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Endodontia: biologia e técnica 3. ED., RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2015. Endodontia LOPES, H.P. sIQUEIRA JÚNIOR, J.F. William Santos @odontocomwill Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 1 Conteúdos Diagnóstico Anamnese (pág. 2) Exame objetivo (pág. 2) Testes (pág. 5) Diagnóstico pulpar e perirradicular Protocolos farmacológicos (pág. 33) Medicação intracanal (pág. 36) Pulpopatias (pág. 7) Periodontopatias (pág. 8) Considerações práticas Tabela dentes superiores: Forma de contorno / ponto de eleição / direção de trepanação / forma de conveniência (pág. 12) Tabela dentes inferiores: Forma de contorno / ponto de eleição / direção de trepanação / forma de conveniência (pág. 12) Tabela dentes superiores: número de canais ou raízes / pontas ou brocas utilizadas / forma de contorno da cavidade (pág. 13) Tabela dentes inferiores: número de canais ou raízes / pontas ou brocas utilizadas / forma de contorno da cavidade (pág. 14) Materiais (pág. 15) Conduta geral (pág. 21) Necropulpectomia Pulpotomia (pág. 27) Primeira sessão (pág. 24) Segunda sessão (pág. 26) Sugestão de mesa clínica (pág. 26) Retratamento endodôntico (pág. 28) Remoção da restauração coronária (pág. 29) Remoção de retentores intrarradiculares (pág. 30) Remoção do material obturador do canal radicular (pág. 31) Reinstrumentação do canal (pág. 32) Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 Técnica de diagnóstico: abordagem sistemática do paciente, incluindo a anamnese (exame subjetivo), o exame físico (exame objetivo) e os exames complementares. A interpretação e o cruzamento das informações coletadas em cada uma das três etapas possibilitarão o fechamento do diagnóstico com a consequente elaboração do plano de tratamento. Busca-se ter 2 diagnósticos finais Diagnóstico pulpar Diagnostico periapical. Diagnóstico William Santos @odontocomwill 2 ANAMNESE Queixa principal: Durante a anamnese, procura-se registrar a queixa principal, quando houver. Ela se refere ao motivo da procura pelos nossos serviços e deve ser anotada com as próprias palavras do paciente. Qual a origem da dor? Descobrindo se a dor é dentária ou não Qual dente dói? A dor é pulpar ou periapical? História Médica e Odontológica: Descubra a duração da dor, pois a dor dentária tem duração curta (poucos dias) A dor dentária acorda o paciente a noite ou se intensifica A dor dentária não melhora com uso de analgésicos comuns. O paciente tem duas respostas: Apontar qual dente é – com isso, fica fácil saber por onde começar o exame ou mostrar a região dolorida. existe muitos nervos proprioceptivos na região do periapical e poucos na região da polpa, ou seja, não saber exatamente a posição indica dor pulpar e o contrário também é verdadeiro. Estímulos frios são úteis para identificar uma dor pulpar, respostas afirmativas para questões como: “seu dente dói com água gelada”, indicam dor pulpar. A mastigação é um estímulo para dor no periápice. Deve-se obter a história da doença atual, verificando-se o seu início, duração, características, evolução, remissões, se há fatores que a modificam e se houve tratamentos prévios. EXAME OBJETIVO Inspeção: Antes de o paciente chegar à cadeira odontológica, o seu exame clínico já pode e deve ser iniciado. A inspeção do paciente deve começar quando ele entra no consultório, pois a simples observação do gestual e da expressão facial podem apresentar informações muito relevantes, observa-se, por exemplo: A proeminência exagerada dos globos oculares (exoftalmia) e o aumento de volume na região tireoidiana podem estar ligados a algum distúrbio endocrinológico, se o paciente que se arrasta claudicante (manco) poderá ter sido vítima de acidente vascular cerebral ou de algum traumatismo. As alterações sistêmicas notadas devem ser esclarecidas, e o profissional não deve ter o receio ou pudor de utilizar essas informações, advindas da inspeção, no momento da anamnese. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 Palpação: Utilizando-se a ponta do dedo indicador, os dedos indicador e médio, ou também com auxílio do polegar, deve-se apalpar a região da face que será examinada, buscando fazê-lo também bilateralmente, estabelecendo, assim, as semelhanças e as diferenças entre o lado direito e esquerdo do paciente, investigando alterações. William Santos @odontocomwill 3 Inspeção Bucal: deve-se observar a alteração de cor da coroa, estado das restaurações, exposição pulpar, presença ou ausência de cáries. Observar as demais estruturas bucais, sua cor e morfologia, buscando averiguar a presença de tumefação (edema), existência de fístula e sua parúlide (furúnculo gengival), além dos tecidos moles e exame da língua. Palpação Apical: tatear a região apical do elemento dentário examinado, fazendo-o delicadamente com a ponta do dedo indicador, verificando se há alguma resposta dolorosa ou, pelo tato, a presença de alterações patológicas de sua forma. · Edema periapical, mole à palpação, pressupõe a passagem de líquido para o interstício tecidual, como ocorre, por exemplo, no caso de elemento portador de polpa necrosada, infectada, com abscesso apical. · Aumento de volume apical endurecido, de sensibilidade leve, respondendo à palpação com a chamada crepitação óssea (resposta à palpação parecida com a de apertar uma bolinha de tênis de mesa), demonstra a existência de um processo apical de origem endodôntica com crescimento lento e expansivo, que é o que se espera, por exemplo, de uma lesão cística. · Perda de continuidade na integridade do osso, às vezes acompanhada de uma ligeira depressão, preenchida por tecido mole à palpação, denotando lise óssea na região perirradicular apical, características de lesões que rompem a cortical óssea, como cistos e granulomas. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 Percussão Horizontal e Vertical: A percussão deve ser iniciada com delicadeza, empregando-se de preferência também o dedo indicador, percutindo a coroa do dente, investigando-se a resposta à percussão com leves toques com as costas do dedo, horizontal e verticalmente. Na presença de processos patológicos, este delicado toque será suficiente para deflagrar uma resposta dolorosa. Mobilidade Dentária: empregando-se dois instrumentos metálicos apoiados com firmeza na superfície dentária ou utilizando um instrumento metálico e um dedo aplica-se uma força em uma tentativa de movimentar o elemento dentário em todas as direções (a mobilidade patológica ocorre, com mais frequência, no sentido vestibulolingual). Sondagem Periodontal: Durante o diagnóstico de dentes portadores de enfermidade de interesse endodôntico, não se pode desistir de realizar a sondagem periodontal, verificando, com essa manobra, se há ou não a normalidade do periodonto. Grau 1: ligeiramente maior que a normal; Grau 2: moderadamente maior que a normal; Grau 3: mobilidade grave vestibulolingual e mesiodistal, combinada com deslocamento vertical. William Santos @odontocomwill 4 Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 A Testes para Identificação de Fraturas: Transiluminação: Exames Complementares: (1) Técnica da Mordida - manobra em que se pedia ao paciente que mordesse com o elemento suspeito de fratura sobre alguma superfície dotada de flexibilidade, como rolo de algodão, cotonete, palito de madeira ou sugador de plástico; empregava-se também superfícies mais rígidas, a exemplo de instrumentos metálicos, buscando-se reproduzir a posição em que a trinca existente fosse estimulada a se abrir, deflagrando a dor de origem pulpar ou periodontal decorrente