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Lição 12 - Quando Deus diz não
LIÇÃO 12 – 22 de dezembro de 2013 – Editora BETEL
Quando Deus diz não
TEXTO AUREO
“Vai, e dize a meu servo Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-me-ás tu
uma casa para minha habitação?” 2 Sm 7.5
Comentarista: Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira
VERDADE APLICADA
Os planos e propósitos divinos estão sempre acima dos nossos, um
“não” de Deus pode representar o melhor para nós.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Ensinar que, mesmo tendo boas intenções, a vontade de Deus
sempre será melhor para nós;
► Mostrar que o “não” de Deus sempre vem acompanhado de bênçãos
futuras para nossas vidas;
► Explicar que Davi não pode construir o templo, mas ajudou seu filho
na realização.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
lCr 28.2 - E pôs-se o rei Davi em pé, e disse: Ouvi-me, irmãos meus, e
povo meu; em meu coração propus eu edificar uma casa de repouso
para a arca da aliança do Senhor e para o estrado dos pés do nosso
Deus, e eu tinha feito o preparo para a edificar.
lCr 28.3 - Porém Deus me disse: Não edificarás casa ao meu nome,
porque és homem de guerra, e derramaste muito sangue.
lCr 28.4 - E o Senhor Deus de Israel escolheu-me de toda a casa de
meu pai, para que eternamente fosse rei sobre Israel; porque a Judá
escolheu por soberano, e a casa de meu pai na casa de Judá; e entre os
filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer reinar sobre todo o
Israel.
Ele convocou todos os homens importantes a comparecerem à sua
presença, para que pudesse se despedir de todos juntos, v. 1. Assim fez
Moisés (Dt 31.28), e Josué, cap. 23.2; 24.1. Davi não declararia a
transmissão da coroa a não ser na presença, e para a satisfação,
daqueles que eram os representantes do povo.
Ele se dirigiu a eles com muito respeito e carinho. Ele não só se
esforçou para se levantar da cama, para se encontrar com eles (uma
ocasião que lhe deu um novo ânimo), mas se levantou da cadeira, e se
pôs de pé (v. 2), em reverência a Deus cuja vontade ele deveria declarar,
e em reverência a esta reunião solene do Israel de Deus; como se
considerasse, embora sendo o maior que qualquer indivíduo dentre
eles, o menor do que todos eles juntos.
A sua idade e as suas fraquezas, bem como a sua posição, poderiam
muito bem ter permitido que ele permanecesse sentado; mas ele quis
mostrar que estava realmente humilhado em relação à soberba do seu
coração, tanto pelo número do seu povo como pelo domínio que
possuía sobre eles. Ele teve muito prazer pelo fato de que todos eles
eram seus servos (cap. 21.3), mas agora ele lhes chama de irmãos, a
quem ele amava, o seu povo, de quem ele cuidava, não seus servos, de
quem ele tinha o comando: Ouvi-me, irmãos meus e povo meu. Convém
aos superiores falar assim com afeição e condescendência mesmo aos
seus inferiores; eles não serão menos honrados por causa disso, mas
os mais amados. Assim ele concentra a sua atenção naquilo que está
prestes a dizer.
Ele declarou o propósito que tinha formado para edificar um templo
para Deus, e que Deus não havia permitido que ele o realizasse, w. 2,3.
Isto já havia sido destinado a Salomão, cap. 22.7,8. É dito aqui que uma
casa de repouso para a arca é uma casa de repouso para o escabelo
dos pés do Senhor nosso Deus; porque o céu é o seu trono de glória; a
terra, e os templos mais magníficos que podem ser edificados sobre
ela, são apenas o escabelo dos seus pés; há muita diferença entre as
manifestações da glória divina no mundo superior e o inferior. Os anjos
estão ao redor do trono de Deus, Isaías 6.1. Nós, pobres vermes,
apenas nos prostram os diante do escabelo dos seus pés, Salmos 99.5;
132.7. Como evidência da sinceridade do seu propósito de edificar o
templo, ele lhes diz que tinha feito a preparação para isso, mas que
Deus não permitiu que ele desse prosseguimento porque tinha
designado outra obra para ele fazer, o que era suficiente para um único
homem, ou seja, cuidar das guerras de Israel. Ele deveria servir ao
interesse público coma espada; outro deveria servir com a linha e o
prumo. Os tempos de repouso são tempos de edificação, Atos 9.31.
