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Aula 6 - Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I

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SISTEMA DE ENSINO
ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM
Pacientes com Alterações da Função 
Metabólica e Endócrina - Parte I
Livro Eletrônico
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade 
Estadual de Feira de Santana – em 1999; 
pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e 
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atua como Educadora/
Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – 
FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. 
Além disso, é docente em cursos de pós-
graduação e preparatórios para concursos há 16 
anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde 
Pública e específicas de Enfermagem.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
Profª. Natale Souza
Assistência de Enfermagem a Pacientes com Alterações Metabólicas e 
Endócrinas – Parte I ....................................................................................4
1. Diabetes Mellitus Tipo 1 ...........................................................................5
1.1. Diabetes Mellitus Tipo 1A ......................................................................6
1.2. Diabetes Mellitus Tipo 1B ......................................................................7
2. Diabetes Mellitus Tipo 2 .........................................................................11
3. Diabetes Mellitus Gestacional .................................................................13
4. Principais Sintomas do Diabetes Mellitus ..................................................16
5. Critérios Diagnósticos para Diabetes Mellitus ............................................21
5.1. Critérios de Diagnósticos para DM Recomendados pela ADA e pela SBD .....21
6. Rastreamento e Prevenção do Diabetes ...................................................22
7. Complicações do Diabetes ......................................................................24
7.1. Cetoacidose Diabética .........................................................................24
7.2. Hipoglicemia .....................................................................................28
7.3. Avaliação e Manejo das Complicações Crônicas do Diabetes Mellitus ..........30
Referências ..............................................................................................48
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
Profª. Natale Souza
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ALTERA-
ÇÕES METABÓLICAS E ENDÓCRINAS – PARTE I
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), diabetes e suas com-
plicações constituem as principais causas de mortalidade precoce na maioria dos 
países; aproximadamente 5 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos mor-
reram por diabetes em 2015, o equivalente a um óbito a cada 6 segundos.
Embora no conhecimento popular, o diabetes seja frequentemente associado 
unicamente à não produção de insulina pelo pâncreas, o diabetes mellitus (DM) 
consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, 
decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os 
mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo, (SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE DIABETES, 2017).
Ainda de acordo com o referencial acima, a hiperglicemia persistente está as-
sociada a complicações crônicas micro e macrovasculares, aumento de morbidade, 
redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade.
A classificação do DM tem sido baseada em sua etiologia. Os fatores causais dos 
principais tipos de DM – genéticos, biológicos e ambientais – ainda não são com-
pletamente conhecidos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
Profª. Natale Souza
Questão 1 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O diabetes mellitus é
a) uma alteração da produção de insulina, com deficiência da mesma.
b) um grupo de distúrbios metabólicos resultantes de defeito da ação da insulina, 
na secreção de insulina ou em ambas.
c) uma deficiência na ação da insulina.
d) uma resistência à ação da insulina em nível periférico.
e) uma falência completa do pâncreas exócrino.
Letra b.
O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por 
hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na 
sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo pra-
zo, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
1. Diabetes Mellitus Tipo 1
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica, decor-
rente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa 
na produção de insulina, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
O DM tipo 1 acomete de forma igual homens e mulheres, é mais frequentemen-
te diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens. 
Apesar do Brasil está em terceiro lugar no tange a prevalência do DM tipo 1, no 
mundo, este corresponde a apenas 5 a 10% de todos os casos de DM.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
Profª. Natale Souza
O diabetes mellitus tipo 1, subdivide-se em DM tipo 1A e DM tipo 1B, a depender da 
presença ou da ausência laboratorial de autoanticorpos circulantes, respectivamente.
No período clínico, os sinais e os sintomas mais frequentes são poliúria, po-
lidipsia, polifagia, astenia e perda de peso. O diagnóstico de diabetes ocorre 
entre 1 e 6 semanas após o início das manifestações clínicas. A confirmação diag-
nóstica é realizada por meio de glicemia plasmática de jejum ≥ 126 mg/dL ou gli-
cemia casual, em qualquer hora do dia, ≥ 200 mg/dL. (SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE DIABETES, 2017).
1.1. Diabetes Mellitus Tipo 1A
O diabetes mellitus tipo 1A é a forma mais frequente de DM1, confirmada 
pela positividade de um ou mais autoanticorpos. Em diferentes populações, 
descreve-se forte associação com antígeno leucocitário humano (human leukocyte 
antigen, HLA) DR3 e DR4, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
Ainda de acordo com o referencial acima, embora sua fisiopatologia não seja 
totalmente conhecida, envolve, além da predisposição genética, fatores ambientais 
que desencadeiam a resposta autoimune. Entre as principais exposições ambien-
tais associadas ao DM1 estão infecções virais, componentes dietéticos e certas 
composiçõesda microbiota intestinal.
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Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
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Na fase clinicamente manifesta do DM1, o início é, em geral, abrupto, podendo 
ser a cetoacidose diabética a primeira manifestação da doença em um terço 
dos casos.
1.2. Diabetes Mellitus Tipo 1B
Ao contrário do tipo 1A, o tipo 1B não é considerado autoimune, uma vez que os 
autoanticorpos não são detectados na circulação, o DM tipo 1B, também é conhe-
cido como idiopático, por se manifestar de forma espontânea.
A denominação 1B, ou idiopático, é atribuída aos casos de DM1 nos quais os autoan-
ticorpos não são detectáveis na circulação. O diagnóstico apresenta limitações e pode 
ser confundido com outras formas de DM diante da negatividade dos autoanticorpos 
circulantes, de modo concomitante com a necessidade precoce de insulinoterapia plena. 
As recomendações terapêuticas são as mesmas do DM tipo 1A e não há evidências de 
riscos distintos para as complicações crônicas entre os subtipos. (SOCIEDADE BRASI-
LEIRA DE DIABETES, 2017).
Questão 2 (2013/FUNCAB/SESACRE) A doença caracterizada por uma deficiência 
absoluta de insulina causada pela destruição das células β pancreáticas é denominada:
a) hipoparatireoidismo.
b) pancreatite.
c) bósio.
d) diabetes do tipo 1.
e) diabetes do tipo 2.
Letra d.
O diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao está-
gio de deficiência absoluta de insulina.
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Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
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Questão 3 (2013/IBFC/ILSL) Em relação ao Diabetes, assinale a alternativa correta:
a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do 
pâncreas, o que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose. 
Geralmente, tem seu início na infância ou na adolescência.
b) A insulina regular tem ação de 1 a 3 horas, com pico de ação de 5 a 7 horas, 
sendo utilizada para manutenção da glicemia.
c) A insulina regular deve ser aplicada exclusivamente por via subcutânea e a 
insulina NPH pode ser aplicada por diferentes vias (subcutânea, intramuscular e 
endovenosa).
d) Os rodízios de locais de aplicação devem ser recomendados apenas para a insu-
lina NPH, que é utilizada para manutenção diária.
Letra a.
O diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao está-
gio de deficiência absoluta de insulina.
