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LABORATÓRIO CONTÁBIL IV

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Prévia do material em texto

Conteudista
Prof. Me. Carlos Fuser
Revisão Textual
Aline de Fátima Camargo da Silva
Psicologia Aplicada
Sumário
Objetivos da Unidade ........................................................................................................... 3
Contextualização .................................................................................................................. 4
Psicologia do Trabalho e Organizacional ......................................................................... 9
Bem-estar e Saúde do Trabalhador ................................................................................. 10
Gestão de Recursos Humanos .......................................................................................... 11
Treinamento Comportamental ......................................................................................... 11
Desenvolvimento Gerencial ...............................................................................................12
Psicologia e Marketing .......................................................................................................13
Psicologia e Educação ....................................................................................................... 14
Psicologia do Desenvolvimento ........................................................................................16
Psicologia da Aprendizagem .............................................................................................17
Psicologia Escolar ................................................................................................................17
Psicologia e Saúde ...............................................................................................................19
Psicologia Clínica ................................................................................................................ 22
Psicologia Hospitalar .......................................................................................................... 22
Psicologia da Saúde ............................................................................................................ 23
Em Síntese ............................................................................................................................24
Material Complementar .................................................................................................... 25
Referências ........................................................................................................................... 26
3
Objetivos da Unidade
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender as diferentes aplicações do conhecimento desenvolvido pela 
Psicologia;
• Identificar os principais pesquisadores que contribuíram para a aplicação dos 
conhecimentos psicológicos em problemas específicos;
• Analisar a relevância da Psicologia do Trabalho como uma das áreas de aplica-
ção da Psicologia;
• Explorar as interações entre a Psicologia e outras áreas da vida humana, como 
Educação e Saúde, a fim de compreender como o conhecimento psicológico 
contribui para solucionar problemas nessas áreas.
4
Contextualização
Psicologia Aplicada é o nome que designa os diferentes campos de aplicação dos 
métodos, fundamentos e conhecimentos da Psicologia. Campos de aplicação da 
Psicologia são as diferentes áreas da vida humana em que a Psicologia encontra 
utilidade, contribuindo para a solução de problemas e para o desenvolvimento social.
Figura 1 – Trabalhos
Fonte: Acervo do conteudista
#ParaTodosVerem: há duas fotos, na primeira, um grupo de trabalhadores fazendo alongamentos; na segunda, 
uma professora, na mesa de seu aluno, auxiliando-o. Fim da descrição.
 
Nesta Unidade estudaremos a Psicologia aplicada à área do Trabalho e da produ-
ção empresarial, chamada de Psicologia do Trabalho e Organizacional. Estudaremos, 
igualmente, a Psicologia da Educação e a Psicologia aplicada à área da Saúde.
VOCÊ SABE RESPONDER?
Como o estudo das diferentes aplicações do conhecimento desenvolvido pela 
Psicologia pode contribuir para uma compreensão mais abrangente da relevân-
cia da Psicologia do Trabalho como uma das áreas de aplicação?
5
Figura 2 – Médico
Fonte: Freepik
 
Com as contribuições da Psicologia, é a sociedade como um todo que se desenvol-
ve, encontrando caminhos para relações sociais mais saudáveis, o bem-estar e um 
trabalho mais humanizado.
Reflita
A Psicologia é, ao mesmo tempo, uma ciência básica e uma ci-
ência aplicada. Mas o que isso quer dizer? Convém que você 
entenda a diferença entre a ciência básica, ou seja, a ciência 
pura, sem preocupações relacionadas às aplicações práticas, e 
a ciência aplicada, isto é, a aplicação prática dos conhecimentos 
produzidos pela ciência.
É chamada de ciência básica (ciência pura ou ciência fundamental) a pesquisa cien-
tífica que não tem interesses imediatos. Ela é motivada pela busca da verdade e pelo 
avanço das fronteiras do conhecimento humano.
É chamada de ciência aplicada, a aplicação dos conhecimentos científicos na solu-
ção de um problema prático ou para um determinado fim utilitário.
