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LIVRO - Contabilidade Agricola e Pecuaria

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CONTABILIDADE 
AGRÍCOLA E PECUÁRIA
PROF. ESP. FELIPE MARTINS ARANHA
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
PROF. ESP. FELIPE MARTINS ARANHA
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
ASPECTOS DA CONTABILIDADE RURAL 
CULTURA TEMPORÁRIA– CONCEITOS E LANÇAMENTOS 
CONTÁBEIS
CULTURA PERMANENTE – CONCEITOS E LANÇAMENTOS 
CONTÁBEIS
DEPRECIAÇÃO NA ATIVIDADE RURAL
CONCEITO DE PLANO DE CONTAS NA ATIVIDADE RURAL
MODELO DE PLANO DE CONTAS NA ATIVIDADE RURAL
ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS AGRÍCOLAS- CONCEITOS 
DO CPC 29
CONTABILIDADE PECUÁRIA INTRODUÇÃO
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – REGISTRO CONTÁBIL 
UTILIZANDO O MÉTODO DE CUSTO
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – CONTABILIZAÇÃO PELO 
MÉTODO DO VALOR JUSTO OU VALOR DE MERCADO
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – CONTABILIZAÇÃO PELO 
MÉTODO DO VALOR JUSTO, PELO VALOR DE MERCADO COM 
RECONHECIMENTO DA RECEITA NO MOMENTO DA VENDA 
DO ANIMAL
RECEITA DA ATIVIDADE RURAL
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEISSEGUNDO CPC 26 (R1)
ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA NA ATIVIDADE RURAL
FLUXO DE CAIXA ATIVIDADE RURAL
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE RURALE 
DEMONSTRAÇÕES
05
09
14
19
25
29
38
43
48
53
60
65
70
75
80
85
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
PROF‘ ESP. FELIPE MARTINS ARANHA
INTRODUÇÃO
Com a expansão e modernização do Agronegócio, os produtores/empresários estão cada 
vez mais preocupados na gestão de suas empresas.
A contabilidade deverá servir de ferramenta para controle do negócio como um todo. 
Devido ao setor rural abranger grande parte da nossa economia, a contabilidade precisa 
acompanhar este desenvolvimento com a finalidade de suprir a demanda dos serviços técnicos 
de contabilidade. Uma vez que as especificidades da atividade rural são muitas.
O profissional contábil para atividade rural vem sendo bastante procurado pelo fato de 
auxiliar no controle e continuidade da empresa, mas também devido ao amontoado de 
legislação que norteia este campo de atuação.
Através da contabilidade o administrador terá relatórios que será como um espelho do 
que acontece na sua propriedade, tais como: relatório de custos, balancetes de verificação, 
demonstrativos financeiros e econômicos entre outros. Como podem ver o caminho do 
profissional contábil é longo... Mas não impossível. Estou aqui para fazer dessa disciplina 
a mais prática possível, buscando trazer a maior quantidade de exemplos do que acontece 
no mercado!
Um forte abraço e contem comigo.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
PROF‘ ESP. FELIPE MARTINS ARANHA
AULA 1
ASPECTOS DA CONTABILIDADE 
RURAL
Nesta disciplina, verificaremos aspectos inerentes às atividades rurais, sobretudo, 
iniciaremos com os conceitos básicos e características dessas empresas, para que nas 
próximas aulas possamos avançar com mais tranqüilidade acerca deste assunto, enfatizando, 
é claro que iremos conhecer todo o processo de contabilização da atividade rural, uma vez 
que o objetivo da contabilidade agropecuária é trazer informações relevantes para tomada de 
decisão de forma tempestiva, através do controle patrimonial da empresa. Afinal, precisamos 
entender a teoria e depois praticar! Vamos nessa.
Empresas Rurais: São aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio 
do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos 
agrícolas.
Na área rural, os campos de atuação podem ser divididos em três partes:
• Atividade Agrícola - produção vegetal
• Atividade de Zootécnica – produção animal
• Atividade Agroindustrial – Indústrias rurais
 1. Atividade Agrícola (plantação) é dividida em dois grupos, ou características de 
culturas:
• Cultura hortícola e forrageira:
 - Cereais (feijão, soja, arroz, milho, trigo, aveia...)
 - Hortaliças (verduras, tomate, pimentão...)
 - Tubérculos (batata, mandioca, cenoura...)
 - Plantas oleaginosas (mamona, amendoim, menta...)
 - Floricultura, forragens, plantas industriais...
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
PROF‘ ESP. FELIPE MARTINS ARANHA
Anote isso
Cultura hortícola e forrageira são aquelas que, de qualquer forma terão seus frutos 
colhidos em até 12 meses, juntamente com o próprio caule, ou seja, se a empresa 
ou o proprietário que tiver praticando a atividade agrícola pretender colher mais frutos 
futuramente, terá que plantar novamente.
• Arboricultura:
- Florestamento (eucalipto, pinho...)
- Pomares (manga, laranja, maçã...)
- Vinhedos, olivais, seringais etc.
Anote isso
No caso da Arboricultura, é notório após análise dos itens acima, que mesmo após a 
colheita dos frutos, ainda existirá a plantação, lembre-se do pé de laranja (colhe a fruta, 
porém a arvore continua plantada), conseqüentemente deverá ser registrado no ativo 
não circulante, devido sua durabilidade maior que 12 meses.
2. Atividade zootécnica: Criação de animais, dos mais variáveis tipos de criação conforme 
abaixo: 
• Criação de abelhas - apicultura;
• Criação de aves - avicultura;
• Criação de coelhos - cunicultura;
• Criação de gado - pecuária;
• Criação de rãs - ranicultura;
• Criação do bicho-da-seda - sericicultura;
3. Atividade Agroindustrial: Finalidade de transformar determinados produtos agrícolas.
Exemplos mais conhecidos da atividade agroindustrial:
• Beneficiamento do café, arroz e milho;
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
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• Transformação de produtos agrícolas (cana de açúcar em álcool e aguardente, uvas em 
vinhos e vinagres)
• Transformação de produtos de origem animal (laticínios e mel)
A Agroindústria utiliza a matéria prima de origem vegetal (agrícola) ou animal (zootécnica) 
e a transforma em um produto.
Ano Agrícola x Exercício Social
Nas empresas de ramo comercial, de serviço ou industrial o exercício social inicia se em 
1º de janeiro e termina em 31 de dezembro, assim como o ano civil.
Estas empresas possuem receitas e despesas constantes ao longo desses 12 meses, 
facilitando a apuração do resultado de sua atividade e levantamento das informações 
contábeis para tomada de decisão. É válido ressaltar que em qualquer mês analisado não 
terá distorções relevantes do resultado, que estará distribuído de maneira praticamente 
uniforme ao longo desses 12 meses, pois sua receita e despesa ocorrem periodicamente. 
Na atividade agrícola a produção ocorre em períodos específicos, até mesmo alguns dias 
de determinado mês do ano, concentrando a receita da operação durante ou após a colheita
Destaca-se que junto com o término da colheita, e quase sempre da comercialização 
temos o encerramento do ano agrícola.
Nem sempre acontece, mas algumas empresas optam por armazenar a safra, visando 
melhores preços, neste caso, encerra-se o ano agrícola após a colheita. Uma vez que não 
faz sentido aguardar a venda da safra armazenada para análise dos resultados!
Se em 31/12 a empresa estiver com os seus produtos ainda plantados, é necessário encerrar 
o exercício social para fins fiscais (imposto de renda), porém somente serão realizadas análisese apuração do resultado da safra a partir do momento da colheita, independentemente do 
encerramento do exercício social.
Forma Jurídica 
Existem duas formas possíveis para exploração da atividade rural:
• Pessoa física (todo ser humano)
• Pessoa jurídica (por meio de um trato reconhecido por lei, formam uma nova pessoa, 
com personalidade distinta.
As pessoas físicas que se encaixam como pequenos e médios produtores rurais em relação 
às pessoas jurídicas possuem algumas vantagens fiscais e também a não obrigatoriedade de 
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
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efetuar a escrituração regular em livros contábeis, pois necessitam apenas de escrituração 
contábil simplificada e um livro caixa. Por outro lado, não é possível ter um controle tão 
eficiente quanto a uma pessoa jurídica.
Associação dentro da atividade Rural
Para que possamos analisar a maneira que ocorre a associação de pessoas físicas na 
atividade rural, devemos primeiro entender que existem dois tipos de investimentos:
• Capital Fundiário: Recurso fixo vinculado a terra, tais como: (edifícios, benfeitorias, pastos, 
cultura permanente)
• Capital de exercício/ operacional/ trabalho: Instrumental necessário para a continuidade 
do negócio (gados para reprodução), animais de trabalho, equipamentos etc.
O capital de exercício poderá ser de longa duração (que não se destina a venda) e também 
de recursos financeiros ou que serão transformados em dinheiro a curto prazo. 
Nestes dois tipos de capitais podem ocorrer as parcerias, ou seja, se uma das partes 
tiver pelo menos um capital (fundiário ou de exercício) poderá então associar-se com outro 
individuo. Através das seguintes modalidades:
• Investidor agropecuário com a propriedade da terra: O próprio proprietário da terra que 
explora a atividade, investindo no capital de exercício e administrando o negócio.
• Parceria: Quando dois indivíduos entram em comum acordo e dividem os lucros e 
prejuízos. Como por exemplo: O detentor das terras entra com a terra (capital fundiário) e a 
outra parte se responsabiliza em manter as atividades operacionais e cuidar dos animais.
• Arrendamento: Proprietário da terra aluga seu capital fundiário por determinado período 
a um empresário. (neste caso o arrendador não corre risco, pois recebe o aluguel mesmo 
que o empresário tenha prejuízo.
• Comodato: Empréstimo por determinado período em condições já pactuadas
• Condomínio: Vários produtores dentro de uma propriedade que dividem o custo entre si.
Características principais do Agronegócio:
• Clima: se por ventura chover, estiar ou fizer muito sol, pode atrapalhar a produção agrícola.
• Condições biológicas: tempo muito frio para plantação de café pode afetar a qualidade 
da produção se aquele produto não suportar a temperatura
Riscos: Pragas, alteração da legislação.
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AULA 2
CULTURAS TEMPORÁRIAS – 
CONCEITOS E LANÇAMENTOS 
CONTÁBEIS
Cultura temporária
São aquelas sujeitas ao replantio após a colheita, normalmente seu período de vida é 
de até 12 meses e como principal característica é que são arrancadas do solo, tais como:
• Soja, arroz, trigo, feijão, batata, amendoim, etc.
Essas culturas devem ser registradas no ativo circulante como se fossem “estoques em 
andamento” na atividade industrial, já na atividade rural será classificada como “Culturas 
temporárias em formação”, devendo então acumular todos os gastos envolvidos no decorrer 
da plantação.
Após o processo de plantação, inicia-se a colheita, e com o fim da colheita deverá ser 
realizado contabilmente o registro da transferência de contas contábeis do valor acumulado 
de “Culturas temporárias em formação” para a conta “Produtos agrícolas”, já que a colheita 
foi feita e então temos o produto acabado, disponível para a venda. 
É importante destacar que os gastos consumidos no beneficiamento e acondicionamento 
do produto agrícola deverão ser debitados a conta de “Produtos agrícolas”.
Custos X Despesas relacionados à cultura temporária
• Custos – Gastos que possuem relação direta ou indiretamente com a cultura ou o 
produto (acabado), ou seja, aqueles que participam diretamente no processo de produção. 
 - Salários do pessoal da plantação da cultura 
 - Insumos 
 - Combustíveis e manutenção das maquinas agrícolas 
 - Depreciação dos Maquinários Agrícolas 
 - Serviços do agrônomo
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Custo de armazenamento 
É possível que após a colheita da cultura, a empresa tem por opção armazenar o produto, 
surgindo assim o gasto de Armazenamento! Como deverá ser contabilizado tal gasto? 
Despesas operacionais ou no ativo circulante?
Os gastos com a armazenagem dos produtos agrícolas, normalmente são considerados 
como “despesas de vendas”, devido ao fato de ocorrer após a finalização do produto e 
também estar disponível para a venda.
Dito isso, será contabilizado como despesas operacionais. Porém, é preciso fazer uma 
ressalva, para efeito contábil o registro como despesas está correto, mas esse custo deverá 
ser considerado de forma gerencial e financeira, para que no momento da venda apure o 
quanto de fato houve de lucro com venda da safra. Exemplo:
A empresa Aranha animais Ltda. teve um custo de produção do milho de R$ 75.000,00, 
mas por decisão de seus administradores manteve essa cultura estocada por 6 meses num 
armazém alugado por 5.000,00 mensais, vendeu a safra toda por 120.000,00. Qual foi o 
lucro na operação?
Considerando o gasto de estocagem na negociação
 
