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CONTABILIDADE 
INTERNACIONAL 
PROF. TATIANE GARCIA DA SILVA SANTOS
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 1
CONTABILIDADE 
INTERNACIONAL 
PROF. TATIANE GARCIA DA SILVA SANTOS
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
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SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
 05
11
18
23
28
32
36
40
47
53
58
60
66
70
73
77
A GLOBALIZAÇÃO E MUNDO CONTÁBIL
ÓRGÃOS REGULADORES RELACIONADOS A 
CONTABILIDADE NO BRASIL E NO MUNDO: INTRODUÇÃO
MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS E A CONTABILIDADE
O IFRS E SUA ESTRUTURA
OS FUNDAMENTOS E A ESTRUTURA DA CONTABILIDADE 
NO EUA: US GAAP
OS FUNDAMENTOS E A ESTRUTURA DA CONTABILIDADE 
NO BRASIL: BR GAAP
O COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS E SEUS 
PRONUNCIAMENTOS
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANUAIS: BP, DRE E DRA
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANUAIS: DFC, DMPL E 
DLPA
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ANUAIS: DVA E NOTAS 
EXPLICATIVAS
AS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS EM BR GAAP
O PROCESSO DE REPORTE E CONVERSÃO DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM IFRS E BR GAAP
ADOÇÃO INICIAL AS NORMAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS: A 
LEI 6.404/76 E SUAS ALTERAÇÕES 
GOVERNANÇA CORPORATIVA E CONTABILIDADE
GOVERNANÇA CORPORATIVA E CONTABILIDADE: 
DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL E MODELOS
ESTRUTURA DAS COMPANHIAS S/A’S: CONSELHOS
CONTABILIDADE 
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INTRODUÇÃO
A Contabilidade Internacional abrange vários conteúdos em função das atividades 
desenvolvidas pelas empresas a nível nacional e internacional. Neste caso, aborda um 
conjunto de normas e regras da contabilidade que devem ser seguidas e cumpridas 
pelas entidades. Portanto, serão apresentados vários temas para o entendimento das 
normas e regulamentos que regem as práticas contábeis pelo mundo em função da 
globalização e da abertura dos mercados. 
Neste contexto, vamos estudar vários temas essenciais para o entendimento da 
harmonização da contabilidade entre os países envolvidos neste processo. Sendo 
assim, conheceremos um pouco sobre a globalização, os órgãos reguladores da 
contabilidade no Brasil e no mundo, a relação do mercado financeiro neste ambiente, 
a IFRS no processo do padrão internacional. Além disso, também conhecer os 
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos e no Brasil, bem como 
o CPC que vem fazer o papel de intermediação no processo da internacionalização 
da contabilidade. Em continuidade, abordar sobre os aspectos básicos sobre as 
Demonstrações Financeiras, a relação das práticas contábeis na visão do BR GAAP 
e as alterações na Lei nº 6.404/76 em virtude do processo de harmonização. Por fim, 
apresentar o papel da Governança Corporativa e das Sociedades Anônimas em todos 
esses contextos. 
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AULA 1
A GLOBALIZAÇÃO 
E MUNDO CONTÁBIL
As organizações necessitam de informações contábeis e financeiras para que seus 
negócios possam se expandir e sobreviver em um mercado globalizado. Dessa forma, 
para se manterem no mercado as empresas precisam de informações em tempo real 
para realização de investimentos e ampliação dos seus negócios. 
Neste contexto, entra a Contabilidade para gerir as informações necessárias para 
o processo de tomada de decisão empresarial. Todavia, a Contabilidade é munida de 
princípios, normas e procedimentos que orientam o processo da escrituração contábil 
realizada nas organizações. Deste jeito, através dos procedimentos nascem as 
Demonstrações Financeiras (Contábeis) que são as fontes de informações desejadas 
pelos diretores, acionistas e stakeholders.
Portanto, para você entender a relação da globalização versus a contabilidade 
precisamos relembrar alguns assuntos básicos. Desse modo, a seguir veremos 
algumas abordagens sobre a Globalização e a Contabilidade.
Fonte:https://pixabay.com/photos/businessman-internet-continents-2682712/
1.1 A Globalização
A globalização representa a integração dos segmentos sociais em grandeza 
mundial, assim, visa a conexão das diferentes sociedades existentes no mundo. Em 
outras palavras, significa a integração social, cultural e econômica entre as diversas 
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regiões do mundo. No entanto, não existe uma data que define o início da globalização, 
mas, conforme os marcos históricos, o termo “globalização” surgiu em meados da 
década de 1980 com a queda do Muro de Berlim e a finalização da Guerra Fria.
Neste contexto, a globalização foi ganhando espaço e evoluindo em decorrência 
do desenvolvimento tecnológico. Desta maneira, o avanço tecnológico surge com 
os sistemas de informação através da disseminação dos equipamentos eletrônicos 
e a implantação da internet. Em vista disso, a globalização está em contínuo 
desenvolvimento e transformação em função da interação das sociedades existentes 
no mundo.
Fonte: https://pixabay.com/photos/universe-human-faces-personal-2935936/
A globalização promove a evolução dos meios tecnológicos e do conhecimento, bem 
como o alastramento comercial. Assim, promovendo a expansão das organizações 
multinacionais que direcionam seus negócios para diversos países a procura de um 
mercado consumidor e da possibilidade de redução dos impostos. 
Por fim, a globalização é um assunto complexo, o seu desenvolvimento depende 
muito da cultura social, da economia, da tecnologia e das políticas internas de cada 
país. Dessa maneira, ela continua em pleno desenvolvimento em decorrência do 
crescimento das comunicações, aperfeiçoamento dos meios de transporte e da 
difusão das econômicas mundiais.
1.2 A Contabilidade
A Contabilidade nasceu da necessidade do homem em controlar o seu patrimônio. 
Logo, a contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem. Neste contexto, os 
homens das cavernas já realizavam os primeiros registros, controles dos animais e de 
outros bens como uma forma primária de contabilidade. 
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A Contabilidade evoluiu de acordo com o crescimento das sociedades, assim, na era 
Medieval, o Frei Francisco Luca Pacioli desenvolve o “Método das Partidas Dobradas” 
que visava que todo lançamento deveria existir uma conta a débito e outra a crédito. 
Sendo assim, se estabelece um dos processos de escrituração contábil que ainda 
utilizamos nos dias de hoje. 
O objeto da Contabilidade é o estudo do patrimônio das entidades, assim, esse 
patrimônio é constituído pelo conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes 
a uma empresa. Neste caso, a Contabilidade usa de várias técnicas para controlar 
o patrimônio das organizações. Dessa maneira, temos os princípios, normas e 
procedimentos que são os suportes necessários para a realização da escrituração 
contábil.
Fonte: https://pixabay.com/photos/bookkeeping-accounting-taxes-615384/ 
A escrituração contábil tem a finalidade de registrar todas as operações que 
acontecem na empresadurante o exercício social, ou seja, registra todos os fatos 
administrativos e econômicos que possam realizar alterações no patrimônio das 
entidades. Porém, para realização da escrituração contábil é necessário seguir 
algumas regras, tais como: utilizar a escrita com base no idioma de origem do país 
onde se encontra a organização; apresentar os valores em moeda nacional; respeitar 
a ordem cronológica de acontecimento dos fatos; e por fim, os documentos (notas 
fiscais, contratos e entre outros) que comprovam todos os fatos que serão registrados.
A partir da escrituração contábil, os contadores conseguem elaborar as 
Demonstrações Financeiras de acordo com cada exercício social. Assim, as 
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Demonstrações Financeiras representam relatórios que demonstram o desempenho 
da empresa de forma financeira e econômica. Portanto, a Lei 6.404/76 exige a entrega 
das seguintes demonstrações: Balanço Patrimonial, DRE, DRA, DLPA, DMPL, DFC, DVA 
e Notas Explicativas. 
1.3 A Contabilidade na era da Globalização 
Com base nos conceitos anteriores, você pode relembrar os aspectos que envolvem 
a globalização e a contabilidade. Sendo assim, para Niyama (2005), a contabilidade 
é considerada a linguagem dos negócios porque elabora demonstrações financeiras 
objetivas que são fontes de informações para os usuários internos e externos. Neste 
contexto, os usuários utilizam essas informações para realização de negociações 
com diversas empresas, principalmente as estrangeiras.
Em função da abertura dos mercados mundiais em virtude da globalização, a 
contabilidade precisou se adaptar para atender as exigências legais nos processos 
de negociações entre empresas. Sendo assim, houve a necessidade de realizar uma 
uniformidade nos processos contábeis do Brasil e de outros países em decorrência 
dos métodos e normas não serem universais. Em consequência a esse processo, 
tivemos a internacionalização da contabilidade envolvendo em torno de 120 países.
Fonte: https://pixabay.com/photos/office-team-regulation-consultation-4249390/ 
De acordo com o CFC (2010), com o impacto da globalização na economia brasileira, 
a contabilidade passa pelo processo da convergência das Normas de Contabilidade 
aos padrões internacionais. Portanto, houve o alinhamento da contabilidade brasileira 
com a dos demais países que negociam com o Brasil. 
A contabilidade brasileira adaptou-se às normas internacionais onde 
as demonstrações financeiras passaram a evidenciar o patrimônio das 
organizações. Dessa forma, as demonstrações de empresas brasileiras podem 
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ser comparadas com os demonstrativos de outras instituições que atuam em 
países diferentes. 
Com a internacionalização da contabilidade, tivemos alguns benefícios, tais como:
• Compreensibilidade: fácil compreensão das informações contábeis contidas 
nos demonstrativos financeiros.
• Comparabilidade: condição de fazer uma comparação de demonstrativos de 
empresas de países diferentes.
• Negociabilidade: abertura do mercado de capitais em função do padrão 
internacional.
• Integração de informações: trouxe algumas vantagens para a contabilidade 
governamental em relação ao levantamento de dados para os indicadores econômicos, 
como o PIB – Produto Interno Bruto.
• Previsibilidade: utilização de critérios ao longo do tempo em função do padrão 
internacional independente do país. 
• Empregabilidade do profissional contábil: abertura do mercado de trabalho 
para os contadores em função dos diferentes contextos para exercer a profissão.
• Redução: menos ajustes e explicações nos demonstrativos financeiros das 
empresas estrangeiras no processo de conversão. 
 
No Brasil, em virtude do padrão internacional houve a necessidade de realizar 
algumas alterações na Lei nº 6.404/76, ou a denominada Lei das S.A. Desse modo, 
as primeiras alterações da lei foram as definições de forma mais objetiva sobre as 
companhias abertas e fechadas. Assim, as empresas de capital aberto ou fechado se 
fundamentam na disponibilidade ou não das ações na bolsa de valores.
Neste contexto, houve a publicação da Lei 11.638/2007 com a finalidade de 
apresentar alguns critérios sobre o processo de divulgação das informações contábeis. 
Porém, com base nas normas internacionais de contabilidade também foi extinta a 
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos que foi substituída pela 
DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa. Portanto, essa substituição foi realizada 
para valorizar a evidenciação das movimentações das contas Caixa e Equivalentes de 
caixa para apresentação das informações financeiras.
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ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm
A redação completa sobre a Lei 6.404/76 está disponível no portal do Planalto da 
Presidência da República na internet e pode ser acessada pelo link acima.
Em relação às mudanças, também entrou em vigor a apresentação da DVA – 
Demonstração do Valor Adicionado, que visa à prestação de contas das atividades 
das empresas à sociedade. 
Neste contexto foi necessário realizar algumas alterações nos grupos do Ativo 
e Passivo em função da avaliação patrimonial. Desse modo, o Balanço Patrimonial 
passou por mudanças na sua estrutura, tais como: 
- Ativo e Passivo: divisão em apenas dois grandes grupos: Circulante e Não 
Circulante.
- Ativo Não Circulante: grupos do realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizações e intangível. 
- Passivo Não Circulante: grupos do exigível a longo prazo e resultados não 
realizados.
- Patrimônio Líquido: grupos do Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes 
de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos 
Acumulados.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
A redação completa sobre a Lei 11.638/2007 está disponível no portal do Planalto 
da Presidência da República na internet e pode ser acessada pelo link acima.
 Enfim, a contabilidade do Brasil continua passando por muitas alterações em 
função das particularidades existentes nos regimes tributários do país. Contudo, a 
contabilidade deve-se inserir nesse novo contexto com base na IFRS. 
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AULA 2
ORGÃOS REGULADORES 
RELACIONADOS A 
CONTABILIDADE NO BRASIL 
E NO MUNDO: INTRODUÇÃO
Nesta unidade, veremos os principais órgãos envolvidos com o processo da 
Contabilidade a nível internacional e nacional. Assim, essas instituições vêm 
acompanhando o desenvolvimento da uniformização de normas e procedimentos da 
Contabilidade no decorrer do processo de implantação da IFRS até os dias de hoje. 
2.1 Órgãos internacionais
Primeiramente, vamos conhecer o IFAC – International Federation of Accountants 
(Federação Internacional de Contadores) e o IASB – International Accounting Standards 
Board, órgão criado em 2001 que sucedeu ao IASC – International Accounting Standards 
Committee (Comitê de Normas Contábeis Internacionais). Assim sendo, são órgãos 
internacionais responsáveis pela elaboração e divulgação das normas internacionais. 
Neste contexto, a IFAC fica responsável pelas normas de Auditoria e a IASC fica 
incumbida da elaboração de normas de Contabilidade. 
O IFAC tem como objetivo o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da contabilidade 
com coordenação a nível mundial a partir de normas uniformes. De acordo com CFC 
(2021), o IFAC tem as seguintes atribuições:
- Organização mundial da profissão de auditoria.
- Objetiva fortificar a profissão e contribuir para o desenvolvimento de economias 
internacionais.
- Determina normas internacionais de auditoria e segurança.
- Determina normas de ética e outrasorientações para o setor governamental.
- Direciona e encoraja o desempenho de alta qualidade para os profissionais 
auditores.
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Como membros participantes no IFAC, temos os seguintes brasileiros:
- Idésio da Silva Coelho Junior – Membro do Board da IFAC.
- Mônica Forester – Presidente do Small and Medium Practices Committee – 
SMPC.
- Renata Simon Peppe – Assessora técnica do Small and Practices Committe 
– SMPC.
- Fábio Moraes da Costa – Membro do International Panel on Accounting 
Education – IPAE.
- Patrícia Siqueira Varela – Membro do International Public Sector Accounting 
Standards Board (IPSASB).
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www.ifac.org/
No portal do IFAC você poderá conhecer um pouco mais sobre as atribuições dessa 
instituição e sua contribuição para o desenvolvimento da Contabilidade no mundo.
Mundo
Fonte: https://pixabay.com/vectors/international-world-flags-countries-1751293/
No contexto internacional, temos também o IASB que teve como precursor o 
IASC (1973-2001). O IASC nasceu em 1973 a partir do Congresso Internacional de 
Contadores em Melbourne (Austrália). Essa instituição foi criada pelos seguintes 
países: Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Grã-Bretanha, 
Irlanda e Estados Unidos da América. 
https://pixabay.com/vectors/international-world-flags-countries-1751293/
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De acordo com Niyama (2008, p. 40), o IASB é:
[...] órgão independente do setor privado que se destina ao estudo de 
padrões contábeis, com sede em Londres, Grã-Bretanha. É formado por 
um Conselho de Membros, constituído por representantes de mais de 140 
entidades profissionais de todos o mundo, inclusive o Brasil, representado 
pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC). 
Neste sentido, o IASB tem os seguintes propósitos: 
- Desenvolver um único conjunto de normas contábeis globais de alta qualidade, 
inteligível, exequíveis que requeiram informações de alta qualidade, transparentes e 
compatíveis nas demonstrações financeiras (contábeis) e outros relatórios financeiros, 
para orientar os participantes do mercado de capital e outros usuários a nível mundial.
- Promover o uso e a aplicação das normas.
- Promover a convergência entre as normas contábeis locais e as Normas 
Internacionais de Contabilidade de alta qualidade.
O IASB é subordinado à Fundação IASC, organização sem fins lucrativos, com 
sede em Delaware (Estados Unidos da América), sendo constituído por 19 (dezenove) 
curadores. Assim, os curadores são escolhidos por sua representatividade nos 
mercados de capital a nível mundial. 