6
Não se trata de duas ciências separadas. As ciências básica ou aplicada são apenas 
objetivos diferentes da mesma ciência. Os fundamentos, métodos e conceitos são 
os mesmos. As expressões básica e aplicada especificam o tipo de estudo que está 
sendo feito: se é voltado para ampliar os horizontes do conhecimento, aprofundan-
do algum aspecto dos fundamentos de determinada ciência é chamada de ciência 
básica; se é voltado para a aplicação prática dos conhecimentos fundamentais solu-
ção de algum problema, é chamado de ciência aplicada.
Não existe ciência aplicada sem ciência básica. Por outro lado, a pesquisa 
aplicada à busca de soluções para questões práticas traz, o tempo todo, 
novas descobertas, novas ideias, novos problemas e novos dados, contri-
buindo para o desenvolvimento dos próprios fundamentos da ciência.
 
Embora a ciência básica não traga retornos imediatos, em termos de resultados so-
ciais ou econômicos, é ela que fornece os fundamentos sobre os quais a pesquisa 
aplicada pode desenvolver sua prática utilitária. Por isso, não há desenvolvimento de 
aplicações científicas se não existir o domínio dos fundamentos em que uma deter-
minada Ciência se constrói e se desenvolve.
Pode demorar muitos anos até que seja encontrada, para uma nova descoberta em 
ciência pura, uma aplicação prática. E pode até ocorrer o caso de que alguma des-
coberta científica jamais apresente um desdobramento utilitário. Mas, a ampliação 
dos horizontes do conhecimento proporcionado por uma nova descoberta poderá 
trazer, de modo totalmente imprevisto, desdobramentos práticos e utilitários.
É impossível prever qual descoberta, na pesquisa científica básica, poderá trazer ou 
não aplicações práticas. Mas, se a pesquisa científica fosse a cada momento se indagar 
pelas possíveis aplicações práticas de suas investigações, ela jamais poderia avançar!
Por isso, os pesquisadores em ciência básica devem estar voltados para a ampliação 
dos horizontes do conhecimento, de modo desinteressado. Mas, sem eles, sem a 
pesquisa em ciência básica, não será possível o desenvolvimento da ciência aplica-
da, com seus resultados utilitários, sociais ou econômicos.
7
A ciência aplicada, em muitos casos, pode se desenvolver nos departa-
mentos de Pesquisa & Desenvolvimento das grandes empresas, especial-
mente, quando suas pesquisas têm aplicação direta no desenvolvimento 
de novas tecnologias e novos produtos.
Ciência Aplicada
A ciência básica, no entanto, deve ser desenvolvida nas Universidades e 
precisa de financiamentogovernamental, já que ela é interesse de toda 
a sociedade, mas, sem gerar retorno imediato, não pode sustentar seus 
custos. A pesquisa em ciência básica é indispensável, mas não pode ser 
medida em termos de resultados financeiros!
Ciência Básica
No caso da Psicologia, especialmente de suas aplicações nas áreas Social, da Saúde 
e da Educação, também a pesquisa em Psicologia aplicada precisa receber financia-
mento governamental, pois seus resultados não geram produtos para o comércio, 
mas sim, benefícios de ampla utilização pública e social. Por isso, existem progra-
mas de financiamento, com verbas públicas, para as pesquisas empreendidas nas 
Universidades.
8
Figura 3 – Psicologia
Fonte: Getty Images
A Psicologia é uma ciência básica, mas também é uma ciência aplicada. A aplicação dos 
métodos e conhecimentos da ciência básica Psicologia na solução dos diversos problemas 
do cotidiano, seja na esfera individual, no campo social como no mundo dos negócios, é 
chamada de Psicologia Aplicada. Hoje em dia, em praticamente todas as atividades profis-
sionais, há o uso de seus conhecimentos.
Na realidade, constantemente utilizamos conceitos da Psicologia Aplicada, pois o 
seu objetivo é contribuir para atender às necessidades dos diversos aspectos da vida 
social. Ademais, ela A Psicologia Aplicada abrange várias especialidades e campos 
de pesquisa, adaptando-se a diferentes setores ou áreas da vida, na qual é utilizada 
como fonte de soluções e propostas.
Essas áreas são, de um modo geral:
Trabalho 
Psicologia do Trabalho, Psicologia Organizacional e Industrial, Psicologia 
Ocupacional da Saúde.