Questão 4 (AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Uma mulher, professora univer-
sitária, tem uma filha de 6 anos que é portadora de diabetes tipo 1. Ela pesquisou 
em sites da internet orientações para entender a patologia de sua filha. Referente 
ao assunto, assinale a alternativa que NÃO se enquadra como Diabetes tipo 1.
a) O termo diabetes tipo 1, indica o processo de destruição da células alfa que leva 
ao estágio de deficiência absoluta de insulina.
b) A administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose.
c) A destruição das células beta é geralmente causada por um processo autoimune.
d) O processo autoimune pode ser detectado por autoanticorpos circulantes, como 
antidescarboxilase do ácido glutâmico, antiilhotas e anti-insulina.
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e) A destruição das células beta, em geral, é rapidamente progressiva, ocorrendo 
principalmente em crianças e adolescentes, mas pode ocorrer também em adultos.
Letra a.
O termo tipo 1 indica destruição da célula beta, e não alfa como afirma a questão, 
que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a 
administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte.
Questão 5 (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O que ocorre na Diabetes Tipo I?
a) É uma condição crônica em que o pâncreas produz insulina, mas em menor quan-
tidade, e essa quantidade produzida não tem função ao organismo, sendo eliminada.
b) O paciente não consegue processar o açúcar no sangue, havendo um aumento 
da produção de insulina que tenta suprir esse excesso de açúcar acumulado.
c) É o tipo mais comum, em que o paciente produz insulina em excesso.
d)É o tipo mais comum, no qual ocorre a união de dois fatores: resistência à insu-
lina e diminuição nos níveis de insulina.
e) O pâncreas do paciente deixa de produzir insulina, aumentando os níveis de 
açúcar no sangue.
Letra e.
No DM tipo 1, há destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência 
completa na produção de insulina.
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Questão 6 (2017/IBFC/EBSERH) De acordo com o conhecimento sobre o Diabe-
tes Mellitus, assinale a alternativa correta.
a) No diabetes tipo 1, não há necessidade em se usar insulina, visto que as cé-
lulas pancreáticas são capazes de produzir a insulina necessária para manter os 
índices glicêmicos
b) No diabetes tipo 2, cujo pico de incidência ocorre na infância e adolescência, há 
uma tendência maior a hiperglicemia do que a hipoglicemia
c) No diabetes tipo 1, há destruição das células beta pancreáticas, cursando com 
uma produção inexistente ou insuficiente para controlar os níveis glicêmicos
d) No diabetes tipo 2, há obrigatoriedade em se usar insulina, visto que há destrui-
ção das células betas, o que não ocorre no diabetes tipo 1
e) No diabetes tipo 1, tem apenas resistência à insulina, sendo a secreção não de-
ficitária.
Letra c.
Mais uma questão para fixar nosso conhecimento. no DM tipo 1, há destruição das 
células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina.
Questão 7 (2017/IBFC/EBSERH) Assinale a alternativa correta que apresenta 
uma doença autoimune.
a) Asma brônquica
b) Calvície
c) Diabetes melitos tipo I
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d) Doença diverticular do colon
e) Estrabismo
Letra c.
�a) Errada. Asma é uma doença crônica, causada por inflamação nas vias respi-
ratórias, enquantoque a asma brônquica é o aumento da sensibilidade que ocorre 
nos brônquios dos pacientes com asma.
�b) Errada. Calvície é uma forma de alopécia caracterizada por uma gradual e pro-
gressiva perda de cabelos.
�c) Certa. No diabetes melitos tipo I, embora sua fisiopatologia não seja totalmente 
conhecida, envolve, além da predisposição genética, fatores ambientais que desen-
cadeiam a resposta autoimune.
�d) Errada. A doença diverticular dos cólons (DDC) é consequência da herniação 
da mucosa do intestino grosso por entre as fibras musculares da parede intestinal.
e) Errada. O Estrabismo é uma patologia oftalmológica que consiste no desali-
nhamento dos olhos.
2. Diabetes Mellitus Tipo 2
O diabetes mellitus tipo 2 é o mais comum e com maior incidência na população 
brasileira, conforma afirma a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017):
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Pos-
sui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. 
Geralmente, o DM2 acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora se 
descreva, em alguns países, aumento na sua incidência em crianças e jovens. Trata-se 
de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente esclare-
cida, cuja ocorrência tem contribuição significativa de fatores ambientais. Dentre eles, 
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hábitos dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade, destacam-se 
como os principais fatores de risco. O desenvolvimento e a perpetuação da hiperglice-
mia ocorrem concomitantemente com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos peri-
féricos à ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, disfunção incre-
tínica, aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, 
aumento da reab sorção renal de glicose e graus variados de deficiência na síntese e na 
secreção de insulina pela célula β pancreática. Sua fisiopatologia, diferentemente dos 
marcadores presentes no DM1, não apresenta indicadores específicos da doença. Em 
pelo menos 80 a 90% dos casos, associa-se ao excesso de peso e a outros componentes 
da síndrome metabólica
Na maioria das vezes o DM 2 é assintomático, tendo o diagnóstico realizado por 
dosagens laboratoriais de rotina ou manifestações das complicações crônicas.
Com menor frequência, indivíduos com DM2 apresentam sintomas clássicos de 
hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento inexplicado), (SOCIE-
DADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017)
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), os consagrados fato-
res de risco para DM2 são: história familiar da doença, avançar da idade, obesidade, 
sedentarismo, diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional 
(DMG) e presença de componentes da síndrome metabólica, tais como hipertensão 
arterial e dislipidemia.
Questão 8 (2012/CESGRANRIO) Diabetes é uma doença metabólica caracteriza-
da por carência parcial ou total de insulina.
De acordo com a classificação, o Diabetes que se manifesta no adulto, no início da 
maturidade (após 40 anos), é o Diabetes
a) tipo I
b) tipo II
c) gestacional
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d) insulino dependente
e) hiperglicemiante
Letra b.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o DM2 acomete indivíduos a 
partir da quarta década de vida.
3. Diabetes Mellitus Gestacional
A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz 
hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com 
consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência à in-
sulina, podendo evoluir com disfunção das células β. Trata-se de uma intolerância 
a carboidratos de gravidade variável, que se iniciou durante a gestação atual, sem 
ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM. (SOCIEDADE BRASI-
LEIRA DE DIABETES, 2017)
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o DMG traz riscos tanto para 
a mãe quanto para o feto e o neonato, sendo geralmente diagnosticado no segun-
do ou terceiro trimestres da gestação. Pode ser transitório ou persistir após o 
parto, caracterizando-se como importante fator de risco independente para desen-
volvimento futuro de DM2.
Fatores de risco para DMG.
Idade materna avançada
Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual
Deposição central excessiva de gordura corporal
História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau
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Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
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Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual
Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou 
neonatal, macrossomia ou DMG
Síndrome de ovários policísticos
Baixa estatura (inferior a 1,5 m)
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017.
Questão 9 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O diabetes mellitus gestacional ca-
racteriza-se poro1
a) atingir mulheres sempre acima de 38 anos.
b) não atingir mulheres em sua primeira gestação.
c) aumento de risco de DM2 no futuro, para a ex-gestante que teve a patologia.
d) níveis de glicose sempre superiores a 200mg/dl.
e) não necessitar de acompanhamento após parto, pois a doença desaparece sempre.
