Buscar

CIDADES-INTELIGENTES-SMARTS-CITIES-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
CIDADES INTELIGENTES - SMARTS CITIES 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 
DEFINIÇÃO DE CIDADE INTELIGENTE ........................................................ 3 
AS CIDADES DO FUTURO: CIDADES INTELIGENTES ................................ 3 
TRIDIMENSIONAL: TECNOLOGIA, PESSOAS E INSTITUIÇÕES. ............. 10 
DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ................................................... 13 
MODELO EM CAMADAS .............................................................................. 14 
COMPARAÇÃO ............................................................................................. 16 
PILARES DE UMA CIDADE INTELIGENTE .................................................. 17 
PESSOAS ..................................................................................................... 18 
ECONOMIA ................................................................................................... 18 
MOBILIDADE................................................................................................. 20 
SUSTENTABILIDADE ................................................................................... 21 
VIVÊNCIA ...................................................................................................... 22 
GOVERNANÇA ............................................................................................. 23 
CIDADES INTELIGENTES: O PODER DOS DADOS ................................... 23 
DIMENSÕES DA DIGITALIZAÇÃO ............................................................... 25 
DIGITALIZAÇÃO DISRUPTIVA ..................................................................... 27 
IMPLICAÇÕES DAS CIDADES INTELIGENTES .......................................... 29 
GERENCIAMENTO E GOVERNANÇA DA CAMADA DE DADOS ............... 31 
REFERENCIAS ............................................................................................. 33 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
3 
 
 
DEFINIÇÃO DE CIDADE INTELIGENTE 
 
O conceito de cidades inteligentes e relativamente vago. Isso não apenas 
dificulta a análise de objetos de estudo, mas também permite que cidades não 
verdadeiramente inteligentes se apropriem do termo, de forma a atrair atenção de 
turistas ou influenciar moradores. 
Nessa apostila, pode-se encontrar definições como “O conceito de smart cities, 
ou cidades inteligentes, se define pelo uso da tecnologia para melhorar a 
infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se 
viver” e “Para uma cidade ser considerada realmente inteligente É preciso ter visão 
holística e uma gestão integrada e interdependente de todos os recursos envolvidos”. 
Essas explicações, apesar de estarem relacionadas ao conceito, não oferecem ideias 
claras e sólidas de como uma cidade inteligente deve se comportar para ser 
merecedora de tal titulo. 
Para fins de precisão, serão analisados os conceitos de alguns autores sobre 
o assunto e, por fim, serão estabelecidos os pilares do que será considerado uma 
cidade inteligente para a análise das iniciativas de cidades modelo para esse trabalho. 
Estudar as cidades com base em conceitos bem estabelecidos retorna conclusões 
mais precisas e confiáveis. 
 
AS CIDADES DO FUTURO: CIDADES INTELIGENTES 
 
Os debates sobre o papel das cidades na economia global têm se intensificado, 
particularmente quando se observa a intensa concentração das pessoas nas cidades 
(Sassen, 1998). 
Para diversos autores, é de fundamental importância relacionar as tendências 
socioeconômicas com as características das cidades (Friedmann, 1986; Brenner, 
1998; Bollier, 1998; Scott et al., 2001; Parkinson et al., 2004; Sassen, 2005; Pastor, 
Lester & Scoggins, 2009; Cohen, 2011). Para esses autores, as cidades funcionam 
como espaços-chave da economia global, onde se observam os efeitos da 
4 
 
 
globalização: forte acúmulo e fluxo de capital, desindustrialização, expansão e 
concentração espacial de setores manufatureiro e de serviços, segmentação do 
mercado de trabalho, conflitos étnicos e de classes, polarização socioespacial. 
O cenário, entretanto, mostra que a intensa urbanização traz perdas de 
funcionalidades básicas, afetando significativamente a qualidade de vida da 
população: deficiências na gestão de resíduos; escassez, desperdícios e má gestão 
dos recursos naturais; restrições nos sistemas de saúde, educação e segurança 
pública; limitações nos sistemas de mobilidade urbana e de transportes; 
obsolescência e encurtamento do ciclo de vida das infraestruturas públicas (Toppeta, 
2010; Batagan, 2011). Para Gupta (2002), Johnson (2008), Toppeta (2010), 
Washburn & Sindhu (2010), Nam & Pardo (2011a), Batagan (2011), Dodgson & Gann 
(2011) e Dutta (2011), essas restrições podem ser enfrentadas com o aproveitamento 
adequado das capacidades atuais e futuras, melhorando a eficiência e reinventando 
a organização das cidades, tendo as TICs como viabilizadoras de um sistema nervoso 
para e de cidades inteligentes. 
Como as cidades estão mais interconectadas e instrumentalizadas (Harrison & 
Donnelly, 2011), o seu sucesso se direciona sobre dois eixos principais. Primeiro, o 
gerenciamento dos recursos a partir de uma perspectiva sustentável para que se 
tornem ambientalmente adequadas e atraentes para os atores, implementando um 
tipo de gestão mais inovador, permitindo que sejam mais preditivas e integrando o 
conjunto dos seus ativos de forma ágil e a custos aceitáveis (Al-hader & Rodzi, 2009; 
Washburn & Sindhu, 2010; Harrison & Donnelly, 2011; Wolfram, 2012; Toppeta, 
2010). 
Segundo, pela criação de um ambiente atrativo do ponto de vista econômico-
social, onde os atores possam interagir sem restrições que mereçam intervenções 
drásticas, imprimindo maior eficiência e reformulando a organização da dinâmica 
urbana. As TICs seriam, portanto, as viabilizadoras de um modelo capaz de 
implementar maior inteligência nestas cidades (Storper, 1997; Gupta, 2002; Johnson, 
2008; Eger, 2009; Dodgson & Gann, 2011; Cadena et al., 2012). 
Ao longo do tempo, muitas definições foram somadas ao cenário dos estudos 
para a criação de novas formas e tecnologias para o gerenciamento das cidades, 
resultando no conceito de cidade inteligente. Antes, porém, de se adentrar ao conceito 
5 
 
 
de cidade inteligente, é imperativo marcar sua distinção em relação ao conceito de 
cidade digital. 
A cidade digital é caracterizada primordialmente pela capacidade de 
implementação de tecnologias de comunicação, promovendo o acesso amplo a 
ferramentas, conteúdos e sistemas de gestão, de forma a atender às necessidades 
do poder público e seus servidores, dos cidadãos e das organizações (Komninos, 
2002; Yovanof & Hazapis, 2009).Já a cidade inteligente emerge da cidade digital. A 
visão de inteligência das cidades vem da convergência entre a sociedade do 
conhecimento – onde a informação e a criatividade têm grande ênfase e que 
considera os capitais humano e social como seus mais valiosos ativos (Castells, 
2012) – e a cidade digital – que faz extensivo uso de sistemas de telecomunicações 
e recursos da internet como meio para transformar significativamente as formas de 
relacionamento e de vida (Kanter & Litow, 2009; Coelho, 2010; Nam & Pardo, 2011b). 
Para Komninos & Sefertzi (2009), as iniciativas para cidades inteligentes 
focalizam o uso das TICs para transformar a vida e o trabalho dentro de uma região, 
de forma significativa e fundamental, mais do que de forma incremental, explorando 
os recursos da cidade digital de maneira inovadora e colaborativa. Nesse sentido, a 
cidade digital não é necessariamente inteligente, mas a cidade inteligente tem, 
obrigatoriamente, componentes digitais (Allwinkle & Cruickshank, 2011; Dutta, 2011; 
Nam & Pardo, 2011b). 
Ao longo dos últimos anos, muitos autores ofereceram definições para o termo 
cidades inteligentes, como apresentado no Quadro 1. Outros autores, como Schaffers 
et al. (2011), Hernández-Muñoz et al. (2011), Chourabi et al. (2012) e Cadena et al. 
(2012), alinham-se à conceituação proposta por Dutta (2011). 
A abordagem de cidades inteligentes inclui tecnologias que promovem maior 
eficiência energética e otimização na produção de bens e serviços; sistemas 
inteligentes para o monitoramento e gerenciamento das infraestruturas urbanas e 
antecipação a acidentes naturais; soluções de colaboração e redes sociais; sistemas 
integrados para a gestão de ativos; sistemas especializados de atenção à saúde e 
educação que permitem a interação com os atores por intermédio da internet; 
sistemas, métodos e práticas para o gerenciamento integrado de serviços de qualquer 
natureza; sistemas para o tratamento de grandes volumes de dados estruturados e 
6 
 