9
As áreas da Psicologia Aplicada que iremos estudar são exatamente as três primeiras: 
Trabalho, Educação e Saúde. A importância dessas três áreas de aplicação da Psi-
cologia, dá-se principalmente pela influência que elas exercem em nosso cotidiano.
Psicologia do Trabalho e 
Organizacional
A Psicologia do Trabalho e Organizacional estuda o comportamento dos indivíduos 
e dos grupos no ambiente de trabalho. É uma aplicação bastante diversificada e tem 
por objetivos obter melhores resultados dos funcionários e orientar as organizações 
na prevenção de problemas de saúde.
Os conhecimentos em Psicologia do Trabalho e Organizacional são fundamentais 
para os profissionais de todas as áreas. Dentre as áreas abordadas pela Psicologia do 
Trabalho, algumas são: saúde do trabalhador e gestão de recursos humanos.
Saúde 
Psicologia Clínica, Psicologia Hospitalar e Psicologia da Saúde. 
Educação 
Psicologia da Educação e Psicologia Escolar.
Social 
Psicologia Comunitária, Psicologia Social, Psicologia de Aconselhamento. Além 
disso, há áreas de aplicação bem específicas, tais como a Psicologia Jurídica, a 
Psicologia do Tráfego e a Psicologia dos Desportos, além de aplicações que se 
desenvolveram há pouco tempo, como a Psicologia Ambiental.
10
Bem-estar e Saúde do 
Trabalhador
A Psicologia do Trabalho e Organizacional lida, entre outros temas, com a prevenção 
e a promoção de saúde do profissional em seu ambiente de trabalho, considerando a 
subjetividade dos indivíduos, porém sem perder o foco dos objetivos organizacionais.
Nesse aspecto, os conhecimentos em Psicologia Organizacional, ajudam a identi-
ficar situações presentes ou potenciais de estresse, desgaste físico ou emocional, 
desânimo e falta de motivação e clima psicossocial desfavorável à saúde ou à pro-
dutividade, orientando as decisões dos administradores na adoção de medidas cor-
retivas ou preventivas.
Figura 4 – Sala de terapia
Fonte: Getty Images
 
Muitas horas de trabalho contínuo podem trazer estresse, fadiga, mau humor, além 
de comprometer a qualidade do trabalho. Diante dessas situações, a Psicologia do 
Trabalho recomenda a introdução de atividades de lazer ou relaxamento, antes e em 
intervalos da jornada de trabalho. Uma das medidas que mais têm se multiplicado 
é a adoção de programas de qualidade de vida no trabalho, que têm por finalidade 
reter talentos e aumentar a produtividade dos funcionários.
11
Gestão de Recursos Humanos
Na Gestão de Recursos Humanos, a Psicologia auxilia tanto no recrutamento e se-
leção de pessoal, quanto no acompanhamento do trabalhador durante o período 
de experiência. Cuida, igualmente, do apoio e gerenciamento ao desenvolvimento 
desse profissional dentro da organização.
Nos processos de recrutamento e seleção de pessoal a Psicologia pode auxiliar na 
escolha do profissional mais adequado para o desempenho das funções na empresa. 
Para isso, utiliza-se técnicas específicas, tais como: entrevista pessoal, dinâmicas 
de grupo, testes psicológicos e inventário de interesse.
O acompanhamento do funcionário no período de experiência, também pode ser 
auxiliado pela Psicologia do Trabalho, que pode desempenhar o papel de responsá-
vel por integrar o novo colaborador na organização. Esse trabalho de integração do 
novo empregado inclui orientações quanto a missão, a visão e a cultura da organi-
zação em que ele está ingressando. E também busca adaptá-lo ao seu setor e aos 
seus colegas de trabalho.
Treinamento Comportamental
O desenvolvimento de pessoal também pode ser auxiliado pela Psicologia do Tra-
balho, que assume a responsabilidade de agenciar a formação, especialmente no 
treinamento comportamental.
O treinamento comportamental é uma 
atividade importante dentro das moder-
nas organizações. Ele visa orientar os fun-
cionários no sentido de apresentarem, 
no dia-a-dia de seu trabalho, uma postu-
ra, atitude e comportamento adequados 
aos objetivos da organização. Também, 
ele tem o objetivo de prevenir ou supe-
rar os problemas de relacionamento in-
terpessoal entre os empregados.
12
Desenvolvimento Gerencial
Além disso, existe toda uma ampla especialidade do treinamento voltada aos exe-
cutivos e gerentes. Administrar uma organização ou algum setor empresarial, é uma 
atividade cada vez mais complexa.
Importante
As funções básicas de gerência – como planejar, organizar, dirigir e 
controlar – são intensamente afetadas pelas mudanças na menta-
lidade e no comportamento das pessoas, exigindo dos administra-
dores muito mais do que autoridade e conhecimento do negócio. 
Flexibilidade, liderança e sensibilidade são cada vez mais necessários 
para motivar, integrar e dinamizar uma equipe de funcionários.
Somam-se a isso, a complexidade dos sistemas produtivos e administrativos, a di-
nâmica do relacionamento com os clientes, as ameaças advindas da concorrência e 
a variabilidade do contexto socioeconômico.
Desse modo, atualmente, cada vez mais, torna-se necessário para executivos e ge-
rentes a compreensão do comportamento individual e dos grupos em situação de 
trabalho, o entendimento das variáveis que afetam os indivíduos em situação de 
trabalho, as habilidades de relacionamento humano em alto grau de refinamento, 
além de capacidade de estimular o desenvolvimento dos funcionários.
Liderar equipes exige compreender o comportamento das pessoas e as in-
terações de grupos, administrar conflitos, lidar adequadamente com suas 
emoções e com as dos outros, conduzir reuniões de trabalho produtivas, 
além de orientar o comportamento dos integrantes da equipe no sentido 
dos resultados desejados. No entanto, sabemos que há gerentes que não 
possuem essas habilidades e, acarretando situações de estresse e conflito 
desnecessários, acabam por prejudicar a produtividade da equipe.
Cursos específicos para gerentes empresariais utilizam conhecimentos da Psicolo-
gia a fim de desenvolver as habilidades necessárias na liderança e gerenciamento de 
grupos. Além disso, a Psicologia Organizacional desenvolveu conhecimentos espe-
cíficos acerca dessas questões, que se constituem em relevantes ferramentas de 
apoio à liderança, gerenciamento e administração de equipes.
13
Em Síntese
Uma conclusão fundamental da Psicologia, com aplicação dire-
ta na administração, é que a qualidade das nossas relações com 
as pessoas e a eficácia do nosso trabalho depende,em grande 
parte, da nossa capacidade de perceber e compreender ade-
quadamente, no dia-a-dia, o comportamento dos outros.
E mais ainda presentemente, em que as interações sociais e interpessoais se tornam 
mais complexas. Preparar gerentes, executivos, coordenadores, supervisores e líde-
res de equipe para essa realidade é o papel do Desenvolvimento Gerencial, área que 
utiliza, bastante, os conhecimentos da Psicologia. 
 
Psicologia e Marketing
Há, igualmente, no campo da aplicação dos conhecimentos da Psicologia nas orga-
nizações empresariais, um conjunto de conhecimentos chamados de Psicologia do 
Marketing ou Psicologia do Consumidor.
Na Psicologia aplicada aos negócios e ao comércio, o comportamento e os proces-
sos psíquicos são estudados considerando o indivíduo como consumidor de produ-
tos e serviços. Nesse âmbito, ela contribui estudando hábitos, preferências, desejos, 
expectativas, modos de pensar, crenças e atitudes envolvidos na aquisição de bens 
ou contratação de serviços no mercado.
Com esses conhecimentos, a Psi-
cologia aplicada ao Marketing tem 
importância nas áreas de Desenvol-
vimento de Produtos, Planejamen-
to de Vendas e Atendimento ao 
Consumidor. A escolha de nichos 
de mercado, supervisão de vendas 
e criação publicitária, também, são 
atividades em que conhecimentos 
da Psicologia se fazem úteis.
14
Psicologia e Educação
As pesquisas em Psicologia da Educação se fundamentam na certeza de que a Edu-
cação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a utilização adequada dos 
conhecimentos psicológicos.
Figura 5 – Sala de aula
Fonte: Freepik
 
A Psicologia aplicada à Educação se preocupa em usar os princípios e informações 
que essa ciência oferece a respeito do comportamento humano e dos processos 
mentais, a fim de facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
Para tanto, ela estuda o modo pelo qual os alunos aprendem e se desenvolvem. Bus-
ca compreender o estudante, suas necessidades e características individuais, levan-
do em conta os aspectos emocionais, intelectuais, físicos e sociais.
