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Cultura do Milho [Zea mays L.] Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 1 Histórico e Origem 1.1 Onde se cultiva o milho e qual sua origem? Cultivado desde a Argentina até o Canadá Outra corrente de pesquisadores afirmam que a origem do milho é na Ásia Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho ➢ Estudos arqueológicos fornecem elementos que permitem afirmar que o milho já existia como cultura, há cerca de 4.000 anos.; ➢ Na cidade do México foram descobertos grãos de pólen com cerca de 60.000 anos; ➢ Também encontraram espigas de milho primitivo, com cerca de 5.000 a 6.000 anos de idade; ➢ Na América do Sul, no Peru, sementes de milho possuíam idade de 2.700 anos a.c. Pode-se afirmar que o milho é uma das plantas cultivadas mais antigas Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Descoberta do milho na América 1492 Colombo introduziu na Europa (Espanha, Portugal, França, e Itália) (Cultivado a princípio em jardins como planta exótica) Reconhecido seu valor alimentício Cultivado como planta econômica, difundiu-se para o resto da Europa Ásia e Norte da África Hoje é cultivado em praticamente todo o mudo, exceto em regiões que apresentam limitações climáticas Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 2 Importância 2.1 - Importância Econômica O desenvolvimento da produção e do mercado do milho devem ser analisados, preferencialmente, sob a ótica das cadeias produtivas ou dos sistemas agro-industriais. Cerca de 70 % da produção mundial e de 70 a 80% do milho produzido no Brasil são consumidos na cadeia produtiva de suínos e aves. O milho é insumo para produção de vários produtos Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milhoa 2.1.1 - Panorama Internacional • Dentro da evolução mundial de produção de milho, o Brasil tem se destacado como terceiro maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. • Apesar de estar entre os três maiores produtores, o Brasil não se destaca entre os países com maior nível de produtividade. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 2.1.2 - Panorama Nacional PRODUÇÄO (t.) Produtos Agrícolas safra 2010 obtida safra 2011 esperada variaçäo (%) Milho (em grão) - Total 56 060 436 55 671 749 -0,7 Milho (em grão) 1ª safra 33 099 482 34 234 728 3,4 Milho (em grão) 2ª safra 22 960 954 21 437 021 -6,6 Fonte IBGE (2011) 0 10 20 30 40 50 60 70 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 M il h õ e s d e t o n e la d a s PRODUÇÃO BRASILEIRA DE MILHO 2000 - 2011 Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Produção de milho no Brasil por regiões Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho - Produtividade de milho no Brasil por regiões. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Produção e produtividade de milho no Nordeste. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 2.2 – Importância social ➢ Necessidade de mão de obra (produção de insumos, equipamentos, processamento, etc.); ➢ Cultivo de subsistência no Nordeste 2.3 - Mercado do Milho ➢ Consumo Humano (25%); ➢ Consumo animal - Cadeia produtiva do milho (80%); Cadeia produtiva do ovo, do leite e da carne ➢ Etanol ❖ Maior Produtor mundial de etanol/milho = EUA Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 3 Utilização do Milho A industrialização do milho para a alimentação humana divide-se basicamente em dois setores, que são o processamento a seco e a úmido. Destinação Forma/Produto Final Uso Animal Direto Silagem; Grãos (inteiro/desintegrado) para aves, suínos e bovinos. Uso Humano Direto de Preparo Caseiro Espiga assada ou cozida; Pamonha; Curau; Pipoca; Pães; Bolos; Broas; Cuscuz; Polenta; Angus; Sopas; Farofa. Indústria de Rações Rações para aves (corte e postura); outras aves; Suínos; Bovinos (corte e leite); Outros mamíferos. Indústria de Alimentos Produtos Finais Amidos; Fubás; Farinhas comuns; Farinha pré-cozidas; Flocadas; Canjicas; Óleo; Creme; Pipocas; Glicose Os Múltiplos Uso do Milho (Planta, Espiga e Grão) no Brasil Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Intermediários Canjicas; Sêmola; Semolina; Moído; Granulado; Farelo de germe. Xarope de Glucose Balas duras; Balas mastigáveis; Goma de mascar; Doces em pasta; salsichas; salames; Mortadelas; Hambúrgueres; Outras carnes processadas; Frutas cristalizadas; Compotas; Biscoitos; Xaropes; Sorvetes; Xarope de Glucose com alto teor de maltose Cervejas Corantes Caramelo Refrigerantes; Cervejas; Bebidas alcoólicas; Molhos. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 2.4 - Valor nutracêutico O milho é um dos alimentos mais nutritivos que existem. Puro ou como ingredientes de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano. Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas (complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio) óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 4 Botânica 4.1 Classificação botânica Família : Poaceae Gênero: Zea Espécie: Zea mays 4.2 Descrição da planta entrenó GRÃOS SEMENTES Raízes fasciculadas Pendão – infloresc. masculina Nós – inserção de folhas e espigas Folha: bainha + lâmina foliar Colmo principal Espiga Raízes adventíceas A) SISTEMA RADICULAR • Raízes primárias ou temporárias • Raízes permanentes ou secundárias • Raízes adventícias ou aéreas Figura 2 – Sistema radicular fasciculado do milho • Raízes primárias ou temporárias ✓Radícula e raízes seminais laterais ✓Desaparecem com o tempo (nutrição inicial) * coleóptilo É a primeira estrutura que cresce em uma nova planta, um elemento tubuloso e oco que recobre e protege o caulículo.O coleóptilo cresce até certa altura e depois cessa o crescimento.O epicótilo, que vem crescendo por dentro, acaba por rasgar o coleóptilo e então surgem as primeira folhas da nova planta. • Raízes permanentes ou secundárias ✓4º ao 6º nós abaixo da superfície do solo ✓Principal fornecedor de água e nutrientes • Raízes adventícias ou aéreas ✓Crescem a partir dos nós acima da superfície ✓Sustentação da planta ✓Absorção de água e nutrientes em camadas superficiais do solo Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Figura 4 – Sistema radicular nodal do milho, com raízes aéreas (adventícias) originando dos nós acima da superfície do solo. B) PARTE AÉREA 1- COLMOS • Formado de nós e entrenós • Órgão de reserva de fotoassimilados • Suportar as folhas e partes florais 2- FOLHAS • Alternadas, lanceoladas e presas aos nós dos colmos • Partes da folha: ✓ Lâmina foliar ✓ Bainha foliar ✓ Aurícula e lígula Visualização de uma planta de milho, em relação a distribuição alternas das folhas. ➢ O embrião tem, geralmente, de 4 a 5 folhas já diferenciadas. As folhas são gradualmente expostas, à medida que o colmo se alonga, mas o crescimento ocorre em sua maior parte quando as folhas ainda estão fechadas. ➢ As folhas estão arranjadas alternadamente e são suportadas pela superposição das suas bainhas que envolvem o colmo. FOLHAS – Produção de fotoassimilados 50% 30% 20% Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 3 - INFLORECÊNCIAS: ➢ A planta do milho é monóica, isto é, possui os dois sexos na mesma planta, separados em inflorescências diferentes. ➢ As flores masculinas localizam-se em uma panícula terminal, conhecida pelonome de flecha ou pendão e as femininas em espigas axilares. ➢ A inflorescência masculina pode atingir de 50 a 60 cm de comprimento, possuindo coloração variável, podendo ser esverdeada, marrom ou vermelho escuro. ➢ A inflorescência feminina, ou espiga, é constituída por um eixo ou ráquis (sabugo). Saindo do ovário desenvolve-se o estilo-estigma dividindo-se em dois na sua extremidade livre. O conjunto de estilo – estigma é que vem a constituir o cabelo, barba ou boneca do milho. A espiga externamente é protegida pelas palhas. - PENDÃO • Inflorescência masculina • Formado por espiguetas • 1 espigueta – 2 flores – 3 anteras/flor Estrutura do pendão do milho. - ESPIGA • Inflorescência feminina • Ramo lateral modificado • Ao longo do sabugo tem-se pares de espiguetas • Cada espigueta – 2 óvulos – 1 fértil e 1 estéril • Estilo-estigma – “cabelo” ou “barba” Partes estruturais da espiga do milho vista por meio de corte longitudinal. ESPIGA – estilo-estigma 4 - SEMENTES: ➢ A semente do milho é um tipo especial de fruto, botanicamente classificado como cariopse. ➢Apresenta basicamente três partes: o pericarpo, endosperma e o embrião. ➢ A camada externa (pericarpo) é derivada da parede do ovário e pode ser incolor, vermelha, marrom, laranja ou variegada. ➢ A ponta do grão é a parte remanescente do tecido que conecta o grão ao sabugo e permite uma rápida absorção de umidade. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Esquema do corte longitudinal do grão de milho com suas partes. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Coloração do pericarpo e do sabugo de milho. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Coloração de espiga. Amarela Branca Bicolor Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Composição química média do grão maduro de milho e de seus componentes. Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho 5 Estádios de desenvolvimento ➢ Para identificação dos estádios de desenvolvimento da planta de milho adotar-se a divisão em fases vegetativa (V) e reprodutiva (R). ➢ As subdivisões (estádios fenológicos) da fase vegetativa são designados numericamente como V1, V2, V3, etc., até Vn, em que “n” representa o estádio de última folha antes do pendoamento. ➢ O primeiro e o último estádio são designados como Ve (emergência) e VT (pendoamento). ➢ As seis subdivisões da fase reprodutiva são designadas numericamente em R1 (florescimento), R2 (grão bolha de água), R3 (grão leitoso), R4 (grão pastoso), R5 (grão farináceo) e R6 (maturidade fisiológica), respectivamente. FENOLOGIA DO MILHO V E G E T A T IV A R E P R O D U T IV A MATURIDADE FISIOLÓGICA10 DUROS9 FARINÁCEOS8 PASTOSOS7 GRÃOS LEITOSOS6 FLORESCIMENTO/POLINIZAÇÃO5 PENDOAMENTO4 12 FOLHAS3 8 FOLHAS2 4 FOLHAS1 EMERGÊNCIA0 Descrição sucintaFaseEstádio Fancelli (1986) – Escala Fenológica FENOLOGIA DO MILHO V E G E T A T IV A PENDOAMENTOVT 18ª FOLHAV18 15ª FOLHAV15 12ª FOLHAV12 9ª FOLHAV9 6ª FOLHAV6 3ª FOLHAV3 2ª FOLHAV2 1ª FOLHAV1 EMERGÊNCIAVE DescriçãoFaseEstádio Ritchie (2003) – Escala Fenológica MAT. FISIOLÓGICA R6 GRÃO FAR. DUROR5 GRÃO FARINÁCEOR4 GRÃO PASTOSOR3 GRÃO LEITOSOR2 FLORESCIMENTOR1 DescriçãoFaseEstádio R E P R O D U T IV A 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA CULTURA DE MILHO SEMANAS APÓS EMERGÊNCIA DIAS APÓS POLINIZAÇÃO - 0 2 4 6 8 9 a 10 12 24 36 48 55 4 folhas 8 folhas 12 folhas emissão do pendão 2 folhas florescimento grãos leitosos grãos pastosos grão farináceo grão farináceo duro ponto de maturidade fisiológica (F a n c e ll i & D o u ra d o N e to , 2 0 0 0 ). 