Prévia do material em texto
14 Lição 1 INTRODUÇÃO AO PENTATEUCO Tudo o que nos é dado saber sobre as origens do Universo e daquilo que nele existe, bem como o início e evolução da revelação divina ao homem, centralizado no plano da redenção, encontra-se registrado nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Em Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que compõem, na sequência, os cinco primeiros livros da Bíblia, estão inscritos os mais antigos acontecimentos da história da humanidade, dentre os quais destacam-se: as origens do povo hebreu, suas tradições e costumes, a entrega da Lei por Deus a Moisés, o culto divino, e outros assuntos afins. Estes livros, considerados como um todo, são denomi- nados Pentateuco, vocábulo grego que literalmente significa cinco rolos, pois este era o formato dos livros na Antiguidade. Esta primeira Lição, composta de cinco Textos, proporciona uma visão panorâmica dos livros que formam o Pentateuco. 15 Esboço da Lição 1. Resumo do Livro de Gênesis 2. Resumo do Livro de Êxodo 3. Resumo do Livro de Levítico 4. Resumo do Livro de Números 5. Resumo do Livro de Deuteronômio Objetivos da Lição Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de: 1. Citar três eventos históricos de grande relevância registrados no Livro de Gênesis; 2. Listar as três principais divisões do Livro de Êxodo; 3. Expor a principal mensagem do Livro de Levítico; 4. Discorrer sobre a origem do Livro de Números e por que é assim chamado; 5. Mencionar o significado da palavra deuteronômio, nome do último livro do Pentateuco. Pentateuco16 TEXTO 1 | RESUMO DO LIVRO DE GÊNESIS Gênesis significa origem ou princípio. É exata- mente disso que se ocupa o livro bíblico: ele conta a origem ou o princípio de todas as coisas, isto é, o princípio do Universo, o princípio do homem, o princípio do pecado, o princípio da salvação, o princípio do povo hebreu e tudo o mais que envolve a história do mundo, no seu princípio. Nove fatos merecem destaque no Livro de Gênesis, como veremos a seguir. 1. A Criação do Universo (Gn 1,2) “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1). Trata-se de uma frase curta, porém expressiva, que constitui significativa mensagem de Deus aos homens, em todos os tempos. Jamais poderiam os cientistas descrever em sua linguagem todo o esplendor e singeleza de tão magnífica mensagem; ela excede toda e qualquer pesquisa científica, pois é uma mensagem divina. O capítulo primeiro envolve em si objetivos de âmbito espiritual e religioso. Ao homem é dado compreender isso pela fé. “Pela fé enten- demos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hb 11.3 – ARC). Apenas ao crente é dado compreender esta narração, a despeito das dificuldades de interpre- tação que vez por outra surgem. 2. Adão (Gn 2,3) Do pó da terra Deus criou o homem, à Sua própria imagem, soprando-lhe nas narinas o fôlego da vida. Coube a Adão condições de primazia, pois Deus lhe preparara um lindo jardim, no Éden, pelo qual ele deveria zelar. Seus alimentos seriam RESUMO DO LIVRO DE GÊNESIS O livro dos primórdios mostra o Deus cria- dor revelando não somente sua obra na tota- lidade, mas também seus planos para a nação de Israel e para a humanidade, através dos concerto e promessas, sem, contudo, ocultar as mazelas do homem, a coroa da criação (Sl 8.4,5). O livro de Gênesis mostra a queda do homem, mas também a redenção: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua se- mente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). A narrativa do primeiro livro bíblico conta a expulsão de Adão e Eva do jardim do Éden (Gn 3.23,24), e enseja a entrada de Abraão na terra da promessa: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12.1,2). Tal pro- messa foi ratificada em Gênesis 15.1-21. Em Gênesis, temos três promessas para o povo escolhido: 1) Israel receberia uma grande porção territorial: “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, di- zendo: ‘tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates’” (Gn 15.18); 2) Israel seria uma gran- de nação, com muitos descendentes: “E fa- rei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada” (Gn 13.16); e 3) Israel seria uma grande benção: “E far-te-ei uma grande na- ção, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Os planos de Deus mostram-se perfei- tos em Gênesis. A queda do homem não frustrou os desígnios do Todo-Poderoso. Antes, mostrou a firmeza de suas promes- sas e o amor que sente por sua criação. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 17 os frutos das árvores, as sementes dos arbustos e os grãos das ervas. Foram-lhe trazidos os animais e as aves criados por Deus, aos quais lhe coube dar nomes. Complementando, Deus lhe fez uma ajudadora (2.18-22). Mas, induzida pela serpente, Eva levou Adão a comer do fruto da árvore que lhes tinha sido proibido comer (3.1-7). Assim, foram banidos da comunhão com Deus. Tinham pecado. 3. A Primeira Civilização (Gn 4) “... e deu à luz a Caim...”. Eva, em regozijo, disse: “... Adquiri um varão com o auxílio do Senhor” (v. 1), pois que teria parecido a ela e a Adão terem perdido o privilégio de povoar a terra, devido ao pecado cometido. Assim se cumpriu a promessa da “semente” através da qual seria esmagada a cabeça da serpente. Um longo tempo separa os versículos 1 e 3. Nasceu Abel. Caim e Abel tornaram-se adultos. Logo, os dois irmãos e seus pais já não eram os únicos seres humanos habitando a terra. Segue-se depois o assassinato de Abel. Caim torna-se o fundador de uma civilização (uma cidade, agricultura, manufaturas e artes). Eva dá à luz Sete, em quem agora se confirmaria a promessa de redenção, pois que Caim fora rejeitado por causa do crime cometido contra a vida de seu irmão. 4. O Dilúvio (Gn 6) A grande corrupção, que se apossara do gênero humano desde o pecado de Adão, levou Deus a determinar o dilúvio sobre a terra (Gn 6.1-12). No entanto, em meio àquela geração ímpia estava um homem justo – Noé, com quem o Senhor se comunicou, anunciando o fim da corrupção através do extermínio de toda a carne. A Noé caberia a responsabilidade da preservação de um casal de cada espécie de animal, assegurando o repovoamento da terra. 5. A Dispersão das Nações (Gn 10,11) No capítulo 10, vemos as regiões separadas por raças e, no capítulo 11, vemos como se deu a separação entre elas. Num ato de rebeldia contra Deus, os descendentes de Noé construíram a Torre de Babel. Porém Deus interferiu de forma a Pentateuco18 confundir-lhes a língua com que se comunicavam, e foram eles espalhados por diversos lugares da terra. Essa atitude de Deus serviu, naturalmente, não apenas para disciplinar o povo rebelde, como também para a realização do Seu desígnio: o de que toda a terra fosse povoada e, assim, desenvolve- rem-se os seus recursos. 6. Abraão (Gn 12–25) Abraão é convocado por Deus a rumar para Canaã, uma terra que seria sua por promessa. Ele seria o pai de uma grande nação, a saber a nação de Israel. Seria, enfim, aquele através de quem se daria o cumpri- mento da promessa divina, presente em Gênesis 3.15. 7. Isaque (Gn 17–35) Filho de Abraão, herdeiro da promessa, Isaque é homem de fé e instrumento de bênção. No capítulo 26, a promessa é repetida, isto é, ele seria a “semente” por meio da qual a linhagem da promessa deveria ter prosseguimento. 8. Jacó (Gn 25–35) Isaque teve dois filhos – Esaú e Jacó. O primeiro foi rejeitado por Deus; o segundo foi escolhido como portador da bênção. Jacó é visto como o pai do povo escolhido. Seus descendentes tornaram-se conhe- cidos conformeo novo nome que recebera de Deus: Israel, povo que teve o privilégio de lutar ao lado de Deus. Eles formavam o povo escolhido. 9. José (Gn 37–50) Especialmente amado de seu pai, José constitui uma figura ímpar no Antigo Testamento. Podemos vê-lo invejado por seus irmãos, vendido como escravo a ismaelitas e favorecido pelo seu senhor. Também podemos perceber-lhe o caráter firme, ao negar-se à esposa de Potifar, e submisso, ao ser preso por um crime que não cometera. Mas vemos José também elevado à condição de governador do Egito, porquanto Faraó reconhecera que nele havia o Espírito de Deus. José tipifica Jesus Cristo. O Livro de Gênesis constitui uma fonte que mitiga a nossa sede de conhecimento sobre a graça de Deus, manifesta na maravilhosa provisão feita por Ele às Suas criaturas. São diversas as circunstâncias que demons- tram Seu amor e misericórdia para com a humanidade, culminando na redenção do homem e no seu retorno a Deus. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 19 EXERCÍCIOS Assinale com “x” a alternativa correta. 1.01 O livro que narra o princípio de todas as coisas chama-se ___a) Êxodo. ___b) Gênesis. ___c) Deuteronômio. ___d) Levítico. 1.02 O capítulo um de Gênesis envolve objetivos de ordem espiritual e religiosa, o que o homem apenas consegue compreender ___a) pela fé. ___b) por meio de muito estudo. ___c) após ser batizado. ___d) Todas as alternativas estão corretas. 1.03 Isaque, filho de Abraão, foi o herdeiro ___a) de muitos bens da parte de seu pai. ___b) do trono de Abraão. ___c) da promessa feita por Deus a Abraão. ___d) Todas as alternativas estão corretas. TEXTO 2 | RESUMO DO LIVRO DE ÊXODO Êxodo é uma palavra de origem grega e signi- fica saída. O Livro de Êxodo relata a redenção dos descendentes de Abraão da sua condição de escravatura no Egito, e prefigura a nossa redenção por Jesus Cristo. Este livro fala da libertação que resulta na nova relação com Deus, expressa em obediência, adoração, comunhão e serviço. Também ensina que a redenção é primordial e essencial a que tenhamos comunhão com Deus, e que um povo remido não pode ter comunhão com Ele se não viver em santificação. RESUMO DO LIVRO DE ÊXODO O livro de Êxodo trata amiúde dos fla- gelos dos hebreus como escravos no Egito, e do esforço da terra dos Faraós em subjugar o povo que tinha as pro- messas divinas. Este livro, cujo título he- braico, “São estes os nomes”, refere-se às primeiras palavras de Êxodo 1.1, tem na Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento) o nome de Êxodo aludindo à redenção – a saída do povo para a Terra Prometida. A peregrinação dos israelitas Pentateuco20 Em Êxodo, vemos como Deus redime Israel para Si e passa a habitar em seu meio, numa nuvem de glória. Deus ensinou a Israel justas exigências através dos Seus mandamentos, conscientizando-o de seu estado pecaminoso. Ele providenciou também uma maneira de restaurar a comunhão com o Seu povo, através do ministério sacerdotal do Senhor Jesus. Divisões do livro de Êxodo As três principais divisões do Livro de Êxodo contemplam os seguintes acontecimentos: 1. Israel no Egito (caps. 1.1–12.36); 2. Israel caminhando para o Sinai (caps. 12.37–19.2) 3. Israel no Sinai (caps. 19.2 – 40.38) A mensagem de Êxodo Por mais que leiamos este livro, nunca será demais. O Livro de Êxodo juntamente com o Livro de Levítico são os mais ricos tipologicamente em toda a Bíblia. O estudo da tipologia bíblica abre-nos o grande cenário para entendermos os mistérios das verdades bíblicas que se encontram no Antigo Testamento. As verdades do Livro de Êxodo jamais serão esgotadas em sua aplicação à alma humana. Este livro deve ser estudado juntamente com o Livro de Levítico, pois são tal qual irmãos gêmeos. Israel escolhido (Ex 1.1–12.36) Aqui vemos como a nação de Israel foi escolhida e abençoada por Deus na pessoa de Abraão. Deus fê-la Seu povo particular, através do qual o mundo seria abençoado. Porém, por força das circunstâncias, após duzentos anos ou pouco mais, Israel tornou-se uma nação escrava. Faraó voltou-se contra Israel. Procurou primeiro enfraquecer, para, então, destruir a nação. Ordenou que todos os meninos judeus fossem mortos ao nascer, de forma que a sua descendência fosse extirpada da terra. Os israelitas, como escravos, eram obrigados a construir cidades foi um deslocamento de grandes propor- ções não somente para a época, mas tam- bém para os dias atuais. O povo hebreu, que convivera por sécu- los com a religiosidade politeísta do Egito antigo, pródigo em divindades e em dinas- tias que avocavam serem numes, aprende- ria, em meio à cosmogonia pagã de Canaã, a religião monoteísta e o autêntico culto e adoração ao Deus único e verdadeiro. Em sua marcha pelo deserto, Deus or- ganizou seu povo como nação em sen- tido pleno, dando-lhes o Decálogo – o perfeito código moral e espiritual que poderia substituir todos os estatutos e constituições do mundo, sem prejuízos às conquistas civilizatórias. Os Dez Man- damentos contemplam o relacionamento do homem com Deus e com o próximo. A tipologia também é notória no livro de Êxodo, detalhando em filigranas não só a redenção, bem como o tabernáculo e seus utensílios. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 21 para armazenar as riquezas egípcias. O capítulo cinco de Êxodo dá-nos um relato do triste estado de Israel sob severo sofrimento físico e moral. Israel chamado (Êx 12.37–19.2) Os egípcios foram atormentados por pragas enviadas por Deus, porém, aparentemente, sem resultado. O dia da libertação de Israel parecia tão distante! Deus, no entanto, ainda reservava uma última praga para o Egito, quando o sangue dos cordeiros seria derramado e aspergido na verga das portas, e o povo, então escravo e atribulado, seria liberto pelo sangue remidor. Analogamente, sem a cruz de Cristo não há libertação do pecado. A escravidão continua a prevalecer. Toda tentativa de livramento por esforço próprio é inútil. Na cruz, entretanto, nós nos escondemos e, ali, os laços do inimigo e do pecado são desfeitos, e o peso da culpa pelo pecado é eliminado das nossas almas. Israel, liberto da escravidão, começou a ter uma nova vida. Passou a ser um povo conduzido e sustentado por Deus. Aqueles a quem Cristo redime, Ele também dirige. Vemos aqui Deus guiando e iluminando o povo ao longo de toda a jornada de quarenta anos pelo deserto, através de uma coluna de nuvem, de dia, e de fogo, à noite. Todos carecemos de direção e de luz, em todo o tempo e em todas as situações. Ao andarmos sob a luz divina, somos poupados de experiências penosas, do que Israel é exemplo (1Co 10.1-11). Eis aqui uma parte importante do livro de Êxodo: Israel é consti- tuído povo e instruído; Deus revelando-Se no Monte Sinai, como o único Soberano de Israel; Seu poder e Sua santidade sendo então manifestos. Através de Moisés, foram concedidos aos israelitas os dez mandamentos, que são princípios do governo divino, de aplicação moral perpétua. Os capítulos 21 a 23 contêm leis judiciais, morais e cerimoniais, e ainda avisos e promessas. Dessa maneira, o povo foi instruído acerca de Deus, exortado a reconhecer a soberania da Sua vontade e a obedecer a Sua Palavra. EXERCÍCIOS Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”. Coluna “A” ___1.04 Relata a redenção dos descendentes de Abraão da condição de escravatura no Egito. ___1.05 Livros mais ricos tipologicamente em toda a Bíblia. Pentateuco22 ___1.06 Deus tornou-a Seu povo particular, através do qual o mundo seria abençoado. ___1.07 Escolhida e abençoada em Abraão, por Deus, Israel tornou-se escrava por sua interferência. ___1.08 Depois deste advento, Israel passou a ser conduzido e susten- tado por Deus. Coluna “B” A. A libertação do Egito. B. Êxodo e Levítico. C. Faraó. D. O Livro de Êxodo. E. A nação de Israel. TEXTO 3 | RESUMO DO LIVRO DE LEVÍTICO Levítico está em relação a Êxodo como as Epístolas estão para os Evangelhos. O livro de Êxodo fala-nos da redenção e expõe a pureza,o culto e o serviço de um povo remido, enquanto o Livro de Levítico fornece os detalhes do viver, do culto e do serviço desse povo. Em Êxodo, Deus fala do monte ao qual era proibido chegar. Em Levítico, fala do Tabernáculo, onde Ele habita no meio do Seu povo. A palavra-chave do livro de Levítico é “Santi- dade” e está presente 87 vezes no Livro. Já o versí- culo-chave encontra-se em 19.2: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.”. Esboço do livro Capítulos 1 a 10. O caminho para Deus mediante o sacrifício RESUMO DO LIVRO DE LEVÍTICO O livro de Levítico começa a maioria de seus capítulos com a assertiva “Fa- lou mais o SENHOR a Moisés, dizendo...”, demonstrando o caráter instrutivo e de formatação ao povo hebreu recém-redi- mido da idolatria e do cativeiro egípcio. Esta nação em formação trilharia uma senda eivada pela cosmogonia pagã, com costumes diametralmente opostos ao padrão de santidade requeridos por Deus. Na obra Conheça Melhor o Antigo Testamento1, lemos o seguinte comentá- rio: “Recém-saídos do Egito idólatra, os aproximadamente 2.500.000 de israeli- tas passaram o primeiro ano nas mon- tanhas desérticas do Sinai. Os teólogos chamam esse ano ‘teológico’, pois nele o 1 ELLISEN, Stanley A. Conheça Melhor o Antigo Testamento. Editora Vida. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 23 Capítulos 11 a 25. O andar com Deus mediante a santificação Capítulo 26. Conclusão Capítulo 27. Apêndice (referente aos votos particulares) A mensagem do livro Para que o Livro de Levítico seja interpre- tado corretamente, é necessário que se tenha uma imagem bastante lúcida dos livros que o antecedem: a) Gênesis mostra a eleição divina – um povo que foi escolhido por Deus para cumprir Seus propósitos; b) Êxodo mostra a libertação divina – um povo que foi libertado por Deus da escravidão do inimigo; c) Levítico mostra o culto divino – o modo como podemos adorar a Deus, entrando em Sua presença. Um povo estabelecido A Lei foi o padrão de vida dos judeus, e o Tabernáculo foi o símbolo de sua segurança: Jeová no meio de Seu povo. Moisés recebeu instruções para a sua construção, e o sacerdócio levítico foi instituído para benefício do povo. A presença de Deus neste Tabernáculo é manifesta: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo.” (Êx 40.34). Duas lições importantes Podemos dividir o Livro de Levítico em duas partes principais. A primeira engloba os capítulos 1 a 10, dos quais extraímos a seguinte lição: o único caminho para Deus é mediante o sacrifício. A segunda contempla os capítulos 11 a 27, por meio dos quais aprendemos que o caminhar com Deus só é possível mediante a santificação. povo recebeu uma quantidade enorme de verdades religiosas”. O culto hebreu não copiava formas ou métodos existentes nas religiões an- tigas, mas tinha uma orientação única de como servir, adorar e manter a comu- nhão com Deus em sua infinita santida- de. “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra; Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egi- to, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.44,45). A conduta do povo em sua vida cível também era norteada através do padrão de santidade, mostrando em todos os aspectos a separação entre o santo e o profano, sempre colocando restrições ao contato com os povos vizinhos. Pentateuco24 Os sacrifícios dizem respeito ao relacionamento do povo com Deus e constituem uma maravilhosa revelação do que a morte de Cristo signi- fica para Deus e o que deve significar para todos. Os sacrifícios do Antigo Testamento, por serem imperfeitos, eram incessantemente repetidos, ao passo que o sacrifício feito pelo Cordeiro de Deus, por ser perfeito, foi efetuado de uma vez por todas (Hb 9.12). Nos primórdios do Cristianismo, a única ideia que se tinha sobre o Calvário era a de que ali morrera Jesus para salvar a nossa alma da culpa do pecado. Porém, voltando ao Antigo Testamento e estudando os simbolismos presentes em Levítico, podemos compreender os diversos aspectos desse sacrifício. Somente quando compreendemos bem a obra da graça é que entramos na plenitude da bênção do Evangelho (1Jo 1.5-2.1). O pecador pode aproximar-se de Deus somente por meio de Jesus Cristo (1Tm 2.5). Para Israel, o acesso ao Senhor era possível somente no lugar escolhido por Deus, pelo mediador que Ele apontou, acompanhado dos sacrifícios e ordenanças que Ele determinou. Nem sacerdote e nem levita tinham liberdade para criar outro método de aproximação do povo com Deus, ou acrescentar detalhes à ordem divina (Rm 5.1,2; Ef 2.18). A segunda parte do Livro de Levítico trata do andar de Israel (e nosso) com Deus. Relacionamento é sempre a primeira coisa e, comunhão, a segunda. Esta advém pelo andar: “Se... andarmos... mantemos comunhão...” (1Jo 1.7). Leia também Gênesis 5.24; Amós 3.3 e Efésios 4.1. O que caracteriza o nosso andar com Deus é a santidade. Entre os capítulos 11 e 16 de Levítico, a palavra limpo, ou seu equivalente, ocorre mais de 160 vezes, enfatizando claramente a pureza do adorador diante de Deus. Purificação é também outra característica daquele que anda com Deus. Um estudo cuidadoso desta parte do Livro de Levítico mostra que a santidade prática deve caracterizar todos os detalhes da nossa maneira de viver (1Pe 1.15). Também a respeito, leiamos 1 Coríntios 10.31, Colos- senses 3.17 e 1 Pedro 4.10,11, que são de inestimável valor neste estudo. Seis aspectos importantes acerca de Levítico 1. Levítico e Hebreus são livros que se correspondem e devem ser estudados juntos. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 25 2. O capítulo-chave de Levítico é o 16, que trata do Grande Dia da Expiação. 3. Jeová é quem expressa todas as instruções neste Livro, à exceção dos capítulos 8 a 10 e 24.10-12. 