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A ENTREVISTA PSICOLÓGICA

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ENTREVISTA PSICOLÓGICA
ENTREVISTA
 Do francês entreveu, que provém do latim videre=ver.
 Vista, concorrência e conferência de duas ou mais pessoas em
um determinado lugar, para tratar de resolver um negócio
(Dicionário Real da Academia Española citado por Abuchaem,
1987).
 É uma técnica de investigação científica, sendo assim muito
importante para a Psicologia.
 Identifica no psicólogo a função de
investigador, já que a técnica é o ponto de
interação entre a ciência e as necessidades
práticas.
 Pode ser utilizada em várias áreas como no
caso de um chefe de empresa, um professor,
um juiz, etc. Mas o que interessa é a
entrevista psicológica, pois busca objetivos
psicológicos (investigação, diagnóstico,
terapia, etc).
CONCEITUAÇÕES
 Entrevista psicológica: é um processo de
interação interpessoal, de comunicação vocal e não
vocal, na qual um dos componentes visa receber
alguma forma de ajuda e o outro se propõe a prestá-
la (Sullivan (citado por Seminério, 1972).
 Vocal aspectos delatores da entonação de
voz, ritmo da conversação, dificuldades de
entonação, etc. Os complementos de som sugerem a
dedução das proposições verbais expressas.
 Importante veículo de comunicação: conduta não-
verbal, que pode anular os esforços de uma pessoa
por dissimular que está mentindo, proporcionando
indícios do engano, por exemplo.
 Não é apenas uma coleta de informações, e
nem uma observação de comportamento, é
essencialmente, um engajamento bipessoal,
uma estrutura cujo valor diagnóstico reside
na compreensão de sua determinação, na
análise e síntese dos princípios e processos
que a organizam.
A interação é a própria essência que deve
ser manejada e interpretada (Seminério,
1972).
A Entrevista Diagnóstica
 É um encontro entre duas pessoas,
com a finalidade de que uma delas
interrogue a outra sobre um
assunto específico (Abuchaem,
1987).
Tipos de Entrevista 
Diagnóstica
 Entrevista fechada;
 Entrevista aberta;
 Entrevista semidirigida;
 Entrevista totalmente livre.
De anamnese (fechada, dirigida, objetiva)
 O paciente reduz-se a um mediador entre dados-psicólogo. Qualquer
intervenção fora do esquema previsto é considerada uma
perturbação. Há um esquema de perguntas previstas, visando a
maior obtenção de dados possível.
Vantagens:
 Economia (objetividade e concisão); não “perde” tempo;
 Traz maior segurança, sobretudo aos iniciantes;
Desvantagens:
 Os dados tão “completos” são realmente significativos;
 A dinâmica interna fica comprometida, na medida em que dirigi-se
os pensamentos;
 A maior segurança do psicólogo pode ter um aspecto defensivo, o
que diminui sua sensibilidade em relação a este;
 Supõe-se que o paciente conhece sua vida e está capacitado, para
dar dados sobre a mesma.
Entrevista vital (não-dirigida, aberta)
 A regra básica não consiste em obter dados completos da vida total de uma
pessoa, mas obter dados completos de seu comportamento total no curso da
relação estabelecida;
 O campo da entrevista é configurado predominantemente pelas variáveis que
dependem do paciente; determinado pelas modalidades da personalidade do
entrevistado; o psicólogo deve ser ambíguo e neutro (não deve entrar com
suas reações, com relato de sua vida, nem usar a entrevista para uma
gratificação narcisista).
 A “curiosidade” do psicólogo deve se limitar ao que é necessário para o
benefício do entrevistado.
 É importante que se dê conta das reações contra-transferenciais,
considerando-as como um dado a mais na entrevista.
 A entrevista começa por onde começa o entrevistado, e toda atividade
psíquica vai ser intencional para essa relação estabelecida entre paciente-
psicólogo. A presença do outro é sempre significativa.
