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SEGUNDO MÓDULO Sistemas de projeções ortográficas FEVEREIRO DE 2013 MÉTODO DE MONGE – Projeções Mongeanas Gaspard Monge solucionou o problema da representação gráfica de um objeto tridimensional em duas dimensões com a criação de um sistema duplo de projeção que leva seu nome :Projeções Mongeanas ou Sistema Mongeano de Projeção. Através da aplicação dos conceitos básicos de Projeções Mongeanas , qualquer objeto, seja qual for sua forma, posição ou dimensão, pode ser representado no plano bidimensional, por suas projeções cilíndricas ortogonais. Exemplo: A parede é o plano de projeção; A cadeira é o objeto; Os raios de luz são as projetantes; A lanterna é o centro de projeção; A sombra é a representação do objeto em projeção. A projeção de um objeto é sua REPRESENTAÇÃO GRÁFICA num plano. Como os objetos têm três dimensões, sua representação num plano bidimensional se dá em conformidade com artifícios técnicos, para tanto, são considerados os elementos básicos da projeção. 1 - Plano de projeção 2 - Objeto 3 - Projetante, ou raio projetante 4 - Centro de projeção O centro de projeção, neste caso, está a uma distância finita do objeto e as projetantes são convergentes. Neste caso, a projeção é classificada como PROJEÇÃO CÔNICA, ou SISTEMA CÔNICO DE PROJEÇÃO. PROJEÇÃO CILÍNDRICA ou SISTEMA CILÍNDRICO DE PROJEÇÃO. Imagine o mesmo objeto ao sol, a sombra que este objeto faz sobre uma superfície lisa, uma calçada por exemplo, é a projeção do objeto, e os raios solares, são os raios projetantes. O centro de onde os raios partem é o sol, mas ele está tão distante da terra que os raios emitidos podem ser considerados paralelos, podemos dizer, que o centro de projeção dos raios, neste caso, está a uma distância infinita do objeto e a projeção é classificada como cilíndrica. CLASSIFICAÇÃO dos SISTEMAS DE PROJEÇÕES Pelos exemplos, podemos concluir que os sistemas de projeções são classificados de acordo com a posição ocupada pelo CENTRO DE PROJEÇÃO. Esse centro pode ser finito, ou infinito, determinando: SISTEMA CÔNICO, também chamado de Sistema Central e o SISTEMA CILÍNDRICO. Sistema Cônico Sistema Cilíndrico Oblíquo e Cilíndrico Ortogonal http://www.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/conica.htm http://www.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/cilindr.htm http://www.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/cilindr.htm O Sistema Mongeano de projeção utiliza uma dupla projeção cilíndrico- ortogonal, onde 2 planos , um horizontal e um vertical, se interceptam no espaço, sendo portanto, em função de suas posições, perpendiculares entre si. A intersecção desses planos determina uma linha chamada Linha de Terra (LT). Esses planos determinam no espaço 4 diedros numerados no sentido anti- horário. As projeções no PLANO VERTICAL são diferentes das projeções no PLANO HORIZONTAL, isto faz com que os objetos fiquem melhor definidos. Após Monge ter sistematizado a Geometria Descritiva, foi acrescentado por Gino Loria um terceiro plano de projeção para melhor localização de objetos no espaço. Este terceiro plano de projeção, denominado plano Lateral, forma com o diedro conhecido um triedro tri retângulo, sendo portanto, perpendicular aos planos Horizontal e Vertical de projeção. O plano lateral fornecerá uma terceira projeção do objeto. Para representarmos esses objetos no plano bidimensional do papel, é necessário que o plano horizontal e vertical coincidam em uma única superfície plana. Monge, utilizou um artifício, rotacionou o plano horizontal em 90°, fazendo com que o plano horizontal coincida com o vertical .Esse procedimento chama-se rebatimento. Após o rebatimento obtemos a representação da figura no plano por suas projeções. Esta representação é denominada épura. ÉPURA Na épura, as duas projeções de um ponto pertencem à uma mesma reta perpendicular à L.T. esta reta é denominada linha de chamada. A distância de um ponto ao Plano Horizontal (PH), é denominada COTA do ponto; que em projeção é representada em épura pela distância de sua projeção vertical até a linha de terra. A distância de um ponto ao Plano Vertical (PV), é denominada AFASTAMENTO do ponto; que em projeção é representada em épura pela distância de sua projeção horizontal até a linha de terra. Após o rebatimento obtemos a representação da figura no plano por suas projeções. Esta representação é denominada épura. Para obtermos a terceira projeção em Épura, o plano lateral pode ser rebatido tanto sobre o plano Horizontal quanto sobre o plano vertical. Neste estudo adotaremos o rebatimento sobre o plano Vertical e a representação ficará assim: Um objeto pode estar localizado em qualquer dos quatro diedros que terá suas projeções horizontal e vertical. A Geometria Descritiva estuda