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Relatório Final de Estágio 2023 Aluno: Carolina Judith Pinheiro RA: 40170981449 2 RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO ESTÁGIO BÁSICO I INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA - ÉTICA, OBSERVAÇÃO E REGISTRO PROFISSIONAL SÃO BERNARDO DO CAMPO 2023 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...........................................................................04 CAPÍTULO 01 .............................................................................05 CAPÍTULO 02 .............................................................................07 METODOLOGIA .........................................................................08 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................... 09 REFERÊNCIAIS .........................................................................10 ANEXOS..................................................................................... 4 INTRODUÇÃO O presente trabalho constitui-se em um relatório final da disciplina de Estágio Básico I – Investigação científica, ética, observação e registro profissional. O objeto da observação foi pôr em prática em campo por meio da observação supervisionadas e elaboração de relatórios com ética e eficaz a colaboração do psicólogo no desenvolvimento do indivíduo na psicoterapia. O local escolhido para elaboração do estágio em um consultório de psicologia, da psicóloga e neuropsicopedagoga G que faz atendimento com crianças de 05 anos a 10 anos com dificuldades de aprendizagem como TDH e outros transtornos como TEA e síndrome de Down, psicoterapia comportamental onde escolhi para fazer o estágio além do local escolhido para estagio a Psicóloga faz atendimentos no CAEM(centro de atendimento educacional multidisciplinar/Fundação Santo André) a mesma intercala os atendimentos nos dias da semana com uma experiência vasta na área de neuropsicopedagoga . O lugar do estágio de observação está localizado em um prédio comercial, no 13º andar, o consultório tem uma porta no corredor que dá na sala dela ,ao entra me deparei com uma mesa pra crianças pequena e três cadeiras também de tamanho pequeno ,um tapete de eva colorido no chão outra mesa com duas cadeira medias para crianças maiores ela relatou, uma janela bem ampla de vidro onde temos a vista da avenida toda possui uma pequena recepção que tem uma funcionaria chamada M que ajuda ela com a agenda e organização do espaço ,G psicóloga responsável pelo espaço, relatou que quando se formou em psicologia no início tinha escolhido a abordagem psicanalista, porém conforme sua demanda em outros consultórios ,escolheu a abordagem comportamental e conseguiu abri seu próprio consultoria a 1 ano ,que tem sido um desafio no empreendedorismo mas que tem compensado o esforço, ela me relatou ter um desejo de contribuir para formação de novos psicólogos por que o mercado estar escasso de profissionais competente e ético. 5 CAPÍTULO 01 Conforme DSM-V,2014 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil no qual a linguagem é o elemento central para pensarmos as relações entre dificuldades na interação social, as alterações de comportamento e prejuízo do brincar imaginário e simbólico, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais. Os indivíduos com Transtorno Autista podem apresentar uma serie de Sintomas comportamentais, incluindo hiperatividade, desatenção, impulsividade, agressividade, comportamentos auto agressivos e, particularmente, em crianças jovens, acessos de raiva. Respostas incomuns a estímulos sensoriais (ex: alto limiar para dor, hipersensibilidade aos sons ou a serem tocadas, reações exageradas à luz ou a dores, fascinação com certos estímulos) podem ser observadas, O autismo é uma condição permanente, isto é, acompanha o indivíduo por toda a vida, não tem cura. O TEA se refere a uma desordem Neurológica e uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e linguagem, e por uma série de estreita de interesses e m atividades que são únicas para o indivíduo e realizada de forma repetitiva (APA,1994). Observa-se um prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social, em como um déficit de linguagem, no qual variam de ausência total da fala, passando por atrasos na linguagem, além da compreensão reduzida de fala (DSM-V, 2014) Crianças com transtorno do aspecto autista podem apresenta sensibilidade sensorial e não gostam de sair da rotina, pôs qual quer mudança no ambiente podem causar