Ele produziu o seu próprio título primeiro, então o de Salomão, para a
coroa; ambos eram inequivocamente jure divino - divinos. Eles podiam
distinguir esse título como nenhum monarca na terra poderia; o Senhor
Deus de Israel escolheu a ambos imediatamente, pela profecia, e não
pela providência, w. 4,5. Nenhum direito de primogenitura é forjado.
Escolhidos pela dignidade, e não pela idade.
1. Judá não era o filho mais velho de Jacó; no entanto, Deus escolheu
esta tribo para ser a tribo dominante; Jacó passou o cetro para ela,
Gênesis 49.10.
2. Não é mencionado se a família de Jessé foi a casa mais velha desta
tribo; de Judá é certo que não era, porque Se lá existiu antes de Perez;
se era de Naassom e Salmom é incerto. Rão, o pai de Naassom, tinha
um filho mais velho, 1 Crônicas 2.9. Talvez também tivesse Boaz,
Obede e Jessé. Contudo, “Deus escolheu a casa de meu pai.”
3. Davi era o filho mais novo de Jessé, mas Deus gostou dele a ponto
de fazê-lo rei; assim lhe pareceu bem. Deus toma aqueles de quem
gosta, e gosta daqueles que Ele torna semelhantes a Si mesmo, assim
como fez com Davi, que era um homem segundo o Seu próprio
coração.
4. Salomão era um dos filhos mais novos de Davi, e mesmo assim Deus
o escolheu para se assentar no trono, porque era, dentre todos os filhos
de Davi, o que se disporia a edificar o templo; Salomão seria o mais
sábio e o mais disposto.
Davi lhes revelou os propósitos misericordiosos de Deus a respeito de
Salomão (w. 6,7): Eu o escolhi para ser meu filho. Assim ele revela o
decreto que o Senhor havia estabelecido para Salomão, como um tipo
de Cristo: Tu és meu filho (SI 2.7), o filho do meu amor; ele foi chamado
Jedidias, porque o Senhor o amou, e Cristo é o seu Filho amado. Dele
Deus disse, como uma figura Daquele que estava para vir:
1. Ele edificará a minha casa. Cristo é o fundador e o fundamento do
templo do Evangelho.
2. Eu estabelecerei o seu reino para sempre. Esta promessa deveria ter
o seu cumprimento no reino do
Messias, que continuará em suas mãos eternamente (Is 9.7; Lc 1.33) e
será então entregue a Deus, o próprio Pai, talvez para ser entregue de
volta ao Redentor para sempre. Quanto a Salomão, esta promessa do
estabelecimento do seu reino é feita, aqui, de uma forma condicional:
Se ele perseverar em cumprir os meus m andamentos, como neste dia.
Salomão estava agora muito dedicado e bom: “Se ele continuar assim,
o seu reino continuará; do contrário, não.” Note que se perseverarmos
no nosso dever, então, e não de outra forma, poderemos esperar pela
continuidade do favor de Deus. Notem isto aqueles que estão bem
instruídos, e que começam bem se eles perseverarem, serão felizes; a
perseverança usa a coroa, embora ela não a ganhe.
Ele os exortou a buscarem a Deus com firmeza, cumprindo sempre os
seus deveres, v. 8. Observe:
1. O objeto desta exortação: Guardai e buscai todos os mandamentos
do Senhor, vosso Deus. O Senhor era o Senhor deles; os seus
mandamentos deveriam ser a lei deles; eles deveriam ter respeito por
todos eles; deveriam ter a consciência de guardá-los, e, para isso,
deveriam buscá-los, isto é, deveriam inquirir a respeito do seu dever,
sondar as Escrituras, tomar conselho, buscar a lei na boca daqueles
cujos lábios deveriam guardar este conhecimento, e rogar a Deus que
os ensinasse e os guiasse. Os mandamentos de Deus não poderão ser
guardados sem grande cuidado.
2. A sua solenidade. Ele os exortou à vista de todo o Israel, que deveria
notar esta ordem pública, e na audiência do seu Deus. “Deus é
testemunha, e esta congregação é testemunha, de que receberam bom
conselho, e bom aviso; se eles não aceitarem, é culpa deles, e assim
Deus e o homem serão testemunhas contra eles.” Veja 1 Timóteo 5.21;
2 Timóteo 4.1. Aqueles que professam a religião, quando apresentam o
favor de Deus e a sua reputação aos homens, devem ser fiéis à sua
profissão de fé.
3. O motivo para observarem esta exortação. Era a maneira para serem
felizes, para terem a posse pacífica desta boa terra e para preservarema transmissão dela aos seus filhos.
