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O processo de projeto de AEC_ BIM e construtibilidade

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O processo de projeto de AEC: BIM e construtibilidade
Prof.ª Bianca Marinho Quintella Borges Soares
Descrição
A aplicação de tecnologias e metodologias BIM nas fases de projeto e
obra para profissionais do setor de arquitetura, engenheiro e construção
(AEC).
Propósito
Reconhecer a metodologia BIM, suas aplicações e seus benefícios na
construção civil.
Objetivos
Módulo 1
BIM – modelagem da informação da
construção
Identificar as aplicações e os níveis do BIM
Módulo 2
Construtibilidade
Aplicar as 7 dimensões do BIM em projetos e obras
Módulo 3
Projeto colaborativo de AEC
Descrever os benefícios do BIM e do processo de projeto integrado
para o setor de AEC
Introdução
Os profissionais da área de arquitetura e construção estão
passando por um momento de transição importante na forma de
projetar e gerenciar equipes e obras. Essa evolução está se
tornando possível graças a uma nova metodologia de trabalho
conhecida como BIM (Building Information Modeling).
Há algumas décadas, passamos por uma transição parecida na
qual arquitetos e engenheiros precisaram deixar o papel vegetal e
a prancheta para trabalhar com uma tecnologia chamada CAD.
Tal transição demorou alguns anos para acontecer de forma
definitiva e para ser aceita pelos profissionais da área da
construção civil.
No momento, atravessamos uma transição da metodologia de
trabalho CAD para a BIM. O principal ponto que devemos
observar nessa mudança é a forma de projetar e pensar a
integração entre as equipes.