15
Figura 6 – Professor
Fonte: Freepik
 
Dessa maneira, contribui para que o professor compreenda o processo de ensino- 
aprendizagem, os fatores que facilitam ou prejudicam esse processo, além das vá-
rias formas pelas quais o discente pode aprender.
Além disso, as relações entre aluno e docente, bem como entre os estudantes, tam-
bém são objetos de estudo da Psicologia da Educação.
Alguns componentes da Psicologia Aplicada à Educação são:
• Compreensão do processo de ensino-aprendizagem;
• Cognição;
• Características da aprendizagem;
• Etapas do processo de aprendizagem;
• Tipos de aprendizagem;
• Teorias da aprendizagem;
• Aprendizagem criativa;
• Fatores que prejudicam a aprendizagem;
• Avaliação da aprendizagem.
A Psicologia aplicada à Educação busca contribuir para que os educadores tenham 
maior compreensão de suas dificuldades e mais instrumentos para superá-las. As-
sim, ela apresenta três áreas de pesquisa, a saber: Psicologia do Desenvolvimento; 
Psicologia da Aprendizagem; e Psicologia Escolar.
16
Psicologia do Desenvolvimento
Estuda o desenvolvimento dos processos ou funções psicológicas humanas.
Glossário
Psicologia do Desenvolvimento
A Psicologia do Desenvolvimento estuda, principalmente, o modo 
como se desenvolvem a cognição (os processos mentais liga-
dos ao conhecimento, à memória e ao raciocínio), a motricidade 
(movimentos), a afetividade (sentimentos e emoções), a sociabi-
lidade (os processos psicológicos envolvidos no relacionamento 
social, os modos de se relacionar com o outro e com o mundo 
social) e a percepção (os modos de perceber o mundo pelos sen-
tidos, como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar).
O estudo do desenvolvimento desses processos psicológicos é considerado bastan-
te essencial para a Educação, porque nós não nascemos com um tipo de comporta-
mento já definido, nem com as características psicológicas já estabelecidas.
O desenvolvimento se inicia com base em 
processos de origem orgânica, corporal, 
chamados reflexos, que são semelhantes 
em todos os indivíduos saudáveis. Mas as 
características psicológicas do sujeito se 
constituem em um complexo processo de 
interações com os outros, com a cultura e 
com as situações que se apresentam em 
sua vida. Nessas interações, o sujeito age 
sobre o mundo conforme suas intenções e 
sua compreensão, ao mesmo tempo, em 
que as situações do ambiente exercem in-
fluência sobre ele, impondo sempre seu 
posicionamento diante delas.
São considerados os principais teóricos da Psicologia do Desenvolvimento: Piaget, 
Skinner, Vygotsky e Wallon.
17
Psicologia da Aprendizagem
Estuda como o sujeito se apropria do conhecimento existente no ambiente social 
em que vive. O conhecimento existe no mundo social, na cultura de uma sociedade. 
Esse conhecimento, embora seja transformado a cada momento, tem também um 
aspecto de continuidade.
Os integrantes das novas gerações, as crianças e os jovens, precisam se apropriar 
do conhecimento já existente, para que possam fazer parte da sociedade e nela ter 
participação plena. Isso inclui a compreensão dos significados dos objetos, hábitos, 
comportamentos, instituições, tradições e relações existentes na sociedade. A apro-
priação desse conhecimento social pelas crianças e jovens, e também pelos adultos, 
é chamada de aprendizagem.
O ato de aprender não é reprodução ou cópia mental. Apropriar-se do co-
nhecimento envolve complexos processos mentais de compreensão dos 
significados. E engloba, igualmente, atribuição de sentidos, ou seja, cons-
tituição de relações subjetivas, pessoais, com o que está sendo aprendido: 
atribuição de valor, importância, gosto, utilidade e expectativas.
Por isso, temas como interesse, atenção, raciocínio, memorização, afetividade, mo-
tivação, conhecimentos anteriores, experiência pessoal, expectativas e interação 
entre os alunos também são estudados pela Psicologia da Aprendizagem.