Conforme o CFC (2021), o IASB é uma entidade independente, emissor de normas 
contábeis, fiscalizada por uma junta de profissionais de diversas áreas e países, que 
prestam contas ao Conselho de Monitoramento (Monitoring Board) constituído por 
autoridades representativas do mercado de valores mobiliários. Sendo assim, também 
é apoiado pelo Conselho Consultivo de IFRS (IFRS Advisory Council) e pelo Comitê de 
Interpretações de Relatório Financeiro Internacional (IFRS Interpretations Committee), 
ambos externos ao IASB, que visa orientações para tratar as divergências quanto à 
interpretação das normas emitidas. Logo, consiste em um processo de elaboração de 
normas sistemático, aberto, participativo e transparente, interagindo com investidores, 
reguladores, empresários e com os profissionais da contabilidade.
No Brasil, temos os seguintes representantes no IASB (CFC, 2021):
• Maria Helena Santana – Trustee da IFRS Foundation (31/12/2019).
• Amaro Luiz de Oliveira Gomes – IASB Member (30/06/2019).
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• Alexsandro Broedel Lopes – Representante do GLENIF no ASAF (Fórum 
Consultivo de Normas de Contabilidade) - reconduzido até 2017.
• Vânia Maria da Costa Borgerth – Integrante do Conselho Consultivo da IFRS 
(Advisory Council) (31/12/2020).
• Marta Cristina Pelucio Greco – Integrante do Grupo de Implementação de 
SME (SME Implementation Group) 30/06/2019.
• Paulo Cesar Aragão – Integrante do Comitê Consultivo de Mercados de Capital 
(CMAC) (não há prazo para mandato).
• Carlos Simas – Integrante do Comitê Consultivo de Mercados de Capital 
(CMAC) (não há prazo para mandato).
• Carl Douglas – Integrante do Comitê de Interpretações das IFRS (Controller 
Corporativo da empresa CCR) (30/06/2020).
• Luiz Murilo Strube Lima - Integrante do Forum Global de Preparadores (Global 
Preparers Forum) (não há prazo para mandato).
Além dos órgãos citados acima, temos ainda as seguintes instituições que 
participam do processo das Normas Internacionais de Contabilidade conforme o CFC 
– Conselho Federal de Contabilidade (2021):
• CILEA – Comitê de Integração Latino Europa-América: integrado por quatro 
países da Europa e da América de representante da Associação Interamericana de 
Contabilidade (AIC). Logo, visa a comunicação entre países latinos, e tem como 
objetivo a convergência da contabilidade. 
• ISAR – International Standards of Accounting and Reporting: tem a 
finalidade de auxiliar os países em desenvolvimento e economias emergentes nas 
melhores práticas de transparência corporativa e contabilidade, com o propósito de 
facilitar os fluxos de investimentos e desenvolvimento econômico. Assim, tem várias 
áreas de atuação, tais como: aplicação das IFRS, contabilidade de PME, divulgação 
de governança corporativa, relatório de responsabilidade corporativa e os relatórios 
ambientais.
• GLENIF – Grupo latino-americano de Emisores de Normas de Información 
Financeira: visa trabalhar em parceria com o IASB no sentido dos aspectos técnicos, 
respeitando as regras de cada país membro, assim promovendo a adoção das 
convergências das normas internacionais emitidas pelo IASB; cooperar com governos, 
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reguladores e outras entidades regionais, nacionais e internacionais que possam 
contribuir para a melhoria da qualidade financeira das demonstrações; e colaborar 
com a difusão das normas emitidas pela IASB. 
• AIC – Associação Interamericana de Contabilidade: é a entidade de 
contabilidade internacional mais antiga do mundo, tem o objetivo de integrar os 
contadores do continente americano, assumir compromisso de sua representação e 
promover o aprimoramento da qualificação dos profissionais da contabilidade. Assim, 
com mais de 60 anos, a AIC tem contribuído para o fortalecimento das empresas 
contábeis nos países americanos que patrocinam, e bem como, participar no 
desenvolvimento harmônico da prática da contabilidade.
Por fim, existem também outros órgãos internacionais que participam desse 
processo do padrão internacional da contabilidade. Porém, vimos apenas as entidades 
com mais relevância processo da IFRS.
 2.1 Órgãos nacionais
Brasil
Fonte: https://pixabay.com/vectors/brazil-map-flag-geography-881119/
No Brasil, temos algumas entidades que participam do processo da 
internacionalização da contabilidade, tais como: CFC, CRC e o CPC. 
O CFC – Conselho Federal de Contabilidade é uma entidade brasileira que atual 
a mais de 70 anos na fiscalização do exercício profissional dos contadores, porém, 
também ajuda na prevenção e ampliação do mercado de trabalho da profissão. 
O CFC é composto por um representante de cada estado brasileiro, assim, no total 
são 27 conselheiros efetivos com a função de orientar, fiscalizar e normatizar o exercício 
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da contabilidade com o apoio do CRCs – Conselhos Regionais de Contabilidade. 
Neste contexto, o CRC – Conselho Regional de Contabilidade tem a funçãode realizar 
as fiscalizações junto com o CFC para verificar se os contadores estão utilizando as 
normas técnicas necessárias para o exercício da profissão. O CRC também tem a 
atribuição de emitir o registro e expedição da carteira profissional, assim, garante 
a credibilidade do contador e comprova que ele está apto para o cumprimento do 
exercício da profissão contábil. Portanto, os CRCs são criados através de resoluções 
do CFC.
Por fim, o CFC e o CRC têm a função de normatizar e orientar a profissão contábil 
no Brasil de maneira que tudo que está determinado pelos órgãos tem a função de 
auxiliar o Contador a exercer a sua profissão.
Neste cenário, temos o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o mesmo foi 
idealizado a partir da união de várias entidades que regulam as normas contábeis no 
país, dentre eles estão: CFC, CVM e IBRACON.
A Resolução CFC nº 1.055/05 criou o CPC que tem como objetivo o estudo, 
preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre os critérios utilizados 
pela Contabilidade. Além disso, também a divulgação de informações sobre os 
pronunciamentos para permitir a emissão de normas pelo órgão regulador brasileiro, 
visando a centralização e uniformização e a convergência da Contabilidade Brasileira 
aos padrões dos outros países. Desse modo, o CPC tem as seguintes atribuições:
• Convergência internacional das normas contábeis.
• Centralização nas emissões de normas.
• Representação e processos democráticos na produção das informações que 
envolvem os elaboradores da informação contábil, os auditores, os usuários internos 
e externo, governos e entre outros.
• Tem como objetivo o estudo, preparo e emissão de Pronunciamentos Técnicos, 
suas interpretações e orientações sobre os critérios de contabilidade societária e entre 
outros itens que visam a convergência da contabilidade do Brasil a nível internacional.
Neste processo, também temos a CVM – Comissão de Valores Mobiliários, uma 
entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Dessa forma, a CVM tem 
a missão de: desenvolvimento, regularização e fiscalização do Mercado de Valores 
Mobiliários, bem como instrumento de captação de recursos para as organizações, 
protegendo o interesse dos investidores e assegurando ampla divulgação das 
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informações sobre as emissões e seus valores mobiliários. 
Conforme CVM (2021), segue algumas atribuições dessa entidade:
• Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado.
• A negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários.
• A negociação e intermediação no mercado de derivativos.
• A organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores.
• A organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e 
Futuros.
• A administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários.
• A auditoria das companhias abertas.
• Os serviços de consultor e analista de valores mobiliários
Por último, o IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, criado em 
1971 para dar maior representatividade aos auditores independentes e contadores. 
Assim, se tornou uma referência na área técnica e educacional para os auditores 
independentes e contadores e para toda a sociedade.
 Sendo assim, o IBRACON auxilia na atualização técnica, no fortalecimento da 
profissão e a função estratégica para as negociações no mercado nacional. Dessa 
maneira, o IBRACON atua em parceria com os órgãos reguladores do mercado brasileiro 
e demais organizações mundiais. Portanto, mantém ações nas áreas de comunicação, 
desenvolvimento profissional, técnica e mantém uma representatividade com outras 
entidades privadas e públicas (IBRACON, 2021). 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.cpc.org.br/CPC
No portal do CPC está disponível todos os Pronunciamentos referentes ao processo 
da IFRS no Brasil. Desse modo, até o momento, temos 49 Pronunciamentos de 
orientação a prática contábil e mais o CPC Liquidação e CPC PME. 
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AULA 3
MERCADO FINANCEIRO E DE 
CAPITAIS E A CONTABILIDADE
A Contabilidade é responsável por elaborar as demonstrações financeiras no final do 
exercício social das organizações, onde apresenta todas as informações necessárias 
para as tomadas de decisões empresariais. Desse modo, os participantes do mercado 
de capitais utilizam essas informações para realizar projeções de investimentos 
futuros. Neste contexto, vamos abordar resumidamente o que é o Mercado Financeiro 
e de Capitais, em seguida, a relação com a Contabilidade. 
Investimento
Fonte: https://pixabay.com/photos/calculator-calculation-insurance-385506/
3.1 Mercado Financeiro e de Capitais
O Mercado Financeiro representa o ambiente onde acontece a compra e venda de 
valores mobiliários, ou seja, negociações de ações, títulos de renda fixa, fundos e entre 
outros negociáveis. Neste processo também acontece as negociações em torno do 
câmbio de moedas estrangeiras, minérios e produtos do ramo agrícola.
No Mercado Financeiro existe a divisão entre quem empresta dinheiro e quem recebe 
a quantia emprestada. Porém, quem recebe a quantia emprestada deve devolver o 
valor emprestado adicionado com os juros sobre a operação. Neste contexto, existem 
entidades que fazem o papel de intermediação, tais como: Bolsa de Valores – B3 
(Brasil), instituições financeiras e corretoras.
Contudo, o mercado financeiro também contempla o de capitais. O mercado de 
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capitais é um campo de atuação que realiza a intermediação entre quem precisa de 
dinheiro para financiar projetos ou investir em outras áreas. Todavia, o mercado de 
capitais tem o foco na negociação de ativos, tais como ações e títulos de dívida. 
Neste contexto, o mercado financeiro e de capitais funciona com base nos seguintes 
segmentos:
• Câmbio: visa a troca de moedas. Assim, as empresas exportadoras e pessoas 
estão sempre em viagens utilizam muito esse tipo de mercado. No Brasil as instituições 
que comanda essas operações é o Banco Central.
• Monetário: visa às operações (transações) que ocorrem em até 24 (vinte 
quatro) horas. Neste mercado encontramos as taxas sobre operações de renda 
fixa, tais como: CDI – Certificado de Depósito Interbancário. Logo, as instituições 
financeiras dominam esse mercado.
• Crédito: tem como finalidade as operações de empréstimos de dinheiro para 
empresas e pessoas físicas com a cobrança de taxas altíssimas. Assim, temos como 
exemplo os cartões de créditos e os cheques especiais.
• Capitais: visa atender as organizações que necessitam de recursos financeiros 
para manter suas despesas. Desse modo, para obtenção de recursos é emitido títulos 
de dívida de Renda Variável e Fixa. Assim, existe o empréstimo de dinheiro para as 
empresas e as mesmas se comprometem a pagar de acordo com o prazo estipulado 
no contrato. 
Porém, dentro do Mercado Financeiro temos o Mercado de Capitais. Esse mercado 
é regulamentado e fiscalizado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Sendo 
assim, o mercado de capitais é formado por entidades financeiras, Bolsa de Valores 
e corretoras de valores. Assim, esse mercado negocia os seguintes itens: Renda Fixa, 
Ações, Mercado Futuro, Debêntures e Títulos Privados. 
• Renda Fixa: visa um tipo de investimento que tem regras próprias que são 
definidas no ato da contratação. Ou seja, o investidor fica conhecendo o prazo, taxa 
de rendimento ou índice a ser usado na valorização do dinheiro.
• Ações: representa uma fração do capital de uma entidade. Ou seja, o investidor 
ao comprar a ação de uma empresa, passa ser sócio da mesma. Desse modo, passa a 
participar das operações da empresa e também dos lucros e prejuízos.
• Mercado Futuro: visa o comprometimento dos participantes na compra e 
venda de ativos por um preço determinadocom liquidação em data futura. Assim, 
existe o comprometimento em relação à liquidação dos compromissos assumidos.
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• Debênture: representam a emissão de título de dívida por entidades que 
oferecem direitos de crédito ao investidor. Ou seja, é um empréstimo realizado para 
empresas que necessitam de recursos para manutenção e expansão.
• Títulos Privados: representa os ativos de renda fixa que são emitidos por 
entidades privadas, tais como: instituições bancárias, financeiras e empresas. Desse 
modo, é uma maneira de financiar capital de giro e empréstimos para as organizações 
poderem manter seus negócios.
 
Por fim, é necessário saber trabalhar com o Mercado Financeiro e de Capitais para 
que tenha um bom êxito. Por isso, existem várias entidades que podem ajudar as 
empresas e as pessoas físicas a conhecerem e entenderem melhor as transações 
desses mercados.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.b3.com.br/pt_br/
No portal da B3 (Bolsa de Valores do Brasil), você poderá conhecer um pouco mais 
sobre o mercado financeiro, suas negociações, registros e participantes. 
3.2 A Contabilidade versus o Mercado Financeiro
A Contabilidade tem o papel fundamental de fornecer informações relevantes 
para o desenvolvimento das empresas. Neste contexto, gera informações sobre o 
patrimônio e suas variações que acontecem em cada exercício social. Desse modo, 
os contadores conseguem atender as necessidades das organizações fornecendo 
informações em tempo real para tomada de decisão empresarial. 
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/calculator-calculation-insurance-1044172/
http://www.b3.com.br/pt_br/
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Em vista disso, a contabilidade realiza certo impacto no mercado financeiro em 
função da sua contribuição para a economia. Neste âmbito, existe uma relação entre 
a contabilidade e o mercado financeiro em virtude da elaboração das demonstrações 
financeiras e demais relatórios que geram informações necessárias para tomadas 
de decisões mediante dados sólidos, tais como os cálculos executados (ALMEIDA, 
2020). 
No entanto, os membros do mercado financeiro usam as informações vindas da 
contabilidade para tomarem decisões sobre investimentos atuais e futuros. E além 
disso, até para o investidor se arriscar no mercado financeiro tem que ter o auxílio de 
contabilidade para fazer as projeções do investimento para ver se tornar um erro.
De acordo com Almeida (2020), antes de entrar no mercado financeiro é preciso ter 
em mente se ele realmente se agrada de realizar funções que exigirão conhecimentos 
avançados sobre cinco aspectos principais: 
• Cálculos
• Legislação
• Números
• Visão estratégica
• Conhecimento de investimento.
Todavia, a contabilidade precisa fornecer informações se o momento é bom para 
realização do investimento. Assim, o contador precisa realizar algumas atividades 
para avaliação do investimento, tais como: demonstrações financeiras, análise das 
demonstrações, debates e argumentações sobre as informações levantadas. 
Por conseguinte, temos a Contabilidade Financeira que é um dos ramos da 
contabilidade onde muitos profissionais estão migrando. Porém, para ingressar no 
mercado financeiro é necessário ter algumas atribuições que farão a diferença, que 
são (ALMEIDA, 2020):
• CPA – 10: indicada para profissionais que atuam no ramo de distribuição 
de investimentos. Assim, essas operações acontecem em agências bancárias ou 
plataformas de atendimento.
• CNPI – Certificação Nacional do Profissional de Investimento: necessário para 
os profissionais que atuam dentro do mercado financeiro.
• CPA – 20: serve para os profissionais que trabalham em instituições financeiras 
como um todo, mês que não aderiram ao Código de Certificação.
CONTABILIDADE 
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• CFP: é a certificação de maior relevância para quem deseja trabalhar como um 
planejador financeiro profissional. Porém, também é indicada para os profissionais 
que desejam expandir seus conhecimentos e ter possibilidades de crescimento na 
área de atuação. 
Enfim, o contador pode se tornar um consultor financeiro em função das atribuições 
da própria profissão. Porém, é necessário que se tenha as certificações corretas para 
poder atuar na área financeira.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://planejar.org.br/requisitos-da-certificacao-cfp/
No portal da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, você poderá 
encontrar as informações necessárias sobre o mercado financeiro e as certificações 
necessárias para atuar na área. 
https://planejar.org.br/requisitos-da-certificacao-cfp/
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AULA 4
O IFRS E SUA ESTRUTURA
O objetivo desta aula é apresentar o que é a IFRS e sua estrutura. Neste segmento, 
vamos conhecer alguns aspectos importantes para esse processo de harmonização 
contábil internacional.
4.1 IFRS
Segundo Mackenzie et al. (2012), o objetivo principal da Fundação IFRS e do IASB – 
International Accounting Standards Board é desenvolver um conjunto único de normas 
para demonstrações contábeis de alta qualidade, compreensível, executável, aceito 
globalmente e com base nos princípios bem definidos. 
