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HONORÁRIOS-ADVOCATÍCIOS-E-PERICIAIS

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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
1 DESPESAS PROCESSUAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ............................. 5 
1.1 Custas e emolumentos na Justiça do Trabalho ............................................. 5 
1.2 Pagamentos de custas e emolumentos na Justiça do Trabalho .................. 10 
1.3 Isenção ou dispensa do pagamento das despesas processuais na Justiça do 
Trabalho .................................................................................................................... 10 
2 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO .................... 12 
3 TIPOS DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ... 15 
3.1 Honorários Contratuais na Justiça do Trabalho ........................................... 16 
3.2 Honorários Advocatícios de Sucumbência na Justiça do Trabalho .............. 17 
3.3 Divergência Jurisprudencial relativo aos honorários recíprocos de 
sucumbência na Justiça do Trabalho ........................................................................ 20 
3.3.1 Do Princípio da Sucumbência ............................................................... 21 
3.3.2 Consequências da aplicação do princípio da sucumbência aos honorários 
sucumbenciais na sucumbência recíproca ................................................................ 22 
3.3.3 Violação dos limites legais estabelecidos à fixação dos honorários de 
sucumbência na Justiça do Trabalho ........................................................................ 23 
3.4 Honorários Arbitrados na Justiça do Trabalho ............................................. 23 
3.5 Honorários Assistenciais .............................................................................. 24 
4 BASE DE CÁLCULO DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS ....................... 24 
5 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E SUCUMBENCIAIS VERSUS JUSTIÇA 
GRATUITA ................................................................................................................ 26 
6 HONORÁRIOS PERICIAIS ................................................................................ 27 
7 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO .................................................... 29 
8 HONORÁRIOS DE PROCEDÊNCIA PARCIAL ................................................ 30 
9 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA SUBSTITUIÇÃO JUDICIAL ................... 30 
10 PRESCRIÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO .............................................................................................................. 32 
 
11 A RELEVÂNCIA DO ADVOGADO TRABALHISTA NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO ..............................................................................................................32 
11.1 Princípio da Proteção ................................................................................... 33 
11.2 Princípio da Primazia da Realidade ............................................................. 34 
11.3 Princípio da irrenunciabilidade ..................................................................... 34 
11.4 Princípio da Continuidade ............................................................................ 34 
12 ATRIBUIÇÕES DO ADVOGADO NA JUSTIÇA DO TRABALHO .................... 35 
12.1 Comunicação e Oratória na Justiça do Trabalho ......................................... 35 
13 REFERÊNCIAS: ................................................................................................ 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. 
 O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e 
todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em 
perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que 
serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
 
Bons estudos! 
 
 
5 
 
 
1 DESPESAS PROCESSUAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
LEITE (2021) traz um conceito de Marinoni e Mitidiero, relativo as despesas 
processuais, eles dizem que as despesas processuais são todos os gastos 
econômicos que são indispensáveis os quais os participantes do processo tiveram de 
despender em virtude da instauração, do desenvolvimento e do término da instância. 
Quando se fala em honorários advocatícios deve-se falar também em despesas 
processuais uma vez que essas correspondem aos custos econômicos e financeiros 
do processo suportados pelos que dele participam. 
As despesas são classificadas como: custas; honorários do perito; do 
assistente técnico e do advogado; os emolumentos; as indenizações de viagens; as 
diárias de testemunhas; as multas impostas pelo juiz e todos os demais gastos 
realizados pelos participantes da relação processual. 
Ainda existem algumas despesas que são voluntárias, a exemplo dos 
honorários dos assistentes técnicos, bem como as obrigatórias as quais são custas e 
emolumentos. 
1.1 Custas e emolumentos na Justiça do Trabalho 
As custas no processo do trabalho são direcionadas a União, tendo natureza 
jurídica de taxa judiciária, conforme os arts.145, II, da CF e do art. 77 do CTN. 
Já os emolumentos são conforme preleciona LEITE (2021) são considerados 
como uma forma de ressarcimento das despesas realizadas pelos órgãos da Justiça 
do Trabalho a exemplo: fornecimento de traslados, certidões, cartas etc. 
disponibilizados as partes do processo com o objetivo de dar bom andamento ao 
processo. 
Podendo os emolumentos ser enquadrados na categoria de taxa, uma vez que 
se tratam de um valor pago pelo usuário como contraprestação do serviço público 
 