4. O livro é um cumprimento de Êxodo 25.22. 5. O Novo Testamento cita o livro de Levítico cerca de quarenta vezes. 6. Os principais assuntos de Levítico são: a) as ofertas; b) o sacerdócio; c) o Grande Dia da Expiação; d) a vida santa. Se quisermos uma boa ilustração para nos ajudar a compreender Levítico, estejamos atentos. Sabemos, naturalmente, que as crianças aprendem melhor com o auxílio de objetos e figuras (método audiovi- sual), do que por meio de argumentos e raciocínio (método cognitivo). Algumas casas conservam uma vara pendurada em lugar bem visível para lembrar às crianças que a desobediência resulta em punição e dor. Pois bem, na infância da raça humana, Deus quis ensinar ao Seu povo que o pecado resulta não só em punição e dor, como também em morte, e isso Ele mostrou através sacrifícios. Ao mesmo tempo, ensinou, de maneira figurada, outras profundas e sublimes lições espirituais, como, por exemplo, a substituição, a expiação e a santificação. EXERCÍCIOS Marque “C” para certo e “E” para errado. ___1.09 Êxodo fala-nos da redenção e expõe a pureza, o culto e o serviço de um povo remido. ___1.10 A palavra-chave do Livro de Levítico é “Autoridade”. ___1.11 Os livros de Gênesis e Êxodo são importantes para compreensão de Levítico. Pentateuco26 ___1.12 Os sacrifícios falam do relacionamento do povo com Abraão. ___1.13 O pecador pode aproximar-se de Deus somente por meio de Jesus Cristo. TEXTO 4 | RESUMO DO LIVRO DE NÚMEROS O quarto livro do Antigo Testamento recebe o nome de Números, em razão de tratar do censo promovido em Israel e enumerar suas peregrinações no deserto. São dois os censos aqui narrados, a saber, nos capítulos 1 – 3 e no 26. As peregrinações encontram-se no capítulo 33. O livro de Números dá prosseguimento à história a partir de onde o Livro de Êxodo a deixou, passando a ser o livro das peregrinações no deserto, de um povo remido em demanda da TerraPrometida, cuja posse é retardada por causa de suas obstinações e fraquezas. Outro nome para este livro poderia ser “O Livro das Jornadas”, pois narra a história de Israel a partir do Sinai até a fronteira de Canaã. Examinando o versículo 1, percebemos que o tempo coberto por Êxodo e Levítico não excede catorze meses, ao passo que o Livro de Números abrange mais de trinta e oito anos! O livro de Números pode ser chamado também de “Livro das Murmurações”, pois, descreve o espírito de obstinação e desobediência do povo de Israel contra Deus (Sl 95.10). Como já mostramos, apenas alguns capítulos deste livro tratam de censos. Todo o restante do livro versa sobre leis, regulamentos e experiên- cias do povo de Israel no deserto. Números consiste no livro do serviço e da jornada, completando uma linda ordem junto aos livros que o precedem: 1. Gênesis, o livro da Criação e Queda do Homem; 2. Êxodo, o livro da Redenção; 3. Levítico, o livro do Culto e da Comunhão; 4. Números, o livro do Serviço e do Andar com Deus. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 27 Será que já pensamos o que seria do Universo se não houvesse ordem na condução daquela multidão através do deserto? Tudo tinha a sua ordem e o seu lugar! Cada servo foi contado e informado o seu lugar em sua respectiva família. Cada um tinha o seu serviço definido. Ninguém ficou fora do rol e da ordem, para andar como quisesse. Isto encerra uma grande e preciosa lição a todos nós. Esboço de Números 1. Aparelhamento – preparação para a viagem (Nm 1.1–9.14). a) O peregrino como guerreiro (Nm 1.1–2.34); b) O peregrino como obreiro (Nm 3.1– 4.49); c) O peregrino como adorador (Nm 5.1–9.14). 2. Avanço – contratempos durante a viagem (Nm 9.15–14.45). 3. Recuo – interrupção da viagem (Nm 15.1–19.22). 