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CARD - INTOXICAÇÃO EXÓGENA

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Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
(intoxicação exógena) 
DEFINIÇÃO CONDUTA 
Efeito dose-dependente que se pode ocorrer após exposição a agente 
tóxico a agente tóxico 
Estabilização clínica com ABCDE; 
Tratamento específico: reconhecimento da síndrome tóxica → substância ingerida ou exposta; dose; duração da exposição; tempo 
entre a exposição e atendimento médico-hospitalar 
Exames: hemograma completo; bioquímica sérica com eletrólitos como sódio; potássio e função renal; exames de função hepática; 
exame de urina 1; teste de gravidez, se apropriado; exame toxicológico na urina; gasometria arterial, se acidose é suspeitada; 
concentração sérica de álcool, se indicado; lactato sérico; glicemia capilar. 
Descontaminação: 
Descontaminação cutânea: lavar a pele com água de forma abundante 
Ocular: anestesia local + lavagem com SF 0,9% da região medial para lateral + solicitar oftalmo. 
Lavagem gástrica: para intoxicações potencialmente graves, útil quando realizada até no máximo 2 horas da ingestão. 
Contra-indicações: derivados de petróleo; cáusticos, corrosivos; materiais sólidos com pontas; alterações hemorrágicas; pacotes 
contendo drogas; depressão respiratória, neurológica e/ou agitação em pacientes sem proteção de vias aéreas. 3.3- Carvão ativado: 
pode ser feita, de modo geral, até 4 horas da ingestão. 
Dose: 1 g/kg peso (até 50g) diluído a 10% em água ou suco. 
Para antidepressivos tricíclicos: considerar uma segunda dose de carvão ativado 1 hora após a primeira dose. 
Para intoxicações agudas ou crônicas por: Fenobarbital, Carbamazepina, Dapsona, Teofilina: realizar múltiplas doses de carvão ativado: 
0,25 a 0,5 g/kg (a cada 4 horas) até concentração sérica próxima ao valor de referência. 
Lavagem intestinal: administração de polietilenoglicol, 2l/h 
Situações especiais: Algumas situações poderão necessitar de administração de antídotos, antagonistas e aumento da eliminação do 
tóxico absorvido. Consultar equipe de toxicologia (24 horas por dia) através do BIP 1190, ramal 1149 ou 1192. 
Uso de antídotos (quando apropriado). 
Tratamento de suporte 
TOXISÍNDROMES 
SIMPATICOMIMÉTICA 
Anfetamina, cafeína, cocaína, efedrina, teofilina 
Estímulo simpático (luta ou fuga) 
Hipertensão, taquicardia, taquipneia, hipertermia, diaforese, midríase 
Alt. Do débito cardíaco 
Redução do enchimento diastólico 
Arritmogênese colapso circulatório e choque 
ANTICOLINÉRGICA 
Anti-histamínicos, antiparkinsonianos, atropina, ciclobenzaprina, 
escopolamina, tricíclicos 
Fármacos antimuscarínicos 
Desequilibro simpático e parassimpático 
Estado simpaticomimético relativo 
Delírio, hipertermia, midríase, rubor, cutânea 
Mucosas e pele sexas 
Retenção urinária e ↓ peristalse 
COLINÉRGICA 
Carbamatos, nicotina, neostigmina,organofosforados 
Superestimulação parassimpática 
Confusão mental e RNC 
Fluidos de todos orifícios 
Aumento da secreção glandular 
Broncoespasmo, fasciculação, incontinência 
SEDATIVAS/HIPNÓTICAS 
Etanol, barbitúricos, benzodiazepínicos, zolpidem 
Espetro variável a depender da vida, do agente e da sua potência 
RNC, miose, bradipneia, bradicardia, depressão respiratória 
Hipotermia por supressão do metabolismo muscular 
OPIÓIDES 
Fentanil, morfina, metadona, oxicodona 
Semelhante aos sedativos/hipnóticos 
Envolve sedação e redução do drive respiratório 
Provoca miose pupilar (com exceção da pentazocina e do propoxifeno)

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