Questão 10 (2017/UFMT/UFSBA) NÃO são fatores de risco para o diabetes 
gestacional2:
a) Estatura superior a 1,80 m e ganho excessivo de peso na gravidez anterior.
b) Sobrepeso, obesidade e ganho excessivo de peso na gravidez atual.
c) Idade materna avançada e ganho excessivo de peso na gravidez atual.
d) Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gra-
videz atual.
1 Letra c.
2 Letra a.
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Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
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Questão 11 (2017/IF-CE/IF-CE) Em relação ao DM (diabetes mellitus), analise os itens.
I – O DM tipo 2 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população, sendo 
seguido em frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente 8%.
II – A apresentação do diabetes tipo 2 é, em geral, abrupta, acometendo princi-
palmente crianças e adolescentes sem excesso de peso.
III – O DM tipo 1 costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos.IV – O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o 
diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez.
Está(ão) correto(s):
a) somente I.
b) I, II, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e III.
e) somente I e IV.
Letra e.
I – Verdadeira. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de to-
dos os casos de DM. Enquanto que o tipo 1 corresponde entre 5 e 10% dos casos.
II – Errada. De acordo com Brasil (2013), A apresentação do diabetes tipo 1 é, em 
geral, abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem excesso 
de peso.
III – Errada. Normalmente o diabetes tipo 2, tem inicio insidioso e com sintomá-
tica mais branda.
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IV – Verdadeira. A detecção do diabetes gestacional costuma ocorrer entre o se-
gundo e o terceiro trimestre da gestão e tende a ser menos severos que os tipos 1 
e 2 da doença.
4. Principais Sintomas do Diabetes Mellitus
De acordo com Brasil (2013), são sintomas clássicos de diabetes: poliúria, po-
lidipsia, polifagia e perda involuntária de peso (os “4 Ps”). Existem sintomas que 
não levantam suspeitas como: fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, 
balanopostite e infecções de repetição.
Sintomas menos específicos:
Fadiga, fraqueza e letargia;
Visão turva (ou melhora temporária da visão para perto);
Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite.
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Questão 12 (2016/COPESE/UFPI) NÃO constitui um fator de risco para a doença 
Diabetes Mellitus:
a) Desnutrição.
b) História familiar.
c) Não praticar atividade física – sedentarismo.
d) Hipertensão arterial.
e) Colesterol e triglicerídeos elevados.
Letra a.
São fatores de risco para o diabetes mellitus:
Idade >45 anos.
Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).
Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mu-
lheres, medida na altura das cristas ilíacas).
Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).
Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL.
História de macrossomia ou diabetes gestacional.
Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.
Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.
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Questão 13 (2016/FCC/TRT-23ª REGIÃO/MT) Constitui fator de risco não modifi-
cável para Diabetes Melito
a) obesidade central.
b) antecedente familiar de diabetes.
c) hipertensão arterial.
d) diabetes gestacional prévio.
e) dislipdemia.
Letra b.
Dentre os fatores de risco para o aparecimento do diabetes mellitus apresentados 
na questão, o único que não podemos modificar é o histórico familiar.
Questão 14 (2016/FUNIVERSA/IF-AP) Os principais sinais clínicos de um pacien-
te com diabetes mellitus são
a) polifagia, disquesia, poliúria e polidipsia.
b) poliúria, perda de peso, polidipsia e epistaxe.
c) polifagia, coprofagia, poliúria e andar plantígrado.
d) perda de peso, epistaxe, dificuldade de cicatrização e cio irregular.
e) polidipsia, perda de peso, poliúria e polifagia..
Letra e.
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda invo-
luntária de peso (os “4 Ps”).
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Questão 15 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Paciente feminino, 46 anos, refere 
perda de peso rápido nos últimos 3 meses, poliúria, dores em MMII, visão turva. No 
momento, refere cefaleia intensa e mal-estar geral. Qual é a hipótese diagnóstica?
a) Dor precordial.
b) Diabetes.
c) Trombose.
d) HDA.
e) HAS.
Letra b.
Vamos lá: diagnóstico a partir dos 45 anos (já nos remete ao diabetes tipo II), 
a poliúria e perda de peso rápida e sem explicação são dois dos quatro sintomas 
clássicos do diabetes
Questão 16 (2015/AOCP/FUNDASUS) Paciente do sexo feminino, 34 anos, pro-
curou a UBS. Durante o atendimento, o técnico de enfermagem constatou que, 
nos últimos três meses, a paciente tem apresentado poliúria, polidipsia, polifagia e 
relato de perda inexplicada de peso. Esses elementos clínicos levantam a suspeita 
de qual patologia?
a) Diabetes mellitus.
b) Hipertensão arterial.
c) Tuberculose.
d) Hanseníase.
e) Trombofilia.
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Letra a.
A suposta paciente apresenta os sinais clássicos do diabetes: poliúria, polidipsia, 
polifagia e relato de perda inexplicada de peso.
Questão 17 (PREFEITURA MUNICIPAL DE NHANDEARA-SP/2014/ENFERMEIRO) 
Assinale a alternativa que contenha os principais sintomas clássicos do diabetes.
a) Poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso.
b) Poliúria, polidipsia, polifagia, sialorreia perda involuntária de peso.
c) Poliúria, polidipsia, polifagia, anidrose e perda involuntária de peso.
d) Poliúria, polidipsia, polifagia, artralgia e perda involuntária de peso.
Letra a.
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntá-
ria de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: fadiga, 
fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição.
Questão 18 (AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Assinale a alternativa que apre-
senta sinais e sintomas clássicos que levantam a suspeita de Diabetes mellitus.
a) Poliúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e polifagia.
b) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e dor abdominal.
c) Oligúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.
d) Oligúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e anorexia.
e) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.
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Letra e.
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntá-
ria de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: fadiga, 
fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição.
5. Critérios Diagnósticos para Diabetes Mellitus
A Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que atualmente existem três testes 
laboratoriais validados e recomendados para diagnostico do Diabetes Mellitus (DM).
O diagnóstico laboratorial do diabetes mellitus (DM) pode ser realizado por meio de gli-
cemia de jejum, glicemia 2 horas após teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e hemo-
globina glicada (HbA1c). Não existem outros testes laboratoriais validados e recomen-
dados para essa finalidade. Os valores adotados pela Sociedade Brasileira de Diabetes 
(SBD) para cada um desses parâmetros são os mesmos recomendados pela Associação 
Americana de Diabetes (American Diabetes Association, ADA
5.1. Critérios de Diagnósticos para DM Recomendados pela 
ADA e pela SBD
Exame Normal Pré-diabético Diabético
Glicemia de jejum (mg/dL) < 100 100 a 125 ≥ 126
Glicemia 2 horas após TOTG com 
75 g de glicose (mg/dL)
< 140 140 a 199 ≥ 200
Hemoglobina glicada (%) < 5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
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É importante salientar que outros exames são utilizados como forma de con-
trole glicêmico e também para acrescentar informações glicêmicas e mensurar sua 
variabilidade, como a glicemia pós-prandial, frutosamina, dentre outros. Porém, 
somente os três validados pela SBD e pela ADA podem ser utilizados para diagnós-
tico da DM.