No caso da CAD, os projetos eram desenvolvidos no formato 2D.
O trabalho desenvolvido se mostrava muito demorado; além
disso, qualquer ajuste realizado deveria ser revisado no projeto
como um todo. Já na metodologia BIM, eles são desenvolvidos
em 3D, enquanto os dados são gerados e controlados de forma
integrada no projeto.
Podemos perceber que esse novo momento no qual o setor da
construção civil se encontra merece muita atenção, pois o BIM é
uma ferramenta muito poderosa, sendo capaz de tornar nossas
obras e projetos mais enxutos e econômicos.
1 - BIM – modelagem da informação da construção
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car as aplicações e os níveis do BIM.
Histórico e evolução do BIM
A representação gráfica aplicada para o setor de arquitetura e
construção civil sofreu uma evolução muito grande nas últimas
décadas. Podemos destacar três momentos de grande importância para
os profissionais da área:
Desenhos desenvolvidos em papel vegetal
Projetos desenvolvidos em tecnologia
CAD
Modelagem BIM
Antes dos anos 1960, os arquitetos e engenheiros elaboravam seus
projetos em papel vegetal e utilizavam uma mesa de luz para visualizar
as sobreposições entre os pavimentos e as disciplinas de projetos. Além
da documentação em papel, eram elaboradas maquetes físicas que
orientavam os construtores no momento da execução.
Veremos a seguir como o BIM evoluiu a cada década:
 Anos 1950
h f h l
Em 1956, o Massachusetts Institute of Technology
(MIT) desenvolve o primeiro computador
totalmente transistorizado. Dois anos depois, o MIT
liga um monitor com capacidades gráficas ao
computador de médio porte.
 Anos 1960
Em 1963, a General Motors cria o primeiro sistema
CAD (computer aided design), que permite a criação
de um ambiente bidimensional e um tridimensional
no computador. Assim, a computação gráfica 2D
desenvolve-se muito rapidamente, mas a
computação gráfica 3D ainda é simples, pois não
havia algoritmos suficientes para visualização
gráfica.
 Anos 1980
Em 1982, a Autodesk lança o AutoCad, o primeiro
software com aplicação da metodologia CAD.
Nessa década, os computadores pessoais passam
a existir. Com isso, o monitor, o mouse e o teclado
começam a substituir as pranchetas de desenho
técnico. Esses softwares usavam camadas (layers)
para criar seus projetos, o que substituía o papel
vegetal com a mesa de luz.
 Anos 1990
Essa tecnologia demorou bastante a ser aceita
pelos arquitetos e engenheiros. Por isso, eles só
passam a usar o AutoCad em larga escala no final
da década de 1990.
Desse modo, podemos identificar algumas datas marcantes nessa
transição entre o CAD e o BIM:
 Anos 2000
A representação gráfica tridimensional evolui
bastante, surgindo, por conta disso, a metodologia
BIM. Com o BIM, além da modelagem 3D, é possível
prever o que será construído e entender o
desempenho de cada edificação.
Em 2002, a Autodesk lança o programa Revit de
modelagem BIM. Trata-se de um programa pioneiro
e o mais reconhecido no mercado mundial.
 Anos 2010-2020
Assim como a transição que ocorreu do papel
vegetal para o sistema CAD demorou alguns anos
para ser efetivamente implementada nos escritórios
de arquitetura e engenharia, a mudança do CAD
para o BIM vem ocorrendo de forma gradativa.
2014
O Revit passa a ser usado com
frequência na Europa e nos EUA.
2016
O Reino Unido institui o uso de
BIM em todos os projetos
públicos.
2020
l h
O Brasil conta com dois grandes marcos nesse tópico. Em 2018, a
assinatura do Decreto nº 9.377 oficializa a Estratégia Nacional para
Disseminação do BIM. Dois anos depois, é assinado o Decreto nº 10.306
com as fases de implementação do BIM no país.
De acordo com o Decreto nº 10.306, haverá três fases de
implementação do BIM no Brasil:
Primeira fase (a partir de 1º de janeiro de 2021)
O BIM precisa ser empregado no desenvolvimento de projetos de
arquitetura e engenharia. Esses projetos podem estar ligados a novas
construções, ampliações e reabilitações.
Atenção!
Os projetos de arquitetura, instalações hidráulicas, aquecimento,
ventilação e ar-condicionado, assim como as instalações elétricas,
devem ser feitos por meio das ferramentas BIM.
Segunda fase (a partir de 1º de janeiro de 2024)
Além dos projetos de arquitetura e engenharia, o BIM deve ser usado na
gestão de obras de novas construções, reformas e ampliações. Nesse
momento, conforme a imagem a seguir mostra, os projetistas precisam
fazer o orçamento, o planejamento e o controle da execução da obra a
partir de modelos elaborados em softwares que usam a metodologia
BIM.
A Alemanha passa a exigir que
todos os projetos de transporte
público sejam feitos com a
tecnologia BIM.
Terceira fase (a partir de 1º de janeiro de 2028)
O BIM atinge a sua maturidade nessa fase, devendo ser usado para
elaborar projetos, a gestão da obra e o gerenciamento e manutenção do
empreendimento após a sua construção.
Comentário
Podemos notar que a intenção desse decreto é estimular que os
escritórios de arquitetura e engenharia implementem o uso do BIM nos
seus processos de trabalho.
Introdução ao BIM
O BIM é o acrônimo para building information modeling ou, em
português, modelagem da informação da construção. A tecnologia BIM
permite a criação de modelos virtuais com geometria exata e dados
relevantes e precisos de uma edificação. Com isso, é possível elaborar
uma modelagem real da construção na qual todas as informações dela
podem ser inseridas dentro do modelo.
No livro Manual de BIM, Eastman (2014, p. 13) define “BIM como uma
tecnologia de modelagem e um conjunto associado de processos para
produzir, comunicar e analisar modelos de construção”. BIM, portanto,
reflete e enfatiza os aspectos processuais – e não os de building
information model (modelo da informação da construção).
Os objetos dos processos BIM, afinal, são modelos de construção (ou
modelos BIM).
Saiba mais
Manual de BIM é um dos principais livros sobre o assunto. Sua leitura é
primordial para quem deseja aprofundar os estudos sobre BIM.
O modelo BIM oferece suporte a todas as fases do projeto, permitindo a
análise minuciosa e o controle de todos os processos da construção, o
que antes era feito de forma manual. O processo de projeto tradicional –
em que elaboramos os projetos 2D e 3D em ferramentas CAD –
apresenta diversos problemas que aumentam o tempo e o custo para
execução dos projetos.
Um dos problemas mais comuns ligados aessa metodologia de
trabalho 2D é o tempo gasto para gerar:
 Informações de con�ito (compatibilização
entre as diversas disciplinas de projetos)
 Informações de custos
 Prazos de execução
 Quantitativos de materiais
 Estudos de e�ciência energética
 Análises ligadas à sustentabilidade
Essa metodologia produz somente linhas 2D que representam
graficamente elementos construtivos. Tais linhas não possuem
nenhuma informação além das suas medidas.
Implementada de forma correta, a metodologia BIM facilita muito a
redução de tempo e os custos de projeto e construção. O BIM dinamiza
o processo de projeto integrado, melhorando a qualidade do projeto e do
produto entregue.
Exemplo
Com um modelo BIM, é possível inserir informações complementares
no modelo, como o material aplicado e até dados do fornecedor. Com
essas informações no modelo, são geradas tabelas de quantitativos de
forma automática, o que agiliza bastante o tempo de projeto.
Ao abordar a metodologia BIM, é muito comum se referir ao nível de
maturidade BIM no qual o projeto se encontra. Segundo Eastman (2014),
pode-se identificar as fases de maturidade do BIM como:
É definido como um CAD não gerenciado. O projeto é
desenvolvido em desenhos convencionais 2D em papel, sendo,
em alguns momentos, digitalizados em formato PDF.
Nesse modelo, as informações dos projetos são geradas de
forma separada e independente por cada disciplina de projetista.
A maioria do setor de construção já opera muito além desse
nível.
É definido como um misto de modelagem 3D para o trabalho
conceitual e de maquete eletrônica e uso de CAD 2D para a
elaboração de desenhos técnicos necessários para a feitura de
um projeto legal e executivo. Nesse nível, os modelos não são
compartilhados entre os membros das equipes atuantes no
projeto. Muitas empresas operam atualmente nesse nível.
Nível BIM 0 
Nível BIM 1 
Nível BIM 2 
É definido pelo trabalho colaborativo: todos os envolvidos usam
os próprios modelos 3D, mas eles não trabalham com um
modelo único. A colaboração se dá no modo como as
informações são trocadas entre as diferentes equipes que
participam do projeto.
As informações de projeto são compartilhadas por meio de um
formato de arquivo comum. É o caso, por exemplo, do IFC, que
permite a qualquer escritório importar e exportar os dados de
seus projetos a fim de criar um modelo BIM federado e realizar
verificações com base nos modelos da outra equipe.
É representado pela colaboração total entre todas as disciplinas
de projeto graças ao uso de um modelo único de projeto. Esse
projeto é compartilhado e mantido em um repositório
centralizado nas nuvens.
Todos os envolvidos podem acessar e modificar o mesmo