da mesma. Embora estes artefatos possam ainda ser utilizados, surgiram dispositivosplásticos especialmente desenhados para este fim. (2) Técnica de Identificação de Fraturas com o Uso de Corantes - Esta técnica consiste em se impregnar a região suspeita da localização da fratura com uma substância que possa evidenciá-la, podendo ser usada para este fim a solução aquosa de azul de metileno de 1% a 2%, removendo-se seu excesso com ácido fosfórico gel utilizado para restauração fotopolimerizável (37%). aplicar um feixe luminoso intenso no elemento dentário, a fim de se poder diagnosticar, por translucidez do esmalte e da dentina, algumas alterações presentes, como: fraturas, perfurações, cáries interproximais, reabsorções coronárias e escurecimento da área correspondente à câmara pulpar nas necroses pulpares. exame radiográfico; exames hematológicos; provas bioquímicas do sangue; e biópsia. Atualmente, o exame radiográfico por tomografia computadorizada também. William Santos @odontocomwill 5 TESTES Teste pelo Frio: emprega-se o bastão de gelo ou a neve carbônica (gelo seco) ou spray de fluido refrigerante (popularmente conhecido como “gás refrigerante”, segundo informam os fabricantes). Precisa-se isolar o dente (relativo ou absoluto). Faz-se a aplicação do gás sobre cotonete ou pelota de algodão apreendida com pinça. O tempo de aplicação não deve exceder 5 segundos. Em caso de necessidade de repetição, aguardar pelo menos 5 minutos. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 6 tem sido relatado o emprego de água morna, aquecimento da superfície dental com taça de borracha ou através de um bastão de guta-percha aquecida em chama de lamparina, sendo este último o mais usado. Para o teste pulpar com o bastão de guta-percha, deve- se proceder da seguinte maneira: (a) Isolamento do dente (relativo ou absoluto); (b) Aplicação de gel isolante na superfície do dente (vaselina), evitando que a guta- percha fique aderida ao dente. (c) Aquecimento e plastificação da ponta do bastão de guta-percha na chama de uma lamparina. (d) Aplicação da guta-percha sobre a superfície do dente enquanto está ainda estiver brilhosa Teste pelo Calor: Teste da Anestesia Seletiva: Teste de Cavidade: Teste Pulpar Elétrico: deve ser empregado quando o paciente se refere uma dor difusa ou reflexa (dor referida), não sabendo dizer exatamente qual dente está sendo responsável por esta dor. Se a dor cessar após a anestesia, sua hipótese diagnóstica será confirmada, identificando-se o elemento que provoca a dor (dente algógeno) e o elemento que somente está refletindo a dor (dente sinálgico). teste invasivo, no qual se estimula o dente suspeito de ser portador de necrose pulpar, sem anestesiá-lo previamente, utilizando-se para isso uma broca de alta rotação. Contudo, muitas vezes, apenas o jato de ar ou a água da seringa tríplice, ou mesmo o ar da turbina de alta rotação, são suficientes para que o paciente acuse a resposta dolorosa, mesmo antes de uma cavidade ser aberta. Ao persistir a resposta negativa, deve-se avançar com a cirurgia de acesso, até que a trepanação seja obtida. Quanto ao teste pulpar elétrico, utiliza-se um aparelho conhecido como pulp tester. Este aparelho tem demonstrado grande eficácia, particularmente quando coadjuvante do teste térmico pelo frio. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 7 Testes: Testes Pulpares - A. Calor - há dor tardia ou imediata; B. Frio – dor rápida localizada que cessa após remoção do estímulo; C. Elétrico – positivo; D. cavidade – positivo. Testes Perirradiculares - Percussão e palpação – negativo. Tratamento: Remoção da cárie ou restauração defeituosa ou extensa. PULPOPATIAS Biológicos: Bactérias em lesões de cárie representam a forma mais comum de agressão e antígenos para a polpa. À medida que a cárie destrói a dentina e se aproxima da polpa, a resposta inflam. Torna-se maior em magnitude. No entanto só é irreversível até que a polpa seja exposta. Tecido pulpar exposto em contato direto com as bactérias, quase invariavelmente, desenvolve inflamação severa e necrose. Pulpite Irreversível: existem micro abscessos associados a permeabilidade vascular e pressão. Pacientes jovens têm maior prevalência, onde há inflamação crônica da polpa, com formação de tecido reacional granuloso exuberante a ponto de ultrapassar os limites da polpa (pólipo pulpar). Clinicamente o paciente se queixa de dor. Quando presente, a dor pode ser provocada ou espontânea, aguda e localizada ou difusa e persiste por um longo período após remoção do estímulo. Em casos mais avançados, dor pulsátil, contínua e espontânea. Pulpite Reversível: os vasos sanguíneos estão dilatados (hiperemia) e há edema (pressão capilar e permeabilidade vascular). Geralmente assintomática, contudo, o paciente pode acusar dor aguda, rápida, localizada em resposta a estímulos. Vale lembrar que, em cavidades cariosas, é comum o paciente relatar dor persistente após a ingestão de doces e alimentos gelado. Não há dor espontânea. Na inspeção observe restauração ou lesão de cárie extensa, não há ainda exposição pulpar. Deve-se remover a cárie ou restauração defeituosa ou extensa Diagnóstico pulpar e perirradicular Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 8 Testes: Necrose pulpar: Testes: Testes Pulpares - A. Calor - positivo; B. Frio – no estágio inicial positivo, no estágio avançado negativo; C. Elétrico – positivo com exposição a altas correntes; D. cavidade – geralmente positivo. Testes Perirradiculares - Percussão e palpação – geralmente negativo. geralmente é assintomática, mas o paciente pode relatar episódios prévios de dor. Contudo dependendo do estado dos tecidos perirradiculares, a dor pode estar presente. Na inspeção, espera-se encontrar cárie ou restauração extensa, coroa hígido e, em casos de trauma, pode estar escurecida. Testes Pulpares - A. Calor - negativo (positivo em raras exceções); B. Frio – sempre negativa; C. Elétrico – negativo (positivo em raras exceções); D. cavidade – negativo (muito eficaz). Testes Perirradiculares - Percussão e palpação – positivas ou negativas (depende dos tecidos perirradiculares). Radiografia - O ELP pode estar normal, espessado ou reabsorção óssea. PERIODONTOPATIAS Periodontite Apical Aguda: apresenta hiperemia, um infiltrado inflamatório, fibras colágenas podem estar dilaceradas. Geralmente há dor intensa, espontânea e localizada, sensação de dente “crescido”, a mastigação provoca ou exacerba a dor. Em casos mais avançados, dor pulsátil, contínua e espontânea. Em algumas situações, o paciente pode relatar aumento da dor com aplicação de frio e seu alívio quando entra em contato com uma substância quente. Outras vezes é exatamente o contrário que ocorre (alívio com frio e dor com o quente), o que já foi atribuído ao fato de a fase de pulpite irreversível ser inicial ou tardia, mas o que se pode concluir, clinicamente, é que ambas caracterizam a necessidade de uma intervenção com remoção total ou parcial da polpa envolvida (pulpectomia ou pulpotomia). Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 9 Abscesso perirradicular agudo: Presença de exsudato purulento (pus) e fibras periodontais dilaceradas. O paciente tem dor espontânea, pulsátil, localizada, que pode ou não apresentar evidências de envolvimento sistêmico. Na inspeção, nota-se uma tumefação intra ou extra oral com ponto de flutuação. Testes: os testes pulpares de frio e cavidade são os mais seguros (negativo). Os testes perirradiculares de percussão são positivos e de palpação, positivos. A radiografia apresenta uma lesão perirradicular ou espessamento do ELP apical. Tratamento:drenagem, canal limpo e desinfetado e medicação intracanal. Periodontite Apical Crônica: PAC (ou assintomática) é uma condição patológica que pode ser histologicamente classificada como PAC inicial, granuloma e cisto. Quando a resposta inflamatória associada a periodontite apical aguda é eficaz na redução da agressão e cronifica. Inicial: tem a presença de infiltrado inflamatório tipo crônico, composto basicamente por linfócitos, plasmócitos e macrófagos, e componentes do processo de reparo tecidual (fibroblatos, fibras nervosas, vasos). Se não tratada pode evoluir para formação do granuloma. Não tem sinais e sintomas e, na inspeção, tem uma cárie profunda ou restauração extensa. Testes: pulpares: negativos (se a polpa estiver necrosada). Testes perirradiculares: negativos. Radiografia: O ELP encontra-se normal ou espessado. O tratamento consiste em limpeza, desinfecção dos canais radiculares, medicação intracanal e posterior obturação. Tratamento: limpeza, desinfecção dos canais, medicação intracanal e posterior obturação. Testes: Os testes pulpares são negativos. Os testes perirradiculares de Percussão são extremamente dolorosos e os de Palpação podem ter sensibilidade ou não, depende da extensão da resposta inflamatória. A radiografia demonstra um espessamento do ELP apical. Tratamento: instrumentação, irrigação, medicação, infraoclusão. analgésico e anti- inflamatório Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 10 Granuloma Perirradicular: é a doença perirradicular mais comumente encontrada, caracteriza-se como uma lesão crônica, com agente irritante de baixa intensidade que desencadeia num infiltrado inflamatório do tipo crônico, associado a elementos de reparação, caracterizando um tecido granulomatoso que substitui o osso reabsorvido. Na periferia, encontra-se uma cápsula composta basicamente de fibras colágenas. Ele geralmente é assintomático e, na inspeção, a necrose pode ser aparente (presença de cárie e ou restauração extensa), e dente pode estar escurecido. Testes: Testes Pulpares: geralmente negativos. Testes Perirradiculares: negativo. Radiografia: Principal elemento de diagnostico. Presença de área radiolúcida associada ao ápice radicular ou lateralmente. Tratamento: tratamento endodôntico convencional. Cisto Periodontal Apical: Cavidade patológica revestida por epitélio que sempre se origina de um granuloma, que se tornou epiteliado. Resultado de uma infecção endodôntica de longa duração. Possui material fluido ou semissolido, composto de células epiteliais degeneradas. Este é revestido por epitélio estratificado pavimentoso, escamoso de espessura variável. É assintomático na maioria das vezes e, na inspeção, vê-se carie ou restaurações extensas, sendo que a coroa pode estar escura. Radiografia: assemelha-se ao granuloma, são radiograficamente indistinguíveis. Testes: pulpares: geralmente negativos e perirradiculares: Palpação e percussão negativos. Tratamento: tratamento endodôntico e em casos mais graves, cirurgia perirradicular Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 11 Abscesso Perirradicular Crônico: são zonas de necrose de liquefação contendo neutrófilos desintegrados, macrófagos e neutrófilos. Há uma Fistula que comunica estas zonas a periferia, sendo revestidas por epitélio ou tec. conj. Inflamado. Em geral, são assintomáticos, encontra-se associado a uma drenagem por meio da fístula. A radiografia mostra cárie ou restauração profunda, região radiolúcida, porém não tão delimitada. Testes: pulpares: negativo e perirradiculares: geralmente negativos. Tratamento: tratamento endodôntico, porém somente obturar depois do desaparecimento da fistula. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 12 Considerações práticas Dentes superiores Forma de conveniência Ponto de eleição Direção de trepanação Forma de conveniência Dentes Inferiores Forma de conveniência Ponto de eleição Direção de trepanação Forma de conveniência Triangular com base para incisal Abaixo do cíngulo 45 graus em relação ao longo eixo do dente Base igual a forma de contorno Base igual a forma de contorno Base igual a forma de contorno Inc. Lateral Canino 1 Pré-molar 2 Pré-molar 1 Molar 2 Molar Elíptica no sentido V-P Elíptica no sentido V-P Triangular com base para incisal Losangular Elíptica no sentido V-P Triangular com base para vestibular Triangular com base para vestibular Abaixo do cíngulo Abaixo do cíngulo Centro do sulco principal Centro do sulco principal Centro da fosseta mesial (preserva a ponte de esmalte) Centro da fosseta mesial (preserva a ponte de esmalte) 45 graus em relação ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente Elíptica no sentido V-P Elíptica no sentido V-P Elíptica no sentido V-P Inc. Central 45 graus em relação ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente 45 graus em relação ao longo eixo do dente Acima do cíngulo Base igual a forma de contorno Base igual a forma de contorno Paralela ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente Paralela ao longo eixo do dente Trapezoidal com base maior para mesial Ovalada Face oclusal, centro do sulco principal 2 Molar Inc. Central Inc. Lateral Canino 1 Pré-molar 2 Pré-molar 1 Molar 45 graus em relação ao longo eixo do dente Triangular com base para incisal Triangular com base para incisal Acima do cíngulo Acima do cíngulo 45 graus em relação ao longo eixo do dente Base igual a forma de contorno Paralela ao longo eixo do dente Trapezoidal com base maior para mesial Ovalada Losangular Circular Trapezoidal com base maior para mesial Trapezoidal com base maior para mesial Elíptica no sentido V-P Porção mesial da face oclusal Centro do sulco principal Face oclusal, centro do sulco principal Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 13 Molares inferiores 1° pré-molar inferior 2° pré-molar inferior Incisivos inferiores Caninos inferiores Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 1 raiz e até 40% apresentam 2 canais 1 raiz e até 40% apresentam 2 canais Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 1 raiz e até 40% apresentam 2 canais Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 3 raízes e 3 ou 4 canais Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 1 raiz e 1 canal Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX Triangular, com a base voltada para incisal e o vértice voltado para o cíngulo. Estende-se até aproximadamente 2 mm da borda incisal e 1 a 2 mm acima do cíngulo. Como podemos observar, a forma de abertura é muito semelhante à dos incisivos e caninos superiores, mas, comparativamente, mais estendida no sentido incisal e lingual. Este fato deve-se à característica anatômica destes dentes, que têm uma forma achatada no sentido mesiodistal e, algumas vezes, apresentam bifurcação em função da presença de dois canais. Nos caninos inferiores, particularmente, pode ser necessária uma maior extensão no sentido cervicoincisal, por causa da presença do divertículo incisal mediano. Assim, o canino poderá apresentar uma conformação mais ovalada em relação aos incisivos inferiores. Forma cônico-ovoide, que deve ser iniciada pelo alargamento da área do ponto de eleição, aprofundamento da broca em direção à câmara pulpar, com maior dimensão no sentido vestibulolingual, para favorecer aeliminação das angulações do teto. Remove-se toda a dentina cariada restante. Logo a seguir, com a broca operando paralelamente ao longo eixo do dente, realiza-se a trepanação do teto da câmara pulpar. No caso de um único canal, a forma de contorno poderá assumir um aspecto mais circular. No entanto, diante das possíveis variações anatômicas, podem existir dois ou três canais. Nestes casos, a forma de contorno poderá se apresentar ligeiramente achatada no sentido mesiodistal ou mesmo no sentido vestibulolingual, com um aspecto mais elíptico. Triangular, irregular ou trapezoidal, por causa da presença de dois canais na raiz distal. Utiliza- se a broca operando paralelamente ao longo eixo do dente, para penetrar na câmara pulpar. Remove-se toda a dentina cariada restante, se ainda existente. Em seguida, aprofunda-se a broca, sempre paralela ao longo eixo do dente, e caminha-se em direção ao teto, para facilitar o seu rompimento. A penetração inicial deve ser dirigida preferencialmente para o orifício de entrada do canal ou canais distais. Número de canais/raízes Pontas/brocas utilizadas para abertura Forma de contorno da cavidade Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 14 Molares superiores 1° pré-molar superior 2° pré-molar superior Incisivos superiores Caninos superiores 1 raiz e 1 canal Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 2 raízes e 2 canais Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 50% 1 raiz e 1 canal Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 3 raízes e mais de 50% 4 canais Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX 1 raiz e 1 canal Ponta diamantada esférica com tamanho compatível a CP - RX Triangular regular, com a base voltada para incisal e o vértice voltado para o cíngulo. A forma de contorno inicial estende-se 2 a 3 mm da borda incisal e aproximadamente 2 mm em direção ao cíngulo. Nos caninos superiores, particularmente, pode ser necessária uma maior extensão no sentido cervicoincisal, por causa da presença do divertículo central, o qual é voltado em direção à cúspide perfurante. Esta característica anatômica pode conferir aos caninos superiores uma forma lanceolada ou de chama de vela. Em seguida, com a broca posicionada e mantida paralela ao longo do dente, realiza-se a trepanação. Forma cônico-ovoide, achatada no sentido mesiodistal, com extensões maiores de preparo no sentido vestibulopalatino. Remove-se toda a dentina cariada restante, se ainda existente, de acordo com as normas gerais descritas. Logo a seguir, com a broca operando paralelamente ao longo eixo do dente, realiza-se a trepanação do teto da câmara pulpar, no sentido do canal palatino. No caso da presença de um único canal, o local será central, ligeiramente inclinado em direção ao corno pulpar palatino. Triangular, com a base voltada para vestibular e o vértice voltado para a palatina. A forma de contorno inicia-se no centro da fossa mesial, próximo à cúspide mesiovestibular. Deste ponto, segue em direção distal, até ultrapassar o sulco oclusovestibular. Posteriormente, continua em direção palatina, atravessa a fossa central, para se unir novamente ao ponto inicial junto à cúspide mesiovestibular. A seguir, aprofunda-se a penetração da broca, operada paralelamente ao longo eixo do dente. No momento da trepanação, a broca deverá mudar um pouco sua posição e ser colocada com ligeira inclinação na direção do canal palatino. Número de canais/raízes Pontas/brocas utilizadas para abertura Forma de contorno da cavidade Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 15 · Kit clínico (espelho plano n°5 Front Surface, pinça clínica e sonda exploradora); · Filme radiográfico e posicionador radiográfico; · Colgaduras; · Anestésico tópico; · Agulha curta ou longa; · Bolinha de algodão estéril e gaze estéril; · Seringa carpule; · Anestésico lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000; · Kit acadêmico (caneta de alta rotação, micro-motor, peça de mão reta, peça de mão contra-angulada, adaptador para contra-ângulo); · Pontas diamantadas haste longa n.o 1012 - 1015, 4138, 3070, 2082 e 3082; · Brocas esféricas de aço para baixa rotação haste longa n.o 1, 2, 3 e 4; · Brocas carbide para alta rotação n.o 1557 e 1558; · Brocas carbide para alta rotação haste longa n.o 2 e 4; · Endo Z; · Lençol de borracha; · Arco de Ostby; · Grampos para isolamento; · Fio dental; · Pinça porta grampo tipo Palmer; · Alicate perfurador tipo Ainsworth; · Barreira gengival Top dam; · Caneta retroprojetor; · Sugador endodôntico; · Pinça endodôntica; · Curetas de dentina 11/12 e 13/14 e cureta endodôntica; · Seringas e agulhas hipodérmicas; · Hipoclorito de sódio 2,5%; · Cuba de inox; · Régua endodôntica milimentrada; · Tamborel e Flexor de lima endodôntica; · Limas tipo K;31mm n° 06, 08 e 10, n° 15 ao 40, 45 a 80; MATERIAIS Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 16 · Calcadores tipo paiva, n ° 01, 02, 03, 04; · Pontas de papel absorvente 1o e 2o série; · Cones de guta percha 1o e 2o série e Espaçadores digitais; · Tesoura íris reta; · Placa de vidro; · Lamparina; · Espátula n o 24; · Cimento obturador Endofill (pó e líquido); · Ultra cal xs (ultradent); · Coltosol; · EDTA. MATERIAIS Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 17 Checklist da endodontia Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 18 Limas endônticas Partes da lima Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 19 Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 20 Odontometira Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 21 Cirurgia de acesso: Caindo no vazio: Preparo cervical: realizado com pontas diamantadas ou com brocas carbide em alta ou baixa rotação. A baixa rotação é empregada para a remoção do tecido cariado com o auxílio das brocas esféricas lisa carbide nº 2, 4, 6 ou 8. Em alta rotação usa-se primeiro brocas de ponta ativa até atingirmos a câmara pulpar (brocas carbide nº 1557 ou a ponta diamantada tronco-cônica nº 1095). Todas as brocas devem possuir tamanhos proporcionais à coroa do dente a ser tratado. Após atingir a câmara pulpar deve-se usar uma ponta inativa para a remoção de todo o teto da cavidade pulpar (pontas diamantadas n° 3080, 3082 ou a broca Endo-Z). quando sentimos a broca “cair no vazio”, chegamos à polpa. Com as costas da broca removemos o teto. Com a endo Z regularizamos as paredes da cavidade. O próximo passo é com a Sonda Exploradora no5, passar sua ponta nas paredes, se ela prender quer dizer que ainda há teto para retirar e regularizar, o correto para prosseguir o procedimento é que a sonda não se prenda. Para finalizar, após termos certeza que não há mais teto, fazemos o preparo cervical, damos expulsividade e removemos cotovelos/concrescentes/ degraus, com a broca de largo. Assim, evitamos que o instrumental fique preso. ACIDENTES E ERROS Perfuração: Injúrias no Assoalho: Remanescente de teto: Abertura insuficiente: Perfurar o lugar errado do dente podendo transpassá-lo. Fragilizar o assoalho ou perfurar ele. quando sobra teto da câmara e o dente pode ser manchado. cirurgia muito pequena que pode não encontrar os canais. Abertura excessiva: cirurgia ampla que fragiliza o dente. Pulpite Irreversível: existem micro abscessos associados a permeabilidade vascular e pressão.Pacientes jovens têm maior prevalência, onde há inflamação crônica da polpa, com formação de tecido reacional granuloso exuberante a ponto de ultrapassar os limites da polpa (pólipo pulpar). Clinicamente o paciente se queixa de dor. Quando presente, a dor pode ser provocada ou espontânea, aguda e localizada ou difusa e persiste por um longo período após remoção do estímulo. Em casos mais avançados, dor pulsátil, contínua e espontânea. Conduta geral Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 22 NOMENCLATURA DO SISTEMA DE CANAIS TÉCNICA ESCALONADA Recuo progressivo programado, é realizada do ápice para a coroa (começa na região apical e termina no terço médio cervical). Utilizada em dentes mono ou polirradiculares, em canais retos ou curvos, polpa viva ou necrosada. 