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0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS FACULDADE DE ENGENHARIA – JOÃO MONLEVADE ENGENHARIA METALÚRGICA RELATÓRIO DA PRÁTICA: FUNDIÇÃO DE LIGA DE ALUMÍNIO-SILÍCIO JOÃO MONLEVADE – MINAS GERAIS JULHO DE 2023 1 GABRIELLE SCHULTZ BRAZ RELATÓRIO DA PRÁTICA: FUNDIÇÃO DE LIGA DE ALUMÍNIO-SILÍCIO Trabalho apresentado ao professor da disciplina Solidificação e Fundição do Curso de Graduação em Engenharia Metalúrgica da Universidade do Estado de Minas Gerais, como requisito parcial para a aprovação na referida disciplina. Docente: Dr. Girley Ferreira Rodrigues. JOÃO MONLEVADE – MINAS GERAIS JULHO DE 2023 2 RESUMO Este relatório tem por objetivo apresentar o resultado obtido durante a prática de fundição de molde cheio em areia verde, mostrando como funciona tais processos de fundição. Para tornar isso possível, foi realizado inicialmente o preparo da areia verde e o desenvolvimento do modelo a ser fundido. Em seguida, foi montado o molde onde a liga de alumínio-silício, que havia sido fundida na mufla, fosse depositada. E a partir disso, foi possível observar como funciona a fundição tanto em molde cheio quanto em molde de areia verde. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1.1 OBJETIVO ......................................................................................................... 4 2 REFERENCIAL TEÓRIOCO .................................................................................... 5 2.1 PROCESOS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS METÁLICOS ........................ 5 2.2 PROCESSO DE FABRICAÇÃO POR FUNDIÇÃO ............................................ 5 2.2.1 Fundição em Areia Verde ............................................................................ 7 2.2.2 Fundição em Molde Cheio ........................................................................... 9 2.3 ALUMÍNIO E SUAS LIGAS ................................................................................ 9 2.3.1 Classificação das Ligas de Alumínio .......................................................... 10 2.3.2 Liga de Alumínio - Silício ........................................................................... 11 3 MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................. 12 3.1 MATERIAIS ...................................................................................................... 12 3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................... 13 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 13 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17 4 1 INTRODUÇÃO Segundo Matte (2018), as indústrias de processamento de matérias primas metálicas, assim como as demais indústrias, visam o aumento de produtividade, a redução de custos operacionais e desperdícios. Para que estes objetivos sejam alcançados, é comum a prática de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que agreguem valor aos produtos e reduzam o tempo de fabricação. Dentre os mais variados processos de fabricação industrial, encontra-se o processo de fundição, o qual consiste no vazamento de metal líquido num molde contendo uma cavidade com a geometria desejada para a peça final. O processo de fundição demanda materiais específicos para a sua execução, os quais devem ter características de resistência térmica e estrutural (MOREIRA, 2011). O amplo uso das ligas Al-Si em aplicações nas quais a qualidade da estrutura resultante da solidificação é tão importante (fundição e soldagem) está relacionado com as características que o seu principal elemento de liga, o silício, confere às ligas de alumínio. Nestas ligas o silício é usado em teores de até 12 ou 13 % e aumenta a fluidez do alumínio líquido permitindo que o mesmo flua melhor através das cavidades do molde de fundição, permitindo a obtenção de produtos com formatos mais complexos. Este trabalho abordará o processo de fabricação de peças por fundição em molde cheio e areia a verde. Nele será estudado e descrito todo o processo - desde a produção da areia, dos moldes até o tratamento final da peça - e os resultados assim obtidos experimentalmente em laboratórios da instituição (Ctec). 1.1 OBJETIVO Demonstrar o que foi aprendido em sala a respeito do processo de fundição e seus tipos: Fundição em Molde Cheio e Fundição em Areia Verde. 