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Anna Karynna A. A. Rocha Neoplasias Carcinogênese é um processo de múltiplas etapas resultante do acúmulo de múltiplas alterações genéticas que coletivamente dão origem ao fenótipo transformado CARCINOGÊNESE Neoplasias CARCINOGÊNESE: A BASE MOLECULAR DO CÂNCER Câncer é uma doença causada por mutações que alteram a função de um subconjunto finito de 20 mil genes humanos Genes do câncer ou genes associados ao câncer Carcinogênese Genes do câncer são genes que são recorrentemente afetados por aberrações genéticas Carcinogênese Genes do câncer são genes que são recorrentemente afetados por aberrações genéticas Carcinogênese Genes do câncer são genes que são recorrentemente afetados por aberrações genéticas De onde vem as mutações que originam os genes do câncer? Carcinogênese - Genes do câncer são inúmeros - São divididos por categorias funcionais Oncogenes Genes supressores de tumor Genes que regulam a apoptose Carcinogênese Oncogenes - Induzem um fenótipo transformado quando expresso em células - São versões mutadas ou superexpressas de genes celulares normais, os quais são chamados de proto-oncogenes - Codifica fatores de transcrição, proteínas reguladoras do crescimento ou proteínas envolvidas na sobrevivência celular Carcinogênese Genes supressores de tumor - Impedem o crescimento descontrolado - Quando sofrem mutação ou se perdem de uma célula, permitem o desenvolvimento de fenótipo transformado Carcinogênese Genes que regulam a apoptose - Aumento da sobrevivência celular - Genes estão superexpressos nas células cancerosas Neoplasias CARCINOGÊNESE: UM PROCESSO DE MÚLTIPLAS ETAPAS Características do câncer Carcinogênese - Depois de iniciados, os cânceres continuam a sofrer seleção darwiniana; - Neoplasias malignas têm vários atributos fenotípicos, como crescimento excessivo, invasividade local e capacidade de formar metástases distantes; - Depois de um tempo, tumores se tornam mais agressivos e adquirem maior potencial maligno (progressão tumoral) Carcinogênese Até mesmo o mais maligno dos tumores tem origem monoclonal, no momento em que se torna clinicamente evidente que as células que o constituem podem ser extremamente heterogêneas. Neoplasias Quais são as propriedades características do câncer? (1)Autossuficiência nos sinais de crescimento; (2)Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento que controlam as proliferações celulares não neoplásicas, como a hiperplasia (3)Evasão da morte celular, permitindo que as células cancerosas sobrevivam sob condições que induzem apoptose em células normais; (4)Potencial replicativo ilimitado tornando, portanto, as células cancerosas imortais; (5)Desenvolvimento da angiogênese para sustentar o crescimento das células cancerosas; (6)Capacidade de invadir tecidos locais e disseminar-se para locais distantes; (7)Reprogramação das vias metabólicas — especificamente, uma alteração para a glicólise aeróbica, mesmo quando há abundante oxigênio (8)Capacidade de escapar do sistema imune Etapas da Carcinogênese (1)Autossuficiência nos sinais de crescimento; Os oncogenes levam a um crescimento anormal Vamos ver como é o crescimento normal? 1. Ligação de um fator de crescimento ao seu receptor específico na membrana celular. 2. Ativação transitória e limitada do receptor do fator de crescimento, que por sua vez ativa várias proteínas transdutoras de sinal no folheto interno da membrana plasmática. 3. Transmissão do sinal transduzido através do citosol para o núcleo por meio de segundos mensageiros ou de uma cascata de moléculas de transdução de sinal. 4. Indução e ativação de fatores reguladores nucleares que iniciam e regulam a transcrição do DNA. 5. Entrada e progressão da célula em um ciclo celular, acabando por resultar em divisão celular. Etapas da Carcinogênese * Relacionado ao ganho de função função que converte o proto-oncogenes em oncogenes I - Produção dos próprios fatores de crescimento (ação autócrina); (Ex. muitos glioblastomas secretam fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e expressam o receptor PDGF, e muitos sarcomas produzem tanto o fator de transformação de crescimento a (TGF-a) como o seu receptor) II - Ativação dos receptores de fatores de crescimento sem ligação desses fatores (mutação ou aumento da expressão); (Ex. do fator de crescimento epidérmico (EGF). ERBB1, o receptor EGF, é superexpresso em 80% dos carcinomas de células escamosas do pulmão) III - Descontrole da sinalização após ativação dos receptores de crescimento (também por mutação ou aumento de expressão). (Ex. RAS é o proto-oncogene mutado com mais frequência nos tumores humanos) (1)Autossuficiência nos sinais de crescimento; Nas células cancerosas.... Etapas da Carcinogênese (1)Autossuficiência nos sinais de crescimento; RAS é o oncogene mutado mais comum em tumores humanos RECEPTORES DE FATORES DE CRESCIMENTO SINALIZAÇÃO ATIVADA PELA LIGAÇÃO ENTRE FATORES DE CRESCIMENTO E SEUS RECEPTORES - > ATIVA O RAS QUANDO O RAS ESTÁ MUTADO OU SUPEREXPRESSO, NÃO PRECISA MAIS DA SINALIZAÇÃO ANTERIOR E A SINALIZAÇÃO POSTERIOR FICA SEMPRE ATIVADA Aproximadamente 30% de todos os tumores humanos contêm versões mutadas do gene RAS e a frequência é até maior em alguns cânceres específicos (p. ex., adenocarcinomas de pâncreas e cólon). Etapas da Carcinogênese (1)Autossuficiência nos sinais de crescimento; RAS é o oncogene mutado mais comum em tumores humanos Aproximadamente 30% de todos os tumores humanos contêm versões mutadas do gene RAS e a frequência é até maior em alguns cânceres específicos (p. ex., adenocarcinomas de pâncreas e cólon). A consequência final da sinalização através das oncoproteínas, como RAS, é inadequada e continua a estimulação de fatores de transcrição nucleares que impulsionam a expressão dos genes promotores do crescimento. Etapas da Carcinogênese (2) Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento Enquanto os genes codificam proteínas que promovem o crescimento celular, os produtos dos genes supressores de tumor aplicam freios à proliferação celular. Torna as células refratárias à inibição de crescimento e simula os efeitos promotores de crescimento dos oncogenes RELEMBRANDO..... O câncer é uma doença causada por mutações que alteram a função de um subconjunto finito de 20 mil genes humanos RELEMBRANDO..... O câncer é uma doença causada por mutações que alteram a função de um subconjunto finito de 20 mil genes humanos Etapas da Carcinogênese (2) Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento Gene do retinoblastoma (RB): primeiro gene supressor de tumor a ser descoberto Embora a perda de genes RB normais tenha sido descoberta inicialmente em retinoblastomas, a perda desse gene é uma característica bastante comum de vários tumores, incluindo câncer de mama, câncer de pulmão de células pequenas e câncer de bexiga Etapas da Carcinogênese (2) Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento RB é um gene regulador negativo-chave do ciclo celular, ou seja, aplica um “freio” à proliferação celular Sofre mutação perdendo a função, na carcinogênese Célula irá se proliferar continuamente, sem o freio Etapas da Carcinogênese (2) Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento O gene supressor de tumor codificador de p53, TP53, é um dos genes mutados com mais frequência em cânceres humanos Qual a função do p53? Quando há um estresse ele interrompe a atividade celular por três mecanismos. Interrupção da ativação do ciclo celular temporário (denominada quiescência) Indução da parada do ciclo celular permanente (denominada senescência) Deflagrando a morte celular programada (denominada apoptose) Etapas da Carcinogênese (2) Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento p53, TP53 Etapas da Carcinogênese p53, TP53 Mais de 70% dos canceres apresentam defeito neste gene Etapas da Carcinogênese(3) Evasão da morte celular - As células tumorais frenquentemente apresentam mutações em genes que regulam a apoptose - A evasão da apoptose ocorre por meio de mutações que desativam componentes da via intrinseca Etapas da Carcinogênese (3) Evasão da morte celular Quais são os componentes da apoptose alterados? Perda da função de TP53 Superexpressão de membros antiapoptoticos da família BCL2 Etapas da Carcinogênese Evasão da morte celular (apotose) https://youtu.be/8VSgOeJy4dQ Etapas da Carcinogênese (3) Evasão da morte celular Perda da função de TP53: - Amplificação de MDM2 (inibe p53) - Evita a resposta de BH3-only - Não haverá cascata apoptotica Superexpressão de membros antiapoptoticos da família BCL2: - Não haverá apoptose Etapas da Carcinogênese (4) Potencial replicativo ilimitado - A maior parte das células humanas normais tem a capacidade de 60-70 duplicações - Em seguida, as células perdem a capacidade de se dividir e entram em senescência. - Esse fenômeno é atribuído ao encurtamento progressivo dos telômeros nas extremidades dos cromossomos - Os telômeros curtos parecem ser reconhecidos pelo maquinário de reparo do DNA como rupturas na dupla fita do DNA, levando à interrupção do ciclo celular e à senescência, mediadas por TP53 e RB. Nas células mutadas, a via não homóloga que une as extremidades é ativada numa tentativa que é um último recurso para salvar a célula, unindo as pontas encurtadas de dois cromossomos Esse sistema de reparo ativado de maneira inadequada resulta em cromossomos dicêntricos que são postos de lado na anáfase, resultando em novas quebras na dupla fita do DNA. Etapas da Carcinogênese (4) Potencial replicativo ilimitado A resultante instabilidade genômica produz uma catástrofe mitótica, caracterizada por apoptose maciça. Se, durante a crise, uma célula conseguir reativar a telomerase, cessam os ciclos de ponte-fusão-quebra, e a célula é capaz de evitar a morte. Durante esse período de instabilidade genômica que precede a ativação da telomerase, podem se acumular numerosas mutações, auxiliando a célula a marchar em direção à malignidade. Etapas da Carcinogênese (5) Desenvolvimento da angiogênese Os tumores não pode aumentar além de 1-2 mm, a não ser que estejam vascularizados Os tumores necessitam de entrega de oxigênio e nutrientes A perfusão supre os nutrientes e o oxigênio necessários As células endoteliais recém-formadas estimulam o crescimento das células tumorais adjacentes pela secreção de fatores de crescimento, como fatores de crescimento semelhantes à insulina, PDGF A angiogênese tumoral é controlada pelo equilíbrio entre fatores pró-angiogênicos e inibidores Etapas da Carcinogênese (5) Desenvolvimento da angiogênese A angiogênese tumoral é controlada pelo equilíbrio entre fatores pró-angiogênicos e inibidores Fatores angiogênicos vencem Indutor: - fator de crescimento endotelial (VEGF) Inibidor: - trombospondina-1 (TSP-1) Etapas da Carcinogênese (5) Desenvolvimento da angiogênese Hipóxia Produção de uma variedade de citocinas pró- angiogênicas, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) Etapas da Carcinogênese (5) Desenvolvimento da angiogênese p53 Reprime a VEGF Perda da função de TP53 no tumor Liberação da VEGF Etapas da Carcinogênese (6) Capacidade de invadir tecidos locais Duas fases: I - Invasão da MEC II - disseminação vascular e realojamento das células tumorais Etapas da Carcinogênese (6) Capacidade de invadir tecidos locais I - Invasão da MEC - Moléculas adjacentes de E- caderina mantêm as células juntas - Inativação mutacional de genes da E-caderina Etapas da Carcinogênese (6) Capacidade de invadir tecidos locais I - Invasão da MEC - As células tumorais podem secretar enzimas proteolíticas por si mesmas ou induzir as células estromais (p. ex., fibroblastos e células inflamatórias) a elaborar proteases. Etapas da Carcinogênese (6) Capacidade de invadir tecidos locais I - Invasão da MEC - A própria matriz é modificada de maneira a promover invasão e metástase - Clivagem das proteínas da membrana basal, colágeno IV e laminina Etapas da Carcinogênese (6) Capacidade de invadir tecidos locais II - Disseminação vascular e realojamento das células tumorais Metástase (e angiogênese) https://youtu.be/eSwG5O_kiOQ Etapas da Carcinogênese (7) Reprogramação das vias metabólicas Etapas da Carcinogênese (7) Reprogramação das vias metabólicas Etapas da Carcinogênese (8) Capacidade de escapar do sistema imune A imunidade antitumoral desenvolve-se quando as células reconhecem antígenos tumorais e são ativadas. As células tumorais podem evadir das respostas imunes por meio da perda da expressão de antígenos ou moléculas do MHC ou pela produção de ligantes para receptores inibidores das células T e citocinas imunossupressoras. Cancer, How Cancer Starts, How Cancer Spreads, Where and Why, Animation https://youtu.be/GhfrHjBX5eA https://youtu.be/HU2sXd5H48Q Câncer - animação Agentes carcinogênicos O dano genético está no âmago da carcinogênese. Que agentes extrínsecos podem infligir tal dano? Agentes carcinogênicos Três classes de agentes carcinogênicos foram identificadas: (1) substâncias químicas, (2) radiação e (3) agentes microbianos Agentes carcinogênicos químicos Há mais de 200 anos, um cirurgião de