Custo de produção do Milho (75.000,00)
Custo estocagem (30.000,00)
Venda da safra 120.000,00
Lucro correto na negociação 15.000,00 
 
Análise sem o gasto de estocagem na negociação
 
Custo de produção do Milho (75.000,00)
Custo estocagem 0,00
Venda da safra 120.000,00
 
Sensação de ter lucrado mais na negociação 45.000,00 
 
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Caros alunos, até aqui tudo bem?
 Com base no que já vimos, vamos praticar e registrar contabilmente em livro razão 
e após encerrarmos o balanço patrimonial e demonstrações de resultados da CIA Pandemia 
em 31/12/x1. Sabendo as seguintes informações:
 1 - Começou suas atividades com 100.000,00 de capital social aplicado em bancos 
 2 - Comprou à vista 10.000,00 de adubo, sendo que metade foi aplicada na cultura de 
soja e o restante ficou aplicado em estoque.
 3 - A Mao de obra dessa cultura foi de 2.000,00, totalmente paga.
 4 - Houve outros gastos na colheita, à prazo 5.000,00.
 5 - Metade da colheita da Soja foi vendida à prazo 32.000,00
 6 - Despesas operacionais foram pagas a vista, no importe de 3.000,00
 7 - Aluguel do escritório pago a vista, 1.000,00.
 8 - Aquisição de material de expediente, pago à vista 300,00. 
Lançamentos em diário
1 - Ora, se a empresa aplicou seu capital social em bancos, então precisaremos colocar 
este valor na conta bancos e em contra partida capital social (sócio entrou com dinheiro).
D - Bancos 
C – Capital Social 100.000,00
2 - Na compra de insumos (Matéria prima), não confunda! Ainda é um estoque, este que 
foi pago à vista pelo banco.
D – Estoque de insumos 
C – Banco 10.000,00
No lançamento abaixo, é preciso prestar atenção, já que no enunciado deixa evidente a 
utilização de metade daqueleestoque para produção de soja. (produzindo = cultura temporária)
D – Cultura temporária (soja) 
C – Estoque de insumos 5.000,00
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3 - No momento em que é citada a mão de obra utilizada na produção, lembre-se que deve 
ser registrada no ativo circulante “Cultura temporária”, uma vez que faz parte diretamente 
da produção da soja.
D - Cultura temporária (soja) 
C – Banco 2.000,00
4 - Quanto a outros gastos da colheita citado no enunciado, não importam quais os gastos 
e sim que foi no processo de colheita (diretamente na produção da soja). Pagamento à prazo 
significa que comprei de fornecedores.
D - Cultura temporária (soja) 
C – Fornecedores 5.000,00
5 - Neste momento, como é citado que ocorreu a venda, logicamente então, será necessária 
a transferência do saldo da conta “Cultura temporária (soja)” para a conta Estoque Soja, 
devido ao fato do produto estar finalizado e disponível para venda. 
D – Estoque Soja 
C – Cultura temporária (soja) 12.000,00
Na venda é importante lembrar que deverá ser reconhecida a baixa do estoque pelo custo 
do produto vendido, se o estoque estava com saldo de 12.000,00 e teve metade vendida, 
significa que 6.000,00 deverão ser baixados para custos dos produtos vendidos (DRE) 
D – Custo dos produtos vendidos (DRE)
C – Estoque Soja 6.000,00
No caso da venda à prazo, deve-se registrar o valor da venda independente do custo de 
produção
D – Cliente a receber 
C – Receita de Vendas 32.000,00 (DRE)
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6 - Contabilização de despesas operacionais, como já sabe não estão relacionados ao 
processo produtivo diretamente ou indiretamente, então é despesa operacional e não ativo 
circulante.
D – Despesas operacionais
C – Banco 3.000,00
6 - Contabilização de aluguel do escritório, não faz parte da cadeia produtiva da empresa, 
pois os funcionários lotados no escritório não trabalham diretamente ou indiretamente na 
produção.
D – Despesas com aluguéis
C – Banco 1.000,00
7 - Contabilização de materiais de expediente.
D – Despesas com materiais de expediente
C – Banco 300,00
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AULA 3
CULTURA PERMANENTE – 
CONCEITOS E LANÇAMENTOS 
CONTÁBEIS
O que é Cultura Permanente?
São aquelas que mesmo após a colheita continuam vinculadas ao solo, normalmente 
seu período de vida é superior a quatro anos, proporcionando assim mais de uma colheita, 
abaixo, os exemplos de cultura permanente:
• Seringueira, laranjeira, café, goiaba, etc.
(CREPALDI, 2009; MARION, 2010). Rodrigues et al. (2012) destacam que a cultura deverá 
ser classificada como permanente quando sua produção ocorrer mais de uma vez dentro 
da sua vida útil ou se produzir uma única vez, porém ter maturação superior a dois anos. 
Ainda, a cultura permanente, terá um prazo superior a um ano do início de sua formação 
até a produção e colheita dos seus produtos. 
Os gastos necessários para a formação da cultura permanente são classificados no Ativo 
Não Circulante Imobilizado, acumulados em “Cultura Permanente em Formação”. 
Os gastos mais comuns para formação da cultura permanente são:
• Preparo do solo.
• Adubação e preparo do plantio
• Plantio
• Irrigação
• Manutenção no período de crescimento
• Herbicidas
• Depreciação de Equipamentos utilizados na cultura
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Lançamentos em diário da cultura em formação
D – Cultura permanente em formação 
C – Estoque de insumos/ Disponibilidades/ Fornecedores
Após a finalização da cultura, ocorre então a transferência do valor acumulado da conta 
“Cultura Permanente em Formação” para a Conta “Cultura Permanente Formada”, no Ativo 
Imobilizado. 
Lançamentos em diário da cultura formada
D – Cultura permanente formada
C – Cultura permanente em formação
Ressalta-se que após a cultura formada já é possível efetuar a colheita. 
A partir da cultura definitivamente formada, todos os gastos aplicados a ela serão 
apropriados à futura colheita, não mais ao ativo imobilizado (exceto os gastos que agregarem 
vida útil a cultura). 
Os gastos com a colheita deverão ser classificados no Ativo Circulante “Estoques com 
colheita em formação”, com a especificação do tipo do produto. (CREPALDI, 2009). 
Lançamentos em diário dos gastos com a colheita 
D – Colheita em formação (AC) 
C – Estoques / Disponibilidades / Fornecedores
Após o término da colheita, transfere-se o saldo da conta “colheita em formação” para 
conta de “Produtos Agrícolas”, também classificados no Ativo Circulante - Estoque.
Lançamentos em diário da colheita realizada
D – Produtos Agrícolas (AC) 
C – Colheita em formação (AC)
Na conta contábil de “produtos agrícolas” temos os seguintes custos acumulados:
• Beneficiamento 
• Acondicionamento (embalagens)
• Silagem 
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Ainda, na etapa final do processo produtivo, Conforme a venda dos produtos é preciso 
efetuar a baixa proporcional da conta de “Produtos Agrícolas” e reconhecer o valor do custo 
de produção na demonstração de resultados, especificamente na conta de “Custo do Produto 
Vendido (CPV). Assim, confrontando “Receita” e o “Custo do Produto Vendido” para enfim 
apurar o lucro bruto da safra. (CREPALDI, 2009; MARION, 2010)
Lançamentos em diário do reconhecimento do custo da produção vendida
D – Custo do produto vendido - CPV (Resultado) 
C – Produtos agrícolas (Estoque)
Pois bem pessoal, que tal iniciarmos a prática contábil destes fatos supracitados. 
Contas do balanço 2019 (saldo inicial):
Caixa e equivalentes de caixa 300.000
Estoques de produtos agrícolas 150.000
Cultura temporária em formação 80.000
Terras 800.000,00
Maquinas agrícolas 100.000,00
Cultura permanente em formação 220.000,00
Contas a pagar 180.000,00
Capital social 1.400.000,00
Lucros acumulados de 60.500,00
Contabilize as operações:
1 – A cultura permanente começou a produzir.
2 – Pagamento de contas a pagar.
3 – Aplicações de diversos insumos às culturas, à prazo, sendo 50.000,00 para a temporária 
e 120.000,00 a permanente.
4 – Venda dos produtos que estavam no estoque, por 250.000,00 à prazo. 
5 – Pagamentos de mão de obra aplicada a cultura permanente 70.000,00 e temporária 
20.000,00
6 – Contabilizar a colheita de ambas as culturas
 
