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HISTÓRIA AULA 3

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HISTÓRIA: FUNDAMENTOS E 
METODOLOGIAS NOS ANOS 
INICIAIS DO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Janieyre Scabio Cadamuro 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Hoje discutiremos a importância das fontes históricas para o trabalho do 
historiador, de que forma elas são empregadas como principal instrumento de 
trabalho por esses profissionais, bem como conheceremos os diferentes tipos 
aplicados na pesquisa histórica. Vamos, também, identificar como essas fontes 
podem ser utilizadas em sala de aula como recursos de aprendizagem: as 
fotografias de época, as obras de ficção e alguns filmes (documentários, curtas, 
longas e desenhos). 
TEMA 1 – USO DAS FONTES HISTÓRICAS 
Vamos trabalhar agora com a forma de utilizar a fonte histórica, pensando 
primeiramente em sua utilidade. As fontes históricas são o recurso básico para 
que o historiador analise uma questão que está sendo alvo de sua pesquisa, 
uma vez que é com base nelas que ele vai buscar responder seus 
questionamentos. Lembre-se de que, até o século XIX, as principais fontes dos 
historiadores eram os textos escritos, as chamadas fontes oficiais. Essa 
perspectiva sofre uma guinada com a Escola dos Annales, em que novos objetos 
e metodologias foram inseridos na pesquisa histórica. 
A organização das fontes e a busca de informação em diferentes recursos 
disponíveis é quase um trabalho de investigador, no sentido literal do termo. No 
final do século XIX, começou a se questionar o trabalho do historiador, bem como 
o uso das fontes, pensando em como seria possível construir história por meio 
do que estava disponível. Coube então a esse profissional o trabalho de 
organizar as informações, fazer a abordagem pertinente e refletir sobre os dados 
e o material disponível. 
Organizando as informações e adotando uma metodologia compatível, 
resultam as mais diversas pesquisas, com bons resultados. Para isso, são 
necessárias a problematização, a interpretação e a análise dos registros. O 
pesquisador junta as peças, mais ou menos como se fosse montando um 
quebra-cabeça, para tornar compreensível a análise dos fragmentos do passado 
humano. 
Os registros históricos podem ser os mais diversos como vestuários, 
diários, jornais, obras de ficção, pequenas pinturas, livros de receita, fotografias, 
livros de registros, iluminuras etc. Essas mesmas fontes podem – e devem – ser 
 
 
3 
trabalhadas em sala de aula, pois ela tem diversas formas. Para cada um dos 
temas abordados pelo professor, é possível identificar as fontes que deram 
origem ao conhecimento histórico. Também é interessante desenvolver com os 
alunos atividades de pesquisa que resultem em reconhecimento da história. 
Segundo Marc Bloch, “é quase infinita a diversidade dos testemunhos 
históricos. Tudo quanto o ser humano diz ou escreve, tudo quanto fabrica, tudo 
em que toca pode e deve informar a seu respeito. É curioso verificar o quanto as 
pessoas alheias ao ofício avaliam mal o limite daquelas possibilidades.” (Bloch, 
2002, p. 114) 
Os registros históricos podem ser restos de esqueletos e de casas, 
objetos de uso doméstico como vestuário, desenhos, peças de cozinha, livros, 
cartas, obras de arte (filmes, esculturas, pinturas, fotografia, músicas), entre 
outros. A esse conjunto de informações, os historiadores denominam 
documentos históricos ou fontes históricas. Temos a seguir alguns exemplos 
como uma folha de jornal do século XIX, fragmentos de garrafa que mostram o 
tipo de vidro utilizado e bebidas que circulavam na época, e fragmentos de louça 
que faziam parte do dia a dia de uma família. Perceba como esse conjunto de 
objetos ajuda a formar a ideia de uma determinada época, trazendo para o 
momento presente uma realidade histórica. 
Figura 1 – Registros históricos 
 
Crédito: Ralick/Shutterstock. 
 