Além de Piaget, Skinner, Vygotsky e Wallon, já citados anteriormente e cujas pesqui-
sas também têm importante repercussão nos estudos da aprendizagem, são impor-
tantes autores da Psicologia da Aprendizagem: Jerome Bruner, Ausubel, Carl Rogers, 
Maslow, Gardner, Leontiev, Alexander Luria, Emilia Ferreiro.
Psicologia Escolar
A Psicologia Escolar estuda as relações entre os diferentes sujeitos na instituição 
escolar, como a relação professor-aluno, as relações entre os próprios discentes e 
as relações de estudantes, docentes e funcionários entre si. Ela estuda o comporta-
mento e a subjetividade de todos os envolvidos no ambiente escolar, como os alu-
nos, os professores, o diretor, o coordenador pedagógico, os funcionários da escola 
e os familiares dos estudantes.
18
Estuda, também, as relações entre a escola e a sociedade, incluindo valores, objeti-
vos e expectativas sociais em relação à escola e a sua influência junto aos integran-
tes da comunidade escolar.
Questões como fracasso escolar, violência, indisciplina, preconceitos e discrimina-
ção na escola são alguns dos temas de estudo da Psicologia Escolar. Além desses 
temas, de discussão bastante ampla na sociedade, questões de menor repercussão, 
mas de grande importância também são estudadas, tais como: violência física e 
moral contra os alunos e relacionamento entre escola e família, são alguns exemplos 
das situações complexas e polêmicas estudadas pela Psicologia Escolar.
Alguns autores relevantes para a Psicologia Escolar são: Georges Snyders, Pierre 
Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Makarenko, Justa Ezpeleta, Elsie Rockwell, Ana 
Maria Poppovic, Barbara Freitag e Maria Helena Souza Patto.
A Psicologia da Criança – A atualização 
do conhecimento sobre a psicologia 
infantil após Jean Piaget 
Olivier Houdé 
SINOPSE - Novas descobertas sobre 
o desenvolvimento do cérebro e da in-
teligência modificaram profundamen-
te os nossos conhecimentos sobre a 
Psicologia da Criança; a partir de ex-
periências simples que cada um pode 
realizar emcasa ou na escola, utilizan-
do em simultâneo o contributo das 
ciências cognitivas acerca do bebê, 
da criança e do adulto, A Psicologia da 
Criança explica com clareza como se 
constrói a cognição humana. Do mes-
mo passo que presta homenagem à 
obra de Jean Piaget, o maior psicó-
logo da criança do século XX, Olivier 
Houdé passa em revista a sua teoria e 
propõe uma concepção nova do de-
senvolvimento da inteligência.
19
Psicologia e Saúde
Diversas são as definições de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS), enti-
dade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) define saúde como “um esta-
do de perfeito bem-estar físico, mental e social”.
Essa definição é criticada por alguns pesquisadores. Segre & Ferraz (1997), da Facul-
dade de Medicina da USP, afirmam se tratar de uma definição irreal, pois a idéia de 
“perfeito bem- estar”, além de ser impossível de definir, entra em contradição com a 
própria vida, cheia de conflitos, desafios e dificuldades que, não apenas não podem 
ser evitados, mas, muitas vezes, ajudam a dar sentido à existência.
Figura 7 – Psicologia e saúde
Fonte: Freepik
 
Boorse (EUA) definiu saúde como ausência de doença: “a saúde de um organismo 
consiste no desempenho da função natural de cada parte” (BOORSE apud ALMEI-
DA; FILHO; JUCÁ, 2009, n.p.).
Esse conceito, por sua vez, não é aceito por muitos pesquisadores da área da Saú-
de, seja por não considerar a totalidade integrada do organismo, seja por desconsi-
derar as relações sociais, a cultura, a linguagem e a subjetividade, que dão sentido 
às práticas humanas.
20
Há uma permanente interação entre o sujeito e o ambiente social em que ele vive. Por 
isso, a promoção da Saúde deve considerar, em interação com as condições físicas 
e biológicas do corpo, a atuação de diferentes fatores, como: as expectativas sociais 
em relação à Saúde (fatores culturais); a intencionalidade, os processos mentais e 
o comportamento do sujeito (fatores subjetivos ou psicológicos); e a influência do 
meio ambiente, conforme a situação social (fatores sociais e situacionais).