5 2 REFERENCIAL TEÓRIOCO 2.1 PROCESOS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS METÁLICOS Para Kiminami (2013), a fabricação de produtos metálicos utiliza processos que visam dar forma (geometria, dimensões, acabamento superficial) ao metal puro ou liga metálica com as especificações estabelecidas para o produto, e também conferir a este o conjunto de propriedades (resistência mecânica, dureza, resistência ao desgaste, resistência à corrosão, condutividade elétrica, densidade etc.) além de e propriedades ou atributos econômicos (preço e disponibilidade do material e de processos), exigido para o seu bom desempenho. Assim sendo, existe uma relação complexa e importante a ser considerada para a seleção do material e da rota de processamento, que é a relação entre as especificações do produto (forma, propriedades), metal ou composição da liga e os processos de fabricação. Os processos de fabricação metálicos são classificados como processos com remoção de cavaco e sem remoção de cavaco. Nos processos com remoção de cavaco ocorre muitas formas de usinagem, sendo estas, usinagens do tipo convencional e do tipo não-convencional. As formas de usinagem do tipo convencional abrangem operações como: torneamento, fresamento, furação entre outros. Já nos processos não-convencionais pode-se citar operações como: jato d’água, jato abrasivo, fotoquímica entre outros. (GROOVER, 1996). Processos de fabricação sem a remoção de cavaco são classificados como processos de fundição, soldagem, metalurgia do pó e conformação, sendo esta última subdividida em laminação, trefilação, extrusão, forjamento e estampagem. 2.2 PROCESSO DE FABRICAÇÃO POR FUNDIÇÃO Groove (2016) define fundição “como um processo no qual o metal fundido flui pela força da gravidade, ou por ação de outra força, num molde em que ele solidifica com a forma da cavidade do molde”. A fundição de peças é geralmente feita em uma fábrica chamada de fundição, onde são produzidos os moldes, o metal é fundido e trabalhado no estado líquido. Como vantagens do processo de fundição pode-se citar as dimensões das peças que 6 podem ser desde poucas gramas, até produtos muito grandes e pesando toneladas, bem como a fabricação de peças complexas, já como desvantagem pode-se citar as limitações em propriedades mecânica, baixa precisão dimensional e acabamento superficial (GROOVER,1996). Segundo Chiaverini (1977), uma peça produzida por fundição, pode ter a forma definitiva ou não, pode ser de forma complexa, inclusive com detalhes internos. Os formatos das peças produzidas a partir do metal líquido pode ser submetida a trabalhos de conformação mecânica, no estado sólido com o que são obtidas novas formas das peças. O fluxograma da Figura 1, demonstra as etapas do processo de fundição de uma peça fundida. Figura 1: Operações básicas para a produção de uma peça fundida em areia verde. Fonte: Adaptado de Kiminami (2013). A Figura 1 demonstra um fluxogramasimplificado das operações básicas para a produção de uma peça fundida, a qual pode ser aplicada a maioria dos processos de fundição. 7 2.2.1 Fundição em Areia Verde De acordo com Filho (2016), a técnica de fundição mais comum é a moldagem em areia verde, que consiste em uso do molde feito em areia úmida e, em seguida, compactada. O Termo “verde” significa que a umidade foi acrescentada na areia e aglomerantes. Essa técnica é largamente utilizada devido à sua facilidade de uso, baixo custo e abundância de matéria-prima. A areia verde é a combinação da areia sílica com os agentes aglomerantes, em geral a argila, componentes estes normalmente baratos. O processo de fundição consiste em liquefazer o metal desejado utilizando um cadinho (recipiente onde é depositado o metal), um forno e um queimador. A etapa inicial é a escolha da peça a ser reproduzida. A areia utilizada na compactação é uma mistura de areia de sílica a uma série de elementos: bentonita, pó de carvão, amido de milho e água. Essa areia é compactada por cima da peça numa caixa feita de madeira criando assim um negativo de areia, visto na Figura 2. Figura 2: Primeira etapa da compactação. Fonte: Costa, 2000. Essa caixa é facilmente desmontada para facilitar a remoção da peça final. A peça é removida e então o molde é criado pela compactação. Na caixa de areia vão também os dutos de alimentação (Figura 3). Esses dutos levam o metal fundido até o negativo do molde. Os dutos são importantes para se ter certeza que todo o molde foi preenchido uniformemente, além de evitar deformidades na peça final (FILHO, 2016). 