Davi concluiu com uma exortação ao próprio Salomão, w. 9,10. Ele
queria deixar muito claro que Salomão deveria ser religioso. Ele deveria
ser um grande homem, mas não deveria pensar em estar acima da
religião - ele seria um homem sábio, e esta seria a sua sabedoria.
Observe:
1. A exortação que Davi lhe dá. Salomão devia olhar para Deus, para o
Deus do seu pai, do seu bom pai que o havia dedicado a Deus e o
educado para Deus. Ele nasceu na Casa de Deus e, portanto, tinha o
dever de ser Seu, criado em sua casa e, portanto, tinha o dever de ser
grato. Não abandones o teu próprio amigo, nem o amigo de teu pai. Ele
devia conhecer a Deus e servi-lo. Não podemos servir a Deus
corretamente se não o conhecermos; e em vão o conheceremos se não
o servirmos, se não o servirmos de todo o nosso coração. Não teremos
o proveito que poderíamos ter através da religião se não nos
importarmos com ela, e se não a praticarmos de todo o nosso coração.
Sirva ao precioso e bendito Senhor com um coração perfeito, isto é,
com um coração reto (porque a sinceridade é a nossa perfeição no
Evangelho), e com uma mente disposta, a partir de um princípio de
amor, e como um povo disposto, com muita alegria e prazer.
2. Os argumentos que reforçam esta exortação. (1) Dois argumentos
de persuasão geral: [1] Que os segredos das nossas almas estão
patentes diante de Deus; Ele sonda todos os corações, até mesmo os
corações dos reis, que para os homens são insondáveis, Provérbios
25.3. Devemos, portanto, ser sinceros, porque, se agirmos
enganosamente, Deus verá, e Ele não pode ser enganado; devemos,
portanto, em pregar os nossos pensamentos, e ocupá-los no serviço a
Deus, porque Ele entende totalmente todas as nossas imaginações,
tanto boas quanto más. [2] Que serem os felizes ou infelizes aqui, e
para sempre, de acordo com um único critério: se servirmos ou não
servirmos a Deus. Se o buscarmos diligentemente, Ele será achado por
nós, e isto é bastante para nos fazer felizes, Hebreus 11.6. Se nós o
abandonarmos, desertarmos do seu serviço e deixarmos de segui-lo,
Ele nos rejeitará para sempre, e isto é o bastante para nos tornar
completamente infelizes. Note que Deus nunca rejeita ninguém até ser
rejeitado primeiro. Aqui está, (2) Um argumento peculiar a Salomão (v.
10): “Olha, pois, agora, porque o Senhor te escolheu para edificares uma
casa para o santuário; portanto, buscai e servi a Deus, para que a tua
obra possa ser feita a partir de um bom princípio, de uma maneira
certa, e para que possa ser aceita.”
3. Os meios prescritos para este fim, e que são prescritos para todos
nós. (1) Cuidado: Preste atenção. Cuidado com tudo que pareça mal, ou
que conduza ao que for mal.
(2) Coragem: Seja forte, e faça a obra. Não podemos fazer o nosso
trabalho como deveríamos a menos que sejamos determinados, e
busquemos forças na graça divina.
Fonte: Comentário Matthew Henry
Introdução
Davi está velho, cansado, e ainda com sonhos. São os momentos finais
de sua vida antes de passar a seu filho Salomão o trono de Israel, o
qual governou segundo o intento do Senhor como a nenhum outro
depois dele. Então, Davi congrega o povo e faz um importante anúncio:
de que apesar de querer construir o Templo, Deus não permite. Mas
caberá a seu filho Salomão a responsabilidade da construção. Vejamos
como aconteceu:
OBJETIVO
► Ensinar que, mesmo tendo boas intenções, a vontade de Deus
sempre será melhor para nós;
1. Desejos e frustrações
Davi reuniu seus principais guerreiros, seus soldados valentes,
governadores de todas as províncias, e relatou publicamente o
propósito que havia em seu coração. Mas Deus negou seu pedido.
Nesta lição, vamos observar como Davi conviveu com um pedido
negado, e qual atitude tomou após ouvir um “não” da parte de Deus.
1.1. Os planos de Davi
O que fazer quando temos uma boa intenção, temos como realizar,
temos maturidade, tempo para fazer, mas Deus simplesmente acende
um farol vermelho e nos diz: “Você não, não chamei você para isso”.
Esse era um tempo em que Deus havia dado descanso a Davi de todos
os seus inimigos. Ele estava em paz na sua casa, e a nação prosperava.