modelo conhecido como Open BIM (BIM aberto). O benefício
disso é que esse modelo elimina as possibilidades de
incompatibilidade de dados.
Os níveis de modelagem podem ser chamados de LOD (level of
development). Muitas empresas identificam quais níveis de LOD o
projeto deve atingir em cada etapa. Essa é uma forma de os projetistas
manterem o padrão de detalhamento que a empresa exige como
entrega em seus empreendimentos. Vejamos agora um gráfico que
mostra a maturidade do modelo BIM ao longo dos anos (1990-2020):
Nível BIM 3 
Gráfico: O modelo de maturidade BIM segundo Mark Bew e Mervyn Richards. Reproduzida com
base nas normas PAS 1192-2:2013 (BSI, 2013) e BS 1192-4:2014 (BSI, 2014).
Eastman; Teicholz; Sacks; Liston, 2014, p. 15.
Ferramentas e tecnologias
A metodologia BIM envolve a tecnologia e o processo. O termo BIM,
afinal, faz referência a uma metodologia de trabalho – e não somente a
um software.
Muitos profissionais e fabricantes de softwares usam esse termo para
caracterizar seus serviços e produtos. No entanto, é necessário
compreender que há diversos softwares no mercado que usam a
tecnologia BIM como metodologia de trabalho.
Destacaremos algumas informações importantes sobre o que não seria
BIM:
São usados somente como uma representação gráfica (maquete
eletrônica) sem atributos e informações importantes para gerar
tabelas, quantitativos e análise do projeto. O SketchUp, da
Trimble, por exemplo, é um excelente modelador, mas não
conseguimos fazer análises aprofundadas dentro do software,
sendo necessário levar a modelagem para outro ambiente.
Dessa forma, podemos identificar o SketchUp como uma
Modelos que apenas contêm dados 3D sem atributos 
ferramenta BIM, pois ele oferece suporte aos processos BIM,
mesmo não sendo uma plataforma BIM.
Tais informações não são atualizadas automaticamente nas
demais vistas. Essa forma de trabalho manual, observada, por
exemplo, no AutoCad, possibilita muitos erros de
compatibilização entre plantas, cortes e fachadas.
O mercado conta com diversos softwares que participam do fluxo de
trabalho BIM. No entanto, precisamos compreender a diferença entre
estes termos:
Ferramenta BIM é um recurso de envio,
recebimento e processamento de
informações BIM utilizado dentro de um
processo BIM em associação com as
plataformas BIM. Por exemplo, o AutoCad
usado para produção de desenhos, quando
usado em um contexto de processo BIM,
pode ser considerado uma ferramenta BIM.
Plataforma BIM é um gerador central de
informações BIM com funções para manter a
integridade de um modelo a partir da
capacidade de modelagem de um objeto
paramétrico. Os aplicativos BIM paramétricos
mais conhecidos são: Revit, ArchiCad, Tekla
Structures, Vectorworks e Bentley. A maioria
dessas plataformas oferecem
funcionalidades internas de renderização,
produção de desenhos, detecção de conflitos,
bibliotecas e funções para diferentes
disciplinas.
Ambiente BIM é um conjunto de aplicativos
BIM que são interligados a fim de suportar
múltiplos fluxos de informações e processos
Modelos que permitem a modificação das dimensões em
uma vista 
em um projeto, organização ou setor da
construção civil. Os ambientes BIM incluem
as várias ferramentas, plataformas,
servidores, bibliotecas e processos de
trabalho BIM dentro do projeto ou da
organização.
(EASTMAN; TEICHOLZ; SACKS; LISTON, 2014, p.
58, grifos nossos)
O Revit é a plataforma BIM mais conhecida mundialmente. O seu
fabricante é o Autodesk, o mesmo responsável pelo AutoCad. Essa
plataforma (software) possui um ponto forte: a criação de projetos
arquitetônicos, estruturais e de instalações no mesmo local.
Histórico e evolução do BIM
Neste vídeo, veremos algumas das perguntas mais pesquisadas na
internet sobre o histórico e a evolução do BIM e suas respectivas
respostas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Na modelagem digital, é possível definir três gerações distintas de
softwares:
1ª geração - desenhos vistos por computador cujo software mais
conhecido no mercado foi considerado a maior inovação da área de
tecnologia da informação (TI) durante anos.
2ª geração - modelagem geométrica, com um grande destaque para
as imagens 3D e a facilidade na modelagem 3D.
3ª geração - modelagem do produto na qual são inseridas diversas
informações pertinentes à edificação e aos seus elementos
construtivos.
Podemos citar respectivamente os seguintes softwares:
A AutoCAD, 3D Max e REVIT.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O AutoCad é o software líder do mercado na tecnologia CAD. O 3D
Max, também da Autodesk, é um software para modelagem 3D. Por
fim, o Revit é um software BIM fabricado pela Autodesk com o qual
é possível modelar toda a edificação de acordo com parâmetros
predefinidos.
Questão 2
(Consulplan - 2019 – MPE/PA - estagiário – Arquitetura) Em relação
aos recursos computacionais muito utilizados atualmente, assinale
a alternativa correta sobre o termo BIM.
B Blender, Primavera e Lumion.
C ZWCad, SketchUp e ArchiCAD.
D AutoCAD, Vray e Solibri.
E BricsCAD, Vectorworks e REVIT.
A
Building information modelling: tipo de CAD para
gerenciar o projeto construtivo com uma maquete
tridimensional. Dessamaneira, os aspectos do
projeto podem ser previstos. Eventuais mudanças
durante a construção podem ser incorporadas
facilmente e refletirão no modo como as maquetes
as acomoda.
B
Beautiful intense make: tipo de programa para fazer,
de forma estética e visual, modelos gráficos e
tridimensionais de projetos de arquitetura,
paisagismo, urbanismo e design de interiores; todos
integrados em uma única plataforma.
Parabéns! A alternativa A está correta.
BIM significa building information modeling ou modelagem da
informação da construção. Trata-se da opção correta, pois as
demais não fazem referência à metodologia BIM.
2 - Construtibilidade
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de aplicar as 7 dimensões do BIM em projetos e
obras.
C
Business instrumental model: tipo de software de
instrumentos e ferramentas que possibilita construir
modelos de negócios que permitam orçar e vender.
D
Basic instructions manager: programa que integra
planilhas eletrônicas e modelos digitais
arquitetônicos, permitindo a utilização de instruções
on-line para elaborações de custos e previsões
construtivas a partir dos projetos 2D.
E
Basic instructions architecture: programa que
desenvolve maquetes de pequenos projetos de
construções civis.
Modelagem 3D
Para iniciarmos nosso entendimento sobre a diferença entre a
modelagem 2D e 3D tradicional e a 3D em BIM, precisaremos, antes
disso, entender o conceito de parametrização. Compreender o
significado dos objetos paramétricos é central para o entendimento do
BIM e de sua discrepância em relação aos objetos 2D tradicionais.
Vamos começar compreendendo a diferença entre a metodologia 2D e
3D feita em softwares CAD (computer aided design ou desenho auxiliado
pelo computador) e a modelagem 3D realizada em softwares BIM
(building information modeling ou modelagem da informação da
construção):
No CAD, são desenvolvidos desenhos com a mesma ideia do
desenho à mão em nanquim, sendo utilizadas como
ferramentas: linhas, polilinhas, círculos e textos.
No BIM, são desenvolvidos modelos virtuais da edificação, e são
usados como ferramentas os seguintes itens: parede, coluna,
pilar, laje, móveis, luminárias, tubos, conexões e telhados (tudo
com parâmetros que podem ser modificados).
No CAD, a modelagem pode ter duas e três dimensões. Já no
BIM, são sete dimensões: tempo, custo, vida útil e
sustentabilidade.
No CAD, a compatibilização é realizada pelo projetista,
permitindo erros de projeto que só serão identificados na obra.
Forma de elaborar projetos 
Dimensões de modelagem 
Compatibilização de projetos 
No BIM, são usadas ferramentas que ajudam a identificar
problemas de projeto e diminuir os desperdícios na obra.
Importante!
Devemos destacar a diferença entre uma modelagem 3D feita para a
apresentação de projetos e de imagens renderizadas e a modelagem 3D
BIM. Normalmente feita em softwares, como, por exemplo, Sketchup e
3D Max, a modelagem 3D não possui parâmetros, sendo usada
simplesmente como uma maquete eletrônica. Já a modelagem 3D BIM,
que é realizada no Revit e no Archicad, entre outros softwares, tem
parâmetros.
Os objetos paramétricos têm as seguintes características:
 Possuem de�nições geométricas, dados e
regras associados.
 A geometria não permite inconsistências.
 As regras paramétricas para os objetos
modi�cam automaticamente as geometrias
associadas. Por exemplo, quando o
tamanho de uma janela é modi�cado, as
dimensões da parede são atualizadas
automaticamente.
Os modelos 3D em BIM possuem informações fundamentais para
construir virtualmente uma edificação. Tal modelagem se torna um
ambiente de compartilhamento de dados acessíveis, rastreáveis,
transparentes, confidenciais e seguros no qual todos os projetistas
podem compartilhar as informações produzidas conforme as regras
preestabelecidas para o gerenciamento digital das informações do
projeto
Os objetos BIM podem ser categorizados por:

Categoria

 As regras dos objetos podem identi�car
quando determinada modi�cação viola a
viabilidade do objeto em relação ao seu
tamanho e à sua construtibilidade.
 Os objetos podem importar e exportar
atributos e dados contidos neles.
 Basicamente, é possível compreender os
parâmetros como dados e regras imputados
no programa para que os objetos sejam
criados de acordo com as especi�cações
do projeto. Esses parâmetros podem ser
medidas, materiais, dados físicos dos
materiais, estruturais, térmicos, mecânicos
e elétricos, entre outros exemplos.
Família

Tipo
Cada família pode possuir diversos tipos de objetos com dimensões e
materiais diferentes, conforme exemplificado a seguir:
Exemplo
A categoria é: portas; a família: porta simples; e o tipo: porta de
60x210cm.
No mercado, diversos modelos de bibliotecas BIM disponibilizam
famílias para serem usadas nos projetos. Muitos fabricantes
internacionais e nacionais fornecem seus produtos já modelados em
famílias BIM cujas dimensões e características são fiéis às do produto
original.
Todo software BIM possui:

Famílias de sistema
Famílias já carregadas
no programa.

Famílias carregáveis
Famílias que podemos
baixar nos sites e fazer
o upload no arquivo.
Uma grande vantagem de usar objetos paramétricos é que, quando
elaboramos uma modelagem completa e detalhada da construção,
podemos extrair dela os dados para montar quantitativos e tabelas de
gestão da obra. Quanto mais parâmetros (ou seja, mais dados) forem
registrados no projeto, mais informações poderão ser extraídas do
modelo.

Além da vantagem de gerar informações a partir dos parâmetros,
podemos observar que os ajustes feitos em um parâmetro são
atualizados em todas as vistas e plantas.
É impossível, assim, haver a chance de erro de compatibilização dos
projetos.
Planejamento 4D, 5D, 6D e 7D
A modelagem BIM envolve não somente a modelagem 3D, mas também
outras dimensões de gestão do projeto e da obra. No trabalho com
softwares BIM, é possível fazer o gerenciamento de informações.
Listemos alguns exemplos desse gerenciamento:

Cronograma de projeto e obras

Orçamento e estimativa de custos

Gestão e simulação de sustentabilidade

Gestão pós-obra e facilities
Agora, vamos compreender melhor as dimensões do BIM:
Dimensão 4D (planejamento)
Está relacionada ao planejamento do canteiro de obras e à gestão do
tempo. O planejamento do tempo pode desenvolver a gestão de
cronogramas de projetos e cronogramas da obra. Essa dimensão ajuda
a descrever quanto tempo estará envolvido na conclusão do projeto e
como ele vai evoluir.
Fase de planejamento de uma construção.
As informações ligadas ao tempo podem ser inseridas no projeto por
meio de parâmetros com dados, entre outros exemplos, sobre o tempo
gasto para construir ou entregar os materiais. Com os dados vinculados
à representação gráfica dos componentes, é mais fácil consultar e
compreender as informações do projeto, além de ser possível mostrar
como a construção se desenvolverá.
Dimensão 5D (orçamento)
As informações de custos e valores dos materiais podem ser inseridas
no projeto e extraídas para montar tabelas de orçamento do projeto.
Como trabalhamos com aquelas relativas ao tempo no modelo BIM,
poderíamos gerar tabelas com informações dos valores gastos em cada
fase da obra. Assumindo que o projeto tenha dados 4D, seria possível
compreender facilmente os gastos previstos ao longo do projeto e da
obra.
Atenção!
Para gerar essas informações, temos de inserir dados no projeto. Já a
qualidade e a quantidade de informações inseridas estão diretamente
ligadas aos dados imputados no software.
Uma grande vantagem da modelagem BIM nesse ponto é o
acompanhamento em tempo real da evolução e da atualização de
valores da construção.
Essa dimensão é essencial para a gestão financeira inteligente dos
empreendimentos.
Por meio dela, é possível fazer análises para tomadas de decisões,
como a alteração do projeto inicial, e ter uma visualização de custos em
tempo real.Dimensão 6D (sustentabilidade)
Tal dimensão trata das simulações ligadas à sustentabilidade e à
eficiência dos edifícios. As análises da sustentabilidade podem gerar
informações relacionadas à eficiência energética e ao conforto
ambiental; feitas ainda na fase de projeto, elas permitem a economia de
recursos financeiros.
Se bem trabalhadas, essas informações podem influenciar
positivamente nos custos de construção e operação do edifício. Um
projeto desenvolvido com a metodologia BIM pode simular, ainda na
fase de projeto, mudanças de materiais e tecnologias capazes de alterar,
por exemplo, o gasto com refrigeração na fase de operação.
Exemplo
É possível posicionar as janelas de uma sala para diminuir o consumo
elétrico com iluminação e ventilação natural. Outro exemplo é a
simulação da economia que a instalação de placas fotovoltaicas
poderia trazer para o edifício.
Tudo isso impacta diretamente no custo de manutenção do prédio. O
planejamento de processos e o gerenciamento de obra permitem que a
avaliação da sustentabilidade de um edifício tenha um desempenho
melhor.
Dessa maneira, trabalhar com a sustentabilidade em BIM se torna mais
eficiente, pois podem ser feitas simulações em tempo real.
Com anos de antecedência, um pré-planejamento dos gastos do edifício
durante a sua vida útil, ao ser realizado, evitaria sistemas ineficientes.
Além das questões levantadas, podemos considerar que os edifícios
que buscam alguma certificação ambiental ganham mais pontos
quando são modelados em tecnologia BIM.
Dimensão 7D (gestão e manutenção)
Essa dimensão está relacionada à operação e à manutenção do edifício
após a finalização da obra. Ela controla as instalações em uso para ter
todo o cronograma de manutenção e reposição de equipamentos.
A partir do modelo BIM desenvolvido na fase de projeto, podem ser
feitos estudos para possíveis soluções de manutenção do edifício. Esse
modelo BIM funciona como um as built.
Concebido após a conclusão da obra, o as built apresenta todas as
possíveis modificações feitas ao longo da obra. Tal modelo é usado
para rastrear:
 Dados
 Status e manuais de manutenção
A principal vantagem dessa dimensão é o uso da modelagem BIM ao
longo da vida útil do edifício, simplificando o processo de manutenção
para empreiteiros e subcontratados em toda vida útil do edifício.
Comentário
Podemos perceber que o BIM (building lifecycle management) e a PLM
(project lifecycle management) são tão similares em conceito que
muitas pessoas se referem ao BIM como a administração do ciclo de
vida do empreendimento (PML) ou a gestão do ciclo de vida da
construção (BLM). Essa confusão, na verdade, enfatiza a importância do
BIM como uma plataforma para a criação e a gestão de informações
sobre os edifícios durante seu projeto, sua construção e sua vida útil.
Veja, agora, uma ilustração sintética sobre as 7 dimensões BIM:
 Operação
 Garantias e especi�cações técnicas dos
sistemas instalados na obra
Modelagem 3D em BIM
Neste vídeo, será explicado como é feita a modelagem 3D usando a
metodologia BIM.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
BIM, que significa building information modeling ou modelagem de
informação da construção, pode ser definido como um conjunto de
processos e tecnologia a envolver a modelagem das informações
de uma edificação por meio de um modelo virtual digital. Dessa
forma, podemos dizer que
A
a plataforma BIM é baseada em dados ArcGIS
(geographic information system) para a geração da
modelagem bidimensional de dados.
B
o software mais conhecido e utilizado da plataforma
BIM é o AutoCad, desenvolvido pela Autodesk.
C
permite a geração automática de desenhos graças à
utilização de softwares CAD para a modelagem e o
gerenciamento dos dados gráficos.
D
para a modelagem, utilizam-se elementos
paramétricos, sendo possível alterá-los e obter
atualizações em todo o projeto, o que diminui os
conflitos entre os elementos construtivos.
E
por ser um software CAD, é mais eficaz para as
atividades de compatibilização e verificação de
interferências entre os projetos complementares.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A modelagem 3D BIM é realizada em softwares a partir de uma
parametrização que segue regras imputadas por nós. Tais regras se
devem aos objetivos que queremos alcançar com o projeto. As
outras alternativas estão erradas: BIM não gera modelagens
bidimensionais, e sim tridimentionais; o software BIM mais
conhecido e desenvolvido pela Autodesk é o Revit; os softwares
BIM permitem a geração de desenhos por meio da modelagem; e,
por fim, os softwares CAD não permitem esse tipo de metodologia
de trabalho.
Questão 2
Avalie as afirmativas a respeito da informática aplicada à
arquitetura e aponte a opção correta.
A
A Autodesk Revit não possibilita teste de
desempenho acústico e de energia, detecção
automática de conflitos entre os componentes do
projeto e produção de cronogramas físico-
financeiros com visão evolutiva.
B
O AutoCad é um software do tipo CAD utilizado
principalmente para a elaboração de peças de
desenho técnico em duas dimensões (2D), sendo
adequado para a criação de maquetes eletrônicas.
C
Os aplicativos BIM utilizam componentes digitais,
como linhas, pontos e outras entidades
geométricas, no lugar de paredes, portas, janelas,
vigas e pilares, de tal maneira que esses
componentes podem ser entendidos como tais
pelos sistemas.
D
Integrante do sistema BIM, o software 3D Max é um
programa de modelagem bidimensional que permite
a renderização de imagens, sendo usado na
Parabéns! A alternativa E está correta.
Na opção A, o Revit permite a elaboração de testes de desempenho,
detecção de conflitos e elaboração de cronogramas a partir dos
dados extraídos do programa. Na B, o AutoCad não é um software
adequado para a elaboração de maquetes eletrônicas, sendo o mais
apropriado o software 3D Max. Na C, os softwares BIM não usam
formas geométricas para modelagem, e sim ferramentas, como
parede e laje, entre outras. Na D, o 3DMax é um software de
modelagem tridimensional. A opção E está correta, pois a
metodologia BIM é feita em softwares, como a Autodesk Revit, por
exemplo, que utiliza parâmetros para a idealização dos projetos.
3 - Projeto colaborativo de AEC
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de descrever os benefícios do BIM e do processo
de projeto integrado para o setor de AEC.
produção de filmes de animação, criação de
personagens em 3D, maquetes eletrônicas etc.
E
A Autodesk Revit é um software que usa a
metodologia BIM (modelagem de informações de
construção) e, como o BIM, permite a modelagem
digital dos projetos e a extração de informações,
como, por exemplo, tabelas quantitativas.
Benefícios do BIM para o setor de AEC
Segundo Eastman (2014), a tecnologia BIM pode dar suporte e melhorar
muitas práticas do setor de AEC. O setor da construção civil sofre uma
constante pressão para melhorar e otimizar seus processos; por isso,
nesse momento, o BIM pode ser usado como grande aliado.
Como as práticas tradicionais de projetos já não são mais capazes de
responder a essa pressão por uma constante melhoria, o BIM consegue
colaborar para o desenvolvimento de projetos:

Mais complexos

Com mais sustentabilidade

Com menores custos

Com operação mais e�ciente
Identificaremos agora alguns dos benefícios para cada etapa de projeto
e obra.
a) Benefícios pré-construção:
O modelo BIM pode ser usado para estimar o valor mais
aproximado do real para os proprietários. Dessa forma, os
proprietários podem garantir que vão gastar no empreendimento
o que foi estipulado e simulado em projeto.
A1. Conceito, viabilidade e benefícios no projeto 
Desenvolver um modelo esquemático antes de construir permite
avaliar de forma detalhada se o modelo cumpre os requisitos de
sustentabilidade e os funcionais da construção. Feita cedo (na
fase de projeto), essa avaliação permitepropor melhorias no
empreendimento.
O uso do processo de projeto integrado, desde o início, com a
metodologia BIM favorece a elaboração de um projeto mais
econômico, com soluções inteligentes propostas por uma equipe
multidisciplinar. É possível verificar que o maior gasto financeiro
do edifício se encontra em sua fase de uso e operação.
Por outro lado, existe a maior possibilidade de interferência no
custo de um edifício nas fases de idealização e de projeto.
Assim, para que isso seja possível, é necessário mudar a forma
de projetar, propondo um modelo de gestão dos projetos
integrado com diversas equipes que trabalham em conjunto
desde as fases iniciais do projeto.
O processo de projeto integrado permite que os seguintes
profissionais trabalhem em conjunto desde as fases iniciais do
projeto: arquitetos, engenheiros, investidores urbanistas,
especialistas, fornecedores.
b) Benefícios para projetar:
A2. Aumento da qualidade e do desenvolvimento da
construção 
A3. Melhoria da colaboração com o processo de projeto
integrado 
 Visualização antecipada e mais precisa de
um projeto
Com a modelagem 3D, se consegue visualizar o
edifício em cada etapa do projeto.
c) Benefícios para a construção:
 Correção automática de alterações feitas
no projeto
Ela é feita por meio das regras de parametrização.
 Geração de desenhos 2D
Precisos a partir da modelagem 3D.
 Colaboração no projeto entre múltiplas
disciplinas
Ela é facilitada pela tecnologia BIM, que permite o
trabalho simultâneo de múltiplas equipes.
 Estimativas de custos durante a etapa de
projeto
Permite extrair quantitativos ainda na fase de
projetos.
 Análise da e�ciência energética e
sustentabilidade
A tecnologia BIM permite o uso de ferramentas de
análise energética.
Uma mudança feita no projeto pode ser inserida no modelo BIM
e as modificações, atualizadas automaticamente. Algumas
atualizações são feitas com base nas regras de parametrização
presentes nos modelos.
Como os modelos BIM são feitos em modelagem 3D, os erros
causados por inconsistências dos desenhos 2D são eliminados.
A modelagem 4D em BIM facilita a simulação dos processos da
construção.
Garante uma eficiência na chegada de materiais e mão de obra
em cada momento da obra. Além disso, viabiliza a construção de
um edifício mais sustentável, saudável, funcional, acessível e
econômico.
d) Benefícios pós-construção:
Melhoria no processo de
entrega das
informações sobre a
edi�cação
Esta melhoria está
relacionada à
possibilidade de os
responsáveis pela obra
Melhoria na
administração e
operação da edi�cação
Esta melhoria refere-se
ao auxílio que o modelo
da construção
proporciona para fazer
simulações e análises
C1. Reação rápida a mudanças no projeto 
C2. Descoberta de erros no projeto antes da construção 
C3. Sincronização de projeto planejamento e construção 
C4. Melhor implementação de técnicas de construção
enxuta 