6 
 
jurisdicional federal o qual é prestado via Justiça do Trabalho, que integra o Poder 
Judiciário da União. 
A partir da Lei n. 10.537, de 27 de agosto de 2002 (DOU de 28-8-2002), os arts. 
arts. 789 e 790 passaram a ter uma nova redação, acrescentando ainda os arts. 789-
A, 789-B, 790-A e 790-B, a Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017) também trouxe 
mudanças a respeito das custas e emolumentos na Justiça do Trabalho. 
Devendo as custas no caso do processo trabalhista de conhecimento, sejam, 
dissídios individuais, ou coletivos bem como, quaisquer outras ações ou 
procedimentos que sejam de competência da Justiça do Trabalho deverão incidir na 
base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta 
e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social, os quais serão calculadas: 
- Sobre o valor do acordo homologado ou da condenação; 
- Sobre o valor da causa, nos casos em que houver extinção do processo sem 
resolução do mérito ou o pedido for julgado totalmente improcedente; 
- Sobre o valor da causa, no caso de procedência do pedido formulado em ação 
declaratória e em ação constitutiva; 
- Sobre o valor que o juiz fixar, quando o valor da causa for indeterminado. 
Ainda assim, a EC n. 45/2004, ampliou a competência da Justiça do Trabalho 
para outras demandas originárias da relação de trabalho (CF, art. 114 e IN TST n. 
27/2005), no processo do trabalho, o princípio da sucumbência mútua (salvo com 
relação a honorários advocatícios, a teor do § 3- do art. 791- Ada CLT), o qual será 
aplicado de acordo com a espécie de demanda. 
Dessa forma, o art. 3º da IN/TST n. 27/2005 versa que relativamente às custas 
relativas a justiça do Trabalho, serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado 
da decisão (§ 1º). 
Sendo que: na hipótese de interposição de recurso, as custas deverão ser 
pagas e comprovado seu recolhimento no prazo recursal (arts. 789, 789-A, 790 e 790-
A da CLT). (§ 2º). 
Versa ainda que: Salvo nas lides derivadas da relação de emprego, é aplicável 
o princípio da sucumbência recíproca, relativamente às custas, (§3º). 
 
7 
 
Destarte na ação oriunda da relação de emprego (e da relação de trabalho 
avulso, por extensão), havendo sucumbência recíproca, apenas o empregador estará 
obrigado ao pagamento das custas. 
Noutro falar, se o autor (empregado) cumular pedidos e apenas um for acolhido, 
a sentença condenará o réu (empregador) ao pagamento integral das custas. 
Já na hipótese de procedência parcial dos pedidos, caso ocorra de reclamante 
e reclamado forem simultaneamente vencedores e vencidos nas ações oriundas da 
relação de emprego ainda que, por extensão, relação de trabalho avulso, não haverá 
sucumbência recíproca para fins de pagamento de custas. 
Nos casos em que houver acordo entre as partes, se outra forma não for 
convencionada, o pagamento das custas será pro rata, isto é, rateado em partes iguais 
para as partes, podendo o juiz, no entanto, dispensar o empregado da parte que lhe 
couber. 
Em ações oriundas de relações de trabalho diversas da relação de emprego 
(ou da relação de trabalho avulso), deverão ser aplicadas as regras do CPC (art. 86), 
no que concerne à sucumbência recíproca, no que couber. 
Se o pedido for julgado improcedente in totum, o autor (empregado) só ficará 
livre do pagamento das custas se estiver litigando sob o pálio da assistência 
judiciária (Lei n. 5.584/70, art. 14) ou se o juiz dispensá-lo (benefício da 
gratuidade) do respectivo pagamento (CLT, art. 790, § 3°). (LEITE, 2021. p. 
1.319) 
LEITE (2021), ainda traz que apenas no caso em que o beneficiário da justiça 
gratuita não tenha alcançado em juízo créditos capazes de suportar a despesa 
referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo, 
conforme versa o art. 790-B, § 4º, da CLT, incluído pela Lei n. 13.467/2017. 
Vale ressaltar que de acordo com a nova redação dada ao art. 790 da CLT, em 
todos os órgãos da Justiça do Trabalho, bem como nos Juízos de Direito com 
Jurisdição estendida, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às 
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
Podendo ser oferecido pelos juízes e tribunais o benefício da justiça gratuita a 
requerimento ou de ofício, quanto a traslados e instrumentos, àqueles que 
 
