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Reconhecimento e dissolucao da união estavel

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AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DE LONDRINA - PARANÁ
 
SIDNEY MIAMI DE OLIVEIRA, brasileiro, união estável, motorista particular, inscrito no cadastro de pessoa física CPF nº 975.272.039-00, e cadastrado com o RG nº 6.649.253-2, telefone (43) 9.8402-6925, residente e domiciliado na Rua João Marques da Silva nº 272, Residencial Novo Horizonte, Jd. São Jorge, Londrina-Pr, CEP: 86082820, endereço eletrônico: sidneymiami@hotmail.com. Vem por seu procurador que esta subscreve, com procuração em anexo, vem com o devido respeito e acatamento à presença de V. Exa., requerer a JUNTADA DOS DOCUMENTOS em anexo. Solicitando habilitação deste procurador nos autos. Núcleo de Prática Jurídica situado no endereço Av. santa Monica nº 450, Faculdade Unicesumar, (NPJ), Vila Santa Terezinha, Londrina-Pr. Vem perante a Vossa excelência apresentar 
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL COM PEDIDO DE PARTILHA DE BENS
Com fulcro nos art. 319 do CPC, art. 1723 e art. 1725 do CC e Lei nº 9.278/96 em face de
ERICA OTAGUIRI, brasileira, união estável, professora, inscrita no cadastro de pessoa física CPF nº 822.362.679-91, cadastrado com o RG nº 4.326.160-6, telefone (43) 9.9941-1978, residindo e domiciliando na Rua Mato Grosso, nº 1541, ap. 401, centro, Londrina-PR, CEP: 86.010-180, endereço eletrônico: prof_ericaotaguiri@yahoo.com.br.
DOS FATOS
O Autor conviveu maritalmente com a Ré no período compreendido entre 25/09/2014 e 03/05/2023 sob o ângulo jurídico de união estável, relação esta que deseja ver reconhecida e dissolvida judicialmente e, em razão de ter colaborado firmemente na formação do patrimônio do casal – um carro, aplicação bancária e despesas para reforma completa do apartamento da Ré – requer, ainda, que recai a partilha sobre esses bens.
Ocorre que no dia 03/05/2023 o Autor foi para a cidade de Maringá à trabalho e ao retornar no mesmo dia para o apartamento onde residiam, não conseguiu adentrar na residência, pois percebeu que a fechadura foi trocada. Assim, o Autor ligou para a Ré e disse que “ela não poderia fazer isso” e que precisava ao menos pegar alguns pertences, de pronto o Autor, com a anuência da Ré, foi até o trabalho dela, pegou as chaves de suas próprias mãos e retornou para o apartamento, onde pegou alguns objetos, como peças de roupa, sapatos, cobertor e travesseiros, além de roupas de banho e uma pequena quantia em dinheiro, cerca de R$ 300,00 (trezentos reais) e U$ 12,00 (doze dólares) que estavam em um porta objeto, mas que eram de propriedade dos dois. Alguns objetos que eram da Ré, foram devolvidos na data de 19/05/23. Conforme declaração do advogado da Ré, em anexo.
Nesse período, adquiriram na constância da união estável um automóvel Ford Fiesta do ano de 2013, que, hoje, aproximadamente equivale a R$ 25.838,00 (vinte e cinco mil, oitocentos e trinta e oito reais), de acordo com a Tabela FIPE de Maio de 2023, que está na posse da Ré. Bem como, alguns móveis, como cama, penteadeira e sofá, alguns eletrodomésticos como geladeira e máquina de lavar (todos adquiridos na constância da união estável). 
Desde 2016 o casal começou a guardar algumas economias, sendo que o Autor repassava todo mês quantias variáveis para a Ré, que depositava em sua conta própria no Banco Caixa Econômica Federal, atualmente o valor total seria de R$ 38.000,00 (trinta mil reais) – era uma espécie de bola de meia de ambos. 
Em 2015 a Ré recebeu de herança de sua mãe um imóvel situado na Rua Mato Grosso, 1541, 4° andar n° 401, na cidade de Londrina/Pr, local onde o casal residia, ocorre que, o apartamento precisou de reformas no piso, na cozinha, no banheiro, colocação de gesso, como também foi feito pintura em todo apartamento, que no cálculo do Autor, gastaram aproximadamente de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) – gasto este, que foi de ambos. 
Em 2019, o Autor, também, informou que o casal teve que pagar custas condominiais para reforma do prédio, que somaram um valor de aproximadamente R$ 10.000,00 (dez mil reais) (conforme docs. em anexo). 
Como também, em 28/08/2019 o Autor alienou um veículo Peugeot 408 de placas EYR-9E14 de sua propriedade para a empresa Venda-Car Express Comércio de Veículos LTDA. Sendo que o valor da alienação de R$ 10.896,45 (dez mil oitocentos e noventa e seis reais e quarenta e cinco centavos) foi depositado por via TED na conta poupança (Santander Agência 3708, Conta 13.003193) de titularidade da Ré na mesma data da venda do veículo (conforme documentação em anexo).
Ocorre que, em razão de problemas pessoais e outros desentendimentos existentes no relacionamento, o casal decidiu por dissolver a relação entre eles, não havendo possibilidade de reatarem. Inclusive, não se comunicam deste então.
O Autor anseia o reconhecimento e dissolução da união estável com partilha de bens. O casal não possui filhos.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
O autor requer, inicialmente, o benefício da justiça gratuita, nos termos do art. 98 do CPC, pois é insuficiente de recursos para arcar com as custas e despesas processuais e honorários advocatícios.
DOS FUNDAMENTOS 
O Autor e a Ré sempre mantiveram um convívio de união estável, como se casados fossem, com afetividade mútua, demonstrando estabilidade no relacionamento e com propósito de uma vida em comum, conforme a previsão do art. 1723 do CC e na Lei nº 9.278/96. Assim, como casados fossem, frequentaram, durante anos, ambientes públicos, como viagens em passeio para Espanha, Portugal, Curitiba, Foz do Iguaçu, Curiúva, etc. O casal mostrou-se ao círculo de amizades e profissional, o que se destaca pelas fotos e documentação abaixo.
 
