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Questionário da Unidade II Estudos Disciplinares VIII - Letras UNIP

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11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_98811585_1&course_id=_315536_1&content_id=_3694450_1&retur… 1/6
 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE IIESTUDOS DISCIPLINARES VIII 6584-05_SEI_LE_0122_R_20232 CONTEÚDO
Usuário aline.rosa24 @aluno.unip.br
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES VIII
Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE II
Iniciado 11/10/23 22:15
Enviado 11/10/23 22:24
Status Completada
Resultado da tentativa 5 em 5 pontos  
Tempo decorrido 9 minutos
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Resposta Selecionada: a. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
Tradicionalmente, a poesia do Romantismo brasileiro é dividida em três diferentes gerações. Sobre elas, estão corretas as seguintes
proposições:
I - A primeira geração do Romantismo brasileiro �cou marcada pela inovação temática e pelo experimentalismo. Também conhecida como a
fase heroica do Romantismo, tinha como principal projeto literário a retomada dos modelos clássicos europeus;
II - O sofrimento, a dor existencial, a angústia e o amor sensual e idealizado foram os principais temas da literatura produzida durante a
segunda fase do Romantismo. Seus principais representantes foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire;
III - Da primeira fase do Romantismo brasileiro destacam-se nomes como José de Alencar e Gonçalves Dias, responsáveis por imprimir em nossa
literatura o sentimento de nacionalismo e anticolonialismo;
IV - Entre as principais características da poesia romântica da terceira geração, estão o interesse por temas religiosos, os dualismos que bem
representam o con�ito espiritual do homem do início do século XIX, o emprego de �guras de linguagem e o uso de uma linguagem rebuscada;
V - O Condoreirismo, importante corrente literária que marcou a terceira geração da poesia romântica no Brasil, teve como principal
representante o poeta Castro Alves, cujo engajamento na poesia social lhe rendeu a alcunha de “poeta dos escravos”.
II, III e V, apenas.
II, III e V, apenas.
I e IV, apenas.
II, IV e V, apenas.
II e IV, apenas.
I e III, apenas.
Resposta: A
Comentário: a primeira fase é nacionalista e anticolonialista com destaque para o indianismo. Os autores mais importantes
são Gonçalves Dias e José de Alencar. A segunda fase é chamada de ultrarromântica e tem como nomes mais importantes
Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, entre outros. A terceira fase é chamada de condoreira e tem como o autor de maior
destaque Castro Alves, o poeta dos escravos.
Pergunta 2
Veja a imagem e os textos 1 e 2 a seguir:
 
Fabiano, Sinhá Vitória e os meninos, em cena do �lme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos. Disponível em: https://aprovadonovestibular.c
om/vidas-secas-livro-para-download.html. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
Texto 1
 
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. (...)
CONTEÚDOS ACADÊMICOS BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAIS LABORATÓRIOSUNIP EAD
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
http://company.blackboard.com/
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_315536_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_315536_1&content_id=_3693783_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_64_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1
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11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
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Resposta
Selecionada:
c.
Respostas: a. 
b.
c.
d.
e.
Comentário da
resposta:
Pouco a pouco os bichos se �navam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre. Mas quando a fazenda se
despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne,
largou-se com a família, sem se despedir do amo.
RAMOS, G. Vidas secas. 106.ª ed. São Paulo: Record, 1985, p. 117.
 
Texto 2
 
Veio a seca, maior, até o brejo ameaçava de se estorricar. Experimentaram pedir a Nhinhinha: que quisesse a chuva. — “Mas, não pode, ué...”
(...). Daí a duas manhãs quis: queria o arco-íris. Choveu. E logo aparecia o arco-da-velha, sobressaído em verde com vermelho — era mais um
vivo cor-de-rosa. Nhinhinha se alegrou, fora do sério, à tarde do dia com a refrescação. Fez o que nunca lhe vira, pular e correr por casa e
quintal. — “Adivinhou passarinho verde?”
ROSA, J. G. Primeiras estórias. In: Ficção completa. v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 403.
 