poderem inserir
informações extras no
modelo BIM para a
futura manutenção da
edificação pela equipe
de facilities.
prévias do
funcionamento de
equipamentos e
sistemas de instalações
do edifício.
Analisando a lista completa de possíveis benefícios do uso do BIM,
percebemos que uma modelagem que use o BIM de forma completa
pode atingir todos eles.
Comentário
Não necessariamente precisamos chegar ao nível máximo, mesmo
sabendo que seria o ideal para o projeto, a construção e a manutenção.
Podemos, porém, aplicar algumas dessas ações em nossos projetos e,
dessa maneira, conseguir melhorias pontuais da gestão do projeto e
obra.
Colaboração e construção em
projetos
Interoperabilidade e colaboração em projetos
O termo interoperabilidade é a troca de informações e dados entre
softwares BIM. Essa troca entre as equipes multidisciplinares permite
um fluxo de trabalho mais enxuto.
Segundo Eastman (2014), a interoperabilidade é a habilidade de passar
dados entre softwares e de contribuir para que múltiplos softwares
atuem de forma conjunta no processo de trabalho. Os gerentes BIM e os
projetistas devem entender as formas de trabalho e compartilhamento
de informações a fim de que esse compartilhamento seja feito da
melhor forma possível para o fluxo de trabalho da empresa.
A interoperabilidade é baseada no formato de
intercâmbio universal conhecido como IFC. Ele foi
projetado para conter informações da construção ao
longo de todo o seu ciclo de vida, desde o estudo de
viabilidade até a sua operação.
Basicamente, o IFC é usado por equipes multidisciplinares que utilizam
softwares diferentes e precisam enviar os arquivos de um programa
para o outro. Com essa extensão universal, os arquivos podem ser
abertos em qualquer programa BIM.
Construção enxuta e lean construction
Segundo Eastman (2014), a ideia-chave da construção enxuta é otimizar
o valor para o cliente por meio de melhorias contínuas nos processos
que otimizam o fluxo e a redução de resíduos. Existe uma forte sinergia
entre a construção enxuta e o BIM, uma vez que o uso do BIM atende a
alguns princípios dessa construção e facilita bastante o atendimento de
outros princípios lean.
Muitas causas do desperdício na construção são um resultado da
maneira pela qual as informações são geradas, gerenciadas e
transmitidas. Nesse ponto, o BIM contribui muito para evitar as perdas
de materiais e a melhoria dos processos de trabalho.
A primeira área de sinergia significativa é que
o uso do BIM reduz variação. A capacidade
de visualizar forma e avaliar função, gerar
rapidamente alternativas de projeto, manter a
integridade das informações e do modelo de
projeto (incluindo a confiança em uma única
fonte de informações e na identificação de
conflitos), bem como a geração automática
de relatórios – tudo isso resulta em
informações mais consistentes e confiáveis,
reduzindo radicalmente os desperdícios
provocados pelo retrabalho e pela espera por
informações. Isso afeta a todos os membros
de uma equipe de projeto, mas o impacto
econômico naqueles diretamente envolvidos
na construção é maior.
A segunda área de sinergia é que o BIM reduz
os tempos de ciclos. Em todos os sistemas
de produção, um objetivo importante é
reduzir o tempo total exigido para que um
produto avance, desde a entrada no sistema
até a sua saída. Isso reduz a quantidade de
trabalho em processo, o inventário
acumulado e a capacidade do sistema de
absorver as mudanças e responder a elas
com o mínimo de desperdício. Isso é
relevante na administração do projeto, no
planejamento da construção e no
planejamento e controle no canteiro de obras.
Em terceiro lugar, o BIM permite a
visualização, simulação e análise tanto dos
produtos quanto dos processos de
construção. A visualização melhora muito o
entendimento que os clientes têm do projeto
de um edifício, e também aprimora a coleta
dos requisitos. O BIM ajuda a alinhar os
vários modelos mentais que os membros da
equipe de projeto têm, removendo grande
parte das perdas que resultam de vários
projetos inconsistentes em diferentes
disciplinas. Além disso, os projetistas podem
simular e analisar o desempenho do edifício
a fim de melhorar a funcionalidade do
projeto. Para os construtores e seus
fornecedores, a visualização do processo de
construção oferece suporte para a melhoria
do planejamento e do controle de produção.
Por fim – e talvez o mais óbvio –, sempre que
utilizado efetivamente, o BIM melhora os
fluxos de informações.
(EASTMAN; TEICHOLZ; SACKS; LISTON, 2014, p.
26, grifos nossos)
Diante de toda essa análise, podemos ver que a construção enxuta
consiste em uma metodologia do sistema Toyota de produção aplicado
à construção civil.
Saiba mais
Atualmente, é possível encontrar obras indicando até a 9ª dimensão do
BIM (o 8D seria a segurança; o 9D, o lean construction).
O sistema Toyota de produção foi desenvolvido com a finalidade de
aumentar a produtividade da empresa conforme as seguintes diretrizes:
melhorar a eficiência em relação ao estoquede materiais e reduzir os
custos, mas sem deixar de manter a qualidade do produto. Dessa forma,
o sistema pretende eliminar os desperdícios na fase de produção, pois
se trata de itens que só aumentam o custo do produto sem agregar
valor.
Assim, fazendo um comparativo entre o sistema Toyota de produção e a
metodologia de construção enxuta, concluímos o seguinte:
Sistema Toyota de
produção
As empresas, em 1990,
passaram a usar essa
metodologia no setor da
construção civil para
imaginar soluções a fim
de enxugar o
desperdício nas etapas
de projeto e obra, mas
sem diminuir a
produtividade nos
canteiros de obra.
Método de construção
enxuta
As empresas pensam
nas atividades, como,
por exemplo, transporte
de materiais, entregas,
mão de obra e serviços.
Essas atividades não
agregam valor direto ao
produto, mas a sua
eficiência e a melhoria
nos seus processos
diminuem os custos de
produção.
Um exemplo de economia seria a possibilidade do transporte de
materiais para a obra em caminhões maiores, o que faria com que o
número de veículos em circulação diminuísse – e, por consequência, os
gastos referentes a tal atividade. Essa ação, porém, deve ser pensada
em conjunto com as demais atividades em andamento no canteiro.
Atenção!
Para uma construção enxuta ser empregada de forma correta, deve-se
analisar toda a cadeia produtiva interna da empresa e os processos
desnecessários que acontecem na fase de obra para que eles possam
ser substituídos por outros mais eficientes. Nesse momento, é possível,
por meio da metodologia BIM, fazer todas essas análises e simular tais
situações antecipadamente de forma virtual, ou seja, ainda na fase de
projeto e planejamento.


