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capitulo-04

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Perícia Contábil 
e Arbitragem
Laudo e Parecer de Leigos
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
Desenvolvimento do material: Andreia Marques Maciel de Carvalho
1ª Edição
Copyright © 2020, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por 
qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, 
por escrito, da Unigranrio.
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Laudo e Parecer de Leigos
Para Início de Conversa: ....................................................................... 4
Objetivo ........................................................................................... 4
1. Resolução CFC n° 939, de 24 de maio de 2002 ............................ 5
2. Parecer Pericial Contábil .................................................................. 6
2.1 O Parecer Técnico ........................................................................ 9
3. Informação pela Perícia – Laudos Periciais .................................... 10
Referências: ......................................................................................... 15
Perícia Contábil e Arbitragem 3
Para Início de Conversa:
Em nossos estudos, aprenderemos a identificar e demonstrar os 
procedimentos necessários à fundamentação do laudo pericial. 
Abordaremos a regulamentação de acordo com as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. Em seguida, apresentaremos a estrutura requerida para a 
elaboração do laudo e do parecer pericial contábil.
Objetivo
Identificar e demonstrar os procedimentos necessários à fundamentação 
do laudo pericial.
Perícia Contábil e Arbitragem 4
1. Resolução CFC n° 939, de 24 de maio 
de 2002
A Resolução CFC nº 939, de 24 de maio de 2002, Norma Federal, 
publicada no DO em 11 de junho de 2002, aprova a NBC T 13 - IT - 02 - 
Laudo e Parecer de Leigos, revogada pela Resolução CFC nº 1.243, de 10 
de dezembro 2009, DOU 18 de dezembro de 2009, com efeitos a partir 
de 1 de janeiro de 2010. A decisão da Câmara Técnica no Relatório nº 29, 
de 23 de maio de 2002, aprovada pelo Plenário deste Conselho Federal 
de Contabilidade, em 24 de maio de 2002, resolve: “Art. 1º Aprovar a 
Interpretação Técnica, NBC T 13 - IT - 02 - Laudo e Parecer de Leigos”. 
Assim, a Resolução CFC nº 1.243, de 10 de dezembro de 2009, Norma 
Federal, publicada no DO em 18 de dezembro de 2009, aprova a NBC TP 
01 - Perícia Contábil.
Figura 1: Laudo e parecer de leigos na perícia contábil. Fonte: Dreamstime.
O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições 
legais e regimentais, considerando que a constante evolução e a 
crescente importância da perícia contábil exigem atualização e 
aprimoramento das normas endereçadas à sua regência, de modo a 
manter permanente justaposição e ajustamento entre o trabalho a ser 
realizado e o modo ou processo dessa realização, resolve
Art. 1º Aprovar a NBC TP 01 - Perícia Contábil.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor a partir de 1º. de janeiro de 2010.
Art. 3º Ficam revogadas, a partir de 1º. de janeiro de 2010, as Resoluções CFC nº 
858/1999, 938/2002, 939/2002, 940/2002, 985/2003, 1.021/2005 e 1.041/2005, 
publicadas no DOU., Seção I, de 29.10.1999, 11.06.2002, 11.06.2002, 11.06.2002, 
28.11.2003, 22.04.2005 e 22.09.2005, respectivamente.
O Conselho Federal de Contabilidade no exercício de suas atribuições legais e 
regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei 
n.º 9.295/1946, alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em 
seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC TP 01 (R1) - 
PERÍCIA CONTÁBIL.
Esta Norma estabelece diretrizes e procedimentos técnico-científicos a serem 
observados pelo perito, quando da realização de perícia contábil, no âmbito judicial 
e extrajudicial.
E, entra em vigor na data de sua publicação (27/03/2020) e revoga a NBC TP 01, 
publicada no DOU, Seção 1, de 19/3/2015. (CFC, 2012, p.4)
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a perícia 
contábil, tanto a judicial como a extrajudicial, é de competência exclusiva 
Perícia Contábil e Arbitragem 5
de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade, e é 
regulamentada tanto pela NBC TP 01 (R1), que trata da Perícia Contábil, 
quanto pela NBC PP 01 (R1), que se ocupa do Perito Contábil. 