Levando em conta a inter-relação literatura e outros sistemas culturais, assinale a opção correta:
A resistência de Fabiano a �car na fazenda, “pedindo a Deus um milagre”, é quebrada pela realidade dura da seca,
evidenciada pelo despovoamento da fazenda.
O espaço representado por Guimarães Rosa reproduz o cenário de seca construído por Graciliano Ramos.
A religiosidade de Guimarães Rosa e Graciliano Ramos está representada nas crenças populares, nas rezas dos
personagens bem como na esperança de intervenção divina.
A resistência de Fabiano a �car na fazenda, “pedindo a Deus um milagre”, é quebrada pela realidade dura da seca,
evidenciada pelo despovoamento da fazenda.
Ao tratar do milagre, a linguagem dos dois fragmentos se aproxima, sobretudo quanto ao caráter lírico da abordagem
religiosa.
As adversidades vividas pelos personagens revelam as condições de pobreza dos grupos sociais representados, mas são
superadas mediante a intervenção divina.
Resposta: C
Comentário: a alternativa “C” é a correta, pois Fabiano pede ajuda a Deus. O emprego da conjunção adversativa “mas”
con�rma a quebra sugerida pela questão: a impossibilidade da ajuda de Deus.
Pergunta 3
Resposta
Selecionada:
a. 
Respostas: a. 
b.
c. 
d.
e. 
Comentário da
resposta:
Leia o texto a seguir:
Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doce e trabalhador alugado. Estou convencido de que nenhum desses ofícios me daria os
recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa. Magra, de acordo, mas em momentos de otimismo suponho que há, nela,
pedaços melhores que a literatura de Gondim. Sou, pois, superior a Mestre Caetano e a outros semelhantes. Considerando, porém, que os
enfeites do meu espírito se reduzem a farrapos de conhecimento apanhados sem escolha e mal cosidos, devo confessar que a superioridade
que me envaidece é bem mesquinha.   
Disponível em: https://www.mesalva.com/enem-e-vestibulares/exercicios/literatura/modernismo-de-45-terceira-geracao/modernismo-de-45-ter
ceira-geracao-lista-3/�82db75355. Acesso em: 24 fev. 2020.  
No trecho acima, de São Bernardo, de Graciliano Ramos, o narrador re�ete sobre questões que dizem respeito, diretamente, à sua competência
para desenvolver uma narrativa autobiográ�ca. Essa competência é explicitamente posta em dúvida em outras passagens do romance, como,
por exemplo, em:
As pessoas que me lerem, terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem.
As pessoas que me lerem, terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem.
Começo declarando que me chamo Paulo Honório, peso oitenta e nove quilos e completei cinquenta anos pelo São
Pedro.
João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodosformados de trás para diante. Calculem.
E eu vou �car aqui, às escuras, até não sei que horas, até que, morto de fadiga, encoste a cabeça na mesa e descanse
uns minutos.
Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modi�quei outras.
Resposta: A
Comentário: a alternativa “A” é a correta, pois Paulo Honório, o narrador, confessa-se incapaz de produzir literatura,
con�ando que são os leitores, se o quiserem, que deverão “traduzir” o escrito em “linguagem literária”.
Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
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Resposta
Selecionada:
d. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e.
Comentário da
resposta:
Leia o texto a seguir:
A designação de Realismo, dada a esse movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em todos os tempos como um dos polos da criação
literária, sendo a tendência para reproduzir nas obras os traços observados no mundo real (...). Sob vários aspectos, o romance romântico foi
cheio de realismo, pois a �cção moderna se constituiu justamente na medida em que visou, cada vez mais, a comunicar ao leitor o sentimento
da realidade, por meio da observação exata do mundo e dos seres.
CANDIDO, A.; CASTELLO, J. A. Presença da literatura brasileira.
 