6. Rastreamento e Prevenção do Diabetes
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o rastreamento consiste em 
um conjunto de procedimentos cujo objetivo é diagnosticar o diabetes mellitus tipo 
2 (DM2) ou a condição de pré-diabetes em indivíduos assintomáticos.
Esse rastreamento é importante, principalmente para o estabelecimento de 
ações de promoção da saúde e prevenção das complicações do diabetes, através 
do diagnóstico cada vez mais precoce e início imediato de acompanhamento e 
tratamento.
O rastreamento é recomendado para uma população de alto risco, que deverá 
ser selecionada através de um escore. Esse escore deve ser obtido através da 
aplicação de questionários como o Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) ou 
o da Associação Americana de Diabetes (American Diabetes Association, ADA), 
ambos já validados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, se o rastreamento for reali-
zado sem a utilização prévia de questionários, devem ser testados indivíduos acima 
de 45 anos de idade ou, em qualquer idade, pacientes com sobrepeso/obesida-
de, hipertensão arterial ou história familiar de DM2. Embora um índice de 
massa corporal (IMC) > 25 kg/m2 esteja associado a risco aumentado de DM2, 
indivíduos de etnia asiática têm esse risco aumentado já em IMC > 23 kg/m2 (B).
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A Sociedade Brasileira de Diabetes afirma ainda que outros fatores de risco para 
o desenvolvimento de DM2 que devem ser levados em consideração são: história 
prévia de diabetes gestacional e uso de medicações como corticoides, diu-
réticos tiazídicos e antipsicóticos. Além disso, é preciso atentar para a presença 
de comorbidades frequentemente associadas ao DM2, como periodontite, infecções 
micóticas, hepatite C e outras infecções virais crônicas.
Dicas importantes sobre o rastreamento do diabetes, tomando como base o 
preconizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (2017):
• O intervalo de tempo recomendado para a repetição do rastreamento é de 3 
a 4 anos para o reteste daqueles pacientes com baixo risco de desenvolver 
diabetes e que tiveram resultado prévio indubitavelmente normal;
• Reteste anual para os pacientes com pré-diabetes ou com fatores de risco 
para desenvolvimento de DM2;
• As atividades de rastreamento do DM2 devem ser realizadas, de preferência, 
no ambiente em que a população é habitualmente tratada.
As medidas de prevenção para o diabetes mellitus tipo 2, foram pensadas de 
forma mais específica para aqueles pacientes que estão na condição de pré-diabéti-
cos. Condição que segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, não caracteriza uma 
patologia em si, mas uma condição de alto risco para o desenvolvimento de DM2.
Dicas importantes sobre Prevenção ou retardo do diabetes mellitus tipo 2, utili-
zando com referencial o preconizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (2017):
• As medidas de prevenção do DM2 envolvem intervenções farmacológicas e 
não farmacológicas;
• As medidas não farmacológicas incluem modificações da dieta alimentar e 
atividade física, constituindo, portanto, mudanças do estilo de vida;
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• Vários agentes farmacológicos foram efetivos em diminuir a incidência de 
DM2 quando administrados a pacientes com pré-diabetes.
• Medicamentos como acarbose, orlistate e agonistas dos receptores do GLP-1 
retardam/previnem a evolução de pré- -diabetes para diabetes, mas seu uso 
não é recomendado para essa finalidade por falta de dados sobre duração do 
efeito, segurança ou relação custo-efetividade.
7. Complicações do Diabetes
De acordo com Brasil (2013), o controle glicêmico estável – satisfatório – pres-
supõe variações ao longo do dia na faixa de 80 a 160 mg/dl. Pequenos desvios po-
dem ocorrer para mais ou para menos, sendo facilmente controlados com ajustes 
de dieta, atividade física, ou medicações. Em algumas situações, no entanto, es-
ses desvios são mais acentuados, caracterizando a descompensação hiperglicêmica 
aguda e a hipoglicemia, respectivamente. As duas situações requerem ação efetiva 
do paciente – família ou amigos – e do serviço de saúde.
7.1. Cetoacidose Diabética
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a cetoacidose diabética 
(CAD) é uma complicação grave que pode ocorrer durante a evolução do diabetes 
mellitus tipos 1 e 2 (DM1 e DM2).
Um dado importante sobre a Cetoacidose é que apresenta-se em aproxima-
damente 25% dos pacientes no momento do diagnóstico do DM1, sendo a causa 
mais comum de morte entre crianças e adolescentes com DM1, afirma a Sociedade 
Brasileira de Diabetes.
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A cetoacidose diabética pode acometer pacientes com tipos 1, mais frequente, 
e tipo 2, raramente acometidos. Além disso, é caracterizada pela redução na con-
centração de insulina, conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes:
Na CAD, fundamentalmente, o que ocorre é a redução da concentração efetiva de insu-
lina circulante associada à liberação excessiva de hormônios contrarreguladores, entre 
os quais o glucagon, as catecolaminas, o cortisol e o hormônio do crescimento. A defi-
ciência de insulina pode ser absoluta em pacientes com DM1 ou relativa, como 
observado em pacientes com DM2, na presença de estresse ou doenças intercorrentes. 
Em resumo, essas alterações hormonais na CAD desencadeiam aumento da produção 
hepática e renal de glicose e redução da sua captação pelos tecidos periféricos sensíveis 
à insulina, resultando, assim, em hiperglicemia e consequente hiperosmolalidade no 
espaço extracelular. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
O quadro clínico da CAD representa uma evolução lenta e progressiva dos sinais 
e sintomas de DM descompensado, entre eles: poliúria, polidipsia, perda de peso, 
náuseas, vômitos, sonolência, torpor e, finalmente, coma. (SOCIEDADE BRASILEI-
RA DE DIABETES, 2017).
Recomendações em caso de CAD, de acordo com o preconizado pela sociedade 
Brasileira de Diabetes:
• Em caso de CAD grave, o uso de insulina regular IV contínua (bomba de infu-
são) é o tratamento de escolha;
• Quando de CAD leve ou moderada, pode-se utilizar insulina regular por via IM, 
a cada hora, ou análogo ultrarrápido por via SC, a cada hora ou a cada 2 horas;
• O uso de bicarbonato de sódio com pH > 6,9 não melhora o prognóstico de CAD.
• Indica-se o uso de fosfato apenas em hipofosfatemia grave ou em pacientes 
com anemia, insuficiência cardíaca congestiva ou em condições clínicas asso-
ciadas à hipóxia.
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• Em presença de CAD, deve-se tratar o edema cerebral prontamente, com in-
fusão intravascular de manitol a 20%.
• Indica-se o uso de solução salina isotônica de NaCl 0,9% no tratamento da 
desidratação em presença de CAD.
• Em crianças, não se recomenda insulina regular IV em bolus no início do tra-
tamento da CAD.
• É prudente o uso de bicarbonato de sódio em baixas doses com pH < 6,9.
• Em adultos, o uso de insulina regular IV em bolus no início do tratamento da 
CAD pode ser benéfico.
• A correção gradual da glicemia e da osmolalidade pode prevenir o edema ce-
rebral clínico quando da presença de CAD.