Não havia guerras nem gigantes por perto (2Sm 7.1). Foi nesse período,
que Davi refletiu, propôs em seu coração, fez planos para Deus, mas o
Senhor lhe respondeu com um simples “não”. Davi não tinha uma
ambição egoísta, não queria engrandecer seu nome, queria apenas
edificar um templo ao Senhor. Era um sonho nobre, mas não era o
desejo de Deus, e ele teve que se contentar em apenas ter desejado e
nada mais.
O que aconteceu a Davi acontece com muitos servos de Deus. Muitas
vezes no silêncio de nosso quarto, ou na hora da meditação, um
objetivo novo surge, e acreditamos que essa é a direção que devemos
tomar. Mas precisamos compreender que algumas vezes essa vontade
vem da parte de Deus; outras vezes não. Quando elas procedem de
Deus, irão, com certeza, realizar-se em nossas vidas. Mas, quando não,
ficarão apenas em nossas lembranças. Amigos podem até surgir, como
Natã, e nos incentivar, mas, de certo, irá prevalecer a vontade de Deus
(2Sm 7.3-5).
1.2. Esclarecendo os limites
A princípio, Natã havia dado incentivo a Davi em seu intento de coração,
mas naquela mesma noite veio a Palavra do Senhor a Natã para que
interviesse na situação de Davi (2Sm 7.3-5). Davi recebe de Deus uma
resposta. O Senhor o havia chamado para ser rei e não construtor. “Eu
te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o
soberano sobre o meu povo, sobre Israel... E fui contigo, por onde quer
que foste, e destruí a teus inimigos diante de ti; e fiz grande o teu nome,
como o nome dos grandes que há na terra.” (2Sm 7.8.9). O que estava
dizendo: “Embora sua ideia seja boa, não chamei você para isso”. Como
tudo o que Deus criou tem limites, Davi também o tinha. O poder ou a
posição não nos dá o direito de realizar tudo o que nosso coração
deseja, mesmo que seja de boa intenção, e até em nome do Senhor.
Não era vontade de Deus, e Davi não se frustrou, soube compreender
muito bem (Rm 12.2).
1.3. Deus tem a última palavra
Quantas pessoas acreditam que são Aladim e que Deus é o gênio da
lâmpada? Elas acham que tudo o que projetam e colocam diante de
Deus, Ele deve realizar porque agora são seus filhos, são filhos do rei.
Algumas pessoas disseram as mesmas palavras de Davi, mas Deus
tinha planos diferentes para elas. Ele é soberano! Será que já pensamos
no que sentiu Maria, a mãe de Jesus, quando teve seus projetos
frustrados, porque os planos de Deus eram outros? E quantos de nós
vimos os projetos sucumbirem, porque Deus tinha planos diferentes
dos nossos? (Jo 42.2). Deus, então, animou Davi dizendo: “Você não
fará, mas conhecerá o prazer de ter um filho que construirá esse templo
- por intermédio de seu filho o sonho será cumprido” (2Sm 7.12,13).
Precisamos estar sempre atentos e saber que o coração do homem
pode fazer planos, mas a resposta certa vem de Deus (Pv 16.1,2).
Davi foi impedido de realizar a construção, porque havia derramado
muito sangue inocente. Às vezes, nossos temperamentos,
precipitações e anseios nos têm levado também a sermos impedidos
de fazer várias coisas. Todavia, de sua própria casa, o Senhor ergueu
seu filho, o qual dana seguimento ao desejo que estava em seu
coração.
OBJETIVO
► Mostrar que o “não” de Deus sempre vem acompanhado de bênçãos
futuras para nossas vidas;
2. Atitudes de um coração segundo Deus
É muito ruim ser contrariado quando nosso coração deseja tão
ardentemente alguma coisa. Mas Davi soube reconhecer e
compreender muito bem suas limitações em Deus. Embora não fosse
ele aquele que cumpriria, era o idealizador, e estava disposto a apoiar
seu filho Salomão, uma vez que já compreendia a vontade direta de
Deus.