Londres, Sir Percival Pott, atribuiu corretamente o câncer de pele escrotal dos limpadores de chaminés à exposição crônica à fuligem. Com base nessa observação, a Corporação de Limpadores de Chaminés Dinamarquesa resolveu que seus membros deviam se banhar diariamente. Havia uma substância carcinogênica na queima do carvão Agentes carcinogênicos químicos - Os agentes de ação direta não requerem conversão metabólica para se tornarem carcinogênicos - São fracos, mas são importantes porque alguns são drogas da quimioterapia do câncer (p. ex., agentes alquilantes) usadas em regimes que podem curar certos tipos de câncer (p. ex., linfoma de Hodgkin) Agentes de Ação Direta Agentes carcinogênicos químicos Agentes de Ação Indireta Refere-se a substâncias químicas que requerem conversão metabólica para um carcinógeno final Hidrocarbonetos cíclicos → Potentes → Presentes em combustíveis fósseis Benzo[a]pireno Combustão em alta temperatura de tabaco no fumo de cigarro Causalidade do câncer de pulmão em fumantes Gorduras animais durante o processo de grelhar carnes e estão presentes em carnes e peixes defumados Agentes carcinogênicos químicos Agentes de Ação Indireta Hidrocarbonetos cíclicos → Potentes → Presentes em combustíveis fósseis Os produtos ativos em muitos hidrocarbonetos são os epóxidos, que formam adutos (produtos de vício) com moléculas na célula, principalmente DNA, mas também com RNA e proteínas. Agentes carcinogênicos químicos Agentes de Ação Indireta As aminas aromáticas e os corantes azo -naftilamina responsável por uma incidência 50 vezes maior de cânceres de bexiga em trabalhadores fortemente expostos ao corante anilina e em indústrias de borracha. Agentes carcinogênicos químicos Agentes de Ação Indireta Aflatoxina B1 → agente de ocorrência natural produzido por algumas cepas de Aspergillus, um mofo que cresce em grãos e nozes mal armazenados. Encontrou-se forte correlação entre o nível dietético desse contaminante alimentar e a incidência de carcinoma hepatocelular em algumas partes da África Aflatoxina B1 → mutações características no gene TP53 Agentes carcinogênicos químicos Mecanismos de Ação dos Carcinógenos Químicos - Todos os carcinógenos diretos e finais contêm grupos de eletrófilos altamente reativos que formam adutos químicos com DNA e com proteínas e RNA - Os oncogenes mutados e os supressores tumorais são alvos importantes de carcinógenos químicos - A carcinogenicidade de algumas substâncias químicas é aumentada pela subsequente administração de promoters (p. ex., ésteresde forbol, hormônios, fenóis, certas drogas) que por si sós não são tumorigênicos - Para ser eficaz, a exposição repetida ou sustentada ao promoter deve se seguir da aplicação da substância química mutagênica ou iniciador. Agentes carcinogênicos químicos Mecanismos de Ação dos Carcinógenos Químicos - A aplicação de um iniciador causa a ativação mutacional de um oncogene - A aplicação subsequente de promoters leva à expansão clonal das células iniciadas (mutadas). - Forçados a proliferar, os clones de células acumulam mutações adicionais, desenvolvendo eventualmente um tumor maligno. Agentes carcinogênicos por radiação - Raios UV da luz solar - Raios X - Fissão nuclear - Radionucleotídeos As quebras na dupla fita do DNA parecem ser a forma mais importante de dano ao DNA causado por radiação Agentes carcinogênicos por radiação - Mineiros não protegidos contra elementos radioativos têm incidência 10 vezes maior de cânceres de pulmão - Os sobreviventes das bombas atômicas que caíram em Hiroshima e Nagasaki revelou incidência acentuadamente aumentada de leucemia — após um período latente médio de cerca de sete anos - A irradiação terapêutica da cabeça e do pescoço dá origem a cânceres tireóideos papilares anos depois Agentes carcinogênicos por radiação A radiação UV natural derivada do sol pode causar cânceres de pele Melanoma Carcinomas de células escamosas Carcinomas de células basais Oncogênese Viral e Microbiana Alguns vírus estão ligados ao câncer humano Oncogênese Viral e Microbiana Vírus RNA Oncogênicos - Vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV-1) - O HTLV-1 está associado à forma de leucemia/linfoma de células T que é endêmica em certas partes do Japão e da bacia do Caribe - HTLV-1 possui tropismo para células T CD4+, e esse subgrupo de células T é o principal alvo para a transformação neoplásica - Transmissão de células T infectadas por relação sexual, produtos sanguíneos ou amamentação - Se desenvolve apenas em cerca de 3-5% das pessoas infectadas após um longo período de latência de 20-50 anos Oncogênese Viral e Microbiana Vírus RNA Oncogênicos - Contém vários genes, incluindo um chamado TAX - Pela interação com vários fatores de transcrição, como NF-kB, a proteína TAX pode transativar a expressão dos genes que codificam citocinas, receptores de citocinas e moléculas coestimuladora - Essa expressão genética inadequada leva a circuitos de sinalização autócrinos e a maior ativação das cascatas de sinalização pró- mitogênicas. - TAX pode reprimir a função de vários genes supressores de tumor que controlam o ciclo celular, incluindo CDKN2A/p16 e TP53 - Patogenia de leucemia/linfoma induzida por células T vírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV-1). O HTLV-1 infecta muitas células T e causa inicialmente proliferação policlonal por vias autócrinas e parácrinas deflagradas pelo gene TAX. Simultaneamente, o TAXneutraliza os sinais inibidores do crescimento afetando os genes TP53 e CDKN2A/p16. Finalmente, resulta leucemia/linfoma de células T monoclonais quando uma célula T proliferante sofre mutações adicionais. Oncogênese Viral e Microbiana Vírus DNA Oncogênicos Foram identificados vários vírus DNA oncogênicos que causam tumores em animais - HPV - Epstein-Barr (EBV) - Vírus da hepatite B (HBV) - Herpesvírus do sarcoma de Kaposi (KSHV), também chamado de herpesvírus 8 humano [HHV-8]) - Poliomavírus chamado vírus das células de Merckel Oncogênese Viral e Microbiana Papilomavírus Humano (HPV) Foram identificadas as pontuações dos tipos geneticamente distintos de HPV Alguns tipos (p. ex., 1, 2, 4 e 7) causam papilomas escamosos benignos (verrugas) em humanos As verrugas genitais têm baixo potencial maligno e também estão associadas a HPVs de baixo risco, predominantemente HPV-6 e HPV-11. Os HPVs de alto risco (p. ex., tipos 16 e 18) causam vários cânceres, particularmente o carcinoma de células escamosas da cérvice e região anogenital Pelo menos 20% dos cânceres orofaríngeos, particularmente aqueles que surgem nas tonsilas, estão associados ao HPV Oncogênese Viral e Microbiana Oncogênese Viral e Microbiana Papilomavírus Humano (HPV) O potencial oncogênico do HPV está relacionado com os produtos de dois genes virais iniciais, E6 e E7 Oncogênese Viral e Microbiana Papilomavírus Humano (HPV) Oncogênese Viral e Microbiana Papilomavírus Humano (HPV) Oncogênese Viral e Microbiana Oncogênese Viral e Microbiana Vírus Epstein-Barr (EBV) O EBV foi o primeiro vírus ligado a um tumor humano, o linfoma de Burkitt. Presente em: - Linfomas de células B em pacientes com imunidade de células T defeituosa (p. ex., naqueles infectados por HIV) - Um subgrupo de linfomas de células T - Carcinomas gástricos - Linfomas de células NK e, em casos raros, até sarcomas, principalmente em imunossuprimidos Oncogênese Viral e Microbiana - O EBV usa o receptor de complemento CD21 para se fixar às células B e infectá-la - As células T destroem as células B infectadas - Em alguns lugares (países) há uma mutação na célula B que ativam o oncogene MYC Oncogênese Viral e Microbiana Vírus da hepatite B (HBV) e da Hepatite C (HCV) 70-85% dos carcinomas hepatocelulares em todo o mundo se devam a infecção por HBV ou HCV Oncogênese Viral e Microbiana Vírus da hepatite B (HBV) e da Hepatite C (HCV) Os efeitos oncogênicos do HBV e do HCV são multifatoriais, mas o efeito dominante parece ser a inflamação crônica imunologicamente mediada com morte de hepatócitos levando a regeneração e dano genômico Oncogênese Viral e Microbiana Helicobacter pylori A infecção H. pylori é implicada tanto na gênese do adenocarcinoma gástrico como de linfomas gástricos Linfoma gástrico Adenocarcinoma gástrico Oncogênese Viral e Microbiana Helicobacter pylori - Como na hepatite viral, o meio inflamatório contém numerosos agentes genotóxicos, como as espécies reativas de oxigênio - Ocorre em apenas 3% dos pacientes infectados Adenocarcinoma gástrico Oncogênese Viral e Microbiana Helicobacter pylori Os linfomas gástricos são originados de células B e, como as células B transformadas crescem em padrão semelhante ao do tecido linfoide associado à mucosa normal (MALT ) Linfomas gástricos
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