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D7_T2_aspectos_termicos

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Aspectos térmicos da soldagem 
_____________________________________________________________________________________ 
Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem | ‐ FBTS 
Este texto complementar é parte integrante do material on line disponibilizado para o Curso de Inspetor 
de Soldagem 
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Metalurgia da Soldagem 
Aspectos Térmicos da Soldagem 
 
Neste texto você conhecerá os aspectos térmicos relacionados com o 
processo de soldagem, que compreendem a Energia de Soldagem, o 
Ciclo Térmico, a Repartição Térmica e a Zona Fundida (transformações 
associadas à Fusão). Serão apresentados também os tratamentos 
térmicos de preaquecimento e pós-aquecimento em soldas. 
 
Energia de Soldagem 
O conceito de energia de soldagem é muito importante no estudo do 
aspecto térmico da soldagem. Define-se a energia de soldagem como a 
razão entre a quantidade de energia dispendida na soldagem e a 
velocidade de avanço da poça de fusão. A velocidade de avanço exprime 
o comprimento de solda executado em cada passe na unidade de 
tempo. 
 
Soldagem a arco elétrico 
Onde: 
E - energia de soldagem (joule/milímetro) 
f - eficiência de transmissão de calor (%) 
V - tensão (volt) 
I - corrente (ampère) 
 
Aspectos térmicos da soldagem 
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V - velocidade de avanço (milímetro/segundo) 
 
 
Soldagem a gás 
 
Onde: 
E - energia de soldagem (joule/milímetro) 
f - eficiência de transmissão de calor (%) 
P - potência dispendida pela fonte de calor na soldagem (watt) 
V - velocidade de avanço (milímetro/segundo) 
 
A energia de soldagem é característica do processo de soldagem 
empregado. O processo Eletroescória, por exemplo, possui elevada 
energia de soldagem, visto que a velocidade de deslocamento da poça 
de fusão é muito lenta. 
 
Ciclo Térmico e Repartição Térmica 
Considere um ponto da junta soldada, definido pela sua distância ao 
centro da solda e pela sua posição em relação à espessura. O calor da 
operação de soldagem provoca, neste ponto, variações de temperatura 
como indica a figura 1. 
 
 
Aspectos térmicos da soldagem 
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 TEMPERATURA (θ) 
 
Figura 1: Ciclo térmico no ponto A. 
 
A variação de temperatura em função do tempo, θ = f(t) num 
determinado ponto da junta soldada é o ciclo térmico no ponto 
considerado. A curva permite a determinação de: 
θm - temperatura máxima atingida 
tp - tempo de permanência acima de uma certa temperatura, por 
exemplo: θc 
Vθ - velocidade de resfriamento à temperatura θ 
tr - tempo de resfriamento entre as temperaturas θ1 e θ2 
 
Analisando todos os pontos, é possível se obter as temperaturas 
máximas atingidas em função da distância ao centro da solda θm = f(x) 
(figura 2). Esta função é a repartição térmica para a reta considerada (no 
 
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centro da solda). Estabelecido o regime de soldagem, a repartição 
térmica mantém a sua forma ao longo do cordão de solda. 
 
Figura 2: Repartição térmica. 
 
Com as duas funções, torna-se viável o estudo das transformações 
metalúrgicas no estado sólido ocorrente numa junta soldada. O ciclo 
térmico possibilita a interpretação ou previsão das transformações, 
enquanto que a repartição térmica permite determinar a extensão das 
zonas onde se passam tais fenômenos. 
 
As curvas temperatura-tempo levantadas em diversos pontos ao longo 
de uma perpendicular à solda têm a forma da figura 3. À medida que o 
ponto considerado se afasta da solda, as temperaturas máximas são 
 
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decrescentes e atingidas com certo atraso. O tempo de permanência 
acima de certa temperatura decresce no mesmo sentido. 
 
Figura 3: Ciclos térmicos em diversas distâncias da solda. 
 