 
não estruturados; sistemas de georreferenciamento; aplicações inteligentes 
embarcadas em toda sorte de bens; tecnologias de identificação por radiofrequência 
e etiquetas digitais colocadas em produtos e cargas, otimizando os processos 
logísticos e as transações comerciais; sensores e sistemas de inteligência artificial 
que percebem e respondem rapidamente a eventos ocorridos no mundo físico, 
desencadeando processos digitais que passam a ter consequências cada vez mais 
imediatas e significativas no mundo, conectando pessoas, empresas e poder público 
a qualquer tempo e em qualquer lugar (Mitchell, 2007; Webber & Wallace, 2009; Dirks 
et al., 2010; Prattipati, 2010; Allwinkle & Cruickshank, 2011; Wolfram, 2012). 
Consideradas as definições e os estudos realizados pelos autores citados 
neste trabalho, propõe-se uma caracterização evolutiva da cidade digital à cidade 
inteligente, como na Figura 1, partindo da implementação de um computador isolado 
(stand alone PC) até sua mais recente perspectiva tecnológica – a internet das coisas 
(Internet of Things). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Quadro 1 - Definições de cidades inteligentes 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2014), com base na bibliografia. 
Todas as possibilidades presentes e futuras proporcionadas pelas TICs 
contribuem para a redução nas emissões de gases de efeito estufa, porquanto 
viabilizam maior eficiência no uso dos recursos materiais, técnicos e humanos. Elas 
podem implementar novos canais de comunicação entre os atores, melhorar a 
eficiência, a transparência e a democratização no acesso a informações, contribuindo 
para que melhores escolhas sejam feitas e melhores decisões sejam tomadas. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Figura 1 - Da cidade digital à cidade inteligente: caracterização da 
evolução 
 
Fonte: Elaborado pelos autores (2014). 
Todas as possibilidades presentes e futuras proporcionadas pelas TICs 
contribuem para a redução nas emissões de gases de efeito estufa, porquanto 
viabilizam maior eficiência no uso dos recursos materiais, técnicos e humanos. Elas 
podem implementar novos canais de comunicação entre os atores, melhorar a 
eficiência, a transparência e a democratização no acesso a informações, contribuindo 
para que melhores escolhas sejam feitas e melhores decisões sejam tomadas. 
As aplicações de TICs para a criação de cidades inteligentes são inúmeras e 
podem ser disponibilizadas e adaptadas às necessidades e características de cada 
cidade, como proposto no framework de sistemas integrados para as cidades 
inteligentes na Figura 2. 
 
9 
 
 
Figura 2 - Arquitetura de sistemas de gerenciamento para cidades 
inteligentes 
 
Fonte: Weiss (2013). 
 
Criar cidades inteligentes não se trata de uma revolução, de um conceito 
tecnológico ou de um fenômeno localizado particularmente. Trata-se, ao contrário, de 
uma evolução, de desenvolvimento socioeconômico e de um fenômeno global (Nam 
& Pardo, 2011b) em que se busca a harmonização entre o mundo material e o mundo 
virtual, entre todos os subsistemas do sistema urbano, no melhor interesse dos atores 
que atuam nas cidades e respeitando suas características e vocações particulares 
(Boyko et al., 2006; Nam & Pardo, 2011a; Toppeta, 2010; Rasoolimanesh et al., 
2011). 
 
 
 
10 
 
 
TRIDIMENSIONAL: TECNOLOGIA, PESSOAS E INSTITUIÇÕES. 
 
Os autores Taewoo Nam e Theresa A. Pardo, em seu artigo concetualiza Smart 
City With Dimensions of Tecnology, People, and Institutions, analisam e comparam 
características de cidades consideradas inteligentes. Uma característica comum entre 
todas essas cidades é que seu crescimento acelerado levou a escassez de recursos 
e problemas de infraestrutura. 
A pesquisa desses autores procura responder quais são as características de 
uma cidade inteligente, que aspectos levam a população a rotular uma cidade como 
inteligente, quais as diferenças de cidades inteligentes para outras cidades e o que 
leva ao sucesso da iniciativa de cidades inteligentes. 
O conceito de inteligência, nesse caso, tem seu significado baseado em ser 
voltado para o usuário, utilizar conhecimento para crescer, além de fazer uso de 
tecnologia para alcançar seus objetivos. Todas essas ideias tem como objetivo 
principal fazer a cidade crescer de forma estratégica, aproveitando seus recursos e 
integrando o morador com o ambiente onde vive. 
Os autores se basearam nas cidades premiadas pelo Intelligent Community 
Forum (ICF), que anualmente elege cidades para receberem o prêmio “Smart 
Communities of the Year”. A premiação é feita com base em questionários “Intelligent 
Community Index” submetidos por comunidades do mundo todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Figura 3: Componentes fundamentais de uma Cidade Inteligente 
 
As características de uma cidade inteligente foram divididas em três tópicos: 
tecnologia, pessoas e comunidade (como podem ser vistos na figura 3), os quais se 
interrelacionam entre si. No âmbito tecnológico, a cidade inteligente surge como uma 
fusão de conhecimento e tecnologia. Por exemplo, uma cidade que conta apenas com 
o emprego de tecnologias, mas não as utiliza de maneira estratégica, é apenas uma 
cidade digital. Toda cidade inteligente e digital, mas nem toda cidade digital e 
inteligente. E necessário a colaboração da população para que a cidade se torne 
inteligente. 
Uma cidade inteligente necessariamente deve ser uma cidade híbrida, no 
sentido em que os habitantes e lugares físicos são interconectados por uma rede 
virtual. Assim, a cidade e constituída simultaneamente de uma camada real e uma 
camada virtual. Uma evolução de cidade digital e a cidade ubíqua, cujo objetivo e criar 
12 
 
 
um ambiente onde o cidadão possa ter acesso a diversos tipos de serviço em lugares 
e por meios diferentes. Em uma cidade informacional, a população pode dividir 
informações sobre a comunidade emplataformas abertas. 
A tecnologia deve ser aplicada de forma integrada, levando informações em 
tempo real do que está acontecendo no ambiente para o habitante. Para isso deve-
se investir em uma infraestrutura específica que facilite que os serviços tecnológicos 
sejam entregues com qualidade. 
No âmbito humano, as cidades inteligentes devem ser baseadas em 
criatividade, diversidade, infraestrutura social e educação. Indivíduos com maior nível 
de educação tendem a migrar para cidades inteligentes devido a melhor qualidade de 
vida, diminuindo a força de trabalho e inovação de cidades que não possuem 
características inteligentes. Cidades de aprendizado se focam em formar uma massa 
trabalhadora mais educada e cidades de conhecimento encorajam a troca de 
conhecimento entre seus habitantes. 
Problemas nas cidades devem ser abordados com soluções inteligentes. Uma 
cidade inteligente deve ser capaz de conectar sua comunidade para propor mudanças 
e inovações. No âmbito institucional, deve-se perceber que as cidades inteligentes 
provêm de um crescimento inteligente. Esse conceito, também surgido nos anos 90, 
é uma forma de mitigar a falta de planejamento urbano que cerca o crescimento de 
diversas cidades. O suporte do governo é fundamental nesse caso, não apenas 
regulando leis, mas também se conectando com a população e empresas de forma a 
fomentar o progresso na região. 
A utilização e integração de diversos tipos de tecnologia facilita a criação de 
um ambiente voltado a inovação e ao bem-estar da população. Deve haver um 
investimento forte em educação e conscientização dos cidadãos sobre o meio que 
eles vivem de forma que eles possam melhorá-lo. O governo deve entrar como agente 
catalisador, facilitando a cooperação e a formação de parcerias entre diferentes 
empresas e setores. Em suma, para os autores, uma cidade inteligente deve fazer 
uso de tecnologia para dar aos cidadãos os mais diversos tipos de informação. Os 
cidadãos devem ter o maior nível de escolaridade possível, de forma a produzir 
trabalhadores qualificados e o governo deve cuidar para criar uma infraestrutura que 
suporte o desenvolvimento da cidade. 
13 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE 
 