2. Parecer Pericial Contábil
A opinião do contador pode ser efetuada de duas maneiras: em forma 
de laudo técnico e parecer técnico. O laudo técnico é realizado por um 
perito nomeado pelo juiz, e o parecer técnico, por um perito nomeado 
por uma das partes.
O laudo pericial é a prova de execução da perícia. No entanto, o laudo 
pericial por si só não é garantia de que a perícia atingiu o objetivo 
para o qual foi deferida. Para que o laudo pericial possa satisfazer às 
necessidades da prova pericial, deve estar apoiado na pesquisa e na 
investigação dos fatos, atributos fundamentais de sustentação da perícia. 
Sem eles, o perito não conseguirá defender seu laudo nem oferecer a 
prova esperada para auxiliar a sentença do Juiz.
O Código de Processo Civil não define o que é laudo pericial e também 
não nos conduz à sua feitura. Deixou aos peritos a livre escolha para 
que possam dimensioná-lo da forma que bem entenderem. Vê-se, então, 
uma grande quantidade de tipos de laudos, cada um direcionado, muitas 
vezes, para as profissões dos peritos e, em muitos casos, deixando de ser 
peças agradáveis de leitura ou até criando dúvidas para os seus leitores.
O Conselho Federal de Contabilidade conceituou o laudo pericial 
contábil e parecer pericial contábil na NBC TP 01 (R1) – Perícia Contábil, 
no item 37:
‘‘ O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil são documentos escritos, que 
devem registrar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar os 
aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos 
de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. (CFC, 2012, p.11) ’’ 
O laudo pericial contábil é um elemento de fundamental importância 
para que o juiz conduza o processo, pois fornece um entendimento 
referente ao assunto em litígio. Segundo Alberto (2002, p.127),
‘‘ é a forma pura de expressão da perícia, eis que é esta espécie predominante nas 
aplicações da perícia contábil. Além de atender integralmente às características 
básicas já expostas, o laudo pericial deve decorrer da necessidade primeira 
de examinar a veracidade ou não da matéria conflituosa que lhe é colocada. 
Distingue-se das demais espécies porque destina-se precipuamente à prova, 
prestando informações e manifestando opiniões subsidiárias à decisão, mesmo 
quando se destine à liquidação de sentenças.’’
Perícia Contábil e Arbitragem 6
O laudo pericial contábil é o trabalho realizado pelo contador, que 
contém informações referentes à perícia e aos resultados encontrados. 
De acordo com Hoog e Petrenco (2011, p.129) “o laudo é a peça escrita, 
na qual os peritos contábeis expõem, de forma circunstanciada, 
as observações e estudos que fizeram e registram as conclusões 
fundamentadas da perícia”. Segundo Magalhães et al. (2009, p.33),
‘‘ a apresentação do Laudo Pericial é fator de grande importância, pois, mesmo 
que o perito tenha realizado um excelente trabalho técnico ou científico, se não 
o apresentar de maneira adequada e com boa estética, isento de erros, rasuras 
e rabiscos, e receptividade por parte do juiz e das partes (advogados) pode ser 
afetada. É recomendável que o Laudo Pericial indique o número dos autos, vara, 
comarca, em papel tamanho ofício,sem timbre, com observação de margem 
convencional para arquivamento, datilografado ou arquivado em computador, 
em espaço duplo e com identificação do perito. ’’
Conforme afirma Sá (2011), o laudo pericial contábil é um elemento de 
fundamental importância para que o juiz conduza o processo, pois por 
meio desse trabalho é possível esclarecer eventuais dúvidas referentes 
à lide, assim como consolidar uma tomada de decisão justa para as 
partes. O trabalho do perito em qualquer um dos tipos de perícia é 
apresentado documentalmente, por meio de um ofício denominado 
laudo. Esse laudo apresenta informações relevantes que vão auxiliar 
o juiz no entendimento do tema em questão e, consequentemente, na 
decisão do processo.
