Buscar

RELATÓRIO FÁBIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DESCRITIVO DAS AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Enfermagem DISCIPLINA: Propedêutica e Processo de Cuidar 
na Saúde da Criança e do Adolescente 
 
NOME DO ALUNO: Fábio Góis Guerreiro 
RA: 0404102 POLO: UNIP/TABATINGA 
 
DATA: 10/09/2023 
 
 
2 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução................................................................................................................3 
2. Resultados e Discussão..........................................................................................4 
.2.1. Roteiro 1....................................................................................................4 
.2.2. Roteiro 2....................................................................................................6 
.2.3. Roteiro 3....................................................................................................7 
.2.4. Roteiro 4...................................................................................................10 
.2.5. Roteiro 5...................................................................................................12 
.2.6. Roteiro 6...................................................................................................16 
.2.7. Roteiro 7...................................................................................................18 
.2.8. Roteiro 8...................................................................................................19 
.2.9. Roteiro 9...................................................................................................20 
.2.10. Roteiro 10..............................................................................................21 
.2.11. Roteiro 11..............................................................................................22 
.2.12. Roteiro 12..............................................................................................23 
.2.13. Roteiro 13..............................................................................................24 
3. Referências Bibliográfica.......................................................................................25 
4. Anexos...................................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O relatório aqui presente, tem como finalidade apresentar as aulas práticas, 
do curso Bacharel em Enfermagem, do módulo: Propedêutica e Processo de Cuidar 
na Saúde da Criança e do Adolescente, realizado na UNIP/Tabatinga, com término 
10/09/2023. O desenvolvimento do estágio foi supervisionado pelo Professor 
Enfermeiro Janio Amorim, onde o mesmo nos proporcionou conhecimentos práticos, 
possibilitando oportunidades para a realização dos procedimentos durante os dias 
de aula prática. Este relatório traz em seu conteúdo, abordagem de vivência e 
prática, sob supervisão do orientador, explicando e exemplificando as propedêuticas 
e cuidados voltados á saúde da Criança e do Adolescente. 
Este relatório tem como objetivo, descrever através de dados referentes aos 
atendimentos, recursos humanos e imagens que ilustrem os fatos descritos. Além de 
proporcionar ao acadêmico, vivência a partir da prática curricular dos pilares 
conceituais construído no decorrer das aulas teóricas. 
A saúde infantil está entre as maiores preocupações das famílias. É muito 
importante, entretanto, saber identificar os casos que necessitam de atendimento de 
urgência e quais podem ser resolvidos em uma consulta pediátrica eletiva. É 
fundamental destacar que nem sempre é possível compreender exatamente o que 
os pequenos estão sentindo, principalmente os mais novos, que ainda não 
conseguem se comunicar com tanta clareza. 
O acompanhamento médico é essencial em todas as fases da vida, pois 
ajuda a prevenir possíveis problemas de saúde e a identificar condições clínicas que 
demandam tratamento. O intervalo entre as consultas vai variar de acordo com a 
idade da criança. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que as 
consultas ocorram de forma mensal, nos primeiros 6 meses de vida, e a cada 2 
meses até a criança completar o primeiro ano de vida. Esse período de 
acompanhamento da saúde da criança é chamado de “puericultura”. 
A puericultura serve para acompanhar o desenvolvimento da criança em 
diversos aspectos, tais como: psicomotor, crescimento, ganho de peso, dentre 
outros. Afinal, trata-se de uma fase de grandes mudanças em pouco tempo;, por 
isso, é fundamental o monitoramento da saúde. 
 
 
4 
 
 
 
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
2.1. ROTEIRO 1 
TÍTULO DA AULA: REFLEXOS NEUROLÓGICOS DO RECÉM-NASCIDO 
O desenvolvimento da criança do ponto de vista neuropsicossensorial e motor 
depende do processo de maturação do sistema nervoso central (SNC), 
principalmente no primeiro ano de vida. A padronização do exame neurológico é 
fundamental, a fim de que os resultados possam ser confiáveis. Assim, o ambiente 
em que o exame será realizado deve ser bem iluminado e apresentar uma 
temperatura compatível com o fato do RN ser examinado despido. O examinador 
deve realizar o exame no menor tempo possível, evitando movimentos bruscos e 
manipulação excessiva que desencadeiam o choro e irritabilidade os quais podem 
prejudicar a interpretação de determinadas manobras e reflexos. 
As várias etapas do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) da criança 
refletem o desenvolvimento de seu sistema nervoso central (SNC), sendo, portanto, 
importantes marcadores semiológicos de sua integridade. O SNC da criança é um 
sistema em constante evolução e transformação. Desde a vida intrauterina, ele se 
desenvolve e amadurece e esse desenvolvimento se processa até a idade adulta 
através de processos de maturação e transformação. 
Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um 
determinado estímulo externo. Estão presentes ao nascimento, mas devem ser 
inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. Sua 
presença mostra integridade do sistema nervoso central; entretanto, sua persistência 
mostra disfunção neurológica. 
De modo geral, a sucção reflexa e a marcha reflexa desaparecem por volta 
dos dois meses de vida. Os outros reflexos arcaicos devem desaparecer até no 
máximo 6 meses de idade, exceto os dois reflexos dos pés. A preensão plantar 
desaparece aos 9 meses. Já o reflexo cutâneo-plantar é em extensão no primeiro 
semestre de vida. No segundo semestre pode ser em flexão, indiferente ou em 
extensão. A partir da aquisição da marcha independente, deve ser sempre em 
flexão. 
Reflexo de Moro / Sucção reflexa / Reflexo de busca / Reflexo tônico-cervical 
assimétrico / Preensão palmar / Preensão plantar / Apoio plantar / Marcha reflexa / 
Reflexo de Galant / Reflexo da escada ou de colocação (“Placing”) 
5 
 