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Fonte: https://unsplash.com/photos/hCb3lIB8L8E 
Conforme o enunciado, vamos primeiro montar um balancete de verificação e em seguida 
registrar os lançamentos contábeis. Mas não custa nada dizer, num balancete de verificação 
débitos e créditos devem ser iguais.
 
Iniciando lançamentos contábeis:
1- Se a cultura permanente começou a produzir, então significa que a cultura permanente 
em formação deixará de existir.
 D – Cultura permanente formada
 C – Cultura permanente em formação 220.000,00
2 – Pagou contas a pagar (saiu recursos do banco)
D – Contas a pagar 
C – Caixa/ Bancos 180.000,00
https://unsplash.com/photos/hCb3lIB8L8E 
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3 – Aquisição à prazo de insumos referente cultura temporária e permanente.
D – Cultura temporária em formação - 50.000,00
D – Colheita em formação – 120.000,00
C – Fornecedores 170.000,00
4 – Venda de produtos = baixa de estoques e reconhecimento da receita
D – Clientes a receber
C – Receitas de vendas 250.000,00
D – Custo do produto vendido (resultado)
C – Produtos agrícolas (Estoque) 150.000,00
5 – Pagamento de mão de obra (saiu recurso do banco) 
D – Colheita em formação – 70.000,00
D – Cultura temporária em formação – 20.000,00
C – Caixa/ Bancos 90.000,00
6 – Colheu? Sim! Então, transfiraos saldos de colheita em formação e Cultura temporária 
em formação para estoque de produtos agrícolas
D – Produtos agrícolas (Estoque) – 340.000,00
C – Colheita em formação – 190.000
C – Cultura temporária em formação – 150.000,00
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AULA 4
DEPRECIAÇÃO NA ATIVIDADE 
RURAL
Depreciar significa reduzir valor devido aos desgastes por uso, ação da natureza, ou 
obsolescência. Na contabilidade a depreciação é registrada periodicamente no resultado e 
deduzida do imobilizado pela qual corresponde. (MARION et. al. 2012).
A depreciação não representa uma despesa ou custo real. Os montantes constituídos de 
depreciação indicam o desgaste dos ativos tangíveis, não interferindo no caixa da empresa. 
Depreciação segundo o Pronunciamento Técnico: “É a alocação sistemática do valor do 
desgaste de um ativo ao longo da sua vida útil”.
Conforme o Pronunciamento Técnico 27, a depreciação deverá ser reconhecida no resultado, 
porém o seu valor também poderá ser incluído no custo de um produto, pois os benefícios 
econômicos futuros do ativo podem ser absorvidos para a produção de outros ativos, por 
exemplo, a depreciação de uma máquina utilizada na produção é incluída no custo de produção 
de um item de estoque.
É importante dizer que existem algumas divergências na utilização dos seguintes termos 
na contabilidade agropecuária e abaixo vamos entender cada um desses citados:
• Amortização
• Exaustão
• Depreciação
Amortização é aplicada a quaisquer tipos de bens do ativo fixo ou imobilizado, com vida 
útil limitada, classificados como ativos intangíveis. 
Amortização é o valor deduzido do bem quando for classificado como intangível (aquele 
que não é material físico) de duração limitada, assim como: 
• marcas;
• patentes;
• licenças;
• softwares;
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• franquias;
• fundo de comércio adquirido;
• direitos autorais;
• capital intelectual.
 Exaustão seria sinônimo de amortização em sentido amplo, porém sendo aplicada somente 
aos recursos naturais exauríveis, como reservas florestais, petrolíferas etc. 
Na agropecuária temos um exemplo de bem que poderá sofrer a exaustão que é o pasto, 
sendo considerado como um dos itens mais importantes do planejamento do negócio, já 
que a boa pastagem tem muita influência na qualidade do gado e consequentemente afeta 
o rendimento de todo o projeto. 
Já a depreciação é aplicada somente aos bens da empresa classificados na categoria de 
tangíveis, como máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, edifícios etc.
Em outras palavras depreciação é a diminuição do valor dos bens, podendo ser por 
desgastes devidos sua utilização ou perda da utilidade por uso ou obsolescência.
Professor quando será o início e término da depreciação?
Meu caro aluno, a depreciação inicia quando o bem está no local a ser utilizado e em 
condição de funcionamento.
Só poderá ser depreciado aquele bem que está disponível para uso.
Quanto ao fim da depreciação só poderá deixar de ser depreciado quando o mesmo for 
classificado em grupo de ativo mantido para venda ou no momento em que for baixado, de 
maneira geral, qual ocorrer primeiro.
Somente para complementar, gostaria que anotassem.
“O simples fato do bem ser encaminhado ao setor de manutenção, o mesmo deverá 
sofrer depreciação”.
Seguindo em frente... já conceituamos a amortização, exaustão de forma mais simplificada e 
agora vamos focar na depreciação, já que na atividade rural utilizaremos com maior frequência.
 Segue os itens ou bens que deverão ser depreciados na atividade rural:
• Culturas permanentes.
• Máquinas e equipamentos 
• Tratores 
• Gados reprodutores 
• Animais de trabalho
• Outros bens de propriedade da empresa
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Quanto à depreciação da cultura é iniciada no final da primeira colheita. Será depreciada 
toda cultura permanente que produzir frutos, como:
• Cafeeira
• Laranjeira 
• Jaqueira
Para efetuar a depreciação mensal é levada em consideração a vida útil do bem. Máquinas 
e outros equipamentos normalmente têm seu cálculo de vida útil estipulado pelo próprio 
fabricante, quanto à depreciação de animais e culturas deverá ter análise de tempo de vida 
útil dos seguintes profissionais:
• Agrônomos
• Veterinários 
• Técnicos agrícolas
Sendo que estes profissionais fazem a avaliação da vida útil por meio de análise do tipo 
de solo, clima ou função da produção estimada.
Anote isso
Não são todos os bens que poderão sofrer a dedução por depreciação, por exemplo:
• Terrenos, salvo em melhoramentos ou construções
• Obra de arte
• Prédios e construções não utilizados na produção
• Imóveis destinados à venda
Animais constantes no ativo imobilizado da empresa, por ser considerado ativo tangível de 
vida útil limitada devido ao fato de que conforme for passando o tempo terá sua capacidade 
de produção reduzida, assim como podemos comparar uma máquina industrial que ao 
passar do tempo vai se desgastando, denomina-se este valor de dedução como depreciação.
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Métodos para calcular a depreciação
Existem vários métodos, exemplo de alguns deles:
• Método das quotas constantes ou linear
 - Esse método divide o valor do bem do ativo pelo tempo de vida útil, obtendo a 
quota de depreciação anual, sendo o valor que deve ser reconhecido como despesa a cada 
exercício (MARION et. al. 2012)
• Depreciação em função das Unidades produzidas:
QUADRO 1. Informações do exemplo: 
Valor Máquina 400.000,00 
Capacidade Produtiva Estimada 1.000.000 unid.
1° ano Capacidade Produtiva 100.000 unid.
2° ano Capacidade Produtiva 150.000 unid.
3° ano Capacidade Produtiva 200.000 unid.
4° ano Capacidade Produtiva 250.000 unid.
5° ano Capacidade Produtiva 300.000 unid.
Fonte: Marion et. al. (2012)
Ano Produção Taxa de Depreciação
1 100.000 10%
2 150.000 15%
3 200.000 20%
4 250.000 25%
5 300.000 30%
Fonte: Marion et. al. (2012)
• Método das quotas decrescentes 
Segundo Marion et. al. (2012), a despesa com manutenção em uma máquina nova no 
seu primeiro ano é baixa, mas ao longo da sua vida útil é crescente. 
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Ainda depreciar decrescente equilibra os gastos com manutenção com os valores de 
depreciação.
QUADRO 2 - Informações do exemplo:
 
Valor máquina 90.000,00 
Vida útil 5 anos
Soma dos dígitos 1+2+3+4+5
Fonte: Marion et. al. (2012)
QUADRO 3 - Cálculo dos Fatores de Depreciação Anuais e Quotas
Ano Fator Valor do bem Quota
1º 5/15 X 90.000,00 30.000,00 
2º 4/15 X 90.000,00 24.000,00 
3º 3/15 X 90.000,00 18.000,00 
4º 2/15 X 90.000,00 12.000,00 
5º 1/15 X 90.000,00 6.000,00 
 Fonte: Marion et. al. (2012)
 
QUADRO 4 - Tabela Depreciação Acumulada e Valor Contábil: 
 