Aceitando-se o que diz o trecho anterior, é correto a�rmar que são fortes os pontos de contato entre o romance romântico brasileiro ocupado
com a vida urbana e a burguesa, e o romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis?
Sim, pois em ambos os casos o quadro histórico e social têm peso decisivo para a criação romanesca.
Sim, pois em ambos os casos a motivação essencial é a da consolidação do sentimento nacionalista.
Não, já que o antirromantismo de Machado de Assis desviou-o do drama urbano e burguês.
Não, já que Machado de Assis, em sua fase madura, circunscreveu a sua �cção à análise psicológica.
Sim, pois em ambos os casos o quadro histórico e social têm peso decisivo para a criação romanesca.
Sim, pois, em ambos os casos, o estímulo inicial é a expressão otimista do processo de formação de uma sociedade.
Resposta: D
Comentário: o escritor realista Machado de Assis tirou proveito da sua arte literária para não só criar um romance no qual o
plano simbólico tem um papel importante, como também para criar personagens que representam os tipos e os
comportamentos comuns ao contexto histórico daquele período.
Pergunta 5
Resposta Selecionada: a. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
Leia os textos 1 e 2 a seguir:
Texto 1
 
O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número inde�nido, e talvez in�nito, de galerias hexagonais, com vastos poços
de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a
eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens)
deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.
BORGES, J. L. A biblioteca de Babel. In: Ficções.
 
Texto 2
 
Sertão velho de idades. Porque – serra pede serra – e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta. Não adianta de
dar as costas. Ele beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. Rumor dele se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubu, gavião –
que sempre voam, às imensidões, por sobre... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos
campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dele...
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas.
 
Encontram-se, nesses textos, dois espaços �ccionais bastante representativos, respectivamente, das obras de Borges e de Guimarães Rosa.
Apesar das fortes diferenças entre esses espaços, eles apresentam uma característica essencial em comum. Qual é ela?
O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência.
O sentido de uma totalização: a biblioteca e o sertão são apresentados como universos de máxima abrangência.
O sentido de um anacronismo: a biblioteca e o sertão expressam valores ultrapassados.
O sentimento de superioridade do homem em relação à natureza.
O sentimento de autossu�ciência do indivíduo, con�ante na razão.
O sentido de uma insu�ciência: o espaço explorado não estimula o pensamento metafísico.
Resposta: A
Comentário: a alternativa correta é a “A”, que indica como característica essencial comum aos espaços descritos um
sentido de totalização: a biblioteca e o sertão.
Pergunta 6
Leia os textos a seguir:
Texto 1
 
Em casa, os amigos do jantar não se metiam a dissuadi-lo. Também não con�rmavam nada, por vergonha uns dos outros; sorriam e
desconversavam. (...) Rubião via-os fardados; ordenava um reconhecimento, um ataque, e não era necessário que eles saíssem a obedecer; o
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
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Resposta
Selecionada:
a.
Respostas: a.
b.
c.
d.
e.
Comentário da
resposta:
cérebro do an�trião cumpria tudo. Quando Rubião deixava o campo de batalha para tornar à mesa, esta era outra. Já sem prataria, quase sem
porcelanas nem cristais, ainda assim aparecia aos olhos de Rubião regiamente esplêndida. Pobres galinhas magras eram graduadas em faisões,
assados de má morte traziam o sabor das mais �nas iguarias da Terra. (...) Toda a mais casa, gasta, pelo tempo e pela incúria, tapetes
desbotados, mobílias truncadas e descompostas, cortinas enxovalhadas, nada tinha o seu atual aspecto, mas outro, lustroso e magní�co.
Adaptado de: ASSIS, M. de. Quincas Borba. São Paulo: W. M. Jackson Editores, 1955, p. 317-319.
 
Texto 2
 
A uns, a ironia no tratamento da cor local e de tudo que seja imediato pareceu uma desconsideração. Faltaria a Machado o amor de nossas
coisas. Outros saudaram nele o nosso primeiro escritor com preocupações universais. Uma contra, outra a favor, as duas convicções registram
a posição diminuída que acompanha a notação local no romance de Machado, e concluem daí para a pouca importância dela. Uma terceira
corrente vê Machado sob o signo da dialética do local e do universal. Em Quincas Borba, o leitor, a todo o momento, encontra, lado a lado e bem
distintos, o local e o universal. A Machado não interessava a sua síntese, mas a sua disparidade, a qual lhe parecia característica.
Adaptado de: SCHWARZ, R. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 167-170.
 