Endereço do apartamento onde residiam o casal, Rua Mato Grosso, 1541, ap. 401. Onde foram feitas as reformas.
 
Garagem e cozinha do apartamento na Rua China, Londrina, primeiro lugar onde residiu o casal. Primeira imagem data 22/09/2014, segunda imagem data 24/07/2014.
 
Foto do casal com familiares e amigos. Imagem referente a data 15/12/2015.
 
Fotos do casal em viagens internacionais. Terceira imagem referente a data 14/10/2014.
Imagem do casal em reunião da campanha eleitoral de 2014, na cidade Curiuva/PR. Imagem referente a data 22/09/2014.
Assim, como pode ser visto por meio das imagens, o casal sempre tive a firme intenção de viver e dar publicidade ao relacionamento duradouro, demonstrando claramente e sem nenhum receio, como se casados fossem. O casal-convivente, por todos esses anos foram reconhecidos pela sociedade como marido e mulher, com os mesmos sinais exteriores de um casamento. Como também, houve, precisamente, colaboração mútua na formação do patrimônio dos dois.
Não resta qualquer dúvida, conforme todas as provas dos fatos que foram juntadas, que o Autor e Ré viveram sob o regime de união estável.
Nesse sentido, em que pese a legislação não exigir qualquer período mínimo de convivência, verifica-se que relação do dois fora estável, com duração prolongada por mais de 10 (dez) anos, período efetivamente comprometido para a estabilidade familiar.
Nesse sentido, seguindo as mesmas disposições atinentes ao casamento, da união estável em relevo resulta que o Autor faz jus à meação dos bens, pois a união estável aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, nos termos do arts. 1725 e 1667 do CC, uma vez que foram adquiridos na constância da relação, presumidamente adquiridos por esforço em comum.
Bem como, os bens adquiridos por um ou por ambos os conviventes, tanto os bens móveis como imóveis, na constância da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração de ambos os companheiros, nos termos do art. 5º da Lei 9.278/96. 
Logo, segundo o que reza o artigo art. 1725 do CC, tomou-se como modelo, para fins patrimoniais, o mesmo regime adotado no casamento, sendo a hipótese o tratamento concedido à comunhão parcial de bens. Como se evidencia pelo entendimento do Tribunal de Justiça do Paraná. Segue o acórdão:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM PARTILHA E ALIMENTOS.COMPROVAÇÃO DE QUE AS PARTES VIVERAM EM UNIÃO ESTÁVEL DE AGOSTO DE 2004 A JANEIRO DE 2011. RELACIONAMENTO QUE NÃO SE TRATAVA DE MERO NAMORO. COMPROVAÇÃO DE QUE O RELACIONAMENTO ERA PÚBLICO, CONTÍNUO E DURADOURO, COM A INTENÇÃO DE CONSTITUIR FAMÍLIA E QUE HAVIA MÚTUA ASSISTÊNCIA ENTRE ELES. NECESSIDADE DE SE PARTILHAR OS BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE DURANTE O RELACIONAMENTO ESTÁVEL. APLICAÇÃO DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS E UNIÃO ESTÁVEL.
I. Ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com partilha de bens e alimentos ajuizada pela ora apelante. Comprovação de que o relacionamento das partes, em determinado período, teve intenção de constituir família. Reconhecimento de união estável no período de agosto de 2004 a janeiro de 2011. Necessidade de serem partilhadas os bens adquiridos a título oneroso neste período. Aplicação do regime da comunhão parcial de bens a união estável. Sentença parcialmente reformada. Recurso parcialmente provido. (TJPR; - 11ª C. Cível – XXXXX-24.2015.8.16.0035 – São José dos Pinhais – Rel.: DESEMBARGADOR SIGURD ROBERTO BENGTSSON – j. 24.02.2021).
