Sistema predial de água fria

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NOTAS DE AULA 
 
 
 
DISCIPLINA: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS PREDIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS PREDIAIS 
CARGA HORÁRIA: 67H 
EMENTA: 
• Instalações de água fria; 
• Instalações de água quente; 
• Instalações de combate a incêndio; 
• Instalações prediais de esgotos sanitários; 
• Instalações de águas pluviais; 
• Instalações de gás. 
 
Bibliografia Básica: 
Creder, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitária. Editora LTC, São Paulo, 1995. 
 
 
1) SISTEMAS PREDIAIS 
 
São sistemas físicos, integrados a um edifício, e que têm por finalidade dar suporte 
ás atividades dos usuários, suprindo-os com os insumos prediais necessários e 
propriciando os serviços requeridos. 
É necessário que os sistemas prediais apresentem algumas características para o 
seu bom funcionamento, como por exemplo: 
➢ Flexibilidade 
➢ Confiabilidade 
➢ Gerenciamento 
O conceito de desempenho para estes sistemas estão relacionados com a 
compatibilização às exigências do usuário, independente dos materiais e 
componentes a serem usados. 
Deve-se ter a identificação dos usuários do sistema,pois é de fundamental 
importância para a qualidade do projeto. É preciso conhecer os stakeholders 
(fornecedores internos e externos). Além disso é preciso conhecer as condições de 
exposição do sistema, onde vão interferir com os outros sistemas. 
Considerando que os sistemas hidrossanitários interferem em diversos outros 
sistemas, estes projetos devem ser elaborados de forma que haja compatibilidade 
- tanto de execução como de operação. 
 
 
Para isso, é preciso seguir as recomendações das Normas da ABNT, no entanto 
devemos compreender que a norma não é uma obrigatoriedade, porém , mesmo 
não sendo obrigatórias, as normas são sistematicamente adotadas em questões 
judiciais por conta do Inciso VIII do Art. 39 do Código de Defesa do Consumidor. 
 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas 
abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
 VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em 
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se 
normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 
 
Previamente a elaboração do projeto é preciso conhecer a tipologia da 
edificação, o que isto significa para você? 
( pausa para um café e uma reflexão ) 
( voltaremos com esta abordagem na webaula) 
 
✓ Sugestão de Leitura complementar –ABNT NBR 15575-6 Edificações 
Habitacionais — Desempenho Parte 6: Sistemas Hidrossanitário 
 
Pode-se perceber através do gráfico que o projeto tem grande influência nas 
causas das patologias das edificações, trazendo consequências inclusives para as 
falhas na execução. 
As falhas de projeto são as mais diversas possíveis- 
1. Pesquisem sobre estas falhas, ok. 
 
 
Fonte: https://www.unumarquitetura.com/post/2016-1-11-patologias-na-constru%C3%A7%C3%A3o-civil 
https://www.unumarquitetura.com/post/2016-1-11-patologias-na-constru%C3%A7%C3%A3o-civil
 
 
 
 
 Compatibilização de projetos: 
 
Será anexado na sala de aula virtual um artigo para que vocês possam realizar 
uma leitura sobre o assunto, uma vez que não é o foco da disciplina, mas é 
interessante que vocês saibam da importância do assunto. 
 
 Para compreender em que ponto estamos situados com nossas 
instalações prediais, vejamos: 
Temos as seguintes sequências: 
 
 Captação 
 Tratamento 
 Armazenamento 
 Distribuição de água potável 
 Ponto de Consumo 
 
 
 
 
 
 
 
 Surge então a indagação- o que é entregar um bom projeto? 
 
Como devo representá-lo? Para quem estou projetando? Como deve ser a 
apresentação do projeto para o cliente? E para a obra? Quais materiais posso 
utilizar? 
São muitas as perguntas antes de se começar a projetar. Questionem , busquem 
soluções, foco nas soluções, problemas na engenharia todos – todos, mesmo sem 
 
 
 
ser da área – saberão apontar, o que a sociedade espera de nós da engenharia 
é justamente a solução mais viável tecnicamente- ou seja técnica, custo e 
qualidade. 
 
