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Laura Pinto Cheiram| RA: N389648 ROTEIRO DE ESTÁGIO Nutrição em Saúde Pública – Alimentação Escolar São Paulo 2022 Laura Pinto Cheiram| RA: N389648 ROTEIRO DE ESTÁGIO Nutrição em Saúde Pública – Alimentação Escolar Relatório de conclusão de estágio em Saúde Pública – Alimentação Escolar do curso de nutrição orientado e supervisionado pela Profª. Alessandra Lucca. São Paulo 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. DESCRIÇÃO COMPLETA DA INSTITUIÇÃO ...................................................... 11 3. FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR .................... 12 4. NÚMERO DE PREPARADORAS DE MERENDA ................................................. 22 5. ADESÃO À ALIMENTAÇÃO ................................................................................. 23 6. CÁLCULO DE CARDÁPIO .................................................................................... 26 7. AVALIAÇÃO CRÍTICA DA REALIDADE ENCONTRADA NAS INSTITUIÇÕES 30 8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 30 9. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 31 10. ANEXOS .................................................................. Erro! Indicador não definido.4 4 1. INTRODUÇÃO 1.1 Histórico sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) O Programa Nacional de Alimentação Escolar ou Merenda escolar tem gerenciamento através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que propõem-se a transferir recursos financeiros aos estados e municípios com o objetivo de atender e suprir as necessidades nutricionais dos alunos (FNDE, 2009). No início da década de 40, o Instituto de Nutrição defendia o programa onde somente na década de 50 foi elaborado um plano de oferecer alimentação ao escolar, denominado como Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, no qual é estruturado o primeiro programa de merenda escolar em âmbito nacional (FNDE, 2009). Dentre os demais elaborados somente o Programa de Alimentação Escolar manteve-se através do financiamento do Fundo Internacional de Socorro a infância (Fisi), que permitiu a distribuição do leite em pó para a nutrição materno-infantil (FNDE, 2009). Após o ano de 1955 onde foi assinado pelo decreto que instituiu a Campanha Merenda Escolar (CME), no ano seguinte ela teve alteração no seu nome para Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME) a fim de promover alimentação para todos escolares (FNDE, 2009). Com a campanha surgiu diversos programas de ajuda tanto nacionais quanto americanos (FNDE, 2009). A partir de 1979 , denominou-se a campanha como Programa Nacional de Alimentação Escolar, promulgado pela Constituição Federal assegurou a alimentação escolar a todos os alunos do ensino fundamental oferecidos pelos governos federais, estudais e municipais (FNDE, 2009). No começo, o PNAE funcionava de maneira centralizada, tendo o órgão gerenciador como mandante geral (planejava cardápios, fazia processos licitatórios etc.), porém em 1994 passou a ser descentralizado, que foi um marco muito importante no programa (FNDE, 2009). Por fim, o PNAE também alcançou outros marcos importantes, como o estabelecimento do programa em Instituições Federais em 2006 e a sua extensão para toda a rede pública de educação básica, junto com a 5 obrigatoriedade de que pelo menos 30% dos repasses do FNDE fossem para adquirir produtos provenientes da agricultura familiar, em 2009 (FNDE, 2009). 1.2 Descentralização e Municipalização do Programa; Especificidades do Município de São Paulo – creche conveniada e alimentação escolar terceirizada. Depois da criação da Lei nº 8.913, de 12/7/94 os recursos para realização do programa foram descentralizados, por meio de convênios com os munícios e com o envolvimento das secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal, onde foi concedido competência para atender aos alunos da sua rede e de redes municipais das prefeituras que não haviam aderido à descentralização (FNDE, 2017). O estabelecimento da descentralização ocorreu com a Medida Provisória nº 1.784, de 14/12/98, onde além do repasse direto a todos os municípios e Secretarias de Educação, a transferência passou a ser feita automaticamente, sem a necessidade de elaboração de convênios ou outros meios, sendo assim um processo mais ágil (FNDE, 2017). Com a Medida Provisória nº 2.178, de 28/6/2001 (edição da Medida Provisória nº 1.784, de 14/12/98), favoreceu muitos avanços para o PNAE, como a obrigatoriedade de que 70% dos recursos transferidos pelo governo federal sejam aplicados exclusivamente em produtos básicos e o respeito aos hábitos alimentares regionais e á vocação agrícola do município, assim ajudando na economia local (FNDE, 2017). 1.3 Meta de cobertura nutricional São atendidos pelo programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público). Vale destacar que o orçamento do PNAE beneficia milhões de estudantes brasileiros, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal (FNDE, 2017). Para assegurar uma alimentação adequada, saudável e que atenda às necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo é realizado um cardápio de alimentação escolar pela nutricionista responsável técnica. Para a confecção desse cardápio é necessário considerar a alimentação saudável e 6 adequada, utilizando alimentos variados e seguros que respeitem a cultura, as tradições e hábitos alimentares saudáveis, atendendo as necessidades nutricionais dos alunos de acordo com a sua idade e seu estado de saúde, respeitando os horários de refeições e se atentando aos aspectos sensórias das preparações (FNDE, 2017). Os cardápios devem ser elaborados para atender, as necessidades nutricionais de cada faixa etária, sendo: no mínimo 30% das necessidades nutricionais de energia, macronutrientes e micronutrientes prioritários, distribuídas em, no mínimo duas refeições, para as creches em período parcial; no mínimo 70% das necessidades nutricionais de energia, macronutrientes e micronutrientes prioritários, distribuídas em, no mínimo três refeições, para as creches em período integral, inclusive as localizadas em comunidades indígenas ou áreas remanescentes de quilombos; no mínimo de 30% das necessidades nutricionais diárias de energia e micronutrientes, por refeição ofertada, para os estudantes matriculados nas escolas localizadas em comunidades indígenas ou em áreas remanescentes de quilombos, exceto creches; no mínimo 20% das necessidades nutricionais diárias de energia e macronutrientes, quando ofertada uma refeição, para os demais estudantes matriculados na educação básica, em período parcial; no mínimo 30% das necessidades nutricionais diárias de energia e macronutrientes, quando ofertadas duas ou mais refeições, para os estudantes matriculados na educação básica, exceto creches em período parcial; no mínimo 70% das necessidades nutricionais, distribuídas em, no mínimo, três refeições, para os estudantes participantes de programas de educação em tempo integral e para os matriculados em escolas de tempo integral (RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE MAIO DE 2020). É obrigatório que seja oferecido em unidades escolares em período parcial, no mínimo, 250g/aluno/semana de frutas in natura, legumes e verduras, sendo asfrutas distribuídas em 2 dias por semana, já hortaliças em no mínimo três vezes por semana. Quando se trata de escolas e creches em período integral, o cardápio deve ofertar obrigatoriamente no mínimo 520g/estudantes/semana de frutas in natura, legumes e verduras, sendo as frutas distribuídas em quatro dias por semana, já hortaliças em no mínimo cinco vezes por semana. As bebidas à base de frutas não substituem a fruta in 7 natura (RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE MAIO DE 2020). Outrora o PNAE recomenda que a oferta e consumo de alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e sal sejam limitados ou evitados. A aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos, preparações semiprontas ou prontas para o consumo, ou alimentos concentrados é limitada. Já obtenção de bebidas com baixo valor nutricional é proibida (RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE MAIO DE 2020). 1.4 Cálculo do repasse e Recursos O repasse de verba é feito pelo governo federal para os estados, municípios e escolas federais, esse valor financeiro possui caráter suplementar, sendo dividido em 10 parcelas mensais, que vão de fevereiro a novembro, assim cobrindo 200 dias letivos, considerando também o número de alunos matriculados em cada rede de ensino e com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento (FNDE, 2017). Recentemente para definir o valor de repasse por dia para cada aluno é analisado a sua etapa e modalidade de ensino: Creches: R$1,07; Pré-escola: R$0,53; Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,64; Ensino fundamental e médio: R$ 0,36; Educação de jovens e adultos: R$ 0,32; Ensino integral: R$ 1,07; Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral: R$ 2,00; Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno: R$ 0,53 (FNDE, 2017). Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% do valor repassado pelo PNAE deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar, assim estimulando o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades (FNDE, 2017). Os recursos financeiros repassados pelo FNDE no âmbito do PNAE são utilizados exclusivamente na aquisição de gêneros alimentícios. A aquisição de qualquer item ou serviço, com exceção dos gêneros alimentícios, deverá estar desvinculada do processo de compra do PNAE. Todas as despesas realizadas com os recursos do programa devem ser comprovadas mediantes documentos fiscais originais ou equivalentes, na forma da legislação à qual a unidade de ensino estiver vinculada (FNDE, 2017). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11947.htm 8 1.5 Objetivos do PNAE A principal função do programa é acesso á alimentação escolar, visando garantir a segurança alimentar e nutricional dos alunos de forma igualitária respeitando as diferenças biológicas, condições e situações de cada indivíduo (RES. 06, DE 08 DE MAIO DE 2020). Ele tem como objetivo a contribuição para o crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, rendimento escolar, formação de hábitos alimentares saudáveis através de ações educativas e ofertas de alimentos durante o período escolar (RES. 06, DE 08 DE MAIO DE 2020). 1.6 Beneficiados e Participantes São beneficiados pelo programa alunos da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos que estão inseridos em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias. Os agricultores familiares também são beneficiados, já que 30% do valor repassado deve ser investido na compra de produtos da agricultura familiar. (FNDE, 2017) Participam do programa: o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE) que é responsável pela coordenação do PNAE, pelo estabelecimento das normas gerais de planejamento, execução, controle, monitoramento e avaliação do programa e transferência dos recursos financeiros; Entidade executora (EEx) como Secretarias de Estado da Educação (SEDUC), Prefeituras Municipais e escolas federais como responsáveis pela execução do PNAE, inclusive pela utilização e complementação dos recursos financeiros transferidos pelo FNDE; Conselho de Alimentação Escolar (CAE) órgão colegiado de caráter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento, em âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios; Unidade Executora (UEx) entidade privada sem fins lucrativos, representativa da comunidade escolar, responsável pelo recebimento dos recursos financeiros transferidos pela EEx em favor da escola que representa, bem como pela prestação de contas do programa ao órgão que delegou, nos casos de gestão descentralizada ou escolarizada (RESOLUÇÃO Nº 6, DE 8 DE MAIO DE 2020). 1.7 Funcionamento O programa é financiado pelo Tesouro Nacional e os recursos estão 9 assegurados no Orçamento da União. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transfere a verba às entidades executoras (Estados, Distrito Federal e Municípios), em conta corrente exclusiva para este fim, sem necessidade de formalizar convênio, ajuste, acordo, contrato ou qualquer outro instrumento. Desta forma, as entidades executoras devem constar no Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação, que quantifica o número total de alunos matriculados em cada unidade escolar (FNDE, 2017). As escolas filantrópicas também devem estar cadastradas pelo CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social e declarar o interesse em oferecer alimentação escolar com os recursos federais aos alunos. O FNDE faz o levantamento do nº de estudantes e repassa os recursos somente para as escolas que declararam o censo escolar. Essas possuem autonomia para gerir o recurso e se necessário complementar financeiramente para a melhoria do cardápio escolar, conforme estabelecido na Constituição Federal. A aquisição dos gêneros alimentícios é de responsabilidade dos Estados e Municípios, que devem obedecer aos critérios estabelecidos na Lei nº 8.666, de 21/06/93, e suas alterações, que tratam de licitações e contratos na administração pública. Os recursos repassados destinam-se exclusivamente à compra de gêneros alimentícios. Para a operacionalização do PNAE cabe ao município arcar com a responsabilidade de montar uma infraestrutura mínima para preparação das refeições (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - FNDE, 2017). 1.8 Atribuições do nutricionista no programa Compreende como função do nutricionista todas as atividades que envolvem planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliações de todas as ações de alimentação e nutrição no ambiente escolar (FNDE, 2017). Além disso, é responsável pela elaboração do cardápio, cujo objetivo é assegurar uma alimentação saudável que atenda as necessidades fisiológicas nutricionais dos individuos (FNDE, 2017). Está relacionado ao nutricionista o uso variado dos alimentos de forma segura, respeitando as diferenças como a tradição, a cultura e os hábitos de vida, de forma que atenda todas as necessidades de nutrientes para os alunos e suas faixas etária de idade (RES. 689, DE 04 DE MAIO DE 2021). 10 1.9 Descrever e caracterizar a instituição onde o estágio está sendo desenvolvido. Refere-se a um Centro de Educação Infantil (CEI) denominado CEI Alvarenga II Associação Beneficente de Apoio Ao Menor. Onde são atendidas crianças de zero a três anos e onze meses, matriculados em turmas de acordo com a sua faixa etária e desenvolvimento, podendo estar entre berçário I, berçário II, mini grupo I ou mini grupo II. Possui como atividade principal prestar educação infantil, também conhecida como creche, tem como atividades secundárias ser associação de defesa de direitos sociais e organização associativa ligada à cultura e à arte. 1.10. Fazer a associação entre: PNAE + Banco deAlimentos + CEI Vera Alvarenga II O PNAE é um programa que oferece alimentação escolar e educação alimentar e nutricional aos estudantes de escolas publicas (FNDE, 2009). Já os Bancos de Alimentos são estruturas que ofertam a distribuição gratuita de gêneros alimentícios provenientes de doações de setores públicos e privados e enviam para instituições sociais que atendem o publico de alta vulnerabilidade (GOVERNO FEDERAL, 2021). O programa tem como objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento psicossocial, rendimento escolar e formação de hábitos alimentares saudáveis por meio de ações de educação alimentar e a distribuição de refeições necessária para os alunos (FNDE, 2009). No entanto, o Banco de Alimentos tem como objetivo principal a arrecadação de alimentos provenientes da agricultura familiar, industrias, redes atacadistas e varejistas para distribuir e atender o publico vulnerável (GOVERNO FEDERAL, 2021). Ambos os programas tem relação direta com o intuito de promover e garantir uma alimentação adequada que supra as necessidades nutricionais e fisiológicas dos indivíduos para manter o crescimento e desenvolvimento psicossocial e dos hábitos alimentares saudáveis. Além disso, o CEI Vera Alvarenga II tem relação direta, onde também oferta alimentos para todos os alunos a fim de garantir um crescimento e desenvolvimento saudável dos mesmos e este disponibiliza ações de educação alimentar e nutricional para elevar e estimular hábitos alimentares mais saudáveis entre os alunos desde 11 os primeiros anos de vida. 1.11. Mudanças ocorridas no funcionamento do programa durante a Pandemia COVID 19. Foi prescrito como forma de evitar a contaminação pelo coronavirus superalimentos, shots, sucos e até soroterapias por infusão endovenosa de nutrientes alardeadas como capazes de prevenir ou combater o vírus pelo fortalecimento do sistema imunológico (Resolução CFN nº 646, de 18 de março de 2020). Com isso, o Conselho Federal de Nutricionistas informou que não existe protocolos com evidências cientificas em relação a prescrição para evitar e combater o COVID-19. Portanto, uma alimentação rica em micronutrientes associada a substâncias bioativas (não nutrientes) presentes em alimentos se utilizados de forma habitual, podem condicionar um sistema imunológico mais eficiente, com menor risco de doenças. A prescrição dietética envolve o plano alimentar, deve ser elaborada com base nas diretrizes estabelecidas no diagnóstico de nutrição, que consiste na identificação e determinação do estado nutricional do paciente, elaborado com base na avaliação do estado nutricional e durante o acompanhamento individualizado e presencia (Resolução CFN nº 646, de 18 de março de 2020). O PNAE, como um programa suplementar à educação e alimentação escolar que deverá ser promovida, com todos os cuidados sanitários necessários, visando minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus (SARS-Cov-2) para a comunidade escolar. 