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Semanas após emergência Dias após polinização - 0 2 4 6 8 9 a 10 12 24 36 48 55 7/8 12/14 Pendoamento 4e D e n si d a d e ( p e s o e ta m a n h o ) d e g rã o s D if e re n c ia ç ã o d o s p ri m ó rd io s f lo ra is P o p u la ç ã o i n ic ia l Flor tamanho final da espiga IAF (tamanho de folha e porte de planta) G.L. G.P. G.F. G.F.D. P.M.F. N ú m e ro d e g rã o s N ú m e ro e t a m a n h o m á x im o d a e s p ig a M á x im o m e ta b o li sm o (3 k g N / h a .d ia ) F o rm a ç ã o d o d e n te Diâmetro do colmo ( F a n c e ll i & D o u r a d o N e to , 2 0 0 0 ) . Estádios fenológicos da cultura de milho ESTÁDIO 0 – Estádio VE GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA ✓Germinação – 3 a 5 DAS ✓Emergência – 5 a 10 DAS ✓Embebição e crescimento ✓Elongação do mesocótilo ✓Crescimento de raízes seminais FENOLOGIA DO MILHO TºC e Umidade GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA ESTÁDIO 1 – Planta com 4 folhas (V4) ✓4 folhas (V4) - 6 folhas (V6) ✓2ª semana após a emergência ✓Meristema apical abaixo da superfície – até 4 folhas ✓Definição da produção potencial ✓Tratos culturais – cobertura, foliar, herbicida, inseticida ESTÁDIO 1 Planta com 6 folhas – v6 • 26 dias após o plantio Mato competição (água luz e nutrientes e muito cuidado nas operações de cultivo para não afetar densidade de raízes. ESTÁDIO 2 – Planta com 8 folhas (V8) Queda das primeiras folhas e o n° de fileiras de grãos é definido; ✓8 - 12 folhas ✓4ª-5ª semana após a emergência ✓Fase do cartucho ✓Fase de crescimento acelerado ✓Definição do diâmetro do colmo ✓ 7ª - 8ª folha – confirmação do nº de fileiras de grãos ✓Tratos culturais – aplicação de fungicida ESTÁDIO 3 – Planta com 12 folhas (V12) ✓12-16 folhas ✓7ª-8ª semana após a emergência ✓Período crítico a falta de água ✓Formação das raízes adventícias ✓Definição de área foliar ✓ Confirmação do tamanho e do nº de espigas da planta ✓ Fase de emborrachamento ESTÁDIO 3 Planta com 12 folhas Estádio V12 ESTÁDIO 3 Planta com 15 folhas Estádio V15 • 50 dias após o plantio • A partir deste estádio um novo estádio foliar ocorre a cada um ou dois dias. • Estilos-estigmas iniciam o crescimento nas espigas ESTÁDIO 4 - Estádio VT - Pendoamento ✓Emissão do pendão ✓8ª - 9ª semana após a emergência ✓Definição do ciclo dos materiais – superprecoce, precoce e tardio • 60 dias após o plantio – Temperaturas elevadas acima de 35 graus nesta fase pode reduzir drasticamente a produção; – Deficiência de água afeta o sincronismo pendão/espiga; – O período de liberação do pólen estende-se por 1 ou 2 semanas. Durante esse tempo, cada “cabelo” individual deve emergir e ser polinizado para resultar num grão. ESTÁDIO 4 ou VT Pendoamento Estádio VT ESTÁDIO 5 ou R1 ✓Florescimento ✓9ª - 11ª semana após a emergência ✓Crescimento dos estilos-estigmas até serem polinizados ✓Cessa a elongação do colmo e internódios ✓Definição do nº de óvulos fertilizados ✓Colheita de minimilho Estádio R1 Embonecamento e polinização. • 62 dias após o plantio – Cabelos visíveis, pra fora da espiga. – O grão de pólen percorre por 24 horas o tubo polínico até fertilizar o óvulo; – Em 2 ou 3 dias todos os cabelos foram polinizados; – O cabelo cresce 2,5 a 4,0 cm por dia até ser fertilizado. SEMENTES Espiga GRÃOS Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Estádio R1: espiga e pedúnculo envolvidos por brácteas, com estilos- estigmas visíveis. ESTÁDIO 6 ou R2 Grãos leitosos ✓12-17 dias após a polinização ✓Acentuada translocação de fotoassimilados – enchimento de grãos – 85% de umidade ✓Definição da densidade do grão ✓ Início da formação do embrião ✓Problemas com período nublado e déficit hídrico ESTÁDIO 6 ou R2 Grãos brancos externamente Grão de milho no estádio R2. Milho-Verde no estádio R2 ou grão leitoso, com umidade em torno de 80%. ESTÁDIO 7 ou R3 ✓Grãos pastosos ✓20-30 dias após a polinização ✓Acúmulo de amido - 80% de umidade ✓Rápido acúmulo de MS ✓Ponto de colheita de milho verde – Grãos consistentes- teste do dedo; – Presença de pouco fluido; – 70% de umidade; ESTÁDIO 8 ou R4 ✓Grão farináceo✓35 - 40 dias após a polinização ✓Grão assumindo sua forma - 70% de umidade ✓ Início da formação do dente – genótipos de grão dentado ✓Crescimento do embrião e do endosperma ✓Época da avaliação de doenças foliares ESTÁDIO 8 ou R4 Grãos farináceos, com consistência pastosa ESTÁDIO 9 ou R5 ✓Grão farináceo-duro ✓Grãos morfologicamente completos ✓Perda de umidade - 55% de umidade ✓Redução de acúmulo de MS ✓Entre o estádio 8-9 - Ponto de colheita de silagem Estádios de linha de leite (LL) LL-2 → 25% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO LL-3 → 50% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO LL-4 → 75% DO ENDOSPERMA SOLIDIFICADO LL-5 → ENDOSPERMA COMPLETAMENTE SOLIDIFICADO Formação de dentes – Transição de pastoso para farinácio; –A transição desses dois estádios é marcado pela formação da linha de leite ou linha do amido, que vem avançando para a base do grão. Linha de leite Ponto de silagem Alguns híbridos não formam dentes. Concavidade na parte superior do grão - dente Grãos farináceos-duros ✓45-60 dias após o florescimento ✓Máximo acúmulo de MS e máximo vigor ✓Aparecimento da camada negra ✓32 a 37% de umidade ✓Ponto de silagem de grão úmido ✓Ponto de colheita de sementes? • 115-120 dias após o plantio Estádio R6 Maturação fisiológica Estádio R6 Maturação fisiológica -Formação de camada preta entre o grão e o sabugo – rompimento da ligação com a planta mãe; -Todos os grãos alcançam máximo peso e vigor. -Secamento de follhas; Cultivo de Plantas Alimentícias I - Cultura do milho Estádio R6: desenvolvimento da camada escurecida. PONTO DE COLHEITA • 145 dias após o plantio -A colheita poderá ser feita com 18 a 25% de umidade desde que seja feita a secagem artificial antes de ser armazenado. -O percentual de grãos ardidos ( devido a pragas, chuvas, doenças...) é indicador de qualidade. Máx permitido 6% 13-15% umidade Nos diferentes estádios fenológicos, alguns tratos culturais são necessários: ✓ Emergência (avaliação de pragas desfolhantes e controle se necessário); ✓ Quatro folhas (adubação com nitrogenada); ✓ Seis folhas (cuidados com a adubação potássica no caso de recomendações acima de 100 kg/ha); ✓ Oito folhas (adubação nitrogenada em caso de duas coberturas; fase crítica do ataque da lagarta-do-cartucho); As épocas de manejo a serem implementadas durante o ciclo do milho são definidas com base nos estádios de desenvolvimento da planta ✓ Pré-pendoamento (é fundamental o controle de plantas daninhas); ✓ Florescimento (fase crítica - a falta de chuvas pode comprometer a produção); ✓ Grãos leitosos (a falta de chuva é critica); ✓ Grãos pastosos (fase de colheita para o milho verde – grãos com 80% de água); ✓ Grãos farináceos (fase de colheita para silagem do milho planta inteira); ✓ Grãos duros (maturação fisiológica e grãos totalmente formados, mas ainda com alto teor de água); a colheita inicia-se com 16% de umidade. Exigências climáticas e épocas de plantio – Temperatura ✓ Faixa de temperatura diurna ótima: 25 a 35°C; ✓ Temperaturas acima de 32°C no estádio de 12 folhas reduzem a produção; ✓ Temperaturas diurnas abaixo de 19°C provocam redução do metabolismo e do crescimento da planta; ✓ Média de temperaturas mínimas abaixo de 10°C, deve-se evitar plantio pois a germinação é reduzida. – Água ✓ A produtividade, em grãos e em forragem, do milho depende da água armazenada na camada de solo, no período que antecede a semeadura, e no decorrer do desenvolvimento da cultura; ✓ 500 a 800 mm durante o ciclo para que a cultura possa completar o seu ciclo de vida. – Luz ✓ A planta de milho não tolera a luz difusa típica de tempo nublado ou chuvoso ou causada pela alta população de plantas ✓ Nessas situações, ocorre redução do sincronismo entre a emissão do pendão e da espiga, assim como o tamanho da espiga e do peso de grãos. ✓ Milho safrinha – não existe período pré-fixado para seu plantio ✓ Milho normal – deve ser plantado no início das chuvas OBS: No Nordeste brasileiro o cultivo do milho é caracterizado pelo sistema de sequeiro (plantio no período de chuvas); Época de Plantio A época de semeadura refere-se ao período em que a cultura tem maior probabilidade de desenvolver-se em condições climáticas favoráveis “O ciclo do plantio varia entre 115 e 135 dias” Época de semeadura: Região Sul: 15/08 a 30/09 Região Sudeste 15/09 a 30/10 Região Centro-Oeste 15/10 a 30/11 Regiões N e NE março e abril Período crítico: 15 dias antes e 15 dias depois do florescimento Preparo do solo a) Preparo convencional É o sistema de plantio onde se pratica o revolvimento do solo com objetivo de controlar as plantas daninhas, propiciar melhores condições para colocação das sementes ou partes de plantas e emergência e desenvolvimento das plantas, gerando produção satisfatória. O preparo de solo nesse sistema é dividido em duas etapas: Primário e Secundário ➢ Preparo primário Operação mais grosseira, realizada com arados ou grades pesadas ✓ Visa afrouxar o solo, além de ser utilizado também para incorporação de corretivos, fertilizantes, resíduos vegetais e plantas daninhas ou para descompactação. ✓ Na incorporação de insumos ou material vegetal, os equipamentos de discos são mais eficientes, pois os misturam melhor ao solo, mas têm a desvantagem de causar maior compactação do que o arado de aivecas ou o escarificador. ❖ Aração: Inversão da camada superficial do solo usando arados de disco ou aiveca. ✓ Arado de discos – Conjunto de discos montados separadamente sobre rolamentos no corpo do arado. • Profundidade de 20 a 25 cm • Vence obstáculos (pedras e raízes) mais facilmente que o arado de aiveca. • Maior elevação do solo pelo movimento giratório dos discos, misturando melhor o solo ✓ Arado de aiveca • Inverte o solo em camadas, através da aiveca • Melhor penetração no solo • Solos argilosos e úmidos