8 
 
perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
Assim, quando se tratar de empregado que não tenha obtido o benefício da 
justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo 
responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. Conforme versa o § 
1º do art. 790 da CLT. 
Ainda prevê o art. 790-A da CLT além dos beneficiários da justiça gratuita, a 
isenção do pagamento de custas: 
- À União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às respectivas autarquias 
e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica; 
- Ao Ministério Público do Trabalho. 
Não alcançando as entidades responsáveis por fiscalizar o exercício 
profissional, a exemplo: OAB, Conselhos de Medicina, Engenharia, Enfermagem etc. 
nem eximem as pessoas jurídicas, a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou 
municipais de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
(LEITE, 2021) 
Cabendo, no caso de não pagamento das custas, a execução da importância 
devida, seguindo os procedimentos elencados nos arts. 876 e seguintes da CLT. 
Ainda a respeito do processo de execução das custas processuais diz o art. 
789-A da CLT que no processo de execução são devidas custas, sempre de 
responsabilidade do executado e pagas ao final. (BRASIL, 1943) 
Ainda assim, o art. 789-A traz as custas devidas no processo de execução: 
I - autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento) 
sobre o respectivo valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil novecentos e quinze 
reais e trinta e oito centavos); 
II - atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada: em zona urbana: R$ 
11,06 (onze reais e seis centavos); 
b) em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos); 
 
9 
 
III - agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte seis 
centavos); 
IV - agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis 
centavos); 
V - embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: 
R$ 44,26 (quarenta e quatro e reais e vinte e seis centavos); 
VI - recurso de revista: R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e cinco 
centavos); 
VII - impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais 
e trinta e cinco centavos); 
VIII - despesa de armazenagem em depósito judicial por dia: 0,1% (um décimo 
por cento) do valor da avaliação; 
IX - cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo - sobre o valor 
liquidado: 0,5% (cinco décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos e trinta 
e oito reais e quarenta e seis centavos). (BRASIL, 1943) 
Quanto aos emolumentos não constituem requisito essencial ou complementar 
da sentença trabalhista, pois a responsabilidade pelo seu pagamento não é do 
sucumbente e, sim, do requerente, conforme dicção do art. 789-B da CLT (com 
redação dada pela Lei n. 10.537, de 27-8-2002). Este dispositivo estabeleceu os 
valores dos emolumentos com base na seguinte tabela: 
I - autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográflca apresentada 
pelas partes - por folha: R$ 0,55 (cinquenta e cinco centavos de real); 
II - fotocópia de peças - por folha: R$ 0,28 (vinte e oito centavos de real); 
(Incluído pela Lei n. 10.537. de 27- 8-2002); 
III - autenticação de peças - por folha: R$ 0,55 (cinquenta e cinco centavos de 
real); 
IV - cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação - por 
folha: R$ 0,55 (cinquenta e cinco centavos de real); 
V - certidões - por folha: R$ 5,53 (cinco reais e cinquenta e três centavos), 
(grifos nossos) (BRASIL, 1943) 
 
10 
 
 Os procedimentos para o recolhimento das custas e emolumentos devidos à 
União no âmbito da Justiça do Trabalho, o TST editou a Instrução Normativa n. 20, de 
24 de setembro de 2002, alterada parcialmente pela RA n. 900/2002. 
1.2 Pagamentos de custas e emolumentos na Justiça do Trabalho 
A partir de 1º de janeiro de 2011, conforme versa o art. 1º, o pagamento das 
custas e dos emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deverá ser realizado, 
exclusivamente, mediante Guia de Recolhimento da União - GRU Judicial, sendo ônus 
da parte interessada efetuar seu correto preenchimento. 
Já o art. 2º estabelece: A emissão da GRU Judicial deverá ser realizada por 
meio do sítio da Secretaria do Tesouro Nacional na internet (www.stn.fazenda.gov.br), 
ou em Aplicativo Local instalado no Tribunal, devendo o recolhimento ser efetuado 
exclusivamente no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal. 
§1º O preenchimento da GRU Judicial deverá obedecer às orientações contidas 
no Anexo I. 
§2º O pagamento poderá ser feito em dinheiro em ambas as instituições 
financeiras ou em cheque somente no Banco do Brasil. 
Art. 3º Na emissão da GRU Judicial serão utilizados os seguintes códigos de 
recolhimento: 18740-2 - STN-CUSTAS JUDICIAIS (CAIXA/BB); 18770-4 - STN-
EMOLUMENTOS (CAIXA/BB) (Eis o teor do Ato Conjunton. 21/TST.CSJT.GP.SG, de 
7 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o recolhimento de custas e emolumentos 
na Justiça do Trabalho, in verbis) 
1.3 Isenção ou dispensa do pagamento das despesas processuais na Justiça 
do Trabalho 
O art. 790-A versa que são isentos do pagamento de quaisquer das despesas 
processuais são isentos do pagamento de quaisquer despesas processuais: 
 