4. Volta – continuação da viagem (Nm 20.1–36.13). a) Renovado progresso da nação (Nm 20,21); b) Ampla perspectiva para a nação (Nm 22–25); c) Ricas promessas à nação (Nm 26–36). A mensagem de Números Em síntese, a mensagem do livro de Números demonstra a triste história da rebeldia de Israel, que, frequentemente, revolta-se contra Deus. Em Cades-Barneia, “... aquele grande e tremendo deserto...” (Dt 1.19 – ARC), geralmente identificado como Ain Cades, um oásis singu- larmente belo, deu-se o incidente do envio de doze espias a Canaã para avaliarem o território. De volta, dez deles apresentaram um relato derrotista, ao qual os israelitas deram crédito e revoltaram-se, portanto, contra Deus. Desejaram, em mais esta ocasião, voltar ao Egito. Porém, dois dos espias, Josué e Calebe, procuraram animar o povo a confiar em Deus e na promessa de que Ele lhes daria “a terra” (Nm 14.6-9). Quase foram apedrejados pelo povo, configurando a ação mais negativa de Israel no deserto, obtendo, como consequência, terrível castigo (Nm 14.22-25). Pentateuco28 Então voltaram os israelitas de Cades para o deserto e vaguearam por trinta e oito anos, sem rumo, fora da vontade de Deus, até que morressem todos os que tinham acima de vinte anos, excetuando-se Josué e Calebe. Somente a nova geração, isto é, aqueles que tinham abaixo de vinte anos à época do episódio dos espias, entraram em Canaã, juntamente com Josué e Calebe (Nm 26.64,65). A murmuração foi o grande pecado de Israel durante o tempo em que esteve no deserto (1Co 10.10). Não era plano de Deus que Israel peregrinasse quarenta anos no deserto. Esse tempo todo foi para que morressem os murmuradores que atentaram contra o Senhor. Não lhes foi permitida a entrada em Canaã. Morreram todos no deserto. O pecado da murmuração pode ter, como vemos, consequên- cias muito graves. Vejamos a grande decadência moral e espiritual do povo: Passaram do descontentamento à concupiscência, despre- zando o Senhor, falando contra Deus e os Seus servos, desconfiando, tentando-O em rebelião, presunção, desânimo e, finalmente, em aberta imoralidade e idolatria. EXERCÍCIOS Assinale com “x” a alternativa correta. 1.14 O Livro de Números tem esse nome pelo fato de ___a) tratar do censo de Israel e das peregrinações no deserto. ___b) indicar o número dos salvos que estão destinados a viver no céu. ___c) mencionar que cada crente é conhecido no céu por meio de um número. ___d) Todas as alternativas estão corretas. 1.15 Em razão de narrar a história de Israel do Sinai à fronteira de Canaã, o Livro de Números poderia também se chamar ___a) “Livro dos Pés Cansados”. ___b) “Livro das Ovelhas Errantes”. ___c) “Livro das Jornadas”. ___d) Todas as alternativas estão corretas. Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 29 1.16 A mensagem de Números trata, em síntese, da ___a) gratidão de Israel a Deus. ___b) rebeldia de Israel contra Deus. ___c) paz de Israel depois que Deus impediu o povo de entrar em Canaã. ___d) Todas as alternativas estão corretas. 1.17 A razão da peregrinação do povo de Israel por quarenta anos no deserto foi ___a) por terem pecado em murmuração. ___b) porque Abraão errou o caminho. ___c) preparar os israelitas para uma entrada triunfal em Canaã. ___d) Todas as alternativas estão corretas. TEXTO 5 | RESUMO DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO Em Deuteronômio encontram-se os últimos conselhos de Moisés a Israel, antes de entrar na Terra Prometida por Deus. O livro de Deutero- nômio contém um sumário das peregrinações dos israelitas no deserto e repete o decálogo a uma geração que ali nascera. Fornece as instruções necessárias à conduta do povo israelita na terra, e contém o que podemos chamar de “O Pacto da Planície”, inadequadamente chamado de “Pacto da Palestina” (30.1-9). O livro apresenta a inflexibilidade da Lei. Quanto ao aspecto histórico, o livro de Deuteronômio contém somente a morte de Moisés. As leis são todas repetidas, comentadas e explicadas, e alguns preceitos são acrescentados. Há, contudo, revelações portentosas, como a do capítulo 18.15-19, que apontam diretamente para o Senhor Jesus, conforme o registro de Atos 3.22,23 e 7.37. O termo deuteronômio, traduzido do grego, significa segunda lei ou segunda entrega da lei. As divisões de Deuteronômio São sete as divisões principais do livro de Deuteronômio e compreendem os seguintes eventos: Pentateuco30 1. Resumo da história de Israel no deserto (Dt 1.1–3.29). 2. Repetição da Lei, com avisos e exortações (Dt 4.1–11.32). 3. Instruções, avisos e predições (Dt 12.1–27.26). 4. As profecias finais, resumindo o futuro de Israel até a Segunda Vinda de Cristo, e contendo o “Pacto da Planície” (Dt 28.1–30.20). 5. Últimos conselhos dados aos sacerdotes, aos levitas e a Josué (Dt 31). 