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Slides de Aula Unidade I

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Prof. Dr. Marcelo Depieri
UNIDADE I
Economia Política
 Compreender como a economia política pode nos ajudar a entender o 
mundo contemporâneo.
 Como se desenvolve e funciona o modo de produção capitalista.
O pilar teórico da disciplina:
 Teoria marxiana – fornece um rico instrumental para o entendimento da produção capitalista 
– “O capital” (séc. XIX).
 Teorias do imperialismo.
Objetivo
 Filósofo moral – Teoria dos Sentimentos Morais (1759): simpatia; egoísmo naturalista.
 A Riqueza das Nações (1776): A superação está em aceitar a existência de um “princípio de 
altruísmo” como dominante em todas as esferas do comportamento humano, exceto uma em 
particular, na qual impera o egoísmo, sendo essa justamente a que se relaciona com a 
obtenção de riquezas materiais (TEIXEIRA, 2000).
 Mão invisível: o progresso econômico abre um caminho para si mesmo, independentemente 
da estrutura jurídica ou do regime político.
Adam Smith e a problemática da Economia Política clássica
 Para Smith, as leis econômicas apresentam uma regularidade “natural”, lembre-se, 
independentemente do corpo político. Essa “naturalidade” tem também um sentido prático: 
quando os fenômenos econômicos se dão “naturalmente”, leia-se sem a interferência do 
Estado, eles trazem o máximo de benefício para todos os indivíduos e, portanto, 
para toda a sociedade.
 Essa é uma das razões pelas quais Marx utilizará, às vezes de modo intercambiável, os 
termos Economia Política clássica e Economia Política burguesa, apontado para o fato de 
que é impossível separar completamente o teórico do ideológico (porta-voz do interesse de 
um grupo ou uma classe social particular).
Adam Smith e a problemática da Economia Política clássica
 Existência de classes sociais: “O governo civil, na medida em que é instituído para garantir a 
propriedade, de fato o é para a defesa dos ricos contra os pobres, ou daqueles que têm 
alguma propriedade contra os que não possuem propriedade alguma” (SMITH, 1985, livro 2, 
p. 192). Essa frase, que num outro contexto muitos poderiam presumir ser de Marx, é na 
realidade uma passagem de A Riqueza das Nações.
 A inventividade analítica dessa divisão social em classes se tornaria um ponto pacífico para 
todas as obras relevantes da Economia Política clássica. Dessa forma, é inevitável 
reconhecer que a genialidade de Smith não se resume no modo pelo qual ele “resolve” o 
problema da Filosofia Política de sua época; ela é mais ampla e, 
nesse mesmo sentido, mais intricada. Ao mesmo tempo que 
será considerado um dos arautos do liberalismo econômico, o 
mesmo Smith apresenta uma Teoria da Distribuição que 
reconhece classes sociais e lutas de classes.
Teoria da distribuição em Smith
 A Teoria da Distribuição da Renda considera as “classes sociais básicas” (capitalistas, 
trabalhadores e proprietários de terra). Os critérios de diferenciação dessas classes são 
dados pelos recursos produtivos que possuem (capital, trabalho e terra) e pelo tipo de 
rendimento que auferem (lucros, salários e aluguéis).
 — Proprietários de terras: não possuem capital produtivo; não se interessam por 
crescimento; não têm estímulos para poupar e acumular capital, logo eles têm uma 
“propensão a poupar” igual a zero. Conclusão parcial: não contribuem para o crescimento da 
riqueza da nação.
 — Trabalhadores: só possuem o seu trabalho; “caracterização 
sociopolítica”: a coalização dos capitalistas e sua influência no 
governo e no parlamento, além da competição no mercado de 
trabalho, tendem a empurrar os salários reais a níveis de 
subsistência. Assim, a “propensão a poupar” também é zero. 
Conclusão parcial: contribuem para a produção, mas não para 
o crescimento da riqueza de uma nação.
Teoria da Distribuição em Smith
 — Capitalistas: possuem capital produtivo e buscam sua ampliação. Logo, têm uma alta 
“propensão a poupar”. Conclusão parcial: mais lucros significam maior crescimento da 
riqueza da nação. 
 A conclusão geral desse raciocínio é que o interesse geral da nação coincide com o da 
classe capitalista (burguesa). Afinal, essa é a única classe que, além de contribuir para a 
produção de riqueza, tem capacidade de fazer a riqueza da nação se expandir.