A autora Anastasia Stratigea, em seu artigo The concept of ”smart cities”. 
Towards community development?, fala da importância dos mecanismos de 
transmissão digital em banda larga e seu poder de conectar as comunidades, 
aumentando seu potencial de desenvolvimento. Isso acaba influenciando os governos 
a investirem nesse tipo de recurso, com o objetivo de aumentar a eficiência de 
processos econômicos, sociais e ambientais. 
Com base em suas pesquisas, ela também concluiu que, apesar de muitos 
autores apresentarem diferenças em relação ao conceito de cidade inteligente, todas 
as definições incluíam aspectos de meios de comunicação (relacionados `a 
tecnologia), processos de atuação de diferentes atores e metas a serem atingidas. O 
objetivo de uma cidade inteligente é, através da integração de camadas físicas 
(capacidade humana), institucionais (difusão de informação e cooperação) e de 
infraestrutura digital, prover serviços de qualidade e inovadores para os habitantes e 
empresas. Isso inclui um ambiente urbano seguro, agradável e inclusivo. 
O Intelligent Community Forum (ICF) define cinco fatores cruciais para a 
criação de comunidades inteligentes. Eles são: uso de infraestrutura de comunicação 
banda larga, educação e treinamento da força de trabalho local, inclusão digital, 
capacidade de inovação e divulgação das comunidades inteligentes como lugares 
vantajosos para se morar e trabalhar. 
O termo ”inteligente” se deve ao fato de aspectos de inovação serem baseados 
em tecnologia da comunicação e informação. Esses recursos podem ser utilizados 
em atividades relacionadas a economia, população, governança, entre outros. 
Sistemas eficazes de tecnologia da informação permitem o processo de 
desenvolvimento de comunidades. Isso é diretamente ligado a um dos principais 
objetivos de uma cidade inteligente, que deve buscar conceder habilidades e 
informação para que os cidadãos possam fazer mudanças na sua própria 
comunidade. O desenvolvimento da comunidade leva á construção de uma sociedade 
baseada em justiça, respeito, igualdade e cooperação. 
14 
 
 
Resumindo, a autora acredita que o principal fator para tornar uma cidade 
inteligente é a tecnologia. A inovação e os serviços de qualidade oferecidos a 
população só poderão ser alcançados com uma forte infraestrutura de 
telecomunicações e inclusão digital. Desta forma a cidade poderá se desenvolver de 
maneira inteligente. 
 
MODELO EM CAMADAS 
 
O autor Sotiris Zygiaris, por sua vez, estabeleceu no artigo Smart City 
Reference Model: Assisting Planners to Conceptualize the Building of Smart City 
Innovation Ecosystems outras ideias de como deve ser uma cidade inteligente. Como 
as cidades têm características diferentes, logo o modelo deve ser aplicado de formas 
diferentes. A organização das cidades inteligentes deve ser baseada em um modelo 
de referência construído em camadas, mostrado na tabela a seguir. Cada camada 
está interconectada e descreve as inovações estruturais e no ambiente urbano. 
• Camada 0: A Cidade. Se relaciona com as questões políticas, sociais e 
econômicas. É importante que a cidade esteja pronta para absorver características 
inteligentes, seja em relação a população, economia e infraestrutura. 
• Camada 1: A Cidade Verde. Relaciona-se com questões ambientais. As 
cidades devem almejar ter futuros sustentáveis, o que está diretamente ligado com a 
capacidade da tecnologia criar um impacto ambiental positivo. Isso demanda uma 
série de políticas em relação a produção de C02, transportes e construções. 
• Camada 2: Interconexão. Se relaciona com questões econômicas e técnicas. 
Não se deve dividir a cidade em zonas de forma que algumas partes fiquem excluídas 
das inovações. Deve haver uma rede de telecomunicações capaz de suportar a 
conexão em toda cidade, incluindo o desafio da cobertura total de banda larga. 
• Camada 3: Instrumentação. A cidade requer interação em tempo real, o que 
requer uma série de sensores e outros aparelhos. Essa interação constante é 
importante porque conecta o mundo real com o mundo virtual. 
15 
 
 
• Camada 4: Integração. As aplicações de uma cidade inteligente devem ser 
capazes de compartilhar dados entre si. Desta forma, é possível ter uma visão mais 
completa do que está acontecendo no ambiente. Para isso é necessária a 
implementação de plataformas abertas, tomando cuidado para manter a segurança 
dos dados. 
• Camada 5: Aplicação. Aplicando novas tecnologias é possível contornar 
muitos problemas pelas quais as cidades passam, tanto sociais quanto ambientais. 
Essa camada tem sua base no conceito de sustentabilidade urbana. O planejamento 
deve ser feito de forma que as medidas tomadas impactem todo o terreno urbano e 
espalhem o conhecimento adquirido. 
• Camada 6: Inovação. E necessário investir na qualidade dos serviços 
públicos é ser um lugar atrativo para empresas, de forma que a cidade possa 
implantar novas tecnologias que acelerem o caminho até a sustentabilidade. Além 
disso, cidades com populações mais educadas apresentam crescimento maior. 
Apesar de não haver uma única forma para resolver as inúmeras questões urbanas, 
o conceito de cidades inteligentes está cada vez mais sedimentado como uma série 
de medidas para levar inovação ás cidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Tabela 1: Modelo Referência Conceitual de Cidades Inteligentes 
 
 
COMPARAÇÃO 
 
Os autores citados acima tem pontos de vista similares em diversos aspectos. 
Todos convergem em relação ao fato de que a cidade inteligente deve ter uma forte 
participação da população local e que as iniciativas devem tê-la como principal alvo. 
Além disso, os três artigos citam a tecnologiacomo o meio principal de adquirir 
características inteligentes, com o objetivo de aumentar a eficiência em diversos 
aspectos do funcionamento da cidade e afirmam que, para isso, ´e importante a 
integração de diferentes setores. 
Apesar das semelhanças os autores divergem em alguns temas. Em seu 
modelo em camadas, Zygiaris cita como um dos principais indicadores de uma cidade 
inteligente a relação com questões ambientais, algo que não é aprofundado nos 
outros dois artigos analisados. Já os autores Nam e Pardo buscaram revisitar o motivo 
17 
 
 
principal que levou as cidades a necessitarem de mudanças para crescerem de forma 
ordenada e, com base nisso, constroem seu modelo. O padrão sugerido por Stratigea 
aborda a tecnologia como base única para a inovação em uma cidade inteligente. 
Pode-se notar que, entre as definições estudadas, o Modelo em Camadas é o 
mais abrangente, pois aprofunda-se em assuntos que não são tocados nas outras 
definições. O Modelo Tridimensional aborda as cidades de maneira mais simples e 
direta, enquanto o Modelo de Desenvolvimento da Comunidade foca principalmente 
no aspecto tecnológico, desconsiderando diversos outros aspectos. 
 
PILARES DE UMA CIDADE INTELIGENTE 
 
Analisando o que foi definido pelos autores anteriormente, pode-se chegar a 
uma conclusão geral de quais são as principais estruturas de uma cidade inteligente. 
Essas estruturas foram resumidas pelos autores T. M. Vinod Khumar e Bharat Dahiya 
em seu livro ”Smart Economy in Smart Cities”, que é a compilação de uma pesquisa 
colaborativa internacional entre pesquisadores das cidades de Ottawa, Saint Louis, 
Stuttgart, Bologna, Cape Town, Nairobi, Dakar, Lagos, Nova D´eli, Varanasi, 
Vujayawada, Kozhikode e Hong Kong. Esse modelo foi tradado de forma separada 
por se mostrar mais completo do que os anteriormente analisados. Os pilares 
definidos são: pessoas, economia, mobilidade, sustentabilidade, vivência e 
governança. 
E imprescindível que haja investimento em todos esses aspectos, caso 
contrário á cidade não conseguirá atender todas as necessidades de seus habitantes, 
indústrias e natureza. Isso tornará a cidade pouco atrativa a futuros investimentos e 
moradores, fazendo com que não progrida. 
 
