, 2016. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/>. 
Acesso em: 17 set. 2016.
INFOPÉDIA. Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico. Acessibilidade. Porto: Porto, 
c2003-2016. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/
acessibilidade>. Acesso em: 17 set. 2016.
LITTLEFIELD, David. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 3. 
ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
Arquitetura114
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre a abrangência do tema acessibilidade, os diferentes 
tipos de necessidades especiais e o papel do arquiteto e urbanista.
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EXERCÍCIOS
1) Todos nós temos o direito de ir e vir, sem distinção. Por isso é importante que as 
calçadas sejam planejadas corretamente para garantir que a circulação dos pedestres 
ocorra adequadamente. Sobre os fatores de impedância, assinale a alternativa 
correta.
A) Os objetos suspensos a 2,50 m ou mais do piso, sobre a faixa livre, são fatores de 
impedância.
B) São fatores de impedância: árvores, postes ou placas, localizados na faixa de serviço.
C) Os fatores de impedância influenciam no dimensionamento da rota acessível, um desses 
fatores é o fluxo de pessoas.
D) Um dos fatores de impedância é a proporção gerada pela relação entre a inclinação 
horizontal da faixa livre e a sua largura.
E) São fatores de impedância: árvores, postes ou placas, localizados no passeio.
A ABNT, Assossiação Brasilira de Normas Técnicas, prevê circunstâncias adequadas para 
os transeuntes em vias públicas. Podemos afirmar que as duas imagens abaixo ilustram 
respectivamente: 
Figura I 
2) 
Segundo a norma ABNT NBR 9050, a parte da calçada que considera um fator de impedância objetos a menos de 2,10m de altura, árvores, postes ou placas é o passeio, também chamado de faixa livre, que se trata de faixa exclusiva para circulação, deve medir 1,20m e ser livre de obstáculos. O fluxo de pessoas influencia no dimensionamento de uma rota acessível, porém não é um fator de impedância. Não existe relação entre a inclinação horizontal da faixa livre e sua largura como fator de impedância.
Figura II
 
Figura I: a redução do percurso de travessia dos veículos fazendo que a caçada tenha 
metragem mínima para circulação dos transeuntes. Figura II: a proporcionalidade do 
comprimento da faixa de segurança em relação à metragem mínima para circulação dos 
A) 
transeuntes em calçada com rebaixamento
B) Figura I: a redução do percurso de travessia dos veículos fazendo que a caçada tenha 
metragem mínima para circulação dos transeuntes. Figura II: a metragem mínima para 
circulação dos transeuntes em calçada com rebaixamento
C) Figura I: a obrigatoriedade de distribuição das vagas de estacionamento junto ao 
rebaixamento de calçada. Figura II: a metragem mínima para circulação dos transeuntes 
em calçada com rebaixamento
D) Figura I: a obrigatoriedade de distribuição das vagas de estacionamento junto ao 
rebaixamento de calçada. Figura II: a proporcionalidade do comprimento da faixa de 
segurança em relação à metragem mínima para circulação dos transeuntes em calçada com 
rebaixamento
E) Figura I: a organização das vagas de estacionamento perante o alinhamento dos imóveis. 
Figura II: a metragem mínima para circulação dos transeuntes em calçada com 
rebaixamento
3) As vagas em estacionamento são quantificadas conforme o fluxo de pessoas que 
utilizarão o local a ser projetado. O número de vagas reservadas, o desenho e seu 
dimensionamento seguem a norma da ABNT NBR 9050 e as Resoluções do 
CONTRAN no 304/2008 e 303/2008. Quanto à elaboração e à quantificação das vagas 
reservadas, assinale a alternativaINCORRETA.
A) As vagas reservadas devem estar associadas a rotas acessíveis.
B) As vagas podem ser de três maneiras: perpendicular à via, paralela e a 45o.
C) A porcentagem de vagas reservadas para os idosos é igual a porcentagem de vagas 
reservadas para os portadores de necessidades especiais.
As duas figuras demonstram que sempre deve haver um espaço maior ou igual a 1,20m para os transeuntes. Na figura I, para a construção de uma rampa, houve um aumento do espaço de calçada para que esta metragem fosse respeitada, diminuindo consequentemente a travessia dos veículos. Esta situação pode ser ser aplicada tanto para faixa elevada como para rebaixamento de calçada. E, a figura II, demonstra esta metragem mínima para circulação dos transeuntes em calçada com rebaixamento. Não há proporcionalidade do comprimento da faixa de segurança em relação à metragem mínima para circulação dos transeuntes, nem obrigatoriedade de distribuição das vagas de estacionamento junto ao rebaixamento de calçada. Também não existe relação entre vagas de estacionamento perante o alinhamento dos imóveis.
A largura mínima de uma escada acessível é de 1,20 m e deve ter guia de balizamento. Todas as escadas acessíveis devem ter corrimão, sendo que em escadas de 1,20 m deve ter corrimão dos dois lados e em escadas com largura igual ou superior a 2,40 m pode ter corrimãos dos dois lados ou apenas um central. Todos os corrimãos devem ter duas alturas e prolongamento de 30 cm. Não há ressalvas quanto a mudança de direção para escadas acessíveis.
D) Deve-se prever nas vagas reservadas uma área adicional com largura mínima de 1,20 m e 
comprimento da vaga.
E) As vagas reservadas devem estar localizadas próximo das entradas principais.