A NBC TP 01 (R1) – item 55 – apresenta informações sobre laudo e 
parecer de leigo ou profissional não habilitado. Considera-se leigo ou 
profissional não habilitado para a elaboração de trabalhos periciais 
contábeis qualquer profissional que não seja contador habilitado 
perante Conselho Regional de Contabilidade.
Figura 2: O laudo e parecer de leigo ou profissional não habilitado. Fonte: Dreamstime.
Laudo insuficiente: O laudo 
insuficiente é aquele que 
não apresenta um 
entendimento claro e 
objetivo em sua estrutura; 
dessa maneira, o resultado 
justo de uma sentença será 
prejudicado. De acordo com 
Sá (2011, p.59) “um laudo 
será insuficiente quando 
suas opiniões não forem 
satisfatoriamente 
esclarecedoras para quem o 
requereu ou dele vai 
necessitar como prova”. O 
laudo se torna insuficiente 
quando não esclarece tudo 
que se espera dele, podendo 
ser questionável e omisso, 
ou quando satisfaz apenas 
uma das partes. É 
aconselhável que se faça 
outra perícia ao se detectar 
um laudo insuficiente.
Laudo separado: O laudo separado pode ser definido como 
aquele em que há divergências referentes ao conteúdo, 
conforme Sá (2011, p.77), “o laudo discordante ou em 
separado, oferecido pelo perito da parte ou auxiliar, 
justifica-se quando muitas são as discordâncias ou quando 
a relevância delas sugere detalhamentos”. Quando os 
peritos possuem opiniões divergentes referentes ao 
assunto contido no laudo, é necessário fundamentar suas 
afirmações por escrito, fazendo isso separadamente.
Laudo consenso: O laudo 
consenso é aquele em 
que todos os peritos 
concordam com o que 
está escrito no laudo; 
assim, esses profissionais 
assinam em comum 
acordo. Conforme teoriza 
Sá (2011, p.76), “laudo de 
consenso é aquele em 
que todos os peritos estão 
de acordo com todas as 
respostas, assinando junto 
o mesmo”. De acordo com 
as definições descritas, 
pode-se entender que 
esse tipo de laudo é a 
concordância dos peritos 
consensualmente.
Dos quesitos e suas respostas: As elaborações do laudo pe-
ricial por vezes consistem nas respostas de alguns quesitos 
necessários, compreendidos entre: questionário básico, que-
sitos suplementares, quesitos impertinentes. Ornelas (2003, 
p.84) define questionário básico como “quesitos formulados, 
seja pelo magistrado, seja pelas partes, antes do início das 
diligências, isto é, antes do desenvolvimento da produção 
da prova pericial contábil e entrega da peça técnica”. Os 
quesitos suplementares, de acordo com Santos, Schmidt e 
Gomes (2006, p.61), “não são nova perícia, nem se trata de 
estabelecer um novo exame, mas de adicionar à perícia em 
andamento novos elementos que se fazem necessários para 
solucionar o litígio”.
Perícia Contábil e Arbitragem 7
Os quesitos impertinentes são os quesitos que, segundo Hoog (2008, 
p.163), buscam a interpretação de textos legais, ou ligados à matéria 
de mérito, ou pertencentes à outra profissão: medicina, engenharia etc. 
Como exemplo de quesitos impertinentes, podemos citar:
 ▪ Avaliar as razões do convencimento de um fiscal.
 ▪ Revelar o estado de saúde de um administrador/gestor.
 ▪ Se os juros praticados são legais.
 ▪ Se a assinatura foi de próprio punho da parte.
 ▪ Se a lei foi cumprida pelas partes.
 ▪ Se existiu o crime de estelionato.
 ▪ Se existiu a intenção de fraudar o fisco.
 ▪ Se o contrato está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. 
