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Patologias da mama

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Doenças mamarias:
• Apresentações clinicas da doença mamária:
- Dor: Mastalgia/mastodinia: Dor ciclica e difusa (normalmente relacionada ao edema pré-menstrual. Ja a dor nao 
cíclica geralmente é localizada e pode ocorrer secundaria a um trauma, infecções, trauma ou cistos rompidos. 
Quase todas as massas dolorosas sao benignas, embora 10% dos canceres estejam relacionados com dor.
- Massas palpáveis: Geralmente medem mais que 2 cm e são comuns. A maioria das massas sao cistos, 
fibroadenomas e carcinomas, com probabilidade de malignidade que aumenta conforme a idade-> 10% Das 
massas palpáveis em mulheres abaixo de 40 anos caracterizam câncer, enquanto 60% das massas em mulheres 
com mais de 50 anos caracterizam câncer.
- Secreção pelo mamilo/Descarga papilar: Menos comum, porém preocupante em relação ao câncer quando ocorre 
de forma unilateral e espontânea-> 7% das mulheres abaixo dos 60 anos com esse sintoma apresentam 
malignidade e 30% acima de 60 anos. A galactorreia (secreção de leite) pode ter relação com adenomas hipofisarios 
produtores de prolactina, hipotireoidismo ou determinada medicações. 
* Achados mamograficos: Os principais sao: Calcificacoes e densidades. Sendo a maioria das neoplasias 
radiologicamente mais densas que os tecidos mamários normais. 
- As calcificações são formadas por secreções, fragmentos necróticos ou estroma hialinizado, estando associada a 
lesões benignas e malignas-> As calcificações associadas a malignidade são normalmente pequenas, irregulares, 
numerosas e agrupadas-> Sendo o carcinoma ducal in situ o mais detectado como calcificações. 
- As densidades são lestes mamarias que substituem o estroma adiposo da mama por tecido mais radiodenso. 
Densidades arredondadas são mais comumente alterações benignas, fibradenomas ou cistos, enquanto os 
carcinomas (malignos) invasivos geralmente formam massas irregulares.
• Doenças inflamatorias: 
• Mastites: Englobam uma série de lesões inflamatórias da mama, algumas de causa infecciosa, outra de etiologia 
desconhecidas. Sao pouco frequentes, e a grande maioria dos casos manifesta-se como um aumento doloroso e 
eritematoso das mamas, relacionados com a lactação. O carcinoma inflamatório da mama simula um processo 
inflamatorio (mastite) em mulheres nao lactantes.
- Mastite aguda da lactação: Infecções agudas da mama que ocorrem durante a lactação, em especial nas primeiras 
semanas de amamentação. Nesse período, a mama fica mais vulnerável a penetração de bactérias (Staphylococcus 
aureus e streptococos), por meio das fissuras e rachaduras no mamilo ou aréola decorrentes do trauma causado 
pela boca do bebe. A infecção inicial causa mastite aguda difusa e dolorosa, com aumento de volume da mama, 
decorrente do edema, hiperemia e exsudato neutrofilico. O Quadro geralmente regride com o uso de antibióticos e 
drenagem completa do leite, por isso é recomendado que a mae continue a amamentar o bebe, visando diminuir o 
- Mastite aguda por lesão decorrente de piercing mamilar-> pode ocorrer.
- Mastite cronica inespecífica: Rara e pode resultar de mastite aguda com resolução incompleta. Caracterizada por 
fibrose e infiltrado inflamatório linfoplasmocitário.
- Mastite granulomatosas: Também sao raras e ocorrem na tuberculose/micoses/sifilis-> A tuberculose mamaria pode 
manifestar-se como massa ou abscesso recorrente, com fistula, podendo simular um carcinoma. Presença de 
granulomas, com centros de necrose caseosa em alguns casos e destruição do parênquima mamário. Diagnóstico 
se da por coloração para BAAR.
• Metaplasia Escamosa dos Ductos Lactíferos: Ocorre tanto em homens quanto mulheres, tendo uma forte 
associação com o tabagismo e complicações do uso de piercing. Está condição resulta em eliminação de queratina 
e subsequente obstrução dos ductos-> Dilatação e a ruptura dos ductos levam a inflamação intensa crônica e 
granulomatose, que se manifesta como uma massa subareaolar dolorosa (abcesso subareolar recorrente, 
metaplasia dos ductos lactíferos e doença de zuska-> sinônimos) em ambos os sexos.