PROJETO DE ÁGUA FRIA 
 
Primeiramente, vocês devem estar com a NBR 5626/98 esta é a norma que irá nos 
nortear quanto ao Sistema Predial de água fria- SPAF é um conjunto de 
tubulações, conexões, aparelhos, peças especiais e acessórios destinados ao 
suprimento de água. 
De acordo com a norma, as instalações de água fria devem ser projetadas e 
construídas de forma que: 
 Preservar a potabilidade da água- 
 Garanta o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade 
suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento. 
 Preserve rigorosamente a quantidade de água do sistema de 
abastecimento. 
 Preserve o máximo do conforto dos usuários, incluindo a redução dos 
níveis de ruído. 
 
Mas, o que isto significa no projeto? Como vamos garantir estes requisitos da 
norma? 
Todos este itens serão respondidos a medida que formos avançando. 
 
Para compreendermos o sistema vamos entender as partes constituintes do SPAF: 
 
 
 
 
O Subsistema de alimentação ou abastecimento é composto por: 
- Ramal Predial: 
- Cavalete: 
- Alimentador Predial 
O Subsistema de Reservação composto pelo: 
- Reservatório inferior; 
- Reservatório superior; 
- Estação elevatória (sistema de recalque) 
O Subsistema de distribuição interna é formado pelo; 
- Barrilete; 
- Coluna; 
- Ramal; 
- Sub-ramal 
1. Subsistema de Alimentação ou Abastecimento 
• Ramal Predial: é a tubulação compreendida entre a rede pública de 
abastecimento e a instalação predial. O limite entre o ramal predial é definido pela 
concessionária local. 
• Cavalete: Conjunto de tubulações e conexões que permitirá a 
instalação do hidrômetro. 
• O hidrômetro é o medidor de consumo de água fornecido pela 
concessionária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PARTES CONSTITUINTES DO SPAF: 
 
 
 
 
 
 
 
 MATERIAIS UTILIZADOS: 
 
 Há no mercado uma variedade de marcas e fabricantes, avançamos nos 
materiais , temos atualmente uma maior gama de possibilidades. Atentem-se a 
nomenclatura das conexões e aos diâmetros. 
Para água fria teremos as tubulações e conexões soldáveis (PVC) que são estas na 
colaração marrom. Apenas alguns exemplos nas figuras abaixo: 
 
 
Interessante pesquisar sobre os outros materiais- por exemplo o PEX ( Polietileno Reticulado) 
✓ Aço carbono 
✓ Cobre 
✓ CPVC (Policloreto de vinila clorado) 
✓ PPR ( Polipropileno Randômico) 
 
 
 Conexões em Aço Carbono Conexões em CPVC 
 
 
 
 Materiais de PPR 
 
 
 Instalações PEX 
 
 Os tubos de PVC rígido são agrupados em três classes, indicadas pelas 
pressões de serviço: 
 
 classe 12 (6 kgf/cm2 ou 60 mca) 
 classe 15 (7,5 kgf/cm2 ou 75 mca) 
 classe 20 (10 kgf/cm2 ou 100 mca) 
 
Para se conhecer a máxima pressão de serviço (em kgf/cm2) de cada classe, basta 
dividir o número da classe por 2. 
 
 
 
As normas brasileiras dividem os tubos de PVC em duas áreas de 
aplicação: 
 
 tubos de PVC rígido para adutoras e redes de água (EB-183) 
 tubos de PVC rígido para instalações prediais de água fria (EB-892) 
 
 Diâmetros e Dimensões dos tubos de plástico: 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
TUBOS COM JUNTAS SOLDÁVEIS 
 
TUBOS COM JUNTAS ROSCÁVEIS 
 Ø Externo 
Médio 
(mm) 
Espessura Mínima 
das Paredes 
(mm) 
Ø Externo 
Médio 
(mm) 
Espessura Mínima 
das Paredes 
(mm) 
½” 
¾” 
1” 
1 ¼” 
1 ½” 
2” 
2 ½” 
3” 
4” 
20 
25 
32 
40 
50 
60 
75 
85 
110 
1,5 
1,7 
2,1 
2,4 
3,0 
3,3 
4,2 
4,7 
6,1 
21 
26 
33 
42 
48 
60 
75 
88 
113 
2,5 
2,6 
3,2 
3,6 
4,0 
4,6 
5,5 
6,2 
7,6TIPOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA: 
 
 Segundo a norma, para a definição do tipo de abastecimento a ser adotado, 
devem ser utilizadas as informações preliminares ( vejam o ponto 5.1.4 da norma). 
 A adoção do tipo direto para alguns pontos de utilização e do indireto para 
outros, explorando-se as vantagens de cada tipo de abastecimento , constitui em 
muitos casos, a melhor solução. 
 