 
4 
Figura 2 – Registros históricos 
 
Crédito: Ungermedien/Shutterstock. 
Observe a iluminuras a seguir, lembrando que esse tipo de fonte é a 
principal quando os historiadores buscam referências sobre o período medieval. 
Podemos identificar os momentos de plantio e colheita, quais os rituais, as 
ferramentas e as pessoas responsáveis por cada uma dessas etapas. 
 
 
 
 
5 
Figura 3 – Iluminura 
 
LIMBURG, B. As Horas Muito Ricas do Duque das Horas Muito Ricas do Duque de Berry Junho. 
1416. 
Como pudemos observar, as fontes podem ser documentos escritos ou 
não. Geralmente, os historiadores utilizam os registros escritos, mas lançando 
mão dos não escritos. 
Vale destacar que essa documentação não foi produzida com o intuito de 
ser fonte de pesquisa ou de registrar a vida para a posteridade, portanto, ao 
historiador compete o trabalho de extrair a informação pertinente para 
compreender a vida no passado. Outras fontes tinham o objetivo de contar a 
história, mas como normalmente sua versão era parcial e da elite, o historiador 
precisa utilizar outros objetos que o ajudem a compreender a história de forma 
global. 
Os alunos, em sala de aula, podem utilizar a fonte histórica como recurso 
para a compreensão da sua história pessoal, da história local ou universal, por 
meio das relações que o professor faz entre o trabalho do historiador e a vida 
cotidiana. 
TEMA 2 – FONTES COMO RECURSOS NA SALA DE AULA 
Vejamos agora algumas atividades que podem ser desenvolvidas em sala 
de aula utilizando as fontes históricas. Vale destacar que é possível pedir aos 
 
 
6 
alunos que tragam de casa algum item para ser trabalhado, isso após uma prévia 
explicação sobre o que são fontes históricas. 
A sala de aula é nosso espaço de atuação. Utilizar alguns registros 
históricos é uma ótima forma de apresentar ao aluno o processo de pesquisa e 
estudo da história, fazendo a utilização didática de documentos escritos. Os 
documentos considerados canônicos devem ser utilizados sem tratá-los como 
“prova” dos acontecimentos do passado, lembrando que eles foram produzidos 
sem esse fim específico e muitas vezes são apenas uma representação do 
passado. 
Vejamos agora como selecionar fontes para o trabalho em sala de aula, 
como montar atividades com base nos documentos e como fontes históricas 
escritas podem ajudar os alunos a aprenderem história de forma mais prazerosa. 
Atualmente, os textos dos Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem o 
trabalho com as fontes históricas em sala de aula e trazem algumas observações 
que devem ser sempre consideradas: 
• o documento precisa ser interrogado; 
• é preciso construir uma relação passado-presente; 
• é preciso propor um método – temas contexto, identificação de ideias, 
associação etc. 
Perceba que, ao trazer uma fonte histórica para a sala de aula, é preciso 
primeiramente, contextualizá-la. Após essa introdução ao tema é que se deve 
lançar a fonte histórica para que os alunos aprendam a lidar com ela, fazendo 
perguntas e desenvolvendo pesquisa. É preciso deixar claro os objetivos da aula, 
por exemplo, ao trabalhar a história do Brasil, século XIX, com o tema da 
escravidão, podemos utilizar fragmentos de jornais da época e fotografias para 
que os alunos compreendam o que foi esse movimento no país. 
Uma sugestão é trabalhar com a ideia de diferentes tecnologias utilizadas 
para o registro escrito, que não o computador e o celular. Por exemplo, na carta 
a seguir, um documento oficial, é possível pedir aos alunos que identifiquem as 
palavras escritas, explicando que na época se utilizava pena e tinta para 
escrever, além de uma caligrafia mais desenhada. Outro ponto interessante de 
ser discutido é a dificuldade no trabalho do historiador para transcrever um 
documento de época, utilizando uma lupa se estiver disponível. 
 