Teoria da Distribuição em Smith
 Atentando-nos ao título de sua obra, é possível afirmar que, dentre seus objetivos, a Teoria 
do Valor aparece para subsidiar a compreensão e a análise da natureza da riqueza (na 
época capitalista).
 Nos três primeiros capítulos de sua obra (mais gerais), a riqueza (seja ela social ou 
individual) é concebida como um conjunto maior ou menor de bens materiais úteis que são 
produto do trabalho humano, ou seja, um conjunto heterogêneo de bens, cujo crescimento é 
explicado pela divisão do trabalho.
 No quinto capítulo, todavia, a riqueza recebe uma outra 
distinção. Riqueza (social ou individual) é concebida como a 
capacidade de comandar, ou controlar, trabalho humano 
alheio (CARCANHOLO, 2012), ou seja, a forma social 
específica da riqueza, particularmente na época capitalista, é 
de uma relação social de domínio sobre seres humanos.
Teoria do Valor em Smith
 Como apontam Screpanti e Zamagni (2005), há pelo menos duas maneiras de “interpretar” 
a teoria smithana do valor (que são, de fato, produto de correntes diferentes de 
pensamento econômico).
 Aquela que será apropriada pela Economia Política clássica e problematizada por Marx 
coloca a ênfase do argumento na produção dos valores das mercadorias (na quantidade de 
trabalho). Trabalho é assim assimilado como um investimento de energia, no limite, um 
serviço produtivo que pode ser especificado e medido.
 Nessa linha de interpretação, as relações de produção são fenômenos objetivos, assim como 
são objetivas as relações de troca. Isso significa que o papel produtivo do trabalho e o valor 
são independentes das escolhas dos indivíduos e de fatores psicológicos.
 Assim, a Teoria do Valor baseada no trabalho (seja ele 
incorporado, seja sua capacidade de comando de outros 
trabalhos) não pode deixar de ser uma teoria objetiva do valor 
e não requer fundamentos psicológicos.
Teoria do Valor em Smith
 Uma outra interpretação, que se difundirá após Marx, é aquela aceita por praticamente todos 
os economistas de origem “neoclássica”.
 Nessa outra linha, o destaque é dado à dificuldade do trabalho (“o incômodo que a pessoa 
pode poupar a si mesma e pode impor a outros”). Trabalho é assim entendido como qualquer 
esforço doloroso com vista a uma condição futura melhor do agente econômico.
 A implicação dessa outra linha interpretativa é a de que o trabalho é vinculado a uma 
utilidade negativa, sendo sua medida dada em dor, portanto impossível de ter uma 
definição objetiva. Afinal, cada indivíduo tem sua própria ideia de como o seu próprio 
trabalho é “doloroso”.
 A Teoria do Valor, vista como uma teoria subsidiária à 
teorização sobre preços, necessita fundamentos 
microeconômicos, pois ela centra sua análise nas escolhas 
individuais. Isso significa que tanto a Teoria da Distribuição da 
Riqueza como a Teoria do Valor são subjetivas (SCREPANTI; 
ZAMAGNI, 2005).
Teoria do Valor em Smith
 Apesar de termos em Smith o ápice da sistematização científica para um conjunto de 
questões colocadas pela economia pré-clássica, há nele algumas contradições e 
incongruências (as primeiras delas tendo sido difundidas e reconhecidas amplamente com a 
obra de David Ricardo).
 Apoiado no próprio Marx, Francisco Teixeira (1995) enfatiza que em Smith parece haver uma 
contradição entre o fundamento/aspecto essencial dos fenômenos e a expressão positiva 
desses fenômenos existentes na produção capitalista, o que faz seu pensamento se mover 
sobre uma série de inconsistências (e mesmo incoerências).
 Em alguns momentos, Smith sustenta a dimensão essencial 
do problema, renunciando à devida compreensão da forma 
pela qual os fenômenos aparecem na realidade; noutrosmomentos, ele faz o movimento inverso.
Teoria do Valor em Smith
Sobre a explicação de Adam Smith sobre o progresso econômico, pode-se afirmar:
a) Deriva da ação dos proprietários de terra.
b) Deriva da ação dos trabalhadores.
c) Deriva da ação tanto de proprietários de terra e capitalistas.
d) Deriva da ação dos capitalistas.
e) Deriva da ação de todas as classes sociais.