De acordo com o texto de Roberto Schwarz, acerca da recepção crítica da obra de Machado de Assis, assinale a opção que interpreta
corretamente o trecho de Quincas Borba, referente ao delírio do protagonista Rubião.
O aspecto “lustroso e magní�co” que Rubião dava às “cortinas enxovalhadas” acentua a disparidade crítica da obra
machadiana, que, pela tensão entre o local e o universal, descortina a vida nacional.
O aspecto “lustroso e magní�co” que Rubião dava às “cortinas enxovalhadas” acentua a disparidade crítica da obra
machadiana, que, pela tensão entre o local e o universal, descortina a vida nacional.
A divisão da crítica quanto à recepção da obra de Machado de Assis é um falso problema, pois, como se vê em Quincas
Borba, o pitoresco e o exotismo românticos continuam presentes no texto machadiano.
Rubião, incapaz de enxergar a realidade como ela de fato era, con�rma, com o seu delírio, a tendência crítica que vê, na
obra de Machado de Assis, uma atitude de desconsideração para com a realidade nacional.
A identi�cação de Rubião com o imperador francês corresponde à da obra de Machado de Assis com os modelos literários
universais, o querea�rma a recepção crítica que saudava a universalidade da obra do escritor.
A ironia machadiana presente na obra Quincas Borba, evidenciada na imagem de as “galinhas magras” se transformarem em
“faisões”, con�rma as opiniões críticas que concebem a obra de Machado como a negação do aspecto nacional e a
valorização do universal.
Resposta: A
Comentário: a tensão entre o local e o universal está no delírio de Rubião e no seu desejo de poder: realidade desejada
em contraponto à vida que ele levava – “lustroso e magní�co” versus “cortinas enxovalhadas”.
Pergunta 7
Resposta Selecionada: c. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
Leia o capítulo LXXI, do livro Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
 
O senão do livro
 
Começo o arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse
mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício
grave, e aliás ín�mo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração
direita e nutrida, o estilo regular e �uente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param,
resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem...
E caem! – Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como quaisquer outras belas e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima
de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar... Heis de cair.
ASSIS, M. de. Memórias póstumas de Brás Cubas.
 