2 DESCRIÇÃO COMPLETA DA INSTITUIÇÃO O presente Estágio Obrigatório Supervisionado na Alimentação Escolar teve como início o dia 29/03/2022 e encerra-se em 06/05/2022, sendo realizado no período matutino. Trata-se de um Centro de Educação Infantil (CEI) denominado CEI Alvarenga II Associação Beneficente de Apoio Ao Menor, localizado na Vila Santa Catarina, zona sul de São Paulo. Tendo como horário de atendimento de segunda à sexta-feira das 07:00 às 16:00. Seu objetivo é o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, 12 completando a ação da família e da comunidade. A educação infantil é dividida em dois grupos sendo: creche ou centro de educação infantil (crianças até 3 anos de idade) e pré-escola (para crianças de 4 até 6 anos de idade). Possui o total de 47 funcionários, onde possuem diferentes escolaridades, sendo: Número de Funcionários e Escolaridade Por Setor Setores Total de funcionários Pós- graduação Ensino Superior Ensino Médio Ensino Fundamental Cozinha 5 0 0 4 1 Limpeza 4 0 0 1 3 Auxiliar de Classe 5 0 0 5 0 Professoras 25 0 25 0 0 Auxiliar Administrativo 1 0 0 1 0 Administração e gestão 7 2 5 0 0 O presente CEI possui 281 alunos, sendo eles de zero a três anos e onze meses, matriculados no berçário I (41 alunos), berçário II (72 alunos), mini grupo I (73 alunos) ou mini grupo II (95 alunos), podendo estes ficar na instituição ensino em período integral (7 a 10 horas por dia), realizando o total de 5 refeições por dia (desjejum, colação, almoço, lanche da tarde e refeição da tarde). O número de alunos por classe e sua faixa etária não foi informado. 3. FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 3.1 Examinar o funcionamento e as instalações do Serviço de Alimentação da Unidade Escolar Na unidade de alimentação tem a líder, que a compete os principais serviços e cuidados que deve ter em uma cozinha. O recebimento dos alimentos é feito por uma funcionaria exclusivamente pra isso, são entregues em cestas de madeira sem proteção. Só são recebidos pela prefeitura alimentos secos, como arroz, feijão, sal, farinha e etc. Já os 13 produtos perecíveis como carnes, frutas, hortaliças quem realiza a compra é a diretora do local. As compras são realizadas de acordo com a quantidade de alimento em estoque faltante ou em menor quantidade, não realizam cálculos de per capita para aquisição dos alimentos. Além disso, o responsável pela contratação dos funcionários, treinamentos para os cozinheiros e montagem de cardápio dos alunos é a diretora, ela realiza as atividades com base nas informações obtidas na CODAE. A infraestrutura da cozinha do CEI conta com paredes com relevos e pisos antiderrapante na cor branca, janelas bem arejadas e com tela de proteção contra vetores, lixos com suporte para abertura com o pé, as portas encontram-se sempre abertas e sem nenhuma barreira física que divide os setores. No local encontra-se: fornos elétrico; 1 fogão com 6 bocas onde um lado dele é a parte da grelha; 4 pia/lavatórios, no qual 2 delas são destinadas para lavagem de louças, 1 para higienização de frutas, verduras e hortaliças e 1 para o lactário (lavagem das mamadeiras); 1 Liquidificador; 1 centrifuga; 1 batedeira; 3 refrigeradores, onde 1 deles é destinado somente para o lactário; Prateleiras para os utensílios; e Dispensa de alimentos secos. 3.2 Analisar os resultados segundo o Check list (anexo 1), discutir os itens não conformes e propor soluções viáveis de serem aplicadas pela instituição. A cozinha possui azulejos com relevos, material que facilita o acúmulo de sujidades, o ideal seria a troca por azulejos com acabamento liso; a porta de acesso a cozinha encontra-se aberta em todo tempo, colocar mecanismo de fechamento automático; janelas e telas da cozinha encontram-se sujas, sendo necessário solicitar limpeza. Uma luminária da cozinha encontra-se sem proteção contra queda/explosões, comprar a proteção. Não apresenta lixeira exclusiva para resíduos orgânicos, providenciar uma nova lixeira para separar o lixo reciclável do orgânico. Após o recebimento de mercadorias as mesmas são deixadas no chão até serem guardadas, mas o certo é assim que as mercadorias chegarem serem guardadas ou colocadas sob paletes até o 14 momento de guardar. Durante o preparo existe grande risco de contaminação cruzada, pois colheres sujas ficam em cima de outros utensílios ou sob bancadas, para evitar a contaminação os utensílios sujos devem ficar na pia e os alimentos crus devem ficar separados dos cozidos. Presença de caixas de papelão nos freezers e estoques, os produtos devem ser retirados das caixas para serem guardados. Estoque com a presenta de diversos tipos de objetos, alimentos devem ficar separados de utensílios decozinha, embalagens e materiais de limpeza, assim sendo necessário guardá-los em locais diferentes. A maioria dos alimentos encontrados em estoque tratava-se de ultraprocessados, é necessário diminuir o consumo desse tipo de alimento. O modo de preparo dos alimentos não segue o que está no rotulo e sim como a cozinheira saber fazer, elaboração de ficha técnica de preparação ajudaria a padronizar as receitas. Pops ficam guardados na coordenação, ideal seria ter uma cópia de fácil aceso para facilitar os procedimentos. Não é realizado a higienização das latas antes do armazenamento, o correto seria serem higienizadas para o armazenamento. As sobras limpas podem ser pesadas e utilizadas em outras preparações. 3.3 Relatar os fatos, comparando com o ideal, e formular sugestões baseadas na literatura da área (Portaria CVS 5/13). Não conformidade Ação corretiva viável de acordo com a Portaria CVS 5/13 Cozinha possui azulejos com relevos (facilita o acúmulo de sujidades) Troca por azulejos lisos e impermeável de cor clara e solida. Porta de acesso a cozinha encontra-se aberta em todo tempo Colocar mecanismo de fechamento automático e de proteção, na parte interna, contra insetos e roedores. Telas sujas Telas milimétricas removíveis para facilitar a limpeza e que impeça a passagem de raios solares Luminária sem proteção contra queda/explosões As lâmpadas devem ser protegidas contra quedas acidentais ou exposição. 15 Lixeira única para todos os tipos de lixo Os lixos recicláveis e não recicláveis devem ser separados. Mercadorias recebidas em contato direto com o chão Os alimentos ou recipientes com alimentos, não devem ficar em contato direto com o piso. Os mesmos devem ficar armazenados sobre paletes, prateleiras ou estrados, mantendo distância da parede e forros. Alimentos crus na mesma bancada que cozidos e colheres utilizadas na preparação em contato com bancada. Na área de pré-preparo não é permitido o contato entre os alimentos crus, semipreparados e preparados para o consumo. Armazenamento de produtos em caixa de papelão dentro de freezers juntamente com outros tipos de produto sem caixa As caixas de papelão podem permanecer sob refrigeração ou congelamento, se armazenadas em local delimitado, ou num equipamento exclusivo para este fim e não devem apresentar sinais de umidade ou bolores. Sendo vetado o uso se não estiver dentro desses parâmetros. Estoque alimentício com presença de outros objetos não alimentícios Armazenar separadamente dos alimentos produtos de outros gêneros. Dividir o estoque. Sobras limpas são descartadas As sobras precisam ser pesadas e armazenadas de forma correta, assim podendo ser utilizada em novas preparações. 16 3.4 Qual a proposta da Coordenadoria de Alimentação Escolar para o Programa neste município? Em São Paulo o gerenciamento técnico, administrativo e financeiro do Programa de Alimentação Escolar da Cidade de São Paulo é realizado pela coordenadoria de Alimentação Escolar (CODAE) da Secretária Municipal de Educação de São Paulo, assim tendo divisões equivalentes a cada setor, sendo esses: DINUTRE, DILOG e DICAE. (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CODAE) A Divisão de Nutrição Escolar (DINUTRE) promove ações de educação alimentar nutricional, coordena a execução das políticas de fomento à agricultura familiar e a aquisição de gêneros alimentícios de base agroecológica. A Divisão de Qualidade e Logística dos Alimentos (DILOG) recebe e atesta a qualidade dos alimentos entregues pelas empresas contratadas, monitora os estoques e planeja a logística de abastecimento. A Divisão de Gestão e Contratos da Alimentação Escolar (DICAE) gerencia os contratos sob a responsabilidade da CODAE e coordena a execução do Programa Leve Leite. A Divisão de Educação Alimentar e Nutricional (DIEDAN) atua na implementação das hortas escolares, formação continuada de profissionais da educação relacionadas à alimentação escolar e nutricional, ações pedagógicas para atendimento das demandas da alimentação escolar da Rede Municipal de ensino, acompanha as decisões do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e orienta o programa de estágio em nutrição (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CODAE). 