gatilhos para crises ,Segundo Volkmar & Wiesner (2019), autismo e suas condições relativas são distúrbios que compartilham déficits significativos na interação social como sua principal característica definidora. Esse déficit social é bastante severo, e sua gravidade e seu início prelevam a mais problemas gerais e disseminados tanto na aprendizagem como na adaptação. Segundo BARBOSA. (2012) crianças com níveis severos, que praticamente se isolam em um mundo impenetrável; outras que não conseguem se 6 socializar com ninguém; e aquelas que apresentam dificuldades muito sutis, quase imperceptíveis para a maioria das pessoas, inclusive para alguns profissionais. [....] Transitar entre os diversos níveis de interação social dessas pessoas é um desafio para familiares e até terapeutas. (BARBOSA, 2012, p.41) a necessidade da psicoterapia e seu diagnóstico, além de atender as crianças, também orientar e oferecer aos familiares os devidos cuidados que é preciso ter, quando os pais recebem o diagnóstico sobre o TEA, infelizmente, em muitos casos, começam a ver a criança com outros olhos, pois existe apenas o autismo. Por isso é preciso, além da avaliação psicológica infantil na criança, também trabalhar com a família, pois assim é possível entregar um atendimento adequado a todos e é possível levar à diminuição dos riscos e aumentar as chances de um melhor prognóstico. Na abordagem psicanalítica existem pesquisas sobre o que vem a ser o autismo, não se caracterizando como estrutura clínica neurótica ou psicótico. Dentro da Psicanálise, a intervenção de pessoas com autismo vem apresentando resultados, significativos embora sua origem ainda não tenha causa específica ou definida (Gonçalves et al., 2017). Na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), nas considerações de é uma subárea da psicologia que trata das relações entre cognição e comportamento, possuindo um aparato técnico - teórico direto, breve e específico, direcionados a situação presente, com as demandas atuais (Assunção; Silva, 2019). Com relação ao autismo Conslini, Lopes e Lopes (20 19, p.38) “afirmam que a TCC apresenta resultados efetivo s para o TE A, porém, adaptações são indissociáveis e há a necessidade de maior compreensão da m manifestação de ansiedade n essa população. ” Conforme Lopes Neto e Murador (2020) é um desafio, geralmente a família busca resultados a curto prazo, porém o tempo do desenvolvimento e resultado deve ser de acordo com o da resposta da criança, relevante um olhar mais cuidadoso e atencioso, neste aspecto terapia necessita ser continua para ser eficaz no desenvolvimento. Considera-se também observar a criança e expandir o seu comportamento pró-social, sabendo que sua comunicação não se limita à expressão 7 verbas, ou seja, sentindo-se mais confiante, seu interesse se amplia, o que confirma seu potencial e a sua existência e só p ode ser expressa por condições convenientes. A ABA — sigla da língua inglesa para Applied Behavior Analysis — é uma ciência da aprendizagem que estuda os comportamentos humanos que são socialmente relevantes. Dessa forma, seu principal objetivo é entender, analisar e explicar as relações entre os comportamentos humanos com o ambiente e aprendizagem Para Tovar e Rodrigues (2017) a principal função da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é ensinar habilidades importantes de criança s com autismo nas seguintes áreas: a tenção, aceitar e expressar linguagem ,associação ,habilidades motoras boas e abrangentes, Jogos e entretenimento, socialização, autonomia, integração comunitária, escola e conhecimento escolar. 8 CAPÍTULO II A resolução do CFP 010/2022 qualifica a Psicoterapia como uma prática da/o psicóloga/o que promove a saúde mental e propicia condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos. A psicoterapia é uma forma de tratamento que visa ajudar as pessoas a lidar com problemas emocionais, comportamentais e de saúde mental. É um processo colaborativo entre o terapeuta e o paciente, no qual são explorados os pensamentos, sentimentos e comportamentos que estão causando sofrimento ou dificuldades na vida da pessoa. Souza e Juliani (2018) destacam que a psicoterapia para pacientes autistas sempre foi um desafio com base em vários métodos psicológicos, existem várias sugestões de intervenção, a análise comportamental, de enfoque e desenvolvimento aplicações sistemáticas, baseadas no pensamento filosófico que contribuíram para o tratamento do autismo. A combinação de diagnóstico médico e intervenção