essas projeções nos quatro diedros. Os elementos de projeção - plano, objeto, observador - têm uma ordem diferente em cada diedro e em relação a cada plano de projeção. Embora o observador esteja no infinito na projeção cilíndrica ortogonal, o mesmo foi colocado na ilustração para que se possa perceber melhor a ordem em que cada elemento está. PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS NO 1o DIEDRO (DESENHO TÉCNICO Vol I - BORNANCINI, J.C.M. & PETZOLD, N.I. & ORLANDI, H. Jr.) http://www.ufrgs.br/destec/b-dtb.htm 1º. diedro RESUMO DIEDRO - é formado por dois planos de projeção ortogonais - um horizontal, um vertical. LINHA DE TERRA - reta determinada pela intesecção dos planos Horizontal e Vertical de projeção. REBATIMENTO – rotação do PH em 90 graus para obtenção da épura. ÉPURA - representação de figuras no plano bidimensional, por suas projeções. LINHAS DE CHAMADA - reta perpendicular à linha de terra, que liga as projeções horizontais e verticais de pontos. COTA – distância de um ponto ao PH. AFASTAMENTO – distância de um ponto ao PV. VERDADEIRA GRANDEZA - V.G. - diz-se que uma projeção está em V.G. quando o objeto está paralelo ao plano de projeção, projetando o mesmo com sua real superfície. Referências Bibliográficas: www.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/monge.htm www.papelmod.com/geometria_01.html www.arquitetura.ufba.br/superficies/superficies1.htm (DESENHO TÉCNICO Vol I - BORNANCINI, J.C.M. & PETZOLD, N.I. & ORLANDI, H. Jr.) DESENHO TÉCNICO – Luis Veiga da Cunha www.ufrgs.br/destec/destec-livro/paginas/15.htm http://www.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/monge.htm http://www.papelmod.com/geometria_01.html http://www.arquitetura.ufba.br/superficies/superficies1.htm http://www.ufrgs.br/destec/b-dtb.htm PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO - NBR 10067 Os nomes das vistas indicadas na Figura abaixo são os seguintes: a) vista frontal (a); b) vista superior (b); c) vista lateral esquerda (c); d) vista lateral direita (d); e) vista inferior (e); f) vista posterior (f). Denominação das vistas Imagine as vistas projetadas nas faces internas de uma caixa, ao abrir esta caixa, teremos a representação gráfica do objeto a) vista superior (B), posicionada abaixo; b) vista lateral esquerda (C), posicionada à direita; c) vista lateral direita (D), posicionada à esquerda; d) vista inferior (E), posicionada acima; e) vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência. Posição relativa das vistas no 1º Diedro Conforme a posição da vista frontal (A): Vista principal A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização. Escolha das vistas Outras vistas Quando outras vistas forem necessárias, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: a) usar o menor número de vistas; b) evitar repetição de detalhes; c) evitar linhas tracejadas desnecessárias. Vista fora de posição Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais vistas na posição determinadapelo método de projeção, pode-se localizá-las em outras posições, com exceção da vista principal. Vista auxiliar São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformações e facilitar a interpretação. Elementos repetitivos A representação de detalhes repetitivos pode ser simplificada Detalhes ampliados Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua, conforme a NBR 8403, e designado com letra maiúscula, conforme a NBR 8402. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada e identificada Vistas de peças simétricas As peças simétricas podem ser representadas por uma parte do todo. As linhas de simetria são identificadas com dois traços estreitos, curtos e paralelos, conforme a NBR 8403, traçados perpendicularmente nas extremidades da linha de simetria. Outro processo consiste em traçar as linhas da peça simétrica um pouco além da linha de simetria. Neste caso, os traços curtos paralelos devem ser omitidos. As peças simétricas podem ser representadas: a) pela metade, quando a linha de simetria dividir a vista em duas partes iguais; b) pela quarta parte, quando as linhas de simetrias dividirem a vista em quatro partes iguais. Vistas de peças encurtadas Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém detalhes. Os limites das partes retidas são traçados com linha estreita, conforme a NBR 8403 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO 01: Construa a vista frontal, as vistas laterais direita e esquerda, a vista posterior e superior dos objetos abaixo. As medidas são múltiplos de 2cm para facilitar suas proporções. Arrume os desenhos de acordo com a NBR 10067 com as vistas relativas ao 1º. Diedro e desenhe na escala de 1/100. OBJETIVO: Avaliar a visualização espacial e a planificação de um objeto espacial. 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