Conforme descrito, os quesitos colaboram para um entendimento 
referente ao assunto em questão, pois esclarecem as dúvidas existentes 
na ação.
É preciso considerar que nos casos em que o laudo não for entregue 
dentro período estipulado pelo juiz, o perito contábil e assistente técnico 
poderá solicitar a prorrogação do prazo, caso haja justo motivo.
O art. 432 do CPC descreve que “se o perito, por motivo, não justificado, 
não puder apresentar o laudo, dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por 
uma vez, prorrogação, segundo seu prudente arbítrio”.
Hoog (2008) ressalta que se o perito não cumprir e entregar o trabalho 
pericial no prazo determinado, isso se reverterá em penalidade para ele. 
Afirma, ainda, que o juiz pode conceder ao perito contador a ampliação 
dos prazos apenas uma vez, caso o motivo seja válido e justificado antes 
do prazo de entrega, devendo ser solicitado o aumento do prazo em 
petição conduzida ao juiz.
O perito contábil deve respeitar os prazos estabelecidos para a entrega 
dos trabalhos, caso contrário, poderá ser multado e substituído por 
outro profissional. Com antecedência, poderá pedir prorrogação do prazo 
inicialmente determinado para entrega, se este não estiver vencido 
(SANTOS; SCHMIDT; GOMES, 2006).
 Anexos dos laudos
Os anexos dos laudos são definidos por Sá (2011, p.51) como
‘‘ Esclarecimentos ou análises das matérias descritas nas respostas dos quesitos. 
Visam ensejar que sejam mais concisas as respostas, deixando os detalhes para 
os anexos, ou apresentar comprovações da matéria que se acha descrita.’’
Para Santos, Schmidt e Gomes (2006, p.70), “em relação aos anexos 
integrantes do laudo pericial, eles devem: a) seguir uma sequência 
Perícia Contábil e Arbitragem 8
ordenada, numerada e rubricada pelo perito; b) conter documentos 
indispensáveis ao bom entendimento do trabalho técnico”. Os anexos 
dos laudos são informações que podem esclarecer o laudo para o juiz.
2.1 O Parecer Técnico
O parecer técnico compreende todas as informações encontradas 
referentes à causa em questão. Segundo Zanna (2007, p.225),
‘‘ o parecer técnico é a manifestação escrita do assistente, a respeito de tudo 
que observou no laudo pericial apresentado pelo perito judicial. Trata-se de 
importante subsídio que contribui para o correto entendimento de quem vai 
julgar ou decidir sobre o caso. ’’
Com relação ao parecer, Magalhães e Lunkes (2008, p.64) entendem que
‘‘ o parecer pericial é mais abrangente que o laudo pericial, pois tem como 
objetivo responder aos quesitos, e, se necessário, contrapor opinião a respeito 
das respostas do Perito no laudo. No entanto, o prazo para a apresentação de 
parecer é mais longo que para a apresentação do laudo. ’’
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade NBC 
TP 01 (R1), o laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem 
conter, no mínimo, os seguintes itens:
(a)identificação do processo ou do procedimento, das partes, dos procuradores e dos 
assistentes técnicos;
(b)síntese do objeto da perícia;
(c)resumo dos autos;
(d)análise técnica e/ou científica realizada pelo perito;
(e)método científico adotado para os trabalhos periciais, demonstrando as fontes 
doutrinárias deste e suas etapas;
(f)relato das diligências realizadas;
(g)transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas conclusivas para o laudo 
pericial contábil;
(h)conclusão;
(i)termo de encerramento, constando a relação de anexos e apêndices;
(j)assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional de contador, seu 
número de registro em Conselho Regional de Contabilidade e, se houver, o número 
de inscrição no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) e sua função: se 
laudo, perito nomeado e se parecer, assistente técnico da parte. É permitida a 
utilização da certificação digital, em consonânciacom a legislação vigente e as 
normas estabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil;
(k)para elaboração de parecer, aplicam-se o disposto nas alíneas acima, no que 
couber. (CFC, 2020, n.p.)