de análise do comportamento é uma ferramenta importante para lidar com os desafios enfrentados, mesmo sendo um desafio. A psicoterapia pode ser realizada individualmente, em grupo, em casal ou em família, dependendo das necessidades e preferências do paciente. O terapeuta atua como um guia e facilitador, fornecendo apoio emocional, oferecendo insights e ensinando habilidades de enfrentamento. Apesar da diversidade destas terapias todas compartilham do mesmo pressuposto teórico, ou seja, que mudanças terapêuticas acontecem na medida em que ocorrem alterações nos modos disfuncionais de pensamentos. Deakin e Nunes (2009), e Nunes, Silvares, Marturano, e Oliveira (2009) abordam a importância da realização de psicoterapia na infância com crianças que demandam tais serviços, na prevenção do desenvolvimento posterior de desordens mentais ou mesmo do agravamento dos sintomas. A importância da psicoterapia reside no fato de que ela oferece um espaço seguro e confidencial para as pessoas explorarem seus problemas e encontrar maneiras de superá-los. Ela pode 9 ajudar a melhorar a qualidade de vida, promover o autoconhecimento e fornece suporte emocional durante momentos difíceis. É importante ressaltar que a psicoterapia não é uma solução rápida ou mágica, mas sim um processo contínuo que requer tempo, esforço e comprometimento. Segundo a Resolução CFP nº 9/2022, em vigência, define a Avaliação Psicológica como um processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual, grupal ou institucional, com base em demandas 10 METODOLOGIA Minha observação foi basicamente não participantes pós o estágio ocorreu em um consultório de psicologia onde foi proposto pelo orientador observar diversos indivíduos em contextos diferentes, diálogos ocorreram bem breves, não houve interferências. As visitas aconteceram a parti da data 02/10/2023, de segunda a sexta das 11:00 da manhã as 16:00 a observação era feita na sala de espera onde só ficava um paciente por vez, a psicóloga da abordagem comportamental, faz um trabalho de psicoterapia em crianças de 5 a 10 anos com queixas escolares ou problemas familiares ou distúrbios já existentes como TEA, observei cerca de 2 a três atendimentos por dia lembrando que somente na sala de espera, no consultório eu não tive acesso. Cronograma de Observação em campo. Data Dia da semana Horários Tempo de Observação 02/10/2023 Segunda-feira 11:00 as 12:00 1 horas 05/10/2023 Quinta-feira 11:00 as: 16:00 5 horas 09/10/2023 Segunda-feira 11:00 as: 16:00 5 horas 10/10/2023 Terça-feira 11:00 as: 16:00 5 horas 11/10/2023 Quarta-feira 11:00 as: 16:00 5 horas 16/10/2023 Quinta-feira 11:00 as: 16:00 5 horas 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das leituras feitas e observações em campo para este trabalho, conclui- se de maneira a concordar com a importância, do profissional da área da Psicologia em se desconstruir e observar a partir de uma visão não poluída com o senso comum, a estuda e pesquisa meios de contribuir para uma área da psicologia com ética. Sendo uma importante maneira de aprendizado pessoal, profissional e técnico para uma futura colocação profissional, após a formação no curso de Psicologia. Vale ressaltar, que o estágio colabora para que a observação, o bom senso, o senso crítico, o respeito às regras, o trabalho em equipe, a ética profissional, entre outras qualidades são amplamente apuradas com a execução do estágio Percebe-se, portanto, que a prática de observação exige estudo, cientificidade, além de precisar de práticas para melhor desenvolvimento. A partir dos métodos citados nos relatórios de observação e neste presente relatório final, pode- se direcionar a uma prática mais assertiva e que condiz com os princípios tanto da ciência, quanto da Psicologia, como ciência, prática e profissão. A observação é uma prática que pode ser utilizada pelo estudante de psicologia e pelo profissional de psicologia. Neste estágio, pode-se aprender observar de forma adequada e cientifica os comportamentos humanos, neste especificamente, o comportamento da criança com TEA. Podemos enaltecer a importância de se praticar tudo a aquilo que é proposto em sala de aula por um orientador capacitado objetivo é claro quando um profissional se dispõem a orientar o estágio desta forma, conduz para que o estágio seja concluído com materialização de competências enfatizando ainda mais habilidades adquiridas no de corre do estágio, na transferência de conhecimento. A experiência de estágio em um consultório pode parecer rasar inicialmente, até por que o acesso as outras questões dos pacientes/clientes dentro do consultório não teve acesso por quentão ética, a observação foi feita na recepção, ao observar as características de cada acontecimento e seus envolvidos foi peculiar e teve sua importância para o desenvolvimento do estágio em si, atendeu as necessidades de sua proposta, tendo como ponto positivo a possibilidade de observar antes do atendimento como cada um se comportava antes da consulta, em vista que estava em fase inicial de aprendizado sobre ao observação. 