11 
 
- Os trabalhadores que litiguem sob o pálio da assistência judiciária gratuita (Lei n. 
5.584/1970, arts. 14 a 19); 
- As pessoas jurídicas de direito público (CLT, art. 790-A, I); 
- O Ministério Público do Trabalho (CLT, art. 790-A, II). 
- Não alcançando as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as 
pessoas jurídicas de direito público referidas no inciso I da obrigação de reembolsar 
as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. (§ único) 
Podem ser dispensados do pagamento de despesas processuais os 
trabalhadores que não litiguem sob o pálio da assistência judiciária gratuita, mas 
tenham recebido judicialmente o benefício da gratuidade (CLT, art. 790, § 3°). 
As pessoas físicas empregadoras ou a família empregadora que declararem, 
sob as penas da lei, que não têm condições de arcar com as despesas do processo 
em prejuízo do sustento próprio ou de suas famílias. 
As pessoas jurídicas de direito privado que comprovarem insuficiência 
econômica, não bastando a simples declaração unilateral. 
Sendo concedido o benefício da Justiça Gratuita aqueles que comprovar 
insuficiência de recursos a fim de realizar o pagamento das custas processuais. 
Quanto ao benefício da Justiça Gratuita o art. 5º, inciso XXXV da CF/88, 
culminado com o art. 99 do CPC de acordo com o que se expõe: 
I - o pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na 
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso: 
II - o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que 
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, 
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos 
referidos pressupostos (CPC, art. 99, § 2s); 
III - presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida 
exclusivamente por pessoa natural (CPC, art. 99, § 3a); 
IV - a assistência do requerente por advogado particular não impede a 
concessão de gratuidade da justiça (CPC, art. 99, § 4s). Neste caso, o recurso que 
verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do 
 
12 
 
advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado 
demonstrar que tem direito à gratuidade (CPC, art. 99, § 5s); 
V - O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte 
ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos (CPC, art. 
99, § 6s); 
VI - Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente 
estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, 
neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do 
recolhimento (CPC, art. 99, § 7s). (BRASIL, 1943. apud. LEITE, 2021). 
Relativo às pessoas jurídicas de direito privado, inclusive os sindicatos, há 
necessidade de comprovação de insuficiência econômica. 
 Conforme versa, a Súmula 463, II, do TST prevê que: “No caso de pessoa 
jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de 
impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo”. 
2 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
O art. 5º inciso XXXV versa: - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito, por ser um direito constitucional 
automaticamente busca-se garantir que seja efetivado através de normativas criadas 
com o fim de fazer valer cada um desses direitos. 
Desta forma a Justiça do Trabalho possui o jus postulandi que é a possibilidade 
que o cidadão tem de postular em causa própria, buscando alcançar seus interesses, 
assim, existe também efetivado com o fim de fazer valer o direito do cidadão o 
princípio da gratuidade da justiça, onde o artigo 5º, LXXIV, estabelece: o Estado 
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos. Diante disto como fica a questão dos honorários advocatícios nestes casos? 
A Lei nº 13.467/2017, a chamada Reforma Trabalhista, alterou diversos 
dispositivos da CLT entre eles os arts. 790-B e 791-A, relativos aos honorários 
advocatícios na Justiça do Trabalho. 
 