O parecer técnico reúne todas as informações encontradas referentes 
à matéria analisada. De acordo com Hoog e Petrenco (2011, p.105), 
“o parecer pericial é, uma peça escrita, na qual o perito contador 
assistente deve visualizar, de forma abrangente, o conteúdo da perícia e 
particularizar os aspectos e as minudências que envolvam a demanda”.
Perícia Contábil e Arbitragem 9
Figura 3: Análise do parecer técnico. Fonte: Dreamstime.
O parecer pericial é um elemento importante numa perícia contábil, pois 
fornece ao juiz informações fundamentadas referentes à perícia realizada.
3. Informação pela Perícia – Laudos Periciais
De modo amplo, Sá (2011, p.11) relata que “[...] o laudo é sua opinião, 
onde produz seu ponto de vista e o justifica, oferecendo, também, as 
bases ou elementos de que se utilizou para poder chegar a opinar”. 
Nesse sentido, contribui-se com o tema afirmando que laudo é sempre 
peça escrita – é o documento produzido, o relatório, enfim, perícia – e 
deve expor claramente as circunstâncias de sua elaboração, sinalizando 
ao usuário as observações e estudos efetuados a respeito da matéria e, 
principalmente, os fundamentos e as conclusões a que chegou. 
Figura 4: Informações periciais. Fonte: Dreamstime.
Vê-se, assim, que os laudos devem conter determinados aspectos e 
têm características intrínsecas razoavelmente delimitadas (ALBERTO, 
2002, p.108). 
Os laudos podem ser isolados de um só perito ou de uma junta ou 
colegiado de peritos (SÁ, 2011). Assim, pode-se entender que “existem 
casos em que é exigível a participação de mais de um perito (na perícia 
judicial são três ou mais peritos). 
Perícia Contábil e Arbitragem 10
O item 52 da NBC TP 01 (R1) afirma que os peritos devem, na 
conclusão do trabalho pericial, considerar as formas explicitadas nos 
itens seguintes:
1. omissão de fatos: o perito nomeado não pode omitir nenhum fato 
relevante encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligências, 
mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e desde que esteja 
relacionado ao objeto da perícia;
2. a conclusão com quantificação de valores é viável em casos de: 
apuração de haveres; liquidação de sentença, inclusive em processos 
trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação patrimonial, entre 
outros;
3. pode ocorrer que, na conclusão, seja necessária a apresentação de 
alternativas, condicionada às teses apresentadas pelas partes, casos 
em que cada uma apresenta uma versão para a causa. O perito pode 
apresentar as alternativas condicionadas às teses apresentadas, 
devendo, necessariamente, ser identificados os critérios técnicos que 
lhes deem respaldo;
4. a conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos 
quesitos;
5. a conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao objeto da 
perícia, não envolvendo, necessariamente, quantificação de valores. 
(CFC, 2020, n.p.)
Na Figura 5, a seguir, são apresentadas e definidas as etapas que 
percorrem essa elaboração: a estrutura do laudo pericial, o prólogo 
de encaminhamento/abertura, considerações preliminares, quesitos, 
respostas, conclusão, assinatura do perito, anexos e pareceres. 
 
Figura 5: Elaboração do laudo pericial contábil. Fonte: Adaptada de CFC NBC TP 01 (R1) (2020). 
Elaboração do laudo pericial contábil
Estrutura do laudo pericial
Prólogo de encaminhamento
Abertura
Considerações preliminares
Quesitos
Resposta
Conclusão
Assinatura do perito
Anexos
Pareceres
Perícia Contábil e Arbitragem 11
Vejamos como funciona cada uma dessas etapas de elaboração:
 ▪ Estrutura do laudo pericial – o perito contador, quando possui todos 
os documentos em mãos, deve iniciar a elaboração do laudo pericial, 
atentando-se à escrita correta, linguagem utilizada, entre outras 
questões. 
 ▪ Prólogo de encaminhamento – é a identificação dos autos e o pedido 
de junção dos mesmos. 