 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Valor do bem 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 
Depreciação do exercício 30.000,00 24.000,00 18.000,00 12.000,00 6.000,00 
Depreciação acumulada 30.000,00 54.000,00 72.000,00 84.000,00 90.000,00 
Valor contábil 60.000,00 36.000,00 18.000,00 6.000,00 -
Fonte: Marion et. al.(2012)
O método de cálculo mais utilizado é o método constante ou Linear devido a sua forma 
fácil de obter e aceitação dos órgãos fiscais. Segue exemplo:
A empresa Cilada S/A em 01/01/20x9, praticou as seguintes operações: 
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 - Aquisição de máquina agrícola 
 - Valor de 20.000,00 
 - Vida útil de 05 anos 
Alunos me ajudem nessa...
 Se a vida útil do bem foi de 5 anos podemos então subentender que a depreciação anual 
desta máquina é de 20%. Ok?
Continuando >> 20.000,00 x 20% = 4.000,00a depreciação anual
Para fins de lançamento contábil é preciso descobrir a depreciação mensal, então 4.000,00 
/12 = 333,33
Lançamento da cota de depreciação mensal
D – Despesas com depreciação (Custos/Despesas)
C – Depreciação acumulada
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AULA 5
CONCEITO DE PLANO DE CONTAS 
NA ATIVIDADE RURAL
Afinal, para que serve o plano de contas?
Serve para auxiliar a controlar o patrimônio da entidade e registrar todos os fatos ocorridos, 
nele deve conter todas as contas que a empresa julgar necessário, pois não existe um padrão 
específico de plano de contas, devendo então cada empresa estruturá-lo. Como regra geral 
é dividido em dois grupos de contas patrimoniais (ativo e passivo) e dois grupos de contas 
de resultado (receita e despesa), conforme também a lei das S/A (6.404/76). Abaixo, segue 
alguns elementos que o compõe:
• Contas de grupo do ativo
• Subgrupos do ativo
• Contas do grupo do passivo
• Subgrupo do passivo
• Subgrupo do PL
• Contas do grupo de receita
• Contas do grupo de despesa
• Entre outros.
Quanto ao nível de detalhamento não existe regra, pois a empresa que decide a melhor 
forma para controlar seu patrimônio através do plano de contas, também é preciso lembrar 
que não existe quantidade mínima e muito menos máxima de contas contábeis.
O plano de contas também é conhecido como:
• Modelo de contas 
• Estrutura de contas
• Elenco de contas 
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Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/calculadora-c%C3%A1lculo-seguro-finan%C3%A7as-385506/
A empresa utiliza o plano de contas não apenas por causa da legislação, mas também pelo 
fato de que através dele é possível tomar decisões administrativas com maior confiabilidade 
nas informações contábeis e financeiras. Tais como:
• Cobrança de clientes (caso não venha recebendo em dia)
• Controle de estoques (se compra mais ou não)
• Buscar recursos externos para capital de giro (Empréstimos e financiamentos) 
• Diminuição nas vendas 
• Recolhimento de impostos
• Pagamento de funcionários
• Entre outros benefícios
Quais as contas que não podem faltar na constituição do plano de contas das empresas 
que exploram atividades rurais, além daquelas básicas de todas as empresas:
• Conta para apurar resultado separadamente das demais atividades
• Segregação das contas de resultados por grupo de atividade
• Grupo de receitas específicas
• Grupo de despesas específicas
Na elaboração do plano de contas, com a finalidade de facilitar a compreensão dos usuários 
podemos utilizar alguma forma de uniformizar a codificação das contas contábeis.
https://pixabay.com/pt/photos/calculadora-c%C3%A1lculo-seguro-finan%C3%A7as-385506/
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Se deixarmos a codificação 1 para contas elencadas no ativo e 2 para passivos, teríamos 
um plano de contas aproximadamente neste modelo:
 
1. Ativo 2. Passivo
1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante
1.1.1. Disponibilidades 2.2. Passivo não circulante
1.1.2. Direitos realizáveis 2.3. Patrimônio líquido
1.1.3. Estoques 2.3.1. Capital social
1.1.4 Despesas do exercício seguinte 2.3.2. Reservas de capital
1.2. Ativo não circulante 2.3.3. Partes beneficiárias
1.2.1. Ativo realizável a Longo prazo 2.3.4. Bônus da Subscrição
1.2.2. Investimentos 2.3.5. Reservas de lucros 
1.2.3. Imobilizado 2.3.5.1 Lucros
1.2.4. Intangível
 