8 Figura 3: Dutos de alimentação na caixa de areia. Fonte: Costa, 2000. O metal então é despejado na caixa através dos dutos de alimentação no molde feito de areia a verde e por gravidade, o metal desce e preenche todo o espaço do molde conforme apresentado na Figura 4. Figura 4: Despejo de metal no molde de areia. Fonte: Costa, 2000. O tempo de solidificação é influenciado pelo tamanho da peça fundida. Após o tempo de resfriamento, o molde é destruído; porém sua matéria prima não é desperdiçada e a peça final então é removida. Depois da desmoldagem, a peça vai para processos de acabamentos superficiais que incluem tratamentos térmicos e usinagem (FILHO, 2016). Após a utilização, praticamente toda a areia (98%) pode ser reutilizada. As vantagens do processo são: tem o mais baixo custo dentre todos os métodos, facilidade de reparo dos moldes e possui equipamentos mais simples. As desvantagens são: A areia natural é normalmente heterogênea, ou seja, sua composição varia para cada parte, influenciando na qualidade das peças; acabamento superficial inferior que resulta em uma peça rugosa e uma maior deformação do molde (erosão) com peças de maior tamanho (MORO; AURAS, 2007). 9 2.2.2 Fundição em Molde Cheio Segundo Martins (2003), o processo Molde Cheio é um processo de fundição em areia, sem aditivos, no qual se emprega um modelo (réplica da peça) que é confeccionado em poliestireno expansível. Este modelo é pintado com uma tinta refratária e com o auxílio de uma vibração externa o molde é confeccionado com o modelo no seu interior. Ao vazar o metal no molde, o modelo sofre uma degradação térmica pelo metal líquido que penetra no molde através do sistema de canais de alimentação, reproduzindo a forma do modelo degredado. Durante a queima, os gases gerados devem escapar através da camada de tinta e penetrar na areia solta, o que permite a sua saída com facilidade. Esta areia solta pode ser reaproveitada sem tratamentos e descartes onerosos. Após a solidificação, as peças podem ser facilmente desmoldadas requerendo pouca ou quase nenhuma rebarbação. O processo Molde Cheio pode ser dividido nas várias etapas mostradas a seguir: • Confecção do modelo em poliestireno expansível; • Dimensionamento e colagem do sistema de canais de enchimento do modelo; • Pintura dos modelos de poliestireno; • Confecção do molde; • Vazamento do metal; • Desmoldagem. 2.3 ALUMÍNIO E SUAS LIGAS O alumínio é o metal, depois do ferro, mais utilizado na fabricação de peças. Isto se deve ao grande campo de aplicação deste material, em virtude de suas características. O alumínio e suas ligas tem grande importância técnica devido a sua baixa densidade, elevada relação resistência/peso, elevada resistência a corrosão, endurecibilidade de muitas ligas, boa aparência, fabricabilidade e possibilidade de tratamentos superficiais (Weingaertner e Schroeter, 1991), além de outras propriedades. 10 Os maiores campos de aplicação dos alumínios são hoje a indústria de transportes (automóveis, aviões, vagões, etc.), a construção civil, a engenharia mecânica e eletrotécnica e a indústria de embalagens (Weingaertner e Schroeter, 1991). As indústrias automobilística e aeronáutica desenvolveram numerosas ligas de alumínio de, normalmente, baixa resistência a corrosão e de baixa eletrocondutibilidade, mas com valores bem elevados de resistência a tração (por exemplo, 54 kgf/mm\ após adequados tratamentos térmicos e mecânicos (Coutinho, 1980). 