Teoricamente as velocidades de resfriamento decrescem à medida que a 
distância x aumenta. Entretanto do ponto de vista prático e para a faixa 
de temperatura onde ocorrem os fenômenos de têmpera, pode-se 
considerar a velocidade de resfriamento - ou o tempo de resfriamento - 
como constante em toda extensão da zona afetada termicamente. 
 
Fatores do Ciclo Térmico 
A temperatura máxima e a velocidade de resfriamento, calculadas pelas 
fórmulas abaixo, são os parâmetros principais do ciclo térmico. 
θm= ×
×
−
⎛
⎝
⎜
⎞
⎠
⎟
2
2
1
2
π
α
λe x
E
C E
x
E
; 
 
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Vθ = −2
2πλ θ θ( )o
E
 , para peças espessas (t > 40 mm); 
Vθ 
( )
=
−2 0
3 2
2
πλ θ θC t
E
.
 , para peças finas. 
 
Onde: 
θm - temperatura máxima atingida 
Vθ - velocidade de resfriamento 
C - capacidade térmica volumétrica 
e - base dos logaritmos neperianos 
E - energia de soldagem 
t - espessura 
α - coeficiente de troca térmica superficial 
λ - condutibilidade térmica 
x - distância ao centro da solda 
θ - temperatura na qual se calcula a 
 velocidade de resfriamento 
θo - temperatura inicial da peça 
 
Da análise dessas fórmulas, pode-se concluir que: 
• A temperatura máxima atingida e a velocidade de resfriamento 
dependem das propriedades físicas do material que está sendo 
soldado; 
• A temperatura máxima atingida varia diretamente com a energia de 
soldagem, isto é, quanto maior a energia de soldagem maior será a 
temperatura máxima atingida. É importante observar que o aumento 
da temperatura inicial da peça equivale, simplificadamente, a um 
aumento da energia de soldagem; 
 
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• A temperatura máxima atingida varia inversamente com a distância 
ao centro da solda, isto é, quanto mais afastado da solda estiver o 
ponto considerado, menor será a temperatura máxima atingida. 
• A velocidade de resfriamento varia inversamente com a temperatura 
inicial da peça que está sendo soldada, isto é, quanto maior a 
temperatura inicial da peça, menor a velocidade de resfriamento. A 
influência da temperatura inicial é mais significativa em peças de 
pequena espessura; 
• A velocidade de resfriamento varia diretamente com a espessura da 
peça que está sendo soldada, isto é, quanto maior a espessura maior 
a velocidade de resfriamento. Entretanto, a variação tem um limite. A 
partir de uma determinada velocidade de resfriamento, por mais que 
se aumente a espessura, a velocidade de resfriamento não se altera. 
A velocidade de resfriamento limite varia com a energia de soldagem 
(ver figura 4). 
• A velocidade de resfriamento varia inversamentecom a energia de 
soldagem, isto é, quanto menor a energia de soldagem maior a 
velocidade de resfriamento. A influência da energia de soldagem na 
velocidade de resfriamento é maior em espessuras finas. 
• A velocidade de resfriamento varia com a forma geométrica das 
peças. A figura 5 mostra os coeficientes de correção para a energia 
de soldagem e a espessura da peça a serem empregados no cálculo 
da velocidade de resfriamento, em função da geometria das juntas. 
• O processo de soldagem define a energia de soldagem e, portanto, 
influencia tanto a temperatura máxima como a velocidade de 
resfriamento. 
 
 
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Deve-se observar que quanto maior é a temperatura máxima atingida, 
maior é a extensão da zona afetada termicamente e que quanto menor 
é a velocidade de resfriamento, menor é a possibilidade de têmpera. 
 
 
Figura 4: Influência da energia de soldagem e da espessura no tempo de 
resfriamento. 
 
 
Figura 5: Coeficiente de correção para a energia de soldagem e 
espessura da peça em função das geometrias das juntas. 
 