Contabilidade
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/conta-contabilidade-analise-pesquisa-6779226/
Em 2005, em virtude da globalização dos negócios, houve a necessidade da união 
de 30 países para a criação de regras para a elaboração de demonstrações contábeis 
para atender o mercado de capitais. Assim, 27 (vinte sete) estados-membros da União 
Europeia e outros países adotaram as Normas Internacionais de Relatório Financeiro - 
IFRS, tais como: África do Sul, Rússia, Nova Zelândia e Austrália. 
No decorrer do processo, outros países resolveram adotar o padrão internacional, 
como o Brasil, Argentina e Canadá. Em 2012, o México também adotou as normas. 
https://www.pexels.com/pt-br/foto/conta-contabilidade-analise-pesquisa-6779226/
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Porém, Japão e Estados Unidos estabelecem prazos para o processo de conversão as 
normas internacionais (Mackenzie et al., 2012). 
Em 2007 e 2008 houve uma crescente aceitação da IFRS em virtude da SEC – 
Securities and Exchange Commission eliminar as conciliações entre as normas locais 
e os princípios contábeis norte-americanos para as organizações estrangeiras 
registradas. Assim, as entidades que usassem as IFRS não haveria a necessidade de 
conciliar os valores do lucro e do patrimônio líquido com os que teriam sido apurados 
sobre os princípios contábeis norte-americanos. Neste contexto, facilitou o registro 
das organizações estrangeiras em função da adoção da IFRS.
Em decorrência de vários fatores no decorrer do processo da IFRS, as empresas 
de auditoria privada nos Estados Unidos mudaram suas regras, e em 2008 passou 
a reconhecer o IASB como uma entidade capacitada para elaboração de normas 
contábeis. 
Para Mackenzie et al. (2012), o impulso de convergir normas contábeis historicamente 
díspares tem ocorrido em virtude da facilitação do fluxo livre de capital, de modo que 
investidores dos Estados Unidos terão mais interesse em financiar negócios na China 
ou na República Tcheca. 
Neste cenário, as demonstrações contábeis elaboradas na mesma linguagem liquida 
o risco presente em investimentos e cria certa confiança por parte dos investidores 
de outros países. De acordo com Mackenzie et al. (2012), acordado entre os órgãos 
normatizadores norte-americanos, FASB e IASB era esperado pela convergência dos 
respectivos conjuntos de normas, e inúmeras revisões tanto dos princípios contábeis 
norte-americanos quanto das IFRS que foram criadas para implementaresse 
processo. Assim, objetivo dos Conselhos era complementar as etapas de Memorando 
de Entendimento – ME até meados de junho de 2011. Logo, essas etapas eram: 
• Instrumentos financeiros
• Consolidações
• Desreconhecimento
• Mensuração pelo valor justo
• Reconhecimento de receita
• Operações de arrendamento mercantil
• Instrumentos financeiros com características de capital próprio
• Apresentação das demonstrações contábeis
• Outros Projetos de Memorandos de Entendimento – ME
• Outros projetos conjuntos
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Contudo, em função da complexidade de alguns assuntos, os mesmos foram 
adiados até que os órgãos cheguem a um consenso. Os assuntos mais complexos 
são: instrumentos financeiros (contabilidade de hedge e de teste de redução no valor 
recuperável de ativos – impairment); reconhecimento das receitas e as operações de 
arrendamento mercantil. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www.ifrs.org/
Caro(a) aluno(a), no portal do IFRS poderá encontrar os assuntos abordados na 
unidade para entender melhor o processo de harmonização da contabilidade. 
4.1.1 Estrutura da IFRS
Organograma
Fonte: https://pixabay.com/photos/mark-marker-hand-write-516279/
Em 2000, houve a formação da estrutura formal da Fundação IFRS, uma entidade 
com base em Delaware, com a pedra fundamental na Fundação IASC. Assim, os 
Curadores da Fundação IFRS tinham a necessidade de conseguir recursos para 
financiar a normatização e de denominar membros para o Conselho Internacional 
de Normas Contábeis (International Accounting Standards Board – IASB) para o 
Comitê Internacional de Interpretações de Demonstrações Contábeis (International 
Financial Reporting Interpretations Committee – IFRIC) e para o Conselho Consultivo 
de Normas (Standards Advisory Council – SAC). Todavia, em 2009 houve a mudança 
da estrutura com a inclusão e uma nova denominação do Grupo de Implementação 
para PME (SME Implementation Group). Desse modo, abaixo segue a estrutura em 
2010 (Mackenzie et al., 2012):
https://www.ifrs.org/
https://pixabay.com/photos/mark-marker-hand-write-516279/
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Figura 01 – Estrutura da IFRS
Fonte: Mackenzie et al. (2012, p. 06)
Com base na estrutura apresentada acima, seguem algumas considerações 
(Mackenzie et al., 2012):
• Conselho de Monitoramento: tem o papel de garantir que os Curadores da 
Fundação IFRS executem suas funções conforme definidas pela Constituição da 
Fundação IFRS pela aprovação da designação ou redesignação de Curadores. O 
Conselho de Monitoramento é formado pelos Comitês Técnicos e de Mercados 
Emergentes da Organização Internacional de Comissões de Valores (IOSCO), pela 
Comissão Europeia, pela Agência de Serviços Financeiros do Japão e Pelas Comissão 
de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. E o Comitê da Basileia de Supervisão 
Bancária participa como observador.
• Fundação IFRS: é formada por curadores e se reporta ao Conselho de 
Monitoramento. A Fundação IFRS tem a responsabilidade de obter fundos e de 
supervisionar a normatização e a estrutura e estratégia das IFRS.
• Conselho Consultivo das IFRS (antigo SAC): é o órgão consultivo formal 
do IASB e é formado pelos Curadores da Fundação da Fundação IFRS. Assim, seus 
membros são grupos de usuários, preparadores, analistas financeiros, professores 
universitários, auditores, reguladores, associações de contadores profissionais e 
grupos de investidores.
• IASB: órgão independente responsável apenas para estabelecer as Normas 
Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), com a inclusão da PMEs. O IASB tem a 
função também de aprovar novas interpretações. 
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• Comitê de Interpretações das IFRS (IFRIC): é formado por sócios de empresas 
de auditoria, mas também preparadores e usuários. A função do IFRIC é responder as 
questões técnicas sobre como interpretar as IFRS. Contudo, também tem proposto 
modificações de normas ao IASB, em respostas às dificuldades operacionais 
observadas ou necessidades de melhorar a consistência. 
• Relações de Trabalho: é composto pelos órgãos normatizadores locais que 
adotaram ou convergiram, ou estão no processo de adoção ou convergência às 
Normas Internacionais de Relatório Financeiro – IFRS. Assim, define uma série de 
atividades que devem ser realizadas para facilitar a adoção e o uso das IFRS.
No entanto, conforme Niyama (2008), o termo harmonização tem sido algumas vezes 
afiliado com “padronização” de normas contábeis. Assim, harmonização representa 
um processo que visa buscar preservar as particularidades inerentes a cada país, 
mas que também permita conciliar os sistemas contábeis com outros países, com o 
objetivo de melhorar a troca de informações a serem interpretadas e compreendidas. 
Porém, o termo padronização representa o processo de uniformização de critérios, 
não admitindo flexibilização. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Contribuicoes-Enviadas-ao-
IASB
No portal do CFC – Conselho Federal de Contabilidade podemos verificar algumas 
contribuições enviadas ao IASB. Vale apena verificar! 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Contribuicoes-Enviadas-ao-IASB
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Contribuicoes-Enviadas-ao-IASB
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AULA 5
OS FUNDAMENTOS E A 
ESTRUTURA DA CONTABILIDADE 
NO EUA: US GAAP
Quando falamos de harmonização da contabilidade precisamos entender alguns 
aspectos relevantes desse processo. Assim, vamos conhecer o Sistema contábil 
dos Estados Unidos, o US GAAP (Princípios Contábeis Geralmente Aceitos Norte-
Americanos). 
5.1 US GAAP
A sigla GAAP é de origem inglesa que na tradução, melhor dizendo, representa os 
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. Assim, representa o conjunto de normas 
que devem ser seguidas pelos contadores na elaboração da escrituração contábil 
das empresas. Dessa forma, a contabilidade registra as operações das empresas 
conforme o padrão estabelecido pelo GAAP. 
Neste cenário, os Estados Unidos têm um sistema contábil denominado US GAAP 
(Princípios Contábeis Geralmente Aceitos Norte-Amercianos), dessa forma, representa 
um sistema exclusivo para a contabilidade. Em outras palavras, quer dizer, o padrão 
contábil adotado pelos Estados Unidos. 
Estados Unidos
Fonte: https://pixabay.com/photos/usa-flags-stars-and-stripes-1149896/
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Consequentemente, o GAAP está relacionado com a legislação contábil de cada 
país. Para Leite (2001, p. 9-10), 
a contabilidade é vista como um serviço cujos conceitos derivam 
do processo empresarial, servindo não como uma disciplina como 
a economia, mas sendo uma disciplina independente, na qual se 
desenvolvem peças para julgamentos com base em tentativas e 
erros. 
Dessa forma, a contabilidade unida facilita o controle da economia pelo governo, 
tanto para as áreas fiscais no sentido de arrecadação tributária que impactam na 
economia.
O GAAP corresponde ao termo técnico usado pela contabilidade financeira, ou seja, a 
contabilidade direcionada para os usuários externos. Sendo assim, acaba abrangendo 
as convenções, as regras e os procedimentos necessários para as práticas contábeis. 
À vista disso, os GAAP envolvem as orientações mais amplas sobre as aplicações 
gerais das práticas e procedimentos mais específicos da contabilidade.
Os GAAP competem ao reconhecimento, à mensuração e à evidenciação das 
atividades econômicas dos agentes envolvidos, englobando a preparação e a 
apresentação das demonstrações. 
A AICPA (Código de Conduta Profissional do AICPA) rege a conduta dos membros 
do Instituto, assim, direciona duasnormas específicas para o US GAAP, que são:
• Rule 202: determina o trabalho dos profissionais membros do AICPA – 
auditoria, revisão, compilação, consultoria empresarial ou tributária e entre outros 
serviços. 
• Rule 202: determina condições para que os pareceres dos associados ao 
AICPA acordar pela conformidade das informações contábeis repassadas aos US 
GAAP, assim nomeando os órgãos reconhecidos como hábeis para a elaboração dos 
padrões.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://usgaap.com.br/
No portal do US GAAP, você encontrará materiais que podem auxiliar na 
compreensão das principais diferenças das normas internacionais e brasileiras de 
contabilidade. 
http://usgaap.com.br/
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O FASB (Financial Accounting Standards Board) é o órgão responsável pela emissão 
de normas e princípios, e também pela regulamentação das práticas contábeis nos 
Estados Unidos. À vista disso, todas as organizações de outros países que realizam 
comercialização com empresas dos Estados Unidos devem usar as US GAAP.
Para uma melhor compreensão do US GAAP, segue abaixo um quadro comparativo 
sobre a IFRS versus US GAAP em relação a algumas regras contábeis:
REGRAS IFRS US GAAP
Primeira aplicação de 
norma contábil
Aplicação retroativa das IFRS 
em vigor na data de apresenta-
ção das primeiras demonstra-
ções financeiras de acordo com 
o padrão IFRS.
Aplicação retroativa das nor-
mas correspondentes.
Base no valor contábil Utilização do custo histórico. 
Os ativos intangíveis, o ativo 
permanente e as propriedades 
para investimento podem ser 
reavaliados por valor justo.
Não é permitido reavaliações, 
exceto em caso de instru-
mentos financeiros deriva-
tivos e outros que podem e 
devem ser avaliados ao valor 
justo. 
Moeda de apresentação O lucro seja mensurado utilizan-
do a moeda funcional. Porém, 
as organizações podem apre-
sentar as demonstrações finan-
ceiras em uma moeda diferente.
Conforme as regras do SEC, 
as organizações não ameri-
canas registradas podem es-
colher a moeda de apresen-
tação das demonstrações 
financeiras. 
Componentes das de-
monstrações financeiras
Apresentação do Balanço Pa-
trimonial, a DFC e informações 
referentes ao patrimônio líquido 
de dois anos, no mínimo.
Parecido com a IFRS. A di-
ferença está na questão das 
entidades com registro na 
SEC devem apresentar todas 
as demonstrações dos últi-
mos três anos, com exceção 
do Balanço Patrimonial.
Balanço Patrimonial Não existe um padrão definido, 
mas é necessário que haja a 
separação entre ativos e passi-
vos correntes e não-correntes. 
Também a apresentação dos 
ativos e passivos por ordem de 
liquidez em relação a separação 
entre corrente e não-corrente 
quando apresenta informação 
mais confiável e relevante sobre 
a organização. 
Podem apresentar o Balanço 
Patrimonial classificado ou 
não. Em geral, as empresas 
podem apresentar o Balanço 
Patrimonial aparecendo em 
ordem decrescente de liqui-
dez. 
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Formato da demonstra-
ção de resultado
Não existe um formato padrão, 
mas os gastos devem ser evi-
denciados. Porém, alguns itens 
devem ser apresentados sepa-
radamente.
As despesas são classifica-
das por função e diretamente 
deduzidas das receitas totais 
ou por subtotal. As receitas e 
despesas são classificadas 
em grupos.
DFC: formato e método Exigem classificação em con-
tas padrão, mas são flexíveis 
quanto ao conteúdo das contas. 
Pode ser utilizado o método di-
reto ou indireto.
Classificação em contas de 
categorias similares em rela-
ção às IFRS, mas são mais 
específicos no que diz res-
peito à classificação em cada 
categoria. Pode ser usado os 
métodos direto ou indireto.
Quadro 01 – Comparativo de regras da IFRS versus US GAAP
Fonte: Adaptado de Camargo (2017, on-line).
Com base no que foi apresentado acima é muito importante conhecer as diferenças 
entre as regras contábeis para que as organizações cumpram com as obrigações da 
melhor maneira possível. 
ISTO ESTÁ NA REDE
 
Link: https://www.scielo.br/j/cest/a/mhK3KXjxcGk54jFGNSMZcGt/?lang=pt
No link acima, você terá acesso a um artigo que apresenta o sistema de ensino da 
contabilidade nos Estados Unidos. Vale apena realizar a leitura!
https://www.scielo.br/j/cest/a/mhK3KXjxcGk54jFGNSMZcGt/?lang=pt
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AULA 6
OS FUNDAMENTOS E A 
ESTRUTURA DA CONTABILIDADE 
NO BRASIL: BR GAAP
Na aula anterior, vimos o US GAAP que se tratava dos Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos Norte-Americanos. Em continuidade, vamos abordar os assuntos 
em torno do GAAP, mas agora estaremos relacionando com os princípios contábeis 
utilizados no Brasil. 
6.1 BR GAAP
O BR GAAP representa o conjunto de princípios contábeis que são aceitos no Brasil. 
Dessa forma, a sigla “BR GAAP” indica as regras, leis e normas que regulamentam a 
contabilidade brasileira.
Brasil
Fonte: https://pixabay.com/photos/brazil-flag-brazil-flags-3001462/
Em 2010, o Brasil aderiu as normas internacionais de contabilidade. Neste 
https://pixabay.com/photos/brazil-flag-brazil-flags-3001462/
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contexto, a regulamentação contábil brasileira é realizada pelo CPC – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis. Desse modo, o CPC é o responsável pela emissão dos 
pronunciamentos em torno das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), onde as 
mesmas são aprovadas pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade. 
As regras são compostas por normas e orientações técnicas vindas de diversos 
órgãos, além disso, também existem as legislações pertinentes ao processo da 
escrituração contábil das organizações. Sendo assim, a seguir veremos os diversos 
órgãos e legislações que orientam a prática contábil brasileira:
• Lei 6.404/1976 – Lei das Sociedades por Ações/Lei das S/A.: a principal lei que 
rege a contabilidade no Brasil.
• Leis 11.638/2007 e 11.941/2009: em virtude da harmonização contábil, essas 
leis realizaram modificações na Lei 6.404/76.
• Várias Resoluções, Circulares, Comunicados vindos de diversos órgãos e do 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade.
• Conselho Monetário Nacional (CMN).
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
• Banco Central (BACEN).
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
• Receita Federal do Brasil (RFB).
• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
ISTO ESTÁ NA REDE
 
Link: http://www.susep.gov.br/setores-susep/seger/cnsp
 
No portal do CNSP existem informações sobre diretrizes e normas da políticas que 
envolvem as operações dos seguros privados no Brasil. 