No contexto, a locução “Heis de cair”, na última linha do texto, exprime a(o):
Certeza de que uma dada ação irá se realizar.
Resignação ante um fato presente.
Suposição de que um fato pode vir a ocorrer.
Certeza de que uma dada ação irá se realizar.
Ação intermitente e duradoura.
Desejo de que algo venha a acontecer.
Resposta: C
Comentário: a locução verbal “heis de cair” demonstra a “certeza de que uma dada ação irá se realizar”, indicação da
alternativa “C”. A locução refere-se à inevitabilidade da morte, metaforizada pelas folhas do cipreste que caem.
0,5 em 0,5 pontos
11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_98811585_1&course_id=_315536_1&content_id=_3694450_1&retur… 5/6
Pergunta 8
Resposta Selecionada: b. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário
da resposta:
Examine as seguintes a�rmações relativas aos romances brasileiros do século XIX, nos quais a escravidão aparece e, em seguida, considere os
três livros citados:
I - Tão impregnado mostrava-se o Brasil de escravidão, que até o movimento abolicionista pôde servir, a ela, de fachada;
II - De modo �agrante, mas sem julgamentos morais ou ênfase especial, indica-se a prática rotineira do trá�co transoceânico de escravos;
III - De modo tão pontual quanto incisivo, expõe-se o vínculo entre a escravidão e a prática de tortura física.
A - Memórias de um Sargento de Milícias.
B - Memórias Póstumas de Brás Cubas.
C - O Cortiço.
As a�rmações I, II e III relacionam-se, de modo mais direto, respectivamente, com os romances:
C, A, B.
B, A, C.
C, A, B.
A, C, B.
B, C, A.
A, B, C.
Resposta: B
Comentário: no livro naturalista O Cortiço, João Romão recebe um diploma de “sócio benemérito” dos abolicionistas, prêmio
que sugere, ironicamente, o comportamento do explorador português. No livro Memórias de um Sargento de Milícias, de
Manuel Antônio de Almeida, o trá�co negreiro é tratado como uma atividade comercial comum e normal, sem haver
julgamentos morais quanto à escravidão no Brasil. No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, Prudêncio,
escravo da família do narrador quando criança, é alvo de maus- tratos de Brás Cubas, que o chicoteia e o xinga.
Pergunta 9
Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a.
b.
c.
d.
e.
Comentário da
resposta:
Considere o fragmento do romance Os Maias, de Eça de Queirós, a seguir:
Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas
santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em �agrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo
assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre
Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino
da Moral (...); então, o romancista de Elvira que, em novela e drama, �zera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais
como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos
antigos Apolos; então, Tomás Alencar, que (...) passava, ele próprio, uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) – de ora em
diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar, atentamente, o jornal, o livro, o teatro. 
Disponível em: https://www.livros-digitais.com/eca-de-queiros/os-maias/141. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
No trecho, quem relata é o narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o
contexto cultural em que a obra foi produzida, é correto a�rmar que, nesse relato, o uso da ironia:
Produziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa
transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
Permitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a
visão de Eça de Queirós.
Produziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa
transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
Criou um discurso de natureza metalinguística: o tema é a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico, procura compor
segundo o estilo das obras de Zola.
Propiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça de Queirós acerca das
propostas da geração das Conferências do Cassino Lisbonense.
Criou as referências (tédio no casamento, maridos como �guras bestiais, amantes apolíneos) que aproximam Tomás
Alencar do autor de Madame Bovary, o que justi�ca a sua aversão ao Realismo/Naturalismo. 
Resposta: B
Comentário: a alternativa correta é a “B”, pois, se considerarmos que o escritor Eça de Queirós fazia parte da corrente
Realista-Naturalista, podemos a�rmar que o pensamento de Tomás Alencar difere do pensamento do escritor português,
criando o efeito de inversão irônica, ao invés de concordância.
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
11/10/2023, 22:26 Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II – ...
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Quarta-feira, 11 de Outubro de 2023 22h26min10s GMT-03:00
Pergunta 10
Resposta Selecionada: c. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
 Leia o texto a seguir:
Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas
santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em �agrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo
assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre
Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino
da Moral (...); então, o romancista de Elvira que, em novela e drama,�zera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais
como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos
antigos Apolos; então, Tomás Alencar, que (...) passava, ele próprio, uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) – de ora em
diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar, atentamente, o jornal, o livro, o teatro. 
Disponível em: https://www.livros-digitais.com/eca-de-queiros/os-maias/141. Acesso em: 24 fev. 2020.
 
O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, a�rma:
 
... a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da “vacuidade do ideal”; emerge a tradição moderna como literatura crítica.
 
Disponível em: https://www.academia.edu/6674703/Modernismo_de_vanguarda_e_tradi%C3%A7%C3%A3o_liter%C3%A1ria_brasileira_Carlos_Dr
ummond_de_Andrade_em_perspectiva_%C3%BAnica. Acesso em: 24 fev. 2010.
 
O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
Pode ser associado a “escangalhando a catedral romântica”.
Constitui a busca do “paladino da moral”.
É considerado a causa da ação de “celebrar a missa durante tantos anos”.
Pode ser associado a “escangalhando a catedral romântica”.
Está tomado como o sinônimo de “palpitação mesma da vida”.
É tido como a consequência da “propaganda do amor ilegítimo”.
Resposta: C
Comentário: o termo “vacuidade do ideal”, utilizado pelo crítico José Guilherme Merquior, mantém estreitas relações com
a expressão “escangalhando a catedral romântica”, presente no texto de Eça de Queirós.
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