Interatividade
Sobre a explicação de Adam Smith sobre o progresso econômico, pode-se afirmar:
a) Deriva da ação dos proprietários de terra.
b) Deriva da ação dos trabalhadores.
c) Deriva da ação tanto de proprietários de terra e capitalistas.
d) Deriva da ação dos capitalistas.
e) Deriva da ação de todas as classes sociais.
Resposta
 Princípios de Economia Política e Tributação (1817);
 O objeto da Economia Política também recebe uma definição precisa: determinar as leis que 
regem a distribuição do produto (da terra, por meio de trabalho, máquinas e capital) entre as 
três classes fundamentais (proprietários de terras, donos de capital e trabalhadores).
 Sabemos que dentre as “incoerências” de Smith está aquela em que se evidenciam suas 
próprias influências: a produção de uma Teoria do Valor que se concentra ora na quantidade 
objetiva de trabalho despendido (e suas relações também objetivas), ora em determinantes 
subjetivos dos esforços e “utilidade negativa” do trabalho.
David Ricardo
 No interior das questões abertas por Smith, a saída formal encontrada por Ricardo para 
construir sua Teoria do Valor-Trabalho foi abandonar as tentativas de encontrar uma medida 
dos valores que fosse invariável. Na sua visão, o problema enfrentado por Smith se devia 
basicamente a se utilizar dois conceitos diferentes para o valor.
 Dentre os méritos de Ricardo está o de deslocar definitivamente a problemática da economia 
capitalista do âmbito da circulação (que no caso do valor aparece sob a forma de trabalho 
comandável via mercado) para o âmbito da produção (valor determinado pelo trabalho 
incorporado nas mercadorias).
David Ricardo
 Ainda que, segundo Ricardo, o valor de troca tenha duas fontes – a escassez e a quantidade 
de trabalho –, ao se ter como objetivo analisar a reprodução da acumulação de capital, é 
indispensável reconhecer que a escassez não é tão relevante para a análise.
 Para Ricardo, o valor deve ser examinado em seu aspecto objetivo, eliminando assim 
qualquer dúvida relacionada a esforços realizados no trabalho ou determinação de valor pela 
capacidade de comando de trabalho na esfera da circulação (mercado).
 “Se a quantidade de trabalho contida nas mercadorias determina o seu valor de troca, todo 
acréscimo nessa quantidade de trabalho deve aumentar o valor da mercadoria sobre a qual 
ela foi aplicada, assim como toda diminuição deve reduzi-lo” (RICARDO, 1996, p. 25).
 Segundo Ricardo, o “preço natural do trabalho”, o valor das 
mercadorias que o trabalhador recebe sob a forma de salário, 
é determinado pelo preço de bens necessários para sustento e 
reprodução do trabalhador e de sua família.
David Ricardo
 Pelo preço de bens necessários ao sustento e reprodução do trabalhador e sua família 
(salário de subsistência).
 Preço natural do trabalho – equivale ao valor das mercadorias que o trabalhador recebe sob 
a forma de salário.
 Conclusão: o preço relativo de uma mercadoria depende da quantidade de trabalho nela 
incorporado (mais ou menos) e não da maior ou menor remuneração do trabalhador.
Como se determinam os salários?
 Tem efeito temporário.
 A produtividade do trabalho é a causa da mudança no valor de troca (preços relativos).
 Produtividade – expressa a quantidade incorporada de horas trabalho na produção 
de mercadorias.
 Se a produtividade aumenta – menos horas de trabalho.
 Se a produtividade diminui – mais horas de trabalho.
 A produtividade explica porque algumas mercadorias tem preços diferentes em relação a 
outras mercadorias.
 O preço relativo de uma mercadoria claramente “depende 
da quantidade relativa de trabalho necessário para sua 
produção, e não da maior ou menor remuneração que é 
paga por esse trabalho” (MARX, 2006).
A influência da Oferta e da Demanda na determinação dos preços, em 
Ricardo
 Os quarenta anos que separaram a publicação de A Riqueza das Nações (1776) de Smith 
dos Princípios de Economia Política e Tributação (1817) foram marcados por grande 
entusiasmo e otimismo. A Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução 
Francesa (1789) marcavam uma nova fase política e social na Europa e que se 
espraiava pelo mundo.