As práticas contábeis usadas no Brasil estão alinhadas com as IFRS. Assim, 
as empresas do país precisam cumprir com as normas contábeis englobando a 
compilação das demonstrações financeiras, a divulgação das notas explicativas e o 
atendimento aos quesitos das normas.
Neste contexto, vamos apresentar um quadro comparativo sobre a IFRS versus BR 
GAAP em relação a algumas regras contábeis:
http://www.susep.gov.br/setores-susep/seger/cnsp
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REGRAS IFRS BR GAAP
Primeira aplicação de 
norma contábil
Aplicação retroativa das IFRS 
em vigor na data de apresenta-
ção das primeiras demonstra-
ções financeiras de acordo com 
o padrão IFRS.
Não existe uma norma espe-
cífica. Apenas exige a apli-
cação retroativa de todas as 
práticas contábeis adotadas 
no Brasil em vigor na data 
das primeiras demonstra-
ções financeiras da entidade. 
Base no valor contábil Utilização do custo histórico. 
Os ativos intangíveis, o ativo 
permanente e as propriedades 
para investimento podem ser 
reavaliados por valor justo.
Utilização do custo histórico 
e itens do ativo imobilizado 
poder ser reavaliados.Moeda de apresentação O lucro seja mensurado utilizan-
do a moeda funcional. Porém, 
as organizações podem apre-
sentar as demonstrações finan-
ceiras em uma moeda diferente.
Demonstrações financeiras 
devem ser apresentadas na 
moeda do país. 
Componentes das 
demonstrações 
financeiras
Apresentação do Balanço Pa-
trimonial, a DFC e informações 
referentes ao patrimônio líquido 
de dois anos, no mínimo.
Similar às IFRS. A diferença 
está na apresentação do de-
monstrativo de fluxo de caixa 
que deve demonstrar as ori-
gens e aplicações de recur-
sos.
Balanço Patrimonial Não existe um padrão definido, 
mas é necessário que haja a 
separação entre ativos e passi-
vos correntes e não-correntes. 
Também a apresentação dos 
ativos e passivos por ordem de 
liquidez em relação a separação 
entre corrente e não-corrente 
quando apresenta informação 
mais confiável e relevante sobre 
a organização. 
Ativos e Passivos são segre-
gados entre os grupos de 
circulante e não-circulante. 
Nestes grupos, os ativos e 
passivos são apresentados 
em ordem decrescente de li-
quidez, com agrupamentos 
de contas visando facilitar o 
conhecimento e a análise da 
situação financeira da organi-
zação. 
Formato da 
demonstração de 
resultado
Não existe um formato padrão, 
mas os gastos devem ser evi-
denciados. Porém, alguns itens 
devem ser apresentados sepa-
radamente.
Similar às IFRS, exceto pelo 
tratamento de alguns itens 
como “não-operacionais” e 
pelas despesas que devem 
ser apresentadas por função. 
DFC: formato e método Exigem classificação em con-
tas padrão, mas são flexíveis 
quanto ao conteúdo das contas. 
Pode ser utilizado o método di-
reto ou indireto.
Não existe apresentação. Se 
voluntariamente apresenta-
das, as regras assemelham-
-se às IFRS.
Quadro 02 – Comparativo de regras da IFRS versus BR GAAP
Fonte: Adaptado de Camargo (2017, on-line).
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De acordo com as informações acima, cabe aos contadores das empresas 
seguirem as normas e legislações pertinentes para que exista uma transparência nas 
informações vindas através das demonstrações financeiras. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www.bcb.gov.br/
No portal do Banco Central do Brasil, você encontrará informações relevantes à 
política monetária do país e diversas outras informações. 
https://www.bcb.gov.br/
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AULA 7
O COMITÊ DE 
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
E SEUS PRONUNCIAMENTOS
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC foi idealizado a partir da união 
de algumas entidades que regulam as normas contábeis no Brasil, tais como o CFC 
– Conselho Federal de Contabilidade, CVM – Comissão de Valores Mobiliários e o 
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
7.1 CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis
O CPC foi criado pela Resolução CFC nº 1.055/05 e tem como objetivo o estudo, o 
preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos sobre a Contabilidade e também 
a divulgação de informações da mesma natureza, para permitir a emissão de normas 
pela organização reguladora do Brasil. Contudo, esse processo tem o foco na 
centralização e uniformização do processo de produção, bem como na convergência 
da Contabilidade do Brasil aos padrões internacionais (CPC, 2021). 
Normas
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/audit-tax-inspection-auditor-3929140/
O CPC tem sua autonomia em relação às entidades representadas, assim, disposto 
por 2/3 de seus membros, tais como: CFC – Conselho Federal de Contabilidade; as 
sete entidades que constituem o CPC; e os membros do próprio CPC, ou seja, dois por 
entidade, na maior parte Contadores (sem remuneração).
https://pixabay.com/illustrations/audit-tax-inspection-auditor-3929140/
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Contudo, também são convidados outros órgãos a participarem das funções 
desempenhadas pelo CPC. Desse modo, podem ser formados comissões e grupos 
de trabalhos para estudo de temas específicos. Neste cenário, temos as seguintes 
entidades (CPC, 2021):
• BACEN – Banco Central do Brasil
• CVM – Comissão de Valores Mobiliários
• RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil
• SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
• FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
• CNI – Confederação Nacional da Indústria
• PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.cpc.org.br/CPC
No portal do CPC existem várias informações sobre os pronunciamentos técnicos, 
interpretações, orientações e publicações. Vale apena conferir! 
O CPC foi criado em função de algumas necessidades decorrentes do processo de 
harmonização da contabilidade. Neste âmbito, temos as seguintes situações (CPC, 
2021):
• Convergências internacionais das normas contábeis: redução de custos de 
elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custos nas análises e decisões, 
redução de custos de capital.
• Centralização na emissão de normas dessa natureza: no Brasil várias 
organizações fazem.
• Representação e processo democrático nas produções dessas informações: 
contadores, auditor, usuários intermediários, governo e entre outros. 
Como produtos ofertados pelo CPC, temos os seguintes:
• Comunicados
• Orientações
• Interpretações
• Pronunciamentos técnicos (esses pronunciamentos são submetidos à 
audiência pública).
Em 2010, houve os Pronunciamentos realizados pelo CPC que praticamente 
finalizaram o processo de convergência das Normas Brasileiras às Normas 
http://www.cpc.org.br/CPC
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Internacionais de Contabilidade. Contudo, a partir de 2011 o CPC pretendia atuar na 
revisão ou na elaboração de normas internacionais.
Até o momento, temos em torno de 49 CPCs editados e mais o CPC Liquidação e o 
CPC PME. Assim, cada pronunciamento engloba diversos assuntos da contabilidade. 
Neste contexto, segue abaixo um quadro resumo com o número do documento e o 
título de cada um dos CPCs:
CPC 00 Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro
CPC 01 Redução ao Valor recuperável de Ativo
CPC 02 Efeitos das mudanças nas taxas de cambio e conversão de demonstrações contábeis
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa
CPC 04 Ativo Intangível
CPC 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas
CPC 06 Arrendamentos
CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais
CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações
CPC 11 Contratos de Seguro
CPC 12 Ajuste a Valor Presente
CPC 13 Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08
CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I) – 
Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios
CPC 16 Estoques
CPC 17 Contratos de Construção (revogado a partir de 1º/01/*2018
CPC 18 Investimentos em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto
CPC 19 Negócios em Conjunto
CPC 20 Custos de Empréstimos
CPC 21 Demonstração Intermediária
CPC 22 Informações por Segmento
CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
CPC 24 Evento Subsequente
CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis
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CPC 27 Ativo Imobilizado
CPC 28 Propriedade para Investimento
CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola
CPC 30 Receitas (revogado a partir de 1º/01/2018)
CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada
CPC 32 Tributos sobre o Lucro
CPC 33 Benefícios a Empregados
CPC 34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais (Não editado)
CPC 35 DemonstraçõesSeparadas
CPC 36 Demonstrações Consolidadas 
CPC 37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade
CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (revogado a partir de 
1º/01/2018)
CPC 39 Instrumentos Financeiros: Apresentação
CPC 40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação
CPC 41 Resultado por Ação
CPC 42 Contabilidade em Economia Hiperinflacionária
CPC 43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41
CPC 44 Demonstrações Combinadas
CPC 45 Divulgação de Participações em outras Entidades
CPC 46 Mensuração do Valor Justo
CPC 47 Receita de Contrato com Clientes
CPC 48 Instrumentos Financeiros
CPC 49 Contabilização e Relatório Contábil de Planos de Benefícios de Aposentadoria 
CPC 
Liquidação
Entidade em Liquidação
CPC PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas com Glossário de Termos
Quadro 3 – Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo CPC
Fonte: CPC (2021, on-line)
Por fim, cabe aos profissionais da Contabilidade estar atualizados em relação aos 
Pronunciamentos Técnicos para realização da escrituração contábil das organizações.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Publicacoes-CPC
No portal do CPC, você poderá acessar as publicações realizadas pela entidade, 
bem como baixar os arquivos para leitura. Faça uma visita no portal!
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Publicacoes-CPC
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AULA 8
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
ANUAIS: BP, DRE E DRA
Nesta aula, vamos trabalhar os assuntos em torno das Demonstrações Financeiras 
de acordo com a Lei nº 6.404/76 e a Lei nº 11.638/07 que também estão em 
conformidade com o CFC, CVM e o Regulamento do Imposto de Renda.
8.1 Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial é uma demonstração que tem como objetivo demonstrar o 
patrimônio das organizações. Neste contexto, apresenta os saldos das contas que 
compõem o patrimônio de uma entidade ao final de um exercício social (a cada doze 
meses).
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/bookkeeping-accounting-taxes-615384/
De acordo com a Resolução nº 1.283/2010, “O balanço patrimonial é a demonstração 
contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada 
data, a posição patrimonial e financeira da Entidade”. Assim, essa demonstração vem 
apresentar os aspectos quantitativos e qualitativos referentes à posição patrimonial 
de uma determina organização. 
A Lei nº 6.404/76 diz que: “Balanço Patrimonial é composto por duas partes: Ativo e 
https://pixabay.com/photos/bookkeeping-accounting-taxes-615384/
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Passivo, onde o ativo representa os bens e direitos; e o passivo identifica as obrigações 
e o Patrimônio Líquido”. À vista disso, o balanço patrimonial abrange os bens, direitos 
e obrigações nos aspectos tangíveis e intangíveis, bem como as obrigações (dívidas) 
e o Patrimônio Líquido da entidade conforme o resultado (lucro ou prejuízo) apurado 
no final do exercício social.
Em relação à estrutura do Balanço Patrimonial temos como referência a NBC 
TG 26 – do Balanço Patrimonial, que diz que essa demonstração é constituída pelo 
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, e suas contas são classificadas em função dos 
elementos patrimoniais. Dessa maneira, o balanço patrimonial é representado em 
forma de gráfico, ou seja, simbolicamente um “T”. Esse “T” vem representar os dois 
lados da demonstração, o lado esquerdo o Ativo e o lado direito o Passivo. 
Neste contexto, temos a Lei 6.404/76 e a Lei 11.638/07, 11.941/09 e CPC PME que 
rege essa demonstração. Sendo assim, os bens, direitos e obrigações são substituídos 
pelas seguintes nomenclaturas abaixo:
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
Quadro 4 – Apresentação gráfica do Balanço Patrimonial
Fonte: elaborado pela autora
Os bens e direitos compõem o Ativo são apresentados em ordem decrescente 
de grau de liquidez (maior ou menor prazo no qual os bens e direitos podem ser 
retratados em dinheiro) em relação aos elementos registrados no Ativo Circulante e 
Não Circulante. 
Portanto, o Passivo apresenta as obrigações, que são as dívidas da empresa 
com os terceiros e também os investimentos dos sócios para a entidade que são 
evidenciadas no Patrimônio Líquido. Assim, o Passivo é composto por Circulante, 
Não Circulante e Patrimônio Líquido. As contas que fazem parte do Passivo estão em 
ordem decrescente em função do grau de exigibilidade (maior ou menor prazo em que 
a obrigação deve ser paga) dos elementos que são registrados. 
Por fim, o Balanço Patrimonial foi a primeira demonstração financeira a ser 
abordada. Na sequência vamos conhecer a DRE - Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://cfc.org.br/tecnica/perguntas-frequentes/nova-estrutura-do-balanco/
No portal do CFC, você poderá conferir a estrutura sintetizada do Balanço 
Patrimonial. Basta acessar o site acima. Vale apena conferir! 
8.2 DRE
A DRE – Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório que demonstra 
os saldos de encerramento de todas as contas de resultado (receitas e despesas) 
referente a um período da escrituração contábil. Logo, esse encerramento é realizado 
mês a mês para depois realizar o fechamento anual. Para Ribeiro (2012, p. 347), “essa 
Demonstração evidencia o Resultado que a empresa obteve (Lucro ou Prejuízo) no 
desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, geralmente a 
um ano”.
Na DRE, as receitas e despesas são reconhecidas em conformidade com o Princípio 
da Competência, assim para o CFC (2011), “O Princípio da Competência determina 
que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a 
que se referem, independentemente de recebimento ou pagamento”. Neste contexto, 
a receita demonstra a entrada de recursos, deste modo, acontece o aumento de ativos 
ou a diminuição de passivos que resultam em aumentos do Patrimônio Líquido da 
organização deste que não sejam oriundos da entrada de novo capital na entidade. E 
as despesas são incorridas quando acontece a diminuição de um ativo, o aumento de 
um passivo ou as duas. 
A DRE é um demonstrativo da contabilidade que visa apurar o resultado líquido 
do período (geralmente do ano) através da confrontação entre receitas (vendas de 
mercadorias e produtos) e despesas (salários, comissões de vendedores, aluguel, 
água, energia elétrica e entre outras). 
Em relação à receita, Montoto (2011, p. 179), diz que “a receita representa o ingresso 
bruto de benefícios econômicos, durante o período proveniente das atividades 
ordinárias da entidade, que resulta no aumento do seu Patrimônio Líquido, exceto 
as contribuições dos proprietários”. Assim, a receita deve ser reconhecida pelo valor 
justo em relação à contraprestação recebida. 
Em conformidade com o CPC 30 (R1), temos as seguintes receitas (CPC, 2017, on-
line):
https://cfc.org.br/tecnica/perguntas-frequentes/nova-estrutura-do-balanco/
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a) contratos de arrendamento mercantil (ver a NBC T 10.2 – Operações 
de Arrendamento Mercantil); 
b) dividendos provenientes de investimentos que sejam contabilizados 
pelo método da equivalência patrimonial (ver a NBC TS sobre 
Investimento em Coligada); 
c) contratos de seguro (ver a NBC T 19.16 – Contratos de Seguro); 
d) alterações no valor justo de ativos e passivos financeiros, ou 
da sua alienação (ver a NBC TS sobre Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração); 
e) alterações no valor de outros ativos circulantes; 
f) reconhecimento inicial e alterações no valor justo de ativos 
biológicos,relacionados com a atividade agrícola (ver a NBC T 19.29 
– Ativo Biológico e Produto Agrícola); 
g) reconhecimento inicial de produtos agrícolas (ver o NBC T 19.29); 
e h) a extração de recursos minerais.
Porém, para um melhor entendimento sobre a relação das receitas comentadas 
acima, vamos ver o CPC 30 que apresenta alguns termos importantes sobre as 
receitas em conformidade com a BNC T 19.3 – Receitas (CPC, 2017, on-line):
Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um 
passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do 
negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que 
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma 
transação compulsória.
14. A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida 
quando forem satisfeitas todas as seguintes condições:
a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios 
mais significativos inerentes à propriedade dos bens;
b) a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão 
dos bens vendidos em grau normalmente associado à propriedade 
nem efetivo controle de tais bens;
 
c) o valor da receita possa ser confiavelmente mensurado;
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d) for provável que os benefícios econômicos associados à transação 
fluirão para a entidade; e
e) as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à 
transação, possam ser confiavelmente mensuradas.
Em continuidade, as receitas podem ser provenientes de juros, royalties e dividendos, 
assim, são gerados por intermédio de terceiros, de ativos de entidades que geram os 
juros, royalties e dividendos que podem ser reconhecidos nas suas bases conforme 
as condições abaixo (CPC, 2017, on-line):
a) for provável que os benefícios econômicos associados com a 
transação fluirão para a entidade; e
b) o valor da receita puder ser confiavelmente mensurado.
30. A receita deve ser reconhecida nas seguintes bases:
a) os juros devem ser reconhecidos utilizando-se o método da 
taxa efetiva de juros tal como definido na NBC TS sobre Instrumentos 
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;
b) os royalties devem ser reconhecidos pelo regime de competência 
de acordo com a essência do acordo; e
c) os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o 
direito do acionista de receber o respectivo valor.
