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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Germinação e propagação de mudas Professora Amanda Figueiredo Guedes Relatório sobre germinação e propagação de diversas plantas Evanir Magalski Marieli da Costa Pereira Roberta Mayer da Silva Vacaria 2022 1. Introdução O processo de germinação das sementes envolve uma sequência ordenada de eventos, dentre eles divisões celulares, acúmulo de reservas e perda de água, além do acúmulo de açúcares, aminoácidos, e amidas, ainda quando está ligada à planta-mãe. Depois de tudo isso as moléculas mais complexas são formadas incluindo amido, lipídios, celulose, proteínas e várias outras. Com isso as sementes se desenvolvem, passam pelo repouso fisiológico, criptobiose, quiescência e dormência. As sementes contam sempre com a ajuda da temperatura, umidade e teor de água baixos para reduzirem o metabolismo e a respiração, evitando a rápida deterioração e para manterem o repouso fisiológico ativo evitando o crescimento do embrião até o momento desejado. Então para que a germinação ocorra, é necessária a reativação do crescimento embrionário, para isso a semente deve ser embebida, hidratada com água e ter condições ideais de temperatura e luz para dar início ao processo de germinação, esses são os principais eventos e mecanismos necessários para regularem a germinação. A germinação é caracterizada por passar por várias etapas e pelo fim do período de repouso fisiológico. O processo começa com o contato da semente com água, logo em seguida começa o desenvolvimento embrionário que resulta em uma plântula normal. A germinação das sementes é caracterizada por três principais eventos metabólicos conhecidos como fases. Fase I: respiração, ativação de enzimas, síntese de RNA, liberação de soluto, reparo; Fase II: síntese de enzimas, digestão, translocação e simulação de reservas, síntese de proteínas, síntese de mitocondrio; Fase III: alongamento e divisão celular. O desempenho das sementes é influenciado por fatores relacionados à própria semente e ao ambiente, entre eles estão: vitalidade e viabilidade, longevidade, grau de maturidade, dormência, sanidade, genótipo, água, temperatura, oxigênio, luz e promotores químicos. A produção de mudas se dá através do plantio e germinação das sementes, estaquia, enxertia, na verdade a produção de mudas vai depender da planta que você deseja cultivar. 2. Forma de condução da prática de germinação e propagação de mudas– Metodologia No dia 3 de setembro de 2022 realizamos a primeira aula prática, nessa fizemos o plantio de sementes de diversas plantas, como: couve brócolis, cebolinha verde, rabanete comprido, milheto, teosinto. O plantio ocorreu em substrato próprio, composto por terra e casca de arroz queimado, em sementeiras de isopor que ao final foram colocadas em um float, que nada mais é que uma espécie de piscina que auxilia na manutenção da umidade na semente para que ela germine com maior facilidade e rapidez. Também realizamos o plantio de sementes diversas e hastes de camélias em substrato de terra pura e areia, além de mudas de rosas no canteiro externo. Este canteiro é recoberto por um plástico especial para utilização na agricultura pois reduz a mão de obra para limpeza de plantas espontâneas. No dia 17 de setembro de 2022 realizamos experimentos com o papel germitest, neles foram colocadas sementes de feijão (116 sementes), teosinto (50 sementes), milho (50 sementes), após, foram enrolados e colocados na geladeira (BOD) a 25°C, 12 horas de fotoperíodo. Sementes das mesmas plantas foram colocadas na areia. Sementes de tanchagem foram colocadas sobre papel germitest, dentro de placas de petri e também acondicionadas na geladeira (BOD). Neste mesmo dia realizamos o plantio de camélias em areia, os ramos da planta foram colocados por alguns segundos embebidos em uma solução de Ácido Indol-3-butírico, 1000ppm (m/m). Esta solução serve para auxiliar plantas mais lenhosas a desenvolverem raízes com maior facilidade e rapidez. 3. Resultados e Discussão Após 4 ou 5 dias, muitas sementes que foram semeadas e colocadas no float, começaram a emitir as primeiras folhas e raízes, assim como, algumas semeadas em areia, em contrapartida as semeadas na terra pura não haviam se desenvolvido. A explicação para a brotação ter ocorrido primeiro no float, é o fato de que nele, as sementes têm água a disposição o tempo todo, enquanto na terra depende que alguém as regue com frequência. Quanto às plantadas na areia, acreditamos que emitiram raízes pois a areia se mantém por mais tempo úmida e é mais porosa, facilitando a brotação. Algumas das sementes acabaram não germinando, talvez por já estarem velhas, talvez por apresentarem tegumento mais espesso, ou até mesmo, estarem em período de dormência. No dia 17 de setembro de 2022, as sementes que germinaram (teosinto e couve brócolis) já estavam bem mais desenvolvidas, possibilitando visualizar as diferenças entre uma e outra. 4. Considerações A germinação é um processo fisiológico complexo, que depende de fatores intrínsecos associados à própria semente e ao ambiente, sem estes fatores favoráveis não teremos a germinação e a produção para propagação das mudas. Realizamos o acompanhamento do desenvolvimento, da germinação de sementes e das estacas que plantamos. Poder associar a teoria com a prática é uma forma muito eficiente de associar o conhecimento, facilitando o entendimento. Não deve apresentar nenhuma consideração que não seja fruto da discussão em dupla. 5. Bibliografia - Buchanan, B. B.; Gruissem W.; Jones, R. L. Biochemistry and Molecular Biology of Plants. 1. ed., 2000, p. 696-705. - Fernandes, M. S. (Ed.). Nutrição mineral de plantas. Viçosa: SBCS, 2006. 432p. - Fowler, D., Pyle, J.A., Raven, J.A., Sutton, M.A. The global nitrogen cycle in the twenty-first century: introduction. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences. v. 368 p. 1621, 2013. - Heldt, H. W., Piechulla, B. Nitrate assimilation is essential for the synthesis of organic matter. Plant Biochemistry (Fourth Edition), 273-305, 2005. - Nelson, D. L.; Cox,M. M. Lehninger Princípios de Bioquímica. 4. ed., São Paulo: Sarvier, 2006, 1202p. - Pallardy, S. G. Chapter 9 – Nitrogen Metabolism. Physiology of Woody Plants (Third Edition), 233-254, 2008. - Salisbury, F.B.; Ross, C.W. Fisiologia de Plantas – Tradução da 4ª edição norte-americana. 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