podem ficar aderidos à aiveca Arados de discos Arado de aiveca ❖ Grade aradora: equipamento de preparo primário mais usado no sistema de plantio convencional. ➢ Vantagens: • Possui alto rendimento; • Indicada para áreas com plantas trepadeiras e grande quantidade de resíduos; • Excelente controle de plantas daninhas. ➢ Pontos negativos • Possui pequena penetração no solo (10 a 12 cm) • Predispõe o solo a erosão Grade aradora Preparo secundário Operação de destorroamento, nivelamento e homogeneização do solo após o preparo primário ❖ Gradagem • Grade de discos (grades leves) Grade de discos b) Plantio direto O plantio direto é uma técnica de cultivo conservacionista na qual procura-se manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. ➢ Sinônimos: plantio direto na palha, cultivo zero, sem preparo, cultivo reduzido, entre outros. ➢ Fundamentos • Eliminação/redução das operações de preparo do solo; • Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas. • Formação e manutenção da cobertura morta. • Rotação de culturas. • Uso de semeadoras específicas ➢ Requisitos para o sucesso do sistema de plantio direto • Gerenciamento e treinamento de mão-de-obra; • Boa drenagem de solos úmidos com lençol freático elevado; • Eliminação, antes da implantação, de compactação ou de camadas adensadas; • A superfície do terreno deve estar nivelada; • Correção da acidez do solo antes de iniciar o plantio direto; • Os níveis de fertilidade devem situar-se na faixa de média a alta; ➢ Função da palhada no plantio direto: • Reduz o impacto das gotas de chuva, protegendo o solo contra a desagregação de partículas e compactação; • Dificulta o escorrimento superficial, aumentando o tempo e a capacidade de infiltração da água da chuva; • Como conseqüência, há uma significativa redução nas perdas de e água solo pela erosão; • Protege a superfície do solo da ação direta dos raios solares, reduzindo a evaporação e, conseqüentemente, mantém maiorquantidade de água disponível no solo; • Reduz a amplitude térmica, favorecendo a atividade biológica; • Aumenta a matéria orgânica no perfil do solo, aumentando a disponibilidade de água para as plantas e melhora suas características físicas; • Ajuda no controle de plantas daninhas, por supressão ou por ação alelopática. Corte de aveia-preta com ceifadeira motorizada Plantio do milho com semeadora/adubadora de plantio direto Aplicação do composto orgânico em cobertura ao lado de plantio do milho, em sistema de Plantio Direto. Plantio direto de milho em palha de sorgo Entre linhas de plantio: 0,9 e 0,8 m Com 55 e 44 plantas por 10 m lineares Espaçamentos mais comuns População mais recomendada nesse espaçamento 55.000 plantas/ha Podendo variar de 45.000 a 70.000 plantas/ha http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e5/Milharal_novo_Avare_021205_REFON_.jpg Em solos mais leves, arenosos, a profundidade pode ser maior, variando de 5 a 8 cm, aproveitando as condições mais favoráveis de umidade do terreno Semeadura A semeadura deve ser superficial, De 3 a 5 cm, em solos mais pesados, que dificultam a emergência http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e5/Milharal_novo_Avare_021205_REFON_.jpg A profundidade de plantio têm-se os melhores resultados quando: Semente fica depositada no sulco de plantio a uma profundidade de 5 cm; Adubo a uma profundidade de 10 a 15 cm, sempre ao lado da semente como mostra o esquema. FERTILIDADE DO SOLO 16* elementos químicos são considerados essenciais para o crescimento das plantas: Não minerais: C, H e O Retirados da atmosfera e da água! Minerais (fornecidos pelo solo) Macronutrientes primários: N, P e K Macronutrientes secundários: Ca, Mg e S Micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn *específicos/em estudo ❖ Manejo de adubação -Identificar as fases que os elementos são exigidos em maior quantidade pelas plantas. O milho apresenta períodos de intensa absorção: ✓ Fase de desenvolvimento vegetativo (estádios V12 a V18), quando o número potencial de grãos está sendo definido; ✓ Fase reprodutiva ou formação da espiga, quando o potencial produtivo é atingido. ✓ A máxima absorção de potássio ocorre 30 a 40 dias de desenvolvimento. Calagem Calagem – é a utilização de calcário ou produtos equivalentes que atuam como agentes corretivos da acidez do solo e como fonte de cálcio e magnésio para as plantas; Finalidade – proporcionar um ambiente de crescimento radicular adequado, diminuindo a atividade no solo de elementos potencialmente tóxicos (alumínio, manganês e ferro) e/ou favorecendo a disponibilidade de nutrientes; Aplicação – uniformemente distribuído sobre a superfície do solo aos dois ou três meses antes do plantio e incorporado até a profundidade de 20 cm. É necessário que haja umidade para que ocorram as reações entre o solo e o calcário. CALAGEM • pH • Ca2+ e Mg2+ • CTC • Fixação de P • Acidez potencial Obs: Aplicação em área total - Incorporação a 20 cm É necessário que haja umidade para que ocorram as reações entre o solo e o calcário. Aplicação de calcário para cultivo de milho FORMULAÇÕES UTILIZADAS – NPK SEMEADURA ✓08-28-16 ✓09-33-12 ✓08-30-12 ✓08-24-12 COBERTURA ✓30-00-20 ✓30-00-15 ✓30-00-10 