 Não é casual que, por exemplo, a obra de Smith seja capaz de transmitir uma visão 
progressista e harmoniosa da vida social inaugurada como mundo burguês. Não se 
tratava de romanticamente defender relações tradicionais feudais, vínculos de servidão e 
mesmo de agitação religiosa.
 Esse novo mundo burguês que se constituía exigia a 
compreensão não do “sentimentalismo”, mas das relações de 
troca generalizadas, do comportamento dos mercados, da 
nova divisão social do trabalho, não mais fundada em fé ou 
autoridade feudal. Foi, portanto, um período revolucionário que 
marcou um redesenho da Europa (sem contar a América).
Conflitos sociais e o declínio da Economia Política clássica
 Contudo, a perspectiva de harmonia social apresentada pela Economia Política nascente 
conflitava com a eclosão de novos conflitos sociais, abertos pela revolução industrial e pela 
reorganização da divisão social. Por exemplo, ainda durante a gênese da revolução 
industrial, surgiram dentre as formas de rebelião dos trabalhadores as ações de destruição 
de máquinas. A compreensão dos trabalhadores era usualmente de que as máquinas 
haviam tomado seus empregos (e não de que elas haviam sido introduzidas para garantir 
maximização de lucros capitalistas).
Conflitos sociais e o declínio da Economia Política clássica
 Livro I – O processo de produção do Capital – 1867
 Livro II – O processo de circulação do Capital – 1885
 Livro III – Processo global de reprodução do Capital – 1894
O Capital – Karl Marx
 1830 – proletariado urbano (desemprego e carestia) e burguesia (excluída do poder político) 
– ingredientes para o fortalecimento de ideologias liberais e nacionalistas.
 1848 – Primavera dos povos - movimentos decorrentes de crises econômicas, governos 
autocráticos – ideologias liberais, democráticas, nacionalistas e socialistas.
O Contexto social
 Crescimento do proletariado urbano (França-1830/1850).
 Movimento operário (seitas secretas - republicanos e do socialismo utópico).
 Marx - proletariado revela-se como o sujeito histórico da transformação política e 
material do mundo.
 Relações sociais de produção de riqueza são realidades históricas.
 Tem como objetivo explicar a natureza da relação entre 
salários e lucros.
Contexto histórico sobre a qual repousa o objeto de análise de Marx
 Economia política é a ciência que estuda a dinâmica da reprodução do capital e de suas 
relações sociais.
 Sua análise não está voltada à forma como o capitalismo se manifesta concretamente no 
mundo real.
 O objeto de análise é o abstrato-formal, ou seja o modo de produção capitalista, ou seja as 
leis do movimento do capital.
 Portanto, economia política refere-se ao estudo das leis de 
reprodução do capital.
Conceito de economia política em Marx
 Ao estudar as economias de mercado - apresenta-se com “pele” burguesa.
 A falha foi não estudar as relações sociais de produção de riqueza enquanto 
realidades históricas.
 O capital deve ser analisado sob a ótica de sua formação sócio histórico de produção e 
distribuição da riqueza.
 Sociedade capitalista – formações sociais em um dado momento da história.
 Formação social – pode ter mais de uma 
organização de produção.
Crítica da economia política clássica
O que é uma sociedade capitalista?
 – São formações sociais em um dado momento da história.O que é modo de produção capitalista?
 – É um objeto abstrato-formal, a rigor não existe na realidade, pois pode existir mais de uma 
organização de produção numa formação social. 
O que é formação social?
 – São objetos originais e singulares.
Crítica da economia política clássica
Sobre a determinação dos preços na Teoria de Ricardo, pode-se afirmar:
a) As oscilações na oferta e na demanda são os principais determinantes.
b) A oferta e a demanda têm algum efeito, mas ele é temporário.
c) A produtividade não explica porque algumas mercadorias tem preços diferentes em relação 
a outras mercadorias.
d) O preço relativo de uma mercadoria claramente depende de sua utilidade. 
e) A quantidade de trabalho não é um fator importante.
Interatividade
Sobre a determinação dos preços na Teoria de Ricardo, pode-se afirmar:
a) As oscilações na oferta e na demanda são os principais determinantes.
b) A oferta e a demanda têm algum efeito, mas ele é temporário.
c) A produtividade não explica porque algumas mercadorias tem preços diferentes em relação 
a outras mercadorias.
d) O preço relativo de uma mercadoria claramente depende de sua utilidade. 
e) A quantidade de trabalho não é um fator importante.