 
 
 
18 
 
 
PESSOAS 
 
Pessoas que compõe uma cidade inteligente se destacam naquilo que fazem 
profissionalmente e compõe uma população com índice de desenvolvimento humano 
(IDH) alto, além de serem criativos e possuírem uma perspectiva multicultural. Uma 
cidade inteligente integra suas universidades em todos os aspectos da vida da cidade, 
atrai capital humano de alto nível (trabalhadores do conhecimento) e mantém uma 
alta taxa de matrícula na pós-graduação e tem pessoas com alto nível de 
qualificações e especialização. 
Conforme cidades aglomeram uma maior quantidade de pessoas, elas 
amplificam sua habilidade de prosperar tanto no meio econômico quanto do meio 
intelectual, mas isso também acarreta desafios. Inicialmente, algumas cidades 
inteligentes enfatizaram o investimento em tecnologia avançada em oposição ás 
necessidades das pessoas e os obstáculos que enfrentam nas cidades. Como 
resultado, muitas ideias de cidades inteligentes não obtiveram êxito em suas 
iniciativas, o que resultou em altos custos e pouco retorno efetivo. Cidades 
inteligentes devem aproveitar a infraestrutura de tecnologia para permitir maior 
colaboração entre as comunidades e entre cidadãos e prefeituras. 
E necessário que as prefeituras invistam em treinamento para dar a todos os 
funcionários compreensão básica no gerenciamento de dados para que esses tenham 
a capacidade de interpretá-los e entender como e porque são coletados, de forma 
que nada seja mal entendido ou ignorado. 
 
ECONOMIA 
 
Uma cidade inteligente entende sua situação econômica e é impulsionada pela 
inovação e apoiada por universidades que se concentram na pesquisa de ponta, além 
de oferecer aos seus cidadãos diversas oportunidades econômicas. Deve pensar 
localmente, agir regionalmente e competir globalmente. Isso implica em fazer 
investimentos estratégicos em seus ativos estratégicos e desenvolver e suportar 
19 
 
 
marcas nacionais convincentes. A cidade deve insistir no desenvolvimento econômico 
equilibrado e sustentável e no turismo. 
O crescimento da economia compartilhada tem refletido diretamente na 
economia das cidades inteligentes. Nela, o papel do fornecedor do bem também é 
exercido pelo indivíduo por meio de trocas e empréstimos. Isso proporciona que os 
centros urbanos tenham mais integração social e economizem recursos. Esse 
fenômeno implica em novas formas de relação de consumo e utilização de produtos, 
causando mudanças também nos processos produtivos. 
Outro componente importante da economia das cidades inteligentes são as 
parcerias público-privadas. Essas parcerias possibilitam insaciabilidade para as 
inovações, já que aumentam as possibilidades de empréstimos além da verba 
pública. Além disso, torna-se mais fácil a integração tecnológica, que depende de 
certo conhecimento técnico (algo que o poder público não necessariamente tem), e o 
prazo para a implantação dos projetos é menor, já que as empresas só começam a 
lucrar efetivamente quando começar a operar. 
Orçamento participativo, que também tem sido aplicado, é um processo no qual 
os membros da comunidade decidem como será gasta a verba pública. Isso ´e feito 
a partir da votação de projetos propostos pelos próprios cidadãos, criados a partir de 
discussões e brainstorms. Os projetos que obtiverem o maior número de votos são 
implementados pelo governo e o monitoramento é feito pelo governo e pela população 
local. 
O crowdfunding também pode ser utilizado por governos como uma forma de 
envolver os habitantes em decisões orçamentárias e angariar fundos para projetos. 
Ele funciona de forma que um grupo grande de pessoas financia projetos por meio de 
pequenas doações. Na prática isso tem sido implementado de forma que os governos 
financiam projetos com a verba pública se esses tiverem atingido sua meta de 
arrecadação no crowdfunding. 
 
 
 
20 
 
 
MOBILIDADE 
 
A mobilidade inteligente deve incluir não apenas veículos, mas sim pessoas 
(capacidade de caminhar e andar em outros meios de transporte, como bicicletas), 
incluindo as que possuem necessidades especiais. A cidade deve ter a capacidade 
de gerenciar o fluxo de veículos, pedestres e o congestionamento de tráfego, além de 
ter opções de transporte equilibradas e contar com sistema de transporte rápido em 
massa (metrô ou monotrilho). Deve haver um sistema integrado de alta mobilidade 
ligando áreas residenciais, locais de trabalho e áreas de lazer. 
A acessibilidade é alcançada por meio de aplicativos que ajudem o deficiente 
a se locomover com mais facilidade pela cidade. Isso também implica em mudanças 
no design, infraestrutura e serviços diversos, como sinais de trânsito com 
autofalantes, ônibus com plataformas verticais e calçadas bem pavimentadas. 
O cidadão pode contribuir para um sistema de transporte mais rápido e seguro 
com a ajuda de roteamento de tráfego inteligente. Isso pode ser feito com a ajuda de 
aplicativos que fornecem informações sobre o trânsito aos motoristas em tempo real. 
Além disso, a Internet contribui cada vez mais para a mitigação do tráfego: a 
dissociação do conceito de espaço de escritório estático e a crescente aceitação de 
iniciativas como o home office diminuem o número de viagens necessárias. Isso se 
aplica também para o lazer, com a possibilidade de delivery de comida e compras 
online, por exemplo. 
Para aqueles que ainda usam carros, estacionamentos inteligentes tem sido 
implementados de forma que sensores alertem motoristas em relação a próxima vaga 
livre. Garagens que estacionam os carros sem auxílio do motorista também são uma 
solução, pois conseguem organizar os veículos de forma que eles ocupem o mínimoespaço possível. Também estão sendo construídos estacionamentos verdes, que são 
autossustentáveis em termos de energia e recarregam carros elétricos. 
Veículos autônomos também tem surgido no mercado e impactado áreas de 
transporte público, taxis, correios, transporte de carga e entregas. Isso ocasiona 
mudanças não apenas na experiência do cliente, mas também nos modelos de 
negócios, devido a diminuição no valor dos produtos físicos. 
21 
 
 
Atualmente já existem mais de mil programas de compartilhamento de 
bicicletas. Isso faz com que esse meio de transporte esteja disponível em diversos 
lugares e não necessariamente deva ser levado para onde quer que o usuário vá. O 
usuário aluga a bicicleta em um totem disponível em um ponto da cidade e pode 
retorná-la em outro ponto da cidade onde houver outro totem disponível. Essa 
iniciativa também já começa a ser replicada com carros. 
 
SUSTENTABILIDADE 
 
A natureza e o patrimônio natural (recursos naturais únicos, biodiversidade e 
meio ambiente) devem ser protegidos em uma cidade inteligente. Os recursos 
naturais devem ser gerenciados de forma eficiente e a cidade deve ser limpa e 
considerada verde. A cidade deve possuir um sistema integrado para gerenciar seus 
recursos hídricos, tratá-los e conservá-los. Além disso, a cidade deve ter um sistema 
de gestão para efluentes industriais, resíduos sólidos e para manter o ar limpo. Uma 
cidade inteligente pode criar um ambiente de baixo carbono com foco na eficiência 
energética, energias renováveis e afins. 
Atualmente muitas cidades fazem o uso das chamadas ”licenças de poluição”. 
O governo declara um teto total de toneladas de poluição que pode ser liberado pela 
indústria em certa área em torno da cidade. Uma vez que o limite é definido, o preço 
é determinado pela lei de oferta e demanda. Isso não elimina completamente a 
poluição, mas a diminui consideravelmente uma vez que as empresas tem que pagar 
para liberar poluentes. 
Algumas cidades têm adotado projetos que incentivam os cidadãos a andarem 
ao invés de utilizar veículos como meio de transporte. Estes se baseiam no fato de 
que andar é a forma mais sustentável de se locomover pela cidade, além de ser a 
forma mais eficiente e igualitária de utilizar o espaço. 
Em relação à gestão de resíduos, programas de coleta seletiva e reciclagem 
são muito implementados. Isso é feito com base na conscientização da população 
sobre a importância de preservar o meio ambiente e traz benefícios como diminuição 
22 
 
 
de proliferação de vetores e doenças, da contaminação de alimentos e dos gastos 
com limpeza urbana. 
Com as cidades representando cerca de três quartos do consumo de energia 
mundial o investimento em tecnologias para energia renovável tem crescido cada vez 
mais. Os setores que tem mais crescido são os de energia solar e eólica. 
 