Entrevista semi-dirigida
(Liberdade para expor seus problemas começando
por onde preferir e incluindo o que desejar)
 Assinalar alguns vetores quando o entrevistado não
sabe como começar ou continuar;
 Assinalar situações de bloqueio ou paralisação por
incremento da angústia para assegurar o
cumprimento dos objetivos da entrevista;
 Indagar acerca de aspectos da conduta do
entrevistado, aos quais este não se referiu
espontaneamente, acerca de “lacunas” na
informação do paciente e que são consideradas de
especial importância, ou acerca de contradições,
ambigüidades e verbalizações “obscuras”.
Objetivo
 Perceber a primeira impressão que desperta o paciente, e ver se ela se
mantém ao longo de toda a entrevista ou se muda, e para qual
sentido. Aspectos importantes (linguagem corporal, suas roupas, seus
gestos, sua maneira de mover-se, etc).
 Considerar as verbalizações: o que, como e quando verbaliza e com
que ritmo.
 Avaliar as características da sua linguagem: a clareza ou confusão
com que se expressa.
 Observar bem o conteúdo das verbalizações, levar em conta quais os
aspectos da vida (passado, presente e futuro) escolhe para começar a
falar, quais lhe provocam anseio, bloqueio, ou quais os de sua
preferência.
 Estabelecer o grau de coerência ou aversão entre tudo o que
foi verbalizado e tudo o que captamos através de sua
linguagem não-verbal.
 Planejar a bateria de testes mais adequada: quantidade e
qualidade dos testes a usar, ordem de aplicação, e o numero
de entrevistas que calculamos para a aplicação dos testes
escolhidos.
 Estabelecer um bom ‘rapport’ com o paciente para reduzir ao
mínimo a possibilidade de bloqueios ou paralisações e criar
um clima preparatório favorável para os testes.
 Captar o que o paciente transfere e o que isto provoca, ou
seja, os aspectos transferenciais e contratransferenciais do
vínculo.
 Com os pais do paciente, detectar também qual é o
vínculo do casal, o vínculo entre eles como casal e
o filho, e de cada um deles com o filho e deste com
cada um deles e com o casal, e também do casal
com o psicólogo.
 Observar se ambos podem colaborar ou pelo
menos aceitar as experiências de mudança do filho
caso este comece uma terapia ou algum tipo de
tratamento.
 A presença de ambos é imprescindível. A criança
como emergente de um grupo familiar e podemos
entendê-la melhor se vemos o casal parental.
O entrevistador
 O instrumento de trabalho do entrevistador é ele
mesmo, sua própria personalidade, que participa
inevitavelmente da relação interpessoal.
 O entrevistador deve estar dissociado: em parte
atuando com uma identificação projetiva com o
entrevistado, e em parte permanecendo fora
desta identificação, observando e controlando o
que ocorre, de maneira a graduar o impacto
emocional e a desorganização ansiosa.
 A ansiedade deve ser atentamente
acompanhada pelo observador, tanto a que
se produz nele como a que aparece no
entrevistado.
 A ansiedade do psicólogo é um dos fatores
mais difíceis de manipular, o investigador
deve ter capacidade para tolerá-la e poder
instrumentalizá-la, sem que se feche a
possibilidade de uma investigação eficaz.
Ansiedade na entrevista
Disposições materiais
(Ambiente calmo e relaxado, e de caráter 
privado)
 Local – nem grande nem pequeno demais, o que pode causar a sensação de
abafamento ou nos grandes espaços provocar receios ou angústias; ventilação
adequada;
 Iluminação – neutra, uniforme. Evitar a incidência de forte luz o que pode
ocasionar sentimentos de insegurança;
 Mobiliário – uma cadeira e uma mesa simples permitem que o cliente se
movimente livremente, pois não se deve esquecer que durante a entrevista, em
decorrência de alguns assuntos abordados, é natural que o indivíduo mexa-se e
instale-se mais à vontade, movimentando o corpo e os membros com facilidade.