- Tabagismo associado a 90% dos casos, assim, como a deficiência da vitamina A.
- Ocorre independente de lactação, história reprodutiva ou idade.
- Sinais clínicos: Nódulo subareolar, doloroso e edematoso, com episódio de fistulização e drenagem de material 
purulento através do mamilo e da pele da aréola. Pode ocorrer infecção bacteriana secundária e os casos 
recorrentes podem ser complicados por tratos fistulosos periareolares e/ou inversão de mamilo (retração do órgão 
para dentro da mama).
- Patogênese: Obstrução do ducto-> Estase-> Infecção-> Abcesso-> Fístula.
- Tratamento: Excisão cirúrgica dos ductos envolvidos.
Quadro clinico característico da metaplasia escamosa dos ductos lactíferos:
• Ectasia ductal: Acomete os ductos grandes em mulheres peri/pós-menopausa.
. Manifesta-se como descarga papilar sanguinolenta, serosa ou amarelada, associada em 25% dos casos a massas 
palpáveis e as vezes dolorosas.
. Morfologia: Dilatação progressiva dos grandes ductos, com acúmulo de secreção espessa, restos celulares e 
macrófagos xantomizados (lipídicos).
. Essa dilatação ocorre por conta da ruptura dos ductos grandes, que provocam inflamação estromal periductal, com 
infiltrado rico em linfócitos, plasmócitos, macrófagos e fibrose progressiva (em casos de evolução para cura e reparo). 
Com a evolução, a fibrose pode causar retração do mamilo e da pele (inversão).
. Reação granulomatosa pode ocorrer em torno dos cristais de colesterol.
. É diferenciada de alterações fibrocísticos por afeta ductos subareolares da região central, enquanto os ritos surgem 
nos lóbulos.
. Microcalcificacoes tubulares podem surgir nos ductos dilatados, conferindo essas características durante a 
mamografia.
• Lobulite linfocitica (mastopatia linfocitica):Também conhecida como mastopatia diabética ou linfocitica 
esclerosaste, por conta da sua forte associação com DM1 e doença autoimunes da tireoide.
. A comete mulheres jovens e apresenta-se como massa palpável (dura), bem definida e indolor.
. A regressão ocorre de forma espontânea após o controle dos níveis glicêmicos. Sendo o tratamento imediato 
recomendado.
. Microscopia: Estroma colagenizado ao redor dos ductos atróficos, com forte infiltrado linfocítico.
• Necrose gordurosa: Massa indolor e palpável, com espessamento ou retração de pele e 
densidade ou calcificação. 
. Associada a traumas ou processos cirúrgicos.
. Histologia: Lesões evoluem de hemorragia com inflamação aguda e necrose gordurosa 
liquefativa para inflamação crônica, com células gigantes e hemossiderina no tecido fibroso 
(calcificação distrofica).
• Reações a próteses, reconstrução e aumento mamário: Os implantes podem provocar 
reação local e formar uma cápsula fibrosa espessa, que comprime e distorce a prótese, 
causando deformidades estéticas da mama, sendo necessário algumas vezes a 
capsulotomia e retirada da prótese e do tecido fibroso formado ao redor.
. Histologia: Extravasamento de silicone no estroma proximo a protese, reacao granulomatosa englobando o corpo 
estranho (prótese), com macrofagos fagocitando material goticular, linfocitos e plasmocitos.
• Ginecomastia: Pode ser uni ou bilateral e se manifestar como um aumento subareolar.
- Principalmente associada com o desequilibrio hormonal (androgênio x estrogênio).
- Em RN ocorre em 65-90% dos casos-> acredita-se que acontece pela atuação dos hormônios maternos e 
placentários (Estrogenio, progesterona e peptídeos mamotropicos)-> Normalmente retornam durante os primeiros 
meses de vida, com ativação do eixo-hipotálamo-hipófise-gonodas.