Nessa perspectiva, o conceito de saúde deve ser pensado no contexto do 
mundo social e da cultura, além de considerar o sujeito como totalidade, 
isto é, sem separar o aspecto biológico dos fatores sociais e psicológicos.
Lennart Nordenfelt, professor de Filosofia da Medicina na Suécia, definiu a saúde como 
um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as 
circunstâncias (FULFORD; KHUSHF; NORDENFELT, 2001). A expressão “dadas as cir-
cunstâncias” fornece a devida relativização, para que predomine uma noção utópica 
de saúde condicionada a uma impossível realização de todos os desejos.
De modo semelhante, para o Escritório Regional Europeu da OMS (1986) saúde é a 
capacidade do indivíduo ou grupo realizar aspirações, satisfazer necessidades e 
lidar com o meio ambiente. Esse é um conceito bastante abrangente e completo, o 
qual considera que a realização das aspirações e a satisfação das necessidades de-
vem ser consideradas, mas não são absolutas, pois estão ligadas ao meio ambiente 
e ao modo como o sujeito ou o grupo social lida com o meio ambiente em que vive.
Atualmente, devemos considerar que 
falar em promoção da saúde implica 
em pensar o homem como totalidade, 
isto é, como um ser que é, ao mesmo 
tempo, biológico (corpo), psicológico 
(mente, comportamento, intenciona-
lidade, bem- estar), cultural (valores 
e expectativas próprios da cultura em 
que vive) e social (condições do meio 
ambiente e da situação).
21
De acordo com essas definições, a Psicologia tem importância ainda maior 
para a saúde, por considerar o sujeito (seus processos mentais e seu com-
portamento) nas relações com o meio ambiente.
A Psicologia Aplicada à Saúde está presente em todos os setores da vida moder-
na. Quando falamos de estresse, fadiga ou mesmo mau humor, podemos inserir 
também na conversa, aspectos da Psicologia voltados à busca da preservação ou 
recuperação da saúde.
E saúde envolve alimentação, lazer e prática de exercícios, entre outros as-
pectos, mas também saúde mental, prazer de viver e de estar com os outros.
Existe, igualmente, uma relação entre saúde mental e produtividade, quer no traba-
lho, quer no desenvolvimento acadêmico. Portanto, o acompanhamento da Psico-
logia da Saúde, procurando reduzir situações de ansiedade, pressões e conflitos é 
essencial para a obtenção dos objetivos das organizações empresariais e das insti-
tuições de ensino.
Alguns temas ligados à aplicação da Psicologia na área da Saúde são:
• Sofrimento psíquico;
• Caracterização do normal e do patológico;
• Somatização;
• Psiquiatria social;
• Promoção da saúde mental.
Na abordagem desses diversos temas, a Psicologia aplicada à área da Saúde tem se 
desdobrado em diversos campos de aplicação ou de pesquisa. Destacamos aqui, a 
Psicologia Clínica; a Psicologia Hospitalar; e a Psicologia da Saúde.
22
Psicologia Clínica
A Psicologia Clínica envolve o estudo e o atendimento do indivíduo em seus diferen-
tes problemas psíquicos e comportamentais, como ansiedade, depressão, estresse, 
fobias (medos) e todas as situações que envolvem sofrimento psíquico (por exem-
plo, vergonha, timidez, crise conjugal etc.).
Dificuldades de aprendizagem, crises familiares e traumas psicológicos são também 
situações que recebem estudos e práticas terapêuticas da Psicologia Clínica.
Os psicólogos clínicos efetuam o 
diagnóstico de problemas emocio-
nais, distúrbios do comportamen-
to, perturbações da personalidade 
e psicopatologias, atuando no tra-
tamento e acompanhamento des-
sas situações. Eles atuam também 
no aconselhamento psicológico, 
na atenção, cuidado e ajuda em si-
tuações de sofrimento emocional, 
dificuldades de relacionamento ou 
problemas comportamentais. 
Psicologia Hospitalar
A Psicologia Hospitalar é um campo de conhecimento e tratamento dos aspectos 
psicológicos ligados ao adoecimento (como crenças, conflitos, medos, pensamen-
tos); envolve o estudo e tratamento interdisciplinar da somatização (sintomas físi-
cos ligados à sofrimento psíquico); e, também, questões ligadas ao relacionamento 
do paciente e seus familiares com a equipe médica e com o ambiente hospitalar.