 ▪ Abertura – a abertura é a descrição do processo, da identificação das 
partes envolvidas, do objeto da perícia, do nome do juiz que conduz 
a ação, da vara ou da junta em que o processo tramita, conforme 
exemplificado a seguir: 
Figura 6: Prólogo de encaminhamento/abertura. Fonte: Adaptada de Sá (2011, p.312).
Considerações preliminares – é a introdução referente ao trabalho 
realizado, às informações encontradas e aos procedimentos 
técnicos adotados. 
‘‘ Logo após a retirada dos autos do cartório, procedeu-se estudo detalhado para 
a fixação de um plano de trabalho, denominado procedimentos tecnológicos 
de pesquisa, para a busca dos informes e dados que permitirá a elucidação da 
controvérsia do ponto de vista contábil. (SÁ, 2011, p.313) ’’
 ▪ Quesitos – são perguntas formuladas pelas partes envolvidas ou pelo 
juiz que conduz o processo. Observe o exemplo:
1. Quesito Estado
 Qual a utilização dada por cada adquirente aos materiais cujos créditos 
são pretendidos?
2. Quesitos da autora
 A relação de produtos corresponde a produtos efetivamente utilizados 
nos fornos das empresas siderúrgicas para produção de ferro? 
 ▪ Respostas – as respostas aos quesitos devem estar em conformidade 
com os quesitos formulados pelo juiz, pelas partes e pela ordem de 
inclusão nos autos do processo, como mostra o exemplo:
Respostas aos quesitos (Estado)
1. Resposta: Consoante o procedimento tecnológico apresentado na 
Metodologia Aplicada, tem-se que os materiais e serviços cujos 
Perícia Contábil e Arbitragem 12
créditos são pretendidos são utilizados no cumprimento da gênese da 
necessidade dos adquirentes, ou seja, ferro.
Respostas aos quesitos (autora)
2. Resposta: A expressão efetivamente utilizada necessita de habilitação 
em engenharia metalúrgica para sua correta identificação sob a ótica 
da agregação. 
 ▪ Assinatura do perito – é a parte onde consta o nome do profissional 
que executou a perícia, conforme o exemplo a seguir: 
Marcos Antonio da Silva
Perito Oficial - C.R.C. 41.631/MG
 ▪ Conclusão – é a parte de finalização do laudo, que apresenta as 
informações e a conclusão do perito referente ao objeto da perícia. O 
exemplo a seguir apresenta um texto de conclusão:
Nos termos expressos da Resolução do CFC nº 1.041 de 26 de agosto 
de 2005, apresenta a conclusão do presente trabalho. Por este motivo, 
considera a delimitação indicada como Objeto da Perícia e passa a 
concluir [...].
 ▪ Anexos – Conforme afirma Sá (2011, p.295), “são documentos 
elaborados pelas partes ou terceiros com o intuito de complementar 
a argumentação ou elemento de prova, arrecadados ou requisitados, 
pelo perito durante as diligências”. A seguir, apresentam-se exemplos 
de anexos: 
Anexo 1 - Planilha de cálculos nos termos requeridos pelos réus.
Anexo 2 - Quadro resumo dos depósitos indicados no Livro Caixa.
 ▪ Pareceres – podem ser de outros especialistas e solicitados para 
reforçar a opinião do perito contábil. 
Observe, a seguir, um modelo de laudo pericial contábil:
MODELO DE LAUDO PERICIAL CONTÁBIL EXTRAJUDICIAL
À
(entidade ou nome da pessoa contratante)
Endereço:
(Nome completo do perito) ___________, perito contratado por ______ (nome do 
contratante), CRC____, com escritório à Rua ________ número _____, cidade____ estado 
______, telefone ______, tendo concluído os serviços, pela presente formaliza o Laudo 
Pericial.
A) OBJETO
O presente laudo tem como objetivo apresentar o resultado da perícia realizado nos 
livros e documentos contábeis de ..... . . . . . . . . (nome da entidade).