Questão 19 (2016/IBFC/COMLURB/ADAPTADA) poliúria, polidipsia, perda de peso, 
náuseas, vômitos e sonolência são principais sintomas de:
a) Hipoglicemia.
b) Hipercalcemia.
c) Hiperglicemia leve.
d) Cetoacidose.
Letra d.
Entre os sintomas da cetoacidose estão: poliúria, polidipsia, perda de peso, náuse-
as, vômitos, sonolência, torpor e, finalmente, coma. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
DIABETES, 2017)
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Questão 20 (2008/CESPE/UEPA) O quadro clínico de um paciente diabético e hi-
pertenso, com sinais e sintomas de dor abdominal, poliúria, hálito cetônico, hiper-
ventilação, náuseas, vômitos e sonolência, é sugestivo de
a) hipoglicemia.
b) cetoacidose diabética.
c) hipotensão.
d) coma hepático.
Letra b.
Conforme os sintomas descritos não deixam dúvidas que estamos tratando da ce-
toacidose diabética.
Questão 21 (2014/IDECAN/PREFEITURA DE DUQUE DE CAXIAS-RJ) A cetoaci-
dose diabética é definida como uma disfunção metabólica grave causada pela defi-
ciência relativa ou absoluta de insulina. Acerca da cetoacidose diabética, assinale a 
alternativa INCORRETA.
a) Respiração acidótica.
b) Alteração do sensório.
c) Caracteriza-se clinicamente por desidratação.
d) Deficiência relativa ou absoluta dos hormônios contrarreguladores.
e) insulina presente em quantidade suficiente e utilizada apropriadamente.
Letra e.
A única assertiva que foge totalmente à logica do enunciado é a letra E.
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Questão 22 (2012/FCC/TRT-6ª REGIÃO/PE) Paciente diabético do tipo I, com in-
fecção urinária, procura o ambulatório médico com quadro inicial de cetoacidose, 
identificado pelas seguintes manifestações:
a) hipoglicemia, anúria, dores na panturrilha, hematopoiese e cefaleia.
b) disúria, cefaleia, isquemia, vômitos e hemorragia gástrica.
c) vômitos, edema em membros inferiores, dor em flanco esquerdo e fadiga.
d) poliúria, xeroftalmia, hipopotassemia, cianose de extremidades e náuseas.
e) hiperglicemia, polidipsia, poliúria, visão turva, fadiga e náuseas.
Letra e.
A evolução clínica do quadro de cetoacidose é caracterizada pela evolução lenta e 
progressiva dos sinais e sintomas de DM descompensado, entre eles: poliúria, po-
lidipsia, perda de peso, náuseas, vômitos, sonolência, torpor e, finalmente, coma.
7.2. Hipoglicemia
Hipoglicemia é a complicação aguda mais frequente em indivíduos com DM1, 
contudo também é possível sua observação em pacientes com DM2 que fazem uso 
de insulina e de forma mais rara em pacientes tratados com hipoglicemiantes orais, 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
Conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “os sintomas da hiper-
glicemia podem variar de leves e moderados (tremor, palpitação e fome) a graves 
(mudanças de comportamento, confusão mental, convulsões e coma)”.
É importante ficar atento aos pacientes portadores de DM1 de longa data, uma 
vez que estes podem não ter os sintomas de hiperglicemias reconhecidos.
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A hipoglicemia, quando leve, pode ser tratada de forma fácil pelo próprio pa-
ciente, ou sendo criança, por seus pais. Conforme afirma a Sociedade Brasileira 
de Diabetes:
Hipoglicemia leve (50 a 70 mg/dL) pode ser tratadacom 15 g de carboidrato, que equi-
vale a 150 mL de suco comum/refrigerante comum ou 1 colher de sopa de açúcar. Se a 
próxima refeição não acontecer dentro do período de 1 hora, um pequeno lanche deve 
ser feito imediatamente após o episódio da hipoglicemia. Já em hipoglicemias graves, 
abaixo de 50 mg/dL, se o paciente estiver consciente, 30 g de carboidratos devem ser 
oferecidos. Se estiver inconsciente, deve-se evitar qualquer tipo de líquido devido ao 
perigo de aspiração. Mel, açúcar ou carboidrato em gel podem ser algumas das formas 
de tratamento. Em casos de inconsciência ou ineficiência da deglutição, a melhor alter-
nativa é a aplicação de glucagon (deve ser aconselhado ao paciente tê-lo em casa).
Questão 23 (2013/VUNESP/VUNESP) Um paciente diabético, após a ingestão de-
masiada de bebida alcoólica, comparece no serviço de saúde com os seguintes si-
nais e sintomas: sudorese, tontura, fraqueza, cefaleia e confusão mental.
Esses achados clínicos são compatíveis com
a) hiperglicemia
b) hipoglicemia.
c) cetoacidose diabética.
d) estado hiperosmolar hiperglicêmico.
e) coma alcoólico.
Letra b.
Conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “os sintomas da hiperglicemia 
podem variar de leves e moderados (tremor, palpitação e fome) a graves (mudan-
ças de comportamento, confusão mental, convulsões e coma)”.
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7.3. Avaliação e Manejo das Complicações Crônicas do 
Diabetes Mellitus
A sociedade Brasileira de Diabetes (2017), afirma que tradicionalmente, as com-
plicações do diabetes são categorizadas como distúrbios microvasculares e macro-
vasculares, que resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronaria-
na, doença cerebrovascular e doença arterial periférica.
7.3.1. Risco Cardiovascular
Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), os pacientes com DM2, são po-
tenciais pacientes com risco cardiovascular elevado, “pacientes com diabetes melli-
tus tipo 2 (DM2) têm, em média, risco duas a quatro vezes maior de desenvolver 
doença coronariana que indivíduos sem diabetes. “
A Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), afirma ainda que o risco de acidente 
vascular cerebral também é elevado nos pacientes com DM2, além de outras doen-
ças como segue:
O DM2 também é fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, insu-
ficiência cardíaca (IC), doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) e doença microvascular, 
afetando significativamente a expectativa e a qualidade de vida. Pacientes com DM2 
também têm aumento – de 1,5 a 3,6 vezes – do risco de mortalidade geral, estimando-
-se uma redução da expectativa de vida de 4 a 8 anos, em comparação com indivíduos 
sem diabetes.
7.3.2. Doença Arterial Coronariana (DAC)
“Pacientes com diabetes podem ter doença arterial coronariana (DAC) e não 
apresentar sintomas.” De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), 
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um em cada cinco pacientes com diabetes pode apresentar isquemia silenciosa, 
enquanto um em cada quinze apresenta isquemia grave.
A descoberta precoce dessas doenças impacta no tratamento e pode ser uma 
forma de reduzir eventos cardiovasculares, conforme a Sociedade Brasileira de 
Diabetes (2017):
A detecção precoce de DAC nessa população tem impacto no tratamento, podendo 
traduzir-se na redução de eventos cardiovasculares. Existe ampla evidência de que a 
paciente com diabetes e isquemia miocárdica silenciosa ou doença coronária subclínica, 
independentemente do método de detecção, apresenta pior prognóstico.