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Zona Fundida 
Transformações Associadas à Fusão 
Chama-se de fusão para um determinado metal, a sua passagem do 
estado sólido para o estado líquido. Essa transformação se dá com 
aumento de calor ou energia térmica. Durante a fusão, o metal passa 
por um processo de aquecimento. 
Durante a breve permanência no estado líquido, a solda sofre alterações 
em sua composição química que podem ser atribuídas às seguintes 
causas: volatilização, reações químicas, absorção de gases e diluição. 
Destas causas, apenas a diluição é objeto de estudo do inspetor de 
soldagem nível 1, conforme descrito abaixo: 
 
Diluição 
A composição química de uma solda não é a mesma especificada para o 
metal de adição depositado. O coeficiente de diluição ou simplesmente 
diluição, indica a participação do metal de base na constituição da zona 
fundida (ver figura X). 
A – área de seção transversal da zona fundida. 
B – área de participação do metal de base na seção transversal da zona 
fundida. 
d - diluição 
 
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A diluição é função do processo de soldagem e do procedimento de 
soldagem (variáveis de soldagem). Por exemplo, com eletrodo revestido, 
a diluição é da ordem de 25 a 35%, enquanto que, na soldagem a arco 
submerso, pode atingir 50%. 
A extrapolação das propriedades dos metais de adição é geralmente 
comprometida pela diferença de diluição entre a preparação dos corpos 
de prova de avaliação de propriedade do metal de adição, e as soldas 
propriamente ditas. Daí a necessidade de simulação e teste do 
procedimento de soldagem antes da fabricação de equipamentos 
(qualificação do Procedimento0 de Soldagem). 
Na soldagem de metais dissimilares, a diluição é um dado disponível 
para a previsão dos constituintes e propriedades da solda. Um exemplo 
clássico é o emprego do diagrama de Schaeffler na soldagem dos aços 
inoxidáveis. 
 
 
 
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Nota 
Para uma compreensão mínima será apresentado um breve resumo das 
outras causas mencionadas: 
• Volatilização: estas perdas, além de acarretarem problemas de 
segurança quanto à inalação dos fumos de soldagem produzidos, 
alteram a composição química da solda, variando esse efeito 
conforme o elemento químico que está sendo transferido, o 
processo de soldagem e etc.; 
• Reações químicas: as reações químicas no metal líquido são 
prejudiciais quando provocam o desprendimento de gases, que 
poderão ficar aprisionadas na solda, acarretando porosidades; 
• Absorção de gases: o metal líquido da solda pode dissolver gases 
notadamente o hidrogênio, resultante da decomposição do vapor 
d’água no arco elétrico. 
 
Preaquecimento 
O preaquecimento consiste no aquecimento da junta numa etapa 
anterior à soldagem. Tem como principal efeito reduzir a velocidade de 
resfriamento da junta soldada, permitindo desta forma: 
 
• Evitar a têmpera, isto é, a formação de martensita (finalidade 
principal); e 
• Aumentar a velocidade de difusão do hidrogênio na junta soldada 
favorecendo o seu escape (finalidade secundária). 
 
 
 
 
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Nota 
No estudo do diagrama de equilíbrio de fases Ferro – Fe3C, dos aços 
carbono, estudo este exigido somente para o Inspetor de soldagem N2, 
é visto o que acontece com uma liga Fe-carbono quando esfriada 
lentamente. 
No nosso caso, ou seja, Inspetor de soldagem n1, somente faremos 
menção do que é a austenita e a martensita nos aços-carbono, afim de 
melhor explicar o preaquecimento. 
- Austenita: É uma estrutura cúbica de face centrada-CFC (ferro ) que 
possui pouca capacidade de dissolver o carbono. Durante o 
resfriamento, se o mesmo for lento, abaixo de 723°C, o carbono se 
precipita formando um composto Fe3C (cementita). 
- Martensita: Quando ocorre um resfriamento rápido do aço com 
microestrutura austenítica, pode-se obter uma fase super saturada em 
carbono, chamada martensita. A martensita é muito frágil e possui 
elevada dureza justamente por reter uma grande quantidade de 
carbono que não teve tempo para se precipitar. Chama-se de têmpera 
o resfriamento rápido que permite a sua formação. 
 