Assim como podemos deixar 3 para receitas e para despesas 4:
31. RECEITAS 41. CUSTOS
311. Receita de Vendas 411. Custos de rebanhos
311.3. Produtos agrícolas 411.1. Custo do rebanho bovino
311.3.1. Arroz 411.1.1. Aquisição de gado
321. Deduções da Receita Bruta 411.1.2. Transporte
321.2. Devolução de Produtos 411.1.3. Mão de obra na aquisição e marcação
321.3. Devolução de Mercadorias 411.1.4. Alimentação
331. Receitas Financeiras 412. Custos de culturas agrícolas
331.1. Variações Monetárias Ativas 412.1. Custo da cultura de arroz
332. Variações Cambiais Ativas 412.1.1. Sementes
333. Outras Receitas Financeiras 412.1.2. Adubos e defensivos
333.1. Juros de Aplicações Financeiras 412.1.3. Mão de obra de plantio
341. Receitas c/ Investimentos 413. Variações por perdas
341.1. Receita de Equivalência Patrimonial 413.1. Variações nos rebanhos
341.1.2. Empresas Coligadas 413.1.1. Norte de gado bovino
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351. Receitas Operacionais Diversas 42. DESPESAS
351.1. Superveniências ativas 421. Despesas de Pessoal
351.1.1. Nascimento de gado 421.1. Ordenados, Salários e Comissões
351.2. Aluguéis e Arrendamentos 421.2. Férias
Ao edificar um plano de contas é preciso atentar-se ao ramo de atividade da empresa, 
colhendo os seguintes dados:
• Forma jurídica da entidade
• Ramo de atividade
• Sistema de operações
• Volume de negócio
Anote isso
No momento do planejamento das contas contábeis existe a necessidade estruturar o 
plano de contas como um todo modificando tudo que já tenha visto ou feito, pois em 
sua maioria só haverá alterações em contas dos grupos, por exemplo, o surgimento 
das seguintes contas:
• Soja (estoque)
• Milho (estoque)
• Animais de trabalho (imobilizado)
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AULA 6
MODELO DE PLANO DE CONTAS NA 
ATIVIDADE RURAL
Segue modelo do plano de contas da atividade rural onde podemos discutir e analisar 
algumas operações que ocorrem nas respectivas contas.
DESCRIÇÃO S/A
1. ATIVO S
11. ATIVO CIRCULANTE S
111. Disponibilidades S
111.1. Caixa Geral A
111.2. Bancos c/ Movimento A
111.3. Numerário em Trânsito A
111.4. Aplicações Financeiras de Resgate Imediato A
111.5. Depósitos Bancários Caucionados A
112. Clientes S
112.1. Duplicatas a Receber A
112.2. Duplicatas a Receber - Empresas Ligadas A
112.4. (-) Créditos de Liquidação Duvidosa A
113. Créditos Diversos S
113.1. Títulos a Receber S
113.2. Empréstimos a Receber A
113.3. Cheques a Receber A
113.4. Lucros e Dividendos a Receber A
113.5. Bancos - Contas Vinculadas A
113.6. (-) Créditos de Liquidação Duvidosa A
113.7. Adiantamentos S
113.7.1. Adiantamento p/ Viagens A
113.7.2. Adiantamento p/ Despesas A
113.7.3. Adiantamento de Salários A
113.7.4. Adiantamento de 13º Salário A
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113.7.5. Adiantamento de Férias A
113.7.6. Adiantamentos a Terceiros A
114. Impostos e Contribuições a Recuperar S
114.1. ISS a Recuperar A
115. Aplicações Financeiras S
115.1. Fundos de Investimento A
115.2. Certificados de Depósitos Bancários A
116. Rebanhos S
116.1. Rebanho bovino em formação S
116.1.1. Bezerros de 0 a 12 meses A
116.1.2. Bezerras de 0 a 12 meses A
116.1.3. Novilhos de 13 a 24 meses A
116.1.4. Novilhas de 13 a 24 meses A
116.2.Rebanho bovino para corte A
116.2.1. Gado de engorda A
116.2.2. Touros descartados A
116.2.3. Matrizes descartadas A
116.3.Rebanho bovino em trânsito A
116.3.1. Reses em trânsito A
116.3.2. Reses a classificar A
116.3.3. Reses em pastagens de terceiros A
116.3.4. Reses em confinamento A
116.4. Rebanho de equinos A
116.5. Rebanho de ovinos A
118. Estoques S
118.1. Estoques de produtos agrícolas S
118.1.1. arroz A
118.1.2. soja A
118.1.3. milho A
118.4. Estoques de insumos S
118.4.1. Insumos para a pecuária A
118.4.2. Insumos para a agricultura A
119. Despesas a Apropriar S
119.1. Prêmios de Seguros A
119.2. Encargos Financeiros A
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119.3. Assinaturas de Publicações A
119.4. Aluguéis e Arrendamentos A
12. ATIVO NÃO CIRCULANTE S
121. Realizável a Longo Prazo S
121.1. Créditos c/ Acionistas e Quotistas A
121.2. Créditos c/ Diretores A
121.3. Créditos c/ Empresas Ligadas A
122. InvestimentosS
122.1. Empresas Controladas A
122.2. Empresas Coligadas A
122.3. Ágio na Aquisição de Investimentos A
122.4. (-) Amortização Acumulada do Ágio A
122.5. (-) Deságio na Aquisição de Investimentos A
122.6. Amortização Acumulada do Deságio A
122.7. (-) Provisão p/ Perdas c/ Investimentos A
122.8 Participações por Incentivos Fiscais A
123. Imobilizado S
123.1. Terras S
123.1.1. Terras da Granja - Fazenda A
123.1.2. Pastagens A
123.2 Edificações da produção pastoril S
123.2. Mangueiras A
123.2.1 Balança A
123.2.2 Currais A
123.2.3 Confinamentos S
123.3 Edificações da produção agrícola S
123.3.1 Silos e Secadores A
123.3.2 Depósitos A
123.4 Construções residenciais S
123.4.1 Residência sede A
123.4.2 Residência de funcionários A
123.5. Outras edificações S
123.5.1 Barragens A
123.5.2 Pista de pouso A
123.6 Bens Móveis S
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123.6.1. Caminhões A
123.6.2 Tratores e Retroescavadeira A
123.6.3 Aeronaves A
123.6.4 Máquinas Colheitadeiras A
123.6.5 Implementos agrícolas A
123.6.6. Ferramentas da Oficina A
123.6.7 Aparelhos e equipamentos de Nível Laser A
123.6.9. Móveis e utensílios A
123.7. Rebanhos S
123.7.1. Reprodutores S
123.7.2. Gado A
123.8. Matrizes S
123.8.1. Gado A
123.9. Semoventes de Produção S
123.9.1 Gado leiteiro A
123.99. Depreciação e exaustão A
123.99.1 Depreciação acumulada A
123.99.2 Exaustão acumulada A
124. Intangível S
124.1.1 Marcas e Patentes A
124.2.99 (-) Amortização Acumulada A
2.PASSIVO S
21. PASSIVO CIRCULANTE S
211. Empréstimos e Financiamentos S
211.1. Empréstimos Bancários A
211.2. Empréstimos do Exterior A
211.3. Financiamentos Custeio Agrícola A
211.5. Títulos a Pagar A
212. Fornecedores S
212.1. Fornecedores em geral A
212.2. (-) Duplicatas Descontadas A
213. Impostos e Contribuições a Recolher S
213.1. ICMS a recolher A
213.2. IRPJ a recolher A
213.3. Contribuição Social s/ Lucro Líquido a recolher A
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213.4. PIS Receita Bruta a recolher A
213.5. Cofins Receita Bruta a recolher A
213.6. IRRF a recolher A
213.7. ISS a recolher A
213.8. INSS a recolher A
213.9. FGTS a recolher A
213.10. Contribuição Sindical a recolher A
214. Contas a Pagar S
214.1. Salários A
215. Obrigações c/ Terceiros S
215.1. Adiantamento de Clientes A
215.2. Arrendamento Mercantil a Pagar A
216. Dividendos e Lucros a Pagar S
216.1 Dividendos e Lucros a Pagar A
217. Provisões p/ Tributos e Contribuições S
217.1. Provisão p/ Imposto de Renda A
217.2. Provisão p/ Contribuição Social s/ Lucro Líquido A
218. Outras Provisões S
218.1. Provisão p/ Férias A
218.2. Provisão p/ 13º Salário A
22. PASSIVO NÃO CIRCULANTE S
221. Empréstimos e Financiamentos S
221.1. Empréstimos Bancários A
221.2. Empréstimos do Exterior A
222. Obrigações com Terceiros S
222.1. Arrendamento Mercantil a Pagar A
222.2. Créditos de Acionistas e Quotistas A
222.3. Créditos de Empresas Ligadas A
24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO S
241. Capital Social S
241.1. Capital Social Subscrito A
241.2. (-) Capital Social a Integralizar A
242. Reservas de Capital S
242.1. Ágio na Emissão de Ações A
242.2. Produto da Alienação de Partes Beneficiárias A
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243. Ajustes de Avaliação Patrimonial S
243.1. Ajustes de Imóveis Próprios A
243.2. Ajustes de Investimentos Próprios A
244. Reserva de Lucros S
244.1. Reservas para Investimentos A
244.2. Reservas de Incentivos Fiscais A
245. Resultados Acumulados S
245.1. Lucros a Destinar (Conta Transitória) S
245.2. (-) Prejuízos Acumulados A
245.3. Resultado Parcial do Exercício A
31. RECEITAS S
311. Receita de Vendas S
311.1. Pecuária e outros animais S
311.1.1. Venda de gado A
311.3. Produtos agrícolas S
311.3.1. Arroz A
311.3.2. Soja A
311.3.3. Milho A
321. Deduções da Receita Bruta S
321.1. Vendas Canceladas A
321.2. Devolução de Produtos A
321.3. Devolução de Mercadorias A
323. Impostos e Contribuições s/ Vendas S
323.1. ICMS A
323.2. ISS A
323.3. Cofins A
323.4. PIS A
331. Receitas Financeiras S
331.1. Variações Monetárias Ativas A
332. Variações Cambiais Ativas A
333. Outras Receitas Financeiras S
333.1. Juros de Aplicações Financeiras A
341. Receitas c/ Investimentos S
341.1. Receita de Equivalência Patrimonial A
341.1.2. Empresas Coligadas A
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342. Receita de Dividendos e Lucros S
342.1. Dividendos e Lucros de Empresas Controladas A
342.2. Dividendos e Lucros de Empresas Coligadas A
342.3. Dividendos e Lucros de Outras Empresas A
351. Receitas Operacionais Diversas S
351.1. Superveniências ativas S
351.1.1. Nascimento de gado A
351.2. Aluguéis e Arrendamentos A
361. Reversão de Provisões S
361.1. Reversão de Provisão p/ Férias A
361.2. Reversão de Provisão p/ Imposto de Renda A
361.3. Provisão p/ Perdas A
361.4. Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado A
371. Receitas da Alienação do Ativo Não Circulante S
371.1. Vendas de Investimentos A
371.2. Vendas de Imobilizado A
381. Contas de Apuração S
381.1. Exercício agrícola A
381.2. Exercício pastoril A
381.3. Exercício A
381.4. Lucro do Exercício A
41. CUSTOS S
411. Custos de rebanhos S
411.1. Custo do rebanho bovino S
411.1.1. Aquisição de gado A
411.1.2. Transporte A
411.1.3. Mão de obra na aquisição e marcação A
411.1.4. Alimentação S
411.2. Custo do rebanho equino A
411.2.1. Aquisição A
411.2.2. Transporte A
411.2.3. Mão de obra na aquisição e marcação A
411.2.4. Alimentação A
412. Custos de culturas agrícolas S
412.1. Custo da cultura de arroz S
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412.1.1. Sementes A
412.1.2. Adubos e defensivos A
412.1.3. Mão de obra de plantio A
412.1.4. Transporte plantio e colheita A
412.1.5. Mão de obra de colheita A
412.1.6. Irrigação A
413. Variações por perdas S
413.1. Variações nos rebanhos S
413.1.1. Norte de gado bovino A
413.3. Variações nas culturas A
413.3.1. Perdas na cultura de arroz A
413.3.2. Perdas na cultura de soja A
414. Outros custos S
414.1. Depreciações A
414.2. Manutenção de máquinas e equipamentos A
42. DESPESAS S
421. Despesas de Pessoal S
421.1. Ordenados, Salários e Comissões A
421.2. Férias A
421.3. 13º Salário A
421.4. INSS A
421.5. FGTS A
421.6. Assistência Médica A
421.7. Viagens e Representações A
421.8. Transporte de Empregados A
421.9. Programa de Alimentação do Trabalhador A
422. Despesas c/ Fretes S
422.1. Combustíveis A
422.2. Manutenção de Veículos A
423. Outras Despesas S
423.1. Depreciações e Amortizações A
423.2. Aluguéis A
423.3. Manutenção e Reparos A
423.4. Telefone e correio A
423.5. Seguros A
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423.6. Devolução de Vendas Exercício Anterior A
424. Despesas Tributárias S
424.1. IPTU A
424.2. IPVA A
424.3. Contribuição Sindical A
424.4. Tributos e Contribuições Federais A
424.5. Tributos e Contribuições Estaduais A
424.6. Tributos e Contribuições Municipais A
424.7. Multas Fiscais A