 
 
Reflexo de Moro 
É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do 
examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por 
choro. 
Sucção Reflexa 
É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. 
Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. 
Reflexo de busca 
É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se 
rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do 
mesmo. 
Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico 
(Reflexo tônico-cervical de Magnus e De Kleijn, ou reflexo do esgrimista). 
É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador 
estabiliza o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à 
rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros 
inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil. 
Preensão Palmar 
É desencadeadopela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos 
dedos. 
Preensão Plantar 
É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos 
dedos. 
Apoio Plantar 
É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este 
seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas. 
Marcha Reflexa 
É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio 
plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. 
Reflexo de Galant (reflexo de encurvamento do tronco) 
É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Observa-se 
encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. 
 
6 
 
 
 
2.2. ROTEIRO 2 
TÍTULO DA AULA: BANHO DO RECÉM-NASCIDO 
O primeiro banho do RN não crítico deve ser realizado após, no mínimo 6 
horas a partir do nascimento, obrigatoriamente por um profissional de enfermagem, 
orientando a mãe e/ou acompanhante para que os posteriores sejam realizados por 
eles, quando capacitados, e sob supervisão do técnico/auxiliar de enfermagem. Se 
hipotérmico (temperatuira axilar menor que 36,5ºC), taquicárdico ( FC maior que 160 
bpm) ou taquipnéico ( FR maior que 60 ipm), postergar o procedimento até 
estabilização clínica e comunicar ao enfermeiro e/ou pediatra; 
Se hipotérmico (temperatuira axilar menor que 36,5ºC), taquicárdico ( FC 
maior que 160 bpm) ou taquipneico ( FR maior que 60 ipm), postergar o 
procedimento até estabilização clínica e comunicar ao enfermeiro e/ou pediatra; 
O cuidado com o banho deve considerar que a pele do recém-nascido pré-
termo é um órgão multifuncional, cuja barreira cutânea é capaz de promover 
proteção mecânica, termorregulação, vigilância imunológica e prevenção da perda 
insensível de fluidos corporais. O banho deve ser um momento de interação e 
prazer. Se não for realizado respeitando, pode ocasionar hipotermia e aumento do 
choro, com elevação do consumo de oxigênio e desestabilização do sinais vitais. 
O banho de imersão é indicado quando o recém-nascido consegue manter a 
temperatura corporal fora da incubadora (>36,50C). É importante que o profissional 
reconheça o momento apropriado para a transferência do recém-nascido pré-termo 
da incubadora para o berço comum. O procedimento deve ser feito de forma 
gradual, o que inclui reduzir progressivamente a temperatura da incubadora. Se o 
recém-nascido pré-termo mantiver estabilidade térmica, poderá ser colocado em 
berço comum. Importante a permanência da mãe/pai para a prática da posição 
canguru. O banho deve ser uma experiência sensorial agradável para marcar de 
forma positiva a vida do recém-nascido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
2.3. ROTEIRO 3 
TÍTULO DA AULA: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS, SSVV E EXAME FÍSICO DA 
CRIANÇA. 
O desenvolvimento é um processo complexo e que envolve uma série de 
fatores. Se os pais da criança são baixos, você imagina que no futuro ela terá uma 
menor estatura, certo? Isso indica como o componente genético pode influenciar. O 
balanço hormonal é determinante para o desenvolvimento. Ainda é importante 
ressaltar que até mesmo medicamentos que a criança venha a tomar podem 
influenciar na liberação de hormônios interferindo no crescimento. Esse crescimento 
é medido por medidas antropométricas, medidas médias da população infantil. 
Após o nascimento, a velocidade de 
crescimento permanece elevada, porém menor 
que na vida intrauterina. O primeiro ano de vida é 
aquele no qual o bebê mais cresce, sobretudo nos 
6 primeiros meses. Já nos anos seguintes, o 
crescimento vai se lentificando gradativamente. A 
antropometria infantil avalia os seguinte 
parâmetros: peso, altura e perímetros cefálico, 
torácico e abdominal. Na caderneta, existe um 
gráfico apenas para o cefálico, mas há um outro espaço reservado para registrar os 
demais perímetros. 
É importante informar toda a história da criança, até mesmo na vida 
intrauterina. Isso porque as intercorrências na gestação ou durante o parto podem 
comprometer o desenvolvimento após o nascimento. Algumas condições, como 
icterícia prolongada ou traumatismo craniano podem influenciar no metabolismo e 
prejudicar o crescimento. 
Os sinais vitais são parâmetros para avaliar as funções vitais e podem orientar no 
diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clinico do paciente. 
Deve-se considerar as seguintes condições para obtenção dos sinais vitais: 
Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem 
causar variações nos valores; Condições pessoais, como exercício físico recente, 
tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores; 
Condições do equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regularmente. 
8 
 
 
 
O socorrista deve estar atento, pois o uso de equipamentos inapropriados ou 
descalibrados podem resultar em valores falsos. 
O exame físico é feito na presença dos pais, de preferência, envolvendo-os nessa 
abordagem. Geralmente, inicia-se o exame físico pela ectoscopia. Os instrumentos 
(estetoscópio, termômetro, otoscópio...) serão introduzidos gradualmente na medida 
em que forem sendo necessários. A definição da sequência do exame será mais ou 
menos determinada pela criança e não pelo médico. O exame será realizado com o 
paciente na posição mais confortável possível. Uma criança maior é examinada em 
uma mesa de exame ou maca suficientemente espaçosa, mantendo-se uma 
comunicação amigável durante o exame. 
A temperatura, frequência cardíaca, frequência 
respiratória, pulso, pressão arterial. A FR e a FC 
variam de acordo com a faixa etária. 
Cabeça e pescoço: Crânio: posição, couro 
cabeludo, suturas, fontanelas, conformação 
anatômica do crânio, craniotabes. Face: 
conformação, paralisias (facial, trigêmeo), glândulas 
salivares (parótida, submaxilar,sublingual). Olhos: 
esclera, conjuntiva e córnea, exoftalmia, enoftalmia, tensão do globo ocular, 
estrabismo, movimentos oculares, nistagmo, pálpebras (ptose, infecções), pupilas 
(fotoreatividade, anisocoria). 
Orelhas: anomalias, posição, secreção, sensibilidade, otoscopia (conduto 
auditivo, membrana auditiva – triângulo luminoso, hiperemia, retração, 
abaulamento), mastóide, audição (função vestibular). Nariz: forma, batimento de 
asas do nariz, aspectos da mucosa, secreções, epistaxe, septo nasal, polipos, 
tumores, seios paranasais. Pescoço: tamanho, anomalias, esternocleidomastóideo, 
tireóide, traquéia, vasos, mobilidade e movimentos característicos. 
Tórax: Forma, simetria, tipos de respiração (abdominal, torácica. Exame das 
mamas: desenvolvimento, simetria, ginecomastia. Respiratório: frequência 
respiratória, (taquipnéia, eupnéia, bradipnéia), amplitude (hiperpnénia), dispnéia 
(esforço respiratório com utilização de musculatura acessória), tiragem intercostal, 
subcostal, retração esternal ou de fúrcula; percussão (macicês, hipersonoridade), 
9 
 
 
 
verificar a expansibilidade torácica; ausculta: 
verificar a intensidade e distribuição do murmúrio 
vesicular, ruídos adventícios (estertores, roncos, 
crepitações, sibilos). 
Abdome: Inspeção: forma, distensão, 
movimentos respiratórios, cicatriz umbilical, diastase 
de retos abdominais, veias e circulação colateral, 
peristalse. Ausculta: peristaltismo, borborigmo, 
meteorismo, sopros. Percussão e Palpação: parede abdominal (avaliar presença de 
hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, visceromegalias. 
Gênito urinário e região perineal: Meninos: forma do pênis, exposição da 
glande, localização da uretra, forma da bolsa escrotal. testículos (tamanho, 
consistência, localização), hipospádia e epispádia, fimose (balanopostite), hidrocele, 
hérnia. Meninas: tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e 
hímen. Conformação, corrimento (uretral, vaginal), corpos estranhos, sinéquia de 
pequenos lábios. 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
2.4. ROTEIRO 4 
TÍTULO DA AULA:MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA 
É fundamental uma avaliação criteriosa da prescrição dessa classe de 
medicamentos, verificando a real necessidade do seu uso, tanto pela comissão de 
controle de infecção hospitalar, quanto pela equipe de farmácia hospitalar. 
Em contrapartida, se faz necessário 
sensibilizar e educar os prescritores e 
demais membros ligados à assistência, 
como também usuários e cuidadores por 
meio de incentivos da instituição e medidas 
políticas mais eficazes, desenvolver 
educação continuada aos profissionais e 
outras ações com parceria multiprofissional, 
tais como revisão de prescrições médicas, visitas multiprofissionais, conciliação 
medicamentosa, dentre outras, garantindo assistência de qualidade e segurança, 
redução de gastos e melhorias nas condições de saúde. 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) 
estabelece direcionamentos com o intuito de promover e proteger a saúde da 
criança, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, desde o período 
gestacional até aos nove anos de vida da criança, especialmente no período da 
primeira infância e das populações de maior vulnerabilidade. 
Ao se analisar o paciente pediátrico, deve-se analisar em consideração 
diversas alterações fisiológicas que ocorrem no seu estágio de desenvolvimento. 
Fato que acarretará variabilidade nos efeitos farmacodinâmicos e farmacocinéticos 
dos medicamentos administrados. 
Esta faixa etária é considerada um grupo de risco no uso de medicamentos, 
devido às peculiaridades e vulnerabilidades próprias, existência de diferentes grupos 
etários inclusos na população pediátrica, variações fisiológicas inerentes à idade, 
diferentes agentes infecciosos e fatores predisponentes. Assim, se torna primordial o 
domínio, entendimento e cuidado sobre todos os efeitos que podem ser 
desencadeados em crianças, causar diferentes respostas medicamentosas, 
acarretar disfunção renal, problemas hepáticos, e outras consequências que são 
influenciadas conforme a faixa etária. 
11 
 
 
 
Como importante ferramenta para 
administração medicamentosa segura instituiu-se a 
farmácia clínica, atuando diretamente na análise 
dos medicamentos prescritos para os pacientes, 
verificando vias de administração, dose, horário, 
diluição e reconstituição. Podendo intervir junto ao 
médico divergências ou necessidade de adaptações a terapêutica sugerida. 
Tornando-se instrumento chave para minimizar a ocorrência de problemas 
relacionados à farmacoterapia, como eventos adversos, e melhorar a adesão ao 
tratamento e os resultados terapêuticos, bem como reduzir o desperdício de 
recursos e fomentar o uso racional dos medicamentos. 
O preparo dos medicamentos consiste na 
verificação do fármaco a ser administrado 
no paciente, ratificando com a prescrição 
medica dose, via de administração, tempo 
de administração, horário, além da 
conferencia dos dados de identificação 
segura, seguindo as metas de segurança do 
paciente, como nome completo e data de 
nascimento. A administração dos medicamentos confere o maior índice de falhas 
nos serviços de saúde, como um dos principais eventos adversos, sendo 
ocasionado por vias de administração, horário, além de equívocos na dosagem. Vale 
destacar que o processo de administração se torna atividade fundamental para 
cadeia medicamentosa segura onde possuem ações antes, durante e após a oferta 
do medicamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
2.5. ROTEIRO 5 
TÍTULO DA AULA: PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM PEDIATRIA 
A punção de um acesso venoso periférico em pediatria deve ser 
compreendida como um processo e não apenas como uma técnica. Envolve 
planejamento e etapas. A punção venosa periférica consiste na introdução de um 
cateter venoso em uma veia, destina-se à coleta de materiais para exames ou para 
infusão de soluções intermitentes ou contínuas. 
Deve-se considerar: estudo da rede venosa; doenças de base; condições de 
hidratação e estresse da criança; estresse do cuidador; características das soluções; 
dispositivos e insumos disponíveis. 
Preparo dos Materiais: 
Cuba rim ou bandeja Extensor 
Luvas de procedimento Seringa 
Gaze ou algodão Agulha 
Garrote Frasco de soro fisiológico 0,9% 
Antisséptico de escolha Foco de luz, se necessário 
Dispositivo intravenoso, compatível com 
a rede venosa do paciente. 
Tesoura, se necessário 
Solução antisséptica à base de álcool Material para tricotomia, se necessário 
Adesivo para fixação do cateter Tecnologias de imagem – venoscópio, 
ultrassonografia (se disponível). 
 
Preparo da pele para a punção: Realizar fricção da pele com solução à base 
de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou 
álcool 70%. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após 
a aplicação do antisséptico, em situações onde houver necessidade de palpação do 
sítio, utilizar luvas estéreis. Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica 
por profissional e, no máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções 
causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam 
custos e os riscos de complicações. 
Em pediatria a dose do medicamento é calculada baseada na idade, peso e 
superfície corpórea da criança. No recém-nascido, a quantidade de água corporal é 
mais elevada do que nos adultos. Os sistemas enzimáticos hepáticos não estão bem 
13 
 
 
 
desenvolvidos, o que compromete a metabolização de alguns fármacos. O sistema 
renal é imaturo, por isso a eliminação do fármaco é mais lenta, possuindo maior 
potencial toxicológico. Algumas medicações via endovenosa são prescritas em 
quantidades pequenas, calculadas pelo peso da criança, e quando convertidas em 
volume, dão valores muito pequenos. Não podemos arredondar a dose, pois pode 
gerar subdose ou causar toxicidade. O máximo que podemos arredondar é até duas 
casas decimais após a vírgula (Ex: 0,253 ml → 0,25 ml ou 0,638 ml → 0,64 ml). 
Doses com duas casas decimais (ex: 0,13ml ou 0,58ml) podem ser aspiradas na 
seringa de 1ml (não agulhada), desde que seja possível alinhar com a marcação da 
agulha. 
O uso do acesso venoso periférico em pediatria precisa ser compreendido 
como um processo que vai além do ato técnico em si. Demanda preparo e 
manutenção para garantia de uma experiência menos traumática para a criança e 
sua família. 
A punção venosa periférica é uma técnica extremamente útil no dia a dia de 
cuidados com os pacientes e consiste na administração de drogas diretamente na 
veia através de um cateter intravenoso ou scalp. A punção venosa trata-se de um 
procedimento invasivo comumente realizada por profissionais de enfermagem, 
sendo muito utilizada na assistência à pacientes submetidos à terapia endovenosa. 
Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de 
preferência de grande calibre. 
 O jelco é um cateter intravenoso, 
como já dito acima, usado na punção 
venosa periférica. Ele, ao contrário do 
scalp, possui tempo de permanência 
maior, permitindo também a infusão de 
grandes volumes de forma rápida. Outra 
vantagem do jelco é a possibilidade de 
retirada do mandril metálico, 
permanecendo no espaço intraluminal apenas o dispositivo maleável, o que impede 
a perda do cateter por transfixação e também favorece a movimentação do membro. 
É um dispositivo flexível onde a agulha é envolvida por um mandril também flexível 
e, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. 
14 
 
 
 
Os jelcos são numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) 
até o 24 (menor e mais fino). Cada numeração tem uma indicação específica. 
Jelco 14 e 16: usado em adolescentes e adultos, em cirurgias importantes e 
sempre que é necessário infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais 
dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 18: usado em crianças mais velhas, 
adolescentese adultos, quando é necessário administrar sangue, hemoderivados e 
outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 20: para 
uso em crianças, adolescentes e adultos, é adequado para a maioria das infusões 
venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). 
Jelco 22: indicado para bebês, crianças, adolescentes e adultos (idosos) e 
para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, 
quando deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso 
de pele resistente. Jelco 24: para uso em recém-nascidos, bebês, crianças, 
adolescentes e adultos (idosos). É indicado para a maioria das infusões, mas a 
velocidade de infusão deve ser menor. 
É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou 
veias internas do antebraço em idosos. Seu manuseio não requer paramentação 
cirúrgica, contudo exige técnica asséptica, preservando a esterilidade na porção 
distal que entrará em contato com o paciente. 
O scalp, popularmente conhecido como 
borboleta, é um dispositivo agulhado 
que é usado para fazer infusões 
intravenosas. Ele é indicado para 
procedimentos de curta duração, pois a 
agulha fica dentro da veia do paciente, 
podendo causar lesões em caso de 
movimentação. É também muito 
comum ver o uso do scalp em coletas 
de sangue, principalmente em 
pacientes de veia fina. As asas desse dispositivo são flexíveis e móveis, reduzindo o 
risco de acidentes com o perfurocortante durante os procedimentos. 
15 
 
 
 
O scalp pode ser encontrado em diversos tamanhos. Podemos diferenciá-los 
de acordo com as cores que indicam 
seu calibre e tamanho: 
Bege: Calibre 19 
Verde: Calibre 21 
Azul: Calibre 23 
Laranja: Calibre 25 
Cinza: Calibre 27 
O scalp tem uma agulha de 
parede fina e muito afiada, própria para veias finas e inserção em peles resistentes. 
Como essa agulha não é flexível, ela requer um cuidado do profissional para não 
lesionar o membro puncionado e nem estourar a veia que foi feita a punção. Os 
calibres do scalp são sempre ímpares e vão do número 19 a 27, lembrando que 
quanto menor o número, maior é o calibre. 
Bege (19G): indicado para veias de grande calibre (adolescente, adulto e 
idoso), para infusões de medicamentos em grande dosagem e coleta de sangue. 
Verde (21G) e Azul (23G): indicados para veias de médio calibre (adolescente, 
adulto e idoso), infusões de medicamentos em grandes e médias dosagens e coleta 
de sangue. Laranja (25G) e Cinza (27G): indicados para veias de pequeno calibre 
(crianças ou neonatos) e infusões de medicamentos em baixa dosagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
2.6. ROTEIRO 6 
TÍTULO DA AULA: INSERÇÃO DE SONDA NASOENTÉRICA EM PEDIATRIA 
A SNE permite a administração de dietas e medicamentos de maneira mais 
confortável e segura, principalmente nos pacientes idosos e pediátricos. Os 
processos de inserção, administração de terapia e monitoramento da sonda 
Nasoentérica (SNE), não são isentos de riscos ao paciente, podendo ocorrer 
eventos adversos relacionados ao seu uso. Entre eles, deslocamentos parciais ou 
totais do tubo, o que pode acarretar na administração de terapia em via que não a 
enteral. 
Os cuidados e a assistência à criança, para seu desenvolvimento é essencial 
e requer permanente suporte nutritivo, emocional e intelectual. O aporte nutricional é 
de grande relevância para o desenvolvimento e promoção adequada, visando 
atender as necessidades energéticas e metabólicas que muitas vezes são 
deficitárias frente a algumas patologias. 
A sonda nasoenteral (SNE) tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e 
diâmetro médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas numéricas ao 
longo de sua extensão, facilitando posicionamentos, maleáveis, com fio-guia 
metálico e flexível, radiopaca. A sonda nasoenteral é passada da narina até o 
intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, 
menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de 
controle por Raios-X para verificação do local da sonda. 
Procedimento: Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a 
cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça 
lateralizada; Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze; Limpar o 
nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele; Medir a sonda 
do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 
10 cm); Marcar com adesivo; Calçar luvas; Injetar água dentro da sonda (com 
mandril); Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; Introduzir a 
sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta – introduzir até a marca 
do adesivo; Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X 
para confirmação do local da sonda; Retirar o fio-guia após a passagem correta; 
Observar sinais de cianose, dispneia e tosse; 
17 
 
 
 
Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20 ml de ar na sonda e 
auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos; 
Colocar a ponta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está na 
traquéia, deve ser retirada; Toda vez que a sonda for aberta, para algum 
procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; Fechá-la ou conectá-la ao 
coletor; Fixar a sonda não tracionando a narina; Colocar o paciente em decúbito 
lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela 
peristalce gástrica. 
Material: Sonda enteral com fio guia (mandril); Seringa de 20 ml; Copo com 
água; Gaze; Benzina; Toalha de rosto; Xylocaína gel; Fita adesiva; Estetoscópio; 
Biombo s/n. Luvas de procedimento; Sacos para lixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
2.7. ROTEIRO 7 
TÍTULO DA AULA: INSERÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA EM PEDIATRIA 
Sonda nasogástrica inserida no estômago possibilita acesso à parte interna 
do estômago. Algumas vezes a sonda é introduzida no intestino delgado para 
possibilitar a alimentação enteral. 
Indicações para inserção de sonda nasogástrica: Para descomprimir o 
estômago e o trato gastrintestinal (isto é, aliviar a distensão decorrente de obstrução, 
íleo paralítico ou atonia); Esvaziar o estômago, como por exemplo nos pacientes 
entubados para prevenir a aspiração ou nos pacientes com sangramento GI para 
remover sangue e coágulos; Coletar uma amostra do conteúdo gástrico a fim de 
avaliar se há sangramento, o volume ou o teor de ácido; Para remover toxinas 
ingeridas (raro); Para administrar antídotos como carvão ativado; Administrar 
agentes de contraste radiopacos orais; Para fornecer nutrientes ao estômago ou 
alimentos diretamente no intestino delgado com uma sonda enteral longa, fina e 
flexível 
Contraindicações à inserção de sonda nasogástrica: Trauma maxilofacial 
grave; Obstrução nasofaríngea ou esofágica; Anormalidades esofágicas, como 
ingestões cáusticas recentes, divertículos ou estenoses, devido ao alto risco de 
perfuração esofágica; Distúrbios de coagulação não tratados; Intervenção esofágica 
muito recente, como ligadura elástica esofágica. 
Complicações da inserção da sonda nasogástrica: Trauma nasofaríngeo com 
ou sem hemorragia; Sinusite e dor de garganta; Aspiração pulmonar; Hemorragia ou 
perfuração traumática esofágica ou gástrica; Penetração intracraniana ou 
mediastinal (muito rara). 
O paciente senta-se ereto na posição olfativa com o pescoço ligeiramente 
flexionado. Se incapaz de sentar-se ereto, o paciente é colocado em decúbito lateral 
esquerdo. Se o paciente é ventilado por uma sonda endotraqueal que protege as 
vias respiratórias, pode-se inserir a sonda nasogástrica com o paciente em pé ou, se 
necessário, em decúbito dorsal. 
 
 
 
 
19 
 
 
 
2.8. ROTEIRO 8 
TÍTULO DA AULA: BOLSA DE COLETA DE URINA NA PEDIATRIA 
O coletorde urina pediátrico é muito utilizado na coleta de urina de pacientes 
pediátricos. Encontra-se em versões com formato de entrada feminina, masculino e 
unissex. Provém de um adesivo altamente resistente, para instalar na criança e 
permitindo visualizar o conteúdo em sua bolsa coletora, não é necessário deixar a 
criança despida, pode utilizar na fralda. 
A infecção do trato urinário (ITU) é uma doença frequente na clínica diária. 
Pode acarretar prejuízo da função renal por lesão do parênquima ou disseminação 
bacteriana, principalmente nos recém-nascidos ou crianças mais novas. O aparelho 
urinário é estéril, exceto no terço terminal da uretra. O principal mecanismo de 
proteção contra a infecção é o fluxo livre da urina do parênquima até a micção. 
A ITU é doença de grande incidência na infância e pelo menos 1 episódio 
sintomático de ITU ocorre até os 11 anos de idade em 3% das meninas e 1,1% dos 
meninos. Há uma maior incidência de ITU no primeiro ano de vida. Após essa idade 
há redução acentuada da incidência nos meninos, mantendo-se relativamente alta 
nas meninas até os seis anos A recorrência é elevada, cerca de 30% das meninas 
recidivam no primeiro ano após o episódio inicial, 50% em 5 anos e nos meninos isto 
ocorre em torno de 15 a 20%, sendo raras após o 1º ano de vida. 
Material a ser utilizado para sua inserção: EPI: 
dois pares de luvas de procedimento, capote, 
máscara cirúrgica; Bandeja; Materiais para 
higienização íntima; Saco coletor de urina 
pediátrico (masculino ou feminino) com bordas 
colantes; Frasco coletor de urina identificado 
com os dados da criança (nome, registro e/ou 
nº do prontuário, data, hora e tipo de exame); 
Seringa descartável de 10 ml; Cateter uretral de 
fino calibre; Gazes; Fralda descartável se for o caso. 
Está contra indicado o uso do coletor em crianças com lesões no períneo; 
Solicitar ao acompanhante que evite grandes movimentações da criança durante o 
tempo em que estiver com o coletor; Quando o tempo de envio, ao laboratório, da 
urina coletada, for maior que 1 hora, manter sob refrigeração (na geladeira).. 
20 
 
 
 
2.9. ROTEIRO 9 
TÍTULO DA AULA: SONDAGEM VESICAL NA PEDIATRIA 
O Cateterismo Vesical consiste na introdução de um cateter estéril via uretral 
até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese, com finalidade de promover a 
drenagem urinária, realizar o controle rigoroso do débito urinário e preparar o 
paciente para procedimentos cirúrgicos. A sondagem Vesical pode ser de dois tipos: 
Sondagem Vesical de Demora (SVD) – O cateter permanece no trato urinário 
e é conectado a uma bolsa coletora, ficando por tempo indeterminado no paciente, 
condicionada a avaliação da necessidade de permanência se faz a troca ou retirada. 
A SVD tem indicação bastante restrita, deve ser evitada sempre que possível e deve 
ser removida assim que puder. Este procedimento precisa de técnica asséptica 
permitindo a criação de ambientes estéril, com a finalidade de evitar o risco de 
infecções. 
Sondagem Vesical de Alívio (SVA) – Consiste de uma cateterização vesical 
para esvaziar de forma imediata a bexiga, injetar medicamento ou colher urina estéril 
para exame, após o procedimento, o cateter é retirado e desprezado. Procedimento 
que deve ser realizado com técnica asséptica e em situações especiais. Uma 
atividade privativa do enfermeiro. 
Descrição das atividades: 
Realizar antissepsia do meato uretral: 
MENINAS: com a mão não dominante, separar 
as pregas dos grandes lábios e manter 
a posição ao longo do procedimento. Usando 
pinça na mão dominante esterilizada, pegar 
gazes 
estéreis com solução antisséptica e limpar a área 
do períneo, limpando da frente para trás do 
clitóris 
na direção do ânus. Com uma nova gaze para 
cada área, limpar ao longo da dobra dos grandes 
lábios, perto da dobra dos grandes lábios e 
diretamente sobre o centro do meato uretral. 
MENINOS: recolher o prepúcio 
com a mão não dominante, 
segurar o pênis abaixo da 
glande. Manter a mão não 
dominante na posição ao longo 
do procedimento. Com a mão 
dominante, 
pegar uma gaze com a pinça e 
limpar o pênis. Fazer movimento 
circular de dentro para fora. 
 
 
21 
 
 
 
2.10. ROTEIRO 10 
TÍTILO DA AULA: OXIGENOTERAPIA POR CATETER NASAL 
Na oxigenioterapia, a equipe de enfermagem utiliza quando necessário, 
mediante prescrição médica, a Máscara de Venturi definida como um dispositivo que 
mistura ar e oxigênio, para fornecer a concentração de oxigênio constante, tal 
equipamento exige habilidade em seu manuseio, conhecimento científico, montagem 
adequada e uso preciso pelo profissional de enfermagem a fim de assistir ao 
paciente e promover sua recuperação ao restaurar o padrão respiratório, tornando-o 
eficaz. 
Cateter nasal – Este dispositivo deveria atingir a úvula; no entanto, sua 
inserção geralmente se faz às cegas até uma profundidade igual à distância entre o 
nariz e o lóbulo da orelha. Como este cateter afeta a produção de secreção, deverá 
ser removido e substituído por um novo pelo menos a cada 8 horas e 
preferencialmente, na narina oposta. 
Cânula nasal ou óculos – Geralmente, utilizam-se fluxos superiores a 8l/min, 
mas podem causar desconforto e ressecamento nasal, mesmo com dispositivos de 
umidificação acoplados. As cânulas podem ter reservatórios. O paciente utiliza esse 
suprimento do reservatório de oxigênio sempre que seu fluxo inspiratório for superior 
ao fluxo de oxigênio do dispositivo 
Máscara Facial – As máscaras faciais são os sistemas mais comumente 
utilizados. Existem três tipos de máscaras: a simples, a de reinalação parcial e a de 
não-reinalação. A máscara facial simples deve cobrir a boca e o nariz. O corpo da 
máscara em si coleta e armazena oxigênio entre as inspirações do paciente e, a 
expiração se faz através de orifícios laterais ou pela própria borda da máscara. 
O déficit no padrão respiratório é uma avaliação muito frequente nos setores 
de urgência e emergência hospitalar, geralmente relaciona-se a problemas 
pulmonares graves, em sua maioria pneumonias, no entanto as doenças 
cardiovasculares, septicemias, distúrbios neuromusculares, intoxicações e outras 
também podem levar à ineficácia respiratória; portanto, a rapidez e precisão com 
que o problema é resolvido são essenciais nesses casos porque o oxigênio é vital a 
cada célula do nosso organismo e nos mantém vivos. 
 
 
 
22 
 
 
 
2.11. ROTEIRO 11 
TÍTILO DA AULA: ASPIRAÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR 
A aspiração de vias aéreas, em pediatria é o procedimento técnico utilizado 
para remover secreções do trato respiratório (oral e nasal) quando necessário. É um 
procedimento rotineiramente utilizado na prática hospitalar e visa mantê-las livres de 
qualquer obstrução, especialmente secreções. Observou-se que profissionais de 
enfermagem, de um mesmo turno em um hospital escola, realizam a técnica de 
diferentes maneiras. 
Em pediatria, é indicado para crianças com aumento da produção de 
secreções, vômitos ou sangue na cavidade bucal e nasal com impossibilidade de 
expulsá-los espontaneamente; Antes da intubação e da extubação traqueal. Objetiva 
melhorar a respiração; fornecer adequada oxigenação ao paciente; remover por 
aspiração as secreções do trato respiratório sem que haja traumatismo; promover 
permeabilidade de vias aéreas superiores. 
Material a ser utilizado: Bandeja ou cuba rim; Álcool à 70%; Álcool gel à 70%; Luva 
de procedimento; Sonda de aspiração compatível com o paciente; Gaze não estéril; 
Água destilada ou soro fisiológico; 
Equipamentos de proteção individual (EPI): 
gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção, 
avental ou capote não-estéril; Toalha de rosto 
ou papel toalha; Aparelho de aspiração portátil 
ou fonte de vácuo em rede; Frasco de vidro de 
aspiração; Válvula redutora de pressão para 
rede de vácuo; Frasco coletor de secreções 
descartável, preferencialmente e na sua ausência a extensãodescartável para 
aspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
2.12. ROTEIRO 12 
TÍTILO DA AULA: SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA PARA 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
O Suporte Básico de Vida pressupõe um conjunto de procedimentos simples 
com o objetivo de fornecer oxigénio ao cérebro e ao coração, sem recurso a 
dispositivos avançados, até à chegada das equipas de emergência, que garantem o 
Suporte Avançado de Vida. As manobras de SBV devem ser executadas com a 
vítima em decúbito dorsal, ou seja, deitada de costas, no chão ou num plano duro. 
Se a criança se encontrar, por exemplo, numa cama, deverá ser transferida para 
uma superfície rígida. Se a criança for encontrada em decúbito ventral, deve ser 
rodada em bloco, se possível. O reanimador deve posicionar-se junto da vítima para 
que, se for necessário, possa fazer insuflações e compressões sem ter que fazer 
grandes deslocações. 
Para todos os efeitos considera-se: Recém-nascido: do nascimento aos 28 
dias; Lactente: dos 29 dias até um ano de idade; Criança: entre um e 18 anos de 
idade. Independentemente da idade, cabe ao reanimador durante a sua avaliação 
determinar se a vítima aparenta ser criança ou adulto e assim usar as 
recomendações pediátricas ou do adulto durante as manobras de Suporte Básico de 
Vida. 
O SBV deve ser efetuado sequencialmente, seguindo uma ordem de ações 
cujo sucesso da próxima depende da eficácia da anterior. O algoritmo a usar em 
vítimas pediátricas corresponde às 5 insuflações iniciais, seguido de 15 
compressões torácicas e 2 insuflações. No caso de o reanimador ter apenas 
formação de SBV no adulto deverá seguir o algoritmo de adulto, adaptando as 
técnicas ao tamanho da criança (ex.: lactente com cabeça em posição neutra, 
compressões com uma mão). 
Utilização de Desfibrilador Automático Externo (DAE) em crianças: A 
utilização do DAE deverá respeitar os mesmos princípios do adulto relativamente à 
segurança do tórax, análise de ritmo e administração do choque. Os DAE standard 
são adequados para crianças a partir dos 8 anos (ou 25 Kg). Em crianças até aos 8 
anos, deve-se utilizar um DAE com sistema atenuador de corrente (aplicam menor 
energia) e/ou elétrodos de tamanho pediátrico, se disponíveis 
 
24 
 
 
 
2.13. ROTEIRO 13 
TÍTULO DA AULA: OVACE – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO 
ESTRANHO 
A obstrução da via aérea nas crianças é uma situação frequente. Deve 
suspeitar-se de obstrução da via aérea por corpo estranho se existirem sintomas 
como: tosse, estridor e engasgamento de forma súbita e sem existirem outros sinais 
de doença. A maioria das situações de obstruções nas crianças ocorre durante a 
alimentação ou quando as crianças estão a brincar com objetos de pequenas 
dimensões. São situações frequentemente presenciadas pelo que o socorro pode 
ser iniciado de imediato, ainda com a vítima consciente. 
Na criança, a obstrução da via aérea por corpo estranho manifesta-se por 
dificuldade respiratória de início súbito com tosse e estridor. Quando um corpo 
estranho entra na via aérea, a criança começa imediatamente a tossir, na tentativa 
de expelir. A tosse espontânea é provável que seja mais eficaz e mais segura do 
que qualquer manobra que um reanimador execute. No entanto, se a tosse é 
ausente ou ineficaz e o objeto obstruir completamente a via aérea, a criança vai ficar 
asfixiada necessitando de intervenções ativas para resolver. 
Classificação das obstruções quanto à gravidade 
Ligeira: Vítima reativa, capaz de falar, tossir e respirar; Eventual ruído 
respiratório na inspiração; Mantém reflexo da tosse eficaz. 
Grave: Vítima incapaz de falar; Tosse fraca/ineficaz ou ausente; Respiração 
em “esforço” com ruído agudo à inspiração ou ausência total de ruído; Incapacidade 
de movimentar o ar; Cianose (coloração azulada da pele, especialmente da face e 
nas extremidades, devida a deficiente oxigenação do sangue); Vítima com as mãos 
no pescoço (sinal universal de asfixia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde do recém-nascido: Guia para 
profissionais de saúde. V.1,2011. 
2. TAMEZ, R.N., SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI-neonatal: assistência ao 
recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. Método canguru : diretrizes do cuidado 
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da 
Saúde, 2018. 
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde. Protocolo de 
segurança na prescrição uso e administração de medicamentos. Brasília: 
ANVISA, 2013. 
5. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretriz Nacional para 
Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em 
Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília, 2017. 
6. BRASIL. Ministério da Saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Série 
Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 2012. 
7. BARROSO, Maria Clara da Cunha Salomão. Percepção das crianças acerca 
da punção venosa por meio do brinquedo terapêutico. 2020. 
8. SILVA MT, Silva SRLPT. Cálculo e administração de medicamentos na 
enfermagem. 5ed. São Paulo. 2019. 
9. CONSELHO Federal de Enfermagem. Manual de Nutrição Clínica, 
alimentação por sonda de administração de nutrição enteral. 2008. 
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: 
guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. 
ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 
11. UERJ/HUPE /CCIH Procedimento Operacional Padrão. Prevenção de 
infecção hospitalar associada a cateter vesical, 2011. 
12. NEVES JT, LOBÃO MJ. Estudo Multicêntrico de Oxigenoterapia: uma 
auditoria nacional aos procedimentos de oxigenoterapia em enfermarias de 
medicina interna. 2012. 
13. BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Atencao a Saude.Departamento 
de Acoes Programaticas Estrategicas. Atencao humanizada ao recem-
nascido de baixo peso: Metodo Canguru/Ministerio da Saude, Secretaria de 
Atencao a Saude, Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. – 2. 
ed. – Brasilia : Editora do Ministerio da Saude, 2011. 
 
26 
 
 
 
4. ANEXO 
 
 
 
27

Continue navegando