A decoração deve ser discreta. Não é indicado ter telefone;
 Barulho – cuidado com os sons provenientes do meio externo. Pode haver
atitudes reticentes.
 Vestimenta – evitar qualquer excesso no cuidado e na elegância da
apresentação, como o uso de maquilagem, jóias ou trajes muito vistosos.
Adaptar o vestuário ao campo profissional.
Meios de registro 
 Gravador – pode causar efeitos psicológicos negativos, devido à gravação das
entrevistas. Apesar de todasas garantias de sigilo, a atmosfera criada é
antes de uma entrevista pública do que privada, uma vez que o que é dito
fica gravado, gerando-lhe insegurança. O mesmo receará contradizer-se e
poderá ocultar determinados fatos, evitando expressar as reações muito
pessoais, podendo perder a espontaneidade na comunicação e falar como se
estivesse fazendo um discurso, utilizando linguagem mais rebuscada. Apesar
de favorecer registros mais fidedignos e minimizar alguns efeitos da
subjetividade da entrevista.
 Anotações sucintas (fatos significativos, datas) – o entrevistador não deve
confiar excessivamente na sua memória e deixar de fazer anotações durante
a entrevista. Corre o risco de apresentar ao final declarações que, tendo sido
feitas por ele, são atribuídas ao entrevistado ou de apresentar um dado
como sendo um fato quando, na realidade é uma interpretação. As
anotações feitas na medida certa durante a entrevista, de modo algum
prejudicam o relacionamento entre o entrevistado-entrevistador. É necessário
que o entrevistador informe ao entrevistado que vai tomar notas muito
embora o pedido deve ser feito de tal forma que garanta resposta afirmativa.
Por que a entrevista diagnóstica 
totalmente livre?
 Objetivo básico: o conhecimento do
outro tanto na saúde quanto na
enfermidade.
 Entrevista diagnóstica totalmente livre=
processo diagnóstico;
 Entrevista fechadas ou abertas=história
clínica
A entrevista diagnóstica 
totalmente livre
 É uma constante fonte de informação e
a diferentes níveis de interpretação.
 É um campo dinâmico, onde
entrevistador se mantém como uma
constante invariável.
 É a única que dá acesso ao material em
estado virgem, não deformado pelo
entrevistador.
O interesse na entrevista 
Livre
 Tal interesse tem raízes na
contratransferência, uma vez que os
problemas emocionais, não podiam ser
supridos por meios de questionários.
 “Aprendi a escutar o paciente, deixando-
me levar pela impressão que me
causava” (Abuchaem, 1987, p. 22).
Temos o direito de expor uma 
pessoa a circunstâncias tão 
penosas como pode chegar a 
ser o de uma entrevista 
totalmente livre?
Críticas
 Exposição ao estresse;.
 Contribuição para a angústia;
 Coloca o entrevistado em situação de 
medo;
 É função do entrevistador facilitar e aliviar 
um sofrimento desnecessário.
A técnica da Entrevista 
Livre
 Deixar o entrevistado falar livremente.
 Não se deve introduzir variáveis verbais:
- O que queira;
- O que considere mais importante;
- O que mais lhe agrada;
- Fale me de seus problemas;
- Fale me dos motivos que o trazem a consulta,
etc.
 “Tudo que lhe ocorrer” OU
“Fale me de tudo que lhe vem a mente, 
sem fazer juízo seletivo” OU
- “Comunique-me sem crítica nem 
seleção alguma, tudo o que lhe vá 
ocorrendo” (Freud).
Tempo
 Tradicionalmente, utiliza-se 50 minutos,
sendo 40 minutos destinados ao
entrevistando e 10 minutos finais para
esclarecimentos.
 Este tempo pode ser mais longo ou
mais curto, porém o enquadre deve ser
mantido com todos os pacientes.
A dinâmica
Abertura (primeiros minutos da entrevista /
primeira verbalização / inspeção
macroscópica).