 
7 
Figura 4 – Reprodução da Lei Áurea, de 1888 
 
 
Crédito: CC-20/Arquivo Nacional. 
Os materiais produzidos pela imprensa são importantes registros de 
acontecimentos do presente e do passado. Nesses documentos, podemos 
identificar projetospolíticos, eventos históricos, moda, organização econômica e 
crises, como podemos observar nos exemplos a seguir. 
 
 
8 
Um ponto que pode ser trabalhado por meio desse material é relacionar a 
facilidade de informação que temos atualmente, com as redes sociais e os 
telejornais, criando a relação passado-presente sugerida nos PCNs. 
Trabalhar com a leitura de jornais e revistas em sala de aula é importante 
para que os alunos se tornem leitores críticos, capazes de selecionar, interpretar 
e comparar as informações que habitualmente recebem da mídia. 
TEMA 3 – USO DA LITERATURA 
Utilizar a literatura como recurso de trabalho em sala de aula é muito 
interessante, tento em mente a diferenciação entre uma literatura 
contemporânea, que trabalha aspectos históricos como os romances históricos 
ou a ficção histórica e, os romances e obras literárias escritos na época, que são 
uma representação mais pontual do passado. Por exemplo, os escritos de 
Machado de Assis do final do século XIX e início do século XX retratam com 
bastante clareza essa fase do país com o fim da escravidão, ou o livro Memórias 
de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, traz um panorama 
muito fiel da chegada dos portugueses ao Brasil no século XIX. Outro exemplo 
são as canções do trovadorismo do período medieval, que retratam a forma de 
amar, desejar, gostar ou de debochar de determinados grupos sociais da época. 
Romances, poemas e contos podem ser abordados pelo professor de 
História como documentos de época, cujos autores são portadores de uma 
cultura que está exposta em suas criações. Nesse sentido, consideramos que a 
literatura constrói representações sobre o mundo, registrando o modo de ser, 
viver, sentir, pensar e agir dos indivíduos do passado. Por exemplo, Gregório de 
Matos, do barroco brasileiro, por meio de sua ironia, mostra com muita clareza o 
que acontecia na Bahia, no século XVII, no que tange à corrupção e às formas 
de desvio de conduta. 
Os historiadores Marc Ferro e Roger Chartier têm feito leituras e produzido 
trabalhos sobre os usos da história referentes à imagem e à literatura. Para 
Chartier e Roche (1976, p. 111), “o livro desde seu aparecimento traduz, no 
fundo, a surpresa feliz de um mundo estupefato de poder ouvir, em seu presente, 
para além dos espaços e dos séculos, tão velhas linguagens”. 
Além dos livros de época, outras obras de ficção contemporânea 
apresentam narrativas históricas e podem ser utilizadas como referência para o 
9 
professor e como indicação de leitura para as crianças. Há várias obras 
infantojuvenis que fazem referência à história geral e à história do Brasil. 
Se pensarmos em Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, é fácil imaginar 
a dificuldade de uma criança para compreender a complexidade da obra. Hoje 
existem algumas adaptações que são utilizadas para alunos do fundamental 1, 
mas é importante que o professor, ao trabalhar com essa obra mais enxuta, 
apresente a versão completa em uma perspectiva diferente. Essa obra pode ser 
trabalhada para aspectos do final da Idade Média e início da modernidade. 
TEMA 4 – IMAGENS E FOTOGRAFIA 
Um recurso muito interessante de ser utilizado em sala de aula são as 
imagens, lembrando que elas são sempre um recorte e uma possiblidade. 
O gosto da humanidade pelas imagens não é recente. As civilizações mais 
antigas também representavam seu mundo com imagens que eram registradas 
em cerâmicas, pinturas, mosaicos, amuletos e adornos, por exemplo, temos os 
egípcios, os astecas, os maias e os gregos. Hoje as imagens estão na televisão, 
no cinema, em roupas, nos cartoons, nos quadrinhos e nas selfies. Assim, a 
leitura de imagens nas aulas de História e o uso de recursos visuais podem ser 
ótimas formas de facilitar a aprendizagem. 
Os professores há muito tempo reconhecem a importância e o poder da 
imagem, mas muitas vezes a utilizam apenas como forma de ilustrar os 
conteúdos trabalhados por meio de exposições orais, deixando-as como pano 
de fundo. Porém, trabalhar com a análise das imagens é uma abordagem muito 
interessante e, para desenvolvê-la, é preciso desconstruí-la, compreendendo 
seus limites enquanto representação do real. Veja no exemplo:
 
