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QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Prof. Dr. Iury Sousa e Silva Webaula 1 Iury Sousa e Silva Formação: Engenheiro Mecânico Engenheiro Químico Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho MBA em Gestão de Projetos Especialista em Metodologia de Ensino EAD Mestre em Engenharia Química – Modelagem e Simulação de processos Doutor em Engenharia Química – Modelagem, Simulação e Viabilidade de plantas industriais Experiências: Engenheiro de Processos – M&G Fibras Brasil Coordenador de Qualidade – Frevo Industria de Bebidas Analista de Meio Ambiente – SEMMA Paulista Professor e coordenador de curso – UNINASSAU/Ser Educacional Contatos: E-mail: iury.silva@sereducacional.com Instagram: @prof.iurysousa Linkedin: Iury Sousa e Silva Bibliografia Introdução à química analítica quantitativa A química analítica é uma ciência que engloba um conjunto de métodos, técnicas e instrumentação, empregados com a finalidade de identificar, isolar e quantificar espécies em amostras A análise quantitativa desempenha um papel de grande importância em campos como ciências forenses, biológicas e farmacêuticas Análise Qualitativa x Análise Quantitativa Análises qualitativas: os componentes separados eram tratados com reagentes que produziam produtos que podiam ser reconhecidos por suas cores, pontos de ebulição ou fusão, solubilidades em uma série de solventes, odores, atividades ópticas ou índices de refração. Análises quantitativas: a quantidade de analito é muitas vezes determinada por gravimetria ou por medidas volumétricas. Métodos Analíticos Quantitativos Os métodos analíticos podem ser classificados de acordo com a natureza da medida adotada na análise. Métodos que determinam a massa do analito ou de algum composto relacionado quimicamente. Métodos Analíticos Quantitativos Métodos volumétricos: Mede-se o volume da solução contendo reagente em quantidade suficiente para reagir com todo analito presente. Métodos eletroanalíticos: Envolvem a medida de propriedades elétricas, como corrente, potencial, impedância, resistência e carga elétrica. Métodos espectroscópicos: Baseiam-se na medida da interação entre a radiação eletromagnética e os átomos ou as moléculas do analito. Outros métodos: Podem incluir a medida de outras grandezas, como razão massa-carga de moléculas por espectrometria de massas, entalpia de reação, condutividade térmica de amostras, atividade óptica e índice de refração. Química analítica quantitativa aplicada nas ciências farmacêuticas • Controle de qualidade de medicamentos • Regulamentação de análises químicas em diferentes etapas da produção de medicamentos • Cumprimento de um conjunto de normas e procedimentos nas etapas de fabricação desses compostos. • Controle de qualidade da matéria prima, do processo de fabricação, dos produtos acabados e seu armazenamento: práticas que asseguram que esses medicamentos cumpram a lei em termos de segurança, para que estes medicamentos apresentem a identidade, a potência, a qualidade e pureza características Materiais e equipamentos empregados na análise quantitativa A instrumentação usada para medir massa e grande parte do equipamento usado para medir volume são importantes para todas as técnicas analíticas A pesagem é o procedimento mais comum e mais fundamental durante uma análise química. As balanças de laboratório de hoje incorporam os mais recentes avanços em eletrônica, mecânica de precisão e ciência de materiais. Béqueres, pipetas e cilindros graduados são equipamentos comumente usados para medir volumes e podem ser encontrados em todos os tipos de laboratório. Para medidas mais precisas, instrumentos automatizados estão disponíveis. Equipamentos para medidas de massa A massa de um material pode ser obtida usando uma balança, cujo tipo mais comum é a balança eletrônica As balanças analíticas são sensíveis o suficiente para medir a massa de uma impressão digital. Por esse motivo, os materiais colocados em uma balança normalmente devem ser manuseados usando pinças e espátulas. As amostras líquidas voláteis devem ser pesadas em um recipiente coberto, para evitar a perda de amostra por evaporação. Amostras secas em um forno devem ser armazenadas em um dessecador para evitar que reabsorvam a umidade da atmosfera. Equipamentos para medidas de volume As pipetas e as buretas são, normalmente, calibradas para manusear volumes específicos, enquanto os frascos volumétricos são calibrados para conter