3.5 Como é feito o planejamento do trabalho? O trabalho no CEI é realizado seguindo as orientações da diretora. Onde a mesma designa as atividades de cada funcionário. 3.6 Como são elaborados os cardápios? Verificar os tipos de cardápios, como são calculados e planejados (semanal/mensal/semestral/anual). Há receituário padrão? Os cardápios são elaborados pela diretora, sem que haja uma nutricionista responsável, onde são realizados semanalmente com base nos dados do CODAE e do Prato Aberto. Não são cardápios padronizados, onde as 17 medidas caseiras não são padrões, cada dia as cozinheiras utilizam medidas diferentes. O cardápio também não é fixo, varia de acordo com a disponibilidade do alimento, sua maturidade ou até mesmo a quantidade que esta disponível no estoque. 3.7 Como é feito o repasse de verba para o município? Quanto é repassado per capita dos níveis: federal, estadual e municipal? Verificar o repasse no último mês (internet) e comparar com o gasto do município. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino. No ultimo mês foi repassado 18.655.770,88 reais para os municipios. 3.8 O serviço é terceirizado? Se sim, como funciona a terceirização e qual a avaliação sobre esse processo? O serviço de assistência de nutricionista no local é terceirizado, realizada pela empresa QUALY FOOD, onde ocorre a visita de uma nutricionista a cada 1 mês, ou caso for solicitado. E, também ocorre a visita da nutricionista da prefeitura a cada 5 meses. 3.9 Existem estudos sobre aceitação, adesão e desperdício da Alimentação Escolar distribuída? Existem diversos artigos sobre aceitação e desperdício de alimentos publicados em revistas, sites universitários, ENPSSAN e entre outros. Porém não se tem nenhum programa de aceitação, adesão e desperdício implementado no Cei, no local as sobras são todas descartadas, sem realização do reaproveitamento dos alimentos. É de extrema importância a realização do controle nas escolas devido aos gastos públicos que podem ser poupados, além disso, as ações educativas auxiliam na minimização do desperdícios (RIBEIRO, MAURELLI, 2019). As atividades e estudos são maneiras de instruir os escolares desde a infância do cuidado com o meio ambiente, produção de lixo, produção de alimentos e com 18 a alimentação, priorizando um hábito alimentar saudável (RIBEIRO, MAURELLI,2019). 3.10 Há análises da sazonalidade dos gêneros alimentícios para o planejamento das compras? Não há análise e nem planejamento de compras, elas são realizadas através de um levantamento de estoque dos alimentos, os produtos que apresentam em menor quantidade são os adquiridos. 3.11 Como é feita a compra dos gêneros (licitação, mapa de compras, periodicidade etc.)? Verificar a política de compra adotada, critérios para seleção de fornecedores, controle de recebimento de gêneros, etc. É realizado um relatório de estoque todo final de mês, onde é contabilizado todos os alimentos não perecíveis, este após preenchido é enviado para a prefeitura, onde eles contabilizam tudo que é preciso enviar, considerando o estoque e o número de alunos matriculados. Já a compra de alimentos perecíveis é realizada semanalmente com a verba repassada pelaprefeitura e considerando os alunos que estão frequentando o CEI, a compra dos mesmos não é realizada considerando a safra e não existe nenhum critério para a seleção de fornecedores. Os alimentos recebidos passam por um check list onde é observado as condições das caixas, qualidade dos alimentos e aferido a temperatura. 3.12 Há planejamento e controle de compra e distribuição de gêneros às escolas/creches, segundo o per capita e n° refeições servidas (n° crianças matriculadas)? A compra de alimentos, no âmbito do PNAE, deve seguir ao cardápio elaborado pela nutricionista, observando as diretrizes desta Resolução e deverá ser realizada, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se localizam as escolas priorizando os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos. A prefeitura de São Paulo envia todos os alimentos de acordo com o relatório de estoque. 3.13 É feito controle diário de estoques nas escolas e creches atendidas pelo programa? De que maneira? O controle de estoque é realizado através de anotações no caderno de 19 quantidade de ingredientes utilizados para as refeições e também pela contagem dos produtos do estoque. Além disso, tem disponibilizado no PAE, uma planilha onde têm se o controle de estoque das creches e escolas. 3.14 O número de refeições é controlado diariamente nas escolas e creches? De que maneira? É preenchido todo mês um formulário chamado relatório de refeições servidas nas unidades educacionais por meio da Coordenadoria de Alimentação Escolar (CODAE). Trata-se de um controle gerencial realizado pelo setor e não é um parâmetro adequado para realizar comparações entre meses ou anos anteriores. Para realizar média diária de refeições é considerado os dias letivos do mês e/ou ano. 3.15 Descreva as instalações físicas da coordenadoria de Nutrição: locais de armazenamento de gêneros alimentícios e de material de limpeza, frigoríficos, panificadora. O estoque trata-se de um espaço com 4 prateleiras em formato de L, sendo que na primeira ficam alimentos em caixa de papelão lacrados, na segunda prateleira ficam alimentos como: arroz, feijão farinha de mandioca, sal, farinha de trigo, bolachas, fórmulas, leite e achocolatados, na terceira prateleira encontra-se macarrão, óleos, sucos em pó, enlatados, pré mistura para bolos e açúcar. Já na quarta prateleira estão fardos de arroz e macarrão, caixas com utensílios de cozinha, embalagens e mamadeiras e copos. Nas paredes encontram-se aventais pendurados e uma escada escorada na parede. É possível encontrar também rodos e vassouras. Já no freezer ficam armazenados as carnes, elas são organizadas de acordo com o corte. 3.16 Localize geograficamente o conjunto de escolas, creches e outras instituições que o Programa abrange: qual a população (n°) atendida por região? Esse número corresponde ao conjunto dos estabelecimentos de ensino público do município? O PNAE abrange cerca de 161.991 escolas dentro de 5.570 munícipios em 27 estados (FNDE,2009). 20 3.17 Como é feita a supervisão dos locais e qual a periodicidade? A supervisão ocorre por meio de auditorias realizadas pela equipe de nutricionistas terceirizadas (Qualy food) e pela nutricionista da prefeitura, sendo que a Qualy Food realiza visitas mensais, já a nutricionista da prefeitura á cada 5 meses. 3.18 Há avaliações periódicas do funcionamento do Programa? A creche não realiza avaliações em relação ao programa do PNAE. O monitoramento consiste em um processo permanente, a distância e in loco de levantamento de dados, de análise e sistematização de informações e de verificação do andamento da sua execução do programa, visando corrigir possíveis distorções, aprimorar a gestão e subsidiar a sua avaliação. O monitoramento a distância realiza acompanhamento de processos-chaves na logica de intervenção, o qual permite a avaliação situacional e identificação de anormalidades. A entidade executora de ensino deve informar no sistema eletrônico do FNDE durante o exercício financeiro, na forma a ser regulamentada a partir da liberação do sistema. Já no monitoramento in loco do PNAE ocorre pela definição de critérios objetivos de seleção das EExs que são monitoradas, baseados nos dados colhidos em sistemas informatizado, e que envolve, entre outras atividades, visitas de campo. A avaliação do programa dar-se mediante a análise das informações coletadas por meio de monitoramento, das assessorias técnicas, das pesquisas e dos pareceres técnicos, de modo a verificar se foram atingidos os objetivos e as metas do PNAE. 3.19 Como se dá o processo de seleção dos Recursos Humanos? Existem programas de treinamento e de reciclagem de merendeiras/cozinheiras? A seleção e a contratação são realizadas pela própria diretora da escola e os treinamentos são disponibilizados pelo CODAE e pela assessoria da nutricionista responsável. 3.20 Existem ações de vigilância alimentar e nutricional da população- alvo? É de responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado (SEDUC), da prefeitura municipal e da escola federal, no âmbito de sua respectiva jurisdição 21 administrativa, mediante atuação coordenada dos profissionais de educação e do responsável técnico e demais nutricionistas, a inclusão da educação alimentar e nutricional (EAN) no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa de maneira transversal o currículo escolar, abordando o tem alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas e habilidades que promovam modos de vida saudáveis, na perspectiva de segurança alimentar. Considera-se EAN o conjunto de ações formativas, de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, que objetiva estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis que colaborem para a aprendizagem, o estado de saúde do aluno e qualidade de vida do indivíduo. 