VIVÊNCIA 
 
Uma cidade inteligente deve ter valores fortes e compartilhados e celebrar a 
história, a cultura e a natureza locais. Também deve fornecer segurança e boa 
qualidade de vida a seus habitantes. Além disso, necessita possuir espaços públicos 
abertos acessíveis e de alta qualidade, assim como serviços públicos e comodidades. 
Artistas devem ser incentivados a melhorar e enriquecer a estética da vida cotidiana 
da cidade. 
Redes inteligentes podem alimentar quiosques digitais interativos e aplicativos 
m´oveis, fornecendo informações em tempo real que ajudam moradores e visitantes 
a se conectarem enquanto munem a polícia local e os corpos de bombeiros com redes 
de resposta mais eficientes. Além disso, a instalação de Wi-Fi ao longo da cidade 
gera conforto e facilidade para os cidadãos se conectarem. 
A segurança em uma cidade inteligente deve se dar não apenas no meio físico, 
mas também no meio cibernético. Portões inteligentes nas fronteiras da cidade, 
controle no acesso de estradas e controle de turistas já são adotados em diversas 
cidades. Espaços públicos têm sido revitalizados com o objetivo de tornar as cidades 
lugares mais movimentados e seguros. Esses espaços não apenas melhoram a 
qualidade de vida da população, mas também beneficiam comércios. 
Em épocas de grandes festas comemorativas, as cidades inteligentes utilizam 
lugares públicos para complementar as celebrações. Isso é feito com a abertura de 
mercados 15 sazonais, onde há festivais e lugares para compras, e paradas. Os 
principais benefícios gerados são conectar os residentes locais e oferecer um espaço 
de serenidade num ambiente urbano caótico. 
23 
 
 
 
GOVERNANÇA 
 
A governança de uma cidade inteligente deve envolver a prestação de contas, 
responsividade e transparência e usar big data e tecnologias geoespaciais. Uma 
cidade inteligente deve constantemente inovar a governança eletrônica para o 
benefício de todos os seus residentes e melhorar constantemente sua capacidade de 
fornecer serviços públicos de maneira eficiente e eficaz. Também deve haver a 
formulação participativa de políticas, planejamento, orçamento, implementação e 
monitoramento. 
Um dos principais aspectos de uma governança inteligente é conectar 
departamentos do governo por estratégias digitais, de forma que as iniciativas não 
trabalhem com um governo descentralizado. Encontrar sinergias entre 
departamentos, setores e até mesmo jurisdições pode alavancar o alcance de metas 
tecnológicas e de sustentabilidade simultaneamente. 
A legislação também pode ser feita com o auxílio da população através de 
projetos de legislação participativa. Neles, habitantes podem colocar ideias de leis em 
um website fornecido pelo governo, onde outros cidadãos também podem dar 
feedback. Após esse processo, especialistas em legislação criam uma lei ”rascunho” 
que é então colocada para voto popular. E necessário integrar esse processo com os 
processos legislativos já existentes. 
 
CIDADES INTELIGENTES: O PODER DOS DADOS 
 
O diferencial de uma Cidade Inteligente é a inserção da dimensão digital nas 
infraestruturas (BROWN, 2014). Assim, o conceito de Cidades Inteligentes ou Smart 
Cities é basicamente motivado pela aplicação Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) e Internet das Coisas nas cidades para fazer face aos desafios 
urbanos (ONU-HABITAT, 2016), tornando-as conectadas (TOWNSEND, 2013). 
Internet das Coisas ou Internet of Things (IoT) se refere à interconexão de objetos 
24 
 
 
físicos, equipando-os com sensores, atuadores e algum meio de conexão com a 
internet (DIJKMAN et al., 2015). A combinação desta tendência das TICs e o seu 
efeito na sociedade é chamado digitalização (IGLUS/EPFL, 2017), apresentada na 
Figura 4. 
Figura 4 Elementos constitutivos da digitalização 
 
Fonte: (IGLUS/EPFL, 2017) 
Entretanto, a definição de Cidades Inteligentes não é consenso pelos 
diferentes domínios do conhecimento (RAZAGHI, 2016), variando desde conceitos de 
gerenciamento urbano até conceitos urbanístico. Pode-se afirmar que o ponto em 
comum entre todas as definições é a digitalização, mas nenhuma se limita a isto. 
Primeiramente, evidencia-se a adoção de Cidades Inteligentes como conceito 
de cidade “tecnológica/informacional” (MONT’ALVERNE et al., 2016), em que cidades 
são concebidas a partir da tecnologia. Este conceito é tipicamente materializado em 
novas cidades planejadas. O enfoque tecnocrático dado por estas iniciativas favoriza 
ações hegemônicas, ou seja, das autoridades municipais e entidades de 
planejamento, em detrimento da igualdade social (PNUMA, 2013). 
Paralelamente, o conceito de Cidades Inteligentes também pode ser entendido 
com o uso de TICs (IoT e produção, consumo e compartilhamento informações por 
Big Data e soluções de compartilhamento em nuvem) para permitir a eficientização 
da tomada de decisões, a produção de ações que afetem os outros e a modificação 
do seu comportamento, constituindo um ambiente informacional sensível – ou 
25 
 
 
inteligente – para o gerenciamento urbanoe a participação popular. Todos estes 
fatores que visam o objetivo de ser eficiente, de acordo com a definição de eficiência 
apresentada no capítulo 2.4.3, com um foco na busca pela economia criativa, 
sustentabilidade e formas de convivência. (MONT’ALVERNE et al., 2016) 
Os projetos de Cidades Inteligentes adotam em geral a uma mistura entre estes 
dois conceitos, por vezes enfatizando mais uma dimensão em detrimento da outra, 
mas ambas sempre presentes. Todos porém visam interconexão, integração, 
cooperação e aplicação dos sistemas urbanos de informação. (MONT’ALVERNE et 
al., 2016) 
 
DIMENSÕES DA DIGITALIZAÇÃO 
 
De acordo com Mont’alverne et al. (2016), as ações tecnológicas relativas à 
implantação do conceito de cidades inteligentes se dá em três domínios: 
infraestrutura, gerenciamento urbano e dados abertos, como apresentado na figura 
5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Figura 5 Modelização de CIdades Inteligentes: Ações 
 
Fonte: MONT’ALVERNE et al. (2016), tradução livre. 
Segundo Townsend (2013), estas ações são realizadas através de diferentes 
dimensões da digitalização, sendo elas os investimentos em geração de dados, em 
infraestrutura ou em análise de dados. Rozestraten (2016) acrescenta que as 
ferramentas de TIC que possibilitam tecnicamente estas iniciativas são conexões a 
internet banda larga, dispositivos móveis pessoais de baixo custo, extensos banco de 
dados e sistema robusto de computação em nuvem, facilitados pelas infraestruturas 
existente de telecomunicação, redes de troca de dados (Internet) e os dispositivos 
individuais, que geram e armazenam dados (IGLUS/EPFL, 2017). 
A coleta de dados permite que cidades avaliem e comparem performances. A 
partir destes dados, governantes e agentes urbanos podem tomar decisões 
justificadas por evidências. Esta forma de tomada de decisão evoluiu conforme a 
disponibilização de novas tecnologias, de tal forma que dados são essenciais para a 
elaboração de políticas públicas e para o gerenciamento eficaz de infraestrutura. 
Análises dos dados e compartilhamento de conhecimento são cruciais para 
enfrentar os desafios emergentes associados à demanda por sustentabilidade e 
resiliência, tendo a Internet papel fundamental na disponibilização de dados para as 
cidades de forma rápida. A rápida urbanização requere uma boa base de dados e 
indicadores para tomadas de decisão e liderança eficazes. Para a análise do volume 
de dados coletados, utiliza-se Big Data. A análise de dados também fornece maior 
27 
 
 
embasamento para o planejamento de cidades, a partir do uso de modelagens 
computacionais, por exemplo. (TOWNSEND, 2013) 
Por fim, as infraestruturas de cabeamento, sensores, câmeras, antenas, dentre 
outro, são necessária para que haja conectividade. 
 