- Na fase puberal, atinge 2 a cada 3 meninos-> Inicia-se aos 10 anos e regride em torno dos 14-17, por conta do 
desequilíbrio androgênio/estrogenio-> ação dos estrógenos no tecido mamário, que acarreta em proliferação 
transitória dos ductos e arredores do tecido mesênquimal.
- No periodo senil, pode ocorrer do hipogonadismo, diminuição da concentraçãode testosterona, alterações no 
hormônio LH e pelos valores mantidos de estradiol. 
• Lesoes epiteliais benignas: Divididas em 3 subgrupos: 
1. Doenças nao proliferativas (fibrocisticas) 
2. Doenças proliferativas sem atipias. 
3. Doenças proliferativas com atipias 
• Doenças não proliferativas (alterações fibrocisticas): Modificações mamarias encontradas na clinica (seja em 
mamografias ou exames histopatologicos):
- No geral são caracterizadas por uma massa palpável ou descarga papilar, afetando com maior frequência mulheres 
entre 30-45 anos de idade.
- Atualmente, a expressão “Alteração fibrocistica” é utilizada para se referir a modificações histopatológicas não 
proliferativas caracterizadas pela presença isolada ou associada, de fibrose estromal, cistos, metaplasia apócrina 
ou adenose. 
- Dor eventual e de caráter cíclico, com piora durante os períodos de TPM. 
1. Cistos: Formam-se nas unidades lobulares por dilatação dos ácinos, decorrente da proliferação epitelial e 
compressão pelo tecido fibroso hiperplásico. Em grande maioria, sao pequenos, mas podem coalescer e se 
formarem macrocistos visíveis ao exame macroscópico. Eles sao revestidos por epitélio atrofico, plano ou por 
células de metaplasia apócrina, contendo secreção fluida azulada ou translúcida.
- Microcalcificacoes podem ser vistas na mamografia.
 2. Metaplasia apócrina: Caracterizada por células com citoplasma abundante, acidófilo e granuloso, com núcleos 
redondos, regulares e com nucléolos evidentes. A parte do citoplasma se projeta como microgoticúlas de secreção 
para a luz ductal-> Podendo formar micropapilas.
3. Fibrose: Aumento do estroma conjuntivo denso extra e intralobular-> que comprime engloba ductos e lóbulos 
hipotroficos. Considerada um evento secundario a ruptura de cistos e liberação da secreção no estroma adjacente, o 
qual estimula a inflamação crônica, e o processo de cura e reparo-> neoformação 
conjuntiva.
4. Adenose: Definida como o número aumentado de ácinos por lóbulo, ocorrendo de 
forma fisiologica durante a gestação e pode ser um achado focal em mamas de não 
gestantes. Os ácinos estão frequentemente aumentados, mas não distorcidos, alem 
de serem revestidos por epitélio colunar (que pode exibir atipias), tendo, 
ocasionalmente, presença de calcificações.
• Doenças proliferativas mamárias (sem atipia): Aumentam o risco em 1,5%-2% 
de desenvolvimento de carcinoma invasivo: Estão neste grupo: Hiperplasia 
epitelial, Adenose esclerosante, Lesão esclerosante complexa e Papiloma:
1. Hiperplasia epitelial s/ atipias: Caracterizada pela proliferação do epitélio para o interior de ductos mamários.
- Em geral, nao forma uma massa palpável ou lesão macroscópica, sendo diagnostica incidentalmente em biópsias 
por lesões encontradas a mamografias ou por estarem adjacentes a carcinomas.
- Consiste na proliferação de células epiteliais (luminais e mioepiteliais) acima da membrana basal dos ductos, não 
incluindo o aumento dos ductos terminais ou acinos, que é definido como adenose.
- É dividida em 2 grandes grupos: Hiperplasias sem atipia (que é desse tópico) e com atipias (será vista mais a frente).
2. Adenose esclerosante: Lesão lobulocentrica em que os ácinos proliferados (aumentados em quantidade) são 
distorcidos por conta da fibrose do estroma intra-ocular, resultando em dúctos alongados e comprimidos.
- Pode simular um carcinoma por conta da retração do parênquima, por estar frequentemente associada a 
microcalcificacoes suspeitas e pela distorção arquitetural que provoca, sendo detectáveis na mamografia.