7.3.3. Retinopatia no Diabetes Mellitus
Uma das consequências mais conhecidas do diabetes mellitus é a perda visual, 
de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “a retinopatia diabética 
(RD) é uma das principais causas de perda visual irreversível no mundo, conside-
rada a maior causa de cegueira na população entre 16 e 64 anos.”
O tempo de acometimento pelo DM é fator de risco para o surgimento da reti-
nopatia diabética, conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017):
Quanto maior o tempo de evolução do diabetes mellitus (DM), maior o risco de RD, sen-
do encontrada em mais de 90% dos pacientes com DM tipo 1 e em 60% daqueles com 
DM tipo 2, após 20 anos de doença sistêmica. A gravidade da retinopatia aumenta com 
controle glicêmico inadequado e de acordo com o tempo de doença.
Diante da gravidade do problema a Sociedade Brasileira de Diabetes elaborou 
uma síntese sobre o problema:
• Crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 devem iniciar avaliação oftalmo-
lógica após a puberdade ou ao completar 5 anos de doença;
• Em pacientes adultos com diabetes tipo 1, deve-se iniciar avaliação oftalmo-
lógica após 5 anos de doença;
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Pacientes com Alterações da Função Metabólica e Endócrina - Parte I
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• Em pacientes com diabetes tipo 2, a avaliação oftalmológica deve ser feita 
logo após o diagnóstico de diabetes;
• O intervalo entre exames é anual, podendo ser menor, dependendo do grau 
de retinopatia ou maculopatia encontrado;
• Durante a gravidez, os exames devem ser trimestrais ou a critério do of-
talmologista;
• Pacientes com perda de visão devem ser encaminhados ao oftalmologista 
com urgência;
• O ácido acetilsalicílico não parece interferir na progressão da RD;
• Pacientes cronicamente mal controlados devem ser acompanhados de modo 
rigoroso por oftalmologista caso apresentem melhora rápida do controle gli-
cêmico, como observado em gestação, pós-cirurgia bariátrica, troca de trata-
mento por bomba de insulina e após transplante de pâncreas.
Questão 24 (2013/FCC/DPE-RS) A Retinopatia Diabética apresenta comporta-
mento mais agressivo nos pacientes insulinodependentes com risco de ocorrer, 
dentre as complicações mais frequentes,
a) pterígio.
b) ceratocone.
c) ambliopia.
d) perda da visão.
e) descolamento do vítreo posterior.
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Letra d.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “a retinopatia diabética 
(RD) é uma das principais causas de perda visual irreversível no mundo...”
7.3.4. Doença Renal do Diabetes Mellitus
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), a “classificação atual 
da doença renal crônica (DRC), independentementeda etiologia, é baseada na taxa 
de filtração glomerular (TFG) e na excreção urinária de albumina (EUA)”.
Tem havido uma ampliação do espectro de apresentações clínicas da doença 
renal do diabetes (DRD), um dos motivos pelo qual a terminologia retinopatia dia-
bética deverá ser utilizada para pacientes com lesão renal visível e persistente, 
conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017):
Tem havido uma ampliação do espectro de apresentações clínicas da doença renal do 
diabetes (DRD), sendo cada vez mais reconhecido o fenótipo da doença renal não albu-
minúrica, caracterizada por redução isolada da TFG. O termo “nefropatia diabética” deve 
ser atualmente, portanto, reservado somente para pacientes com proteinúria detectável 
persistente, em geral associada a uma elevação da pressão arterial (PA).
7.3.5. Neuropatia Diabética
Estima-se que mais de 50% dos pacientes com diabetes mellitus sejam afe-
tados por neuropatias diabéticas (NDs), de acordo com a Sociedade Brasileira de 
Diabetes (2017) “as neuropatias diabéticas (NDs) constituem as complicações crônicas 
mais prevalentes entre indivíduos com diabetes mellitus (DM), afetando mais de 
50% dos pacientes.”
Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), a confirmação 
de uma neuropatia, somente se dará após o descarte de outras causas como as po-
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lineuropatias. No entanto, quando progridem as neuropatias diabéticas se tornam 
causas de risco para ulcerações nos pés, amputações e mais. Vejamos:
Caracterizam-se pela presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos do sis-
tema nervoso periférico somático e/ou do autonômico em indivíduos com DM. As NDs 
são consideradas presentes somente após a exclusão de outras causas, tais como as 
polineuropatias (PNPs) resultantes de doenças metabólicas, sistêmicas, infecciosas, in-
flamatórias e nutricionais, a intoxicação por agentes industriais, drogas e metais, além 
das neuropatias hereditárias. Tendo em vista a possibilidade de acometimento de todos 
os tipos de fibras nervosas, de todas as regiões do organismo, as manifestações clínicas 
podem ser muito variadas. À medida que progridem, as NDs tornam-se fatores de risco 
para ulcerações nos pés, amputações e desequilíbrio ao andar, determinando, 
ainda, manifestações clínicas relacionadas com distúrbios cardiovasculares, da 
sudorese e dos sistemas geniturinário e gastrintestinal. Assim, podem afetar a 
qualidade de vida pelas dores neuropáticas frequentemente associadas, além da possi-
bilidade de morte súbita por arritmias cardíacas. Em fases iniciais, as anormalidades nos 
nervos periféricos são detectadas somente após testes especiais (nessa fase, as NDs 
são consideradas subclínicas), (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “o reconhecimento 
precoce e o tratamento das NDs são importantes pelos seguintes motivos:”
A ND é um diagnóstico de exclusão; neuropatias não diabéticas podem estar 
presentes e deverão ser tratadas por medidas específicas;
O reconhecimento e o tratamento da neuropatia autonômica podem amenizar 
sintomas, reduzir sequelas e melhorar a qualidade de vida.
Pé Diabético
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), o Grupo de Traba-
lho Internacional sobre Pé Diabético (International Working Group on the Diabetic 
Foot, IWGDF) conceitua pé diabético como “infecção, ulceração e/ou destruição de 
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tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arte-
rial periférica (DAP) nos membros inferiores”.
Segundo Brasil (2016), o Pé Diabético pode ser classificado, segundo sua etio-
patogenia, em:
Neuropático.
Vascular (também chamado isquêmico).
Misto (neurovascular ou neuroisquêmico).