Portanto, para as organizações brasileiras, a DRE é obrigatória de acordo com a Lei 
nº 11.638/07 e deve apresentar a seguinte estrutura:
Receita Bruta
(-) Deduções e Abatimentos
(=) Receita Líquida
(-) CMV/CPV/CSP
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(=) Resultados antes do IRPJ e CSLL
(-) Provisões IRPJ e CSLL
(=) Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo)
Quadro 5 – Estrutura sintética da DRE
Fonte: elaborado pela autora
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Afinal, a DRE tem o objetivo de evidenciar a composição do resultado das operações 
que acontecem nas empresas referentes ao um período determinado.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-
contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-
o-ifrs.pdf
No portal do CRC PR – Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, você pode 
encontrar a estrutura e outras informações sobre a DRE e a DRA. 
8.3 DRA
A DRA – Demonstração do Resultado Abrangente é uma demonstração que 
visa apresentar as alterações no patrimônio líquido de uma entidade durante um 
determinado período. Porém, essas alterações são decorrentes de transações e vários 
outros eventos não originados dos sócios da empresa. Assim, aborda as mudanças 
no patrimônio líquido exceto aquelas resultantes de investimentos dos sócios e 
distribuição aos donos da organização. 
Neste contexto, tanto o CPC 26 (R3) quanto a NBC TG 26 (R4) abordam que as 
variações derivadas das receitas realizadas e despesas incorridas no período devem 
ser evidenciadas na Demonstração do Resultado. Todavia, ao mesmo tempo em 
que essas variações que interferem no Patrimônio Líquido derivam de fatos que não 
transitam pela Demonstração do Resultado e que não correspondem às ações diretas 
entre os donos e a organização devem ser evidenciadas na DRA – Demonstração do 
Resultado Abrangente. 
Neste contexto, a DRA tem o objetivo de apresentar de forma atualizada a divisão 
do que pertence ao patrimônio e o que é realmente dos donos da entidade. Dessa 
forma, também é uma informação relevante para os investidores, para saber se a 
empresa tem condições de receber futuros investimentos.
De acordo com o CPC 26 (R3), existem alguns itens obrigatórios na elaboração de 
uma DRA, com base nos lucros líquidos obtidos pela DRE, mesmo que a obrigatório 
não esteja disposta na Lei nº 6.4041/76. Dessa forma, seguem abaixo os itens 
necessários para a construção da DRA:
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
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• Resultado líquido do período.
• Descrição dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua 
natureza.
• Demais resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio 
do método de equivalência patrimonial.
• Resultado abrangente total do período.
Neste contexto, o resultado abrangente total do período, ainda adiciona:
• Avaliação patrimonial ajustada.
• Variações da reserva de reavaliação.
• Ganhos e perdas em planos de pensão.
• Ganhos e perdas oriundos de conversão de demonstrações de operações no 
exterior.
Por fim, a DRA dever ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro 
da DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
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AULA 9
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
ANUAIS: DFC, DMPL E DLPA
Em continuidade aos assuntos sobre as Demonstrações Financeiras, vamos abordar 
nesta aula a DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa, a DMPL – Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido e a DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos 
Acumulados.
9.1 DFC
A DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma demonstração da Contabilidade 
que visa a evidenciação das modificações ocorridas na conta Caixa e Equivalentes de 
Caixa em função das operações diárias que acontecem nas empresas. Assim, para 
Ribeiro (2013, p. 393), “a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório 
contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado 
período e que provocam modificações no saldo de caixa e equivalentes de caixa”. 
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/coins-banknotes-money-currency-1726618/
Neste segmento, a DFC informa os fatos administrativos em torno do fluxo (entrada 
e saída) de dinheiro que acontece em virtude das operações que são registradas por 
meio da escrituração contábil das entidades. Logo, esse fluxo interfere nos saldos das 
seguintes contas contábeis: Caixa, Banco conta Movimento e Aplicações Financeiras 
https://pixabay.com/photos/coins-banknotes-money-currency-1726618/
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de Curto Prazo. De acordo com Montoto (2011, p. 763), “esse relatório também tem 
que demonstrar as origens das mudanças no saldo do Caixa. O usuário da informação 
precisa entender se o Caixa se alterou em função da atividade principal (operacional), 
se a alteração foi em funçãoda venda de imóvel [...]”. 
Conforme o art. 188 da Lei nº 6.404/76, a DFC deve demonstrar:
I. demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas, durante 
o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se 
essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela 
Lei nº 11.638 de 2007)
a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638 de 2007)
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638 de 2007)
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638 de 2007).
Nesta abordagem, a Lei nº 6.404/76 passou a reger a DFC por meio do art. 176. 
Porém, em função da IFRS houve algumas alterações que foram feitas pela Lei nº 
11.638/07, onde desobriga a DOAR, passando a exigir a DFC e a DVA. Para melhor 
entendimento, segue um trecho do art. 176 da Lei nº 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com 
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação 
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I. balanço patrimonial;
II. demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III. demonstração do resultado do exercício; e
IV. demonstração das origens e aplicações de recursos.
IV. demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 
11.638 de 2007);
V. se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído 
pela Lei nº 11.638 de 2007)
§1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com 
a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do 
exercício anterior.
CONTABILIDADE 
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A DFC não é obrigatória para todas as entidades. Dessa forma, uma organização 
que tenha o patrimônio líquido menor que R$ 2.000.000 no seu fechamento do Balanço 
Patrimonial fica desobrigada da entrega e publicação da DFC.
Em relação à estrutura da DFC, não existe um modelo padrão para ser seguido 
pelos contadores das entidades. Assim, a Lei nº 6.404/76 determina em seu inciso I 
do art. 188, que a DFC deve apresentar as alterações que acontecem no decorrer do 
exercício social em relação as contas contábeis Caixa e Equivalentes de Caixa. Logo, 
essas alterações devem ser separadas em três fluxos, que são: das operações, dos 
financiamentos e dos investimentos. Desse modo, segue o inciso I do art. 188 sobre 
os três grupos de atividades (Lei nº 6.404/76):
Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de 
receita da entidade e outras atividades que não são de investimento 
e tampouco de financiamento.
Atividades de investimento são os referentes à aquisição e à venda 
de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos 
equivalentes de caixa.
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças 
no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de 
terceiros da entidade (BRASIL, Lei n. 6.404/76).
Para a elaboração da DFC, existem dois métodos para a estruturação que são: 
indireto e direto. Assim, o método indireto consiste nas adições das despesas e 
exclusão das receitas reconhecidas na apuração do resultado que não realizaram 
alterações no caixa da empresa e que não representaram as saídas e entradas de 
dinheiro. Porém, também há a exclusão das receitas consideradas no exercício e 
recebidas no exercício anterior, e a adição de receitas recebidas de forma antecipada 
que não foram consideradas na apuração do resultado e entre outras situações. Por 
fim, o método considera os ajustes e as variações positivas e negativas do período 
nos itens das contas operacionais a receber e a pagar em decorrência das operações 
que não representam despesas e receitas, e também nos itens do estoque. 
No entanto, pelo método direto, os recursos das operações das empresas são 
indicados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes das operações 
normais que ocorreram durante o exercício social. Assim, as atividades operacionais 
são demonstradas por intermédio das principais classes de recebimentos brutos e 
pagamentos brutos.
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9.2 DMPL
A DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, é um relatório 
contábil que deve apresentar as modificações em contas que são componentes do 
Patrimônio Líquido. Segundo Ribeiro (2013, p. 389), “a Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido (DMPL) é um relatório contábil que visa evidenciar as variações 
ocorridas em todas as contas que compõem o Patrimônio Líquido em um determinado 
período”. Assim, os fatos registrados pela escrituração contábil provocam acréscimos 
ou decréscimos no patrimônio líquido. Diante disso, essa demonstração pode 
apresentar os ajustes credores e devedores do patrimônio líquido em decorrência de 
erros ou modificações de critérios por parte da contabilidade, e também em função de 
exercícios sociais anteriores. 
A Lei nº 6.404/76 não determina um modelo padrão de DMPL, ficando a cargo 
do contador a elaboração de uma estrutura. Porém, para a elaboração da DMPL é 
necessário usar o livro-razão para verificar as movimentações realizadas de acordo 
com a escrituração contábil. Desse modo, as empresas que vão elaborar a DMPL 
devem fazer um gráfico com duas colunas, em que cada coluna apresenta uma conta 
que constitui o Patrimônio Líquido. Logo, em relação a sua estrutura, a DMPL pode 
ter quantas linhas possíveis para apresentar as movimentações, tais como: saldos 
iniciais das contas e apresentação de saldos finais.
9.3 DLPA
A DLPA - Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulado é uma demonstração 
que visa evidenciar o saldo inicial da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Além 
disso, vem apresentar os ajustes de exercícios anteriores, as reversões de reservas, o 
lucro líquido do exercício e sua destinação. 
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/coins-money-finances-business-4608033/
https://pixabay.com/photos/coins-money-finances-business-4608033/
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Contudo, essa demonstração não engloba o conjunto de demonstrações financeiras 
obrigatórias para as empresas de grande porte conforme o CFC e o CPC 26 (R3). 
Neste segmento, Montoto (2011, p. 728) expõe algumas considerações sobre a DLPA:
O item 3.8 do mesmo CPC-PME permite que a Entidade apresente 
a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados no lugar 
da demonstração do Resultado Abrangente e da demonstração 
das mutações do Patrimônio Líquido, se as únicas alterações 
no seu Patrimônio Líquido durante os períodos para os quais as 
demonstrações contábeis são apresentadas derivarem do resultado, 
do pagamento de dividendos ou da distribuição outra de lucro, 
correção de erros de períodos anteriores e mudanças de políticas 
contábeis.
Todavia, a Lei nº 11.638/07 realiza a exclusão do grupo do Patrimônio Líquido 
a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados e mantendo somente a conta Prejuízos 
Acumulados. Desse modo, as organizações devem realizar a destinação do lucro 
líquido do exercício, usando a compensação de prejuízos acumulados, na constituição 
de reservas, no aumento de capital ou a distribuição aos sócios.
A DLPA pode ser trocada pela DMPL em virtude da Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido ser mais abrangente. Desse modo, a DMPL realiza a exposição das 
variações que aconteceram durante o exercício social em relação a todas as contas 
do Patrimônio Líquido, inclusive o Lucro ou Prejuízos Acumulados.
 A DLPA dever ser elaborada em conformidade com as orientações do art. 186 da 
Lei nº 6.404/76:
I. o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a 
correção monetária do saldo inicial;
II. as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III. - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos 
lucros incorporada ao capital e o saldo ao fimdo período.
§1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados 
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, 
ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, 
e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
§2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá 
indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá 
ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, 
se elaborada e publicada pela companhia.
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O Contador deve retirar os dados para elaboração da DLPA no livro razão em 
função das movimentações que foram registras no decorrer da escrituração contábil 
das organizações.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-
contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-
o-ifrs.pdf
No portal do CRC PR – Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, você poderá 
encontrar a estrutura e outras informações sobre a DFC, DMPL e DLPA. Vale apena 
conferir! 
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
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AULA 10
AS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS ANUAIS: 
DVA E NOTAS EXPLICATIVAS
Para finalizarmos os assuntos em torno das Demonstrações Financeiras, vamos 
abordar a DVA – Demonstração do Valor Adicionando e as Notas Explicativas.
10.1 DVA
A DVA – Demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração que tem o 
objetivo de evidenciar quantos recursos uma organização gerou em um determinado 
período. Ou seja, o quanto foi adicionado de valor aos seus fatores de produção, 
quanto e de que maneira a riqueza gerada foi distribuída entre os acionistas, governo, 
funcionários e dentre outros, e também a relação da parcela da riqueza que não 
realizou a distribuição. Assim, de acordo com a Lei nº 6.404/76, no art. 88, em seu 
inciso II, a DVA é: “II. demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada pela 
companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração 
dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, 
bem como a parcela da riqueza não distribuída”. 
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/accounting-report-credit-card-761599/
Neste contexto, depois da alteração da Lei nº 6.404/76, em seu art. 176, inciso 
V, e revisada pela Lei nº 11.638/07, a DVA passou a ser obrigatória no Brasil para 
as sociedades por ações de capital aberto. Dessa forma, o CPC 09 vem orientar os 
https://pixabay.com/photos/accounting-report-credit-card-761599/
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critérios para elaboração dessa demonstração financeira, assim como, as empresas 
que devem entregar esse relatório.
De acordo com o CPC 09, seguem algumas determinações sobre a DVA: 
A entidade, sob forma jurídica de sociedade por ações, com capital 
aberto, e outras entidades que a lei assim estabelecer, devem elaborar 
a DVA e apresentá-la com parte das demonstrações contábeis 
divulgadas ao final de cada exercício social. É recomendado, 
entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que divulgam 
demonstrações contábeis.
Para Ribeiro (2013, p. 402), “o valor adicionado que é demonstrado na DVA 
representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre 
o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros”. Assim, é incluído o valor 
adicionado recebido em transferência, ou melhor, gerado por terceiros e transferido 
para a entidade. Porém, para uma melhor compreensão sobre o assunto, segue um 
exemplo na visão de Ribeiro (2013, p. 403):
[...] consideramos que uma determinada unidade de mercadoria, 
adquirida do fornecedor por R$ 20, tenha sido vendida pela empresa 
comercial por R$ 30. Nesse caso, o valor adicionado pela empresa 
comercial corresponde a R$ 10 (R$ 30 - R$ 20). 
Note bem, embora a receita bruta de vendas dessa empresa comercial 
tenha sido de R$ 30, ela agregou à economia do país apenas R$ 10, 
uma vez que os outros R$ 20 representam riquezas geradas por 
empresas integrantes da cadeia produtiva, porém em outras etapas 
(agricultura, indústria, comércio atacadista e serviços). 
O valor adicionado de R$ 10, portanto, corresponde à remuneração 
dos esforços que a empresa despendeu no desenvolvimento de 
suas atividades. Entre esses esforços, incluem-se os financiadores 
(fonte de mão de obra), os investidores (fonte de Capital próprio), 
os financiadores (fonte de capitais de terceiros) e o governo, que 
será remunerado por meio dos impostos como contrapartida dos 
benefícios sociais que oferece a toda a sociedade, inclusive às 
empresas.
Neste cenário, o valor adicionado de cada empresa representa o quanto a 
organização ajudou na formação do PIB – Produto Interno Bruto de um país. Ou seja, 
o PIB representa o indicador de atividade econômica de uma determinada área, sendo 
a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região 
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de acordo como período estipulado. Dessa forma, através da DVA os usuários da 
informação conseguem promover o conhecimento a partir dos dados de natureza 
econômica e social, com o objetivo de contribuir com a melhoria de avaliação das 
operações das organizações que estão inseridas no mercado.
A DVA dever ser elaborada com base nos dados da DRE – Demonstração do 
Resultado do Exercício, ou seja, os dados são retirados das contas de resultado 
(receitas e despesas), bem como, das contas patrimoniais (ativo e passivo). Dessa 
forma, as contas patrimoniais representam as contas de participação de terceiros, os 
tributos sobre o lucro líquido (IRPJ e CSLL), debentures, salários e mais encargos e 
pró-labore. 
A Lei nº 6.404/76 rege as informações básicas sobre a estrutura da DVA, assim, 
com base no art. 188 as informações são: o valor da riqueza gerada pela companhia; 
a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, 
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e entre outros; e a parcela 
da riqueza não distribuída. 
Por fim, recomenda-se usar o modelo de DVA aprovado pela Resolução CFC nº 
1.010/2005, com as respectivas orientações para a sua elaboração com base no 
ofício circular da CVM nº 01/2000.
10.2 Notas Explicativas
As Notas Explicativas representam as explicações que complementam as 
Demonstrações Financeiras, isto é, são informações a respeito da composição 
dos saldos das contas contábeis, dos métodos e critérios utilizados no decorrer da 
escrituração contábil. 
Demonstrações
Fonte: https://pixabay.com/photos/calculator-scientific-numbers-791831/
https://pixabay.com/photos/calculator-scientific-numbers-791831/
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Dessa forma, as notas explicativas devem ser apresentadas logo após as 
demonstrações financeiras. Portanto, a NBC TG 26 (R5), nos itens 112 a 116, as notas 
explicativas devem apresentar 
112. As notas explicativas devem:
a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das 
demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas 
utilizadas de acordo com os itens 117 a 124;
b) divulgar a informação requerida pelas normas, interpretações 
e comunicados técnicos que não tenhasido apresentada nas 
demonstrações contábeis; e
c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada 
nas demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua 
compreensão.