424.8. Juros s/ Tributos e Contribuições A
425. Materiais e Suprimentos S
425.1. Material de Escritório A
425.2. Material de Higiene e Limpeza A
426. Despesas Financeiras S
426.1. Variações Monetárias Passivas A
426.2. Juros Passivos A
426.3. Despesas Bancárias A
427. Despesas de Equivalência Patrimonial S
427.1. Empresas Controladas A
427.2. Empresas Coligadas A
427.3. Amortização de Ágio A
429. Baixas do Ativo Não Circulante S
429.1. Baixas de Investimentos A
429.2. Baixas do Imobilizado A
430. Contas de Apuração S
430.1. Exercício agrícola A
430.2. Exercício pastoril A
430.3. Prejuízo do Exercício A
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AULA 7
ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS 
AGRÍCOLAS - CONCEITOS DO CPC 
29 
Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos.Quando falamos em ativos biológicos significa que é tudo aquilo que nasce, cresce e morre:
• Culturas temporárias 
• Culturas permanentes
• Rebanhos de reprodução e corte
Será reconhecido na empresa como ativo biológico quando o valor justo ou de custo puder 
ser mensurado de forma confiável for controlado e gerar benefício futuro. 
Abaixo, segue tabela de exemplos dos ativos biológicos, produtos agrícolas e produtos 
que passaram por qualquer tipo de processamento após a colheita.
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Ativos biológicos Produto agrícola Produtos resultantes do 
processamento após a colheita
Carneiros
Plantação de 
árvores para 
madeira
Gado de leite
Porcos
Plantação de 
algodão
Cana-de-açúcar
Plantação de fumo
Arbusto de chá
Videira
Árvore frutífera
Palmeira de dendê
Seringueira
Lã
Árvore cortada
Leite
Carcaça
Algodão colhido
Cana colhida
Folha colhida
Folha colhida
Uva colhida
Fruta colhida
Fruta colhida
Látex colhido
Fio, tapete
Tora, madeira serrada
Queijo
Salsicha, presunto
Fio de algodão, roupa
Açúcar
Fumo curado
Chá
Vinho
Fruta processada
Óleo de palma
Produto da borracha
Algumas plantas, por exemplo, arbustos de chá, videiras, palmeira de dendê
e seringueira, geralmente, atendem à definição de planta portadora e estão
dentro do alcance do CPC 27. No entanto, o produto de planta portadora, por
exemplo, folhas de chá, uvas, óleo de palma e látex está dentro do alcance
do CPC 29 (Item alterado pela Revisão CPC 08).
Fonte: CPC 29
Com o surgimento da contabilidade internacional e também da IFRS (International Financial 
Reportings Standards) editadas pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), surgiu 
o CPC 29, este que regulamenta a atividade rural no Brasil levando em consideração a 
padronização da contabilidade internacional. O CPC 29 deve ser aplicado para contabilizar 
os seguintes itens:
• Ativos biológicos, exceto plantas portadoras.
• Produção agrícola no ponto de colheita.
• Subvenções governamentais.
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Professor, por que exceto plantas portadoras?
Para que eu possa te explicar, confesso que tenho que fazer uma contextualização breve...
O CPC 29 regulamenta que contabilmente Ativos biológicos devem ser mensurados 
e contabilizados a valor justo, ou seja, plantas e ou animais deverão ser mensurados e 
contabilizados por quanto valem de fato e não por quanto custou para serem produzidos. 
Se não for possível mensurar o ativo biológico por valor justo de forma confiável deverá 
mensurar por valor de custos menos qualquer depreciação e perdas por irrecuperabilidade. 
Agora acompanhe meu raciocínio e me diga:
• Quanto que vale um pé de café com cinco anos de produção?
• Quanto que vale um pé de jabuticaba com oito anos de produção?
• Quanto que vale um pé de laranja com dois anos de produção?
Partindo desse pressuposto, de que empresários não conseguiam mensurar o valor do 
pé de café, por exemplo, a valor de mercado, então protestaram e conseguiram que as 
plantas portadoras se encaixassem no CPC 27 – Imobilizado, pois ele sim regulamenta a 
classificação de imobilizado a preço de custo.
Sem mais delongas preciso enfatizar que as plantas portadoras devem ser comparadas 
como máquinas (imobilizado) utilizadas na produção de uma empresa que atua na atividade 
industrial. Então plantas portadoras serão classificadas e regulamentadas pelo CPC 27 de 
imobilizado e também terá como efeito de mensuração e contabilização o método de custo. 
Por outro lado, que os frutos colhidos dessas plantas serão mensurados a valor justo.
Com esta modificação do CPC 29, tornando plantas portadoras em imobilizado, segue as 
empresas que foram impactadas:
• Empresas de plantas frutíferas
 - Café, laranja, manga, limão etc...
• Empresas de cana-de-açúcar, pois ela possui mais de uma colheita.
O que é plantas portadoras?
 Planta viva que deve atender três requisitos:
• Utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas.
• É cultivada para produzir frutos por mais de um período; e produção agrícola no ponto 
de colheita.
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• Tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para 
eventual venda como sucata.
Alunos, até aqui tudo bem?
O CPC 29 traz algumas definições importantes:
• Transformação biologia
 - Processo que de crescimento, degeneração, produção e procriação, causando 
mudanças nos ativos biológicos.
• Despesas de vendas
- Despesas incrementais na venda do ativo.
• Grupos de ativos biológicos
- Conjunto de animais ou plantas.
• Colheita
- Extração do produto ou cessação de vida do ativo biológico.
• Cultura temporária 
- Sujeitas ao replantio.
• Cultura permanente
- Produzem por vários anos.
• Mensuração 
- Deve ser mensurado ao valor justo menos as despesas de venda no momento de do 
reconhecimento inicial de cada período de competência, caso o valor justo não seja 
mensurado de forma confiável, então deverá mensurar pelo custo de produção menos 
depreciação e quaisquer perdas por irrecuperabilidade.
• Registro contábil da variação do ativo 
- Variação do valor justo é registrada como receita ou despesa.
• Valor contábil 
- Montante que um ativo é reconhecido no balanço.
• Valor Justo
- Preço que seria recebido na venda de um ativo, ou pago na transferência de um 
passivo, sem pressão entre as partes. 
• Valor justo e valor de custo podem se aproximarem quando:
- Acontecer uma pequena transformação biológica desde o momento inicial (mudas 
plantadas bem próximas a data de encerramento das demonstrações contábeis).
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- Não se espera que o impacto da transformação do ativo biológico sobre o preço seja 
material.
• Divulgação
- Deverá divulgar ganhos ou perdas do período corrente em relação aos valores iniciais 
do ativo biológico e produto agrícola e também alterações do valor justo menos a 
despesa de venda dos ativos biológicos.
• Ativos biológicos consumíveis
- São aqueles colhidos como produto agrícola ou vendidos como ativos biológicos. 
Exemplos de ativos biológicos consumíveis são os rebanhos de animais mantidos para 
a produção de carne, rebanhos mantidos para a venda, produção de peixe, plantações 
de milho e trigo, produto de planta portadora e árvores para produção de madeira. 
• Ativos biológicos para produção
- São os rebanhos de animais para produção de leite; árvores frutíferas, das quais é 
colhido o fruto. Ativos biológicos de produção (plantas portadoras) não são produtos 
agrícolas são sim, mantidos para produzir produtos.
• Ativos biológicos maduros ou imaturos
- Maduros são aqueles que possuem condições de serem colhidos ou estão capacitados 
para sustentar colheita regular.
• Divulgação adicional para ativo biológico cujo valor justo não pode ser mensurado forma 
confiável.
- Quando a empresa mensura ativos biológicos pelo custo, menos qualquer depreciação 
e perda no valor recuperável, no final do período deve divulgar em notas explicativas:
- Descrição dos ativos biológicos.
- Uma explicação do porque não possível chegar ao valor justo de forma confiável.
- Uma faixa de estimativas dentro da qual existe alta probabilidade de se encontrar o 
valor justo, se possível.
- Qual o método de depreciação utilizado, vida útil e taxa de depreciação utilizada.
- Depreciação acumulada e total bruto no início e fim do período.
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AULA 8
CONTABILIDADE PECUÁRIA 
INTRODUÇÃO
Na contabilidade pecuária existe dois tipos de avaliação do estoque vivo, ou se preferirem 
“plantel”:
• Valores de custo
• Valores de marcado
Nesta aula analisaremos estes dois tipos de avaliação, podendo então comparar os reflexos 
na contabilidadedestes dois modelos citados.
Na atividade pecuária o animal que vai para o abate passa por três fases distintas:
• Cria
- tem como objetivo a produção de bezerros que após o desmame serão vendido.
• Recria
- tem como objetivo a produção e a venda do novilho magro para a engorda.
• Engorda
- tem como objetivo a produção e a venda do novilho gordo
Anote isso
Na atividade pecuária o processo de cria-recria-engorda acontece desde o nascimento 
do animal até o seu abatimento (adulto e gordo).
Classificação contábil do gado bovino
Deverá ser registrado no estoque se for comercializado em forma de bezerro ou novilho 
(magro ou gordo).
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Se o gado tiver destinado à procriação, (reprodutor – touro ou matriz – vaca), deverá ser 
registrado no imobilizado em ativo não circulante. 
Método de custo e método de valor de mercado
No momento da contabilização do rebanho para levantamento do balanço anual poderá 
ser levada em consideração o valor real de mercado (valor justo) ou o valor de custo do 
rebanho. Enfatizando que contabilmente só poderá ser considerado o método de custo se 
não for possível evidenciar o valor de mercado com segurança.
Método de custo 
No método de custo temos todo o gasto da formação do rebanho acumulado no plantel 
(estoque) e no momento da venda será baixado do estoque para reconhecimento do custo 
do gado vendido, apurando o lucro na venda.
Fonte: Marion (2012)
Método de valor de mercado
No método de valor de mercado ou valor justo é considerado o valor de mercado do plantel 
registrado na contabilidade, que por sua vez quase sempre é maior do que o valor do custo. 
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Como o gado está reconhecido a valor de mercado, todo ano é preciso registrar uma 
receita (econômica) na DRE, devido ao valor do gado sofrer alterações. 
Nessa valorização de mercado, o reconhecimento na DRE acontece de forma econômica, 
devido ao fato de que embora seja atualizado o valor do plantel não houve entrada de dinheiro 
na empresa.
Segue modelo das alterações que ocorrem no Balanço Patrimonial e Demonstração de 
Resultado se a empresa atualizar o valor de mercado do plantel no início de cada período.
Fonte: Marion (2012)
No próximo ano o rebanho contabilizado nos estoques a valor de mercado será avaliado 
e terá alterações de preço. O lançamento contábil será:
D – Estoques a valor justo (plantel)
C – Variação patrimonial Liquida (superveniências ativas)
Sendo que desta variação patrimonial líquida será deduzido o custo do rebanho para que 
possa ter um novo lucro econômico.
 