6. O cântico de Moisés e as suas bênçãos finais (Dt 32–33). 7. A morte de Moisés (Dt 34). A mensagem de Deuteronômio A mensagem principal do livro é “O Amor Divino”. Não se ouviu falar em “amor de Deus”, de Gênesis a Números. Este livro, porém, revela o amor como o grande segredo de tudo o que o Senhor Deus fizera ao Seu povo, durante os séculos anteriores (leia 4.37; 7.7-8; 10.15; 33.3). Deus ama Seu povo, embora sendo em menor número: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois, éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.” (Dt 7.7,8) A mensagem de amor contida em Deuteronômio pode ser relacio- nada ao passado, ao presente e ao futuro de Israel, e, indiretamente, a todos nós, do seguinte modo: – O retrospecto do amor passado (Dt 1–4); – O requisito do amor presente (Dt 5–26); – A revelação do amor futuro (Dt 27–34). O retrospecto do amor Na recapitulação que fez da história de Israel, Moisés apresenta o quadro das vagueações no deserto, os fracassos e os sucessos, sempre Lição 1 - Introdução ao Pentateuco 31 frisando o fato de que o povo devia tudo a Deus. Foi Ele quem apontou o caminho e entregou os inimigos em suas mãos. O amor estava por trás de todo oSeu trato com Israel. Foi por Seu infinito amor que Deus escolheu o povo em Gênesis; que o livrou em Êxodo; que o chamou a adorar e a andar dignamente em Levítico; e acompanhou-o em suas jornadas e deu-lhe oportunidade de servi- Lo, conforme Números. Até aí o povo conhecia apenas os sinais desse amor; agora, Deus lhes declara Seu amor. Pensando bem, não é também assim em nossas vidas? Porventura não percebemos o propósito do amor infinito de Deus nos acontecimentos e nas experiências do passado? Coloquemo-nos em inteira submissão Àquele que é a personificação do amor (1 Jo 4.16). O requisito do amor Aqui temos a Lei concedida por Deus pela segunda vez aos israe- litas, bem como um extenso discurso sobre ela, onde é revelada a sua relação com a vida espiritual na prática. Esta parte do Livro de Deutero- nômio é a que efetivamente sugere o seu nome, que significa segunda lei. A palavra-chave deste livro do Pentateuco é Obediência. Podemos daí concluir que, quando obedecia, o povo prosperava; quando desobe- decia, era derrotado. O amor de Deus é firme e eterno, coerente e compassivo, justo e generoso. Se o homem desobedece a Deus, não é a Sua ira que o castiga, mas o Seu amor. Quando pecamos, ofendemos não somente a justiça divina, mas também o amor divino. A revelação do amor A primeira parte de Deuteronômio é histórica; a segunda é legisla- tiva e, a terceira, profética. É nesta terceira parte que temos a revelação do amor de Deus em uma dimensão ampla. Os juízos preditos contra um povo desobediente não são decretos arbitrários de um tirano cruel, mas avisos sérios, oriundos de um amor infinito. Se Israel amasse a Deus como deveria, jamais teria sido envergonhado. EXERCÍCIOS Marque “C” para certo e “E” para errado. ___1.18 Dos livros do Pentateuco, é o de Deuteronômio que aponta Moisés entrando na Terra Prometida juntamente com Israel. Pentateuco32 ___1.19 Quanto ao aspecto histórico, Deuteronômio apresenta como notícia nova em relação aos demais livros que o precedem apenas a morte de Moisés. ___1.20 Deuteronômio foi o primeiro livro a registrar a entrega da Lei por Deus ao homem. ___1.21 Deuteronômio aborda o retrospecto do amor passado, o requisito do amor presente e a revelação do amor futuro de Deus pelo Seu povo. ___1.22 O requisito do amor divino diz respeito à Lei pela qual é revelada a sua relação com a vida espiritual, na prática. ___1.23 A primeira parte de Deuteronômio é histórica, a segunda é legislativa e a terceira, profética. REVISÃO DA LIÇÃO Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”. Coluna “A” ___1.24 O Livro do Pentateuco que menciona, nos capítulos 1 e 2, a criação do Universo. ___1.25 Livro que mostra Israel no Egito a caminho do Sinai e depois no próprio Sinai. ___1.26 Mostra o culto divino – como podemos adorar a Deus, entrando em Sua presença. ___1.27 Registra que em Cades-Barneia se deu o envio dos doze espias a Canaã. ___1.28 A palavra-chave deste Livro é Obediência. Coluna “B” A. Deuteronômio. B. Êxodo. C. Números. D. Gênesis. E. Levítico.