2.1. Aprendendo a conviver com um “não”
Quando ouvimos um “não” da parte de Deus pensamos logo em
disciplina ou rejeição, mas Ele pode estar redirecionando nossas vidas
(Jr 29.11). Muitas vezes queremos ver Deus a partir de nossa lógica
humana, e, assim, frustramo-nos, porque Ele não realizou o intento de
nossocoração. Entenda! Deus não lançou em rosto o pecado de Davi,
aqui não se trata de pecado ou não. Mas ao contrário, Deus louva sua
atitude dizendo: “Já que desejaste edificar uma casa ao meu nome,
bem fizeste em o resolver em teu coração” (2Cr 6.8). Quantas vezes
buscamos o que pensávamos ser a vontade de Deus e, como quem
joga um pedaço de madeira ao fogo, vimos nossos desejos egoístas
subirem em forma de fumaça? Às vezes, traçamos um plano para a
vida inteira, mas, infelizmente, não funciona. Todavia, não é por esse
motivo que devemos terminar a vida com sentimentos de culpa. Deus
sabe muito bem redirecionar nossas vidas, e dar a elas um novo
sentido. Basta apenas que examinemos o plano e sejamos sensíveis
para sentir se é dEle ou não.
Os planos e propósitos divinos estão sempre acima dos pensamentos
racionais (Jr 29.11). Deus não deu um sim para Davi, mas lhe deu
outras coisas. Deu-lhe um reino, deu-lhe um nome, fê-lo importante,
deu-lhe riquezas, deu-lhe longevidade. Por mais que aquele desejo não
fosse satisfeito, ele jamais teria motivos para frustrar-se, além de tudo
isso, Deus ainda escolheu um de seus filhos para realizar o que havia
em seu coração. Ele compreendeu muito bem e fez o melhor que pode
para ajudar seu filho.
2.2. Olhando na perspectiva divina
E muito fácil para cada um de nós sentir frustração e angústia por
causa de algo que Deus não quis realizar em nossas vidas. Tais
decepções, muitas vezes, fazem-nos esquecer o que Deus já fez por
nós, e o que nos deu. Nos últimos anos de sua vida, Davi não ficou se
lamentando pelo que não pode ter, mas se concentrou nas boas coisas
que Deus lhe dera. Ele passou a olhar sob uma perspectiva divina, não
sob um olhar egoísta de aquisições não realizadas. A maturidade
trouxe a Davi uma verdade: “existem coisas que Deus jamais realizará”.
E, como dizem os sábios: “Essa é a pílula difícil de engolir”. Isso não se
aprende na juventude, porque ela está repleta de sonhos e desejos
efêmeros. Esse é nosso grande desafio. Fazer o que podemos com
aquilo que Deus nos deu, ou ter um viver frustrado por aquilo que
desejamos e não tivemos. Davi lembrou quem era e de onde havia
saído, isso foi o suficiente para viver feliz e em paz com Deus após
receber o “não” (lCr 28.4).
2.3. Um vislumbre de graça
“E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus
átrios; porque o escolhi para filho, e eu lhe serei por pai” (lCr 28.6). Não
precisamos defender Davi. Ele foi sanguinário, bandido, mulherengo, e
assassino. Se fosse membro de uma de nossas igrejas jamais seria o
que foi para Deus. Mas os critérios e julgamentos divinos são bem
mais graciosos que os nossos. Quem diria, que, do relacionamento
entre Davi e Bate-Seba, nasceria um filho a quem o Senhor amaria, seria
o sucessor de Davi, e o Senhor lhe seria por pai? Davi pode, então,
visualizar duas coisas maravilhosas que o “não” havia lhe produzido.
Primeiro: Deus havia escolhido um filho seu para dar continuidade à
obra que havia começado; segundo: das sombras de sua desgraça,
Deus erguia a Salomão como se dissesse a Davi: “eu transformo
maldição em bênção, por isso, te disse não”.
Embora soubesse que não era a vontade de Deus que edificasse uma
casa ao Senhor, Davi pode sorrir, pois viu a graça de Deus operando
através de seus filhos. Deus não lhe permite, mas não recrimina seu
desejo, e permite que Salomão, seu filho, possa realizar o sonho tão
esperado de Davi, Na verdade, Deus lhe disse “não”, mas lhe deu um
presente inesquecível, que alegrou para sempre seu coração. Que
alegria é para um pai, saber que seu filho dará continuidade aos seus
sonhos.
OBJETIVO
► Explicar que Davi não pode construir o templo, mas ajudou seu filho
na realização.
3. Instruções ao novo monarca
Com muita maturidade para entender os desígnios de Deus, Davi se
alegra por saber que Salomão edificará um templo ao Senhor, em
seguida, transmite alguns conselhos, selecionando com cuidado as
palavras, que, baseadas em sua experiência de vida, são ricas em
conteúdo, e cheias de emoção. Destacaremos três coisas que Davi
deixou para seu filho antes da partida.