12 Conclui-se que o lugar proposto ao estágio, é alvo de uma vasta possibilidade de atuação do psicólogo clinico em diversas abordagem, ao realizar o estágio tive contato com diversas pessoas em contexto diferentes, portanto, a criatividade e o desenvolvimento de estratégias de intervenções estimulados, entre eles também podemos ver controversas ,o relacionamento interpessoal do paciente ou cliente com as pessoas em seu convívio inclusão social, das crianças com síndrome DOWN oTDAH , transtorno do espectro autista TEA ,a importância da psicoterapia entre outros conforme descritos em relatórios do estágio em questão neste trabalho. Durantes o estágio pude perceber minha evolução também nas escritas e elaborações de relatórios, o meio de pesquisa para embasamento teórico em uma junção de pratica com teoria. 13 REFERÊNCIAS APA (American Psychiatry Associat ion). D diagnostica and. Estatística Manual off Mental desordens - DSM-5. 5th ed. Washi ngton: American Psychiatric Associat ion, 2013. Associação Psiquiátrica Americana (1995). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais -DSM-IV (Dayse Batista, Trad.). Porto Alegre, Artes Médicas. ASSUNÇÃO,WildsonCardoso;SILVA,JeannBrunoFerreirada.Aplicabilidadedas técnicasdaterapiacognitivo-comportamentalnotratamentodedepressãoeansiedade. RevistaEducação,PsicologiaeInterfaces,v.3,n.1,2019,p.77-94.Disponívelem: <https://educacaoepsicologia.emnuvens.com.br/edupsi/article/view/113>Acessoem:2 outubro. 2023. BARBOSA, A.B.S.; GAIATO, M.B.; REVELES,L .T. Mundo Singular: Entenda o Autismo. Rio de Janeiro: Fontanar, 2012. Cartilha do psicólogo disponível em https://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha- avaliacao-psicologica-2022/.acessado em 04 de novembro 2023. CONSOLINI, Marília; LOPES, Ederaldo José e LOPES, Renata Ferrarez Fernandes.Terapia Cognitivo-comportamental no Espectro Autista de Alto Funcionamento: revisão integrativa. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2019, vol.15, n.1, pp. 38-50. ISSN 1808-5687. http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20190007. Deakin e Nunes (2009), Silvares https://www.scielo.br/j/rprs/a/bnwhT7XMW66k6PpPPfcttTn/?format=pdf&lang=pt.ace ssado em 15 de Outubro,2023. GONCALVES, Amanda Pilosio et. al. Transtornos do espectro do autismo e psicanálise: revisitando a literatura. In: Tempo psicanal. Vol. 49, Núm. 2. P. 152-181. Rio de Janeiro, DEZ. 2017. JERUSALINSKY, A. (orgs). Et al. O Livro Negro da Psicologia Contemporânea.São Paulo: Via Lettera, 2011 Lopes, N. M. A; Murador, F. S. (2020). Ludoterapia e a criança autista versus a abordagem centra da na pessoa. Revista Acadêmica-online. http://files.revista- academica-online.webnode.com/200000678-801c8801cb/artcient22082020.pdf. https://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha-avaliacao-psicologica-2022/.acessado https://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha-avaliacao-psicologica-2022/.acessado 14 MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAISextension DISPONIVEL EM://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.institutopebioetica.com.br/docu mentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-transtornos-mentais-dsm-5.pd.acessado em 15 de Outubro,2023. Souza R. D. B.;Juliani, J. (2018). Psicologia e autismo. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, [Sol.], v. 29, n. 56,p. 139 -152, jul. 2018. ISSN 2596-2809.http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/194. Tovor, L. M. C; Rodriguez, S. A.L. (2017). Percepción de cuidadores y profesionalesenpsicología, frente al uso y efectividad de terapias basadasenel método aba (appliedbehavioranalysis) para eltratamiento de personas conautismo. Iberoamericanacorporacion universitária/traduzidoparaportugues. VOLKMAR, F.R.; WIESNER, L.A. (orgs). ROSA, S.M.M.da (trad). Autismo: Guia Essencial para Compreensão e tratamento. Porto Alegre: Artmed, 2019.
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