113. As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, 
de forma sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve 
ter referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas 
notas explicativas.
114. As notas explicativas são normalmente apresentadas pela 
ordem a seguir, no sentido de auxiliar os usuários a compreender 
as demonstrações contábeis e a compará-las com demonstrações 
contábeis de outras entidades:
a) declaração de conformidade com as normas, interpretações e 
comunicados técnicos do CFC (ver item 16);
b) resumo das políticas contábeis significativas aplicadas (ver item 
117);
c) informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações 
contábeis pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica 
sejam apresentadas; e
d) outras divulgações, incluindo:
i) passivos contingentes (ver NBC TG 25 – Provisões, Passivos 
Contingentes e Ativos Contingentes) e compromissos contratuais 
não reconhecidos; e
ii) divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e políticas 
de gestão do risco financeiro da entidade (ver NBC TG 40 – 
Instrumentos Financeiros: Evidenciação).
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115. Em algumas circunstâncias, pode ser necessário ou desejável 
alterar a ordem de determinados itens nas notas explicativas. Por 
exemplo, a informação sobre variações no valor justo reconhecidas 
no resultado pode ser divulgada juntamente com a informação sobre 
vencimentos de instrumentos financeiros, embora a primeira se 
relacione com a demonstração do resultado e a última se relacione 
com o balanço patrimonial. Contudo, até onde praticável, deve ser 
mantida uma estrutura sistemática das notas.
116. As notas explicativas que proporcionam informação acerca da 
base para a elaboração das demonstrações contábeis e as políticas 
contábeis específicas podem ser apresentadas como seção separada 
das demonstrações contábeis.
Em conclusão, as Notas Explicativas são diferentes para cada empresa em função 
do regime tributário, critérios e práticas contábeis e entre outros fatores. As notas 
devem ser apresentadas com base na estrutura e ordem do Balanço Patrimonial.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-
contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-
o-ifrs.pdf
No portal do CRC PR – Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, você poderá 
conhecer a estrutura e outras informações sobre a DVA e Notas Explicativas. Vale 
apena conferir! 
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
https://www3.crcpr.org.br/crcpr/conteudo/downloads/05-demonstracoes-contabeis-aspectos-praticos-elaboracao-e-apresentacao-conceitual-de-acordo-com-o-ifrs.pdf
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AULA 11
AS PRINCIPAIS PRÁTICAS 
CONTÁBEIS EM BR GAAP
11.1 Práticas Contábeis em BR GAAP
Em aulas anteriores houve a abordagem sobre o conceito em torno do BR GAAP. 
Porém, para lembramos, o BR GAAP representa o conjunto de princípios contábeis 
que são aceitos no Brasil. Ou seja, representam os grupos de regras, leis e normas que 
regem a contabilidade brasileira.
Neste contexto, vamos apresentar as principais práticas contábeis com base no 
BR GAAP. Assim, através de um quadro vamos apresentar as práticas utilizadas pela 
contabilidade:
TEMAS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS (BR GAAP)
1 - VALORIZAÇÃO DE 
ESTOQUES
Adota o custo médio ponderado, porém, admite a aplicação do método PEPS. 
Não exige a alocação das despesas gerais indiretas de produção.
2 - IMPOSTO DE RENDA Conforme o US GAAP. 
Admite a provisão de passivos com pouca chance de realização.
É comum o registro de ativo de prejuízos fiscais em empresas sem 
perspectiva imediata de lucro.
3 - DEPRECIAÇÃO Conforme o IFRS, porém, adota-se na prática os critérios definidos na 
legislação tributária.
4 - DESPESAS 
DE PESQUISA E 
DESENVOLVIMENTO
Admite o diferimento de quase todas as despesas para as quais algum 
benefício futuro possa ocorrer, porém, adota-se na prática os critérios 
definidos na legislação tributária.
5 - CONTRATOS DE LONGO 
PRAZO
O reconhecimento de receita também pode ser efetuado em proporção 
às condições de pagamento do contrato.
6 - IMOBILIZADO Registro pelo custo histórico. 
Custos de financiamento atribuíveis diretamente à construção de imo-
bilizado são capitalizados. 
Admite a reavaliação do imobilizado, porém, exige que seja incluída a 
categoria inteira dos ativos. 
Superávits de reavaliação são creditados a uma reserva de reavaliação, 
a menos que estes revertam numa deficiência previamente debitada na 
demonstração do resultado[...] 
O superávit da reavaliação deve ser transferido para lucros acumulados 
quando da baixa de ativos.
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7 – INCENTIVOS 
GOVERNAMENTAIS
Os incentivos governamentais devem ser registrados quando recebi-
dos e não são associados com a vida do projeto ou ativo. 
O incentivo mais comum, o incentivo fiscal do imposto de renda, não 
transita por lucros e perdas.
8 - ARRENDAMENTO – 
LEASING
- Arrendatário: 
Todos os leases são considerados operacionais. A receita de venda 
numa transação de leaseback é registrada pelo valor nominal, não im-
portando as circunstâncias. 
- Arrendador: 
Todos os leases são considerados operacionais. O modelo de 
contabilização está definido na Portaria n. 140 do Ministério da 
Fazenda*. 
*Instituída em 27 de julho de 1984 estabelecendo normas às contra-
prestações de arrendamento mercantil no tocante à computação no 
lucro líquido do período-base em que foram exigíveis.
9 - CONSOLIDAÇÃO 
E INVESTIMENTOS 
EM SUBSIDIÁRIAS E 
AFILIADAS 
Conforme o IFRS, exceto: - a consolidação é mandatória somente se 
mais de 30% do patrimônio líquido da controladora foram representa-
dos pelos investimentos em subsidiárias.
- a equivalência patrimonial é utilizada para todas as afiliadas e subsi-
diárias não consolidadas. Uma afiliada é definida normalmente quando 
20% a 50% do capital social é controlado (com ou sem direito a voto). 
Esta definição também pode ser aplicada para participações entre 10% 
e 20% do capital da afiliada.
10 - EMPREENDIMENTOS 
EM FASE PRÉ-
OPERACIONAL
Todos os custos de um empreendimento em fase pré-operacional, 
além daqueles capitalizados normalmente como ativos fixos, são capi-
talizados como ativos diferidos, a serem amortizados a partir da data 
de início das atividades. Não existe um período de amortização prede-
terminado.
Quadro 6 – Práticas contábeis pelo BR GAAP
Fonte: Adaptado de Júnior e Dias (2005, p. 22-26).
Por fim, com base nos dez temas apresentados acima, pode-se verificar as práticas 
contábeis adotadas pelo BR GAAP. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/normas-
completas/
No portal do CFC – Conselho Federal de Contabilidade você poderá ter acesso as 
Normas Brasileiras de Contabilidade. Vale apena conferir! 
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/normas-completas/
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/normas-completas/
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AULA 12
PROCESO DE REPORTE 
E CONVERSÃO DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
EM IFRS E BR GAAP
Anteriormente, nas aulas 4 e 6 apresentamos os conceitos em torno da IFRS – 
InternationalFinancial Reporting e BR GAAP. A partir desse contexto, vamos trabalhar 
nesta aula com os dois temas, visando abordagem das diferenças das práticas 
contábeis adotadas por cada um desses segmentos. 
12.1 BR GAAP e IFRS
Para iniciarmos, vamos relembrar alguns aspectos importantes em torno da BR 
GAAP e IFRS. Neste segmento, a sigla GAAP é a abreviação para o termo Generally 
Accepted Accounting Principles, ou seja, traduzindo seria “Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos”. Assim, no Brasil denominados BR GAAP – Princípios Geralmente 
Aceitos no Brasil. 
Neste contexto, as BR GAAP estão em consonância com a doutrina contábil como 
o conjunto de normas que regem a contabilidade no Brasil. Portanto, as normas são 
provenientes de diversos órgãos, tais como: Lei nº 6.404/76 e suas alterações; a Lei nº 
11.638/07 e 11.941/09; e diversos outros instrumentos normativos.
Todavia, a IFRS representa o conjunto de normas emitidas pelo IASB – International 
Accounting Standards Board, que é a entidade supranacional que visa o estudo e a 
emissão de Normas Contábeis a serem observadas por todos os países membros 
da harmonização internacional. Dessa forma, houve a criação do CPC – Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis para ser o intermediário do processo de harmonização, 
assim, tem a finalidade de analisar, traduzir e adaptar as IFRS a realidade do Brasil. Sendo 
assim, após esse processo o CPC ficará responsável pela elaboração, publicação de 
suas diretrizes que são denominados como Pronunciamentos Técnicos, Orientações 
ou Interpretações. 
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No Brasil existem alguns órgãos que são responsáveis pelas normatizações, tais 
como: CFC, CVM, SUSEP e entre outros. Neste contexto, as organizações a eles 
subordinadas devem apresentar as demonstrações contábeis no padrão BR GAAP, 
mas também visando o padrão IFRS. 
De forma geral, as BR GAAP representam o conjunto de normas contábeis 
vigentes no Brasil e seus princípios fundamentais, quando, as IFRS visam as normas 
internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB, que podem ser adotadas ou não 
no Brasil de acordo com a regulamentação dos órgãos internos, tais como: CPC, CFC, 
CVM e outros.
Nesta conjuntura, vamos apresentar abaixo um quadro comparativo em relação as 
práticas contábeis do BR GAAP versus IFRS.
TEMAS PRÁTICAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS (BR GAAP)
PRÁTICAS CONTÁBEIS 
INTERNACIONAIS (IFRS)
1 - VALORIZAÇÃO DE 
ESTOQUES
Adota o custo médio ponderado, 
porém, admite a aplicação do mé-
todo PEPS. 
Não exige a alocação das despe-
sas gerais indiretas de produção.
Custo histórico ou o valor realizável lí-
quido, dos dois o menor, pelo método 
PEPS ou Média Ponderada. 
Admite o método UEPS, porém, exige 
a divulgação em paralelo de um dos 
métodos citados anteriormente. 
Não é obrigatória a alocação de todas 
as despesas gerais indiretas de pro-
dução de estoques.
2 - IMPOSTO DE RENDA Conforme o US GAAP. 
Admite a provisão de passivos com 
pouca chance de realização.
É comum o registro de ativo de 
prejuízos fiscais em empresas sem 
perspectiva imediata de lucro.
Os impostos devem ser registrados 
nas demonstrações financeiras utili-
zando base de competência, método 
de diferimento ou método de passivo. 
Admite a adoção da base de caixa 
para diferenças temporais que não 
deverão reverter num futuro previsí-
vel. 
Saldo de crédito fiscal produzido em 
função de diferenças temporais só 
pode ser contabilizado se existir pers-
pectiva razoável de realização.
3 - DEPRECIAÇÃO Conforme o IFRS, porém, adota-se 
na prática os critérios definidos na 
legislação tributária.
Deve ser alocada numa base siste-
mática a cada um dos períodos con-
tábeis durante a vida útil dos ativos. 
Escolhido um determinado método 
de depreciação este deve ser aplica-
do consistentemente.
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4 - DESPESAS DE PESQUISA 
E DESENVOLVIMENTO
Admite o diferimento de quase to-
das as despesas para as quais al-
gum benefício futuro possa ocorrer, 
porém, adota-se na prática os crité-
rios definidos na legislação tributá-
ria.
Devem ser registrados como despe-
sa, exceto quando: 
- o produto/processo esteja definido 
claramente e os custos atribuíveis a 
ele possam ser identificados separa-
damente; 
- a viabilidade técnica do 
produto já tenha sido demonstrada; 
- exista uma indicação clara de mer-
cado futuro para o produto/proces-
so[...]; etc. 
Os custos de desenvolvimento diferi-
dos devem ser limitados ao que se es-
pera recuperar em termos razoáveis 
das receitas futuras relacionadas[...].
5 - CONTRATOS DE LONGO 
PRAZO
O reconhecimento de receita tam-
bém pode ser efetuado em propor-
ção às condições de pagamento do 
contrato.
Contratos de longo prazo devem ser 
registrados pelo método do “percen-
tual de acabamento” ou pelo método 
do “contrato acabado”. 
O método do “percentual de acaba-
mento” deve ser utilizado quando o 
resultado do contrato pode ser pre-
visto com razoável segurança.
A perda relacionada a um 
contrato deve ser provisionada assim 
que for identificada, abrangendo as 
perdas incorridas até a data e as per-
das futuras até o fim do contrato.
6 - IMOBILIZADO Registro pelo custo histórico. 
Custos de financiamento atribuí-
veis diretamente à construção de 
imobilizado são capitalizados. 
Admite a reavaliação do imobiliza-
do, porém, exige que seja incluída a 
categoria inteira dos ativos. 
Superávits de reavaliação são cre-
ditados a uma reserva de reavalia-
ção, a menos que estes revertam 
numa deficiência previamente de-
bitada na demonstração do resul-
tado[...] 
O superávit da reavaliação deve ser 
transferido para lucros acumula-
dos quando da baixa de ativos.
Conforme o IFRS. 
O passivo fiscal diferido, 
resultado de reavaliação, deve ser 
registrado a menos que seja coberto 
por prejuízos fiscais existentes. Em 
IFRS, o efeito do imposto diferido so-
mente precisa ser divulgado.
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7 – INCENTIVOS 
GOVERNAMENTAIS
Os incentivos governamentais de-
vem ser registrados quando rece-
bidos e não são associados com a 
vida do projeto ou ativo. 
O incentivo mais comum, o incenti-
vo fiscal do imposto de renda, não 
transita por lucros e perdas.
Os incentivos fiscais 
relacionados com ativos podem ser 
apresentados no balanço como re-
ceita diferida ou deduzidos do valor 
registrado do ativo. 
Caso este incentivo figure como com-
pensação para despesas ou perdas já 
incorridas [...], deve-se 
creditar o valor à demonstração de 
resultado. 
[...] O repagamento de um 
incentivo relacionado com um ativo 
deve ser registrado aumentando-se o 
valor existente do ativo ou reduzindo-
-se o saldo da receita diferida. A de-
preciação cumulativa adicional, que 
teria sido debitada se o incentivo não 
existisse, deve ser debitada a lucros e 
perdas imediatamente.
8 - ARRENDAMENTO – 
LEASING
- Arrendatário: 
Todos os leases são considerados 
operacionais. A receita de venda 
numa transação de leaseback é 
registrada pelo valor nominal, não 
importando as circunstâncias. 
- Arrendador: 
Todos os leases são considerados 
operacionais. O modelo de 
contabilização está definido na 
Portaria n. 140 do Ministério da 
Fazenda*. 
*Instituída em 27 de julho de 1984 
estabelecendo normas às contra-
prestações de arrendamento mer-
cantil no tocante à computação no 
lucro líquido do período-base em 
que foram exigíveis.
- Arrendatário: 
Deve ser refletido no balanço do ar-
rendatário pelo registro de um ativo e 
um passivo em valores iguais no iní-
cio do lease, no valor de mercado do 
ativo arrendado ou, se menor, no valor 
presente das prestações. 
As prestações do bem arrendado de-
vem ser alocadas entre a despesa fi-
nanceira e a redução do passivo em 
aberto [...] 
O débito nos resultados num leasing 
operacional deve ser despesa de alu-
guel parao período contábil. 
Existe distinção entre leasing finan-
ceiro e leasing operacional, sendo a 
prática contábil a ser adotada diferen-
te em cada caso. 
- Arrendador: 
Leasing financeiro – registrado em 
Contas a receber [...]; 
Leasing operacional - contabilizado 
como ativo imobilizado depreciável 
[...].
CONTABILIDADE 
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9 - CONSOLIDAÇÃO E 
INVESTIMENTOS EM 
SUBSIDIÁRIAS E AFILIADAS 
Conforme o IFRS, exceto: - a conso-
lidação é mandatória somente se 
mais de 30% do patrimônio líquido 
da controladora foram representa-
dos pelos investimentos em subsi-
diárias; e
- a equivalência patrimonial é utili-
zada para todas as afiliadas e sub-
sidiárias não consolidadas. Uma 
afiliada é definida normalmente 
quando 20% a 50% do capital social 
é controlado (com ou sem direito a 
voto). 
Esta definição também pode ser 
aplicada para participações entre 
10% e 20% do capital da afiliada.
Uma controladora, que não é em si 
uma subsidiária, deve preparar De-
monstrações financeiras consolida-
das. 