23
Psicologia da Saúde
A Psicologia da Saúde busca a prevenção de doenças mentais e atua na busca do 
bem-estar social.
Ademais, ela se relaciona com a Psicologia Social, Comunitária, do Trabalho, Organi-
zacional e Hospitalar; almejando a construção de estratégias sociais, institucionais, 
organizacionais e de política pública de Saúde que evitem e amenizem as conse-
quências de doenças mentais.
Exemplos de atividades que podem envolver a Psicologia da Saúde são os grupos 
de prevenção a comportamentos de risco (orientações sobre doenças sexualmente 
transmissíveis, prevenção e combate ao alcoolismo e ao tabagismo, entre outros); 
reabilitação de pacientes com deficiências físicas e orientação a idosos (envelheci-
mento saudável, prevenção a doenças da velhice, sexo na terceira idade etc.).
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Em Síntese
Não é difícil perceber que as diferentes áreas de aplicação da Psicologia não se cons-
tituem em campos totalmente separados. Ao contrário, as diferentes aplicações, 
muitas vezes, misturam-se e sobrepõem-se. Por exemplo, a atuação de psicólogos 
no sentido de promover boas relações humanas no ambiente de trabalho pode ser 
feita tanto pela Psicologia Organizacional como pela Psicologia da Saúde. O que 
pode mudar são os objetivos e as referências teóricas.
A Psicologia pode ser aplicada a diversas áreas de nossas vidas. O profissional que 
lida diretamente com pessoas, independente de sua área de atuação ou de seu nível 
hierárquico, deve estar atento às implicações da Psicologia em sua área de trabalho. 
Assim, poderá utilizar conhecimentos da Psicologia científica para ampliar sua com-
preensão dos problemas que se apresentem em sua vida profissional.
E, também, poderá saber o momento em que se faz necessária a presença de um 
psicólogoque atue em uma das áreas da Psicologia aplicada.
Material Complementar
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Psicologia para Administradores: Integrando Teoria e Prática
FIORELLI, J. O. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. 
São Paulo: Atlas, 2006.
Como Gerenciar sua Saúde no Trabalho: Um Manual sobre o Estresse e 
as Queixas
LIMONGI-FRANCA, A. C.; RODRIGUES, A. L. Como gerenciar sua saúde no 
trabalho: um manual sobre o estresse e as queixas. São Paulo: STS, 1994.
Psicologia Social e Saúde: Práticas, Saberes e Sentidos
SPINK, M. J. P. Psicologia social e saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis: 
Vozes, 2004.
Introdução à Psicologia Escolar
PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 
1997.
Livros
Referências
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ALMEIDA FILHO, N.; JUCÁ, V. Saúde como ausência de doença: crítica à teoria funcio-
nalista de Christopher Boorse. Ciência & Saúde Coletiva, 7 (4):879, 889, 2002. Dispo-
nível em: <http:/ /www . scielo.br/pdf/csc/v7n4/14611.pdf>. Acesso em: 03/08/2009.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao es-
tudo de psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FIORELLI, J. O. Psicologia para Administradores: integrando teoria e prática. 4. Ed. 
São Paulo: Atlas, 2004.
FULFORD, K. W. M.; KHUSHF, G.; NORDENFELT, L. Health, Science and Ordinary 
Language. Leiden: Brill Publisher, 2001. 
HUFFMAN, K.; VERNOY, M.; VERNOY, J. Psicologia. São Paulo: Atlas, 2003. 
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Disponível em: <https:/ /bvsms . saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf>. 
Acesso em: 07/09/2023. 
PATTO, M. H. S. A Produção do Fracasso Escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1990.
PORTAL DO MARKETING. Psicologia em Marketing. Disponível em: <http:/ /www . portal-
domarketing.com.br/Artigos1/Psicologia_em_Marketing.htm>. Acesso em: 24/07/2009.
SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O Conceito de Saúde. Revista de Saúde Pública, vol 31, n. 
5, São Paulo, outubro de 1997. Disponível em: <http:/ /www . scielo.br/scielo.php?pi-
d=S0034-89101997000600016&script=sci_arttext>. Acesso em: 31/07/2009.

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