DIGITALIZAÇÃO DISRUPTIVA 
 
O potencial das TICs tem crescido nos últimos anos, com o aumento 
expressivo do acesso a smartphones e ao serviço de banda larga inclusive no Brasil, 
conforme Rozestraten (2016). Esta digitalização disruptiva que ampliou o acesso de 
tecnologia aos cidadãos, modificando a forma como os cidadão interagem entre si e 
a sua relação com instituições. Corroborando com o conceito de cidades como 
processos de Kostof et al. (1999), as mudanças promovidas pela cidades inteligentes 
não são limitadas aos elementos estáticos do ambiente urbano e nem à simples 
adaptação à uma nova condição, ela promove a mudança (AD EDITORIAL TEAM, 
2015). 
A digitalização teria transferido a interface de interação entre o cliente e 
atividade operacional para uma plataforma digital, na qual a cadeia de valor da 
infraestrutura é espelhada, possibilitando o acompanhamento e a influência do 
usuário sobre esta cadeia (FINGER; RAZAGHI, 2017). Desta forma, foi criado um 
valor agregado ao serviço digital por concentrar a informação da demanda. 
Inversamente, o afastamento da demanda da cadeia física reduz o seu conhecimento 
sobre o cliente, diminuindo consequentemente o seu valor agregado. Esta redução 
aumentou a competitividade da cadeia física, pressionando-a por custos mais baixos. 
Tal fenômeno favoreceu a terceirização da cadeia física, como visto em casos 
como Uber, airbnb, etc, ocasionando na “Revolução de plataforma”. Assim, é dito que 
a digitalização teve uma consequência econômica, além de ter revolucionado 
comportamento dos consumidores e serviços convencionais, propondo um desafio à 
regulação e práticas existentes. (ONU-HABITAT, 2016) 
A ampliação do acesso à tecnologia para os cidadãos potencialmente constitui 
cidades mais inteligentes através de práticas insubordinadas, mas não promove 
28 
 
 
necessariamente cidades mais inteligentes quanto às práticas hegemônicas, segundo 
Rozestraten (2016). Por outro lado, a expansão do acesso às TIC são necessárias 
para se ter cidades inteligentes, visto que um dos fatores base para a formação deste 
modelo é o papel ativo do cidadão, com claro sentimento de coletividade e 
colaboração (GONÇALVES; PAIVA, 2015). 
Segundo Finger et al. (2017), a digitalização teve impacto sobre a diversos 
segmentos presentes nas cidades. Segmentos cujas cadeias de valor são 
fragmentadas ou que contem assimetria de informação são favorizadas pela 
digitalização ao poder conectar diferentes elos da cadeia e ao empoderar do usuário, 
respectivamente. Ela ainda assiste a indústrias com pouca escalabilidade, em que o 
encontrar novos serviços é facilitado, e indústrias com grande montante de 
informações, na qual o processamento e armazenamento destas pode ser feito de 
maneira mais eficiente (IGLUS/EPFL, 2017). 
As consequências da adição da camada de dados definida por Brown (2014) 
na dimensão urbana promove a maior eficiência da infraestrutura urbana e a oferta 
novos serviços, o que, segundo Finger (2011), favorece o conceito de “cidades 
inovadoras” além de inteligentes e o potencial de governar todo o sistema urbano de 
forma diferenciada, com maior participação pública e responsividade, por exemplo. 
No caso urbano, as infraestruturas são monopólios naturais, cuja liberalização 
permite a oferta de serviços diferenciados sobre a mesma com a manutenção do 
monopólio apenas sobre a sua operação (IGLUS/EPFL, 2016b). Entretanto, a própria 
operação em conjunto com tecnologia de informação permite a coleta de dados 
relevantes para diversas atividades econômicas. 
É importante ressaltar que a cidade da disrupção digital “não se distingue da 
cidade dos carrinhos dos catadores de papelão, do esgoto a céu aberto, da dengue, 
das enchentes e alagamentos crônicos, da cracolândia, etc.” (ROZESTRATEN, 
2016). Na ‘longa duração’ (BRAUDEL, 2009) coexistem técnicas antigas e modernas. 
A longa duração contempla no presente um entrelaçamento de tempos simultâneos 
com características distintas. 
 
29 
 
 
IMPLICAÇÕES DAS CIDADES INTELIGENTES 
 
As implicações da implantação do conceito de Cidades Inteligentes permeiam 
as dimensões política, econômica, social e tecnológica de cidades (IGLUS/EPFL, 
2017), sendo a perspectiva técnica o enfoque deste trabalho. A perspectiva técnica 
engloba as infraestruturas urbanas e o serviços oferecidos sobre elas. As implicações 
principais do desenvolvimento e implantação de Cidades Inteligentes são 
apresentados a seguir. 
Gerenciamento e governança de infraestruturas 
A interdependência entre os diferentes sistemas urbanos é central no discurso 
de cidades inteligentes, promovendo a melhora da performance das cidades através 
do uso de tecnologias TIC avançadas que permitam o melhor gerenciamento de 
cidades como sistemas complexos (RAZAGHI, 2016). Assim, as TIC poderiam 
favorecer a eficácia do planejamento urbano a longo-prazo (BETTENCOURT, 2015), 
além de serem oportunidades para acelerar a melhora do fornecimento e da 
responsividade do serviço através da coleta de dados em massa, troca de 
informações mais dinâmica e monitoramento em tempo real (FINGER, 2011).Por possibilitar a coleta de dados participativa e estimular o controle por parte 
do cidadão da responsividade do governo frente à sua demanda, a ONU-Habitat 
(2012) espera uma melhora da eficácia de tais ferramentas é na próxima década, já 
que esta metodologia de coleta de dados pode ser aplicada a basicamente todos os 
aspectos de uma governança local. Além disso, as autoridades locais podem investir 
em sistemas baseados em sensores para rastreamento ao vivo de performance de 
diversas infraestruturas, estabelecendo uma capacidade para autocorreção e 
adaptação. 
A digitalização possibilitou maior empoderamento do cidadão pela facilidade 
de comunicação e troca de dados com seus pares. Assim, as iniciativa insubordinadas 
– bottom-up – de promoção de sistemas inteligentes para a melhor governança de 
cidades são diversas e possuem tanto poder quanto as iniciativas hegemônicas – 
topdown – imposta ou estimulada por políticas públicas (ROZESTRATEN, 2016). As 
iniciativas insubordinadas têm mostrado o potencial de inserir atividades disruptivas, 
como Uber e o AirBNB. Estas atividades impõem grandes desafios aos agentes 
30 
 
 
públicos para a sua regulação e gerenciamento de possíveis conflitos, e, por outro 
lado, aos agentes idealizadores, pelo desafio da execução da atividade, dentre outros 
(IGLUS/EPFL, 2017). 
Governo de sistemas sócio-técnicos 
O Governo de sistemas sócio-técnicos assume a participação de todos os 
agentes urbanos para um planejamento ótimo. Para que haja participação ativa de 
todos os agentes urbanos na governança da cidade e seu planejamento, é necessário 
o fornecimento de serviços participativos, orçamento, gerenciamento e 
monitoramento, especialmente em comunidades pobres em que questões como 
viabilidade econômica, trocas acesso e qualidade envolvem que precisam ser 
balanceados (ONU-HABITAT, 2016). 
Sistemas de fornecimento de serviços participativos em nível local possibilitam 
aqueles que não conseguem arcar com os serviços, contribuir de outra forma, com o 
objetivo que ter o acesso ao longo do tempo. Todavia, tais dispositivos devem ser 
complementados por mecanismos de supervisão como auditorias ou comitês que 
reúnam cidadãos e profissionais para assegurar que a conformidade do contrato, 
além de recursos para os cidadãos mais desfavorecidos. Desta forma, a digitalização 
permite uma maior interação entre os agentes e, consequentemente, sua potencial 
maior representatividade. 
Por outro lado, o potencial das inovações em “e-governança” e “Cidades 
Inteligentes” é dependente do investimento em treinamento de governantes, 
membros comunitários e oficiais; particularmente sobre tecnologias que promovam a 
colaboração entre diferentes agentes, possibilitando que eles modelem sistemas que 
sirvam para a realidade e prioridades locais (ONU-HABITAT, 2016). 
A figura 6 apresenta um resumo sobre as competências institucionais e cultura 
política que favorecem uma abordagem local sobre a avaliação de investimentos em 
e-governança e Cidades Inteligentes. 
Figura 6 O ambiente favorável para cidades baseado em TICs 
31 
 
 
 
Fonte: ONU-HABITAT (2016) (tradução livre) 
 
GERENCIAMENTO E GOVERNANÇA DA CAMADA DE DADOS 
 
Apesar de não ser um controle usualmente exercido pelas cidades, o 
gerenciamento dos dados coletados se torna cada vez mais necessário 
(IGLUS/EPFL, 2017). As iniciativas de dados abertos têm por objetivo a interlocução 
entre o governo e os cidadãos, guiados pelos preceitos de transparência a 
confiabilidade, contribuindo para um planejamento urbano mais representativo e 
impulsionar iniciativa insubordinadas (ONU-HABITAT, 2016). Entretanto, é 
necessário que controlem a sua divulgação pública ou mesmo a coleta de certos 
dados visando a privacidade dos indivíduos, especialmente considerando a cultura 
hacker. Hackers podem ainda colocar em risco a segurança do sistema e a sua 
própria resiliência (TOWNSEND, 2013). 
Por outro lado, é preciso limitar o monopólio das informações ou mesmo a 
coleta delas por instituições que utilizariam estes para uso próprio ou para venda. Isto 
criaria uma vantagem competitiva arriscada para o mercado, tema sobre o qual 
instituições de defesa da economia devem se atentar. 
32 
 
 
 
33 
 
 
REFERENCIAS 
 
ANEEL. Resolução no 482 de 2012 da ANEEL, 2012. 
 
AUDOUIN, M.; RAZAGHI, M.; FINGER, M. Can North-made IOT solutions address 
the challenges of emerging cities in the South ? The case of Korean born Smart 
transportation card implementation in Bogota. UNESCO Chair Conference on 
Technologies for Development: From Innovation to Social Impact. Anais...Lausanne, 
Suiça: 2016 
 
BETTENCOURT, L. M. A. Cities as Complex Systems. In: FURTADO, B. A.; 
SAKOWSKI, P. A. M.; TÓVOLLI, M. H. (Eds.). . Modeling Complex Systems. Brasília: 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2015. v. 1p. 217-. 
 
_______________________; WEST, G. A unified theory of urban living. Nature, 
v. 467, n. 7318, p. 912–913, 21 out. 2010. 
 
BIJKER, W. E.; LAW, J. Postscript: Technology, stability and social theory. In 
Shaping Technology / Building Society: studies in sociotechnical change. Cambridge: 
The MIT Press, 1992. 
 
BRAGA, L. C. Estudo De Aspectos De Eficiência Energética De Edificações Com 
Uma Abordagem De Automação Predial. p. 165, 2007. 
 
BROWN, H. Next Generation Infrastructure: Principles for Post-Industrial Public 
Works. 3. ed. [s.l.] Island Press, 2014. 
 
CAMARGO, V. G. DE O. Medidores Inteligentes – O Primeiro Passo em Direção às 
Redes Inteligentes. [s.l.] Universidade Estadual Paulista, 2011. 
 
CASTRO, A. A. B. DA C. et al. Interfaces rodoviário-urbanas no processo de 
produção das cidades: estudo de caso do contorno rodoviário de João Pessoa, PB, 
Brasil. Ambiente Construído, v. 15, n. 3, p. 175–199, 2015. 
 
CEDAE. Plano Estratégico 2015 - 2019. 2015. 
 
COSTA JUNIOR, H. O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO COMO 
MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE : CASO DE AGUDOS DO SUL - PR 
MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE : CASO DE AGUDOS DO SUL - PR. [s.l.] 
Universidade Federal de Santa Catarina, 2009. 
 
DAVISON, R. et al. Technology Leapfrogging in Developing Countries - An 
Inevitable Luxury? The Electronic Journal on Information Systems in Developing 
Countries, v. 1, n. 5, p. 1–10, 2000. 
 
DEAKIN, M.; CURWELL, S.; LOMBARDI, P. Bequest: The framework and directory 
of assessment methods. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 6, n. 
6, p. 373–383, 2001. 
34 
 
 
 
DEPARTAMENT FOR BUSINESS INNOVATION & SKILLS. Global Innovators : 
International Case Studies on Smart Cities Smart Cities Study. n. 135, p. 58, 
2013. 
 
DEY, B.; SOROUR, K.; FILIERI, R. Review of: ICTS IN DEVELOPING COUNTRIES: 
RESEARCH, PRACTICES AND POLICY IMPLICATIONS. EJISDC, v. 73, n. 1, p. 60 
46949, 2016. 
 
DIJKMAN, R. M. et al. Business models for the Internet of Things. International 
Journal of Information Management, v. 35, n. 6, p. 672–678, 2015. 
 
FINGER, M. A critical analysis of the potential of the ICTs for democracy and 
governance. In: MANOHORAN, A.; HOLZER, M. (Eds.). . Handbook on electronic 
democracy. [s.l.] IGI Publishing, 2011. 
 
___________; RAZAGHI, M. Conceptualizing “Smart Cities”. Informatik-Spektrum, 
v. 40, n. 6, p. 6–13, 2017. FRANCIS, R.; BEKERA, B. A metric and frameworks for 
resilience analysis of engineered and infrastructure systems. Reliability Engineering 
and System Safety, v. 121, p. 90–103, 2014. 
 
G1. Consumidores do RJ poderão pagar conta de água com smartphone. 
Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2017. 
 
GAFFNEY, C.; ROBERTSON, C. Smarter than Smart: Rio de Janeiro’s Flawed 
Emergence as a Smart City. Disponível em: . Acesso em: 20 fev. 2017. 
 
GONÇALVES, R.; PAIVA, A. DE. Smart cities só são possíveis com smarter 
citizens. Economia FGV Proj, n. junho, p. 1–3, 2015. 
 
GOODWIN, D. Walkable Cities? Rooftoppers Want Climbable Cities. Disponível em: 
. Acesso em: 2 fev. 2017. 
 
GRAHAM, S.Introduction: Cities and Infrastructure Networks. International 
Journal of Urban and Regional Research, v. 24, n. 1, p. 114–120, 2000. 
 
___________; MARVIN, S. More than ducts and wires: post-fordism, cities and 
utility networks. In: Managing Cities: The New Urban Context. Londres: John WIley& 
Sons, 1994. p. 169–190. 
 
GRDF. L’oeil du drone veille sur le réseau gaz naturel. Disponível em: . Acesso 
em: 15 fev. 2017. 
 
HAO, L. et al. The application and implementation research of smart city in China. 
2012 International Conference on System Science and Engineering (ICSSE). 
Anais...IEEE, 2012 
HECKSHER, S.; FERRAZ, F.; ASSIS, B. COMPARTILHAMENTO DE BICICLETAS 
: ESTUDO DE CASO DA BIKE RIO. XII Congresso Nacional de Excelencia em 
Gestao & III INOVARSE - respondabilidade Social aplicada. Anais...2016 
 
35 
 
 
HEIKKILÄ, S. Mobility as a Service – A Proposal for Action for the Public 
Administration Case Helsinki. Disponível em: . 
 
HILLIER, B. Spatial Sustainability in Cities Organic Patterns and Sustainable 
Forms Note 1. Symposium A Quarterly Journal In Modern Foreign Literatures, p. 1–
20, 2009. 
 
_________. The City as a Socio-technical System: A Spatial Reformulation in the 
Light of the Levels Problem and the Parallel Problem. In: Digital Urban Modeling and 
Simulation. [s.l.] Springer Berlin Heidelberg, 2012. p. 24–48. 
 