 
10 
Figura 5 – Senhora branca na liteira. Os escravos, claro, faziam o transporte. 
Bahia, 1860 
 
Crédito: Acervo Instituto Moreira Sales. 
A fotografia mostra uma senhora, provavelmente dona de escravos, numa 
liteira, principal meio de transporte nos séculos XVIII e XIX. A marca da 
escravidão fica evidente nos carregadores da liteira, homens negros e 
descalços, lembrando que, no momento em que eram alforriados, os escravos 
adquiriam o direito de usar sapatos. Um ponto interessante é a vestimenta dos 
homens em contraste com os pés descalços: costume da época, os proprietários 
mostravam seu poder financeiro por meio das roupas de seus escravos na rua. 
Por essa análise, podemos entender os comportamentos sociais de uma 
determinada época. 
Nas imagens a seguir, observamos outros registros de momentos, fatos e 
acontecimentos, tanto da esfera publica quanto da privada. À esquerda, temos 
homens se preparando para a guerra e, à direita, temos as viagens de dirigíveis, 
uma forma de transporte muito comum no século XX. 
 
 
11 
Figura 6 – Guerra e dirigíveis 
 
Créditos: Everett Historical/Shutterstock; CC-20. 
Em sala de aula, a fotografia pode ser utilizada como fonte de pesquisa 
para a compreensão da história, tanto da história geral quanto a do aluno. Na 
sociedade, são abordados o tipo de vestimenta ou as expressões na hora de se 
posicionar para a fotografia. Identificamos também elementos da natureza, por 
exemplo, mudanças que aconteceram na paisagem em um determinado 
momento da história. Como anunciam os parâmetros curriculares, “a fotografia 
é um recorte particular da realidade, representa apenas o congelamento de um 
momento” (PCN, 1998, p. 80). 
Observem nos exemplos a seguir os registros de diferentes momentos 
que mostram os posicionamentos das fotografias e como eles refletem a 
realidade das épocas em questão. Primeiramente, como as fotos eram tiradas 
em cerimônias de casamento. Depois as fotos do início do século e de 
paisagens. Por fim, fotos de mulheres sendo levadas aos campos de 
concentração e do desastre do World Trade Center. 
Figura 7 – Fotos em cerimônias de casamento 
 
Créditos: CC-20/JOSÉ MOUTINHO; Elzbieta Sekowska/Shutterstock. 
12 
Figura 8 – Fotos do início do século e de paisagens 
Créditos: Brzostowska/Shutterstock; Miguelgarcia/Shutterstock. 
Figura 9 – Mulheres sendo levadas aos campos de concentração e o desastre do 
World Trade Center 
Créditos: S-F/Shutterstock; Ken Tannenbaum/Shutterstock. 
Aqui mostramos diferentes registros fotográficos de momentos que 
pontuam fatos históricos e, por meio deles, podemos recuperar o passado e fazer 
vários questionamentos sobre o que aconteceu. 
TEMA 5 – FILME COMO RECURSO 
Vejamos agora mais um recurso vinculado às imagens, o filme, também 
um material que pode dialogar com o conteúdo. Lembrando que esse recurso 
também se caracteriza por ser um recorte da realidade que está vinculado à 
leitura de seu diretor. 
Para além de reproduzir o filme em sala de aula, o professor deve ter um 
propósito previamente definido. Sugerimos que se faça um roteiro para mostrar 
ao aluno o que se pretende atingir ao assistir ao filme. É importante lembrar que 
nenhuma obra de ficção tem o compromisso de trabalhar com fontes “confiáveis”, 
com datas factíveis ou com personagens históricos fidedignos aos registros 
 