Benefícios do BIM
Neste vídeo, serão destacados os benefícios da metodologia BIM.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um dos grandes benefícios obtidos com a utilização da plataforma
BIM é a possibilidade de fazer a compatibilização entre os projetos
de forma mais rápida e assertiva. Entre os benefícios oriundos da
compatibilização, podemos destacar
Parabéns! A alternativa D está correta.
A metodologia BIM garante um olhar minucioso do projeto,
possibilitando a identificação de acertos e erros durante as
diferentes fases do projeto, seja na idealização, na pré-construção,
na própria construção e até mesmo na pós-construção. Isso
garante benefícios, como, por exemplo, a realização de ações
assertivas e melhorias pontuais na gestão do projeto.
Questão 2
A a possibilidade de compra antecipada de materiais.
B
a redução de mão de obra na execução da
edificação.
C a necessidade de ter uma obra com erro zero.
D
a identificação das interferências entre elementos
construtivos antecipadamente.
E a visualização em 3D das tubulações.
O trabalho colaborativo entre os profissionais é uma das ideias
centrais do processo de trabalho da plataforma BIM. Para que isso
efetivamente ocorra, é necessário utilizar um padrão de protocolo
internacional para a troca de dados entre os vários softwares
envolvidos. Qual seria seu principal software?
Parabéns! A alternativa C está correta.
O IFC é uma extensão universal compatível com todos os softwares
BIM. DWG e DWF são extensões de arquivos do AutoCad. Já o PDF
é uma extensão desenvolvida pela Adobe para a compactação de
informações que facilitam a impressão. RAR, por fim, é um arquivo
de compactação de diversos arquivos para leitura pelo arquivador
WinRAR.
A
DWG (DraWinG) é um formato binário usado para o
arquivamento de projetos 2D e 3D.
B
DWF (drawing exchange format) é um arquivo de
intercâmbio para modelos 2D e 3D.
C
IFC (industry foudation classes) é uma especificação
neutra e aberta entre os diversos programas e
plataformas usados por projetistas e profissionais
da construção.
D
PDF (portable document format) é um formato de
arquivo de computador utilizado para representar
documentos de maneira independente da aplicação,
além de programas, computadores e sistemas
operacionais.
E
RAR (Roshal ARchive) é o método comum usado,
pois permite comprimir arquivos e imagens gerados
no projeto.
Considerações �nais
Após o conhecimento adquirido neste conteúdo, percebemos como a
implementação de ferramentas BIM na construção civil é de grande
importância para a evolução do setor. Por meio da ferramenta BIM, é
possível gerenciar, além da modelagem 3D, os custos da obra, o
cronograma, as questões ligadas à sustentabilidade e a operação e
manutenção do edifício após a construção.
Ao mesmo tempo, frisamos que a implementação do BIM nas empresas
causa grandes mudanças de hábito e formas de projetar, o que gera um
grande desafio para a disseminação dessa metodologia no país. Uma
das principais dificuldades identificadas é a integração entre as equipes
de projeto.
Devemos, portanto, ter equipes colaborativas que trabalhem com
modelos integrados para que a metodologia BIM possa ser aproveitada
por completo. A forma ideal de trabalho se dá a partir do processo de
projeto integrado; nele, as equipes multidisciplinares trabalham
simultaneamente na construção da modelagem, propondo soluções
para viabilizar o projeto.
Podcast
Para encerrar, ouça o especialista destacar os principais benefícios do
BIM e do processo de projeto integrado para o setor da AEC.

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Leia Autodesk Revit arquitetura 2020 - conceitos e aplicações. De
autoria de Cláudia Campos Netto, o livro editado em 2020 pela Editora
Érica aborda as ferramentas de modelagem de arquitetura com
exemplos e tutoriais de um projeto completo, além de dar insumos
teóricos para a prova de certificação da Autodesk.
Aproveite a leitura de BIM e inovação em gestão de projetos: de acordo
com a norma ISO 19650. Redigido por Leonardo Manzione, Silvio
Burrattino Melhado e Claudino Lins Nóbrega Júnior, a obra publicada em
2021 pela LTC descreve, de forma teórica e prática, as discussões sobre
os modelos BIM de arquitetura, de estrutura, de elétrica e de hidráulica.
Consulte a plataforma BIM BR e fique por dentro de notícias e eventos,
além de ter acesso a manuais, conteúdos e artigos desenvolvidos sobre
a abordagem BIM.
Leia também o Manual do usuário BIM BR na página da plataforma BIM
BR.
Por fim, conheça a plataforma da Câmara Brasileira de BIM e fique por
dentro das discussões políticas sobre a implementação do BIM no país.
Você poderá observar as discussões em comitês sobre tópicos, como,
por exemplo, software, licitações e formação acadêmica, entre outras
abordagens.
Referências
EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON, K. Manual de BIM: Um
guia de modelagem da informação da construção para arquitetos,
engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores. Porto Alegre:
Bookman, 2014.
KENSEK, K. M. Building information modeling - fundamentos e
aplicações. Rio De Janeiro: Elsevier, 2018.
LEUSIN, S. R. Gerenciamento e coordenação de projetos BIM. 1. ed. Rio
De Janeiro: Gen, 2020.
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