3.21 Como funcionam os órgãos de fiscalização do PNAE: Conselho de Alimentação Escolar e Núcleo de Controle de Qualidade? A fiscalização dos recursos financeiros compete ao FNDE, órgão de controle interno do Poder Executivo Federal, ao TCU e ao CAE, em conjunto com os demais responsáveis. O CAE é composto por sete membros titulares, seus suplentes, representantes do Poder Executivo, trabalhadores da educação e discentes, entidades civis e pais de alunos (PORTAL FNDE). Sua função principal é garantir uma alimentação escolar de qualidade por meio dos recursos públicos repassados pelo FNDE. Além disso tem-se o Núcleo de Controle e qualidade coordenado pelo PMAE, formado por uma equipe administrativa, de nutricionistas, representantes da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Agronegócios, Economia e Inovação. Esses avaliam a qualidades dos alimentos solicitados para fazer parte do cardápio, e quando necessário são realizadas visitas técnicas aos fornecedores para comprovar a qualidade. Este avalia a qualidade dos produtos licitados, fiscaliza as entregas presentes nos contratos. O PMAE é responsável pela analise do produto antes de ser inserido no cardápio como realização de testes de aceitação. 22 3.22 Há um programa de desinsetização da Coordenadoria de Nutrição e da área de preparo das refeições nas escolas? A quem compete esse serviço? A dedetizadora Fenômeno LTDA realiza a cada 6 meses a dedetização em toda a escola, a mesma ocorre de acordo com as especificações concedidas pela ANVISA. 3.23 Como é tratado o lixo da Alimentação Escolar nas Escolas? O lixo fica em local exclusivo para o mesmo. Não é separado entre reciclável e não reciclável e é coletado pelo serviço da prefeitura. 3.24 De acordo com a opinião do nutricionista responsável, quais os principais problemas do PNAE e como solucioná-los. Como problemas entrados no programa pode-se citar a compra de alimentos com qualidade inferior aos dos produtosdos agricultores familiares e a impossibilidade de emissão de nota fiscal para as associações(TRICHES; SCHNEIDER, 2010), condições higienicas e sanitárias inadequadas e a dificuldade de articulação entre os órgãos (SARAIVA et al., 2013). Encontra-se também como não conformidade o tempo em que são aplicados as visitas técnicas nas unidades de educação, ocorre semestralmente (Prefeitura de Nova Venécia, 2021). Afim de solucionar os problemas citados, os setores de compras devem dar prioridade para aquisição dos alimentos provenientes da agricultura familiar e estes devem emitir nota fiscal para quando realizar a distribuição dos produtos enviar para as associações e locais participantes do programa. E, também, as visitas tecnicas são de extrema importancia e devem acontecer com mais frequencia com o intuito de evitar problemas nas condições nutricionais e higienicos-sanitárias. 4. NÚMERO DE PREPARADORAS DE MERENDA Na cozinha do CEI encontra-se 1 chefe de cozinha e 4 auxiliares de cozinha, tendo como vínculo empregatício CLT, o contrato de trabalho não possui data de validade. O início do contrato não foi informado. Todos os profissionais realizam cursos e treinamentos no CODAE. 23 5. ADESÃO A ALIMENTAÇÃO QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIAS PARA ATENDER OS ALUNOS CONTADOS NO 1º DIA ALIMENTO GRAM AS PER CAPITA QUANTIDADE NECESSARIA PARA ATENDER OS ALUNOS QUANTIDADE RETIRADA PELA PREPARADORA Arroz 45g 15g 1.110g 5kg Feijão 50g 20,83g 1.539g 6kg Carne em cubos 8,5g 11,80g 874g Não anotado Batata 8,5g 8,75g 647,5g 647g Não anotado Repolho 5g 5g 370g 370g Não anotado Abacaxi 25g 16,50g 1.221g 1,22kg Não anotado Cardápio do dia Cardápio do dia Cardápio do dia Cardápio do dia Cardápio do dia Parâmetros 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia n % n % n % n % n % Número de alunos 74 100% 71 100% 74 100% 75 100% 75 100% I Adesão 58 78,38% 50 70,42% 52 70,27% 63 84,00% 65 86,66% I Recusa 16 21,62% 21 42% 22 29,72% 12 16,00% 10 13,33% I Repetições 16 27,59% 3 6% 17 32,70% 17 26,98% 12 18,46% Adesão a Frutas 68 91,89% 64 90,14% 51 68,91% 49 65,33% 65 86,66% Adesão de Legumes e Verduras 41 70,69% 35 70% 53 71,62% 53 70,66% 52 69,33% OBS 1: Para adesão de frutas de todos os dias foi considerado todos os alunos que aceitaram a mesma, já que foi oferecida a todos e não só pra quem comeu a refeição OBS 2: Não foi possível observar sobras, já que a comida dos alunos é feitas juntamente com a dos funcionários. 24 QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIAS PARA ATENDER OS ALUNOS CONTADOS NO 4º DIA QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIAS PARA ATENDER OS ALUNOS CONTADOS NO 2º DIA ALIMENTO GRAMAS PER CAPITA QUANTIDADE NECESSARIA PARA ATENDER OS ALUNOS QUANTIDADE RETIRADA PELA PREPARADORA Arroz 45g 15g 1.110g 5kg Feijão 50g 20,83g 1.539g 6kg Carne moida 8,5g 11,18g 793,78g Não anotado Batata 4,25g 2,12g 647,5g Não anotado Cenoura 4,25g 1,88 Não anotado Repolho 5g 5g 370g Não anotado Abacaxi 25g 16,50g 1.221g Não anotado QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIAS PARA ATENDER OS ALUNOS CONTADOS NO 3º DIA ALIMENTO GRAMAS PER CAPITA QUANTIDADE NECESSARIA PARA ATENDER OS ALUNOS QUANTIDADE RETIRADA PELA PREPARADORA Arroz 45g 15g 1125g 2kg 10kg Feijão 50g 20,83g 1562,25g 2kg 6kg Repolho 5g 5g 375g 400g - Tomate 5g 5g 375g 400g - Beterraba 14g 7g 525g 525g - Mamão 20g 12,94g 970,5g 1kg - Frango 15g 15g 1125g 2kg - Alface 5g 5g 375g 400g - 25 ALIMENTO GRAMAS PER CAPITA QUANTIDADE NECESSARIA PARA ATENDER OS ALUNOS QUANTIDADE RETIRADA PELA PREPARADORA Arroz 45g 15g 1125g 2kg - Feijão 50g 20,83g 1562,25g 2kg - Pernil 15g 15g 1125g 2kg - Batata 15 10g 750g - Melancia 20g 12g 900g - Alface 5g 5g 375g 400g - Tomate 5g 5g 375g 400g - QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIAS PARA ATENDER OS ALUNOS CONTADOS NO 5º DIA ALIMENTO GRAMAS PER CAPITA QUANTIDADE NECESSARIA PARA ATENDER OS ALUNOS QUANTIDADE RETIRADA PELA PREPARADORA Frango 15g 15g 1110g 2kg - Feijão 50g 20,83g 1541,42g 2kg 6kg Batata 15g 6,66g 492,84g 2kg - Alface 5g 5g 370g 400g - Tomate 5g 5g 370g 400g - Repolho 5g 5g 370g 400g - Mamão 20g 12,94g 957,56g 1kg - Arroz 45g 15g 1110g 2kg - Varios alimentos retirados no estoque não foram anotados, o que impossibilita uma comparação efetiva. É valido ressaltar que a quantidade retirada do estoque é para a refeição de todos os alunos frequentantes e todos os funcionários, assim podendo estar acima do necessário. As sobras limpas são todas descartadas sem pesar, assim não sendo possivel mensuar a sua quantidade. 26 6. CÁLCULO DE CARDÁPIO Descrição do Cardápio 1: Composto lácteo sabor chocolate, pão do tipo briochi com manteiga, maçã, arroz com cenoura ralada, feijão, ovo cozido, batata doce refogada, salada de repolho com tomate, melão, composto lácteo sabor chocolate, risoto de frango, ervilha seca, abobrinha, abóbora, cenoura e abacaxi. Data: 25/04/2022 Análise Qualitativa: Presença de alimentos ultraprocessados que poderiam ser substituidos por alimentos mais nutritivos e mais saudáveis; baixa variedade de verduras e frutas (sempre as mesmas), apresentando bom sabor, temperatura, odor. A aparência pode ser modificada para algo mais atrativo ao olhos das criança. Análise Quantitativa: Necessário refazer o cardápio, pois o mesmo não atinge 70% das necessidades nutricionais como ordena o PNAE. O presente cardapio não atinge as necessidades recomendadas de calorias, carboidratos, proteínas, lipidios, fibras, cálcio, ferro e vitamina A e C. Estando adequado somente para sódio. Cardápio dia 1 ALIMENTO Per capita (g/ml) Medida caseira VET (kcal) PTN (g) CHO (g) LIP (g) Fibras (g) Ca (mg) Fe (mg) Na (mg) Vit C (mg) Vit A (mcg RE) Água para mistura do composto 120ml 1/2 da xicara 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Leite composto sabor chocolate em pó 0,36g 1 colher de chá 1,6 0,05 0,21 0,05 0 2 0 0,72 0 0 Pão briochi com manteiga 42 g 2 unidades 123,48 3,52 23,52 1,68 0,50 - - 151,20 - - Maçã 80g 1 unidade pequena 44,80 0,24 12,16 - 1,04 1,6 0,08 - 1,92 - Arroz c/ cenoura 30g 1 colher de arroz de servir 38,4 0,75 8,43 0,06 0,48 1,2 0,03 0,3 0 0 Feijão Preto 25g ½ da concha 19,25 1,12 3,5 0,12 2,1 7,25 0,37 0,5 0 0 27 Ovo cozido 22,5g ½ unidade 32,85 2,99 0,13 2,13 - 11 0,33 32,85 - - Batata doce 7,5 ¼ da colher de sopa 5,77 0,04 1,38 0 0,16 1,27 0,01 0,22 1,78 0 Repolho 2,5g 1/4 da colher de sopa 0,42 0,02 0,09 0 0,04 0,87 0 0,1 0,46 - Tomate 3,75g ¼ da colher de sopa picado 0,78 0,03 0,19 - 0,08 0,26 0,01 0,18 0,48 - Melão 17,5g ¼ da fatia pequena 5,07 0,12 1,31 0 0,05 0,52 0,3 1,92 1,52 0,35 Água para mistura do composto 120ml 1/2 da xicara 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Leite composto sabor chocolate em pó 0,36g 1 colher de chá 1,6 0,05 0,21 0,05 0 2 0 0,72 0 0 Risoto de Frango 42,5g 1 escumadeira pequena 170,2 4,93 23,73 1,93 1,06 4,60 0,47 76,14 2,09 - Ervilha 2,25g ¼ da colher de sobremesa 2,32 0,16 0,45 0,01 0,14 0,38 0,04 2,23 0,42 0,22 Abobrinha 2,5g ¼ da colher de sobremesa 0,6 0,020,10 0,02 0,03 0,52 0,01 0,05 0,18 - Abóbora 2,5g ¼ da colher de sobremesa 1,2 0,03 0,27 0,01 0,06 0,2 0 0,02 0,18 - Cenoura 2,0g ¼ da colher de sobremesa 0,6 0,01 0,13 0 0,05 0,52 0 0,16 - - Abacaxi 25g ½ da fatia pequena 12 0,22 3,0 0,02 0,25 5,5 0,4 104,5 0,67 - TOTAIS 460,94 14,30 78,81 2,04 1,92 37,69 2,05 219,89 0,67 0,22 Valores de referência _ _ 700 21,9 114,9 17,5 13,3 350 4,9 < 2000 12 210 28 % de adequação _ _ 65,84% 65,29% 68,59% 11,65% 14,43% 10,76% 41,83 10,99% 5,58% 0,10% % VET _ _ 46% 5,72% 31,52% 1,83% - - - - - - Descrição do Cardápio 1: Leite composto sabor de chocolate, bolo de laranja, maçã, arroz feijão, com batata, frango em cubos refogado com cenoura, alface com abobrinha ralada e repolho, melancia, composto lácteo sabor chocolate, macarrão com carne moída com cenoura e banana. Data: 27/04/2022 Análise Qualitativa: Presença de alimentos ultraprocessados que poderiam ser substituidos por alimentos mais nutritivos e mais saudáveis; baixa variedade de verduras e frutas (sempre as mesmas), apresentando bom sabor, temperatura, odor. A aparência pode ser modificada para algo mais atrativo ao olhos das criança. Análise Quantitativa: Necessário refazer o cardápio, pois o mesmo não atinge 70% das necessidades nutricionais como ordena o PNAE. O presente cardapio não atinge as necessidades recomendadas de calorias, carboidratos, proteínas, lipidios, fibras, cálcio, sódio ferro e vitamina A. E ultrapassa a quantidade de vitamina C. Cardápio dia 1 ALIMENTO Per capita (g/ml) Medida caseira VET (kcal) PTN (g) CHO (g) LIP (g) Fibras (g) Ca (mg) Fe (mg) Na (mg) Vit C (mg) Vit A (mcg RE) Água para mistura do composto 120ml 1/2 da xicara 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Leite composto sabor chocolate 0,36g 1 colher chá 1,6 0,05 0,21 0,05 0 2 0 0,72 0 0 Bolo de laranja 60g 1 fatia média 243,6 2,4 47,1 5,04 0,66 - - - - - Maça 20g 1/4 da unidade 11,2 0,06 15,2 0 0,26 0,4 0,02 0 0,48 0,8 Arroz branco 30g 1 colher de arroz de servir 38,4 0,75 8,43 0,06 0,48 1,2 0,03 0,3 0 0 Feijão Preto 25g 1/2 da concha 19,25 1,12 3,5 1,23 2,1 7,25 0,37 0,5 0 0 29 Batata 7,5 ¼ da colher de sopa 5,77 0,04 1,38 0 0,16 1,27 0,01 0,22 1,78 0 Cenoura 3,75g 1/4 da colher de sopa 1,12 0,03 0,25 0 0,09 0,97 0 0,3 0 22,95 Frango 7,5 2/4 da colher de sopa 11 1,49 0,38 0,41 0,10 0,81 0,04 4,44 1,55 1,27 Alface 2g 1/4 da colher de sopa 0,22 0,02 0,03 0 0,3 0,76 0 0,06 4,68 0,31 Abobrinha 2,5g ¼ da colher de sobremesa 0,6 0,02 0,10 0,02 0,03 0,52 0,01 0,05 0,18 - Repolho 2,5g 1/4 da colher de sopa 0,42 0,02 0,09 0 0,04 0,87 0 0,1 0,46 - Melancia 33g 1/3 da fatia pequena 9,57 0,23 2,15 0,01 0,04 2,64 0,05 - 1,63 20,13 Água para mistura do composto 120ml 1/2 da xicara 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Composto lacteo sabor chocolate 0,36g 1 colher de chá 1,6 0,05 0,21 0,05 0 2 0 0,72 0 0 Macarrão com carne moída e cenoura 60 1 colher de arroz 62 2,02 10,22 1,47 5,50 0,28 - 5,10 5,70 - Banana 40g 1 unidade média 25,56 0,56 0,08 13,48 0,6 1,6 0,12 - 6,28 - TOTAIS 431,91 8,86 89,33 21,82 10,36 20,57 0,12 5,82 22,74 20,13 Valores de referência _ _ 700 21,9 114,9 17,5 13,3 350 4,9 < 2000mg 12 210 % de adequação _ _ 61,70% 40,4% 77,7% 124,68 % 77,89% 5,87% 2,44 % 0,29% 189,5% 9,58% % VET _ _ 43,19 3,54 35,73 19,63 _ _ _ _ _ _ 30 7. AVALIAÇÃO CRÍTICA DA REALIDADE ENCONTRADA NAS INSTITUIÇÕES A elaboração de cardápio é realizada pela diretora, com base no prato aberto, mas essa é uma atribuição exclusiva de nutricionista, assim a mesma sabendo a necessidades do publico em questão. O mesmo não atinge os 70% das necessidades nutricionais como estipula o PNAE, estando inadequado, sendo necessário uma reformulação. As refeições oferecidas diferem do cardápio estipulado. As cozinheiras não anotam tudo que sai do estoque, apenas alimentos processados, já os alimentos pereciveis não são controlados. Os pops deveriam ficar em local acessivel para os manipuladores para sanar duvidas e ensinar procedimentos. É necessario realizar um treinamento com as cozinheiras com a finalidade de ensinar boas praticas de manipulação, foi vizualizado uma cozinheira mascando chicletes, falando e rindo enquanto preparava as refeições. Os pratos servidos para os alunos não possuem padronização, ficando assim alguns pratos com mais ou menos comida, alguns faltam algum alimento do dia. Alguns alunos não realizam refeições no CEI é necessario investigar e incentivar a alimentação, esse incentivo pode ser feito por meio de mudanças na apresentação dos pratos. O CEI faz uso de muitos alimentos ultraprocessados, assim sendo necessario reduzir o mesmo já que não são recomendados para a faixa etária dos alunos, como por exemplo achocolatados. Os alimentos de horti-fruti não são comprados de agricutores familiáres como ordena o PNAE. E após o recebimento os mesmo ficam em contato com o chão até alguem ter disponibilidade para guarda-los. Falta de acolhimento no incio de estágio, assim sendo dificil adaptação, localização e sanar eventuais duvidas. 8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Foi realizado atividade de orientação nutricional com os alunos do CEI, mas devido a idade foi dificil aplicação, pois perdem atenção muito rapido e outros nem falam. No geral foi possivel análisar o funcionamento de escolas e aprender sobre o PNAE e suas atribuições e o papel da nutricionista nesse cenário. As nutricionistas poderiam fazer mais visitas á escola, planejar o cardápio com dorme as necessidades dos alunos, realizar mais atividades com os alunos para diminuir o numero de recusa de merenda, realizar treinamento com os funcionários e aplicação de POPS e manual de boas práticas, as medidas caseira precisam ser padronizadas para que todos consumam a mesma quantidade e os mesmos alimentos. Elaboração de cardápios adequado as recomendações e confecção de fichas técnicas preparações para padronizar as refeições. 31 9. REFERÊNCIAS FNDE, Ministério da Saúde. Histórico do PNAE. Disponível em:< https://www.fnde.gov.br/programas/pnae/pnae-sobre-o-programa/pnae-historico>. Acessado em 20 de Abril de 2022. FNDE, Ministério da Saúde. Resolução CD/FNDE nº 17 de junho de 2003. Disponível em:https://www.fnde.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/4620- resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-26,-de-17-de-junho-de-2013>. Acessado em 20 de Abril de 2022. CFN. Resolução CFN 689, de 04 de Maio de 2021. Disponível em:< https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_689_2021.html>. Acessado em 18 de Abril de 2022. Governo Federal de São Paulo. Programa Municipal de Banco de Alimentos. Disponivel em:< https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento/seguranca_alimentar/banc o_de_alimentos/index.php?p=151234>. Acessado em 18 de Abril de 2022. FNDE, Ministério da Saúde. Sobre o PNAE. Disponível em:< https://www.fnde.gov.br/programas/pnae>. Acessado em 18 de Abril de 2022. CFN. ResoluçãoCFN nº 646, de 18 de Março de 2020. 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Resolução Nº6, de 8 de Maio de 2020. Disponível em:< https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-6-de-8-de-maio-de-2020-256309972> Acessado em 17 de Abril de 2022. PINHEIRO ABV, LACERDA EMA, BENZECRY EH. et al. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 2000. USP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.0. São Paulo, 2019. UNICAMP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). Universidade de Campinas (UNICAMP). Campinas, 2011. Maurelli, Giovanna; Ribeiro, Roberta Maria Miranda. Desperdício De Alimentos Nas Escolas Públicas De Ensino Fundamental: Da Panela À Lixeira. ENPSSAN, 2019. Disponível em:<galoa-proceedings--enpssan-2019--123779.pdf> Acessado em 18 de Abril de 2022. CARVALHO et al. Hábitos alimentares e práticas de educação nutricional: atenção a crianças de uma escola municipal de Belo Horizonte, MG. 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Segurança alimentar e nutricional, Campinas, 17(2): 50-62, 2010. 