- Células mioepiteliais e o estroma intra-lobular (abundante e com aspecto fusocelular) sao proliferados, simulando 
malignidade.
- Positivos para marcadores epiteliais (certinhas) e mioepiteliais (p63, calponina e actina) na imunohistoquimica.
3. Lesões esclerosantes complexas: Trata-se de uma lesão com resquícios de adenose esclerosante, papilomas e 
hiperplasia epitelial:
- Possui um aspecto irradiado.
- Corresponde a lesões que medem mais que 10 mm, de 1-9mm é considerada uma cicatriz radial. Ambas são 
assintomáticas. 
- Grandes lesões possuem um aspecto microscópico espiculado/estrelado e área central firme, por conta disso 
 podem ser detectadas na mamografia e simular um carcinoma invasivo de crescimento espiculado.
- Lesoes iniciais sao formadas por pequeno grupo de ductos ou tubos em disposição irradiada, em meio ao estroma 
conjuntivo rico em miofibroblastos.
- Cistos e microcalcificacoes associam-se a cicatriz radial. Enquanto lesões maiores e mais complexam contem ainda 
áreas com adenose esclerosante, micropapilomas e hiperplasia epitelial.
- Hiperplasia atipica, carcinoma ductal in situ, carcinoma invasor e neoplasia lobular podem estar associados a lesões 
maiores e mais complexas.
4. Papilomas: Afeta mais comumente mulheres pré-menopausa e manifesta-se com secreção sanguinolenta e 
aumento do volume subareolar. Refletem o crescimento epitelial e os núcleos fibrovasculares associados dentro de 
ductos dilatados. Podendo ser único ou múltiplos.
- Os únicos em grande maioria se originam nos ductos grandes (subareolares), e manifestam-se por derrame papilar 
seroso ou sanguinolento. Quando o ducto se dilata muito, pode formar um nódulo palpável e detectável durante a 
ultrassonografia e a mamografia. Microscopicamente tem-se um estroma fibrovascular arborescente, revestido por 
duas camadas de células (mioepitelial interna e epitelial externa), com pouco pleomorfismo e e mínima atividade 
mitótica, podendo a ver metaplasia apócrina.
- Os múltiplos (periféricos ou micropapilomas) surgem na periferia da mama e envolvem a unidade ductolobular 
terminal (UDLT), estão associados a um maior risco de malignizacao, podendo estar relacionado com hiperplasia 
ducal atípica e carcinoma in situ, sendo necessário uma biopsia, a fim de confirmar essa associação. 
- Marcadores imuno-histoquimicos (Para actina de músculo liso, p63 e ceratina 5) auxiliam no diagnostico diferencial 
para se diferenciar o papiloma de um carcinoma papilífero.
- Descarga papilar hemorragica-> Torção do pedículo-> Infarto da região.
- Descarga papilar serosa-> Obstrução temporária a secreção mamaria normal.
• Doenças proliferativas com atipias: Hiperplasias atipicas: Divididas em ductal e lobular: 
1. Hiperplasia ductal atipica: Semelhante ao carcinoma ducal in situ de baixo grau. 
- Caracterizada pela proliferam de células monomórficas e com distribuição regular-> Formando luzes secundarias 
regulares, arredondadas e uniformes. 
- Lesoes pequenas (<2mm) e as células envolvem parcialmente dois ductos.
- Para ser diagnosticada como HDA: A lesão deve apresentar população uniforme de células e espaços 
geometricamente regulares entre as células ou formação de micropapilas! Devendo conter apenas 1 dessas 
características, ou ambas. Caso envolva completamente os dois ductos, e tenha mais que 2mm, passa a ser 
considerada carcinoma in situ de baixo grau.
- As células monomórficas da HDA sao negativas para ceratinas 5 e 6 e são difusamente positivas para receptores de 
estrogênio, diferentemente do que é visto na hiperplasia ductal usual (sem atipia).
2. Hiperplasia lobular atipica: Caracterizada pela proliferação de células pequenas, sem coesão, arredondadas ou 
cuboides, com citoplasma claro, que preenchem e expandem menos de 50% das unidades lobulares, mantendo a 
arquitetura lobular.