NITROGÊNIO – ADUBAÇÃO DE COBERTURA PARCELAMENTO E ÉPOCA DE APLICAÇÃO • Período de maior exigência: 35 a 40 dias • Entre a 4º e 6º folha – totalmente expandida • Deve-se parcelar: ✓ Altas doses de nitrogênio (120 a 200Kg/ha); ✓ Solos de textura arenosa; ✓ Áreas sujeitas a chuva de alta intensidade; Recomendação de adubação nitrogenada de cobertura (Fancelli, 1997) PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA Considerando o uso de 30-45 Kg/ha de N na semeadura Condição Época de aplicação solo argiloso e período de baixa pluviosidade 1 3ª - 4ª folha 1ª 3ª - 4ª folha 2ª 6ª - 7ª folha 1ª 3ª - 4ª folha 2ª 7ª - 8ª folha 3ª 10ª - 12ª folha Parcelamento (nº) solos arenosos e/ou condição favorável à lixiviação de nitrogênio sistema de produção sob agricultura irrigada (principalmente pivô central) 2 3 FONTES DE NITROGÊNIO •Sulfato de amônio (20%); •Uréia (45%); •Nitrato de amônio (33%); •Nitrocálcio (15%). •Exigido em pequenas quantidades, porém, são aplicados altas doses; •Solos brasileiros são naturalmente pobres em P disponível; FÓSFORO - P • Fontes: . superfosfatos simples . fosfatos reativos, 0-6 7-15 16-40 >40 2-4 60 40 30 20 4-6 80 60 40 30 6-8 90 70 50 30 8-10 - 90 60 40 10-12 - 100 70 50 P - resina (mg/dm 3 ) P2O5 - kg/ha Rendimento almejado (t/ha) MILHO - ADUBAÇÃO DE SEMEADURA Fonte: Adaptado de Raij & Cantarella (1995) Por Fancelli & Dourado-Neto (1997) RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO FOSFATADA NA SEMEADURA •Semeadura: máximo de 50 Kg/ha de K2O na linha; •Distanciar o K2O das sementes, no mínimo, 8-10 cm; •Opções: aplicar em pré-semeadura ou em cobertura; POTÁSSIO - K Milho < 0,7 0,8 - 1,5 1,6 - 3,0 2-4 - - - 4-6 20 - - 6-8 60 - - 8-10 90 60 20 10-12 110 80 40 Rendimento almejado (t/ha) Potássio adubação de cobertura K trocável - mmol/dm3 K2O - kg/ha Fonte: Adaptado de Raij & Cantarella (1995) Por Fancelli & Dourado-Neto (1997) Recomendação - K Enxofre e Micronutrientes • Histórico da área; • Análise de solo; • Análise foliar; • Aplicação de forma generalizada: desequilíbrio de nutrientes fitotoxidade RECOMENDAÇÕES • Enxofre • Teor no solo: Baixo - <5 ppm 30-50 kg/ha de S Médio - 5-10 ppm 20 Kg/ha de S Alto - >10 ppm 10 Kg/ha de S RECOMENDAÇÕES ZINCO - Zn • Áreas de cerrado, solos arenosos, pobres em MO e calagem excessiva; • Teor no solo for menor que 0,6 mg/dm³ aplicar 3 Kg/ha (Fancelli, 2000); • via foliar – aplicado entre 4ª e 6ª folha e a dosagem pode variar entre 100 a 400g/h RECOMENDAÇÕES • Zn x Cu – doses elevadas de Zn podem afetar a absorção de Cu, predispondo a planta à incidência de doenças (FANCELLI, 2002); • O boro (B) deve ser aplicado via solo: ✓ 3 a 10 kg/ha (aplicado a lanço) (FANCELLI, 2003); • Manganês (Mn) – via foliar ✓ dosagem - 100 a 300 g/ha – 4ª e 8ª folha Irrigação ➢ A cultura do milho é exigente em água, sendo necessários, para a obtenção de elevadas produtividade, de 500 a 800 mm de água por ciclo, adequadamente distribuída. ➢ A fase de desenvolvimento em que a cultura é mais vulnerável ao estresse hídrico é durante o período reprodutivo. ➢ A decisão de irrigar ou não deve levar em consideração diversos fatores: ✓ Quantidade e a distribuição de chuva; ✓ A necessidade de água da cultura; ✓ O efeito da irrigação na produção ✓ A qualidade e a disponibilidade de água. Plantas daninhas ➢ Os efeitos negativos no milho, causados pela presença das plantas daninhas não devem ser atribuídos exclusivamente à competição, mas a um conjunto de pressões ambientais que podem ser diretas ou indiretas. Diretas – competição, alelopatia e interferência na colheita; Indiretas – hospedeiros de insetos e doenças; Podem reduzir o rendimento de 10 a 80 %, dependendo da população, das espécies presentes na área, das condições climáticas e do estádio fenológico da cultura. ➢ Objetivos do manejo de plantas daninhas: ✓ Evitar perdas devido à competição; ✓ Beneficiar as condições de colheita; ✓ Evitar o aumento da infestação; ✓ Proteger o ambiente. ➢ Métodos de controle de plantas daninhas o Controle preventivo - uso de sementes e matéria orgânica livres de propágulos de plantas daninhas; limpeza de equipamento. o Controle cultural - rotação de culturas, espaçamento e densidade adequados, uso de cobertura morta. o Controle mecânico Capina manual Capina mecânica ✓ Finalidade de cultivo; ✓ Época de cultivo; ✓ Nível tecnológico que será empregado; ✓ Resistente às principais doenças; ✓Empresas produtoras de sementes; ✓Comportamento de safras passadas. Escolha da cultivar O milho híbrido é obtido a partir de linhagens puras,cultivadas artificialmente por autofecundação (fertilização dos óvulos de uma flor pelos grãos do pólen produzidos na mesma planta). Do cruzamento dessas linhagens resulta a semente híbrida, empregada nas lavouras comerciais Atualmente, o milho híbrido é responsável pela maior parte do cereal cultivado no mundo. Os pés de milho híbrido produzem, em geral, um terço a mais do cereal do que as melhores variedades desenvolvidas . Uma das variedades mais difundidas no Brasil é o milho branco A planta tem altura próxima de 2,20 metros Sendo que a espiga nasce a 1,10 m do solo Tem como principais finalidades a produção de canjica, grãos e