Todas as subsidiárias devem ser con-
solidadas, exceto quando: 
a) o controle seja temporário (subsi-
diária adquirida e controlada exclusi-
vamente para venda subsequente no 
futuro próximo); ou
b) a subsidiária opere sobre restri-
ções severas a longo prazo, as quais 
afetem significativamente sua capa-
cidade de transferir recursos à con-
troladora. 
Subsidiárias excluídas devem ser re-
gistradas como investimentos a lon-
go prazo.
Nas demonstrações financeiras se-
paradas da controladora, as sub-
sidiárias são registradas como in-
vestimentos a longo prazo ou como 
afiliadas pelo método de equivalência 
patrimonial. 
Investimentos em afiliadas em de-
monstrações financeiras consoli-
dadas devem ser valorizados pelo 
método de equivalência patrimonial, 
a menos que as circunstâncias (a) 
e (b) acima sejam aplicáveis à sub-
sidiária, ou se o investidor deixar de 
ter influência significativa, embora 
continue com o investimento. Nestes 
casos, registra-se a afiliada como in-
vestimento de longo prazo.
Uma subsidiária é definida como um 
empreendimento ou empresa contro-
lada pela controladora. 
Uma afiliada é definida como uma 
empresa sobre a qual a controladora 
tem influência significativa.
10 - EMPREENDIMENTOS EM 
FASE PRÉ-OPERACIONAL
Todos os custos de um empreen-
dimento em fase pré-operacional, 
além daqueles capitalizados nor-
malmente como ativos fixos, são 
capitalizados como ativos diferi-
dos, a serem amortizados a partir 
da data de início das atividades. 
Não existe um período de amorti-
zação predeterminado.
Despesas incorridas por um empreen-
dimento em fase pré-operacional 
devem ser registradas imediatamen-
te no resultado, a menos que sejam 
despesas de natureza que possa ser 
capitalizada como ativos fixos.
Quadro 7 – Comparação das práticas contábeis pelo BR GAAP versus IFRS
Fonte: Adaptado de Júnior e Dias (2005, p. 22 – 26).
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Resumidamente, a partir do quadro acima, verificamos as diferenças das aplicações 
das práticas contábeis pelo BR GAAP e IFRS. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www.capitalaberto.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Extra_Hora_
do_Rescaldo.pdf
No portal do Capital Aberto, você poderá ter acesso a outras informações em 
relação às diferenças do BR GAAP e IFRS.
https://www.capitalaberto.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Extra_Hora_do_Rescaldo.pdf
https://www.capitalaberto.com.br/wp-content/uploads/2012/06/Extra_Hora_do_Rescaldo.pdf
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AULA 13
ADOÇÃO INICIAL AS NORMAS 
CONTÁBEIS BRASILEIRAS: A LEI 
6.404/76 E SUAS ALTERAÇÕES
Nesta aula, vamos trabalhar os assuntos voltados ao processo de adoção inicial 
às normas contábeis no Brasil. Porém, também verificaremos as mudanças que 
ocorreram na Lei nº 6.404/76 em virtude do processo de convergências às normas 
internacionais e vários outros aspectos. 
13.1 Adoção Inicial as Normas Contábeis Brasileiras
O processo de convergência da contabilidade no Brasil ocorreu no início nos anos 
90 a partir das alterações realizadas na Lei nº 6.404/76, a denominada Lei das S.A. 
pelas comissões criadas pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários. 
Neste contexto, Almeida e Braga (2008, p. 6) diz:
É importante ressaltar que a Lei 11.638/07 introduz importantes 
modificações nas regras contábeis brasileiras, sendo o seu principal 
objetivo a convergência aos pronunciamentos internacionais de 
contabilidade, em especial os emitidos pelo IASB (International 
Accounting Standards Board), através dos IFRS (International 
Financial Reporting Standards) e dos IAS (International Accounting 
Standards).
Porém, em 2008 foi criada a Medida Provisória MP 449, que visava alguns ajustes na 
Lei 11.638/07 e essa MP 449/08 foi aprovada para a Lei nº 11.941/09, que preparava 
a legislação do Brasil para o processo de convergência aos padrões internacionais. 
O CFC criou em outubro de 2005, por meio da Resolução nº 1.055 o CPC – Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis que visava o estudo, preparação e emissão de 
Pronunciamentos Técnicos para aplicação das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, 
sobre os procedimentos contábeis necessários para a convergência às normas 
internacionais de contabilidade.
Após a criação do CPC, a entidade emitiu mais de 40 Pronunciamentos Técnicos, 
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Orientações e Interpretações Técnicas como forma de orientar o registro, mensuração 
e evidenciação contábil. 
Sendo assim, conforme Iudícibus et al. (2010, p. 21), as Normas Internacionais de 
Contabilidade emitidas pelo IASB e implantadas no Brasil pelo CPC, CFC e CVM têm 
as seguintes características de acordo com o quadro abaixo:
Quadro 8 – Caraterísticas das Normas Internacionais implantadas no Brasil
São baseadas muito mais em princípios do 
que em regras:
não possuem previsões e respostas para todos os ca-
sos concretos. Com isso, faz-se necessária uma maior 
análise e um maior julgamento, exigindo uma maior 
preparação dos profissionais responsáveis pela con-
tabilidade. Os contadores brasileiros estavam acostu-
mados apenas em cumprir as regras mecanicamente 
e, atualmente, terão que olhar mais os princípios con-
tábeis, permitindo que se produzam informações con-
tábeis com maior qualidade e utilidade. 
São baseadas na Prevalência da Essência 
sobre a Forma:
o profissional que contabiliza ou audita qual-
quer operação deve conhecer muito bem to-
dos os procedimentos e as circunstâncias que a 
cercam, não basta simplesmente contabilizar o ób-
vio, é relevante conhecer e ter certeza de que o 
documento formal represente, de fato, a essên-
cia econômica dos fatos a serem registrados. O 
conceito da Prevalência da Essência sobre a For-
ma é o pilar básico das Normas Internacionais de 
Contabilidade emitidas pelo IASB, e tem como gran-
de objetivo: maior transparência, que redunda em 
menor custo do capital e menores riscos nas decisões 
(IUDÍCIBUS et.al., 2010b, p. 13).
São muito mais importantes os conceitos 
de controle, de obtenção de benefícios e de 
incorrência em riscos do que a proprieda-
de jurídica para registro de ativos, passi-
vos, receitas e despesas:
há a prevalência da transferência do controle, dos ris-
cos e dos benefícios sobre a titularidade jurídica.
A contabilidade passa a ser de toda a em-
presa, não só do Contador:
em virtude das alterações na Lei das S.A., para a reali-
zação de alguns procedimentos contábeis, a contabili-
dade, hoje, necessita do envolvimento de toda a empre-
sa (Diretoria, Conselho Administrativo, Conselho Fiscal, 
etc.) e não apenas do Departamento de Contabilidade 
ou contador responsável.
Fonte: Adaptado de Iudícibus et al. (2010, p. 21).
No entanto, a adoção inicial das Normas Internacionaisfoi definida pelo 
Pronunciamento Técnico CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de 
Contabilidade, onde visa a orientação as empresas no processo de elaboração das 
suas demonstrações contábeis em conformidade com os conceitos das IFRS, assim, 
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certificando que as demonstrações evidenciassem informações de qualidade e que 
demonstrassem transparência para os usuários no processo de comparação a 
período anteriores.
E por fim, em 2009 houve a emissão pelo IASB, um documento voltado para 
as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Consequentemente, o CPC elaborou o 
Pronunciamento Técnico PME – “Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas”, 
aprovado pela Resolução CFC nº 1.255/09, com a denominação de NBC TG 1000, 
que resume os procedimentos dos CPCs, apresentando apenas os documentos e 
procedimentos conforme a realidade das organizações. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
A redação completa sobre a Lei 11.638/07 está disponível no portal do Planalto da 
Presidência da República na internet e pode ser acessada pelo link acima.
13.1.1 A Lei nº 6.404/76 e suas alterações 
De uma forma resumida, vamos apresentar no quadro abaixo as principais 
alterações que aconteceram na Lei nº 6.404/76 em conformidade com as Leis nº 
11.638/07 e nº 11.941/09.
De acordo com a Lei nº 11.638/07:
- As companhias não são obrigadas a apresentar a Demonstração das Origens e Aplicação de Recursos 
(DOAR). Assim, passa ser obrigatória a apresentação da DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa e 
para companhias de capital aberto a DVA - Demonstração do Valor Adicionado (art. 176, IV e V). 
- A DFC deve apresentar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes 
de caixa. (art. 188, I).
- A DVA - Demonstração do Valor Adicionado deve apresentar o valor da riqueza gerada pela companhia 
e a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza (art. 188, II). 
- As companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a 2 milhões não são 
obrigadas a elaborar e publicar as demonstrações dos fluxos de caixa (art. 176; §6).
De acordo com a Lei 11.941/09:
Segundo o art. 178; § 1º; I e II, o ativo passa a ser dividido em: 
• ativo circulante e 
• ativo não circulante, composto por: 
- ativo realizável a longo prazo, 
- investimentos, 
- imobilizado e 
- intangível. 
Os valores que estiverem alocados no Ativo Diferido (ao final do exercício de 2008), que não puderem ser 
realocados em outras contas do ativo, poderão permanecer sob essa classificação até sua completa 
amortização. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
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Fonte: Adaptado das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm
A redação completa sobre a Lei 11.941/09 está disponível no portal do Planalto da 
Presidência da República na internet e pode ser acessada pelo link acima.
Segundo o art. 178; § 2; I, II e III o passivo passa a ser dividido em: 
• passivo circulante, 
• passivo não circulante e 
• patrimônio líquido, dividido em
Segundo o art. 178; § 1º; I e II, o ativo passa a ser dividido em: 
• ativo circulante e 
• ativo não circulante, composto por: 
- ativo realizável a longo prazo, 
- investimentos, 
- imobilizado e 
- intangível. 
Os valores que estiverem alocados no Ativo Diferido (ao final do exercício de 2008), que não puderem 
ser realocados em outras contas do ativo, poderão permanecer sob essa classificação até sua completa 
amortização. 
Segundo o art. 178; § 2; I, II e III o passivo passa a ser dividido em: 
• passivo circulante, 
• passivo não circulante e 
• patrimônio líquido, dividido em
- Capital social,
- Reservas de capital, 
- Ajustes de avaliação patrimonial, 
- Reservas de lucros, 
- Ações em tesouraria e 
- Prejuízos acumulados. 
Com a revogação do artigo 181, os valores classificados como Resultados de Exercício Futuro ao final 
do exercício de 2008 deverão ser alocados ao Passivo não circulante em conta representativa de receita 
diferida. 
As obrigações da companhia serão classificadas no passivo circulante quando vencerem no exercício 
seguinte, e no passivo não circulante quando o vencimento for no prazo maior. (art. 180).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm
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AULA 14
GOVERNANÇA CORPORATIVA
E CONTABILIDADE 
Nesta aula, vamos trabalhar os assuntos introdutórios sobre a Governança 
Corporativa. À vista disso, vamos abordar o conceito da governança e também o papel 
da contabilidade neste processo.
14.1 Governança Corporativa
A governança corporativa representa um sistema pelo qual as organizações usam 
para monitorar e gerir suas atividades. Neste contexto, envolve todos os integrantes da 
empresa, desta forma, temos o envolvimento dos acionistas, diretores, empregados 
entre outros.
Governança
Fonte: https://pixabay.com/photos/paper-business-finance-document-3213924/
Neste sentido, a governança visa um conjunto de regras, práticas e instrumentos 
que são usados para controlar as organizações com foco em diferentes objetivos. 
Assim, esse processo engloba não apenas o conselho administrativo da empresa, 
mas também os stakeholders, investidores, funcionários e vários outros agentes. 
Sendo assim, quanto melhor for a integração desses agentes envolvidos, melhor será 
os resultados em relação ao alcance dos objetivos e metas. 
Neste processo, é importante a participação do conselho de administração e seus 
subcomitês em função de ditar as regras gerais de administração da companhia. 
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Dessa forma, os agentes envolvidos devem direcionar as regras de governança, 
alocando as responsabilidades para cada um dos envolvidos no processo de acordo 
com o papel individual que cada um na estrutura organizacional.
Portanto, a governança tem como princípios básicos os seguintes itens: 
• Transparência: disponibilidade de informações de interesse geral, sem a 
limitação das obrigadas por lei ou regulamento. 
• Equidade: tratamento justo a todos os sócios, funcionários e outros agentes.
• Responsabilidade corporativa: visa a viabilidade econômica da empresa para 
o cumprimento da sua finalidade social para a geração de resultados positivos. 
• Accountability (Prestação de Contas): a parte da prestação de contas por 
parte dos agentes envolvidos no processo da governança.
A governança corporativa tem a finalidade de delimitar as responsabilidades dentro 
do ambiente organizacional. Desse modo, tem a visão de organizar o dia a dia da 
empresa e também realizar o alinhamento do sistema de gestão da entidade. 
Todas as empresas, independente do seu porte, seja de pequeno, médio ou grande 
podem utilizar a governança corporativa. Desde uma organização de pequeno porte 
que tenha processos simples, pode usar a governança para organizar seus negócios.
14.2 Contabilidade na Governança Corporativa
A contabilidade tem um papel fundamental no processo da governança corporativa. 
Desta forma, ela tem a finalidade de fornecer informações financeiras para todos os 
agentes envolvidos no processo da governança. Assim, se tornando uma ferramenta 
para manutenção do controle dos diversos aspectos internos das empresas. 
Contabilidade
Fonte: https://pixabay.com/photos/startup-start-up-notebooks-creative-593324/
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Neste contexto, a contabilidade começou a contribuir com esse processo nas 
entidades através da emissão de relatórios contábeis que auxiliam no processo do 
desenvolvimento da governança corporativa dentro das organizações. À vista disso, 
os administradores podem conduzir o processo de acordo com os interesses dos 
agentes envolvidos, tais como os investidores. 
Portanto, a informação contábil se torna um produto que viabiliza a divulgação 
dos resultados da entidade para o mercado, sustentando o controle interno. Assim, 
realizando a integração com as tecnologias recentes usadas pelas empresas.
Por fim, a principal contribuição da contabilidade na governança é o papel da 
informação gerada por ela na criação de contratos de remuneração e incentivos dos 
executivos. Assim, a contabilidade fornece evidencias que a informação apresentada 
nos relatórios vem minimizar os conflitos em relação ao processo de tomada de 
decisão, tanto pelos diretores, quanto pelo outros agentes. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://www.ibgc.org.br/
No portal do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, você poderá 
conhecer um pouco mais sobre esse universo da governança. Vale apena conferir!
https://www.ibgc.org.br/
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AULA 15
GOVERNANÇA CORPORATIVA 
E CONTABILIDADE: 
DESENVOLVIMENTO 
INTERNACIONAL E MODELOS 
(PRÁTICAS)
Vimos na aula anterior, que a Governança Corporativa visa à credibilidade e a 
transparência nos fluxos de informação dentro das empresas. E a Contabilidade tem 
o papel de fornecer informações financeiras através das Demonstrações Financeiras 
que devem estar em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade. 
Sendo assim, vamos contextualizar o desenvolvimento internacional e modelos 
envolvendo a governança e a contabilidade. 
15.1 Governança Corporativa no contexto internacional e suas práticas
Governança Corporativa refere-se às interações das corporações e partes 
interessadas a estas, concentra-se como ideia central e subjacente de que as empresas 
estão incluídas em diversas configurações institucionais, e de que os stakeholders e 
seus conflitos podem influenciar os resultados das mesmas (AGUILERA; JACKSON, 
2003). Neste contexto, a governança corporativa visa os processos, regras e práticas 
pelas quais as organizações são administradas e controladas com o intuito de 
conservar a equidade dos agentes que participam desse processo. 
Dessa forma, independentemente do porte da empresa, a governança corporativa 
vem aperfeiçoar o desempenho financeiro, assim, contribuindo através de ferramentas 
no aumento de incentivos aos diretores, funcionários e entre outros. 
Governança
Fonte: https://pixabay.com/photos/paper-business-finance-document-3213924/
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Conforme Silveira e Barros (2008), a governança corporativa configura-se importante 
processo de internacionalização empresarial, pois incentiva a mitigação da assimetria 
informacional das organizações. Dessa forma, as entidades que usam boa práticas 
de governança corporativa devem prestar informações de qualidade, o que reduz as 
incertezas dos investidores no decorrer do processo de avaliação e risco. 
Neste segmento, para Silva (2010), é através das boas práticas de governança 
corporativa, a minimização dos riscos otimiza o preço das ações e incentiva 
novas aberturas de capital, reforçando o mercado acionário como alternativas de 
investimentos e financiamentos empresarial, assim, assumindo a redução do custo de 
capital nas empresas. À vista disso, vários estudos têm evidenciado que o ambiente 
organizacional tem conseguindo conduzir a gestão da governança no que se refere à 
função da proteção aos credores e acionistas minoritários. 