O pé neuropático é caracterizado pela perda progressiva da sensibilidade. Os sintomas 
mais frequentes são os formigamentos e a sensação de queimação (que tipicamente me-
lhoram com o exercício). A diminuição da sensibilidade pode apresentar-se como lesões 
traumáticas indolores ou a partir de relatos, como perder o sapato sem se notar. Já o pé 
isquêmico caracteriza-se tipicamente por história de claudicação intermitente e/ou dor 
à elevação do membro. Ao exame físico, pode-se observar rubor postural do pé e pali-
dez à elevação do membro inferior. À palpação, o pé apresenta-se frio, podendo haver 
ausência dos pulsos tibial posterior e pedioso dorsal (PARISI, 2003 apud BRASIL, 2016)
Classificação fisiopatológica do Pé Diabético, segundo sinais e sintomas
Sinal/Sintoma Pé Neuropático Pé Isquêmico
Temperatura do pé Quente ou morno Frio
Coloração do pé Coloração normal Pálido com elevação ou cianótico
com declive
Aspecto da pele do pé Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante
Deformidade do pé Dedo em garra, dedo em martelo, 
pé de Charcot ou outro
Deformidades ausentes
Sensibilidade Diminuída, abolida ou alterada
(parestesia)
Sensação dolorosa, aliviada 
quando as pernas estão pendentes
Pulsos pediais Pulsos amplos e simétricos Pulsos diminuídos ou ausentes
Calosidades Presentes, especialmente na 
planta dos pés
Ausentes
Edema Presente Ausente
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Localização mais comum 
da úlcera (se houver)
1º e 5º metacarpos e calcâneo (pos-
terior); redondas, com anel quero-
tásico periulcerativo; não dolorosas
Latero-digital; sem anel querotá-
sico; dolorosas
Fonte: Brasil (2016)
Questão 25 (2015/FUNCERN/IF-RN) Sobre os aspectos relacionados à Diabetes 
Mellitus (DM),
a) a insulina de ação regular atinge seu pico de 30 a 60 minutos.
b) os indivíduos que possuem DM do tipo 1 apresentam tendência a ser acometidos 
pelo estado hiperglicêmico hiperosmolar .
c) o tratamento da diabetes gestacional utiliza os hipoglicemiantes orais, em virtu-
de do efeito teratogênico da insulina.
d) as úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico, neu-
ropático ou misto.
Letra d.
O Pé Diabético pode ser classificado, segundo sua etiopatogenia, em:
Neuropático.
Vascular (também chamado isquêmico).
Misto (neurovascular ou neuroisquêmico).
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Questão 26 (2015/NUCEPE/FMS) Pé diabéticoé a “infecção, ulceração e ou des-
truição dos tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e vários 
graus de doença vascular periférica nos membros inferiores”. São características do 
pé diabético neuropático, EXCETO,
a) artropatia de Charcot ou outra deformidade.
b) hiperextensão dos tendões.
c) acentuação do arco médio (pé valgo).
d) hipotrofia dos músculos interósseos.
e) pé frio com a coloração roxo.
Letra e.
O pé neuropático apresenta temperatura quente ou morna com coloração normal. 
Todas as outras estão de acordo com as características definidas pela Sociedade 
Brasileira de Diabetes.
Avaliação do Limiar de Percepção Cutânea do Pé
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), “a avaliação requer 
duas medidas extremamente simples: história clínica e exame dos pés, que se 
inicia pela remoção dos calçados e das meias, que também devem ser avaliados.”
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Fatores de Risco para Ulceração dos Pés
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, (2017).
Dica importante:
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, (2017).
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O reconhecimento precoce e o manejo da neuropatia diabética são importantes, 
pois, permitem, o início de um tratamento específico em casos sintomáticos, re-
conhecimento e orientação adequada de pacientes em risco de lesões em mem-
bros inferiores não percebidas e acompanhamento da disautonomia autonômica 
relacionada com maior morbimortalidade. Não existe tratamento específico para 
lesão neural, além, do controle glicêmico que pode retardar a progressão da 
doença. (BRASIL, 2016)
De acordo com Brasil (2016), com relação ao rastreamento do pé diabético, é 
importante avaliar os pés dos pacientes anualmente quanto a:
• História de úlcera ou amputação prévia, sintomas de doença arterial periféri-
ca, dificuldades físicas ou visuais no cuidado dos pés;
• Deformidades dos pés (pé em martelo ou dedos em garra, proeminências ós-
seas) e adequação dos calçados; evidência visual de neuropatia (pele seca, 
calosidade, veias dilatadas) ou isquemia incipiente; deformidades ou danos de 
unhas;
• Detecção de neuropatia por monofilamento de 10g;
• Palpação de pulsos periféricos (pediosa e tibial posterior);
• Discutir a importância dos cuidados dos pés como parte de programa 
educativo para prevenção de úlcera e amputação;
• Negociar um plano de cuidado baseado nos achados clínicos e da ava-
liação de risco;
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• Oferecer apoio educativo para cuidados dos pés de acordo com as ne-
cessidades individuais e o risco de úlcera e amputação;
• Avaliar o risco do paciente de acordo com os achados clínicos;
• Planejar intervenções baseadas nas categorias de risco;
• Não amputar, exceto quando:
 – uma avaliação vascular detalhada tiver sido feita por cirurgião vascular;
 – a dor isquêmica no repouso não puder ser manejada por analgesia ou re-
vascularização;
 – uma infecção no pé potencialmente fatal não puder ser tratada por outras 
medidas;
 – uma úlcera não cicatrizante for acompanhada por uma maior carga de do-
ença do que resultaria da amputação.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (2017), determinou uma série de recomen-
dações para prevenir ulcerações:
Exame anual.
PND: histórico de UPD/amputação, DAP, deformidades, lesões pré-ulcerativas, má 
higiene e uso de calçados inadequados.
Tratar lesões pré-ulcerativas: calos, bolhas (drenar, se necessário), unhas encravadas 
e espessadas; tratar hemorragias; prescrever antimicóticos.
Orientar o paciente a não caminhar descalço nem com meias e a não usar chinelos, 
dentro ou fora de casa.
Instruir o paciente sobre a inspeção dos pés e dos calçados, a lavagem diária dos pés 
(evitando umidade entre os dedos), o não uso de substâncias ou emplastros para 
remoção de calos ou cravos, bem como a necessidade de emolientes para hidratação 
dos pés, além do corte das unhas em linha reta.
Solicitar ao paciente o uso de calçados apropriados para prevenir úlcera inicial, plantar 
ou não plantar, ou úlcera recorrente não plantar; se houver deformidade ou lesão pré-
-ulcerativa, prescrever calçados ou palmilhas customizados ou órteses.
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Para evitar recorrência de úlcera, prescrever calçados terapêuticos que reduzam a carga 
durante a caminhada (por exemplo, reduzir 30% de carga em relação a um calçado-pa-
drão) e estimular o seu uso.
Para prevenir a primeira UPD em paciente de risco, além de aprimorar o conhecimento, 
a educação deve ser direcionada a comportamentos, motivando o autocuidado.
Para evitar a recorrência de UPD em paciente de risco, a promoção do cuidado inte-
grado deve incluir tratamento profissional, provisão de calçado adequado e educação.
O processo deve ser repetido ou reavaliado uma vez por mês ou trimestralmente, se 
necessário.
Orientar o paciente a monitorar a temperatura da pele em casa, para prevenir primeira 
UPD ou sua recorrência. O objetivo é identificar sinais precoces de inflamação, incluin-
do-se conduta, do próprio paciente e do profissional de saúde, para sanar a causa da 
inflamação.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, (2017).
Recomendações sobre diagnóstico precoce dos fatores de risco de UPDs e segui-
mento de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2017).
O rastreamento de PND deve ser efetuado à época do diagnóstico de DM2 e anual-
mente.
O rastreamento de PND deve ser realizado após 5 anos do diagnóstico de DM1.
A avaliação deve incluir história clínica, a fim de identificar risco de ulceração.