 
13 
existentes. Por isso, é importante diferenciar a proposta do historiador da 
proposta do cineasta. 
Saiba Mais 
No YouTube, existem diversas séries de vídeos que foram produzidos 
com base em temas históricos e que podem ser aproveitados pelos professores. 
Como exemplos, citamos: 
• a série “Construtores do Brasil”, originalmenteproduzida pela TV 
Câmara, que traz a biografia de 25 personalidades históricas, com duração de 
10 minutos; 
• a série animada “Grandes civilizações” apresenta a síntese da 
história de civilizações da Antiguidade em 32 episódios de 10 minutos; 
• Para o Ensino Fundamental, estão disponíveis 12 episódios da 
animação “Dom João no Brasil”, elaborados com base nos quadrinhos “Dom 
João Carioca”, da historiadora Lilia Moritz Schwarcz e do quadrinista Spacca, 
todos com duração de 5 minutos. Nesses episódios, é possível entender como 
era o Brasil do século XIX, mais especificamente o Rio de Janeiro, que recebeu 
Dom João, e o modo de vida da corte. Disponível em: <https://www.youtube.com/ 
watch?v=oFueoD5r-z0>. 
Os filmes ficcionais são fontes importantes para o conhecimento histórico 
e podem ser úteis na sala de aula. No entanto, eles não devem ser vistos como 
uma espécie de “ressurreição do passado”, pois, tal como a própria história, os 
filmes constroem um discurso sobre acontecimentos de outras épocas. No caso 
de filmes muito longos, é preciso fazer os recortes necessários para a sala de 
aula, com o tempo e os exemplos que vão ilustrar os conteúdos a serem 
trabalhados. 
Saiba Mais 
Outra sugestão de trabalho é o filme “Asterix entre os bretões”, de 1986. 
Essa história retrata de forma lúdica, as guerras entre romanos e gauleses. 
Mais um exemplo, o filme “Simbad”, de 2003. Esse desenho animado fala 
sobre os costumes e as lendas árabes. 
Mais uma vez, destacamos que, ao trabalhar um filme em sala de aula, é 
preciso sempre contextualizá-lo anteriormente, deixando claros os objetivos e o 
roteiro da reprodução. 
 
 
14 
NA PRÁTICA 
Para aqueles que têm curiosidade sobre o ofício do historiador e seu 
trabalho com as fontes, sugerimos a leitura do livro Apologia da história, editado 
pela Zahar. No Capítulo 2 da obra, denominado Observação histórica, o autor 
Bloch descreve o ofício investigativo do historiador e salienta o olhar indireto 
sobre um fato ou um evento de que não se foi testemunha e a ideia de verdade 
e dos recursos de que dispõe o pesquisador da história. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, trabalhamos o conceito de fonte histórica e identificamos seus 
diferentes tipos, bem como a importância que alguns desses “tipos” ganharam 
ao longo do século XX. Por fim, mencionamos como algumas dessas fontes 
podem ser utilizadas em sala de aula e demos dicas de como trabalhar com 
esses recursos, sejam eles um texto escrito, uma imagem ou um filme. 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
BARROS, J. D. A teoria da história: a Escola dos Annales e a nova história. 
Petrópolis: Vozes, 2012. v. 5. 
BLOCH, M. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2002. 
CHARTIER, R.; ROCHE, D. O livro: uma mudança de perspectiva. In: LE GOFF, 
J. NORA, P. História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976. p. 
111.

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