3.1. Um grande conselho
“E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai.” (lCr 28.9a). As
experiências vividas remetiam a Davi o temor de que Salomão repetisse
padrões similares ao seu, ele sabia que haveria problemas no trono de
Israel, sabia que as ocupações poderiam levar seu filho a não reservar
tempo para conhecer Deus. Então, ele olha para seu filho e diz:
“conheçe o Deus de teu pai” - conheça na intimidade (Os 4.6; 6.1,3).
Logo em seguida ele diz: “serve-o com um coração perfeito e com uma
alma voluntária” (lCr 28.9b). Ou seja, de boa vontade. Não faça Deus
obrigá-lo a render-lhe adoração. Faça isso sinceramente.
Voluntariamente. Salomão conhecia as composições de seu pai, sabia
qual era seu legado. E Davi o orientou, porque sabia como havia
vacilado, e como Deus estava levantando seu filho como sucessor, ele
não desejava ver em seu filho os erros que cometera. Será que estamos
passando isso para nossos filhos?
Qual será o legado espiritual que estamos deixando para nossas
gerações? Será que nossos filhos irão crescer sabendo que servimos a
Deus de todo o coração? Será que nossos exemplos são alicerces para
nossos filhos não tropeçarem? Davi podia, com certeza, advertir seu
filho, pois havia vivido o que estava aconselhando afazer. Pode ser que
se lembrasse dos momentos obscuros de quando pecou e, preocupado
com o futuro de seu filho, aconselhou-o a buscar Deus, e servi-lO com
um coração voluntário.
3.2. Uma grande provisão
“E deu Davi a Salomão, seu filho, a planta do alpendre... E também a
planta de tudo quanto tinha em mente... E deu ouro, segundo o peso do
ouro, para todos os utensílios de cada ministério... E ainda, porque
tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu
dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para
a casa do santuário” (lCr 28.11,12,14; 29.3). Davi não construiu o
tempo, mas como um bom rei e um excelente pai, ele deixou tudo
pronto, nos mínimos detalhes, com planta de tudo, com provisões para
tudo, e Salomão deveria apenas seguir o que estava escrito. Salomão
era menino e inexperiente, mas seu pai estava feliz, porque lhe
entregava o cetro de Israel e os planos para o templo de Deus. É
lamentável que os grandes líderes além de não gerarem outros, morrem
sem deixar legado algum.
3.3. Um tesouro espiritual
Observamos que Davi foi magistral em seus últimos momentos. Ele
não somente deixou tudo organizado política e financeiramente para
seu filho, mas espiritualmente. Ao contarmos a soma de ouro e de
tesouros que Davi deixou, podemos pensar que isso foi tudo, mas não.
A maior riqueza deixada por Davi para Salomão foram 35 mil homens
sábios e todos adoradores, para o auxiliarem e o aconselharem em
tudo o que fazia, porque ainda era inexperiente e jovem (lCr 28.20.21).
O reino de Salomão foi um reino de paz, porque era assessorado por
pessoas espirituais, e todos adoradores formados por seu pai. Um
legado sem igual, uma riqueza incomparável. Salomão viveu tranquilo,
porque Davi deixou um grande número de pessoas de confiança,
integridade, e temor a Deus para ajudá-lo.
Conclusão
Davi cumpriu sua missão e deixou um legado espetacular para sua
posteridade. Ele, antes de morrer, foi sábio e não somente preparou um
sucessor, mas lhe deu todas as condições e aparatos para alcançar
sucesso. Aprendemos com Davi que um líder bem sucedido é aquele
que visa o reino e não a si mesmo. Será que estamos enquadrados
nesse perfil? O que deixaremos para nossos filhos?
QUESTIONÁRIO
1. Qual desejo teve Davi em seu coração?
R. Construir o templo do Senhor.
2. Quem lhe trouxe resposta negativa da parte de Deus?
R. O profeta Natã.
3. O que fez Davi ao saber que Salomão edificaria casa ao Senhor e
não ele?
R. Alegrou-se e o ajudou.
4. Qual foi o conselho dado por Davi a Salomão?
R. Conhece o Deus de teu pai.
5. Qual foi a maior riqueza deixada por Davi a seu filho?
R. A riqueza espiritual.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:Editora Betel 4º Trimestre de 2013, ano 23 nº 89 – Jovens e Adultos -
“Dominical” Professor - Davi, a lâmpada de Israel - A incrível história de
um rei segundo o coração de Deus

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