2.3.1 Classificação das Ligas de Alumínio Segundo Gomes e Bresciani Filho (1976), todas as ligas a base de alumínio podem ser divididas em dois grupos principais, a saber: ligas para tratamento mecânico ou conformadas; e ligas de fundição. As ligas para tratamento ou trabalho mecânico são aquelas em que o metal é mecanicamente trabalhado por processos como laminação, extrusão, forjamento e estiramento. Este grupo admite duas subdivisões como segue: ligas que não respondem ao tratamento térmico e nas quais as propriedades mecânicas são determinadas pelo grau de trabalho a frio e consequente encruamento que podem sofrer, são conhecidas também como ligas trabalhadas não tratáveis ou ligas encruáveis; e Iigas termicamente tratáveis, as quais suas propriedades mecânicas podem ser otimizadas através de tratamento térmico (Gomes e Bresciani Filho, 1976). As ligas de fundição se classificam em ligas binárias, com um único elemento adicionado, e Iigas complexas ou ternárias, com mais de dois elementos de liga. São tres as ligas binárias comuns: ao cobre, ao magnesia e ao silicio; menos comum é a liga ao estanho usada como anti-fricção. As Iigas complexas são os grupos alumínio- cobre-silício, alumínio-cobre-silício-magnésio, alumínio-silício-magnésio e alumínio- cobre-silício-níquel-magnésio (Gomes e Bresciani Filho, 1976), as quais originam diversos microconstituintes, como Al7Cu2Fe, NiAl3, Mg2Si e Al2CuMg, dificeis de se identificar pela microscopia óptica (Coutinho, 1980). 11 2.3.2 Liga de Alumínio - Silício As ligas de alumínio-silício, largamente usadas, são fundidas em areia e em moldes permanentes, por gravidade ou por pressão. Apresentam boas propriedades em geral, com excelente resistência a corrosão, até mesmo a ácidos fracos. Essas ligas, principalmente em composições próximas do eutético, contendo de 11 a 14% de silício (Trent, 1984), e sob fusão simples, são muito frágeis devido à estrutura grosseira apresentada pelos grãos de silício e placas de alumínio (Perret,1948, apud Gomes e Bresciani Filho, 1976). Porém, mediante o tratamento conhecido por "modificação", é possível empregar um teor de silício até maior do que o correspondente a composição do eutético e obter peças moldadas em areia de boas características estruturais, ao lado de melhor resistência mecânica e grande ductilidade. O tratamento de "modificação" não é necessário para ligas de alto teor em silício que venham a ser resfriadas rapidamente por moldagem sob pressão, ou em molde permanente (Gomes e Bresciani Filho, 1976). As ligas de alumínio-silício são materiais difíceis de se cortar, tendo nódulos de silício, fase dura, distribuídos aleatoriamentesobre uma matriz de alumínio, fase mole. Estas ligas tem provado ser muito resistente ao desgaste, fazendo delas potencialmente úteis na confecção de instrumentos de precisão, máquinas, pistões e blocos de cilindros de motores em automóveis. Até agora, ligas de alumínio com pouco silício têm sido largamente utilizadas por causa de suas maiores usinabilidades do que as ligas de alumínio de alto silício (Fukumoto e Ayabe, 1990). O silício aumenta a fluidez do alumínio liquido, permitindo que ele flua através de delgadas paredes na cavidade do molde e reproduza detalhes mais delicados. Ele também reduz a contração externa, melhora a estanqueidade, diminui porosidade no produto fundido, reduz o coeficiente de expansão e melhora a soldabilidade. Entretanto, não contribui apreciavelmente para a usinabilidade. Em teores altos torna difícil a usinagem. Contribui para a resistência mecânica, principalmente quando combinado com o magnésio por tornar a liga tratável termicamente. O silício preferivelmente deve estar na liga no estado modificado, isto e em formas arredondadas e bastante dispersas na matriz de alumínio. O ferro presente em mais de 1,5 % pode causar uma estrutura grossa e quebradiça no silício alto, mas previne o metal de soldar-se ao molde metálico na fundição em molde permanente; vem daí 12 a justificativa de prescreverem-se baixos teores de ferro nas ligas fundidas em areia e mais altos teores nas ligas fundidas em moldes permanentes (Gomes e Bresciani Filho, 1976). O silício e um dos principais elementos de ligas em muitas ligas fundidas (tipos Al-Si, Al-Si-Cu, Al-Si-Mg e Al-Si-Mg-Cu). Isto foi verificado experimentalmente por Fukumoto e Ayabe (1990), onde observaram que quando a quantidade de silício aumentava os nódulos de silício também aumentava em dimensão e número, resultando numa relação linear entre o aumento percentual em silício e o aumento em dureza da liga. A dimensão das partículas de silício nas ligas pode ser diminuída pela adição de um modificador tais como sódio, estrôncio ou cálcio. Nas ligas de silício hipereutéticas, fósforo é o nucleante do silício primário mais eficiente, e sua adição na fusão resulta em maior número de partículas de silício de menores diâmetros. O refinamento das partículas de silício e muito eficaz na redução do desgaste da ferramenta (Chamberlain, 1989). As ligas fundidas de alumínio-silício entre 17 e 23% de silício, onde o percentual de silício está acima da composição eutética, contem em suas estruturas grandes grãos de silício, além do silício espalhado finamente da estrutura eutética. Os cristais grandes de silício aumentam demasiadamente o desgaste, até quando se usa ferramentas de metal duro (TRENT, 1984). 