um dado volume. A pipeta é usada para fornecer um volume específico de solução. Diferentes modelos de pipetas estão disponíveis comercialmente. As pipetas fornecem os meios mais precisos para fornecer um volume conhecido de solução Pipeta de Pasteur – 3mL Equipamentos para medidas de volume Os balões volumétricos são utilizados na preparação de soluções com concentrações exatas. A bureta é um tubo de vidro fabricado com precisão, com graduações que permitem medir o volume de líquido fornecido através da torneira (a válvula) na parte inferior. Ao ler o nível do líquido em uma bureta, seu olho deve estar na mesma altura que a parte superior do líquido. Caso seus olhos não estejam no mesmo nível do líquido, ocorre um erro de leitura chamado de paralaxe, que ocorre pois a superfície da maioria dos líquidos forma um menisco côncavo Caderno de laboratório O caderno de laboratório é um item imprescindível para cientistas e pesquisadores que realizam análises químicas Caderno de laboratório deve conter uma descrição completa e precisa de todo o trabalho a ser realizado. Erros em análises químicas As medidas realizadas em química analítica inevitavelmente envolvem erros e incertezas, mas apenas alguns deles ocorrem devido a falhas cometidas pelo analista. Os erros mais comuns estão associados a padronizações ou calibrações malfeitas, incertezas nos resultados e variações aleatórias Os erros nas medidas são uma parte inerente das análises quantitativos, desta forma, é tecnicamente impossível realizar uma análise química que seja totalmente livre de erros ou incertezas, portanto, o pode ser feito é minimizar os erros e estimar sua grandeza com uma exatidão aceitável Dois tipos mais comuns de erros são os erros aleatórios e erros sistemáticos. Erros sistemáticos Chamado de erro determinado, surge de uma falha no equipamento ou do design de um experimento. Se você realizar o experimento novamente exatamente da mesma maneira, o erro será reproduzível. Em princípio, o erro sistemático pode ser descoberto e corrigido, embora isso possa ser difícil. Ex: Medidor de pH padronizado incorretamente produz um erro sistemático: suponha que você pense que o pH da solução usado para padronizar o medidor é 7,00, mas na verdade é 7,08, com isso, todas as suas leituras de pH serão 0,08 unidades de pH muito baixas. Quando você lê um pH de 5,60, o pH real da amostra é de 5,68. Esse erro sistemático pode ser descoberto usando um segundo tampão de pH conhecido para testar o medidor. Erros sistemáticos Erros aleatórios Chamado erro indeterminado, surge de variáveis não controladas na medição. O erro aleatório tem igual chance de ser positivo ou negativo. Os erros aleatórios existem em todas as medidas e jamais podem ser totalmente eliminados, sendo muitas vezes, a maior fonte de incertezas em uma determinação. Esses erros são provocados por muitas variáveis incontroláveis, sendo assim, parte inevitável de toda análise Para avaliar os erros aleatórios, podem ser utilizados métodos estatísticos, que, geralmente, se baseiam na premissa de que os erros aleatórios contidos em resultados analíticos seguem uma distribuição gaussiana. Análise estatística de dados Nas análises quantitativas, geralmente são realizadas leituras replicadas. As medições experimentais sempre contêm alguma variabilidade, neste sentido, a estatística fornece ferramentas para aceitar conclusões com alta probabilidade de seremcorretas e rejeitar conclusões que não são. Análise estatística de dados Os cálculos estatísticos são empregados visando a aprimorar a qualidade de medidas experimentais. As aplicações mais comuns dos testes estatísticos no tratamento de resultados analíticos incluem: • Definir o intervalo de confiança das medidas, que consiste no intervalo numérico ao redor da média de um conjunto de réplicas de resultados analíticos, na qual se espera que a média da população possa estar contida, com uma certa probabilidade. • Determinar o número necessário de réplicas para assegurar que uma média experimental esteja contida em uma certa faixa, com um determinado nível de probabilidade. • Estimar a probabilidade de uma média experimental e um valor verdadeiro. • Determinar se a precisão de dois conjuntos de resultados é diferente, dentro de um dado nível de probabilidade. • Obter a análise de variância, que consiste em comparar médias de mais de duas amostras, para determinar se as diferenças nas médias são reais ou resultado de erros aleatórios. Média e desvio padrão