silagem A planta é especialmente resistente às principais doenças foliares Milho transgênico na sua maioria desenvolvido como alternativa para controle pragas e de espécies daninha Diversas instituições de pesquisa desenvolvendo variedades Maior qualidade nutricional Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética • ÉPOCA: ✓Colmos e folhas secas ✓Espigas dobradas ✓Palhas secas ✓Grão secos – 18% de umidade, 150 a 180 DAS COLHEITA DO MILHO • COLHEITA PREMATURA (20 a 22%): ✓Necessidade de secagem ➢ O ponto de maturação fisiológica está associado à formação de uma camada negra na região de inserção entre o grão e o sabugo ➢ Quando mais de 50% dos grãos apresentam essa camada, pode-se dizer que os grãos estão maduros; ➢ A umidade dos grãos na maturação fisiológica é elevada (30 a 33%), o que impede a colheita; ➢ A partir da maturação fisiológica diz-se que o milho está armazenado no campo; ➢ A colheita deve ser realizada quando o grão estiver com umidade em torno de 25%, desde que haja estrutura para secagem artificial dos grãos ➢ Do contrário, o produtor vê-se obrigado a esperar que os grãos atinjam 18-16% de umidade ➢ A colheita manual é realizada, geralmente, por pequenos produtores ou em áreas com declividade elevada. Envolve grande demanda de mão-de- obra, tem baixo rendimento e requer mais tempo para sua execução ➢ A colheita mecânica é realizada por colhedoras acopladas ao trator, com alto rendimento e eficiência de campo de 70 a 80% MILHO EM ESPIGA ✓ < 16% - Pode armazenar as espigas sem qualquer tratamento prévio ✓ 16 a 25% - necessário despalhar as espigas e secá-las por circulação natural de ar ✓ > 25% - secagem obrigatória das espigas previamente despalhadas, por circulação forçada de ar quente SECAGEM DO MILHO MILHO EM GRÃOS ✓< 14% - armazenagem sem problemas ✓14 a 16% - necessário secá-los em secador contínuo ✓> 16% - secagem artificial com ar quente SECAGEM DO MILHO TEMPO DE SECAGEM • Milho até 16% - seca rápido – água livre • 16-13% - secagem lenta – água constituinte da própria célula SECAGEM DO MILHO TEMPERATURA DE SECAGEM • Milho semente – temperaturas abaixo de 40ºC • Milho grão – até 60ºC – altas temperaturas – perda na qualidade do milho (milho quebradiço, deterioração do grão, perda de energia e óleo) SECAGEM DO MILHO ARMAZENAMENTO ESPIGAS ✓ COM PALHAS ➢ Pequeno agricultor ➢ Utilização de paióis ➢ Expurgo – Deltametrine 2% (500g/ton – carência 7 dias) ✓ SEM PALHAS ➢Melhor controle de pragas ➢ Unidade armazenadoras fechadas ➢ Umidade – 12,5 – 18% ARMAZENAMENTO GRÃOS ✓ EM SACOS ➢Melhor condição de manuseio ➢ Observar: combate a insetos e roedores, limpeza e empilhamento, ventilação, beiral (60-70 cm) e estrados ➢ Desvantagem: custo, mão de obra e espaço ✓ A GRANEL ➢ Tecnicamente conduzidos – tipo mais aconselhável ➢ Umidade: 12,5 a 13,5% ➢ Aeração: - uniformizar temperatura, retirar odores e ligeira secagem ARMAZENAMENTO EXPURGO Dosagens e tempo de exposição recomendados para o expurgo do milho com fosfeto de alumínio Obs: grãos com muita impureza (+3%) ou teor de água acima de 13% - dosagens mais altas Armazenamento de milho sabugo em paiol Silos utilizados para armazenamento de milho grão Milho em grão armazenado em sacos de ráfia em galpões Doenças Antracnose-do-colmo (Colletotrichum graminicola) ✓ O aumento da doença está associado ao cultivo mínimo e ao plantio direto e pela não utilização de rotação de culturas; ✓ Provoca lesões escuras, estreitas e alongadas longitudinalmente no colmo e nas bainhas das folhas; ✓ Murcha de folhas apicais e amarelecimento de folhas basais Enfezamento pálido (Spiroplasma kunkelli) ✓Os sintomas - estrias esbranquiçadas irregulares na base das folhas que se estendem em direção ao ápice; ✓ Normalmente, as plantas são raquíticas devido ao encurtamento dos entrenós; ✓ Pode haver uma proliferação de espigas pequenas e sem grãos; ✓ Quando há produção de grãos, eles são pequenos, manchados e frouxos na espiga; ✓ As plantas podem secar precocemente Enfezamento vermelho (fitoplasma) ✓Os sintomas típicos dessa doença são o avermelhamento das folhas; ✓ Perfilhamento na base da planta e nas axilas foliares; ✓ Encurtamento dos entrenós Ferrugem branca ou tropical (Physopella zeae) ✓ Pústulas de cor creme, pequenas, em grupos; ✓ Formato circular a oblongo; ✓ Seca prematura das folhas Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) ✓Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, retangulares a irregulares com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras; ✓ Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos da doença Ferrugem-polissora (Puccinia palysora) ✓No Brasil já foram determinados danos de até 44,6 %; ✓ Pústulas circulares a ovais, marrom claras, distribuídas na face superior das folhas e, com muito menor abundância na face inferior da folha; Podridão branca da espiga (Diploidia maydis e D. macrospora) ✓Apresentam, externamente, lesões marrom-claras, quase negras nas quais é possível observar a presença de pequenos pontinhos negros (picnídios); ✓ Internamente, o tecido da medula adquire coloração marrom, pode se desintegrar permanecendo intactos somente os vasos lenhosos sobre os quais é possível