Resposta
 Por que iniciar a análise pela mercadoria?
 Interesse em investigar a ordem burguesa.
 Por uma questão de método.
 “A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas 
propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, 
provenham do estômago ou da fantasia” (MARX, 2006).
A mercadoria
 Conceito de Valor – está presente em toda obra.
 Ordem burguesa.
 Valor expressa as relações mercantis.
 Valor é a forma de existência da riqueza em determinado período.
 É na sociedade capitalista que o Valor se generaliza.
A mercadoria
 Coisa útil – utilidade também está ligada a um desenvolvimento histórico convencional.
 Valor de uso – esse caráter não depende da quantidade de trabalho empregado para obter 
suas qualidades úteis, em outras palavras para ter valor de uso.
 Realização do valor de uso: utilização ou o consumo.
 Valores de uso são o conteúdo material da riqueza.
A mercadoria
 Valores de uso são também os veículos materiais do valor de troca.
 Utilidade: aparência e essência.
 Aparência: relação individuo x objeto.
 Essência: é útil em uma sociedade capitalista aquilo que serve aos interesses do capital. É 
objetiva em sua relação com o capital.
A mercadoria – valor de uso
 ¼ de trigo é igual a x de graxa.
é igual a y de seda.
é igual a z de ouro.
 X de graxa, y de seda e z de ouro são valores de troca para ¼ de trigo, eles podem ser 
permutáveis e iguais entre si.
Dedução:
 O valor de troca só pode ser a maneira de expressar-se, a forma de manifestar-se de uma 
substância que dele se pode distinguir.
A mercadoria – valor de troca
 O que significa essa igualdade? Que algo comum, com a mesma grandeza, existe em duas 
coisas diferentes, em uma quarta de trigo e em y de seda.
 Os valores de troca têm de ser reduzíveis a uma coisa comum, da qual representam uma 
quantidade maior ou menor.
 “Como valores de uso, as mercadorias são, antes de mais nada, de qualidade diferente; 
como valores de troca, só podem diferir na quantidade, não contendo portanto, nenhum 
átomo de valor de uso” (MARX, 2006).
 “Se prescindirmos do valor de uso da mercadoria, só lhe resta 
ainda uma propriedade, a de ser produto do trabalho” (MARX, 
2006).
A mercadoria
 Trabalho útil – aquele cuja utilidade se patenteia no valor de uso do seu produto ou cujo 
produto é um valor de uso.
 Trabalhos qualitativamente diferentes (tecelão, alfaiate).
 Trabalhos úteis diversos – divisão social do trabalho.
 Divisão social do trabalho é condição necessária para a produção de mercadorias, mas a 
produção de mercadorias não é condição necessária para a divisão social do trabalho.
 Trabalho, como criador de valor de uso, com trabalho útil, é indispensável à 
existência do homem.
Trabalho útil
 Quando se coloca de lado o valor de uso, abstrai-se elementos materiais que fazem dele 
valor de uso.
 No momento da troca ele não é mais mesa, cadeira ou casa.
 Desvanecem-se, portanto, as diferentes formas de trabalho. Não se distinguem, mas 
reduzem-se, todas, a uma única espécie de trabalho. 
 Objetividade do Valor.
Trabalho abstrato
 À primeira vista: mercadoria como coisa trivial, imediatamente compreensível.
 Analisando-a vê-se que é algo muito estranho, cheio de sutilezas metafísicas.
 Valor de uso: nada de estranho. 
 Trabalho: ser humano modifica de modo que lhe é útil a forma dos elementos naturais. 
 O caráter misterioso não provém do seu valor de uso.
O fetichismo da mercadoria e seu segredo
Sobre Marx e a economia política, pode-se afirmar que:
a) Parte da ideia que o valor é algo subjetivo.
b) A oferta e a demanda são determinantes para o valor de uma mercadoria.
c) Avançou na contribuição à economia política ao analisar a duplicidade do trabalho.
d) Considera que a acumulação de capital conduz ao bem-estar social.
e) Considera que a produção capitalista é a única forma de organização social. 