B) CONCLUSÕES DO PERITO
(descrever as atividades executadas e as conclusões das diligências realizadas).
Perícia Contábil e Arbitragem 13
C) CONCLUSÕES FINAIS DO PERITO
Pelas pesquisas e análises feitas, conclui o Perito que:
(fazer uma síntese, concluindo o resultado da perícia)
Local e data: ____________
_____________________________
(Nomee assinatura do Perito)
(Se houverem anexos, fazer a indicação dos mesmos no laudo, numerando-os e 
anexando-os) 
 MODELO DE LAUDO PERICIAL CONTÁBIL JUDICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE __________ UF ___
 Natureza do Processo: Embargos à Execução
 Número do Processo: 5905/2003-9
 Requerente/Embargante: ________
 Requerido/Embargada: _________
LAUDO PERICIAL
(Nome completo do perito) ___________, perito do juízo, já qualificado nos autos acima 
identificados, tendo concluído os serviços, vem à presença de Vossa Excelência 
apresentar o Laudo Pericial.
A) OBJETO
O presente laudo tem como objetivo apresentar o resultado da perícia realizado nos 
livros e documentos contábeis dos litigantes.
B) RESPOSTA AOS QUESITOS
B.1) QUESITOS DO EMBARGANTE
1
2.
B.2) QUESITOS DO EMBARGADO
1.
2.
C) CONCLUSÕES DO PERITO
(descrever as atividades executadas e as conclusões das diligências realizadas).
D) CONCLUSÕES FINAIS DO PERITO
Pelas pesquisas e análises feitas, conclui o Perito que:
(fazer uma síntese, concluindo o resultado da perícia)
Local e data: ____________
_____________________________
(Nome e assinatura do Perito do Juízo)
(Se houverem anexos, fazer a indicação dos mesmos no laudo, numerando-os e 
anexando-os)
Esses são os elementos a serem considerados durante a elaboração de 
um laudo pericial e de seus documentos envolvidos.
Vimos que o laudo pericial contábil é uma peça de fundamental 
importância nos esclarecimentos dos fatos. É por meio desse trabalho 
Perícia Contábil e Arbitragem 14
que o juiz compreende as informações referentes à matéria em questão 
e decreta a sentença. 
Aprendemos que a elaboração do laudo contábil requer uma linguagem 
simples e objetiva para que os leitores que não conhecem o assunto 
possam compreender o que está escrito. É fundamental estabelecer uma 
estrutura lógica, possibilitando aos interessados sua compressão formal 
e didática. 
Dessa maneira, podemos dizer que o perito contábil é um profissional 
de confiança do juiz, pois elabora o laudo de acordo com as informações 
encontradas, prestando esclarecimento, muitas vezes, quando o 
magistrado não tem conhecimento técnico sobre a matéria periciada. 
Por isso, a responsabilidade de realização de um laudo de qualidade 
influenciará a decisão do processo. 
Referências:
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BRASIL. Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de 
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Contabilidade, NBC TP Nº 1 (R1), de 19 de março de 2020. Dá nova 
redação à NBC TP 01, que dispõe sobre perícia contábil. Disponível 
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. Resolução nº 939, de 
24 de maio de 2002. Aprova a NBC T 13 - IT - 02 - Laudo e Parecer 
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	Histórico da Administração 
de Recursos Humanos
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	Objetivos
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	1.1 Aspectos Conceituais e Finalidades
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Lei nº. 13.105/15 para a Perícia
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	1. Resolução CFC no 858, de 21/10/1999 – Tipos de Perícias.
	2. Perícia Judicial e Extrajudicial
	3. Elementos Materiais de Exame Pericial
	Referências
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	_2ykmu5j73qxw
	_uomna6w29zet
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	Laudo e Parecer de Leigos
	Para Início de Conversa:
	Objetivo
	1. Resolução CFC n° 939, de 24 de maio 
de 2002
	2. Parecer Pericial Contábil
	2.1 O Parecer Técnico
	3. Informação pela Perícia – Laudos Periciais
	Referências:

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