4) Em muitos casos, acontece de a entrada de uma edificação estar muito acima do nível 
da calçada, gerando as escadas e as rampas. Estas, para que sejam acessíveis e 
inclusivas, devem seguir as recomendações da norma ABNT NBR 9050. Conforme a 
norma, assinale a alternativa correta.
A) Inclinações acima de 4 % são consideradas rampas.
B) A inclinação máxima recomendada para uma rampa é de 13 %.
C) Tanto nas escadas como nas rampas é obrigatória a existência do corrimão duplo em 
ambos os lados.
D) As rampas e as escadas devem ser sinalizadas por meio de piso tátil como alerta.
E) A largura das escadas e das rampas está relacionada com o fluxo de pessoas. Admite-se 
como largura mínima para ambos 1,00 m.
A acessibilidade não deve estar presente apenas no exterior e como acesso, as rotas 
acessíveis se estendem ao interior das edificações. É importante que os ambientes e a 
circulação sejam dimensionados e desenhados corretamente para garantir que sejam 
acessíveis. A acessibilidade não beneficia apenas as pessoas portadoras de 
necessidades especiais, mas também beneficia os idosos, as mulheres grávidas e as 
pessoas no geral sem distinção, pois desta maneira são projetados ambientes e 
circulações mais confortáveis. 
 
O dimensionamento dos ambientes vai variar conforme as atividades que são 
exercidas no interior de cada um, para a elaboração de sanitários e circulação interna 
5) 
As inclinações acimas de 5 % são consideradas rampas, abaixo dessa inclinação são chamados pisos inclinados. Uma sequência de três ou mais degraus é considerado uma escada. Recomenda-se como inclinação máxima para as rampas acessíveis 8,33 %, porém, em reformas, quando esgotadas todas as possibilidades, admite-se 12,5 % de inclinação. É recomendada a instalação do corrimão duplo em ambos os lados da escada e da rampa, porém admite-se, em escadas com largura superior a 2,40 m, apenas um corrimão central. Toda a rota acessível deve ser sinalizada pelo piso tátil, que, nas escadas, nos elevadores e nas rampas, por exemplo, funcionam como alerta. A largura das escadas e das rampas está relacionada com o fluxo de pessoas, porém admite-se como largura mínima para as rampas 0,90 m e 1,20 m para as escadas.
acessíveis, é necessário seguir a norma ABNT NBR 9050. Conforme a norma, analise 
as alternativas a seguir e assinale a correta.
A) A largura mínima do vão livre das portas e passagens, recomendada pela norma brasileira, 
é de 0,80 m. Porém, em construções de práticas esportivas, a largura mínima das portas e 
passagens é de 1,00 m.
B) O fluxo de pessoas influencia na largura dos corredores assim como o seu comprimento. 
Em corredores com um percurso de 10 m de uso público, recomenda-se uma largura 
mínima de 1,20 m.
C) O vão livre mínimo dos sanitários acessíveis é de 1,00 m, e o sentido de abertura da porta é 
para fora do ambiente.
D) O dimensionamento de sanitários acessíveis deve prever uma área de transferência ao lado 
do vaso sanitários com a medida mínima do módulo referencial (MR) de 0,90 x 1,30 m.
E) Os sanitários acessíveis devem estar localizados próximos de rotas acessíveis, e sua 
quantificação é baseada no número de vagas reservadas para portadores de necessidades 
especiais.
NA PRÁTICA
O dimensionamento de ambientes acessíveis em uma edificação varia conforme as atividades 
que serão desenvolvidas no interior deste ambiente; na elaboração de sanitários acessíveis, o 
desenho e o dimensionamento possuem padrões mais específicos, sendo mais ricos em detalhes.
Conforme a norma ABNT NBR 9050, a largura mínima recomendada do vão livre das portas e passagens é de 0,80 m, já em construções de práticas esportivas a largura mínima do vão livre é de 1,00 m. Em corredores públicos, de uso da população, é recomendada uma largura mínima de 1,50 m, independentemente da distância a ser percorrida. Em sanitários acessíveis, o vão livre mínimo da porta é de 0,80 m, além disso o sentido da sua abertura é para fora do ambiente. O dimensionamento de sanitários acessíveis deve prever uma área de transferência ao lado do vaso sanitários com medida mínima do MR, porém módulo referencial mede 0,80 x 1,20 m. Eles devem estar localizados próximos das circulações principais; vinculados a rotas acessíveis; próximos ou vinculados aos demais sanitários, porém com entrada exclusiva. A quantidade de sanitários acessíveis vai variar conforme a quantidade de sanitários totais existentes na edificação, o fluxo de pessoas e o número de andares da edificação.
A quantidade de sanitários acessíveis em uma edificação é calculada conforme a quantidade de 
sanitários existentes. O percentual de sanitários acessíveis em uma edificação, seja ela pública 
ou privada, é de 5 % da quantidade total de sanitários existentes para cada sexo, em cada 
pavimento, quando for caso. Quando houver apenas um sanitário na edificação, este deverá ser 
acessível.
Existem ressalvas para as construções já existentes. Os sanitários acessíveis devem estar 
vinculados a rotas acessíveis, próximos à circulação principal e próximos ou integrados às 
demais instalações sanitárias.
Porém, os sanitários acessíveis devem possuir entrada independente, caso necessário, o auxílio 
de uma pessoa do sexo oposto; além disso, devem estar devidamente sinalizados.
A norma brasileira que regulamenta o dimensionamento e o desenho de ambientes e rotas 
acessíveis é a ABNT NBR 9050, que foi atualizada no fim de 2015.
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