Deve-se verificar histórico de ulceração, amputação, pé de Charcot, angioplastia ou 
cirurgia vascular, tabagismo, retinopatia, doença renal do diabetes, bem como sinto-
mas neuropáticos (dor, queimação, dormência e formigamento) e vasculares (fadiga 
nas pernas e claudicação).
Exame clínico: inspecionar a pele e verificar deformidades, incluindo avaliação neu-
rológica (monofilamento de 10 g e pelo menos um teste – palito ou pino, vibração, 
temperatura ou reflexos – para diagnosticar PSP e risco neuropático de ulceração) e 
palpação de pulsos de pernas e pés.
Todos os pacientes devem passar por teste anual com o monofilamentode 10 g.
Todos os pacientes devem ter os pés inspecionados a cada visita clínica.
O ITB deve ser calculado em qualquer paciente com DM acima de 50 anos, com ou 
sem sintomas vasculares.
Pacientes diabéticos com alto risco de ulceração (história prévia de úlcera e amputa-
ção, pé de Charcot e doença renal) devem receber cuidados multidisciplinares.
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Educação geral para prevenção e autocuidado deve ser fornecida a todos os pacientes 
com DM
A classificação de Texas, validada, mostrou ser mais eficaz em refletir o risco de 
amputação e predizer a possibilidade de cicatrização do que a de Wagner.
Todos os pacientes diabéticos com lesão no pé devem receber atendimento em até 
24 horas.
Qualquer infecção relacionada com lesões em pés de pacientes diabéticos deve ser 
tratada de maneira adequadamente invasiva.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes, (2017).
Classificação de Risco do Pé Diabético
São fatores de risco para desenvolvimento de úlceras e amputações (as duas 
principais complicações do Pé Diabético), quase todos identificáveis durante a anam-
nese e o exame físico do indivíduo (BOULTON et al., 2008 apud BRASIL, 2016):
História de ulceração ou amputação prévia.
Neuropatia periférica.
Deformidade dos pés.
Doença vascular periférica.
Baixa acuidade visual.
Nefropatia diabética (especialmente nos pacientes em diálise).
Controle glicêmico insatisfatório.
Tabagismo.
Fonte: Brasil, 2016
Classificação de risco do Pé Diabético
GRAU 0 Neuropatia ausente.
GRAU 1 Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em 
garra, dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot).
GRAU 2 Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente.
GRAU 3 História de úlcera e/ou amputação.
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Orientações para o autocuidado no Pé Diabético – prevenindo as feridas
Realize a inspeção diária dos pés (seja por você mesmo ou com a ajuda de um familiar 
ou um cuidador orientado), incluindo as áreas entre os dedos.
Realize a higiene regular dos pés, seguida da secagem cuidadosa deles, principalmente 
entre os dedos.
Cuidado com a temperatura da água! Ela deve estar sempre inferior a 37ºC, para evitar 
o risco de queimadura.
Evite andar descalço, seja em ambientes fechados ou ao ar livre. Sempre use meias 
claras ao utilizar calçados fechados.
Use, sempre que possível, meias com costura de dentro para fora ou, de preferência, 
sem costura.
Procure trocar de meias diariamente.
Nunca use meias apertadas e evite usar meias altas acima do joelho.
Inspecione e palpe diariamente a parte interna dos calçados, à procura de objetos que 
possam machucar seus pés.
Use calçados confortáveis e de tamanho apropriado, evitando o uso de sapatos aperta-
dos ou com reentrâncias e costuras irregulares.
Use cremes ou óleos hidratantes para pele seca, porém, evite usá-los entre os dedos.
Corte as unhas em linha reta.
Não utilize agentes químicos ou emplastros para remover calos.
Calos e calosidades devem ser avaliados e tratados pela sua equipe de saúde.
Faça a reavaliação dos seus pés com a sua equipe de saúde uma vez ao ano (ou mais 
vezes, se for solicitado).
Procure imediatamente sua Unidade de Saúde se uma bolha, corte, arranhão ou ferida 
aparecer.
Em caso de dúvidas, procure sempre a sua equipe de saúde!
Fonte: Brasil, 2016
Questão 27 (2016/NC-UFPR/PREFEITURA DE CURITIBA-PR) A prevenção do pé 
diabético implica a adoção de um conjunto de medidas preventivas. Sobre o assun-
to, considere as seguintes medidas:
1) Uso de sapatos sem meias.
2) Atenção ao surgimento de calos, rachaduras, alterações de cor ou úlceras 
nos pés.
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3) Caminhada com os pés descalços.
4) Uso de calçados que não apertem.
5) Lavagem diária dos pés, com água morna e sabão neutro.
6) Escalda-pés semanal, seguido da aplicação de cremes à base de lanolina, 
atentando para a aplicação em quantidade maior entre os dedos.
7) Corte de unhas de forma reta, horizontalmente.
8) Remoção de calos e unhas encravadas por conta própria.
São medidas para prevenção de complicações do pé diabético:
a) 1, 3, 4 e 7 apenas.
b) 2, 4, 5 e 7 apenas.
c) 3, 5, 7 e 8 apenas.
d) 1, 2, 4, 6 e 8 apenas.
e) 2, 3, 5, 6 e 8 apenas.
Letra b.
1 – Incorreto – É indispensável a utilização de meias, recomendado que seja sem 
costura e que essas sejam trocadas diariamente.
3 – Incorreto – De forma alguma, é orientado que o paciente acometido pela DM, 
faça caminhadas descalço.
6 – Incorreto – Não é recomendado escalda-pés, deve tomar cuidado com a tem-
peratura da água.
8 – Incorreto - Calos e calosidades devem ser avaliados e tratados pela sua equipe 
de saúde.
Os demais estão de acordo com o preconizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes.
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Questão 28 (2015/INSTITUTO LEGATUS/PREFEITURA DE PAU D’ARCO – PI) O 
diabetes é uma doença que aflige milhares de brasileiros, sendo uma das principais 
causas de insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença 
cardiovascular. A atenção básica exerce um papel fundamental, pois o diagnóstico 
precoce, tratamento oportuno e o autocuidado evitam a maioria das complicações e 
garantem a qualidade de vida dos sujeitos. Em uma consulta de enfermagem, que 
cuidados são fundamentais à prevenção do pé diabético?
a) O profissional deverá inspecionar os pés e calçados do paciente e orientá-lo a, 
preferencialmente, andar descalço dentro de casa;
b) Recomendar o uso de calçados sem meias, pois as meias poderão provocar o 
surgimento de bolhas ou arranhões;
c) Inspeção e exame regular dos pés e calçados pelo profissional, identificação do 
paciente de alto risco, educação do paciente e da família para a auto inspeção diária 
dos pés e uso de calçados adequados;
d) Orientar o paciente e sua família sobre a importância de lavar regularmente os 
pés, secando-os cuidadosamente e, em caso de aparecimento de alguma ferida, 
fazer o curativo em casa;
e) Proibir o uso de óleos e cremes lubrificantes nos pés, mesmo que o paciente te-
nha pele seca, pois o uso de óleos e cremes poderá ocasionar quedas nos pacientes.
Letra b.
a) Errada. O profissional deverá

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