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Fonte: Marion (2012)
Esse método de valor de mercado tem como principal característica a apuração do lucro 
anualmente.
Crescimento do gado e aumento de peso não é reconhecido como ganho econômico.
Na realização da venda desses estoques acontecerão os seguintes registros:
D – Duplicatas a receber / caixa
C – Plantel (Estoques)
Que tal praticarmos um pouco?
 
Fonte: https://unsplash.com/photos/5fNmWej4tAA
https://unsplash.com/photos/5fNmWej4tAA
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Exercício:
A fazenda Aranha Ltda possui em seu estoque, no início de 20x1, 10 cabeças de gados 
registradas na contabilidade a 1.000,00 totalizando o montante de 10.000,00.
Durante o ano de 20x1 não houve operações de compras e vendas na fazenda.
Em 20x1 houve custo de manutenção do rebanho de 10.800,00
O valor de mercado de cada cabeça no final do ano era de 2.200 tendo o total de 22.000,00.
Método de custo:
 
Método de valor de mercado:
 
 Vocês notaram que mesmo sem a venda do rebanho, houve o reconhecimento da receita? 
Conforme for atualizando os valores de mercado do rebanho, a empresa deverá reconhecer 
essa nova receita.
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AULA 9
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – 
REGISTRO CONTÁBIL UTILIZANDO 
O MÉTODO DE CUSTO
Conceito
Os ativos são registrados na entidade através do valor de aquisição ou pelo custo de 
fabricação, inclusive os gastos necessários para colocar o ativo em funcionamento (condição 
de gerar benefícios para a empresa)
Para justificar o uso do custo histórico segue alguns aspectos:
• Objetividade 
- O custo histórico não depende de quem esteja avaliando os ativos.
• Verificabilidade
- Devido ao fato de ser independente se for analisado por qualquer pessoa a qualquer 
tempo por meio de exame não terá seu valor alterado.
• Realização do lucro
- O lucro é reconhecido somente após a venda, ou seja, não reconhece o ganho econômico.
Técnica para utilização do custo histórico na pecuária
Deverão ser apropriados aos rebanhos, os custos pertinentes a eles, periodicamente, é 
preciso distribuir os custos para cada cabeça do rebanho. Conforme premissas básicas 
citadas por Marion(2012):
a) Inicialmente soma-se o custo do rebanho (salário, alimentação de gado, exaustão de 
pastagens, depreciação dos reprodutores, cuidados veterinários...) e divide-se o resultado 
pelo total de cabeças do rebanho em formação (em crescimento e aqueles nascidos no 
período). Tem-se, portanto, o custo médio de produção por cabeça por período.
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b) O número de cabeças do rebanho exemplificado a seguir não inclui, para efeito de rateio 
de custo, o gado reprodutor em plena produção, pois eles não recebem custos (já não estão 
em formação). Todavia, o custo da manutenção desse rebanho já formado (alimentação, 
tratamento veterinário, depreciação...) será incluído no custo do rebanho e distribuído para 
o rebanho em formação.
Esse raciocínio é igual ao que ocorre na atividade industrial, os custos de manutenção e 
conservação da máquina não entram adicionando o valor da máquina e sim é distribuído 
proporcionalmente ao produto, do mesmo jeito que existe a máquina na indústria, temos o 
gado na pecuária que tem o mesmo objetivo (produzir).
O custo do gado, por exemplo, será acumulado numa conta auxiliar com a nomenclatura 
“Rebanho em formação” e rateado para os animais classificados no estoque.
Anote isso
Quanto ao rateio dos custos podem ocorrer diferenças das técnicas utilizadas de 
empresa para empresa.
Exercício (MARION,2012)
A fazenda Aranha e amigos, construída há pouco tempo, adquiriu no inicio do ano de x1 
100 matrizes por 1.000,00 cada uma e cinco touros por 2.000,00 cada um com a finalidade 
de atuar na atividade bovina de corte; as fêmeas produzidas na fazenda serão incorporadas 
no terceiro ano ao ativo não circulante.
- Depreciação do gado reprodutor = 8 anos
- Gado matriz = 10 anos
Lembrando que para cálculo de depreciação diversos fatores devem ser levados em 
consideração, como por exemplo:
• Raça
• Condições de vida do animal 
• Clima
• Distância a percorrer etc.
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Voltando ao exercício...
Balanço Patrimonial - INICIAL 31/12/x0
Ativo
Circulante
Não circulante
 Imobilizado ativos biológicos
 Reprodutores 10.000,00 
 Matrizes 100.000,00 
 
 
 TOTAL 110.000,00
 
 Durante o ano de x1 aconteceram os seguintes fatos:
• 80 bezerros nasceramdestes metade fêmea
• Custo com rebanho foi de 36.000,00
Rateio entre os bezerros = 36.000,00/ 80 = 450,00 cada
40 bezerros de 0 a 8 meses x 450,00 cada um = 18.000,00 
40 bezerras de 0 a 8 meses x 450,00 cada um = 18.000,00
 Total = 36.000,00
A partir destas novas operações teremos os seguintes lançamentos:
D – Bezerros de 0 a 8 meses
C – Custo dorebanho em formação 18.000,00 
D – Bezerras de 0 a 8 meses
C – Custo do rebanho em formação 18.000,00 
Lembrando que na contabilidade já tinha saldo na conta auxiliar Custo do rebanho em 
formação, por isso foi possível efetuar o lançamento a crédito totalizando 36.000,00.
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Segue nova situação patrimonial da empresa em 31/12/x1
 
Durante ano de x2 ocorreram os seguintes fatos:
• Nasceram 80 bezerros: 40 machos e 40 fêmeas
• O custo do rebanho em formação foi em 120.000,00
Rateio do custo do rebanho em formação
Sabemos que o rebanho em estoque de x2 é 160 cabeças
Então 120.000/160 = 750,00 por cabeça
Como em x2 os bezerros passaram a ser classificados como novilhos e novilhas então 
tiveram o seguinte lançamento contábil de transferência: 
D – Novilhos de 9 a 18 meses
C – Bezerros de 0 a 8 meses 18.000,00
D – Novilhos de 9 a 18 meses
C – Bezerros de 0 a 8 meses 18.000,00
80 cabeças de x1 = 36.000,00 + (80 x 750,00) = 96.000,00
80 cabeças de x2 = Bezerros e bezerras (80 x 750,00) = 60.000,00
Total do rebanho em estoque 156.000,00
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Ao fazermos a ficha de estoques teremos:
Ficha de controle de estoque
 31/12/x2
 qtdade valor
X2 Macho 40 48.000,00 
Fêmea 40 48.000,00 
X2 Macho 40 30.000,00 
Fêmea 40 30.000,00 
Total 160 156.000,00
Anote isso
A partir do momento que o rebanho vai aumentando e se diversificando, a dificuldade 
de atribuição de custos aumenta, sendo necessário para maior controle e confiança na 
informação montar também um mapa de custos, juntamente com a ficha de controle 
de estoques.
Segue nova situação patrimonial da empresa em 31/12/x2:
 
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AULA 10
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – 
CONTABILIZAÇÃO PELO MÉTODO 
DO VALOR JUSTO OU VALOR DE 
MERCADO
Definição
• Pecuária
- está relacionada ao ato de criar gados
• Pecuária de corte
- Criação de gados com a finalidade de produzir a carne para o consumo
• Pecuária leiteira
- Destinado à produção de leites e seus derivados (iogurte, requeijão e etc.)
Exemplo de contabilização
No ano de 2012 a fazenda Aranha Ltda iniciou suas atividades e como determina o CPC 29 
do ano de 2009, a mesma realiza suas contabilizações a preço de mercado ou a valor justo.
Esta fazenda trabalha com cria, recria e engorda de animais (fases da pecuária). 
Logo a empresa passará por todas as fases, finalizando assim na engorda do animal 3 
anos.
Analisando as informações das operações nesta empresa rural, contabilize em livros 
diários e monte um balancete de verificação ao decorrer das atividades anuais. Ressalta-se 
que possui 700.000,00 de caixa e equivalentes de caixa e capital social.
No ano de 2012 a empresa realizou as seguintes operações: 
1) Comprou 10 touros reprodutores por 10.000,00 cada sendo à vista
2) Aquisição de 200 matrizes prontas para reprodução de 2.000,00 cada sendo à vista.
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No fim do ano não houve alteração de valor no plantel.
Contabilização em diário 2012
O registro dos saldos iniciais de capital social e caixa e equivalentes no montante de 
700.000,00
D – Caixa/ bancos 
C – Capital Social 700.000,00
1)
D – Touro - maduro (ANC)
C – Caixa/ bancos 100.000,00
Touro maduro, pois já está apto para reproduzir é registrado no ativo não circulante - 
Imobilizado (ativo biológico)
2)
D – Matrizes - maduro (ANC)
C – Caixa/ bancos 400.000,00
Matriz madura devido ao fato de estar reproduzindo é registrada no ativo não circulante 
- Imobilizado (ativo biológico)
Como o próprio enunciado deixa claro que não houve alteração, então não deve fazer 
mais nenhum lançamento contábil.
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Saldos atualizados em 31/12/2012
Descrição da conta Saldo Inicial D/C Saldo 2012 D/C
Total do Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Bancos
Total Ativo Não circulante
Imobilizado ativos biológicos
Touro
Matrizes
Patrimônio Liquido
Capital Social
 
 700.000,00 
 700.000,00 
 700.000,00 
 -
 -
 -
 -
 700.000,00 
 700.000,00 
 
 D 
 D 
 D 
 D 
 D
 D 
 D 
 C 
 C
 
 200.000,00 
 200.000,00 
 200.000,00 
 500.000,00 
 500.000,00 
 100.000,00 
 400.000,00 
 700.000,00 
 700.000,00 
 