34 ANEXOS Check-list 4 - CEP: 04370-105 5 - Telefone: (11)3624-4721 B - ASPECTOS DO CARDÁPIO Cardápio oficial do dia: : Leite composto sabor chocolate, bisnaguinha com manteiga, mamão, arroz, feijão preto, peixe ao molho de tomate, batata doce com cenoura, salada de alface com abobrinha, banana, leite composto sabor chocolate, sopa de feijão com macarrão, carne moida, ervilha seca, abobora, batata, chuchu e repolho e melão Cardápio da U.E. do dia:Leite composto sabor chocolate, bisnaguinha com manteiga, mamão, arroz, feijão preto, carne moídas, batata doce com cenoura, DATA DA VISITA: 29/04/2022 A - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE 1 - U. E: Centro de Educação Infantil Vera Alvarenga II 2 - Endereço: Rua alba, 1337. 3 - Bairro:Vila Santa Catarina salada de alface com abobrinha, banana, leite composto sabor chocolate, sopa de feijão com macarrão, carne moida, ervilha seca, abobora, batata, chuchu e repolho e melão AVALIAÇÂO DA REFEIÇÃO (de 5 a 10) Aparência (10) Cor (10 ) Odor (10) Sabor (10) Textura (10) ( ) Não havia preparações para degustação ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 1- ÁREA EXTERNA ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 1.1 Livre de focos de insalubridade x 1.2 Livre de proliferação de insetos e/ou roedores x 1.3 Sem comunicação direta com residências x 1.4 Garante acesso à portadores de deficiência x 35 2 - ÁREA INTERNA (COZINHA E DESPENSA) ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 2.1 Fiação elétrica exposta x 2.2 Encanamentos e pias em boas condições x 2.3 Presença de plantas naturais x 2.4 Limpeza adequada x 2.5 Livre acesso de pessoas no interior da cozinha x 3 – PISO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 3.1 Material adequado x 3.2 Estado de conservação x 3.3 Condição de limpeza x 36 4 – TETO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 4.1 Acabamento adequado x 4.2 Estado de conservação x 4.3 Condição de limpeza x 5 - PAREDES E DIVISÓRIAS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 5.1 Acabamento adequado x Com relevos. 5.2 Estado de conservação x 5.3 Condição de limpeza x 6 – PORTAS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 6.1 Material adequado x 6.2 Estado de conservação x 6.3 Proteção rodapé/ anti-pragas x 6.4 Condição de limpeza x 6.5 Portas de acesso fechadas x Porta fica aberta o tempo todo 7 - VENTILAÇÃO, JANELAS E ABERTURAS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 7.1 Temperatura adequada x 7.2 Janelas c/ material adequado x 7.3 Conservação das janelas x 7.4 Proteção contra vetores x 7.5 Condição de limpeza (janelas) x Precisam de limpeza 8 – PIAS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 8.1 Presença de pias p/ mãos x 8.2 Pias em nº adequado x 8.3 Condição de limpeza x 8.4 Estado de conservação x 37 ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 9.1 Ausência de reflexos/escurox 9.2 Proteção contra quedas/explosões x 1 luminária encontra-se sem proteção 9.3 Instalação elétrica protegida x 9.4 Limpeza das luminárias x 10.1 Canaletas com revestimento x 10.2 Tampas/grelhas c/ prot. Vetores x 10.3 Dispositivo de proteção fechado x 10.4 Condição de limpeza-canaletas x 11 – HIGIENIZAÇÃO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 11.1 Produtos de limpeza adequados x 11.2 Ausência de panos de algodão x 11.3 Uso correto de panos descartáveis x 11.4 Material de limpeza adequado x 12 - RESÍDUOS SÓLIDOS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 12.1 Lixeiras (material adequado, c/pedal) x 12.2 Recipiente p/ resíduos orgânicos x Aquisição de novas lixeiras 12.3 Lixeiras c/sacos s/ excesso de lixo x 12.4 Localização das lixeiras x 12.5 Armazenamento de resíduos na parte externa x 13 - UTENSÍLIOS/ EQUIPAMENTOS E MAQUINÁRIOS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 13.1 Constituídos de material adequado x 13.2 Quantidade adequada x 13.3 Armazenamento correto dos utensílios x 13.4 Condição de limpeza x 9 – ILUMINAÇÃO 38 14 - CONTROLE DE PRAGAS 39 ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 14.1 Ausência de pragas/indícios x Verificar última aplicação, certificado e periodicidade ITEM CARACTERÍSTICA NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 15.1 Local adequado x Mercadorias ficam no chão após o recebimento 15.2 Avaliação dos produtos x 15.3 Temp. de recebimento x 16 - PROCEDIMENTOS REALIZADOS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 16.1 Existência de cardápio/padronização 16.2 Ausência contaminação cruzada 16.3 Ausência de objetos estranhos 16.4 Descongelamento adequado 16.5 Resfriamento adequado 17 - ARMAZ. SOB REFRIG/CONGELAMENTO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 17.1 Produtos protegidos x 17.2 Identificação completa x 17.3 Acondicionamento caixas papelão x Foi encontrado caixas de papelão em freezers 17.4 Acondicionamento adequado x 18 - ESTOQUE SECO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 18.1 Exclusivo para gêneros alimentícios x 18.2 Estrutura física adequada x 18.3 Presença de pallets/prateleiras x 18.4 Condições de limpeza x 18.5 Ausência de caixas de papelão x 18.6 Armazenamento longe da parede/piso x 18.8 Obedecido o sistema PVPS x 40 18.9 Gêneros alimentícios vencidos x 19 - ASPECTOS DOS FUNCIONÁRIOS ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 19.1 Uniforme completo e limpo (avental e touca) x 19.2 Uso de touca/redes de proteção x 19.3 Adornos x 19.4 Presença de prod. p/ lavagem de mãos x 19.5 Presença de POP's x Pops ficam em local de dificil acesso 20 – SANITIZAÇÃO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 20.1 Limpeza da caixa d'água de 6 em 6 meses x 20.2 Desintetização realizada de 6 em 6 meses x 21 - ASPECTOS DE PRÉ-PREPARO, PREPARO E DISTRIBUIÇÃO ITEM CARACTERÍSTICA CONFORME NÃO CONFORME NÃO SE APLICA OBSERVAÇÕES 21.1 Higienização dos hortifrutis x 21.2 Higienização das latas x 21.3 Descongelamento feito conforme manual x 21.4 Produtos processados x 21.5 Modo de preparo conforme embalagens x 21.6 Sem uso de utensílios de madeira x 21.7 Procedimento das sobras de alimentos x 21.8 Armazenamento das sobras x São descartadas 21.9 Sobra limpa de alimentos x 41 Instalações de estoques 42 43 Mercadorias recebidas 44 45 Almoço dos alunos 46 Atividade realizada com os alunos UNIVERSIDADE PAULISTA Educação nutricional para crianças menores de 4 anos em uma creche pública de São Paulo Nutritional education for children under 4 years old in a public day care center in São Paulo Laura Cheiram¹, Mayara Marinho dos Santos¹, Alessandra Lucca² 1 Graduandas em Nutrição pela Universidade Paulista – UNIP 2 Nutricionista, Orientadora do Estágio de Saúde Pública pela Universidade Paulista - UNIP ABSTRACT This article aims to relate the knowledge of in natura and ultra-processed foods to the food refusal rates in children under 4 years of age in an early childhood education center in São Paulo. It refers to a food and nutrition education activity carried out in an Early Childhood Education Center (CEI) affiliated to the City of São Paulo, where data were collected individually through sensory activity, which was carried out in all students from 3 years of age. mini group classes 2. The activity carried out is called “What's inside the box”, with the objective of sharpening the student's touch, perceiving the different forms and analyzing the knowledge regarding in natura and ultra- processed foods. covered 55 children from mini group II, 30 female (54.5%) and 25 male (45.4%), noting a prevalence of male feminine. Of the total number of students (n=55, 100%), 20% of them did not know how to answer (n=11), 29% of the students made a mistake about the foods present in the surprise box (n=16) and 51% of them correctly answered which were the food present in the box (n=28). Regarding the correct answers (n=28, 100%), 64.3% were for ultra-processed foods (n=18) and 35.7% were correct for in natura foods (n=10). According to the results obtained in the intervention and in the food intake analysis activity after the implemented activity, a high rate of refusal of fruits and vegetables was identified. In order to solve this problem, it is recommended that they create more activities in schools to improve eating habits and that these also include parents, these should generate knowledge, inquiry and pleasure in their intake. Key words: Food and Nutrition Education, Food Intake, Child Nutrition. UNIVERSIDADE PAULISTA RESUMO O presente artigo tem como objetivo relacionar o conhecimento de alimentos in natura e ultraprocessados os índices de recusa alimentar em crianças menores que 4 anos de um centro de educação infantil de São Paulo. Refere-se a uma atividade de educação alimentar e nutricional realizada em um Centro de Educação Infantil (CEI) conveniado a Prefeitura de São Paulo, onde os dados foram coletados de forma individual por intermédio de atividade sensorial sendo essa realizada em todos os alunos de 3 classes de mini grupo 2. A atividade realizada chama-se “O que tem dentro da caixa”, apresentava como objetivo aguçar o tato do aluno, perceber as diferentes formas e analisar o conhecimento referente aos alimentos in natura e ultraprocessados. abrangeu 55 crianças do mini grupo II, sendo 30 