IGLUS/EPFL. MUI MOOC Block 1 Reading: Introduction to Management of Urban 
Infrastructures, 2016a. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2017 
 
__________. MUI MOOC Block 2 Reading: Foundations of managing Urban 
Infrastructure Systems, 2016b. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2017 
 
__________. Smart Cities MOOC: Block 1 Reading, 2017. IPEA. Relatório brasileiro 
para a HABITAT III. [s.l: s.n.]. JORNAL DO BRASIL. Cedae recebe prêmio tecnológico 
nos EUA. Disponível em: . Acesso em: 8 ago. 2016. 
 
KOSTOF, S.; CASTILLO, G. The City Assembled: The Elements of Urban Form 
Through History. [s.l.] Little, Brown, 1999. 
 
MARINS, K. R. DE C. C. Análise comparativa multicriterial de estratégias em 
sustentabilidade urbana aplicada aos bairros de Cidade Pedra Branca (Palhoça, 
SC) e Vauban (Freiburg, Alemanha). Ambiente Construído, v. 17, n. 1, p. 393– 408, 
mar. 2017. 
 
MARTINS, L. M. DE. A infraestrutura de serviços públicos e o território urbano. 
In: Um olhar territorial para o desenvolvimento: Sudeste. Rio de Janeiro: BANCO 
NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, 2015. p. 410– 434. 
MCGILL, R. Urban management in developing countries. Cities, v. 15, n. 6, p. 463– 
471, 1998. 
 
MONT’ALVERNE, A.; LEMOS, A. Smart Cities in Brazil: Experiences Under Way 
in Búzios, Porto Alegre and Rio de Janeiro. Atas do 1o Colóquio Internacional ICHT 
2016 – Imaginário: construir e habitar a Terra; cidades “inteligentes” e poéticas 
urbanas. Anais...São Paulo, SP: FAUUSP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
da Universidade de São Paulo, 2016 
 
NEILSON, L. R. Urban Management Principles and Instruments. In: Urban 
Infrastructure. [s.l.] Wiley-Blackwell, 2012. p. 13–51. 
 
OBERLI, C.; TORRES-TORRITI, M.; LANDAU, D. Performance Evaluation of UHF 
RFID Technologies for Real-Time Passenger Recognition in Intelligent Public 
Transportation Systems. IEEE Transactions on Intelligent Transportation Systems, v. 
11, n. 3, p. 748–753, 2010. 
 
36 
 
 
OECD. The economic consequences of outdoor air pollution. Paris: OECD 
Publishing, 2016. ONU. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o 
Desenvolvimento Sustentável. [s.l: s.n.]. 
 
____. 6- Urban GovernanceHabitat III Issue Papers. [s.l: s.n.]. 
 
____. Smart Cities. Habitat III Issue Papers, v. 2015, n. May, p. 0–10, 2015c. ONU-
DESA. World Urbanization Prospects 2014Demographic Research. New York: [s.n.]. 
ONU-HABITAT. International guidelines on decentralisation and the strengthening of 
local authorities. [s.l: s.n.]. 
 
____________. State of the World’s Cites 2010/2011: Bridging The Urban Divide. 
[s.l: 62 s.n.]. 
 
____________. Optimizing infrastructure - Urban Patterns for a Green Economy. 
[s.l: s.n.]. 
____________. World Cities Report 2016. [s.l: s.n.]. 
 
PNUMA. CITY-LEVEL DECOUPLING: Urban resource flows and the governance of 
infrastructure transitions. [s.l.] Swilling, Mark Robinson, Blake Marvin, Simon Hodson, 
Mike, 2013. 
 
POOLE, S. The truth about smart cities: “In the end, they will destroy 
democracy”. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2016. 
 
PPP BRASIL. Município do Rio de Janeiro prioriza projetos de PPP. Disponível 
em: . Acesso em: 3 fev. 2017. 
 
PUCHE, M. L. Regulating e-hailing services: the case of Uber Regulation in 
Mexico City and Bogotá. [s.l.] École Polytechnique Fédérale de Lausanne, 2016. 
 
RAMASWAMI, A. et al. Meta-principles for developing smart, sustainable, and 
healthy cities. Science, v. 352, n. 6288, p. 940 LP-943, 19 maio 2016. 
 
RAZAGHI, M. An Action Research Inquiry into Professional Training and 
Development for Addressing Complex Urban Problems. [s.l.] École Polytechnique 
Fédérale de Lausanne, 2016. 
 
QUALHARINI, E. L., Gestão da reabilitação de edifícios antigos visando a 
sustentabilidade. In: 8° SIMBRAGEC 2013, Salvador, 2013. 
 
ROZESTRATEN, A. S. Dúvidas, fantasias e delírio: smart cities, uma 
aproximação crítica. Atas do 1o Colóquio Internacional ICHT 2016 – Imaginário: 
construir e habitar a Terra; cidades “inteligentes” e poéticas urbanas. Anais...São 
Paulo, SP: FAUUSP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São 
Paulo, 2016 
SANTOS, M. Globalização e meio técnico-científico informacional. Técnica 
Espaço Tempo, p. 94, 1994. 
 
37 
 
 
SATTERTHWAITE, D. Outside the Large Cities. The demographic importance of 
small urban centres and large villages in Africa, Asia and Latin America. In: Human 
Settlements Discussion Paper. [s.l: s.n.]. 
 
SCHAFFERS, H. et al. The Future Internet-Future Internet Assembly 2011: 
Achievements and Technological Promises. [s.l: s.n.]. 
 
SCHREINER, C. Estudos de casos internacionais de cidades inteligentes: Rio de 
Janeiro, Brasil. n. June, p. 74, 2016. 
 
SEBRAE/RJ. MOBILIDADE URBANA E MERCADO DE TRABALHO NA REGIÃO 
METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO. Estudo Estratégico, v. 6, 2013. 
 
SIK, K. K.; CHUL, K. G.; SEOK-HWI, S. Conflict Management and Governance in 
the Transport Sector in Korea. KOTI Knowledge Sharing Report, n. 16, p. 1–285, 
2014. 
 
SILVA, A. J. DE O. DA; NASSI, C. D.; MURTA, A. L. S. IMPLICAÇÕES 
ECONÔMICAS, SOCIAIS E ESPACIAIS DO SISTEMA DE BILHETE ÚNICO - 
REGIÃO METROPOLITANA /RJ. XXVI Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino 
em Transportes. Anais...Joinville/SC: 2012 
 
SINKIENE, J.; KROMOLCAS, S. Concept, Direction and Practice of City 
Attractiveness Improvement. Public Policy and Administration, v. 2603, n. 31, p. 
147–154, 2010. 
 
THE ROCKFELLER FOUDATION; ARUP. City Resilience FrameworkArup. [s.l: 
s.n.]. Disponível em: . 
 
TOWNSEND, A. M. Smart Cities: Big data, civic hackers and the quest for a new 
utopia. 1. ed. New York: [s.n.]. 
 
URBAN LAND INSTITUTE; ERNST & YOUNG. Infrastructure 2013: Global Priorities, 
Global Insights. [s.l: s.n.]. 
 
VARGHESE, S. Architects have to get away from the position of arrogance : 
Rahul Mehrotra. Disponível em: . Acesso em: 9 jan. 2017. 
 
VOGEL, J. H.; MOLL, B. S. Crowdfunding for Real Estate. The Real Estate Finance 
Journal, p. 5–16, 2014. 
 
WATSON, V. Seeing from the South: Refocusing Urban Planning on the Globe’s 
Central Urban Issues. Readings in Planning Theory: Fourth Edition, v. 46, n. October, 
p. 2259–2275, 2009. 
 
WILLIAMSON, O. E. The Institutions of Governance. The American Economic 
Review, v. 88, n. 2, p. 75–79, 1998. 
 
WORLD BANK - GOVERNMENTS, U. C. A. L. Decentralization and Local 
Democracy in the World: First Global Report 2008. [s.l: s.n.]. 
38 
 
 
 
WORLD ECONOMIC FORUM. Global Competitiveness Report 2014-2015. [s.l: 
s.n.]. Disponível em: .

Continue navegando