A nível Brasil existem várias iniciativas em relação aos modelos de governança, 
assim, em destaque temos o Código Melhorias Práticas do Instituto Brasileiro 
Governança Corporativa – IBGC, também o Mercado de Ações, Bolsa, Balcão (B3) e o 
Manual de GC da CVM. 
Contudo, com a reformulação da Lei nº 6.404/76, por meio da Lei nº 11.638/07 e 
da Lei nº 10.303/01 contribuiu para o avanço da governança corporativa, bem como a 
Deliberação CVM nº 527 de 11/07/07 e a Instrução da CVM nº 457 de 13/07/07. 
Conforme Stulz (1999), as organizações podem optar por listar as suas práticas 
em bolsa de valores mais eficientes, a fim de otimizar o custo de transação, e assim, 
obter mais capital. Neste cenário, para Correia, Amaral e Louvet (2011) posicionam 
que esses modelos de ferramentas de GC, sob visão do controle dos problemas 
de agência, envolvem: (1) estrutura de propriedade e controle; (2) composição do 
conselho de administração; (3) proteção aos acionistas minoritários; (4) transparência 
das informações publicadas; e (5) modalidades de incentivo aos administradores. 
Assim, para o IBGC (2009), as boas práticas de GC transformam princípios em 
recomendações objetivas, e equalizando interesses com o final de otimizar e preservar 
o valor da corporação, contribuindo para sua longevidade e oportunizando seu acesso 
aos recursos.
Portanto, a internacionalização da governança corporativa ocorre em função 
do direcionamento das boas práticas aplicadas às organizações. Assim, visa os 
seguintes aspectos: internacionalização do capital social da organização – parcela 
dos acionistas estrangeiros; internacionalização das receitas – receitas estrangeiras; 
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internacionalização dos mercados – número de países onde atua a entidade.
15.2 Governança Corporativa e as Normas Internacionais de Contabilidade 
Como vimos anteriormente, a governança corporativa precisa das informações 
financeiras da contabilidade para que possa atender as necessidades dos seus 
agentes. Assim, para uma boa gestão de governança, as empresas precisam agir com 
transparência em suas ações e seus membros devem seguir padrões de conduta, 
comportamento, políticas e práticas para que possam evitar conflitos de interesses 
na entidade. 
Neste contexto, a governança corporativa representa um sistema que regula a 
maneira de como as organizações são controladas e as IFRS – International Financial 
Reporting Standards normatizam suas demonstrações. Desse modo, as empresas que 
seguem os padrões internacionais de contabilidade e trabalham com boas práticas de 
governança corporativa se destacam no mercado nacional e internacional.
 A governança corporativa é implantada nas empresas brasileiras e em outros 
diversos países, porém, o Estados Unidos têm uma grande influência no mercado. 
Sendo assim, os Estados Unidos criaram uma lei de grande relevância sobre as 
questões corporativas. A lei é denominada Sarbanes-Oxley (SOX), que visa a 
recuperação da credibilidade do mercado de capitais norte americano após várias 
situações envolvendo entidades renomadas no país. 
Neste contexto, a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) criou um organismo regulador das 
organizações de auditoria, assim, determinando as responsabilidades dos executivos 
no intuito de recuperar o equilíbrio do mercado de capitais. 
Para entendermos um pouco melhor este contexto, vamos apresentar um 
comparativo entre a legislação dos Estados Unidos versus a do Brasil:
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Sarbanes-Oxley (EUA) Consequências Jurídicas (Brasil)
Certificação pelo presidente da Empresa (CEO) e 
pelo diretor financeiro (CFO) dos relatórios anuais.
Administradores e controladores devem assi-
nar os balanços. Os administradores assumem 
as responsabilidades pela precisão das decla-
rações.
Todas as empresas deverão ter comitês de auditoria 
formados apenaspor membros independentes. Para 
as empresas estrangeiras, a SEC permite que o con-
selho fiscal substitua o comitê de auditoria.
Não há exigência para formação de comitês de 
auditoria, apenas uma recomendação da CVM 
na cartilha de governança corporativa. Existem 
os conselhos fiscais, cujos membros não per-
tencem necessariamente ao conselho de ad-
ministração e não precisam ser independentes.
Empresas estarão proibidas de conceder emprésti-
mos a executivos.
Não há proibição de empréstimos para conse-
lheiros e auditores, se contratados a taxas de 
mercado.
Controles internos deverão ser divulgados em relató-
rios específicos, junto com os relatórios anuais.
Não há previsão para divulgação de controles 
internos.
Empresas terão de informar se adotaram ou não um 
código de ética para administradores financeiros se-
niores. Caso não deverão explicar por quê.
A formulação de um código de ética não é obri-
gatória.
Auditores de empresas abertas não poderão forne-
cer serviços de consultoria e outros serviços proibi-
dos pela legislação às empresas por eles auditadas.
A CVM estabelece que auditores não podem 
oferecer serviços que prejudiquem a objetivida-
de e independência da atividade de auditoria.
Empresas serão obrigadas a revezar o socioauditor 
a cada cinco anos.
Empresas são obrigadas a revezar as empre-
sas de auditoria a cada cinco anos.
Advogados que venham a saber de uma violação le-
gal por parte de seus clientes terão de relatar o ocor-
rido ao diretor jurídico, CEO e ao comitê de auditoria 
ou outros conselheiros.
Não há previsão legal da obrigatoriedade do 
relato.
Quadro 10 – Comparativo entre as leis do Estados Unidos e do Brasil
Fonte: CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues; Auditoria e Governança Corporativa. Curitiba; IESDE Brasil S.A., 2011, p. 164.
Em conclusão pode-se verificar que a lei dos Estados Unidos representa uma postura 
mais rígida do que a do Brasil. Neste contexto, os Estados Unidos exige o comitê de 
auditoria para realizar a auditoria dos fatos das organizações, sendo que no Brasil não 
existe essa necessidade. Assim, a Lei Sarbanes-Oxley acaba sendo mais rigorosa com 
as empresas, porém, promove mais transparência para os seus investidores. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/10055
No portal do BNDES – O Banco Nacional do Desenvolvimento, você poderá 
conhecer um pouco mais sobre a Lei Sarbanes-Oxley.
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/10055
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AULA 16
ESTRUTURA DAS COMPANHIAS 
S/A’S: CONSELHOS
Nesta última aula, vamos conhecer um pouco sobre as empresas S/A’s. Assim, 
vamos abordar alguns aspectos relevantes sobre sua constituição e estrutura.
16.1 Sociedade Anônima (S.A.) e sua Estrutura
A Sociedade Anônima ou a denominada S.A., representa uma sociedade empresarial 
que é dividida por ações. Assim, a Lei nº 6.404/76 faz toda regulamentação para 
essas entidades. Neste contexto, o sócio ou acionista tem responsabilidade limitada 
sobre a empresa em função do preço de emissão das ações que foram compradas. 
Desse modo, o patrimônio da organização não se mistura com o patrimônio pessoal 
do acionista.
Empresa
Fonte: https://pixabay.com/photos/session-conference-meeting-teamwork-2548826/
Neste segmento, as empresas que são S/A.’s podem ser constituídas de duas 
formas. Primeiro, pode ser capital fechado, ou seja, não é permitido vender as ações 
na bolsa de valores. Porém, as entidades de capital aberto podem vender suas ações 
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no mercado de valores mobiliários, isto é, na bolsa de valores e mercado de balcão. 
Todavia, é necessário solicitar autorização ao governo, e essa permissão é concedida 
pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
As sociedades anônimas têm seu capital social dividido em ações ordinárias 
e preferenciais. Dessa forma, as ações ordinárias representam o poder de voto no 
momento de tomada de decisão da companhia. Entretanto, as ações preferenciais 
concedem primeiro os direitos em receber os lucros distribuídos aos acionistas.
Neste contexto, seguem alguns direitos dos acionistas nesse tipo de entidade:
• Participação dos lucros da companhia e a divisão dos bens no caso de venda.
• Fiscalização da gestão da empresa.
• Conceder a preferência na compra de outros valores mobiliários da empresa 
(debêntures e bônus de subscrição).
• Retirada da sociedade e outros direitos de acordo com a Lei nº 6.404/76.
Neste universo, existem diferenças entre os tipos de acionistas que participam de 
uma S.A., que são:
• Acionista Controlador: representa um acionista, um grupo ou uma entidade 
que é escolhida por meio de votação para ser o responsável pela organização.
• Acionista Majoritário: representa o acionista que possui a maioria das ações 
ordinárias, ou seja, pelo menos 50%.
• Acionista Minoritário: quem possui menos ações dentro da empresa. 
As Sociedades Anônimas possuem uma estrutura complexa em virtude das 
particularidades da sua constituição, principalmente por serem divididas em ações. 
Assim, a Lei nº 6.404/76 detalha a forma legal dessas empresas em função de evitar 
o beneficiamento dos acionistas. Dessa forma, seguem os órgãos específicos que 
devem constar nessas organizações:
• Assembleia Geral: representa o órgão que tem o maior poder de decisão dentro 
da empresa. Assim, realiza a reunião dos acionistas para discussão das decisões e 
interesses da entidade.
• Conselho de Administração: representa o aconselhamento direcionado 
à diretoria. Sendo assim, é constituído por pelo menos 3 membros eleitos pela 
Assembleia Geral com prazo determinado pela gestão. Contudo, caso a entidade 
tenha poucos acionistas, a formação do conselho é opcional.
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• Diretoria: visa a administração da empresa e a representação formal de seus 
interesses. Assim, sua composição tem que ter pelo menos dois diretores (acionista 
ou não) que são eleitos pelo Conselho de Administração. Caso não tenha Conselho, 
pode ser pela Assembleia Geral.
• Conselho Fiscal: seria como um assessor da Assembleia Geral, assim, tem 
a função de analisar as contas prestadas pelos diretores nos quesitos de gestão, 
financeiro e contábil. Logo, esse conselho precisa ter de 3 a 5 membros, sejam 
acionistas ou não eleitos pela Assembleia. 
Por fim, no Brasil as sociedades anônimas são regulamentas pela Lei nº 6.404/76, 
por ser um tipo de entidade que tem facilidade na capitação de investimentos e porque 
aparenta um futuro promissor em relação ao seu crescimento no mercado. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Link: https://sociedade-anonima.info/
No portal da Sociedade Anônima poderá conhecer um pouco mais sobre esse tipo 
de empresa e suas particularidades. Vale apena conferir!
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: IFRS na Prática 
Autor: Anderson Fumaux Mendes de Oliveira
Editora: Freitas Bastos Editora
Sinopse: O Brasil teve que adotar as Normas 
Internacionais de Contabilidade – IFRS, para que as 
práticas contábeis brasileiras se adequassem aos 
outros países. Dessa forma, o livro aborda de forma 
simples os principais aspectos em torno das Normas 
Internacionais de Contabilidade que são usadas pelas 
organizações e também tem a finalidade de repassar 
para os demais profissionais e acadêmicos os principais 
temas sobre a IFRS. 
Título: Mercado de Capitais 
Autor: Nelson Eizirik, A; Ariádna B. Gaal; Flávia Parente; 
Marcus de Freitas Henrique.
Editora: Quartier Latin
Sinopse: O livro trata sobre o mercado de capitais 
no âmbito jurídico, assim, a obra vem apresentar 
uma linguagem objetiva,com poucas citações e 
sempre trazendo referência à doutrina regional e de 
outros países. Neste contexto, vem abordar normas e 
regulamentos que estão apresentados em rodapé para 
facilitar a leitura. O livro contextualiza temas analisados 
e também toda a produção doutrinária local e mais 
relevante no direito comparado. 
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CONCLUSÃO
Sabemos da importância da informação contábil para as empresas, para que as 
mesmas possam atingir as suas metas e objetivos. No entanto, é necessário que 
as instituições estejam em cumprimento com as várias normas e procedimentos 
da contabilidade para que possam atender as exigências dos mercados que atuam. 
Neste contexto, buscamos nesse estudo contextualizar os principais assuntos em 
torno da Contabilidade Internacional. 
Na generalidade, a Contabilidade desempenha um papel fundamental no mundo 
dos negócios. Em virtude disso, para atender as exigências do mercado, houve a 
necessidade da conversão da contabilidade para o padrão internacional. Assim, 
aconteceu a internacionalização da contabilidade através da implantação da IFRS, 
possibilitando para as empresas uma melhoria nos processos de negociação. 
À vista disso, para o entendimento de todo esse processo, abordamos os principais 
temas que visam à compreensão da internacionalização da contabilidade. Deste 
modo, vimos à globalização, os órgãos necessários para o padrão internacional, a 
estrutura do mercado financeiro, US GAAP, BR GAAP, as Demonstrações Financeiras, 
as alterações da legislação brasileira e a relação da contabilidade na governança 
corporativa, tal como conhecer as S.A.’s.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Guilherme. Contabilidade: qual sua importância para o mercado 
financeiro? Disponível em: https://www.certifiquei.com.br/contabilidade/. Acesso em: 
11 jul. 2021.
ALMEIDA, Marcelo C., BRAGA, Hugo da Rocha. Mudanças Contábeis na Lei 
Societária – Lei no 11.638, de 28/12/2007. São Paulo, Editora Atlas, 2008.
AGUILERA, R. V.; DESENDER, K. A. Challenges in the Measuring of Comparative 
Corporate Governance: A Review of the Main Indices Research Methodology In 
Strategy And Management, Emerald Group Publishing Limited, v. 7, p. 39, jan./dez. 
2012.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades 
por Ações. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 15 dez. 1976. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. 
Acesso em: 18 jul. 2021.
BRASIL. Lei n° 11.638, de Dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n° 
6.404, de 15 de Dezembro de 1976, e da Lei n° 6.385 de 7 de Dezembro de 1976, 
e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e 
divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em: 18 jul. 2021. 
CAMARGO, Renata Freitas de. IFRS x BR GAAP x US GAAP: como as normas 
da Contabilidade Internacional influencial na gestão orçamentário? Disponível em: 
https://www.treasy.com.br/blog/ifrs-x-br-gaap-x-us-gaap-gestao-orcamentaria/. 
Acesso em: 11 jul. 2021. 
CFC - Conselho Federal de Contabilidade. Assuntos Internacionais Disponível em: 
https://cfc.org.br/tecnica/assuntos-internacionais/. Acesso em: 11 jul. 2021.
https://www.certifiquei.com.br/contabilidade/
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CFC - Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n° 1.283/10. Disponível 
em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1283_2010.htm. 
Acesso em: 21 jul. 2021.
CFC (Conselho Federal de Contabilidade). Normas brasileiras de contabilidade: 
NBC TG 26 (R5) – Apresentação das demonstrações contábeis. Disponível em: 
https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG26(R5).pdf. Acesso em: 18 jul. 
2021.
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Origem. Disponível em: http://www.
cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC. Acesso em: 11 jul. 2021.
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 09 – Demonstração do Valor 
Adicionado. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=40. Acesso em: 21 jul. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 26 (R3) - Apresentação das 
Demonstrações Contábeis. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 21 jul. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 30 (R1) - Receitas. Disponível 
em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=61. Acesso em: 21 jul. 2021.
CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Auditoria e Governança Corporativa. 
Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2011.
IUDÍCIBUS, Sérgio de e equipe de professores da Faculdade de Economia, 
Administração e Contabilidade da USP. Contabilidade Introdutória – Atualizada de 
acordo com as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09. São Paulo: Atlas, 2010.
JÚNIOR, Mauro Miranda Loureiro; DIAS, Rogério Paim. BR GAAP, US GAAP e IFRS: 
análise das divergências entre os resultados das CST no exercício de 2003. Disponível 
em: http://legado.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/6/rogerio_
http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC
http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC
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mono04.pdf. Acesso em: 18 jul. 2021.
LEITE, J. da S. J. Normas Contábeis Internacionais – Uma Visão Para o Futuro. 
In: 17ª CONVENÇÃO DOS CONTABILISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. set. 2001, 
São Paulo/SP. Disponível em: http://ix.congresso.iscap.ipp.pt/resumos/brasil/
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MACKENZIE, Bruce. et al. IFRS 2012: interpretação e aplicação. São Paulo: 
Bookman: 2012.
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2011.
NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade internacional. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade comercial fácil. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 
2013.
SILVA, André Luiz Carvalhal da. Governança Corporativa e Decisões financeiras no 
Brasil. Ed. 2. Rio de Janeiro: Mauad Editora Ltda., 2005.
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