do sexo feminino (54,5%), e 25 do sexo masculino (45,4%), notando uma prevalência de crianças do sexo feminino. Do total de alunos (n=55, 100%), 20% deles não souberam responder (n=11), 29% dos alunos erraram os alimentos presente dentro da caixa surpresa (n=16) e 51% deles acertaram quais eram os alimentos presentes na caixa (n=28). Em relação aos acertos (n=28, 100%), 64,3% foram de alimentos ultraprocessados (n=18) e 35,7% acertaram os alimentos in natura (n=10). De acordo com os resultados obtidos na intervenção e na atividade de análise de ingestão alimentar após a atividade implementada, foi identificado um alto índice de recusa de frutas, verduras e legumes. A fim de solucionar essa problemática é recomendado que criem mais atividades nas escolas para melhorar os hábitos alimentares e que essas incluam também os pais, essas devem gerar conhecimento, indagação e prazer na ingesta dos mesmos. Palavras-chaves: Educação Alimentar E Nutricional, Ingestão de alimentos, Nutriçãoda Criança. INTRODUÇÃO O consumo de alimentos não nutritivos e com alto teor energético aumentou mais de 90% na população brasileira após a transição alimentar, tendo como resultado o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade principalmente em crianças e adolescentes, fator esse que implica a necessidade de ações educativas em alimentação e nutrição para reverter esse cenário. (BARBOSA. et al, 2016) UNIVERSIDADE PAULISTA A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é um fator corroborativo para a promoção de saúde, através da aquisição de novos hábitos alimentares saudáveis. Tendo como objetivo elaborar estratégias para a prevenção de doenças e deficiências nutricionais, melhora da qualidade de vida, controle e prevenção de distúrbios alimentares e nutricionais. A mesma atua também fortalecendo hábitos alimentares regionais, ressaltando expressões da cultura alimentar, redução do desperdício de alimentos e incentivo do consumo sustentável saudável. (CARVALHO. et al, 2020) De acordo com o guia alimentar para crianças menores que 2 anos, o aleitamento materno deve ser realizado até os dois anos ou mais, sendo oferecido de forma exclusiva até os 6 meses. Após os seis meses deve-se iniciar a introdução alimentar, onde são oferecidos alimentos in natura ou minimamente processados além do leite materno. Após a introdução pode-se oferecer água e esta não pode ser substituída por nenhum outro líquido. Ultraprocessados, açúcar e sal não devem ser oferecidos. Já quando se trata de crianças maiores que 2 anos a recomenda-se que alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da alimentação. Sal, açucares e gorduras devem utilizados em pequenas quantidades, o consumo de alimentos ultraprocessados devem ser evitados e o de processados evitados. As recomendações energéticas para cada idade podem seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde, assim se adequando a cada indivíduo (GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2014; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). As escolas são consideradas um ambiente propicio para elaboração de projetos de EAN, considerando que os alunos encontram-se em crescimento físico e adquirindo conhecimentos e hábitos. Um nutricionista juntamente com profissionais da área pedagógica pode estabelecer atividades/ações para promoção da alimentação saudável, seguindo os parâmetros do PNAE, tendo como objetivo atingir as necessidades diárias, de acordo com a faixa etária e período escolar, assim formando hábitos alimentares saudáveis. É de extrema importância desenvolver nos alunos o olhar crítico e autonomia referente a suas escolhas alimentares, sendo a educação alimentar e nutricional realizada com crianças um fator contribuinte para a prevenção de doenças e promoção de saúde ao decorrer da vida (BARBOSA. et al, 2016). UNIVERSIDADE PAULISTA JUSTIFICATIVA A fim de obter um resultado positivo de introdução alimentar dos alimentos in natura e diminuição da ingestão de alimentos ultraprocessados, é extremamente importante a implementação de atividades de educação nutricional nas escolas. Com estas, obtêm-se uma queda na quantidade de indivíduos com obesidade infantil e dislipidemias em crianças menores de 4 anos, sendo assim, gerando hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis. OBJETIVOS Objetivos Geral: Relacionar o conhecimento de alimentos in natura e ultraprocessados os índices de recusa alimentar em crianças menores que 4 anos de um centro de educação infantil de São Paulo. Objetivo específico: Analisar conhecimento de alimentos in natura e ultraprocessados; Comparar os resultados obtidos com os índices recusa alimentar de fruta verduras e legumes; Realizar educação nutricional para estimular o consumo de alimentos saudáveis. METODOLOGIA Refere-se a uma atividade de educação alimentar e nutricional realizada em um Centro de Educação Infantil (CEI) conveniado a Prefeitura de São Paulo, localizada na Vila Santa Catarina, zona sul, de São Paulo. Foi elaborada e efetuada durante os meses de março e abril, no período matutino, com crianças até 4 anos, do sexo feminino e masculino, matriculados na unidade de ensino. A presente intervenção de educação alimentar nutricional deu-se por meio de alunos da Universidade Paulista (UNIP) que prestavam estágio obrigatório de nutrição nessa unidade. Os dados foram coletados de forma individual por intermédio de atividade sensorial sendo essa realizada em todos os alunos de 3 classes de mini grupo 2, aplicada pelos próprios com orientação da nutricionista supervisora. Os gráficos foram criados após a contabilização das respostas no programa Excel. A atividade realizada chama-se “O que tem dentro da caixa”, apresentava como objetivo aguçar o tato do aluno, perceber as diferentes formas e analisar o UNIVERSIDADE PAULISTA conhecimento referente aos alimentos in natura e ultraprocessados. Os alunos tinham que colocar a mão dentro da caixa, de papelão encapada com eva, onde não era possível visualizar os alimentos e descobrir de qual alimento se tratava. Dentro da caixa encontrava-se alimentos in natura, como: banana, milho, abobrinha, e alimentos ultraprocessados, como: macarrão instantâneo, bolacha recheada e suco de caixinha. Foi realizada em sala de aula com todos os alunos sentados aguardando a sua vez e ouvindo as respostas dos colegas, tendo duração de 45 min em cada sala. As respostam eram contabilizadas conforme a quantidades de acertos, sendo elas, (a) acertou todos os ultraprocessados, (b) errou todos os ultraprocessados, (c) acertou todas as frutas, (d) errou todas as frutas, (e) não soube responder. Ao final da atividade foi realizado contagem dos alunos participantes. Após a realização da atividade de educação alimentar e nutricional os alunos receberam uma breve orientação sobre alimentação saudável. Para avaliar os resultados obtidos com a intervenção foi realizado o acompanhamento das refeições um dia antes da aplicação da atividade e um dia depois, assim possibilitando comparar os índices de recusa, adesão e repetição da merenda escolar. RESULTADOS A aplicação da intervenção realizada no CEI, abrangeu 55 crianças do mini grupo II, sendo 30 do sexo feminino (54,5%), e 25 do sexo masculino (45,4%), notando uma prevalência de crianças do sexo feminino (Gráfico 1) Do total de alunos (n=55, 100%), 20% deles não souberam responder (n=11), 29% dos alunos erraram os alimentos presente dentro da caixa surpresa (n=16) e 51% deles acertaram quais eram os alimentos presentes na caixa (n=28). (Gráfico 2). Em relação aos acertos (n=28, 100%), 64,3% foram de alimentos ultraprocessados (n=18) e 35,7% acertaram os alimentos in natura (n=10). (Gráfico 3). Dentre os 16 alunos que erraram os alimentos (100%), 62,6% dos indivíduos não souberam responder corretamente quais eram os alimentos in natura presente na atividade os confundiram com outros (n=10). Já 37,5% deles erraram no momento de adivinhar os alimentos ultraprocessados (n=6). (Gráfico 4). UNIVERSIDADE PAULISTA Gráfico 1: Participantes da Intervenção Nutricional Gráfico 2: Avaliação do conhecimento de crianças em relação a alimentos in natura e ultraprocessados. UNIVERSIDADE PAULISTA Gráfico 3: Acertos em relação aos alimentos. Gráfico 4: Quantidade de erros na atividade de adivinha dos alimentos. De acordo com o planejamento da atividade, foi possível realizar do mesmo formato, porém a faixa de idade dificultou um pouco, pois nem todos conheciam os alimentos ou tinham medo de participar da atividade. Foi observado que a maioria das crianças não conheciam os alimentos in natura e relataram não gostar dos mesmos sem nem mesmo ter realizado a UNIVERSIDADE PAULISTA degustação. Além disto, os mesmos demonstraram conhecimento dos alimentos industrializados e relataram o consumo frequente em casa e
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