1. Colocar os instrumentos no CT; 2. Encontrar o instrumento memória; 3. Iniciar com um instrumento de calibre menor, mas adaptado ao canal; 4. Irrigação / aspiração e inundação; 5. Introduzir no canal com movimentos oscilatórios (sentindo horário e anti-horário até o CT) 6. Movimentos de tração contra as paredes até o instrumento fique solto no canal (limagem – movimento). 7. Movimentos de vai e vem, e o oscilatório de um lado para o outro-preparo circunferencial), quando o instrumento ficar solto no canal, é o momento de trocá-lo. Aumento sucessivo do calibre das limas com recuo progressivo de 1mm do CT; intercalar com IM no CT. A cúspide mais próxima da entrada do canal ou o bordo incisal onde o cursor toca no dente deve ser o ponto de referência. Preparo apical (batente apical): Preparo terço médio e cervical em recuo progressivo programado: Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 23 TéCNICA COROA-ÁPICE Trata-se da forma inversa da escalonada, o preparo vai ser feito no sentindo cérvico- apical onde utilizaremos instrumentos mais calibrosos no terço cervical e diminuímos à medida que se aproxima do terço apical. Indicado para dentes mono ou polirradiculares, canais retos ou curvos, polpa viva ou necrosada. · Acesso retilíneo e direto; · Elimina a constrição cervical; · Diminui a pressão sobre os instrumentos; · Menor chance de fratura dos instrumentos; · Maior zona de escape; · Diminui a extrusão de microrganismo pelo periápice em casos de necrose pulpar; · Facilita a irrigação e a obturação; · Reduz o tempo de preparo. Inicia com o instrumento mais calibroso que se ajuste no terço cervical, e seguimos com limas de diâmetro decrescente em direção ao CT. Exemplo: 1. Começar com a lima 50. Fazer movimentos oscilatórios e de tração contra as paredes até que o instrumento fique solto no canal; 2. Irrigação / aspiração e inundação; 3. Usar instrumento de menor calibre (10 ou 15) para não ter degraus até o CT; 4. Repetir todo processo com uma lima de menor calibre (45, 40, ...); 5. Até chegar no instrumento que toca o CT (instrumento apical inicial). Uso de 2 a 3 limas com calibres crescentes todas no CT. O instrumento apical final é o instrumento apical inicial + 2 calibres, ele vai concluir o preparo do batente apical da técnica coroa-ápice. Vantagens Preparo cérvico-apical: Preparo apical: Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 Necropulpectomia em duas sessões William Santos @odontocomwill 24 PRIMEIRA SESSÃO 1. Aplicar anestésico tópico na região do dente a ser tratado, após anestesiar o local (usando a seringa carpule, agulha e solução anestésica Lidocaína 2%); 2. Testar o grampo a ser utilizado (amarrar o fio dental no grampo); 3. Abertura coronária, seguir a anatomia do elemento dentário caso contrário seguir a lesão cariosa. Utilizar uma broca esférica de haste longa 1012-1015 até ter a sensação de “cair no vazio”. Com a broca de ponta inativa fazer a forma de contorno. Após a trepanação do teto da câmara pulpar e da ampliação da área de exposição, o isolamento deve ser aplicado antes da conclusão das manobras de acesso; 4. Isolamento absoluto, realizado utilizando o lençol de borracha e arco de ostby; 5. Posicionar na boca e realizar as marcações, fazer os furos com o perfurador e colocar o grampo com a pinça Palmer. Aplicar o top dam para obter um melhor vedamento, após a aplicação do isolamento absoluto, o campo operatório, incluindo dente, grampo e lençol de borracha, deve ser inicialmente com o hipoclorito de sódio; 6. Realizar irrigação e sucção simultâneas (utilizar hipoclorito 2,5% e seringa e agulha hipodérmica); 7. Após a conclusão das manobras de acesso coronário, a câmara pulpar deve ser copiosamente irrigada com solução de NaOCl a 2,5%; 8. Observar radiografia e começar a odontometria, definindo CPT, CAD, CRD e CRT; Odontometria CAD: Comprimento do dente na radiografia CPT: Utilizando uma lima de menor calibre colocá-la com 2 ou 4 mm a menos do CAD para assim descobrir o comprimento real do dente* CRD: Comprimento obtido do instrumento atingindo o forame apical* CRT: É 1 mm aquém do CRD (Para isto realizar radiografia com a lima no dente (prova da lima) Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 25 9. Preparo químico-mecânico, associado à irrigação copiosa e frequente com NaOCl a 2,5% após cada uso de instrumento (no mínimo 1 a 2 ml de solução irrigadora a cada troca de instrumento). O canal deve ser ampliado na medida de 1 mm aquém do ápice radiográfico ou 1 mm aquém do forame (CRT), começando a limagem/ alargamento por uma lima de menor calibre (LP=lima patente) com o CRT, e aumentando o calibre, trocando de lima (voltando sempre para a LP para desobstruir o canal), até definir a LM (Lima memória), após a lima memória o calibre aumenta, mas o comprimento diminui 1 mm; isto com o objetivo de ampliar o canal obtendo um formato cônico com o menor diâmetro apical e maior nível coronário. 10. A cada troca de lima, é usada a patente e após definir lima memória, é usada ela também par desobstruir o canal; 11. Remoção da smear layer, pois ela pode conter bactérias, pode impedir ou retardar a ação em profundidade da medicação intracanal e interferir no selamento promovido pela futura obturação, pode-se utilizar o EDTA; 12. Após a limagem e limpeza do canal realizar a prova do cone, utilizando um cone de guta percha com o CRT e radiografar. 13. Medicação intracanal, o canal pode ser medicado utilizando HPG ou a pasta de hidróxido de cálcio em clorexidina de 0,12 a 2% (HCx). 14. Radiografa-se o dente para a verificação do preenchimento adequado do canal com a pasta HPG ou HCx. Limpa-se então a câmara pulpar, coloca-se uma bolinha de algodão estéril e então aplica-se o selamento coronário com um cimento temporário; Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 26 SEGUNDA SESSÃO SUGESTÂO DE MESA CLíNICA No mínimo 5 a 7 dias depois, retira-se a pasta utilizando a lima memória associada à irrigação copiosa com NaOCl a 2,5 % e procede-se a obturação do canal. Na obturação, utilizar a placa de vidro e a espátula 24, manipular Endofil até ficar em ponto de fio, com a pinça passar o cone de guta-percha no cimento (previamente submergido em solução de NaOCl) de acordo com o tamanho do canal, utilizar o espaçador para adicionar mais cones até que o canal esteja totalmente preenchido, com o calcador de paiva, esquentado na lamparina previamente, remover os excessos até chegar na cervical do dente, aplicar o coltosol, e restaurar. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 27 Protocolo pulpotomia 1. Anestesia, isolamento absoluto e anti-sepsia do campo operatório. 2. Abertura coronária, com remoção completa do teto da câmara pulpar. 3. Remoção da polpacoronária com curetas de intermediário longo e bem afiadas. 4. Abundante irrigação-aspiração da câmara pulpar com solução fisiológica. 5. Descompressão pulpar por 5 minutos. 6. Irrigação-aspiração com solução fisiológica, secagem com bolinhas de papel absorvente esterilizadas e exame da superfície do remanescente pulpar, que deverá apresentar as características já mencionadas. 7. Selamento duplo com guta-percha e cimento. 8. Decorridos 2 a 7 dias, são removidos o selamento e o curativo, irrigando-se fartamente com solução fisiológica retirando-se qualquer coágulo presente. 9. Acama-se sobre o remanescente pulpar com suave pressão, a pasta de hidróxido de cálcio pró-análise com solução fisiológica, em uma fina camada, adaptada por uma bolinha de papel absorvente esterilizada. Remove-se o excesso da pasta das paredes laterais e coloca-se, sobre esse revestimento biológico, uma fina camada de cimento com hidróxido de cálcio com a finalidade de protegê-lo. 10. Coloca-se ionômero de vidro ou cimento de oxido de zinco e eugenol como base protetora para a restauração ou se realiza diretamente a restauração coronária verificando-se a oclusão. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 28 Retratamento endodôntico · Quando um exame radiográfico revelar obturação endodôntica inadequada de um canal radicular. Nos casos em que a obturação endodôntica é inadequada e uma nova restauração protética do dente se faz necessária, mesmo não havendo manifestação clínica radiográfica de insucesso, o retratamento do canal deve ser realizado. · Quando o exame clínico revelar exposição da obturação do canal radicular ao meio bucal por um longo período (3 meses ou mais). · Quando o exame clínico do dente tratado endodonticamente revelar: persistência de sintomas objetivos; desconforto a percussão e a palpação; fístula ou edema; mobilidade; impossibilidade de mastigação. · Presença de rarefações ósseas em áreas perirradiculares previamente inexistentes, incluindo rarefações laterais; espaço do ligamento periodontal aumentado, maior que 2 mm; ausência de reparo ósseo em uma reabsorção perirradicular; aumento de uma área radiotransparente; não formação de nova lâmina dura; evidência de progressão de uma reabsorção radicular. · O retratamento também deve ser indicado para os dentes que serão submetidos à cirurgia perirradicular, nos casos em que o canal radicular se apresenta inadequadamente instrumentado e obturado. A obturação retrógada, realizada em canais deficientemente obturados, por si só não é fator de sucesso cirúrgico. O RETRATAMENTO ENDODÔNTICO PODE SER INDICADO ETAPAS DO RETARDAMENTO Remoção da restauração coronári Remoção de retentores intrarradiculare Remoção do material obturador do canal radicular (esvaziamento Reinstrumentação do canal radicula Medicação intracanal Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 29 Restaurações simples: Remoção por Desgaste: As restaurações coronárias em dentes tratados endodonticamente podem ser simples, sendo, normalmente, constituídas de amálgamas, compósitos e ionômeros de vidro ou complexas, representadas pelas incrustações e coroas metálicas ou cerâmicas que, às vezes, podem ser suportes de aparelhos protéticos. As restaurações simples, de modo geral, não requerem considerações especiais quanto ao acesso aos canais radiculares, devendo, sempre que possível, ser removidas integralmente, através de instrumentos rotatórios. Na remoção por desgaste de materiais metálicos, usam-se instrumentos rotatórios, de preferência especiais, como as brocas Transmetal FG-153 (cilíndrica) e FG156 (cônica) da Maillefer. Também as brocas FG esféricas estandardizadas ou de haste longa são eficientes. Remoção de material cerâmico: Remoção por Ultrassom: Remoção por Tração: empregam-se brocas diamantadas. Nas coroas metalocerâmicas, primeiramente, a cerâmica será seccionada com broca diamantada e, a seguir, secciona-se o metal com brocas carbide. As restaurações coronárias complexas metálicas podem ser removidas por aparelhos ultrassônicos. Estes aparelhos vêm acompanhados de uma ponta especial, que é posicionada junto às diferentes faces da restauração. Com a aplicação da vibração ultrassônica, ocorre a fragmentação do cimento, podendo, a seguir, a restauração ser removida com tração, através de instrumentos clínicos. Outra maneira de se promover a remoção de restaurações coronárias complexas, principalmente coroas metálicas, é por meio do aparelho saca- prótese. REMOÇÃO DA RESTAURAÇÃO CORONÁRIA Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 30 Remoção por Tração: Remoção de Pino Metálico por Ultrassom: pode ser realizada empregando-se dispositivos especiais ou não. A tração simples, com o emprego de alicates comuns, fórceps ou porta agulhas, pode retirar os retentores intrarradiculares quando estes são fracamente fixados no interior do canal. A retirada de retentores com dispositivos especiais, por exemplo, alicate saca-pinos e pequeno gigante, que são capazes de aplicar, no topo radicular, uma força igual e com sentido contrário ao da remoção do pino. O emprego do aparelho ultrassônico na remoção de retentores intrarradiculares é um método conservador, eficiente e seguro que evita as perfurações e minimiza os riscos de fraturas. É indicado para todas as situações clínicas, principalmente para retentores em dentes posteriores e em dentes com estruturas dentárias enfraquecidas. Remoção por Desgaste: pode levar a problemas de enfraquecimento da raiz e até a perfuração. Para a remoção de pinos intrarradiculares metálicos por desgaste, podemos usar brocas de diferentes formas e diâmetros. Indicamos as brocas: Transmetal 153 e 154 (Maillefer); FG 2SU de 25 mm (Meisinger); LN 205 (Maillefer); e as brocas de aço com wídia de 28 mm, que são extremamente eficientes no desgaste de metais. Nesta técnica, desgastamos totalmente o metal, procurando manter a broca em contato com o pino, sem atingir a estrutura dentária. REMOÇÃO DE RETENTORES INTRARRADICULARES Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 31 Mecânicos: Térmicos: Químicos: Combinações: Remoção do cimento: instrumentos endodônticos. calcadores aquecidos, aparelhos especiais (Touch’n Heat, System B e ultrassom com pontas especiais). solventes orgânicos. termo-mecânicos e químico-mecânicos. Os cimentos endodônticos, independentemente de sua composição química, são removidos das paredes de um canal radicular por meio da ação mecânica de alargamento e/ou limagem dos instrumentos endodônticos. Instrumento endodôntico tipo K: Alargadores Largo, Gates-Glidden e Peeso: Solventes orgânicos: com diâmetro um pouco menor do que o diâmetro aparente da obturação em relação ao segmento cervical será selecionado. A ponta do instrumento é direcionada a guta-percha, aplicando-lhe um carregamento axial (avanço) associado a um movimento de rotação à direita de uma a duas voltas sobre o seu eixo e a seguir removido em sentido cervical. A rotação e o avanço provocam o corte e o encravamento das hélices do instrumento no cone de gutapercha. A remoção arranca o material cortado do interior do canal radicular. Esta manobra será repetida com o mesmo instrumento ou outro de menor diâmetro, avançando-o em sentido apical do canal radicular. são instrumentos mecanizados muito utilizados com este objetivo. Os alargadores mecanizados devem ser introduzidos e retirados sucessivamente do canal radicular, percorrendo distâncias variáveis de 1 a 5 mm em sentido apical, para que sejam removidos pequenos fragmentos do material obturador. Após aremoção do material existente na câmara pulpar e uma vez exposta a guta-percha, podemos ou não empregar solventes orgânicos (clorofórmio ou eucaliptol). REMOÇÃO DO MATERIAL OBTURADOR DO CANAL RADICULAR Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 32 Objetivo: Preparo do canal: Obturação Clinicamente, a reinstrumentação é considerada completa, quando não há mais evidência de guta-percha ou selador no instrumento endodôntico, as raspas de dentina excisadas são de coloração claras e o canal radicular, através da sensibilidade tátil, apresentar paredes lisas e, imaginariamente, uma forma adequada que permita sua posterior obturação de maneira efetiva. O preparo do canal deve estender-se a um limite próximo da abertura do forame principal (1 a 2 mm aquém). Durante a sequência do preparo, ao se passar de um instrumento de menor diâmetro para outro de maior diâmetro, é importante e fundamental que o canal cementário seja desobstruído até o diâmetro correspondente ao de um instrumento tipo K nº 20. : Quanto à obturação, ela deve ser homogênea e ficar confinada ao canal radicular, de 1 a 2 mm aquém do vértice radiográfico. A técnica de compactação lateral é a utilizada na grande maioria dos retratamentos. Entretanto, em determinadas situações clínicas, pode ser substituída por outra que empregue a guta-percha termoplastificada. REINSTRUMENTAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 33 Tratamento endodôntico assintomático e sem grandes dificuldades Tratamento endodôntico assintomático e com complexidade anatômica Pulpite aguda irreversível Necrose pulpar sem envolvimento periapical Periodontite apical aguda (pericementite) Nestes casos, o paciente pode permanecer assintomático ou acusar algum pequeno desconforto ou dor leve a moderada, que pode ser controlada com uso de analgésico por 24 horas Dipirona Sódica 500 mg, a cada 4 horas Ibuprofeno 200 mg ou Paracetamol 750 mg, a cada 6 horas (em caso de intolerância à dipirona) Casos com canais atrésicos, curvaturas, presença de nódulos pulpares ou calcificações que dificultam a instrumentação, pode-se lançar mão da analgesia perioperatória, ou seja, antes do procedimento, para prevenir a dor aguda, e sendo mantido por algumas horas após a instrumentação. Pré-operatório: Indica-se o uso de dexametasona 4 mg (1 comprimido) ou betametasona 4 mg (2 comprimidos de 2 mg), dose única, 30-45 minutos antes do atendimento. Pós-operatório: Já no pós, indica-se o uso dipirona sódica 500 mg a 1 g, a cada 4 horas, ou ibuprofeno 200 mg, a cada 6 horas, por 24-48 horas. Anestesia local: lidocaína ou mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou articaína 4% com epinefrina 1:100.00 ou 1.200.000 (evitar o uso da articaína em bloqueios regionais). Medicação pós-operatória: dipirona sódica 500 mg a 1 g, a cada 4 horas, por 24 horas ou paracetamol 750 mg ou ibuprofeno 200 mg a cada 6 horas. Medicação pós-operatória: dipirona sódica 500 mg a 1 g, a cada 4 horas, por 24 horas ou paracetamol 750 mg ou ibuprofeno 200 mg a cada 6 horas. A prescrição de antibióticos não está indicada nessas situações. Sem envolvimento pulpar (ex.: trauma oclusal): o tratamento compreende no ajuste oclusal do elemento dental envolvido e na prescrição de analgésico (dipirona, ibuprofeno ou paracetamol). Com envolvimento pulpar (necrose): paciente relata sensação de “dente crescido” (extrusão dental). Dor espontânea geralmente é suportável, mas severa ao mínimo toque com o antagonista. Medicação pré-operatória: 2-4 mg de dexametasona ou betametasona, por via oral Medicação pós-operatória: dipirona sódica 500 mg a 1 g, a cada 4 horas, por 24 horas ou paracetamol 750 mg ou ibuprofeno 200 mg a cada 6 horas. A prescrição de antibióticos não está indicada nessas situações. Protocolos farmacológicos Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 34 Abscesso periapical agudo Quando o dentista pode prescrever antibióticos? Como utilizar os antibióticos na odontologia? Doses de manutenção e duração do tratamento com antibióticos Primeiramente, deve-se tratar o efeito (abscesso), para em uma segunda etapa tratar a causa (dente). A eliminação da secreção purulenta constitui em formar uma via de drenagem que depende da localização do abscesso. Após a drenagem do canal, seja via canal ou via dreno, a descontaminação do sistema de canais radiculares deve ser feita somente após a resolução da fase aguda (48-72 horas). Medicação pós-operatória: dipirona sódica 500 mg a 1 g, a cada 4 horas, por 24 horas ou paracetamol 750 mg ou ibuprofeno 200 mg a cada 6 horas. Os antibióticos são recomendados quando o sistema de defesa do paciente não está sendo capaz de controlar o processo infeccioso sozinho: · Pacientes portadores de doenças metabólicas (p. Ex., diabetes) ou imunossuprimidos (p. Ex., leucemia, aids); · Sinais locais de disseminação da infecção (linfadenite, celulite facial, limitação da abertura de boca); · Manifestações sistêmicas da infecção (febre, taquicardia, falta de apetite e mal-estar geral). Administrar uma dose de ataque, 30 minutos antes do atendimento, com no mínimo o dobro da dose de manutenção. Dose inicial de ataque dos antibióticos (para adultos ou crianças com peso corporal > 30 kg): Abscessos apicais em fase inicial: Amoxicilina 1 g. Pacientes com história de alergia às penicilinas: claritromicina 500 mg. Abscessos apicais em fases mais avançadas: Amoxicilina 1 g + metronidazol 250 mg. Pacientes com história de alergia às penicilinas: clindamicina 600 mg. A duração do tratamento vai depender da evolução da infecção. A prescrição deve ser feita inicialmente por um período de três dias. Um novo atendimento deve ser agendado antes de completar as primeiras 72 horas de antibioticoterapia, para reavaliação do quadro clínico. A partir da anamnese e exame físico, optar pela interrupção ou manutenção da terapêutica. O único critério para interromper a terapia antibiótica das infecções agudas é a remissão dos sinais e sintomas clínicos. A vivência clínica mostra que o período médio do tratamento dos abscessos apicais agudos é de 3-5 dias. Doses de manutenção dos antibióticos (para adultos ou crianças com peso corporal > 30 kg): Abscessos apicais em fase inicial: Amoxicilina 500 mg a cada 8 horas. Pacientes com história de alergia às penicilinas: claritromicina 250 mg a cada 12 horas. Abscessos apicais em fases mais avançadas: Amoxicilina 500 mg + metronidazol 250 mg, a cada 8 horas. Pacientes com história de alergia às penicilinas: claritromicina 250 mg a cada 12 horas ou clindamicina 300 mg a cada 8 horas. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 35 Nas primeiras 24 horas, é importante manter contato com o paciente para saber informações sobre à evolução do quadro clínico. No caso de redução da sintomatologia, agendar uma consulta de retorno para o dia seguinte e avaliar a necessidade de se manter a antibioticoterapia e dar início ao preparo químico- mecânico do sistema de canais radiculares. Infecções bacterianas bucais podem evoluir e causar complicações graves, tanto locais quanto à distância, como osteomielite, fasciite necrosante cervical, abscessos orbitais ou cerebrais e angina de ludwig. Nos casos de disseminação da infecção para espaços teciduais adjacentes, com a presença de linfadenite, febre, taquicardia, disfagia (dificuldade de deglutição) e mal-estar geral, o paciente deve ser encaminhado a um cirurgião buco maxilofacial, pois em alguns casos a drenagem do abscesso é feita por meio de acesso extrabucal, em ambiente hospitalar. A descontaminação do local é fundamental e não se devesupervalorizar o emprego dos antibióticos na expectativa de que esses medicamentos resolvam o problema sozinhos. O hipoclorito de sódio é habitualmente utilizado como solução irrigadora auxiliar no preparo químico-mecânico do sistema de canais radiculares durante o tratamento endodôntico por sua propriedade de dissolver matéria orgânica, mas é extremamente irritante aos tecidos biológicos. O extravasamento pelo periápice ou quando injetado acidentalmente por via subperióstica ou submucosa é caracterizado por dor intensa na região, seguida de inchaço imediato e hemorragia excessiva via canal, exigindo medidas imediatas do profissional. Protocolo de atendimento Irrigação abundante (via canal), com solução salina normal (cloreto de sódio 0,9%) Explicar ao paciente sobre o episódio e de como será a resposta da inflamaçã Iniciar o tratamento da resposta inflamatória: Administrar 1 ampola de betametasona (4 mg/ml), por via intramuscular, para o controle do edema e da dor intensa Administrar 1 g de amoxicilina (ou clindamicina 300 mg aos alérgicos às penicilinas), em dose única, para prevenir infecção secundária Nas primeiras 24 horas, aplicar compressas de gelo com intervalos de 15 minutos No caso da formação de equimose (coleção sanguínea sem limites definidos), aplicar compressas quentes por um período de 24 horas, com intervalos de 15 minutos Prescrever dipirona 500 mg a 1g para o controle da dor Monitorar o paciente com relação ao controle da dor e ao risco de infecção secundária, até a remissão dos sinais e sintomas. Complicações dos abscessos Extravasamento acidental de hipoclorito de sódio Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 36 Função: Controle da reação inflamatória: combater microrganismos que resistiram à sanificação do sistema de canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-mecânico e modular a reação inflamatória, ocupando fisicamente o espaço do canal, pois o conduto vazio funciona como um tubo de ensaio para a recontaminação microbiana. Nas últimas décadas as associações a base de antiinflamatórios do grupo dos corticosteróides e antibióticos ou antimicrobianos são utilizados para o controle da reação inflamatória em dentes que sofreram intervenções endodônticas, porém portadores de polpa viva, representados pela Hidrocortisona - Otosporin® - potência 1 · Hidrocortisona - 10mg/ml (Corticosteroide); · Sulfato de Neomicina - 5mg/ml (Antibiótico); · Sulfato de Polimixina B - 10.000 UI/m (Antibiótico). Prednisolona - Rifocort® - potência 2 · Rifocort® - 10g (Prednisolona 2% Corticosteróide + Rifamicina 15mg Antibiótico); · Depo-Medrol® - 4ml (Corticosteróide); · Solução Fisiológica (0.9%) - 6m (Veículo). Dexametasona - NDP - potência 10 (FOUSP) · Fosfato de Dexametasona - 0.32g (Corticosteróide); · Paramonoclorofenol - 2.0g (Antimicrobiano); · Polietilenoglicol 400 + Rinossoro em partes iguais - qsp 100ml (Veículo). Medicação intracanal Cirurgia paraendodôntica Nos casos de cirurgias perirradiculares, se os protocolos de assepsia e antissepsia forem seguidos, a profilaxia antibiótica não é recomendada, a menos que o sistema imune do paciente esteja comprometido ou apresente condições de risco para infecções à distância (p. Ex., endocardite infecciosa). Se for decidido pela profilaxia antibiótica, por qualquer que seja o motivo, a prescrição de dose única pré-operatória de amoxicilina 1g, 1 hora antes do procedimento, é a mais indicada. Medicação pós-operatória: dipirona sódica 1 g ao final do procedimento e 500 mg a cada 4 horas, por 24 horas ou paracetamol 750 mg ou ibuprofeno 200 mg a cada 6 horas. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 37 Veículo utilizado: Dentes portadores de polpa viva: A ação dos medicamentos intracanal (MIC) estará condicionada ao veículo utilizado (aquoso, viscoso ou oleoso); concentração; tensão superficial no canal radicular e, a duração entre as sessões durante a terapia endodôntica. Entretanto, as MICs que utilizam veículo aquoso têm ação medicamentosa até 10 dias, o viscoso até 30 dias e o oleoso até 60 dias aproximadamente, interferindo diretamente na dissociação rápida, lenta e por longo período, dependo da necessidade em particular. Atualmente a medicação intracanal utilizada para casos envolvendo dentes portadores de polpa viva constitui-se na associação de um antiinflamatório do grupo dos corticosteróides com um antimicrobiano. O antiinflamatório é o fosfato de dexametasona, pois trata-se de corticosteróide potente e seguro do ponto de vista biológico e o antimicrobiano, o paramonoclorofenol, associados ao polietilenoglicol 400 (veículo viscoso) e ao rinossoro. Tal medicação é denominada NDP (FOUSP) e encontra-se disponibilizada comercialmente em tubetes, facilitando sua aplicação no interior do canal radicular. Composição Fosfato de Dexametasona - 0.32 Paramonoclorofenol - 2.0 Polietilenoglicol 400 + Rinossoro em partes iguais qsp - 100ml Dentes portadores de polpa mortificada: utiliza-se basicamente compostos antimicrobianos representados pelo hidróxido de cálcio e pelo paramonoclorofenol. Nos casos em que o preparo do canal, por motivos diversos como tempo, habilidade do profissional etc, não foi concluído, utiliza-se como medicação intracanal, o paramonoclorofenol associado ao polietilenoglicol 400 (veículo viscoso) e ao rinossoro, denominada PRP (FOUSP) encontrando-se, também, disponibilizada comercialmente em tubetes. Composição Paramonoclorofenol - 2.0g Polietileniglicol 400 + Rinossoro em partes iguais qsp - 100ml. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 38 Polpa morta onde o preparo do canal radicular foi concluído: utiliza-se o hidróxido de cálcio associado a um veículo aquoso (soro fisiológico). Encontra-se disponibilizada comercialmente em seringas (UltraCal® - Ultradent) e ou tubetes com o nome Calen® (SS White), "puro" com veículo viscoso e com veículo oleoso, o paramonoclorofenol (PMCC). É importante salientar que o hidróxido de cálcio possui duas atividades principais quando utilizado como medicação intracanal: ação antimicrobiana obtida pela elevação do pH (alcalinização) do meio e indução da mineralização tecidual através da ativação enzimática, principalmente da fosfatase alcalina. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 39 Técnica de introdução da medicação intracanal / MIC: Secagem com cones de papel: Introdução da MIC: Seringa ML (SS White): Secagem do canal - Iniciar aspiração com cânulas de grosso, médio e fino calibre, respectivamente, de cervical a proximidades do comprimento de trabalho (CRT ou CT), sem necessidade de calibrar com limitadores os comprimentos das cânulas. preferência pelos cones de papel absorvente Cell Packs (1ª. e 2ª. Série) embalados e previamente esterilizados. Cone de papel de calibre e comprimento idêntico ao instrumento utilizado no preparo apical (PA). Valendo-se da seringa Carpule e tubetes de NDP ou PRP previamente posicionado, calibrar agulha curta pré curvada e limitador de silicone à 2mm aquém do CRT. Salienta-se, a pré curvatura pode ser conseguida por meio por ex.: do intermediário de aspiração ou caneta de alta rotação para facilitar a introdução da medicação intracanal no interior do conduto. Sempre desprezar a primeira gota de MIC antes da introdução e preencher de apical para cervical até as imediações da entrada do canal. Valendo-se da seringa e o tubete de glicerina previamente posicionado, calibrar agulha longa pré curvada e limitador de silicone à 2mm aquém do CRT, valendo-se do giro à direita do acionador de êmbolo da seringa ML até sair uma gotaatravés da extremidade para lubrificação da agulha, substituir o tubete de glicerina pelo Hidróxido de Cálcio (Calen®), rosquear novamente o suficiente para desprezar a primeira gota de Ca(OH)2. Preencher de apical para cervical até as imediações da entrada do canal. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674 William Santos @odontocomwill 40 Instrução de uso Ultracal 1. Após concluída a instrumentação do canal, remover a tampa da seringa de Ultracal XS e conectar uma ponta NaviTip 2. Aplique o UltraCal XS próximo ao ápice, lentamente removendo a ponta em direção coronária 3. Como o material é básico, utilize com cuidado, e lave com água em abundância caso o material seja inadvertidamente despejado em alguma área indesejada. 4. Aplique com uma ponta NaviTip, permanecendo ao menos 2mm aquém do ápice, certificando-se de deixar a ponta livre no canal. Licensed to Gustavo Chaves - chaves.gustavor@gmail.com - 15564197674