 D 
 D 
 D 
 D 
 D
 D 
 D 
 C 
 C
 
Total de Débitos
Total de Créditos
 700.000,00 
 700.000,00 
 
 
 700.000,00 
 700.000,00 
 
 
Ao decorrer do ano de 2013 ocorreram as seguintes atividades na fazenda:
3) Nascimento de 200 bezerros, custos do período com o rebanho de bezerros, totalizou 
em 7.000,00
4) O valor de mercado de bezerros com as mesmas características daqueles que estão 
na fazenda é de 80,00 por cabeça. Fretes e comissão na venda estimada em 15,00.
Contabilização em diário ano 2013
3)
D – Bezerro - custo (AC)
C – Caixa/ bancos 7.000,00
Todo o custo relacionado ao nascimento do bezerro deverá ser registrado em ativo 
circulante no subgrupo custos em formação conta “bezerro”.
4)
D – Bezerro Imaturos valor justo (AC)
C – Receita com variação do valor justo 8.000,00
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
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Preste atenção nos dados do exercício:
Valor de mercado = 200 cabeças x 80,00 = 16.000,00
Gastos com a venda = 200 cabeças x 15,00 = 3.000,00
Valor justo considerando gastos com a venda = 15.000,00
Custo já contabilizado = 7.000,00
Falta registrar a valor justo do período = 8.000,00
Saldos atualizados em 31/12/2013
Ao decorrer do ano de 2014 ocorreram as seguintes atividades na fazenda:
6) Os bezerros nascidos em 2013 foram transferidos para a categoria novilhos de 13 a 
24 meses 
7) Os custos do período com novilhos de 13 a 24 meses foram de 12.000,00, pagos a vista.
8) Os novilhos tem valor justo de 300,00 por cabeça e gastos estimados com a venda 
de 30,00 por cabeça
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9) Nascimento de mais 100 bezerros 
10) Custos do período com bezerros foram de 5.000,00
11) Valor de mercado dos bezerros é de 200,00 por cabeça, com gastos de vendas de 
10,00 por cabeça
Contabilização em diário ano 2014
6)
D – Novilhos 13 a 24 m - custo (AC)
C – Bezerro - custo (AC) 7.000,00
D – Novilhos 13 a 24 m Imaturos valor justo (AC)
C – Bezerro Imaturos valor justo (AC) 8.000,00
Anote isso
Conforme as mudanças na vida do animal, a contabilidade deverá acompanhar e 
registrar os fatos contábeis. Os bezerros passaram para a fase de recria e então foram 
reclassificados para o grupo de estoques com novilhos de 13 a 24 meses todos os 
custos que foram atribuídos até agora.
7)
D – Novilhos 13 a 24 m - custo (AC)
C – Caixa/ bancos 12.000,00
8)
D – Novilhos 13 a 24 m Imaturos valor justo (AC)
C – Receita com variação do valor justo 27.000,00
Preste atenção nos dados do exercício:
Valor de mercado = 200 cabeças x 300,00 = 60.000,00
Gastos com a venda = 200 cabeças x 30,00 = 6.000,00
Valor justo considerando gastos com a venda = 54.000,00
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Custo já contabilizado = 19.000,00
Valor justo já contabilizado = 8.000,00
Falta registrar a valor justo do período = 27.000,00
10)
D – Bezerro - custo (AC)
C – Caixa/ bancos 5.000,00
Todo o custo relacionado ao nascimento do bezerro deverá ser registrado em ativo 
circulante no subgrupo custos em formação conta “bezerro”.
11)
D – Bezerro Imaturos valor justo (AC)
C – Receita com variação do valor justo 14.000,00
Preste atenção nos dados do exercício:
Valor de mercado = 100 cabeças x 200,00 = 20.000,00Gastos com a venda = 100 cabeças x 10,00 = 1.000,00
Valor justo considerando gastos com a venda = 19.000,00
Custo já contabilizado = 5.000,00
Falta registrar a valor justo do período = 14.000,00
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CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA
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Saldos atualizados em 31/12/2014
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AULA 11
CONTABILIZAÇÃO DA PECUÁRIA – 
CONTABILIZAÇÃO PELO MÉTODO 
DO VALOR JUSTO, PELO VALOR DE 
MERCADO COM RECONHECIMENTO 
DA RECEITA NO MOMENTO DA 
VENDA DO ANIMAL
Se o animal está apto para a venda entende-se que o mesmo passou por todas as etapas 
do processo de criação, consequentemente a contabilidade teve de registrar as seguintes 
movimentações.
• Registrou os custos incorridos até o nascimento do bezerro.
• Ao findo do exercício contabilizou o valor de seu rebanho a valor justo conforme CPC 29.
• Após 12 meses do nascimento do bezerro transferiu os bezerros para os estoques de 
novilhos.
• Ao findo de mais um exercício contabilizou seu rebanho a valor justo conforme CPC 29.
• Em seguida foi atualizando e reclassificando seu rebanho conforme a idade dos animais, 
até que não seja mais possível reclassificá-los, devido ao fato de terem passado pela fase 
de engorda e aguardarem a venda do animal.
Na contabilidade é importante destacar a estrutura das contas contábeis no plano de 
contas de forma geral: 
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1) No início do ano, na fazenda Aranha Ltda., os animais nascidos em 2015 (classificados na 
categoria novilhos de 25 a 36 meses Imaturos em 2013) foram reclassificados e transferidos 
para a categoria de novilhos de 25 a 36 meses (maduro).
 No momento da transferência não teve alteração de mercado, sendo avaliado em 800,00 
por cabeça.
2) Foram vendidos todos os 200 animais em estoque pelo valor de 800,00 por cabeça.
3) Despesas com vendas no importe de 14.000,00à vista.
Após os lançamentos contábeis levante o balanço patrimonial e a demonstração do 
resultado.
Para que possamos exemplificarsegue dados iniciais da empresa com 200 cabeças em 
seus estoques e respectivas classificações. 
Ativos biológicos imaturo
Estoques de Novilhos 25-36 Meses
Novilhos 25 a 36 meses – Custo 55.000,00
Novilhos 25 a 36 meses - Valor Justo 11.000,00
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Estoques de Novilhos 13-24 Meses
Novilhos 13 a 24 meses – Custo 39.000
Novilhos 13 a 24 meses - Valor Justo 9.000,00
 
Estoques de bezerros 
Bezerros custo 25.000,00
Bezerros valor justo 600,00
1)
D – Novilhos 25 a 36 meses – Custo (maduro) 55.000,00
C – Novilhos 25 a 36 meses – Custo (imaturo) 55.000,00
D – Novilhos 25 a 36 meses – Valor Justo (maduro) 11.000,00
C – Novilhos 25 a 36 meses – Valor Justo (imaturo) 11.000,00
2)
D – Caixa/ bancos 
C – Receita com venda do gado 80.000,00
D – Custo do gado vendido (DRE) 
C – Novilhos 25 a 36 meses – Custo (maduro) 55.000,00
D – Custo do gado vendido valor Justo (DRE) 
C – Novilhos 25 a 36 meses – Valor Justo (maduro) 11.000,00
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Anote isso
Como foi vendido todo o estoque é preciso baixar dos estoques o custo do gado vendido 
total, inclusive também os estoques com o valor justo. Porém, se o exercício tivesse 
informado que seria vendido 80% do rebanho, deve-se fazer cálculo proporcional dos 
estoques:
 
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/13/16/25/cows-3536058_960_720.jpg
Exemplo da venda de 80% do rebanho
Custo de 55.000,00/100 cabeças x 80 cabeças (80%) 
Custo Valor Justo de 11.000/100 cabeças x 80 cabeças (80%)
D – Custo do gado vendido (DRE) 
C – Novilhos 25 a 36 meses – Custo (maduro) 44.000,00
D – Custo do gado vendido valor Justo (DRE) 
C – Novilhos 25 a 36 meses – Valor Justo (maduro) 8.800,00
3)
D – Despesas com vendas 14.000,00 
C – Caixa/ bancos
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/07/13/16/25/cows-3536058_960_720.jpg
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Demonstração do Resultado
DRE
RECEITA PELA VENDA DO GADO 80.000,00 
(-) CUSTO DO GADO VENDIDO
 CUSTO - 55.000,00 
 VALOR JUSTO - 11.000,00 
LUCRO BRUTO 14.000,00 
DESPESA DE VENDA - 14.000,00 
LUCRO LIQUIDO -
Anote isso
No método de valor justo lembre-se que anualmente é registrado na contabilidade o 
valor de mercado do rebanho em contra partida, é reconhecida a receita da variação 
do valor justo de acordo com o crescimento e valorização do rebanho, por esse motivo 
que neste método quando é feita a apuração do resultado, ele acaba se tornando nulo 
ou num valor bem baixo e de pouca relevância.
Já no método de custo é reconhecida a receita do gado somente na venda.
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AULA 12
RECEITA DA ATIVIDADE RURAL 
Conceito de Receita
A partir do momento que temos o montante das vendas dos produtos de origem da 
atividade explorada, constitui-se então a receita bruta.
A receita bruta é constituída sem a exclusão de impostos sobre a venda.
Segue valores que integram a receita bruta da atividade rural:
• Os valores de entes públicos
- Subvenções, subsídios, aquisições do governo federal, entre outros.
• Montante ressarcido aos produtos referente implantação e manutenção da cultura 
fumageira. 
• Transferência de produtos agrícolas, por permuta ou pela doação em pagamento.
• Sobras líquidas em virtude da venda de produtos apurados na demonstração de resultado 
do exercício e também pela distribuição das sociedades cooperativas de produção aos 
associados.
Venda a prazo
Deverá ser computada na apuração de resultado da atividade rural na data do recebimento 
de cada parcela a alienação à prazo de bens. 
Lançamento contábil de vendas a prazo.
D – Duplicatas a Receber 
C – Receita com safra da soja
Adiantamento de recursos recebidos devido à venda para entrega futura
Como o próprio nome já diz, venda para entrega futura é realizada apenas para simples 
faturamento, não saindo assim à mercadoria vendida da empresa responsável pela venda, 
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diante deste fato é reconhecida a receita apenas na data que ocorre efetivamente a entrega 
do produto, segue algumas observações importantes.
• O valor devolvido após a entrega do produto constitui despesa no mês da devolução 
se a devolução do produto ocorreu antes da entrega do produto, não deverá ser registrado 
como despesa, devendo ser deduzido do valor recebido.
Venda com preço final sujeito a variação
Normalmente ocorre na venda de produtos com preços sujeitos à cotação internacional, 
a diferença é registrada como receita no fechamento da operação.
Venda da terra nua
Neste caso se o resultado da venda da terra nua for positivo, então não poderá ser registrado 
em receita da atividade rural cabendo assim o registro como receita de ganho de capital.
Comprovação das receitas e despesas
Quando se trata de receita da atividade rural decorrente da venda de produtos, a mesma 
deverá ser comprovada mediante os seguintes documentos:
• Nota fiscal de produtores
• Nota fiscal de entrada
• Nota promissória rural vinculada à nota fiscal de produtor
• Outros documentos reconhecidos pelos fiscos estaduais
Outro fator muito importante e imprescindível é a comprovação das despesas de custeio 
e os investimentos registrados na contabilidade, podendo ser comprovadas por meio destes 
documentos:
• Nota fiscal
• Fatura
• Recibo
• Contrato de prestação de serviços
• Laudo de vistoria de órgão financiador
• Folha de pagamento de empregados
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CONTABILIDADE

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