Interatividade
Sobre Marx e a economia política, pode-se afirmar que:
a) Parte da ideia que o valor é algo subjetivo.
b) A oferta e a demanda são determinantes para o valor de uma mercadoria.
c) Avançou na contribuição à economia política ao analisar a duplicidade do trabalho.
d) Considera que a acumulação de capital conduz ao bem-estar social.
e) Considera que a produção capitalista é a única forma de organização social.
Resposta 
 “Não é com seus pés que as mercadorias vão ao mercado, nem se trocam por decisão 
própria. Temos de procurar seus responsáveis, seus donos” (MARX, 2006).
 Mercadorias são coisas: indefesas diante do homem.
 Donos das mercadorias: consentimento do outro de que somente um se aposse 
da mercadoria.
O Processo de troca
 Reconhecimento da qualidade de proprietário privado.
 Relação de direito: 
 Conteúdo da relação jurídica é dado pela própria relação econômica.
 Função das pessoas na troca: representantes das mercadorias. 
 Uma mercadoria vê em qualquer outra a forma de manifestar-se o próprio valor.
 “Igualitária e cínica de nascença está sempre pronta a trocar corpo e alma com qualquer 
outra mercadoria” (MARX, 2006).
O Processo de troca
 Povos nômades: primeiros a desenvolver a forma dinheiro.
 Troca de mercadorias rompem os laços locais: metais preciosos se colocam como 
equivalentes universais.
 Magia do dinheiro: ouro e prata já saem das entranhas da terra como encarnação direta de 
todo trabalho humano.
 Fetiche do dinheiro.
O Processo de troca
 Para simplificar: ouro é a mercadoria dinheiro.
 Não é através do dinheiro que as mercadorias se tornam comensuráveis. 
O Dinheiro
 O preço ou a forma dinheiro das mercadorias é uma forma puramente ideal ou mental.
 “Todo dono de mercadoria sabe que não transformou sua mercadoria em ouro, quando dá a 
seu valor a forma de preço ou a forma idealizada de ouro e que não precisa de nenhuma 
quantidade de ouro real para estimar em ouro milhões de valores de mercadorias” (MARX, 
2006).
 “O preço é a designação monetária do trabalho corporificado na mercadoria. Desse modo é 
uma tautologia afirmar a equivalência da mercadoria com o montante de dinheiro que é seu 
preço, do mesmo modo que a expressão do valor relativo de uma mercadoria é sempre a 
expressão da equivalência entre duas mercadorias. Mas, se o 
preço, ao revelar a magnitude do valor da mercadoria, revela a 
relação de troca da mercadoria com o dinheiro, não decorre daí 
necessariamente a recíproca de que o preço, ao revelar a 
relação de troca da mercadoria com o dinheiro, revele a 
magnitude do valor da mercadoria” (MARX, 2006).
O Dinheiro
 Preço pode expressar tanto a magnitude do valor da mercadoria quanto essa magnitude 
deformadapara mais ou para menos.
 A possibilidade de divergência quantitativa entre preço e magnitude de valor é inerente à 
própria forma preço.
O Dinheiro
 O ouro, quando mercadoria apenas, não é dinheiro.
 Mercadoria converte-se em dinheiro e dinheiro reconverte-se em mercadoria (O tecelão de 
linho vende sua mercadoria por duas libras e utiliza essas duas libras para comprar outra 
mercadoria, por exemplo, a bíblia).
 M – D – M. 
Sobre o preço:
 “(...) surge, então, a pergunta com relação ao dinheiro: Quanto? A resposta já se encontra no 
preço da mercadoria, o qual evidencia a magnitude do valor dela. Pomos de lado eventuais 
erros de cálculo, puramente subjetivos, que são logo corrigidos 
pela objetividade do mercado” (MARX, 2006).
O Dinheiro
 No entanto, as mercadorias, viam no ouro a figura ideal do seu valor. Torna-se dinheiro real, 
porque as mercadorias, por meio de sua alienação geral, fazem dele a encarnação real do 
seu valor, a figura que se transforma seu corpo útil.
 A circulação das mercadorias difere formal e essencialmente da troca imediata de produtos.
 Circulação: M – D – M. Troca é apenas troca.
 Formas da circulação: implicam a possibilidade, apenas possibilidade, das crises. 
O Dinheiro
 Curso do dinheiro: é a repetição constante e monótona do mesmo processo (M-D-M). 
 Função meio de compra: cumpre essa função ao realizar o preço da mercadoria.
