Natação2

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Autoria: Dr. Daniel Vicentini de Oliveira
Revisão técnica: Me. Tiago Henrique Nunes Ferreira
NATAÇÃO
A NATAÇÃO COMO
ESPORTE E OS
QUATRO NADOS
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Introdução
Caro(a) estudante, seja bem-vindo!
Você conhece os métodos, níveis e estratégias de ensino-aprendizagem da
natação? Esses serão alguns dos pontos que estudaremos nessa unidade.
Cada indivíduo possuí níveis diferentes de desenvolvimento humano, incluindo
o motor. É importante que você, futuro pro�ssional, conheça as características
de desenvolvimento de cada praticante para ministrar aulas de natação mais
e�cientes, seguras e motivadoras.
Dando sequência aos estudos, mergulharemos nos aspectos mais teóricos da
natação. Você conhece as caraterísticas técnicas e didático-pedagógicas dos
quatro nados? Nos próximos tópicos, conheceremos em detalhes os nados
crawl, costas, peito e borboleta. Cada um possui suas especi�cidades e
complexidades de movimentos e combinações. Você aprenderá a respeito
das braçadas, pernadas, combinação de braçadas e pernadas, respiração e
nado completo de cada tipo.
São muitos os motivos que podem levar uma pessoa a procurar a natação
como meio desportivo: melhoria de condicionamento físico, prevenção e
tratamento de doenças, busca por bem-estar e qualidade de vida etc. Por isso,
a prática é um dos esportes mais procurados por amadores e pro�ssionais,
tendo grandes competições ao redor do mundo.
Pensando nos aspectos pro�ssionais do esporte, você conhece as noções
básicas do treinamento de natação? Esse assunto também será objeto de
nossos estudos que abordarão os princípios básicos que regem a
organização de eventos de competição.
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 59 minutos.
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Já sabemos que a natação traz diversos benefícios a seus praticantes, sendo
um dos esportes preferidos por pessoas de diferentes faixas etárias, sejam
amadoras ou pro�ssionais. Diante disso, vários métodos de ensino e
aprendizagem da modalidade foram criados ao longo do tempo. Eles servem
para criar e organizar o conteúdo conforme os interesses e objetivos do aluno,
fazendo a prática da natação ser mais prazerosa, e�ciente, segura e completa.
A seguir, veremos algumas estratégias de ensino e aprendizagem da natação,
mas, lembre-se: você, como futuro pro�ssional, deve utilizar seu
conhecimento e criatividade para criar e aplicar mais estratégias.
Por muito tempo, a prioridade nas aulas de natação era ensinar puramente as
técnicas dos quatro nados. Porém, isso desconsidera algumas etapas
fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo e do nado em si. O ensino
da natação deve ter como prioridade os aspectos afetivo, social, cognitivo e
motor do aluno. São usadas estratégias diferentes para cada faixa etária.
Para organizar melhor os conteúdos das aulas, você deve elaborar e seguir
uma metodologia lógica de ensino, respeitando os níveis de di�culdade e
capacidade dos alunos (ANDRIES JÚNIOR; DUNDER, 2011).
Existem três concepções metodológicas para o processo de ensino-
aprendizagem da natação, que podem ser utilizadas de diferentes formas em
uma sequência pedagógica. Con�ra a seguir suas de�nições.
2.1 Métodos, níveis e estratégias da
aprendizagem da natação
2.1.1 Estratégias de ensino e aprendizagem na natação
Concepção global/total
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Que tal testar seus conhecimentos sobre esse tema tão importante para a
disciplina? Leia o enunciado com atenção e responda a questão a seguir. 
Empregada pela maioria das pessoas que aprendem a nadar
sozinhas. Nela, pratica-se a totalidade dos movimentos sem
os dividir em suas várias partes, buscando os aperfeiçoar
simultaneamente. (ANDRIES JÚNIOR; DUNDER, 2011).
Também conhecida como partes para um todo, visa aprimorar
a técnica dos nados. As diversas partes do nado são
trabalhadas separadamente e praticadas em exercícios
isolados. Quando todas são assimiladas é formado o
conjunto do nado.
Também conhecida como partes progressivas, não segue um
padrão especí�co de ensino. Nela, parte-se de um conteúdo
geral para um mais especí�co, fazendo adaptações. Exercita-
se separadamente a primeira etapa de um nado, depois a
segunda etapa. Então, une-se as etapas em conjunto,
acrescentando movimentos parciais sucessivamente,
coordenando-os entre si até que a habilidade esteja completa.
É bastante indicada para crianças (ANDRIES JÚNIOR;
DUNDER, 2011).
Concepção analítica
Concepção sintética
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Para ministrar uma boa aula de natação, o professor deve
organizar as ideias e os conteúdos que serão compartilhados
com os alunos. É necessário ainda elaborar e seguir uma
metodologia lógica de ensino, sempre respeitando os níveis de
di�culdade e capacidade de assimilação de cada praticante.  
Considerando isso, assinale a alternativa que indica a técnica
na qual se pratica a totalidade dos movimentos sem os dividir
em suas diversas partes, com o objetivo de os aperfeiçoar
simultaneamente.
a. Analítica.
b. Global.
c. Sintética.
d. Partes para um todo.
e. Partes progressivas.
VERIFICAR
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
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Agora que você já sabe um pouco mais sobre as concepções metodológicas
do processo de ensino-aprendizagem, vamos aprofundar esse conhecimento
estudando os níveis de desenvolvimento humano no próximo subtópico.
Para ensinar natação, você deve compreender os níveis de desenvolvimento
humano dos alunos para os encaixar no nível de aprendizagem correto.
Conforme Gallahue, Ozmun e Goodway (2013), Piaget divide o
desenvolvimento humano em quatro níveis:
No período sensório motor, a pessoa responde a estímulos por meio da
aquisição de habilidades de comportamento. No período pré-operacional,
inicia-se o desenvolvimento da compreensão. No período das operações
concretas, inicia-se o desenvolvimento de noções de espaço e comprimento.
Já no período das operações formais, a pessoa adquire senso crítico e
pensamento lógico em relação a si, às pessoas e ao ambiente. Tudo isso deve
ser respeitado!
Em geral, ensinamos o nado crawl para as crianças de quatro a seis anos de
2.1.2 Níveis de aprendizagem na natação
período sensório motor;
período pré-operacional;
período das operações concretas;
período das operações formais.
O nado crawl deve ser o primeiro a ser ensinado aos alunos iniciantes.
Isso porque é o tipo de nado mais simples de ser realizado.
VOCÊ SABIA?
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idade. Antes disso, são ensinados movimentos mais rudimentares de
batimento de braços e pernas, assim como deslizamento na água e mergulho,
dentre outras atividades. (ANDRIES JÚNIOR; DUNDER, 2011).
Cada indivíduo possui um ritmo de aprendizagem próprio e isso pode variar
muito entre duas crianças da mesma idade. Para adolescentes, adultos ou
idosos que estejam começando as aulas, deve-se respeitar o ensino da
adaptação ao meio líquido e a iniciação rudimentar de certos movimentos de
nado.
Independentemente da idade, após o aluno estar adaptado ao meio líquido,
você deverá ensinar primeiramente as pernadas de um nado por serem mais
simples do que as braçadas. O contrário é realizado no nado peito.
Após dominada a pernada do nado (ou braçada, no peito), iniciamos o ensino
da braçada, seguida da respiração e, por �m, o nado completo.
A natação é um esporte composto por quatro nados:crawl, costas, peito e
borboleta. Ainda temos o medley, uma prova que compreende os quatro
nados. Você, como futuro pro�ssional, deve entender a técnica de cada nado.
É isso o que veremos nos próximos subtópicos.
O termo crawl é de origem inglesa e signi�ca fazer braçadas alternadas com
movimentos sobre os ombros. O crawl é o mais rápido dos quatro nados de
competição.
De acordo com as regras da Federação Internacional de Natação (FINA), o
nado livre, em uma prova assim denominada, signi�ca que o atleta poderá
nadar qualquer nado. Já nas provas de medley individual ou revezamento
quatro estilos, o nado livre signi�ca qualquer nado diferente dos nados costas,
peito ou borboleta.
Convencionou-se associar o nado livre ao crawl porque a preferência dos
nadadores por esse tipo é de praticamente 100%. Isso se deve ao fato dele
proporcionar maiores chances de realizar a prova em menor tempo. Portanto,
os termos nado livre e crawl acabaram se tornando sinônimos pelo fato de
2.2 Aprendizagem
dos nados: crawl
, costas, peito e
borboleta
2.2.1 Crawl
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praticamente todos os nadadores utilizarem o crawl nas provas denominadas
de nado livre (MONTGOMERY; CHAMBERS, 2012).
Um ciclo do nado crawl corresponde a uma braçada direita e uma esquerda,
ou vice versa, e um número de pernadas variável, além da respiração. É um
nado realizado na superfície da água, composto por braçadas alternadas e
longas, com rolamento do tronco, para que o nadador possa virar o corpo para
respirar. As pernas também se movimentam alternadamente.
A braçada do nado crawl é dividida em fase aquática e fase aérea. A aquática
é ainda subdividida em entrada e alongamento (�gura 1), quando a mão entra
na água à frente da cabeça. As pontas dos dedos da mão são a primeira parte
a entrar na água. Observe que há extensão do braço para frente, abaixo da
superfície da água.
Antes de nos aprofundarmos na técnica do nado crawl, assista ao
vídeo do canal Sikana Brasil que mostra como se dá o movimento dos
braços. Não deixe de conferir para facilitar seu entendimento.
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4)
VOCÊ QUER VER?
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https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
https://www.youtube.com/watch?v=B6xEer4vst4
Figura 1 - Fase de entrada e alongamento do braço
Fonte: Jacob Lund, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem nadando crawl,
realizando a entrada de um braço na água. A
câmera está submersa, assim, podemos
visualizar seu rosto. Ele veste touca, óculos e
bermudas próprias para natação na cor preta.
Ainda há a varredura para baixo, a fase em que o braço realiza movimentos
para trás, para baixo e para dentro a partir da posição de extensão até o
agarre. O agarre corresponde na �exão gradual do cotovelo, caracterizado
quando o cotovelo se eleva acima da mão. O agarre também é denominado
como posição de apoio do braço na água.
Já na varredura para dentro (�gura 2), o braço realiza movimentos para trás,
para dentro e para cima. As varreduras compreendem um movimento
semicircular, do agarre até uma posição abaixo do corpo, ao nível da linha
média.
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Figura 2 - Fase de varredura para dentro
Fonte: YanLev, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma criança nadando crawl,
realizando a varredura para dentro com o
braço direito. Ela está com o corpo submerso,
vestindo maiô e óculos de natação rosas.
Na varredura para cima (�gura 3), o braço realiza movimentos para trás, para
fora e para cima. É o segundo movimento propulsivo da braçada do nado
crawl. O movimento é um deslocamento semicircular da mão, desde o �nal da
varredura para dentro até próximo à superfície da água.
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Figura 3 - Fase de varredura para cima (braço posterior)
Fonte: oleksboiko, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem nadando crawl,
realizando a varredura para baixo com o braço
direito. Seu corpo está parcialmente submerso,
a cabeça e o braço esquerdo estão para fora da
água.
A fase aérea é composta por duas partes: liberação e recuperação. Na
liberação (�gura 4), o cotovelo rompe a superfície da água antes da mão do
nadador. A palma da mão está para dentro para que possa se deslocar até a
superfície da água.
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Figura 4 - Fase aérea: liberação
Fonte: Suzanne Tucker, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um menino nadando crawl,
realizando a fase aérea de liberação do braço
direito. Seu corpo está parcialmente submerso,
com rosto e o braço fora da água. Seu braço
está semiflexionado.
Na recuperação (�gura 5), o braço se direciona sobre a água após a fase
anterior (liberação). O braço deve estar relaxado e essa fase deve ser
realizada em um único ritmo, movendo-se suavemente sobre a água.
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Figura 5 - Fase Aérea: recuperação
Fonte: Microgen, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher nadando crawl,
realizando a fase aérea de recuperação do
braço. Ela usa maiô, óculos e touca pretos. Seu
corpo está parcialmente submerso, com o
rosto e o braço direito (flexionado) fora da
água.
A pernada é realizada alternadamente, com movimentos para baixo e para
cima. O ritmo de pernada corresponde ao número de pernadas por um ciclo
de braços; nesse caso, duas braçadas.
Em relação à sincronização entre os braços direito e esquerdo, ambos devem
manter uma relação precisa um com o outro. Essa relação é caracterizada
pela coordenação do tempo dos braços e transições suaves de uma fase da
braçada para a outra.
Já a coordenação entre os braços e a respiração consiste na execução da
inspiração durante o início da segunda varredura propulsiva, seguida do
retorno da face do nadador à água antes da segunda fase da recuperação. A
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expiração, por sua vez, deve ser efetuada durante a parte restante do ciclo de
braçada (MONTGOMERY; CHAMBERS, 2012).
A respiração é um movimento lateral da cabeça (�gura 6). Primeiramente, a
inspiração é realizada ritmicamente pela boca, seguida da expiração pela boca
ou nariz. O ciclo respiratório culmina com a expiração brusca do ar pela boca
ou nariz quando os lábios se liberam da água para iniciar a inspiração do ar
novamente. O padrão habitual da respiração consiste em inspirar apenas de
um lado, denominado unilateral, ou para ambos os lados, denominado
bilateral.
Figura 6 - Respiração no nado crawl
Fonte: Microgen, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher nadando crawl no
momento em que realiza a respiração lateral.
Ela está com o corpo submerso, podemos
visualizar seu rosto e braço flexionado para
fora da água.
A respiração bilateral (correspondente a três braçadas para uma respiração) é
utilizada para melhorar a simetria dos braços e como estratégia para os
nadadores pro�ssionais observarem seus adversários em ambos os lados
durante as competições. Além disso, o número de braçadas entre as ações
respiratórias pode aumentar (principalmente em nadadores velocistas).
Veremos, agora, alguns exercícios para o ensino do nado crawl.
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Até aqui, você compreendeu como o nado crawl é realizadoe ainda descobriu
algumas formas de ensiná-lo. Na sequência, estudaremos outro nado
bastante reconhecido.
O nado costas é considerado o terceiro nado mais veloz, com um gasto
energético similar ao do nado crawl quando realizado em velocidade máxima.
Ele tem um importante papel na saúde das pessoas, sendo recomendado por
médicos e �sioterapeutas para correção de postura, bem como no tratamento
e prevenção de lesões e patologias.
No nado costas, o corpo do aluno permanece em decúbito dorsal e na
horizontal em relação à superfície da água (�gura 7). A cabeça descansa na
água com o rosto para fora, portanto, a respiração é livre.
Exercício 1: solicitar que o aluno realize apenas o
batimento de pernas, segurando uma prancha à frente,
como forma de apoio e �utuação.
Exercício 2: solicitar que o aluno realize o batimento de
pernas com o corpo levemente voltado para fora. Um
dos braços segura a prancha, estendido à frente da
cabeça. O outro braço �ca paralelo ao tronco.
Exercício 3: solicitar que o aluno �que em pé, segurando
a prancha com uma das mãos. A outra deve realizar a
braçada do crawl, ensinada anteriormente. O aluno pode
ser auxiliado pelo professor.
2.2.2 Costas
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
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Figura 7 - Nado costas
Fonte: LightField Studios, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem nadando costas. O
ângulo da fotografia é de cima pra baixo,
então, é possível visualizar seu corpo inteiro,
parcialmente submerso. Ele está vestindo
sunga, óculos e touca próprios para natação.
Seu braço direito está estendido acima da
cabeça.
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As pernas, em alternação, nunca devem ultrapassar a superfície da água,
semelhante à pernada do nado crawl. Os braços realizam movimentos
alternados, com fase de propulsão semelhante a um “S” e fase de
recuperação com cotovelos estendidos e alinhados com os ombros. As
braçadas são divididas em fase aérea, na qual os braços se movimentam fora
da água (fase não propulsiva), e fase aquática, na qual os braços se
movimentam dentro da água (fase propulsiva).
Na fase não propulsiva, o braço entra na água com o cotovelo estendido
completamente e à frente do ombro, sempre com a palma da mão voltada
para fora (�gura 8). A palma da mão que está voltada para fora no momento
da entrada, irá girar até estar inclinada para baixo e para trás. Isso possibilita o
início do agarre. Os cotovelos devem ser �exionados gradualmente durante a
primeira varredura para baixo.
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Figura 8 - Fase não propulsiva
Fonte: Aleksandr Markin, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma adolescente realizando a
fase não propulsiva da braçada do nado
costas. Ela usa óculos e maiô próprios para
natação. Seu corpo está parcialmente
submerso, com o braço esquerdo estendido
acima da cabeça.
No momento em que ocorre o agarre, começa a primeira fase propulsiva da
parte submersa da braçada. O cotovelo continuará a se �exionar durante essa
fase. A palma da mão deve girar de baixo para cima até �car inclinada para
cima e para dentro ao completar o movimento. A mão deve �car alinhada ao
antebraço durante todo o processo.
A segunda etapa da fase propulsiva (�gura 9) inicia quando a segunda
varredura para cima está se aproximando de seu término. Quando a mão
passa o topo da varredura para cima, o braço se movimenta para baixo e para
trás até que o cotovelo esteja completamente estendido e abaixo da coxa. A
mão que estava inclinada para cima e para dentro, ao �nal da precedente
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varredura para cima, deve ser girada para baixo e para fora durante esse
movimento. Ela deve estar voltada para baixo na direção do fundo da piscina
ao completá-lo. Após o término da segunda varredura para baixo, a mão se
movimenta para trás, para dentro e para cima, saindo na direção da superfície.
A segunda varredura para cima termina quando a mão se aproxima da parte
posterior da coxa. O cotovelo deve permanecer estendido (MONTGOMERY;
CHAMBERS, 2012).
Figura 9 - Fase propulsiva
Fonte: Anna Jurkovska, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher nadando costas,
com um dos braços na fase propulsiva: o
esquerdo está esticado acima da cabeça e o
direito faz o movimento rotatório para dentro
da água. Ela veste maiô, óculos e touca
próprios para natação.
A liberação é a primeira parte da recuperação (�gura 10). Nessa fase, a palma
da mão gira para dentro na direção do corpo e desliza para cima e para fora
da água. A superfície deve ser rompida com a borda da mão, usando o polegar
apontado para cima. Isso irá reduzir sua área de superfície. O rolamento do
corpo é parte importante nessa fase em que o braço está sendo direcionado
para fora da água. O movimento superior do ombro também ajuda a erguer o
braço para fora da água com esforço mínimo.
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Figura 10 - Fase de recuperação: liberação
Fonte: Sportpoint, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, temos um homem nadando
costas, realizando a liberação do braço, na fase
de recuperação. É possível visualizar que seu
braço esquerdo está logo na superfície, já
saindo da água. Seu corpo está parcialmente
submerso e ele veste bermuda, óculos e touca
próprios para natação.
Na primeira metade da recuperação, a palma da mão deve estar voltada para
dentro, na segunda metade, para fora. O nadador deve aproveitar essa fase
para economizar energia, realizando-a com velocidade, mas sem força em
demasia.
A entrada da mão ocorre no mesmo lado, diretamente à frente do ombro. A
recuperação deve ser realizada com o cotovelo estendido.
A ação alternada dos braços no nado costas faz com que um deles se
movimente para baixo enquanto o outro se movimenta para cima. O aluno
deve rolar seu corpo na mesma direção em que o braço está movendo-se. A
cabeça é a única exceção a essa regra, pois deve permanecer parada durante
o nado. A inspiração é realizada pela boca. Já a expiração ocorre pelo nariz ou
pela boca.
De acordo com Maglischo (2010), a pernada é alternada, com impulsos
diagonais das pernas para cima e para baixo. A pernada para cima inicia
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quando o pé passa abaixo da linha do corpo com uma �exão do quadril, do
joelho e dos pés para baixo e para dentro. Depois, há extensão do joelho,
�nalizada com a �exão parcial dos pés. A pernada para baixo inicia quando a
pernada para cima está perto de terminar. Uma extensão pequena do quadril
manterá a perna se movimentando para baixo até que ele tenha alcançado um
plano abaixo da linha do corpo.
Vejamos, então, alguns exercícios para o ensino do nado costas.
Lembrando sempre que essas são apenas sugestões. Você pode e deve
pensar formas diferenciadas de exercitar �utuação, pernadas e braçadas
próprias do nado costas.
Aprendizado do nado costas
Considerado o terceiro nado mais veloz, o nado costas é muito importante de
ser aprendido na natação. Diante disso, vamos fazer um treino de habilidades
sobre o assunto?
Exercício 1: solicitar ao aluno que realize o batimento de
pernas do costas. Um dos braços deverá segurar a
prancha acima da cabeça. O outro braço deverá �car
paralelo e rente ao tronco.
Exercício 2: solicitar ao aluno que se deite em decúbito
dorsal, com apoio de um �utuado (aquatubo ou
macarrão) apoiado nas costas. Ele deverá deslizar pela
água, realizando a pernada do costas. Podeter o auxílio
do professor.
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
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Nossos objetivos com essa prática são:
Para realizar a prática do nado costas, siga as etapas abaixo:
1. Assista ao vídeo demonstrativo.
2. Quando possível, visite uma academia e observe uma aula de natação
voltada para a aprendizagem.
3. Converse com o professor de natação do local e faça algumas perguntas,
como: por que o nado costas é um dos primeiros a ser ensinado? Quais são
os principais erros do nado costas durante o aprendizado?  Quais são as
diferenças entre ensinar o nado costas para crianças de 7 e 8 anos e adultos?
4. Agora, é hora de praticar e usar sua criatividade. Imagine um aluno de 17
anos que já domina a técnica correta do nado costas. Pensando na lógica
didática de ensino e aprendizagem da natação, elabore um exercício para
iniciar o ensino do próximo nado. Além disso, cite 4 erros principais do nado
costas e proponha 4 exercícios corretivos para cada erro.
5. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades encontradas e,
depois, escreva o relatório do treino de habilidades para entregar.
analisar exercícios que abordem as técnicas de
diferentes modalidades do nado nas situações de
aprendizagem, aplicando a metodologia adequada para
o ensino dos nados;
distinguir movimentos errados empregando com clareza
as técnicas básicas de cada modalidade do nado.
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O peito é considerado o nado mais lento devido à resistência frontal que a
posição do corpo oferece na água. É simultâneo nas ações de braços e
pernas, com os movimentos das pernas ocorrendo de forma muito diferente
dos demais nados.
A posição do corpo consiste em �car em decúbito ventral, com a cabeça mais
2.2.3 Peito
Nesta atividade, é muito importante que você
entenda a importância da técnica dos nados.
Uma boa técnica promove e�ciência e reduz o
risco de lesão. Para melhorar a técnica de nado
dos alunos, é fundamental que você estude os
principais fatores técnicos dos quatro nados e
saiba identi�car os erros dos seus alunos,
ensinando o movimento correto. Para tanto,
utilizamos os exercícios educativos. Portanto,
quanto mais conhecimento da técnica, maior
será seu acervo de exercícios educativos. Uma
dica é consultar vídeos na internet de
exercícios educativos para que possa aumentar
seu arsenal.
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Para entender melhor as especi�cidades do nado peito que
estudaremos a seguir, assista ao vídeo do canal Sikana Brasil, que
exibe as bases dessa técnica.
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos)
VOCÊ QUER VER?
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https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
https://www.youtube.com/watch?v=sBcmQI_6Yos
alta que as penas. A posição da cabeça deverá ser lentamente submersa e
inclinada. A inspiração, feita pela boca, ocorre no momento da elevação
frontal da cabeça. A expiração ocorre pela boca ou nariz, no momento em que
a cabeça estiver submersa.
As braçadas são feitas por movimentos simultâneos e subaquáticos,
subvididos em pegada, quando os braços estão à frente dos ombros e as
mãos voltadas para fora (movimentando-se para o lado e para baixo). E
puxada (�gura 11), quando os braços empurram a água para trás e para o
lado.
Figura 11 - Puxada da braçada do nado peito
Fonte: Jamais Nathalie, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem nadando peito, ele
veste touca e óculos de natação. Seu corpo
está quase completamente submerso,
podemos visualizar parte de seu rosto e
ombros. Os braços estão submersos,
realizando a fase de puxada.
Também há a �nalização, quando os cotovelos se aproximam do eixo corporal
(�gura 12).
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Figura 12 - Finalização da braçada do peito
Fonte: Maxisport, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher nadando peito,
com os braços flexionados e as mãos
aproximadas uma da outra, na fase de
finalização, prestes a submergir. Da cintura
para baixo, seu corpo está completamente
submerso. Ela usa maiô, touca e óculos
próprios para natação.
E, por �m, a recuperação, quando ocorre a extensão total à frente do corpo
(�gura 13).
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Figura 13 - Recuperação da braçada do peito
Fonte: YES Market Media, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher nadando peito,
com os braços na fase de recuperação,
esticados, com as mãos unidas e já submersas.
Seu corpo está completamente submerso dos
ombros para baixo. É possível visualizar sua
touca e parte do maiô.
As pernadas são simultâneas, com afastamento lateral, empurrando a água
para trás, para o lado e para baixo (�gura 14).
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Figura 14 - Pernada do nado peito
Fonte: Microgen, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma jovem nadando peito,
realizando a pernada simultânea (pernas
abertas e flexionadas). O ângulo da fotografia é
de baixo para cima, com a câmera submersa. É
possível visualizar seu maiô colorido e o corpo
completamente submerso da cabeça para
baixo.
No nado peito, as fases da pernada são divididas em três etapas. Con�ra a
seguir.
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A projeção da cabeça para inspirar é feita ao mesmo tempo em que se inicia a
puxada. A �nalização servirá de apoio para uma boa inspiração e a
recuperação da cabeça e dos braços terminará simultaneamente. O início da
As pernas se encontram �exionadas nas
articulações coxofemorais,
permanecendo em uma posição
perpendicular à superfície da água. As
pontas dos pés apontam para os lados e os
joelhos �cam separados um
pouco além da largura da cintura pélvica.
Pausa
2
Após o término do impulso, as coxas, as
pernas e os pés �cam
relaxados e sobem à superfície da água
(posição hidrodinâmica).
Apoio
3
É a fase preparatória do movimento. As
pernas e os pés relaxados se
movem em direção à superfície da água e se
aproximam da pelve. Após
esse movimento, coloca-se os pés apontados
para o lado e o nadador
passa momentaneamente ao impulso.
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subida com a cabeça será feito junto à �exão das pernas. Com o empurrar da
água provocado pela pernada, a recuperação da cabeça também será
realizada (MONTGOMERY; CHAMBERS, 2012).
São duas as etapas do processo de ensino-aprendizagem no nado peito.
Clique nos recursos a seguir para conhecê-las.
Preparação
Nessa etapa, o corpo do aluno deve estar totalmente
estendido.
Execução
Nessa etapa, a cabeça deve estar elevada e os
calcanhares para cima. Os pés devem estar �exionados
e virados para fora. As mãos devem estar embaixo do
queixo, com os pés se movendo para fora. A cabeça,
Após o aluno dominar tecnicamente o nado costas, geralmente,
ensina-se o nado peito, mas isso não é uma regra. Esse tipo de nado é
considera o mais lento e complexo, por sua simultaneidade nos
movimentos de braços e pernas.
Nesse sentido, imagine que o aluno Jorge, de 21 anos, passou pelo
processo de aprendizagem do nado peito recentemente. Seu professor
começou ensinando a braçada, por ser mais simples que a pernada.
Primeiramente, ele solicitou que Jorge, em pé na piscina, repetisse a
braçada do peito. Utilizando uma linguagem simples e fácil, o
professor demonstroue explicou os passos da braçada, solicitando
que Jorge realizasse os movimentos conjuntamente. Após Jorge ter
aprendido, ele realizou os mesmos movimentos da braçada deitado na
água, com um pullboy entre as pernas para isolar os movimentos dos
braços. Assim, ele teve uma noção mais real das braçadas desse nado,
que é complexo para muitas pessoas.
ESTUDO DE CASO
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Vejamos, então, alguns bons exercícios para ensinar o nado peito. Entretanto,
não esqueça de que basta botar a criatividade em ação para propor outros
tipos de exercício.
Aprendizagem do nado peito
O nado peito é um dos nados mais lentos devido à posição do corpo dentro da
água. Pensando nisso e no fato de que praticar é a melhor opção para
aprender como realizar esse tipo de nado, vamos fazer um treino de
habilidades sobre o assunto?
então, deve abaixar, com as pernas se impulsionando e
os braços estendendo-se. Depois, ocorre o deslize e a
expiração.
Exercício 1: solicitar que o aluno realize a braçada do
nado peito de pé dentro da água.
Exercício 2: solicitar que o aluno mantenha os braços
estendidos enquanto conta até três, em posição
hidrodinâmica. Então, ele deverá realizar a puxada e a
recuperação da braçada rapidamente, mantendo o
máximo de sustentação. Depois, deverá retornar a
cabeça à posição inicial, com os olhos logo acima da
superfície, repetindo o ciclo com a pernada do
nado crawl.
Exercício 3: solicitar que o aluno realize a pernada do
nado peito com ou sem a utilização da prancha.
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
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Nossos objetivos com essa prática são:
Para realizar a prática do nado peito, siga as etapas abaixo:
1. Faça o treino. Para treinar a braçada, vamos providenciar primeiro um tubo
cirúrgico de, pelo menos, 1,5 m, também conhecido como tripa de mico.
2. Procure um local com um corrimão ou qualquer lugar parecido, onde você
possa passar o tubo cirúrgico e deixar uma ponta em cada mão.
3. Enrole cada ponta (1 ou 2 voltas) em cada uma de suas mãos.
4. Flexione a sua coluna lombar, segurando o tubo cirúrgico conforme passo
3, olhando para baixo.
5. Agora, comece a realizar a braçada do nado peito e observe se seus
movimentos estão de acordo com os conteúdos estudados.
6. Sugiro que, em sua mente descreva, todas as fases da braçada enquanto
realiza os movimentos.
7. Repita esse movimento pelo menos de 10 a 15 vezes.
8. Repita esse movimento agora sem segurar o tubo cirúrgico, simulando que
você está explicado para alguém
9. Não exagere no número de repetições.
10. Fotografe seus gestos e avalie nas fotos se aplicou todas as etapas.
11. Ao �nal, escreva três exercícios do ponto de vista do professor de natação
que precisa ensinar um aluno a braçada do peito. 
12. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades encontradas e
depois escreva o relatório do treino de habilidades para entregar.
analisar exercícios que abordem as técnicas de
diferentes modalidades do nado nas situações de
aprendizagem, aplicando a metodologia adequada para
o ensino dos nados;
distinguir movimentos errados empregando com clareza
as técnicas básicas de cada modalidade do nado.
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O nado borboleta é o mais novo dos quatro nados. Essa modalidade surgiu
em consequência da imperfeição existente nas regras da FINA, que não
de�niu com precisão as regras do nado peito, dando oportunidade à elevação
dos braços fora da água. Em 1955, tornou-se um nado de competição.
É o segundo nado mais veloz, similar ao crawl, variando somente a ação
simultânea. Durante o nado, ocorre uma fase que só tem a movimentação da
perna (pernada) e outra com braçada e pernada simultâneas, ou seja, ocorrem
duas pernadas para uma braçada. É o nado de maior momento propulsivo,
2.2.4 Borboleta
Durante a execução da braçada do nado peito
um dos erros mais frequentes é o aluno afastar
demais a braçada, veja se nas fotos você
cumpriu esta exigência técnica. Outro ponto
importante ao ensinarmos a braçada do nado
peito é que o aluno comece sempre parado no
lugar. Então, nos seus exercícios veri�que se
você começou o aluno nessa posição, depois
evoluiu para exercícios mais complexos.
Feedb
ack
Imagine que você tem um aluno de 12 anos
que já domina a técnica correta do nado crawl
e do nado peito. Pensando nisso, elabore um
exercício para iniciar o ensino do próximo
nado.
VAMOS PRATICAR?
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32 of 48 26/11/2023, 23:47
pois braçada e pernada duplas ocorrem ao mesmo tempo.
O tronco deve permanecer em decúbito ventral, realizando movimentos
ondulantes. A cabeça �ca submersa, com o queixo próximo ao peito. A
inspiração é realizada com a cabeça elevada frontalmente. A expiração é feita
pela boca ou nariz, quando a cabeça está dentro da água. Os braços realizam
circundução de forma simultânea, com movimento de propulsão e
recuperação semelhantes ao nado crawl (�gura 15).
Figura 15 - Técnica do nado borboleta
Fonte: Max Topchii, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem nadando
borboleta. Ele parece estar em mar aberto. Seu
corpo está quase completamente submerso,
sendo possível visualizar fora da água sua
cabeça (com a face voltada à superfície) e seus
braços, que estão estendidos para os lados.
A fase aérea desse nado ocorre quando os braços estão fora da água, ou seja,
é o momento em que não existe propulsão por intermédio dos braços. A fase
aquática ocorre quando os braços estão dentro da água, ou seja, é o momento
em que os braços geram a propulsão.
A fase de ataque da braçada se inicia com os braços fora da água, a partir da
linha do ombro até a entrada na água, com as mãos na largura dos ombros. É
executada com os braços estendidos e com os dedos polegares voltados para
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baixo (�gura 15).
A entrada é o movimento não propulsivo. As mãos devem entrar na água à
frente do corpo, na largura dos ombros e com os braços estendidos. As
palmas das mãos devem estar ligeiramente voltadas para fora.
O deslize é a fase propulsiva, quando os braços �cam estendidos, descendo à
frente para iniciar a varredura para fora. A varredura para baixo é um
movimento não propulsivo. As mãos são movimentadas para frente e para
fora até que estejam fora do alinhamento dos ombros. As palmas das mãos
devem girar para fora e para trás quando os braços se aproximarem do �nal
da varredura para fora. Pode ser considerada a associação da entrada e do
deslize para posicionamento do braço para a realização do agarre. Essa fase
da braçada é a de preparação para o momento propulsivo (MONTGOMERY;
CHAMBERS, 2012).
O agarre é representado por uma �exão de cotovelos de 45º: ponto em que a
propulsão inicia, durante a fase submersa da braçada, ao �nal da varredura
para fora. A varredura para dentro (ou tração) é um momento de propulsão.
Fase em que o nadador pressiona a água para baixo e para dentro e a
velocidade do braço aumenta. Essa etapa é executada com uma �exão
gradual dos braços quando as mãos quase se unem abaixo do tórax,
formando a posição conhecida como “diamante”. Nela ocorre o movimento
semicircular dos braços abaixo da superfície da água, com �exão do
antebraço e elevação dos cotovelos até a altura do tórax ou ombro.
A varredura para cima ou empurre é um movimento propulsivo. É a fase de
desempenho máximo do nado, com extensão do antebraço para fora e para
cima, iniciada ao �nal da tração, e movimento semicircular para fora, para trás
e para cima na direção da superfície da água. As mãosdevem girar para fora e
permanecer inclinadas para fora e para trás durante o percurso (MAGLISCHO,
2010).
A liberação é um movimento não propulsivo. Essa fase é executada antes que
as mãos atinjam a superfície e os braços estejam completamente estendidos.
O aluno gira as palmas das mãos para dentro, no sentido das coxas, a �m de
que as mãos possam deslizar para cima e para fora da água com o mínimo de
turbulência (MONTGOMERY; CHAMBERS, 2012).
E, por �m, a recuperação é um movimento não propulsivo. Os braços deixam a
água, com o dedo mínimo voltado para cima, deslocando-se para cima e para
frente, o mais próximo da água, até que estejam à frente dos ombros para
iniciar o ataque. A recuperação pode ser executada com os braços retos
durante toda a fase; retos na primeira metade e �exionados na segunda
metade; ou �exionados durante toda a fase. As palmas devem permanecer
voltadas para dentro durante a primeira metade da recuperação, seguida de
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34 of 48 26/11/2023, 23:47
uma rotação para fora durante a segunda metade. A recuperação deve ser
executada com os braços relaxados (MAGLISCHO, 2010).
A pernada do nado borboleta consiste em uma pernada dupla para cima (fase
ascendente) e uma pernada dupla para baixo (fase descendente). A fase
descendente consiste em um movimento de �exão plantar e inversão dos pés,
com os joelhos semi�exionados no início do movimento. A água é deslocada
para trás com a parte do pé chamada de “peito do pé” (�gura 16). As pernas
se estendem gradualmente até que estejam praticamente esticadas.
Figura 16 - Fase descendente da pernada do borboleta
Fonte: Microgen, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há uma mulher realizando a fase
descendente da pernada do nado borboleta. A
fotografia foi realizada em um ângulo de cima
para baixo com a câmera submersa. É possível
visualizar seu corpo quase completamente
debaixo da água, com os braços estendidos,
estando apenas os pés para fora, finalizando a
pernada.
Já a fase ascendente da pernada do borboleta é executada com as pernas
estendidas e unidas (�gura 17), com os pés próximos e sem estarem voltados
para dentro. A extensão contínua dos quadris e das pernas se mantém até
que subam acima do corpo do nadador. A parte anterior da coxa e da perna
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35 of 48 26/11/2023, 23:47
deve estar relaxada, bem como os pés.
Figura 17 - Fase ascendente da pernada do borboleta
Fonte: S.Pytel, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, há um homem realizando a fase
ascendente da pernada do nado borboleta. A
fotografia foi realizada em um ângulo lateral
com a câmera submersa. É possível visualizar
seu corpo completamente debaixo da água,
com as pernas mais afundadas que a cabeça
(que está prestes a emergir).
Durante o nado são executados dois ciclos de pernada para um ciclo de
braçada. A primeira pernada é para baixo e deve ser executada durante a
entrada e a varredura para fora. É mais longa e eleva mais o quadril. A
segunda pernada é para baixo e deve coincidir com a varredura para cima ou
empurre. É mais rápida e curta, com a função de estabilizar o corpo.
A seguir, você pode conferir alguns exercícios importantes para o ensino do
nado borboleta.
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Exercício 1: solicitar que o aluno realize apenas a
ondulação ou a pernada do nado, com os braços
estendidos na lateral do corpo ou em posição
hidrodinâmica com prancha.
Exercício 2: solicitar que o aluno realize a braçada do
nado borboleta em pé, dentro da água ou sentado na
borda da piscina.
A prática de natação engloba os nados crawl, costas, peito e
borboleta. Cada tipo apresenta suas particularidades e
características, sendo composto por movimentos únicos.
Algumas pessoas possuem mais facilidade em um nado do
que em outro, isso é muito comum.
Considerando o exposto acima, bem como as características
dos quatro nados, assinale a alternativa que indica o nado
realizado em decúbito ventral com batimento de pernas
alternado.  
a. Costas.
b. Peito.
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
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37 of 48 26/11/2023, 23:47
Após a leitura desses últimos tópicos, seus conhecimentos sobre os quatro
nados já foram aprofundados. Agora, vamos adentrar o campo dos eventos e
dos programas de treinamento em natação.
Aprendizagem do nado borboleta
Apesar de ser o nado mais novo entre os que estudamos até o momento, o
nado borboleta merece nossa atenção. Assim, vamos fazer um treino de
habilidades sobre o assunto?
Nossos objetivos nessa prática são:
c. Crawl.
d. Peito e borboleta.
e. Borboleta.
VERIFICAR
analisar exercícios que abordem as técnicas de
diferentes modalidades do nado nas situações de
aprendizagem, aplicando a metodologia adequada para
o ensino dos nados;
distinguir movimentos errados empregando com clareza
as técnicas básicas de cada modalidade do nado.
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38 of 48 26/11/2023, 23:47
Para realizar a prática de nado borboleta, siga as etapas abaixo:
1. Faça o treino. Para treinar a braçada, providenciar um tubo cirúrgico de, pelo
menos, 1,5 m, também conhecido como tripa de mico.
2. Procure um local com um corrimão ou qualquer lugar parecido, onde você
possa passar o tubo cirúrgico e deixar uma ponta em cada mão.
3. Enrole cada ponta (1 ou 2 voltas) em cada uma de suas mãos.
4. Flexione a sua coluna lombar, segurando o tubo cirúrgico, conforme passo
3, olhando para baixo.
5. Agora, comece a realizar a braçada do nado borboleta e observe se seus
movimentos estão de acordo com os conteúdos estudados.
6. Sugiro que em sua mente descreva todas as fases da braçada enquanto
realiza os movimentos.
7. Repita esse movimento pelo menos de 10 a 15 vezes
8. Repita esse movimento agora sem segurar o tubo cirúrgico, simulando que
você está explicado pra alguém, um aluno, por exemplo.
9. Não exagere nas repetições.
10. Fotografe seus gestos e avalie nas fotos se aplicou todas as etapas.
11. Ao �nal, escreva três exercícios do ponto de vista do professor de natação
que precisa ensinar um aluno a braçada borboleta. 
12. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades encontradas e
depois escreva o relatório do treino de habilidades para entregar.
Durante a execução da braçada do nado
borboleta um dos erros mais frequentes é o
aluno não realizar a braçada com o cotovelo
alto, acima da mão, veja se nas fotos você
cumpriu esta exigência técnica. Outro ponto
importante ao ensinarmos a braçada do nado
borboleta é que o aluno comece sempre parado
no lugar. Então, nos seus exercícios veri�que se
você começou o aluno nessa posição, depois
evoluiu para exercícios mais complexos.
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39 of 48 26/11/2023, 23:47
A natação é um dos esportes mais praticados tanto de forma amadora quanto
pro�ssional. Em função disso, são realizados vários eventos e competições
anuais. Portanto, um pro�ssional quali�cado deve ter boas noções sobre
programas de treinamento de natação. Isso possibilita atender bem aquelas
pessoas que já dominam a técnica dos nados e estão buscando um
treinamento físico de maior intensidade.
Os treinamentos de endurance na natação têm os seguintes objetivos:
aumento da habilidade orgânica de captação, transporte e uso do oxigênio,
tanto em intensidades submáximas como máximas; aumento da capacidade
de resistência a esforços prolongados sem fadiga; estabelecimento de uma
base aeróbia que maximize a recuperação após grandes esforços, típicos dos
treinamentos anaeróbios.
Como consequência, ostreinamentos de característica aeróbia reduzem a
dependência anaeróbia em provas de meio fundo e fundo.
Na �siologia do exercício, todas as intensidades e marcos de transição para
cada domínio, também conhecido como intensidade, apresentam
nomenclaturas e avaliações especí�cas de mensuração. Utilizam variáveis
internas, como o sangue ou a respiração, ou até mesmo predições por
variáveis externas, por meio da própria performance física.
Como exemplo, a transição entre as intensidades de esforço muito leve e leve
é marcada por um evento conhecido como limiar aeróbio. Trata-se do
momento em que se perde a quase exclusividade do metabolismo aeróbio
para fornecimento de energia, durante exercício físico em intensidade na qual
se consegue percorrer longas distâncias (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2010).
A transição entre os domínios moderado e pesado é conhecida como limiar
anaeróbio. Trata-se do limite máximo em que o corpo consegue permanecer
em esforços de longa duração. Na natação, existe uma correspondência
grande dessa intensidade com a capacidade de nadar em um teste de 30
minutos na máxima velocidade possível (T30).
2.3 Organização de eventos e treinamento de
natação
2.3.1 Noções de um programa de treinamento de natação
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40 of 48 26/11/2023, 23:47
Do domínio pesado para os mais intensos, como o severo e o máximo, as
respostas físicas são referentes a um grande esforço ventilatório e
metabólico, podendo ocorrer a fadiga após segundos ou minutos de
manutenção do domínio de intensidade requerido.
Para a natação, esses acontecimentos são inseridos dentro da margem de
treinos aeróbios e são divididos em três níveis: aeróbio um (A1), com
velocidades abaixo do limiar anaeróbio, nos domínios muito leve, leve ou
moderado; aeróbio dois (A2), com velocidades no limiar anaeróbio, sendo o
limite máximo do domínio moderado; e aeróbio três (A3), representando as
intensidades mais fortes dentro do consumo máximo de oxigênio
Treinamentos exclusivos de endurance básico, do tipo A1, trabalham
massivamente com adaptações em �bras de contração lenta, permitindo, por
exemplo, a recuperação do glicogênio e a reparação tecidual das �bras
rápidas e intermediárias utilizadas em treinos mais intensos.
Além disso, as adaptações enzimáticas e estruturais relacionadas ao
metabolismo oxidativo, como ocorre em mioglobinas, hemoglobinas e
mitocôndrias, também garantem maior aporte metabólico para os momentos
mais intensos, como os treinos intervalados de alta intensidade.
Os treinamentos de endurance no limiar, do tipo A2, objetivam melhorar a
capacidade aeróbia dos praticantes. É nessa intensidade que ocorre a
ativação mista de �bras musculares, ou seja, tanto as lentas quanto as
rápidas. Isso possibilita o aumento da velocidade de nado em provas de fundo
e meio fundo.
Assim como em qualquer esporte ou prática de exercício físico, o
treinamento de natação também pode gerar lesões. Esse é um tema
bastante relevante, para o compreender melhor, con�ra o artigo
“Lesões desportivas na natação” (AGUIAR; BASTOS; NETTO JÚNIOR et.
al., 2010). Boa leitura! 
Acesse (https://www.scielo.br
/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext)
VOCÊ QUER LER?
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41 of 48 26/11/2023, 23:47
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
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https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
Os treinamentos nessa intensidade possibilitam a elevação do estoque de
glicogênio muscular e uma grande adaptação metabólica para o sistema
oxidativo, ampliando a capacidade de permanência em esforços de
intensidade moderada e, consequentemente, criando uma base metabólica
para as intensidades superiores.
Por �m, os treinamentos de resistência em sobrecarga, do tipo A3, aumentam
a potência aeróbia com respostas diretas relacionadas ao VO  (volume de
oxigênio máximo) e à ativação de todas as �bras musculares, até mesmo as
de contração mais rápida.
É uma intensidade em que o corpo se adapta estruturalmente e
metabolicamente tanto ao fornecimento de energia quanto à remoção de
metabólitos, que comprometem a permanência no esforço por longas
durações.
Já os treinamentos envolvendo os domínios anaeróbios de intensidade
buscam efetivamente aumentar a velocidade de nado, por meio de alterações
na própria mecânica de nado e na potência muscular.
Fisiologicamente, essas intensidades geram demandas bioenergéticas
relacionadas à utilização de metabolismos glicolíticos láticos e do fosfagênio.
Em algum momento, o nadador terá apenas duas opções: parar ou reduzir a
intensidade para que o metabolismo aeróbio possa dar conta da
metabolização dos componentes ácidos. Essas opções podem ser
controladas no treinamento físico, no entanto, durante eventos competitivos,
podem comprometer a performance �nal.
Por isso, o treinamento nas intensidades de domínio anaeróbio deve garantir
dois pontos-chave: maior resistência à acidose e retardação da produção dos
elementos ácidos, potencialmente por aumento do fornecimento de energia
por vias aeróbias (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2010).
Esses esforços glicolíticos são extremamente extenuantes e geram um
grande desconforto para quem os executa, com sensações de náusea, perda
de coordenação e até mesmo desmaio.
Os treinos anaeróbios também podem ter uma característica alática, em que o
nadador explorará intensidades ainda maiores, com tempos de execução
menor. O metabolismo utilizado é o da creatina fosfato, que possui como
grande aspecto limitante o estoque de creatina intramuscular, ou seja,
enquanto durar o estoque dos substratos energéticos, há potencialidade
metabólica para permanecer em esforço.
Para a natação, todos esses eventos recebem nomes especí�cos e
direcionam intensidades de treino para enfoques anaeróbios e são divididos
em três categorias. São elas: treinamento de tolerância à acidose, ou
anaeróbio um (AN1) com intensidades de ativação glicolítica por maiores
2máx
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42 of 48 26/11/2023, 23:47
períodos de tempo; treinamentos voltados à produção de lactato, anaeróbio
dois (AN2), com foco nas intensidades máximas do metabolismo glicolítico e
na maior produção em volume, relacionada aos metabólitos desse sistema
metabólico; e o treinamento de potência anaeróbia (AN3) em intensidades de
ativação do sistema do fosfagênio.
Os treinamentos de tolerância em AN1 buscam aumentar a capacidade de
tamponamento à acidose muscular, melhorando tanto a capacidade contrátil
física quanto a habilidade de manutenção da coordenação e da técnica de
nado em intensidades altas.
Os treinamentos para produção de lactato em AN2 são menos volumosos e
mais intensos, com o objetivo de atingir a máxima taxa de produção
energética derivada dos metabolismos glicolíticos. Como resultado, a
velocidade máxima de nado para distâncias curta e médias é amplamente
aprimorada, especialmente pela maior capacidade metabólica e de
manutenção das técnicas de nado.
Por�m, os treinamentos de potência, em AN3, objetivam aumentar a explosão
muscular em sprints ou distâncias pequenas de nado, como a máxima
capacidade de gerar força de propulsão em velocidade. Para essas
intensidades, distâncias muito curtas são utilizadas nos treinos, com
descansos maiores entre as séries, até mesmo se utilizando instrumentos
auxiliares, como pés de pato, roupas, paraquedas e palmares que aumentam a
resistência e a potência requerida (paraquedas ou nadadeiras, por exemplo).
Entender a respeito da organização de eventos de natação é compreender as
provas que constituem uma competição. Atualmente, as provas o�ciais de
natação são divididas nos diversos estilos de nado e metragem de piscina,
como as provas olímpicas (50 metros), as semiolímpicas (25 metros) e as de
maratona aquática, em águas abertas e com distâncias variadas.
Para todas as provas o�ciais, diversas regras determinam as condições de
nado e até mesmo as maneiras de �scalização. Nas competições de piscina,
por exemplo, um conjunto de 16 árbitros realiza o controle. Já nas águas
abertas, há 18 pro�ssionais envolvidos entre responsáveis de segurança e
equipe médica.
Podemos considerar que algumas regras são unânimes e quase não se
alteraram ao longo do tempo. Por exemplo, a desclassi�cação dos nadadores
que queimam a largada, partindo antes do sinal. Para cada estilo também
existem algumas regras especí�cas, que passam por revisões regulares. Por
exemplo, nos nados crawl, borboleta e costas, o nadador necessita quebrar a
superfície da água em no máximo 15 metros após a partida e cada virada,
2.3.2 Princípios da organização de eventos de natação
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podendo permanecer submerso antes disso. Nos nados peito e borboleta,
ambas as mãos devem tocar, simultaneamente, a parede abaixo ou acima da
linha d’água. Isso deve ocorrer em todas as viradas e na chegada.
Con�ra a seguir as provas de cada nado que são reconhecidas atualmente
para registro de recorde mundial, de acordo com a Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos (CBDA) e a FINA.
Além dessas provas competitivas, ocorrem as competições de maratonas
Crawl: 50, 100, 200, 400, 800 e 1.500 metros.
Costas: 50, 100 e 200 metros.
Peito: 50, 100 e 200 metros.
Borboleta: 50, 100 e 200 metros.
Medley: 200 e 400 metros.
Revezamento livre: 4 x 100 e 4 x 200 metros.
Revezamento medley: 4 x 100 metros.
Revezamento misto: 4 x 100 metros livres e 4 x
100 metros medley.
Crawl: 50, 100, 200, 400, 800 e 1.500 metros.
Costas : 50, 100 e 200 metros.
Peito: 50, 100 e 200 metros.
Borboleta: 50, 100 e 200 metros.
Medley: 200 e 400 metros.
Revezamento livre: 4 x 50, 4 x 100 e 4 x 200
metros.
Revezamento medley: 4 x 50 e 4 x 100 metros.
Revezamento misto: 4 x 50 metros livres e 4 x
50 metros medley.
Provas
o�ciais para
ambos os
sexos em
piscina de 50
metros
Provas
o�ciais para
ambos os
sexos em
piscina de 25
metros
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aquáticas em águas abertas, nas distâncias de 5, 10 e 25 quilômetros. Tais
provas devem ocorrer em condições controladas pelos árbitros, como a
temperatura da água, que deve estar entre 16 e 31°C duas horas antes da
competição; a profundidade mínima, que deve ser de 1,40 metros em todo o
percurso; e o tempo limite baseado nos melhores nadadores da prova, com a
possibilidade de interrupção do percurso para os últimos colocados,
garantindo, assim, a segurança dos nadadores que �carem mais tempo na
água.
Nas águas abertas, os nadadores são obrigados a respeitar todo o percurso
demarcado por boias, não podendo usar trajetos não delimitados ou a esteira
das embarcações de acompanhamento. Qualquer sinal de descumprimento
das regras pode levar o nadador a ser desclassi�cado durante a prova,
recebendo um aviso antes que isso aconteça. Na primeira infração, uma
bandeira amarela e um cartão com o número do nadador são exibidos para
informação. Na segunda infração, uma bandeira vermelha é erguida e o
nadador deve se retirar da água imediatamente.
Agora que você já sabe mais sobre as
competições de natação, faça uma breve
pesquisa sobre os principais eventos da área,
levantando informações como número de
participantes, categorias abarcadas,
momentos marcantes e grandes vencedores.
Você deve elencar os fatos pesquisados em
uma listagem.
VAMOS PRATICAR?
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Concluímos mais uma etapa de estudos após veri�car os métodos e níveis do
processo de ensino-aprendizagem da natação. Vimos as características
técnicas dos quatro nados e suas formas de ensino. Além disso, estudamos
sobre o treinamento de natação e os princípios da organização de eventos na
área.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CONCLUSÃO
conhecer os métodos, estratégias e níveis de ensino-
aprendizagem da natação;
estudar os quatro nados: crawl, costas, peito e
borboleta;
assimilar as noções básicas e os princípios de
treinamento e organização em eventos de natação.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
AEA. Fitness aquático: um guia completo para pro�ssionais. 6. ed. São
Paulo: Manole, 2014.
AGUIAR, P. R. C.; BASTOS, F. N.; NETTO JÚNIOR, J. et. al. Lesões
Referências
Natação https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/SAU_NATACA_21/unidade_2/ebook/index.html#
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https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttexthttps://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922010000400008&script=sci_arttext
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