- Seu diagnostico diferencial é feito em relação ao carcinoma lobular in situ (por conta da semelhança), visto que 
possuem o mesmo padrão citológico, porem o 
carcinoma lobular in situ preenche e distende mais de 
50% das unidades lobulares. Por conta da dificuldade 
no diagnostico diferencial a OMS adotou a expressão 
neoplasia lobular para englobar os 2 tipos de lesões 
lobulares (HLA e CLIS). O CLIS apesar de lento oferece 
maior risco de evolução para carcinomain situ (8-10x), 
enquanto o HLA (4x), motivo que os livros justificam para 
diferenciar os 2 tipos de lesões.
- Em geral, as HLA sao positivas para receptores de 
estrógeno e de progesterona e negativa para E-caderina, 
Ceratina 5-6, P53 e HER2.
- As hiperplasias lobulares e ductal atipicas podem ser 
adquiridas através de mutações cromossômicas como a 
perda do cromossomo 16p ou ganho do 17p (No Livro 
fala que se perde a 17p e ganha 6q, mas no slide da 
prof, fala que se ganha a 17p)
- A hiperplasia lobular atípica também mostra perda da 
expressão da molécula de adesão E-caderina, uma 
característica compartilhada com o carcinoma lobular in 
situ.
• Neoplasias benignas: Tumores estromais: Tumores phyllodes e Fibroadenoma: Sao constituídos por células 
epiteliais e células do estroma, sendo considerados “bifásicos” ou fibroepiteliais: 
1. Fibroadenoma: Tumor mamario mais frequente em mulheres com menos de 30 anos. 
- Certos fibroadenomas são policlonais e podem se desenvolver após uso de substancias que estimulam o 
crescimento celular, como ciclosporina-> 50% das mulheres submetidas a transplantes de órgãos que fazem uso 
desse medicamento desenvolvem esse tumor.
- Origem no estroma intra-lobular da mama.
- Em geral tendem a ser múltiplos e bi laterais, podendo aumentar de volume durante a gravidez e no final do ciclo 
menstrual.
- Morfologia: Tumor bem circunscrito, com consistência elástica, medindo de 1-3cm.
- É uma lesão do lobulo mamário, sendo formado pela proliferação do tecido conjuntivo e de epitélio, podendo ser 
pericanalicular ou intracanalicular:
. Intracanalicular: Mais comum, caracterizado pelo crescimento nodular de tecido conjuntivo, em torno e em direção 
aos canalículos epiteliais, que aparecem comprimidos, como fenda, entre os nódulos de tecido fibroso.
. Pericanalicular: Refere-se ao fibroadenoma formado por ductos de aspecto normal, dispostos de forma concêntrica, 
mais numerosos e circundados por tecido conjuntivo.
- Microscopia: Massa tumoral com borda circunscrita e baixa celularidade, com raras mitoses.
2. Tumor Phyllodes/filoide: Faixa etária atingindo é ampla, possuindo pico de incidência entre a quinta e sexta 
década de vida.
- Surgem do estroma mamario intralobular.
- Também é composto por elementos epiteliais e estremais.
- Em sua maioria, as lesões sao benignas, mas podem apresentar malignidade. Tumores benignos são menores que 
4cm, com margens expansivas e bem delimitadas, com atipia celular estroma mínima ou ausente. Já os malignos 
sao maiores que 4 cm, com margens infiltrativas e intensa atipia. Em cerca de 15% dos pacientes, não da para 
realizar essa diferenciação. 
- Morfologia: Massa palpável, densidade demografica, com superficie de corte heterogenea, com a presença de 
fendas com estruturas foliáceas, com presença frequente de áreas císticas.
- Microscopia: Alta celularidade no estroma, proliferação epitelial em forma de projeções do tipo DEDO de luva no 
interior de espaços cisticos e crescimento excessivo de tecido conjuntivo em relação ao epitélio (tecido conjuntivo 
pode ter aspecto fibroso, com grande números de fibroblastos).
- Seus limites nao sao tao definidos como no fibroadenoma (critério de diferenciação), observando com frequência, na 
sua periferia, projeções neoplásicas digitiformes para o parênquima ao lado, por isso, o tumor phyllodes deve ser 
sempre ressecado com certa quantidade de tecido mamário em volta.
Obs: Imagens abaixo.

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