O preaquecimento faz com que a junta soldada atinja temperaturas 
ligeiramente mais elevadas e que permaneça nestas temperaturas por 
mais tempo. Isto permite que o hidrogênio dissolvido, em sua maior 
 
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parte na austenita, tenha possibilidade de se difundir. Intensiona-se 
com o preaquecimento evitar a formação de martensita (finalidade 
principal), assim como reduzir a possibilidade à fissuração pelo 
hidrogênio. 
O preaquecimento influencia também as tensões de contração da junta 
soldada. As tensões de contração normalmente diminuem com o 
preaquecimento. Entretanto, se a junta possui um alto grau de restrição, 
as tensões de contração podem ser aumentadas, por preaquecimento 
localizado, aumentando a possibilidade da fissuração. 
O preaquecimento tem como desvantagem aumentar a extensão da 
zona afetada termicamente. Em alguns materiais, caso não se controle 
convenientemente a temperatura, o preaquecimento pode ter um efeito 
bastante prejudicial. Um exemplo é a soldagem de aços com 16% de 
cromo, nos quais um preaquecimentoexcessivo pode propiciar a 
formação de fases de baixa tenacidade. Em materiais de alta 
temperabilidade como, por exemplo, os aços-liga é bastante usual a 
utilização de preaquecimento. 
 
Pós-Aquecimento 
O pós-aquecimento consiste na manutenção da junta soldada a uma 
temperatura acima da temperatura ambiente por um determinado 
tempo, por exemplo, duas horas a 250°C, com o objetivo principal de 
 
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aumentar a difusão do hidrogênio na solda. O pós-aquecimento deve 
ser executado tão logo a soldagem termine, de forma a não permitir o 
resfriamento da junta soldada. A eficiência do pós-aquecimento 
depende deste fato, pois o resfriamento da junta soldada permitiria a 
formação de fissuração pelo hidrogênio. 
É conveniente salientar que o pós-aquecimento, por ser executado em 
temperatura relativamente baixa, não deve ser considerado como um 
tratamento térmico de alívio de tensões, pois, para tanto, seria 
necessário um tempo de permanência nesta temperatura extremamente 
longo. 
________________________________________________________________ 
 
 
Você estudou neste texto os processos de aquecimento que podem vir a 
ser utilizados no procedimento de soldagem de uma junta. Em alguns 
desses processos é possível interpretar e prever as transformações 
sofridas pelo metal no estado sólido durante a solda e até mesmo 
determinar a área de ocorrência de tais alterações. 
Teste agora o seu nível de compreensão do texto respondendo às 
questões de revisão. Caso seja necessário releia o texto e/ou recorra 
aos tutores para resolver suas dúvidas. 
 
 
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Questões de Revisão 
 
1- O calor da operação de soldagem pode provocar, em um ponto da 
junta soldada, variações de temperatura. Dependendo da variação 
ocorre o fenômeno do Ciclo Térmico ou Repartição Térmica. 
Exponha a diferença de ambas funções, não esquecendo de explicar a 
importância que exercem para o estudo das transformações 
metalúrgicas que a junta soldada sofre. 
 
2- Os parâmetros principais do Ciclo Térmico são calculados a partir de 
fórmulas no qual a temperatura máxima e a velocidade de resfriamento 
exercem grande relevância. Represente esta fórmula e descreva quais 
análises podem ser concluídas a partir da mesma. 
 
3- Sobre as Transformações Associadas à Fusão ocasionadas na solda, 
explique os motivos que influenciam na alteração da composição 
química da solda fazendo com que esta seja diferente da do metal 
depositado. 
 
4- Em que consiste o processo de Preaquecimento e Pós aquecimento, 
levando em consideração? 
a) Suas definições. 
 
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b) Objetivos principais. 
c) Funcionalidades. 
d) Desvantagens. 
 
5- Sabe-se que fissuração a quente é a incapacidade do metal de solda 
para se deformar sob a ação dos esforços inerentes. Contudo algumas 
medidas podem ser adotadas a fim de se reduzir esses esforços 
atuantes sobre a zona fundida na fase de resfriamento. Explicite quais 
são essas medidas e os resultados que ocasionam no final da solda?

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