Relatar apenas a média é insuficiente porque isso falha em indicar a incerteza na medição. A inclusão do desvio padrão, ou outra medida de dispersão, fornece as informações necessárias sobre a incerteza Média e desvio padrão Ex: Uma amostra de água, em triplicata, de um processo de liofilização de medicamento, apresentou os seguintes resultados: 6, 6,5 e 7. Calcule a média e o desvio padrão da amostra. Amostragem A etapa de amostragem é sempre uma operação de grande importância durante a análise. O objetivo é obter uma amostra representativa, que deve ser uma réplica em miniatura da composição e da distribuição granulométrica do objeto de análise Um plano de amostragem normalmente envolve três etapas: remover fisicamente a amostra de sua população-alvo, preservar a amostra e preparar a amostra para análise. Como a amostragem expõe a população-alvo a possíveis contaminações, o dispositivo de amostragem deve ser inerte e limpo Amostragem de líquidos Soluções líquidas podem ser amostradas com relativa facilidade, desde que o material possa ser misturado minuciosamente por meio de agitadores ou pás de mistura. Após uma mistura adequada, as amostras podem ser retiradas do topo e do fundo e combinadas em uma amostra que é completamente misturada novamente, originando a amostra final, a qual será utilizada na análise. Para amostragem de líquidos em tambores, garrafões ou garrafas, pode ser utilizado um tubo de extremidade aberta com comprimento suficiente para atingir 3 mm do fundo do recipiente e com diâmetro suficiente para conter de 0,5 a 1,0 L. Amostragem de sólidos Exemplos típicos de amostras sólidas incluem partículas grandes, como as encontradas em minérios; partículas menores, como solos e sedimentos, comprimidos; e cápsulas utilizadas na distribuição de produtos farmacêuticos, polímeros, metais laminados, tecidos para biópsia e muitos outros. Ao contrário de gases e líquidos, cujas amostras geralmente exigem pouca preparação, as amostras sólidas muitas vezes precisam de algum processamento antes da análise. Para populações extremamente heterogêneas constituídas por partículas grandes, a amostra bruta pode ser muito grande para ser analisada. Reduzir o tamanho médio de partícula da amostra permite que o mesmo número de partículas seja amostrado com uma massa combinada menor e mais gerenciável. Tratamentos para amostras sólidas Uma grande variedade de amostras sólidas precisa ser reduzida para etapas subsequentes da análise, e o procedimento deve ser sistemático, padronizado e originar amostras uniformes. A redução no tamanho das partículas pode ser obtida por meio de uma ampla variedade de métodos e equipamentos. A trituração é uma técnica simples e amplamente empregada nos laboratórios de análise, se amostra for homogênea e dura, a moagem será difícil, se for heterogênea e macia a moagem será mais fácil O esmagamento e a trituração usam de força mecânica para quebrar partículas maiores em partículas menores. A diminuição do tamanho das partículas aumenta a área de superfície disponível e, com o aumento da área de superfície, existe um risco de perda de componentes voláteis, um problema agravado pela exposição de porções da amostra à atmosfera, onde a oxidação pode alterar a composição da amostra. O esmagamento e a trituração usam de força mecânica para quebrar partículas maiores em partículas menores. A diminuição do tamanho das partículas aumenta a área de superfície disponível e, com o aumento da área de superfície, existe um risco de perda de componentes voláteis, um problema agravado pela exposição de porções da amostra à atmosfera, onde a oxidação pode alterar a composição da amostra. Tratamentos para amostras sólidas Além disso, pode ocorrer uma contaminação durante a abrasão mecânica. As partículas mais macias são reduzidas mais facilmente, e podem ser perdidas como poeira, antes que o restante da amostra tenha sido processado. Isso é um problema, pois a distribuição do analito pode não ser uniforme entre partículas de tamanho diferente. Garantir que as partículas sejam reduzidas a um tamanho uniforme, é recomendado utilizar uma peneira e, após moagem, a amostra deve ser misturada, visando a torná- la mais homogênea. PRÓXIMOS PASSOS Realizar o Desafio Colaboratio Fazer AOLs Inicio da Atividade Contextualizada OBRIGADO NOME DO APRESENTADOR CONTATOSCARGO E-mail: iury.silva@sereducacional.com Instagram: prof.iurysousa Linkedin: Iury Sousa e Silva
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