 Mercadorias: se afastam constantemente da esfera da circulação. 
 E o dinheiro, em sua função de meio de compra, continua na esfera da circulação.
Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias
 Por outro lado cabe ao dinheiro a função meio de circulação porque é o valor das 
mercadorias, como realidade independente. 
 Entesouramento. 
 Nos primórdios do desenvolvimento da circulação das mercadorias desenvolvem-se a 
necessidade e a paixão de reter o produto da primeira metamorfose.
 Vende-se mercadoria não para comprar mercadoria, mas para substituir a forma 
mercadoria pela forma dinheiro. 
 “A transformação passa a ter fim em si mesma, ao invés de servir de meio de 
circulação das coisas” (MARX, 2006).
 “Não revelando o dinheiro aquilo que nele se transforma, 
converte-se tudo em dinheiro, mercadoria ou não. Tudo se 
pode vender ou comprar. A circulação torna-se a grande 
retorta social a que se lança tudo, para ser devolvido na 
forma dinheiro” (MARX, 2006).
Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias
 Desejo de entesourar é insaciável.
 Circulação de mercadorias: aparece a mesma magnitude de valor sob dois aspectos, 
mercadoria num polo, e dinheiro, no polo oposto.
 Meio de Pagamento (papel moeda em poder do público, depósitos à vista, depósitos de 
poupança, títulos públicos).
 Desenvolvimento da circulação das mercadorias: o dinheiro adquire nova função. Ele se 
torna meio de pagamento.
Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias
 “Ainda há pouco, inebriado pela prosperidade e jactando-se de seu racionalismo, o burguês 
declarava ser o dinheiro mera ilusão. Só a mercadoria é dinheiro. Mas, agora, se proclama 
por toda parte: só o dinheiro é mercadoria” (MARX, 2006).
 “E sua alma implora por dinheiro, a única riqueza, como o gado, na seca, brama por água”.
(MARX, 2006).
 O dinheiro do crédito decorre diretamente da função do dinheiro como meio de pagamento, 
circulando certificados das dívidas relativas às mercadorias vendidas, com o fim de transferir 
a outros o direito de exigir o pagamento delas. 
Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias
Pode-se afirmar, nas análises de Marx sobre o Dinheiro e o Processo de Troca, que:
a) No entesouramento, interrompe-se a circulação com a primeira fase; retira-se da circulação 
a forma transfigurada da mercadoria, o dinheiro.
b) O preço sempre expressa a magnitude do valor da mercadoria. 
c) No processo de troca, o ser humano se configura em elemento principal da sociedade 
capitalista. Como diz Marx: “o sujeito da história no capitalismo”. Considera que a 
acumulação de capital conduz ao bem estar social.
d) No processo de troca, a mercadoria não precisa se realizar 
como valor de uso.
e) O dinheiro para Marx é somente meio de circulação.
Interatividade
Pode-se afirmar, nas análises de Marx sobre o Dinheiro e o Processo de Troca, que:
a) No entesouramento, interrompe-se a circulação com a primeira fase; retira-se da circulação 
a forma transfigurada da mercadoria, o dinheiro.
b) O preço sempre expressa a magnitude do valor da mercadoria. 
c) No processo de troca, o ser humano se configura em elemento principal da sociedade 
capitalista. Como diz Marx: “o sujeito da história no capitalismo”. Considera que a 
acumulação de capital conduz ao bem estar social.
d) No processo de troca, a mercadoria não precisa se realizar 
como valor de uso.
e) O dinheiro para Marx é somente meio de circulação.
Resposta
 CARCANHOLO, R. Marx, Ricardo, Smith: sobre a Teoria do Valor-Trabalho. Vitória: Edufes, 
2012.
 MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I, 24ª ed. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2006.
 RICARDO, D. Princípios de Economia Política e tributação. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
 SCREPANTI, E.; ZAMAGNI, S. An outline of the history of economic thought. Oxford 
University Press, 2005.
 SMITH, A. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São 
Paulo: Nova Cultural, 1985.
 TEIXEIRA, A. Marx e Economia Política: a crítica como 
conceito. Econômica, Niterói, nº 4, p. 85-109, dez. 2000.
 TEIXEIRA, F. J. S. Pensando com Marx: uma leitura crítico-
comentada de O Capital. São Paulo: Ensaio, 1995.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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