3 MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS - Areia de construção - Argila (grafilito); - Água; - Espátula e cabo de madeira; - Caixa de madeira (molde); - Mufla; - Isopor; - Liga alumínio – silício. 13 3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1) Adicionar água numa mistura prévia de areia de fundição e grafilito (areia verde) misturando bem até se obter uma massa homogênea. A massa deve aglomerar facilmente quando pressionada entre as mãos, porém sem grudar (massa úmida). 2) Moldar o isopor de acordo com o modelo desejado. 3) Colocar o modelo juntamente com a caixa sobre uma superfície plana e firme. 4) Adicionar a mistura de areia aos poucos, compactando com a ajuda de um pedaço de madeira. Assegurar-se para que todos os detalhes do modelo sejam cobertos de areia compactada. 5) Depois de preencher toda a caixa, escolha os locais para alimentação e subida do metal líquido. Com as espátulas escave o molde cuidadosamente assegurando-se para que não fiquem grãos de areia soltos. Lembre-se de deixar uma cavidade adequada para verter o metal líquido e de prover uma geometria adequada para os canais e o massalote. 6) Adicionar a liga ao cadinho e leva-lo na mufla a 800°C. 7) Agora posicione o molde sobre a caixa de areia e verifique a temperatura do metal líquido (cerca de 500°C a 1000°C acima de sua temperatura de fusão). 8) Verta o metal líquido no molde de maneira contínua até o preenchimento completo. 9) Aguarde a solidificação do metal. 10) Quebre o molde e retire a peça pronta. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante a prática foi preparada a areia verde, misturando areia de construção (Figura 5), argila (Figura 6) e água, de forma que que ela ficasse fofa, a ponto de ser conformada, sem esfarelar (Figura 7). 14 Figura 5: Areia de Construção. Fonte: Autora, 2023. Figura 6: Argila (grafilito). Fonte: Autora, 2023. Figura 7: Mistura (areia verde). Fonte: Autora, 2023. Após termos preparado a areia, fez-se o modelo em isopor, onde deixamos no formato que queríamos, com isso iniciou a preparação da caixa e do molde (Figura 8). 15 Figura 8: Preparação do Molde. Fonte: Autora, 2023. Enquanto preparamos o molde (Figura 9), foi preparado o cadinho que ia para a mufla (forno) com a liga escolhida (Figura 10). Figura 9: Molde preparado para fundição. Fonte: Autora, 2023. Figura 10: Liga preparada no cadinho. Fonte: Autora, 2023. 16 Durante toda essa preparação a mufla (forno) estava esquentando até atingir 800°C (Figura 11), onde após o cadinho ser colocado em seu interior, ele permaneceu lá por 20 minutos, ate ter fundido a liga, visto que a temperatura de fusão dessa liga era de 570°C. Figura 11: Mufla. Fonte: Autora, 2023. Após fundido, o metal foi vertido no molde para tomar a forma da peça que foi escolhida anteriormente (Figura 12). Figura 12: Metal vertido no molde. Fonte: Autora, 2023. 17 Após solidificada a peça foi retirada do molde (Figura 13), tendo as suas rebarbas lixadas afim de dar um melhor acabamento para a mesma (Figura 14). Figura 13: Peça solidificada. Fonte: Autora, 2023. Figura 14: Peça Final. Fonte: Autora, 2023. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante os fatos supracitados é possível concluir que em função do processo de fundição em molde cheio e em areia verde, é necessário ter um conhecimento prévio das condições para realizar tal atividade. E também, das propriedades do material a qual iremos fundir, para assim poder determinar qual o melhor processo a ser realizado. REFERÊNCIAS BEZERRA, A. A. Influência dos principais parâmetros no processo de alargamento de uma liga de alumínio-silício. 1998. 139 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.1998.25 18 CHAMBERLAIN, B. (1989). 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