observar também, a presença de picnídios Pragas ➢ Larva alfinete (Diabrotica spp.) ✓ D. speciosa é a espécie predominante no Brasil; ✓ Adultos alimentam-se das folhas; ✓ As larvas, atacam as raízes; ✓ Tem causado prejuízos expressivos nos Estados do Sul e em algumas áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste; ✓ A larva alimenta das raízes e interfere na absorção de nutrientes e água; ✓ Reduz a sustentação das plantas; ✓ Acamamento em situações de ventos fortes e de alta precipitação; ✓ Mais de 3,5 larvas por planta causam danos ao sistema radicular; ✓ Controle é pouco realizado no Brasil. ❖ Pragas iniciais (atacam sementes, raízes e plântulas após a semeadura) ➢ Bicho-bolo, coró ou pão de galinha (Diloboderus abderus, Eutheola humilis, Dyscinetus dubius, Stenocrates sp, Liogenys, sp.) ✓ Importante para lavouras de milho safrinha semeada em plantio direto sobre a resteva da soja; ✓ As larvas danificam as sementes após o plantio prejudicando sua germinação; ✓ Alimentam-se das raízes provocando o definhamento e morte das plantas; ✓ O nível de dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas/m². Larvas de Bicho bolo que ataca a cultura do milho. ➢ Percevejo castanho (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae) ✓ Ocorrência deste inseto é esporádica o que dificulta o estabelecimento de um programa de manejo para impedir os danos desta praga; ✓ Ninfas e os adultos se alimentam nas raízes e sugam a seiva; ✓ O ataque severo causa o definhamento e morte da planta; ✓ Os sintomas de ataques variam com a intensidade e época do ✓ Ataque e muitas vezes são confundidos com deficiência nutricional ou doença da planta. ➢Cupim (Procorniterms sp., Cornitermes sp., Syntermes sp. E Heterotermes sp.) ✓ Os cupins de hábitos subterrâneos dos gêneros Proconitermes e Syntermes são os mais importantes para a cultura do milho; ✓ Atacam as sementes após a semeadura do milho,destruindo-as antes da germinação, acarretando falhas na lavoura; ✓ As raízes também são atacadas, causando descortiçamento das camadas externas, e as plantas amarelecem, murcham e morrem. ❖ Pragas que atacam plântulas ➢ Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) ✓ Grande capacidade de destruição num intervalo curto de tempo; ✓ Danos associados a estiagem após a emergência; ✓ As lagartas recém eclodidas iniciam raspando as folhas e dirigem para a região do coleto da planta, onde cava uma galeria vertical; ✓ A destruição do ponto de crescimento provoca inicialmente murcha e posteriormente morte das folhas centrais provocando o sintoma conhecido como "coração morto”. Sintoma de ataque da lagarta-elasmo em colmo de milho. ➢ Tripes (Frankliniela williamsi) ✓ Danos verificados nos períodos de estiagem após a emergência; ✓ Devido à raspadura do limbo foliar, as folhas apresentam-se amarelecidas, esbranquiçadas ou prateadas; ✓ A infestação pode ser confirmada pela verificação de pequenos insetos amarelados no interior do cartucho e sob altas infestações ocorre murcha das folhas; adulto, larvas e sintomas de ataque em folhas de milho. ➢ Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) - Quando o ataque ocorre no início de desenvolvimento da cultura, a lagarta pode perfurar a base da planta, atingindo o ponto de crescimento e provocar o sintoma de "coração morto", típico da elasmo. Planta nova de milho danificada pela lagarta cartucho do milho. ➢ Broca-da-cana (Diatraea saccharalis) ✓ Os danos em plantas novas são semelhantes aos causados pela lagarta-elasmo, folhas raspadas no inicio da infestação e posteriormente o sintoma de "coração morto" e/ou perfilhamento das plantas sobreviventes. Danos causado pela broca-da-cana do milho. Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) ✓ Os danos resultam da redução da população de plantas produtivas cujos prejuízos são proporcionais a taxa de infestação; ✓ As larvas atacam a região do coleto, cortando as plantas na base o que provoca morte ou perfilhamento; ✓ Os insetos não são facilmente visíveis já que têm atividade preferencialmente noturna. Dano da plântula de milho causada pela lagarta-rosca. ❖ Pragas da fase vegetativa e reprodutiva ➢Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) ✓ Considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil; ✓ O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até o pendoamento e espigamento; ✓ As perdas devido ao ataque da lagarta pode reduzir a produção em até 34%; ✓ No início do ataque, as lagartas raspam as folhas deixando áreas transparentes; ✓Com o seu desenvolvimento, a lagarta localiza-se no cartucho da planta destruindo-o; ✓ O estádio da planta de milho mais sensível ao ataque é o de 8-10 folhas; ✓ A época ideal de realizar medidas para o controle é quando 17% das plantas estiverem com o sintoma de folhas raspadas. Planta adulta atacada pela lagarta-do- cartucho do milho. Lagarta-do-cartucho atacando o pendão do milho (A) e “coração morto” (B). A B Lagarta-do-cartucho danificando a espiga (A) e os grãos (B) de milho. A B Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153 Slide 154 Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159
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