Assim, não há dúvida que que o Autor e Ré adquiriram onerosamente, durante a convivência, os bens a seguir relacionados:
1 – Valores em reais gastos na reforma do imóvel situado na Rua Mato Grosso, 1541, 4° andar n° 401, na cidade de Londrina/Pr, valor atualmente estimado em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
2 – Um automóvel Ford Fiesta do ano de 2013, que, hoje, aproximadamente equivale a R$ 25.838,00 (vinte e cinco mil, oitocentos e trinta e oito reais), de acordo com a Tabela FIPE de Maio de 2023.
3 – Economias de ambos depositada em sua conta própria da Ré no Banco Caixa Econômica Federal, atualmente o valor aproximado seria de R$ 38.000,00 (trinta mil reais).
4 - Custas condominiais para reforma do prédio, que somaram um valor de aproximadamente R$ 10.000,00 (dez mil reais).
5 – Valor de R$ 10.896,45 (dez mil oitocentos e noventa e seis reais e quarenta e cinco centavos) referente a alienação do veículo Peugeot 408 de placas EYR-9E14 que era de propriedade do Autor. 
6 – Valores referentes aos bens móveis, todos adquiridos na constância da união estável como cama, penteadeira e sofá, eletrodomésticos como geladeira e máquina de lavar, todos juntos possuem valor aproximado de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Desse modo, sobre esses bens, e outros a serem destacados eventualmente durante a instrução processual, o Autor faz jus à meação, sendo que até o momento não houve entre as partes qualquer acerto contratual que dispunha sobre a divisão dos bens.
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer:
a) a citação da Ré, para, no prazo legal, querendo, oferecer contestação, sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos articulados na presente peça processual;
b) a procedência os pedidos formulados na presente Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável para:
1. Reconhecer a união estável entre o Autor e a Ré, a partir setembro 2014, declarando-a dissolvida em maio de 2023;
2. Declarar o direito do Autor à meação dos bens descritos nesta na presente ação, bens estes adquiridos na constância da união estável, a título oneroso;
c) a condenação no ônus de sucumbência no importe de 20% sobre o valor da causa;
d) sejam concedidos ao Autor os benefícios da Justiça Gratuita, por ser pobre na forma da lei, não podendo arcar com as despesas e custas processuais nesta ação judicial;
f) protesta, ademais, comprovar os fatos alegados nesta inicial por todos os meios de provas admissíveis em direito, nomeadamente pelo depoimento pessoal da Ré, oitiva das testemunhas abaixo arroladas (LA, art. 8º), onde de já pede a intimações das mesmas para comparecerem à audiência de instrução, juntada posterior de documentos como contraprova, tudo de logo requerido.
DO VALOR CA CAUSA 
Atribui-se a causa o valor de R$ 130.734,45 (cento e trinta mil setecentos e trinta e quatro reais e quarenta e cinco centavos).
Termos em que, pede deferimento 
 Londrina, de 12 junho de 2023 
 
Professor do NPJ
OAB/PR 
 
Reginaldo Aparecido Delfino
Estudante de Direito
Silvio Rosalino
Estudante de Direito
Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos: Avenida Santa Mônica, 450 – Franca – CEP: 86027-610 Fone: (43) 3293-9331 – Whatsapp: (43) 99112-4133 
Londrina – Paraná - Brasil

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