 Sistema Direto: 
 
 
Abastecimento das peças de utilização é feita diretamente com água da rede de 
distribuição , sem reservação . 
O sistema deverá oferecer condições de VAZÃO, PRESSÃO E CONTINUIDADE 
SUFICIENTES para o esperado desempenho das instalações 
VANTAGENS: 
• HAVERÁ UMA DISPOSIÇÃO DE UMA MAIOR ÁREA ÚTIL 
• MENOR CUSTO NA INSTALAÇÃO 
• ÁGUA DE MELHOR QUALIDADE 
• MENOR CUSTO DA ESTRUTURA 
DESVANTAGENS: 
• FALTA DE ÁGUA NO CASO DE INTERRUPÇÃO DA REDE 
• GRANDE VARIAÇÃO DE PRESSÃO AO LONGO DO DIA 
• LIMITAÇÃO DE VAZÃO 
• MAIOR CONSUMO 
 
 
 
 
 
 Sistema Indireto: 
 
 
• As águas provêm de um ou mais reservatórios. 
• Pode ser: 
• Indireto sem bombeamento; 
• Indireto com bombeamento; 
Vantagens: minimiza problemas de irregularidade de abastecimento e variações 
de pressão 
Desvantagens: a garantia de qualidade da água reservada
 é de responsabilidade do proprietário do imóvel. 
 
✓ Sistema de Abastecimento Indireto sem bombeamento: 
 
• Utilizado quando a pressão é suficiente, mas há interrupções no 
abastecimento, portanto, é necessário a colocação de um reservatório superior, 
para que haja alimentação do prédio de forma ascendente. 
• Este sistema é utilizado em residências de até 3 andares. 
 
✓ Subsistema de Abastecimento Indireto com bombeamento 
• Utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente para 
alimentar o reservatório superior. 
• Para edificações com mais de 3 pavimentos. 
• Adota-se um reservatório inferior onde a água é bombeada até o 
reservatório superior, por meio de um sistema de recalque. 
• Após o abastecimento do reservatório superior a distribuição de água 
é feita por gravidade. 
 
 
 
• Indireto com bombeamento; 
 
 
 
 Subsistemas de Abastecimento Misto 
• Parte da alimentação da rede de distribuição é feita diretamente 
pela rede pública e parte pelo reservatório superior. 
• Há distribuição direta e indireta ao mesmo tempo. 
• Peças localizadas no pavimento térreo (torneiras externas, tanques e 
áreas de serviço de edículas) podem ser alimentados pela rede pública, pois terão 
maior pressão. 
 
 
 
 Sistema de Abastecimento Indireto Hidropneumático 
Este sistema dispensa o reservatório superior. 
Recomendado apenas em casos especiais onde há necessidade de aliviar a 
estrutura da laje. 
Sua instalação é mais que cara que as demais, pois requer um equipamento de 
pressurização de água acoplado ao reservatório inferior. 
 
 
Entretanto, se houver falta de energia elétrica na edificação o sistema fica 
inoperante, necessitando de um gerador para o funcionamento. 
 
 
 
 
 
De acordo com a localização no terreno os reservatórios podem ser classificados 
em: 
 
✓ Enterrado: quando completamente embutido no terreno; 
✓ Semi Enterrado ou Semi apoiado: quando a altura líquida possui uma 
parte abaixo do nível do terreno; 
✓ Apoiado: quando a laje de fundo do reservatório está apoiada no 
terreno. 
✓ Elevado: quando o reservatório está apoiado em uma estrutura de 
elevação; 
✓ Stand Pipe: quando o reservatório está elevado através de uma 
estrutura de elevação embutida, de modo a manter continuo o perímetro da 
seção transversal da edificação. 
 
 
 
 
 
 
Os reservatórios destinados a armazenar água potável devem preservar o padrão 
de potabilidade, não transmitindo cor, odor, toxidade ou promover ou estimular o 
crescimento de microrganismo. 
Deve ser um recipiente estanque que possua tampa ou porta de acesso, 
firmemente presa e com vedação que impeça a entrada de líquidos, poeiras, 
insetos ou outros animais no seu interior. 
Havendo a possibilidade de condensação nas superfícies internas das partes do 
reservatório que não ficam em contato direto com a água, deve tomar cuidado 
com o material utilizado a fim de evitar a contaminação. 
✓ Exemplos de Reservatórios: