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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DESCRITIVO DAS AULAS PRÁTICAS CURSO: Enfermagem DISCIPLINA: Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Criança e do Adolescente NOME DO ALUNO: Fábio Góis Guerreiro RA: 0404102 POLO: UNIP/TABATINGA DATA: 10/09/2023 2 SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................................3 2. Resultados e Discussão..........................................................................................4 .2.1. Roteiro 1....................................................................................................4 .2.2. Roteiro 2....................................................................................................6 .2.3. Roteiro 3....................................................................................................7 .2.4. Roteiro 4...................................................................................................10 .2.5. Roteiro 5...................................................................................................12 .2.6. Roteiro 6...................................................................................................16 .2.7. Roteiro 7...................................................................................................18 .2.8. Roteiro 8...................................................................................................19 .2.9. Roteiro 9...................................................................................................20 .2.10. Roteiro 10..............................................................................................21 .2.11. Roteiro 11..............................................................................................22 .2.12. Roteiro 12..............................................................................................23 .2.13. Roteiro 13..............................................................................................24 3. Referências Bibliográfica.......................................................................................25 4. Anexos...................................................................................................................26 3 1. INTRODUÇÃO O relatório aqui presente, tem como finalidade apresentar as aulas práticas, do curso Bacharel em Enfermagem, do módulo: Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Criança e do Adolescente, realizado na UNIP/Tabatinga, com término 10/09/2023. O desenvolvimento do estágio foi supervisionado pelo Professor Enfermeiro Janio Amorim, onde o mesmo nos proporcionou conhecimentos práticos, possibilitando oportunidades para a realização dos procedimentos durante os dias de aula prática. Este relatório traz em seu conteúdo, abordagem de vivência e prática, sob supervisão do orientador, explicando e exemplificando as propedêuticas e cuidados voltados á saúde da Criança e do Adolescente. Este relatório tem como objetivo, descrever através de dados referentes aos atendimentos, recursos humanos e imagens que ilustrem os fatos descritos. Além de proporcionar ao acadêmico, vivência a partir da prática curricular dos pilares conceituais construído no decorrer das aulas teóricas. A saúde infantil está entre as maiores preocupações das famílias. É muito importante, entretanto, saber identificar os casos que necessitam de atendimento de urgência e quais podem ser resolvidos em uma consulta pediátrica eletiva. É fundamental destacar que nem sempre é possível compreender exatamente o que os pequenos estão sentindo, principalmente os mais novos, que ainda não conseguem se comunicar com tanta clareza. O acompanhamento médico é essencial em todas as fases da vida, pois ajuda a prevenir possíveis problemas de saúde e a identificar condições clínicas que demandam tratamento. O intervalo entre as consultas vai variar de acordo com a idade da criança. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que as consultas ocorram de forma mensal, nos primeiros 6 meses de vida, e a cada 2 meses até a criança completar o primeiro ano de vida. Esse período de acompanhamento da saúde da criança é chamado de “puericultura”. A puericultura serve para acompanhar o desenvolvimento da criança em diversos aspectos, tais como: psicomotor, crescimento, ganho de peso, dentre outros. Afinal, trata-se de uma fase de grandes mudanças em pouco tempo;, por isso, é fundamental o monitoramento da saúde. 4 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 2.1. ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: REFLEXOS NEUROLÓGICOS DO RECÉM-NASCIDO O desenvolvimento da criança do ponto de vista neuropsicossensorial e motor depende do processo de maturação do sistema nervoso central (SNC), principalmente no primeiro ano de vida. A padronização do exame neurológico é fundamental, a fim de que os resultados possam ser confiáveis. Assim, o ambiente em que o exame será realizado deve ser bem iluminado e apresentar uma temperatura compatível com o fato do RN ser examinado despido. O examinador deve realizar o exame no menor tempo possível, evitando movimentos bruscos e manipulação excessiva que desencadeiam o choro e irritabilidade os quais podem prejudicar a interpretação de determinadas manobras e reflexos. As várias etapas do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) da criança refletem o desenvolvimento de seu sistema nervoso central (SNC), sendo, portanto, importantes marcadores semiológicos de sua integridade. O SNC da criança é um sistema em constante evolução e transformação. Desde a vida intrauterina, ele se desenvolve e amadurece e esse desenvolvimento se processa até a idade adulta através de processos de maturação e transformação. Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. Estão presentes ao nascimento, mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. Sua presença mostra integridade do sistema nervoso central; entretanto, sua persistência mostra disfunção neurológica. De modo geral, a sucção reflexa e a marcha reflexa desaparecem por volta dos dois meses de vida. Os outros reflexos arcaicos devem desaparecer até no máximo 6 meses de idade, exceto os dois reflexos dos pés. A preensão plantar desaparece aos 9 meses. Já o reflexo cutâneo-plantar é em extensão no primeiro semestre de vida. No segundo semestre pode ser em flexão, indiferente ou em extensão. A partir da aquisição da marcha independente, deve ser sempre em flexão. Reflexo de Moro / Sucção reflexa / Reflexo de busca / Reflexo tônico-cervical assimétrico / Preensão palmar / Preensão plantar / Apoio plantar / Marcha reflexa / Reflexo de Galant / Reflexo da escada ou de colocação (“Placing”) 5 Reflexo de Moro É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro. Sucção Reflexa É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. Reflexo de busca É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo. Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico (Reflexo tônico-cervical de Magnus e De Kleijn, ou reflexo do esgrimista). É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil. Preensão Palmar É desencadeadopela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. Preensão Plantar É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. Apoio Plantar É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas. Marcha Reflexa É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. Reflexo de Galant (reflexo de encurvamento do tronco) É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. 6 2.2. ROTEIRO 2 TÍTULO DA AULA: BANHO DO RECÉM-NASCIDO O primeiro banho do RN não crítico deve ser realizado após, no mínimo 6 horas a partir do nascimento, obrigatoriamente por um profissional de enfermagem, orientando a mãe e/ou acompanhante para que os posteriores sejam realizados por eles, quando capacitados, e sob supervisão do técnico/auxiliar de enfermagem. Se hipotérmico (temperatuira axilar menor que 36,5ºC), taquicárdico ( FC maior que 160 bpm) ou taquipnéico ( FR maior que 60 ipm), postergar o procedimento até estabilização clínica e comunicar ao enfermeiro e/ou pediatra; Se hipotérmico (temperatuira axilar menor que 36,5ºC), taquicárdico ( FC maior que 160 bpm) ou taquipneico ( FR maior que 60 ipm), postergar o procedimento até estabilização clínica e comunicar ao enfermeiro e/ou pediatra; O cuidado com o banho deve considerar que a pele do recém-nascido pré- termo é um órgão multifuncional, cuja barreira cutânea é capaz de promover proteção mecânica, termorregulação, vigilância imunológica e prevenção da perda insensível de fluidos corporais. O banho deve ser um momento de interação e prazer. Se não for realizado respeitando, pode ocasionar hipotermia e aumento do choro, com elevação do consumo de oxigênio e desestabilização do sinais vitais. O banho de imersão é indicado quando o recém-nascido consegue manter a temperatura corporal fora da incubadora (>36,50C). É importante que o profissional reconheça o momento apropriado para a transferência do recém-nascido pré-termo da incubadora para o berço comum. O procedimento deve ser feito de forma gradual, o que inclui reduzir progressivamente a temperatura da incubadora. Se o recém-nascido pré-termo mantiver estabilidade térmica, poderá ser colocado em berço comum. Importante a permanência da mãe/pai para a prática da posição canguru. O banho deve ser uma experiência sensorial agradável para marcar de forma positiva a vida do recém-nascido. 7 2.3. ROTEIRO 3 TÍTULO DA AULA: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS, SSVV E EXAME FÍSICO DA CRIANÇA. O desenvolvimento é um processo complexo e que envolve uma série de fatores. Se os pais da criança são baixos, você imagina que no futuro ela terá uma menor estatura, certo? Isso indica como o componente genético pode influenciar. O balanço hormonal é determinante para o desenvolvimento. Ainda é importante ressaltar que até mesmo medicamentos que a criança venha a tomar podem influenciar na liberação de hormônios interferindo no crescimento. Esse crescimento é medido por medidas antropométricas, medidas médias da população infantil. Após o nascimento, a velocidade de crescimento permanece elevada, porém menor que na vida intrauterina. O primeiro ano de vida é aquele no qual o bebê mais cresce, sobretudo nos 6 primeiros meses. Já nos anos seguintes, o crescimento vai se lentificando gradativamente. A antropometria infantil avalia os seguinte parâmetros: peso, altura e perímetros cefálico, torácico e abdominal. Na caderneta, existe um gráfico apenas para o cefálico, mas há um outro espaço reservado para registrar os demais perímetros. É importante informar toda a história da criança, até mesmo na vida intrauterina. Isso porque as intercorrências na gestação ou durante o parto podem comprometer o desenvolvimento após o nascimento. Algumas condições, como icterícia prolongada ou traumatismo craniano podem influenciar no metabolismo e prejudicar o crescimento. Os sinais vitais são parâmetros para avaliar as funções vitais e podem orientar no diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clinico do paciente. Deve-se considerar as seguintes condições para obtenção dos sinais vitais: Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem causar variações nos valores; Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores; Condições do equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regularmente. 8 O socorrista deve estar atento, pois o uso de equipamentos inapropriados ou descalibrados podem resultar em valores falsos. O exame físico é feito na presença dos pais, de preferência, envolvendo-os nessa abordagem. Geralmente, inicia-se o exame físico pela ectoscopia. Os instrumentos (estetoscópio, termômetro, otoscópio...) serão introduzidos gradualmente na medida em que forem sendo necessários. A definição da sequência do exame será mais ou menos determinada pela criança e não pelo médico. O exame será realizado com o paciente na posição mais confortável possível. Uma criança maior é examinada em uma mesa de exame ou maca suficientemente espaçosa, mantendo-se uma comunicação amigável durante o exame. A temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória, pulso, pressão arterial. A FR e a FC variam de acordo com a faixa etária. Cabeça e pescoço: Crânio: posição, couro cabeludo, suturas, fontanelas, conformação anatômica do crânio, craniotabes. Face: conformação, paralisias (facial, trigêmeo), glândulas salivares (parótida, submaxilar,sublingual). Olhos: esclera, conjuntiva e córnea, exoftalmia, enoftalmia, tensão do globo ocular, estrabismo, movimentos oculares, nistagmo, pálpebras (ptose, infecções), pupilas (fotoreatividade, anisocoria). Orelhas: anomalias, posição, secreção, sensibilidade, otoscopia (conduto auditivo, membrana auditiva – triângulo luminoso, hiperemia, retração, abaulamento), mastóide, audição (função vestibular). Nariz: forma, batimento de asas do nariz, aspectos da mucosa, secreções, epistaxe, septo nasal, polipos, tumores, seios paranasais. Pescoço: tamanho, anomalias, esternocleidomastóideo, tireóide, traquéia, vasos, mobilidade e movimentos característicos. Tórax: Forma, simetria, tipos de respiração (abdominal, torácica. Exame das mamas: desenvolvimento, simetria, ginecomastia. Respiratório: frequência respiratória, (taquipnéia, eupnéia, bradipnéia), amplitude (hiperpnénia), dispnéia (esforço respiratório com utilização de musculatura acessória), tiragem intercostal, subcostal, retração esternal ou de fúrcula; percussão (macicês, hipersonoridade), 9 verificar a expansibilidade torácica; ausculta: verificar a intensidade e distribuição do murmúrio vesicular, ruídos adventícios (estertores, roncos, crepitações, sibilos). Abdome: Inspeção: forma, distensão, movimentos respiratórios, cicatriz umbilical, diastase de retos abdominais, veias e circulação colateral, peristalse. Ausculta: peristaltismo, borborigmo, meteorismo, sopros. Percussão e Palpação: parede abdominal (avaliar presença de hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, visceromegalias. Gênito urinário e região perineal: Meninos: forma do pênis, exposição da glande, localização da uretra, forma da bolsa escrotal. testículos (tamanho, consistência, localização), hipospádia e epispádia, fimose (balanopostite), hidrocele, hérnia. Meninas: tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e hímen. Conformação, corrimento (uretral, vaginal), corpos estranhos, sinéquia de pequenos lábios. . 10 2.4. ROTEIRO 4 TÍTULO DA AULA:MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA É fundamental uma avaliação criteriosa da prescrição dessa classe de medicamentos, verificando a real necessidade do seu uso, tanto pela comissão de controle de infecção hospitalar, quanto pela equipe de farmácia hospitalar. Em contrapartida, se faz necessário sensibilizar e educar os prescritores e demais membros ligados à assistência, como também usuários e cuidadores por meio de incentivos da instituição e medidas políticas mais eficazes, desenvolver educação continuada aos profissionais e outras ações com parceria multiprofissional, tais como revisão de prescrições médicas, visitas multiprofissionais, conciliação medicamentosa, dentre outras, garantindo assistência de qualidade e segurança, redução de gastos e melhorias nas condições de saúde. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) estabelece direcionamentos com o intuito de promover e proteger a saúde da criança, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, desde o período gestacional até aos nove anos de vida da criança, especialmente no período da primeira infância e das populações de maior vulnerabilidade. Ao se analisar o paciente pediátrico, deve-se analisar em consideração diversas alterações fisiológicas que ocorrem no seu estágio de desenvolvimento. Fato que acarretará variabilidade nos efeitos farmacodinâmicos e farmacocinéticos dos medicamentos administrados. Esta faixa etária é considerada um grupo de risco no uso de medicamentos, devido às peculiaridades e vulnerabilidades próprias, existência de diferentes grupos etários inclusos na população pediátrica, variações fisiológicas inerentes à idade, diferentes agentes infecciosos e fatores predisponentes. Assim, se torna primordial o domínio, entendimento e cuidado sobre todos os efeitos que podem ser desencadeados em crianças, causar diferentes respostas medicamentosas, acarretar disfunção renal, problemas hepáticos, e outras consequências que são influenciadas conforme a faixa etária. 11 Como importante ferramenta para administração medicamentosa segura instituiu-se a farmácia clínica, atuando diretamente na análise dos medicamentos prescritos para os pacientes, verificando vias de administração, dose, horário, diluição e reconstituição. Podendo intervir junto ao médico divergências ou necessidade de adaptações a terapêutica sugerida. Tornando-se instrumento chave para minimizar a ocorrência de problemas relacionados à farmacoterapia, como eventos adversos, e melhorar a adesão ao tratamento e os resultados terapêuticos, bem como reduzir o desperdício de recursos e fomentar o uso racional dos medicamentos. O preparo dos medicamentos consiste na verificação do fármaco a ser administrado no paciente, ratificando com a prescrição medica dose, via de administração, tempo de administração, horário, além da conferencia dos dados de identificação segura, seguindo as metas de segurança do paciente, como nome completo e data de nascimento. A administração dos medicamentos confere o maior índice de falhas nos serviços de saúde, como um dos principais eventos adversos, sendo ocasionado por vias de administração, horário, além de equívocos na dosagem. Vale destacar que o processo de administração se torna atividade fundamental para cadeia medicamentosa segura onde possuem ações antes, durante e após a oferta do medicamento. 12 2.5. ROTEIRO 5 TÍTULO DA AULA: PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM PEDIATRIA A punção de um acesso venoso periférico em pediatria deve ser compreendida como um processo e não apenas como uma técnica. Envolve planejamento e etapas. A punção venosa periférica consiste na introdução de um cateter venoso em uma veia, destina-se à coleta de materiais para exames ou para infusão de soluções intermitentes ou contínuas. Deve-se considerar: estudo da rede venosa; doenças de base; condições de hidratação e estresse da criança; estresse do cuidador; características das soluções; dispositivos e insumos disponíveis. Preparo dos Materiais: Cuba rim ou bandeja Extensor Luvas de procedimento Seringa Gaze ou algodão Agulha Garrote Frasco de soro fisiológico 0,9% Antisséptico de escolha Foco de luz, se necessário Dispositivo intravenoso, compatível com a rede venosa do paciente. Tesoura, se necessário Solução antisséptica à base de álcool Material para tricotomia, se necessário Adesivo para fixação do cateter Tecnologias de imagem – venoscópio, ultrassonografia (se disponível). Preparo da pele para a punção: Realizar fricção da pele com solução à base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico, em situações onde houver necessidade de palpação do sítio, utilizar luvas estéreis. Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de complicações. Em pediatria a dose do medicamento é calculada baseada na idade, peso e superfície corpórea da criança. No recém-nascido, a quantidade de água corporal é mais elevada do que nos adultos. Os sistemas enzimáticos hepáticos não estão bem 13 desenvolvidos, o que compromete a metabolização de alguns fármacos. O sistema renal é imaturo, por isso a eliminação do fármaco é mais lenta, possuindo maior potencial toxicológico. Algumas medicações via endovenosa são prescritas em quantidades pequenas, calculadas pelo peso da criança, e quando convertidas em volume, dão valores muito pequenos. Não podemos arredondar a dose, pois pode gerar subdose ou causar toxicidade. O máximo que podemos arredondar é até duas casas decimais após a vírgula (Ex: 0,253 ml → 0,25 ml ou 0,638 ml → 0,64 ml). Doses com duas casas decimais (ex: 0,13ml ou 0,58ml) podem ser aspiradas na seringa de 1ml (não agulhada), desde que seja possível alinhar com a marcação da agulha. O uso do acesso venoso periférico em pediatria precisa ser compreendido como um processo que vai além do ato técnico em si. Demanda preparo e manutenção para garantia de uma experiência menos traumática para a criança e sua família. A punção venosa periférica é uma técnica extremamente útil no dia a dia de cuidados com os pacientes e consiste na administração de drogas diretamente na veia através de um cateter intravenoso ou scalp. A punção venosa trata-se de um procedimento invasivo comumente realizada por profissionais de enfermagem, sendo muito utilizada na assistência à pacientes submetidos à terapia endovenosa. Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. O jelco é um cateter intravenoso, como já dito acima, usado na punção venosa periférica. Ele, ao contrário do scalp, possui tempo de permanência maior, permitindo também a infusão de grandes volumes de forma rápida. Outra vantagem do jelco é a possibilidade de retirada do mandril metálico, permanecendo no espaço intraluminal apenas o dispositivo maleável, o que impede a perda do cateter por transfixação e também favorece a movimentação do membro. É um dispositivo flexível onde a agulha é envolvida por um mandril também flexível e, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. 14 Os jelcos são numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24 (menor e mais fino). Cada numeração tem uma indicação específica. Jelco 14 e 16: usado em adolescentes e adultos, em cirurgias importantes e sempre que é necessário infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 18: usado em crianças mais velhas, adolescentese adultos, quando é necessário administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa. Jelco 20: para uso em crianças, adolescentes e adultos, é adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). Jelco 22: indicado para bebês, crianças, adolescentes e adultos (idosos) e para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, quando deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente. Jelco 24: para uso em recém-nascidos, bebês, crianças, adolescentes e adultos (idosos). É indicado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos. Seu manuseio não requer paramentação cirúrgica, contudo exige técnica asséptica, preservando a esterilidade na porção distal que entrará em contato com o paciente. O scalp, popularmente conhecido como borboleta, é um dispositivo agulhado que é usado para fazer infusões intravenosas. Ele é indicado para procedimentos de curta duração, pois a agulha fica dentro da veia do paciente, podendo causar lesões em caso de movimentação. É também muito comum ver o uso do scalp em coletas de sangue, principalmente em pacientes de veia fina. As asas desse dispositivo são flexíveis e móveis, reduzindo o risco de acidentes com o perfurocortante durante os procedimentos. 15 O scalp pode ser encontrado em diversos tamanhos. Podemos diferenciá-los de acordo com as cores que indicam seu calibre e tamanho: Bege: Calibre 19 Verde: Calibre 21 Azul: Calibre 23 Laranja: Calibre 25 Cinza: Calibre 27 O scalp tem uma agulha de parede fina e muito afiada, própria para veias finas e inserção em peles resistentes. Como essa agulha não é flexível, ela requer um cuidado do profissional para não lesionar o membro puncionado e nem estourar a veia que foi feita a punção. Os calibres do scalp são sempre ímpares e vão do número 19 a 27, lembrando que quanto menor o número, maior é o calibre. Bege (19G): indicado para veias de grande calibre (adolescente, adulto e idoso), para infusões de medicamentos em grande dosagem e coleta de sangue. Verde (21G) e Azul (23G): indicados para veias de médio calibre (adolescente, adulto e idoso), infusões de medicamentos em grandes e médias dosagens e coleta de sangue. Laranja (25G) e Cinza (27G): indicados para veias de pequeno calibre (crianças ou neonatos) e infusões de medicamentos em baixa dosagem. 16 2.6. ROTEIRO 6 TÍTULO DA AULA: INSERÇÃO DE SONDA NASOENTÉRICA EM PEDIATRIA A SNE permite a administração de dietas e medicamentos de maneira mais confortável e segura, principalmente nos pacientes idosos e pediátricos. Os processos de inserção, administração de terapia e monitoramento da sonda Nasoentérica (SNE), não são isentos de riscos ao paciente, podendo ocorrer eventos adversos relacionados ao seu uso. Entre eles, deslocamentos parciais ou totais do tubo, o que pode acarretar na administração de terapia em via que não a enteral. Os cuidados e a assistência à criança, para seu desenvolvimento é essencial e requer permanente suporte nutritivo, emocional e intelectual. O aporte nutricional é de grande relevância para o desenvolvimento e promoção adequada, visando atender as necessidades energéticas e metabólicas que muitas vezes são deficitárias frente a algumas patologias. A sonda nasoenteral (SNE) tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e diâmetro médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas numéricas ao longo de sua extensão, facilitando posicionamentos, maleáveis, com fio-guia metálico e flexível, radiopaca. A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda. Procedimento: Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze; Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele; Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10 cm); Marcar com adesivo; Calçar luvas; Injetar água dentro da sonda (com mandril); Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta – introduzir até a marca do adesivo; Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para confirmação do local da sonda; Retirar o fio-guia após a passagem correta; Observar sinais de cianose, dispneia e tosse; 17 Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos; Colocar a ponta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está na traquéia, deve ser retirada; Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; Fechá-la ou conectá-la ao coletor; Fixar a sonda não tracionando a narina; Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica. Material: Sonda enteral com fio guia (mandril); Seringa de 20 ml; Copo com água; Gaze; Benzina; Toalha de rosto; Xylocaína gel; Fita adesiva; Estetoscópio; Biombo s/n. Luvas de procedimento; Sacos para lixo. 18 2.7. ROTEIRO 7 TÍTULO DA AULA: INSERÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA EM PEDIATRIA Sonda nasogástrica inserida no estômago possibilita acesso à parte interna do estômago. Algumas vezes a sonda é introduzida no intestino delgado para possibilitar a alimentação enteral. Indicações para inserção de sonda nasogástrica: Para descomprimir o estômago e o trato gastrintestinal (isto é, aliviar a distensão decorrente de obstrução, íleo paralítico ou atonia); Esvaziar o estômago, como por exemplo nos pacientes entubados para prevenir a aspiração ou nos pacientes com sangramento GI para remover sangue e coágulos; Coletar uma amostra do conteúdo gástrico a fim de avaliar se há sangramento, o volume ou o teor de ácido; Para remover toxinas ingeridas (raro); Para administrar antídotos como carvão ativado; Administrar agentes de contraste radiopacos orais; Para fornecer nutrientes ao estômago ou alimentos diretamente no intestino delgado com uma sonda enteral longa, fina e flexível Contraindicações à inserção de sonda nasogástrica: Trauma maxilofacial grave; Obstrução nasofaríngea ou esofágica; Anormalidades esofágicas, como ingestões cáusticas recentes, divertículos ou estenoses, devido ao alto risco de perfuração esofágica; Distúrbios de coagulação não tratados; Intervenção esofágica muito recente, como ligadura elástica esofágica. Complicações da inserção da sonda nasogástrica: Trauma nasofaríngeo com ou sem hemorragia; Sinusite e dor de garganta; Aspiração pulmonar; Hemorragia ou perfuração traumática esofágica ou gástrica; Penetração intracraniana ou mediastinal (muito rara). O paciente senta-se ereto na posição olfativa com o pescoço ligeiramente flexionado. Se incapaz de sentar-se ereto, o paciente é colocado em decúbito lateral esquerdo. Se o paciente é ventilado por uma sonda endotraqueal que protege as vias respiratórias, pode-se inserir a sonda nasogástrica com o paciente em pé ou, se necessário, em decúbito dorsal. 19 2.8. ROTEIRO 8 TÍTULO DA AULA: BOLSA DE COLETA DE URINA NA PEDIATRIA O coletorde urina pediátrico é muito utilizado na coleta de urina de pacientes pediátricos. Encontra-se em versões com formato de entrada feminina, masculino e unissex. Provém de um adesivo altamente resistente, para instalar na criança e permitindo visualizar o conteúdo em sua bolsa coletora, não é necessário deixar a criança despida, pode utilizar na fralda. A infecção do trato urinário (ITU) é uma doença frequente na clínica diária. Pode acarretar prejuízo da função renal por lesão do parênquima ou disseminação bacteriana, principalmente nos recém-nascidos ou crianças mais novas. O aparelho urinário é estéril, exceto no terço terminal da uretra. O principal mecanismo de proteção contra a infecção é o fluxo livre da urina do parênquima até a micção. A ITU é doença de grande incidência na infância e pelo menos 1 episódio sintomático de ITU ocorre até os 11 anos de idade em 3% das meninas e 1,1% dos meninos. Há uma maior incidência de ITU no primeiro ano de vida. Após essa idade há redução acentuada da incidência nos meninos, mantendo-se relativamente alta nas meninas até os seis anos A recorrência é elevada, cerca de 30% das meninas recidivam no primeiro ano após o episódio inicial, 50% em 5 anos e nos meninos isto ocorre em torno de 15 a 20%, sendo raras após o 1º ano de vida. Material a ser utilizado para sua inserção: EPI: dois pares de luvas de procedimento, capote, máscara cirúrgica; Bandeja; Materiais para higienização íntima; Saco coletor de urina pediátrico (masculino ou feminino) com bordas colantes; Frasco coletor de urina identificado com os dados da criança (nome, registro e/ou nº do prontuário, data, hora e tipo de exame); Seringa descartável de 10 ml; Cateter uretral de fino calibre; Gazes; Fralda descartável se for o caso. Está contra indicado o uso do coletor em crianças com lesões no períneo; Solicitar ao acompanhante que evite grandes movimentações da criança durante o tempo em que estiver com o coletor; Quando o tempo de envio, ao laboratório, da urina coletada, for maior que 1 hora, manter sob refrigeração (na geladeira).. 20 2.9. ROTEIRO 9 TÍTULO DA AULA: SONDAGEM VESICAL NA PEDIATRIA O Cateterismo Vesical consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese, com finalidade de promover a drenagem urinária, realizar o controle rigoroso do débito urinário e preparar o paciente para procedimentos cirúrgicos. A sondagem Vesical pode ser de dois tipos: Sondagem Vesical de Demora (SVD) – O cateter permanece no trato urinário e é conectado a uma bolsa coletora, ficando por tempo indeterminado no paciente, condicionada a avaliação da necessidade de permanência se faz a troca ou retirada. A SVD tem indicação bastante restrita, deve ser evitada sempre que possível e deve ser removida assim que puder. Este procedimento precisa de técnica asséptica permitindo a criação de ambientes estéril, com a finalidade de evitar o risco de infecções. Sondagem Vesical de Alívio (SVA) – Consiste de uma cateterização vesical para esvaziar de forma imediata a bexiga, injetar medicamento ou colher urina estéril para exame, após o procedimento, o cateter é retirado e desprezado. Procedimento que deve ser realizado com técnica asséptica e em situações especiais. Uma atividade privativa do enfermeiro. Descrição das atividades: Realizar antissepsia do meato uretral: MENINAS: com a mão não dominante, separar as pregas dos grandes lábios e manter a posição ao longo do procedimento. Usando pinça na mão dominante esterilizada, pegar gazes estéreis com solução antisséptica e limpar a área do períneo, limpando da frente para trás do clitóris na direção do ânus. Com uma nova gaze para cada área, limpar ao longo da dobra dos grandes lábios, perto da dobra dos grandes lábios e diretamente sobre o centro do meato uretral. MENINOS: recolher o prepúcio com a mão não dominante, segurar o pênis abaixo da glande. Manter a mão não dominante na posição ao longo do procedimento. Com a mão dominante, pegar uma gaze com a pinça e limpar o pênis. Fazer movimento circular de dentro para fora. 21 2.10. ROTEIRO 10 TÍTILO DA AULA: OXIGENOTERAPIA POR CATETER NASAL Na oxigenioterapia, a equipe de enfermagem utiliza quando necessário, mediante prescrição médica, a Máscara de Venturi definida como um dispositivo que mistura ar e oxigênio, para fornecer a concentração de oxigênio constante, tal equipamento exige habilidade em seu manuseio, conhecimento científico, montagem adequada e uso preciso pelo profissional de enfermagem a fim de assistir ao paciente e promover sua recuperação ao restaurar o padrão respiratório, tornando-o eficaz. Cateter nasal – Este dispositivo deveria atingir a úvula; no entanto, sua inserção geralmente se faz às cegas até uma profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da orelha. Como este cateter afeta a produção de secreção, deverá ser removido e substituído por um novo pelo menos a cada 8 horas e preferencialmente, na narina oposta. Cânula nasal ou óculos – Geralmente, utilizam-se fluxos superiores a 8l/min, mas podem causar desconforto e ressecamento nasal, mesmo com dispositivos de umidificação acoplados. As cânulas podem ter reservatórios. O paciente utiliza esse suprimento do reservatório de oxigênio sempre que seu fluxo inspiratório for superior ao fluxo de oxigênio do dispositivo Máscara Facial – As máscaras faciais são os sistemas mais comumente utilizados. Existem três tipos de máscaras: a simples, a de reinalação parcial e a de não-reinalação. A máscara facial simples deve cobrir a boca e o nariz. O corpo da máscara em si coleta e armazena oxigênio entre as inspirações do paciente e, a expiração se faz através de orifícios laterais ou pela própria borda da máscara. O déficit no padrão respiratório é uma avaliação muito frequente nos setores de urgência e emergência hospitalar, geralmente relaciona-se a problemas pulmonares graves, em sua maioria pneumonias, no entanto as doenças cardiovasculares, septicemias, distúrbios neuromusculares, intoxicações e outras também podem levar à ineficácia respiratória; portanto, a rapidez e precisão com que o problema é resolvido são essenciais nesses casos porque o oxigênio é vital a cada célula do nosso organismo e nos mantém vivos. 22 2.11. ROTEIRO 11 TÍTILO DA AULA: ASPIRAÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR A aspiração de vias aéreas, em pediatria é o procedimento técnico utilizado para remover secreções do trato respiratório (oral e nasal) quando necessário. É um procedimento rotineiramente utilizado na prática hospitalar e visa mantê-las livres de qualquer obstrução, especialmente secreções. Observou-se que profissionais de enfermagem, de um mesmo turno em um hospital escola, realizam a técnica de diferentes maneiras. Em pediatria, é indicado para crianças com aumento da produção de secreções, vômitos ou sangue na cavidade bucal e nasal com impossibilidade de expulsá-los espontaneamente; Antes da intubação e da extubação traqueal. Objetiva melhorar a respiração; fornecer adequada oxigenação ao paciente; remover por aspiração as secreções do trato respiratório sem que haja traumatismo; promover permeabilidade de vias aéreas superiores. Material a ser utilizado: Bandeja ou cuba rim; Álcool à 70%; Álcool gel à 70%; Luva de procedimento; Sonda de aspiração compatível com o paciente; Gaze não estéril; Água destilada ou soro fisiológico; Equipamentos de proteção individual (EPI): gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção, avental ou capote não-estéril; Toalha de rosto ou papel toalha; Aparelho de aspiração portátil ou fonte de vácuo em rede; Frasco de vidro de aspiração; Válvula redutora de pressão para rede de vácuo; Frasco coletor de secreções descartável, preferencialmente e na sua ausência a extensãodescartável para aspiração. 23 2.12. ROTEIRO 12 TÍTILO DA AULA: SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE O Suporte Básico de Vida pressupõe um conjunto de procedimentos simples com o objetivo de fornecer oxigénio ao cérebro e ao coração, sem recurso a dispositivos avançados, até à chegada das equipas de emergência, que garantem o Suporte Avançado de Vida. As manobras de SBV devem ser executadas com a vítima em decúbito dorsal, ou seja, deitada de costas, no chão ou num plano duro. Se a criança se encontrar, por exemplo, numa cama, deverá ser transferida para uma superfície rígida. Se a criança for encontrada em decúbito ventral, deve ser rodada em bloco, se possível. O reanimador deve posicionar-se junto da vítima para que, se for necessário, possa fazer insuflações e compressões sem ter que fazer grandes deslocações. Para todos os efeitos considera-se: Recém-nascido: do nascimento aos 28 dias; Lactente: dos 29 dias até um ano de idade; Criança: entre um e 18 anos de idade. Independentemente da idade, cabe ao reanimador durante a sua avaliação determinar se a vítima aparenta ser criança ou adulto e assim usar as recomendações pediátricas ou do adulto durante as manobras de Suporte Básico de Vida. O SBV deve ser efetuado sequencialmente, seguindo uma ordem de ações cujo sucesso da próxima depende da eficácia da anterior. O algoritmo a usar em vítimas pediátricas corresponde às 5 insuflações iniciais, seguido de 15 compressões torácicas e 2 insuflações. No caso de o reanimador ter apenas formação de SBV no adulto deverá seguir o algoritmo de adulto, adaptando as técnicas ao tamanho da criança (ex.: lactente com cabeça em posição neutra, compressões com uma mão). Utilização de Desfibrilador Automático Externo (DAE) em crianças: A utilização do DAE deverá respeitar os mesmos princípios do adulto relativamente à segurança do tórax, análise de ritmo e administração do choque. Os DAE standard são adequados para crianças a partir dos 8 anos (ou 25 Kg). Em crianças até aos 8 anos, deve-se utilizar um DAE com sistema atenuador de corrente (aplicam menor energia) e/ou elétrodos de tamanho pediátrico, se disponíveis 24 2.13. ROTEIRO 13 TÍTULO DA AULA: OVACE – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO A obstrução da via aérea nas crianças é uma situação frequente. Deve suspeitar-se de obstrução da via aérea por corpo estranho se existirem sintomas como: tosse, estridor e engasgamento de forma súbita e sem existirem outros sinais de doença. A maioria das situações de obstruções nas crianças ocorre durante a alimentação ou quando as crianças estão a brincar com objetos de pequenas dimensões. São situações frequentemente presenciadas pelo que o socorro pode ser iniciado de imediato, ainda com a vítima consciente. Na criança, a obstrução da via aérea por corpo estranho manifesta-se por dificuldade respiratória de início súbito com tosse e estridor. Quando um corpo estranho entra na via aérea, a criança começa imediatamente a tossir, na tentativa de expelir. A tosse espontânea é provável que seja mais eficaz e mais segura do que qualquer manobra que um reanimador execute. No entanto, se a tosse é ausente ou ineficaz e o objeto obstruir completamente a via aérea, a criança vai ficar asfixiada necessitando de intervenções ativas para resolver. Classificação das obstruções quanto à gravidade Ligeira: Vítima reativa, capaz de falar, tossir e respirar; Eventual ruído respiratório na inspiração; Mantém reflexo da tosse eficaz. Grave: Vítima incapaz de falar; Tosse fraca/ineficaz ou ausente; Respiração em “esforço” com ruído agudo à inspiração ou ausência total de ruído; Incapacidade de movimentar o ar; Cianose (coloração azulada da pele, especialmente da face e nas extremidades, devida a deficiente oxigenação do sangue); Vítima com as mãos no pescoço (sinal universal de asfixia). 25 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde do recém-nascido: Guia para profissionais de saúde. V.1,2011. 2. TAMEZ, R.N., SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI-neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Método canguru : diretrizes do cuidado [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde. Protocolo de segurança na prescrição uso e administração de medicamentos. Brasília: ANVISA, 2013. 5. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária Brasília, 2017. 6. BRASIL. Ministério da Saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 2012. 7. BARROSO, Maria Clara da Cunha Salomão. Percepção das crianças acerca da punção venosa por meio do brinquedo terapêutico. 2020. 8. SILVA MT, Silva SRLPT. Cálculo e administração de medicamentos na enfermagem. 5ed. São Paulo. 2019. 9. CONSELHO Federal de Enfermagem. Manual de Nutrição Clínica, alimentação por sonda de administração de nutrição enteral. 2008. 10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 11. UERJ/HUPE /CCIH Procedimento Operacional Padrão. Prevenção de infecção hospitalar associada a cateter vesical, 2011. 12. NEVES JT, LOBÃO MJ. Estudo Multicêntrico de Oxigenoterapia: uma auditoria nacional aos procedimentos de oxigenoterapia em enfermarias de medicina interna. 2012. 13. BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Atencao a Saude.Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. Atencao humanizada ao recem- nascido de baixo peso: Metodo Canguru/Ministerio da Saude, Secretaria de Atencao a Saude, Departamento de Acoes Programaticas Estrategicas. – 2. ed. – Brasilia : Editora do Ministerio da Saude, 2011. 26 4. ANEXO 27
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