Começar falando;
 Começar falando quase que imediatamente;
 Começar a falar e logo após fica em
silêncio;
 Não fala nada.
Desenvolvimento (inspeção microscópica).
Encerramento
 Depressiva (agressão aniquile ou tenha aniquilado o
próprio objeto bom, o ego sente-se ameaçado /
sentimento de culpa – ambivalência;
 Perda (teme perder o objeto / sente tristeza ou
pena, mas sem sentimento de culpa) está
condicionado por sua abertura e seu
desenvolvimento);
 Separação (temores da separação que dependem do
grau de ambivalência).
Sentimentos carinhosos=Ansiedade de perda;
Sentimentos de ódio (sentimentos de culpa=Ansiedade
depressiva.
Após o Encerramento
 Explicar todos os passos do processo 
diagnóstico;
 Combinar os honorários, forma de
pagamento;
 Marcar as datas das futuras entrevistas;
 Está aberto para todos os
questionamentos do entrevistado.
O registro do material
 Deve ser utilizado um gravador e folhas
para anotações que se julgue
necessárias.
 O paciente não deve ser informado das
normas técnicas, e portanto não deve
ser consultado quanto ao uso do
gravador e das anotações.
Estilos de Entrevista Livre
 Os estilos obedecem as modalidades
defensivas; aos conteúdos predominantes
e às ansiedades preponderantes de uma
entrevista livre.
 Pode apresentar um estilo puro: obsessivo,
maníaco, depressivo, esquizofrênico, etc.
Utiliza-se assim dos mecanismos de defesa 
do EGO
Significados Latentes
 Fantasias de enfermidade e fantasias de
cura.
- “Desde que morreu meu pai, nunca
mais fui o mesmo”, “tudo começou
quando ...”, “são os desgostos da vida
doutor, que me afligem, principalmente
com a família”.
Significados Latentes
Dinâmica dos níveis evolutivos
1º) Surgimento da vida sexual e agressiva
da criança.
2º) Sexualidade infantil e a crise da
adolescência.
3º) Climatério e crise dos 35 anos.
4º) Crise da velhice.
Entrevista devolutiva
 Comunicação verbal discriminada e dosificada
que o psicólogo faz ao paciente, a seus pais e
ao grupo familiar, dos resultados obtidos no
psicodiagnóstico.
 Observar a resposta verbal e pré-verbal do
paciente e de seus pais ante a recepção da
mensagem do psicólogo. Isto constitui uma
outra fonte informativa.
No caso do paciente
 Lei do fechamento (teoria da Gestalt), é necessário
transmitir o resultado de uma comunicação realizada. A
comunicação hierarquizada pelo psicólogo não é
unidirecional, mas sim circular, do paciente para o
entrevistador e vice-versa.
 Possibilitar uma re-conexão entre a identidade manifesta e
a identidade latente. Conexão essa que havia sido
quebrada devido a quebra de identidade do paciente
durante o processo do psicodiagnóstico.
 Favorecer no paciente, fantasias de
empobrecimento e roubo pela alienação de
partes egóicas.
 Minimizar o seu interesse ao processo
psicodiagnóstico, provavelmente irá
colaborar com as técnicas aplicadas, mas
não com o interesse que deveria.
 Intensificar as fantasias de doença,
gravidade, incurabilidade, loucura, etc.
No caso dos pais:
 Porque pediram a consulta.
 Reintegrar a imagem do filho e do grupo
familiar.
Do ponto de vista do 
psicólogo:
 Preservar sua saúde mental, no sentido de que
quando o profissional não repassa o resultado na
entrevista final, ele se faz um depósito maciço do
paciente.
 É um passo a mais no conhecimento do caso.
 Serve como prova de realidade de sua tarefa anterior.
Entrevista pautada
 Identificação – Onde nasceu? Onde viveu sucessivamente? Como
desenvolveu sua infância? Adolescência? Estudos? Dificuldades no
estudo? Seu eventual serviço militar ou civil? Como conseqüência
lógica, idade, profissão, dificuldades e desejos.
 Os pais – Os pais são de qual região? Vivos ou mortos? Presentes ou
ausentes do lar? Profissões? Idades? Saúde? Seus caracteres? Como
eles se entendem? Quem impunha sua vontade ao outro? A maneira de
relações antigas e atuais do indivíduo com os pais? A quem ele pensa
se parecer mais?
 A constelação familiar – Quantos irmãos e irmãs? Vivos? Mortos?
(de quê? em qual idade?) O lugar do indivíduo nesta constelação? Seus
sexos, idades, profissões, saúde? Casados ou não? Com quem? Seus
casamentos são felizes? Tem filhos? Quais são as relações antigas e
atuais com seus irmãos e irmãs?
 Cônjuge – Idade? Profissão? Saúde? Caráter? Data do casamento?
Duração e condições do noivado? (amor à primeira vista,
casamentos precipitados, dramas familiares ou incidentes insólitos,
etc.) Como eles se conheceram? Como era o entendimento no início
do casamento? Depois? Quem decidiu o casamento? Um dos
cônjuges somente? Os pais? Uma outra pessoa? O filho a nascer?
Como foi feia a escolha? Repete-se aqui uma relação com um
parente? É realmente para os amarem ou mais sutilmente para se
oporem, denominarem um ao outro? (conjugue fraco, doentio, sem
futuro, etc). Quais foram às dificuldadesdo casal? Físicas, sociais ou
sentimentais? As eventuais ligações extra-conjugais de um ou do
outro lado? Como elas foram vivenciadas por cada um dos
conjugues?
 Os filhos – O número? Idades? Sexo? Saúde? Seus estudos e
profissões? Se eles foram desejados ou não. Os problemas de
relacionamento entre eles? Como se ocupavam deles? (deixando-os
fazer? impondo-lhes tudo? nada lhes impondo?)
 A saúde atual do paciente – Seu peso em relação à altura?
Sua maneira de ser. É preciso conhecer igualmente as
doenças anteriores, os eventuais acidentes ou as
intervenções cirúrgicas sofridas. Depois devemos nos ater ao
estado atual, os eventuais distúrbios digestivos, do sono, da
menstruação, do apetite, o comportamento diante do fumo,
da bebida, do café, etc.
 Progenitalidade – Oralidade (apetite alimentar e afetivo,
necessidades, avidez (desejo), resistência às frustrações) e
analidade (digestão física e “moral”, limpeza, meticulosidade,
tenacidade, dinheiro, maneiras do trânsito digestivo e
expressão afetiva).
 Genitalidade – Masturbação (obsessiva, ausente,
banal, com quais fantasias). Das atrações sexuais
sucessivas (masculinas, femininas ou inversamente,
segundo o caso), das relações sexuais (com qual
idade a primeira? Como foi vivenciada? E depois
como se passam as coisas?), as eventuais ligações
amorosas (por quais razões precisas? Para fugir à
solidão ou para fugir, ao contrário a dois
somente?).
 Relacionamento social – Profissão (futuro? satisfeito? teria
desejado?) Reações com os supervisores? Os colegas? Os
subalternos? O paciente tem amigos (verdadeiros ou simples
colegas?) Muitos ou poucos? Antigamente? Quais são seus
lazeres? (aos domingos, férias?). Esportes? Artes? Você
prefere viver sozinho ou em grupo?
 Os sonhos – Deve ser rapidamente abordado. Sem
querer (nem poder) interpretar os sonhos, é preciso,
entretanto, saber onde se encontra o paciente no
plano do sono e da elaboração onírica. Lembra-se ele
dos seus sonhos? Qual tipo de sonho, sobretudo, se
aparece mais vezes, no curso da noite? Antigamente?
Atualmente?
 Terminar a entrevista pedindo ao indivíduo três
coisas: o que ele gostaria mais de dizer? O que ele
espera desta entrevista? O que, a seu ver, não anda
bem com ele?

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