13 
 
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da 
parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da 
justiça gratuita. 
§ 1. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite 
máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) 
(BRASIL, 1943). 
A lei objetiva garantir os honorários aos advogados trabalhistas, ainda assim, a 
Resolução CSJT n. 66/2010 institui: nos casos em que o cliente for beneficiário da 
Justiça Gratuita, será fixado o valor dos honorários periciais, onde deverá se observar 
o limite de R$ 1.000,00 (um mil reais), o qual deverá ser fixado pelo juiz, onde deverá 
observar: a complexidade da matéria; o grau de zelo profissional; o lugar e o tempo 
exigidos para a prestação do serviço; as peculiaridades regionais. 
Versando ainda o § único do supracitado artigo que a fixação dos honorários 
periciais, que forem em valor maior do que o limite estabelecido neste artigo, deverá 
ser devidamente fundamentada. (BRASIL, 2010) 
O Ministro Barroso, ao votar o agravo regimental no recurso extraordinário, 
sobre honorários advocatícios, traz o seguinte conceito: “Os honorários advocatícios 
incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor 
consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a 
expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial 
restrita aos créditos dessa natureza”). [Rcl 26.840 AgR, rel. min. Roberto Barroso, dec. 
monocrática, j. 23-11-2017, DJE 268 de 27-11-2017.] 
No que a CLT for silente, aplica-se o CPC em relação aos honorários 
advocatícios, os artigos 85 a 90 do CDC vão versar a respeito dos honorários 
advocatícios, o § 1º do art. 85 prevê então em quais situações, serão devidos os 
honorários advocatícios cumulativamente, são eles: reconvenção; cumprimento de 
sentença, provisório ou definitivo; execução, resistida ou não; recursos interpostos. 
Podendo também as execuções fundadas em título executivo extrajudicial de 
obrigação de: fazer; não fazer; entrega de coisa, versando também sobre tal tema o 
art. 827 do NCPC, bem como o Enunciado 451 do FPPC. 
O § 5º, do art. 85, ainda especifica nos casos em que sejam concernentes a 
Fazenda Pública, o Enunciado 240 do FPPC, assim, dispõe: São devidos honorários 
 
14 
 
nas execuções fundadas em título executivo extrajudicial contra a Fazenda Pública, a 
serem arbitrados na forma do § 3º do art. 85. 
O § 11 do art. 85 do CPC relativos a honorários sucumbenciais os Enunciados 
241, 242 e 243 do FPPC preveem, então, que: 
241. (art. 85, caput e § 11). Os honorários de sucumbência recursal serão 
somados aos honorários pela sucumbência em primeiro grau, observados os limites 
legais. (Grupo: Advogado e Sociedade de Advogados. Prazos). 
242. (art. 85, § 11). Os honorários de sucumbência recursal são devidos em 
decisão unipessoal ou colegiada. (Grupo: Advogado e Sociedade de Advogados. 
Prazos). 
243. (art. 85, § 11). No caso de provimento do recurso de apelação, o tribunal 
redistribuirá os honorários fixados em primeiro grau e arbitrará os honorários de 
sucumbência recursal. (Grupo: Advogado e Sociedade de Advogados. Prazos). 
(BASTOS, 2019) 
O § 14 do art. 85 do CPC vai tratar dos casos de sucumbência recíproca: “os 
honorários constituemdireito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos 
privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a 
compensação em caso de sucumbência parcial” (BRASIL, 2015). 
Ainda assim, o Enunciado 244 expressa: Ficam superados o enunciado 306 da 
súmula do STJ (“Os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver 
sucumbência recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à execução do 
saldo sem excluir a legitimidade da própria parte”) e a tese firmada no REsp Repetitivo 
n. 963.528/PR, após a entrada em vigor do CPC, pela expressa impossibilidade de 
compensações. 
 Ainda, o Enunciado 621 expõe: Ao cumprimento de sentença do capítulo 
relativo aos honorários advocatícios, aplicam-se as hipóteses de penhora previstas no 
§2º do art. 833, em razão da sua natureza alimentar. (arts. 85, §14, 771, 833, § 2º) 
O § 18 do art. 85 expressa: Caso a decisão transitada em julgado seja omissa 
quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua 
definição e cobrança. (BRASIL, 2015) 
 
15 
 
Neste sentido conforme o Enunciado 8 do FPPC, resta superada a Súmula 453 
do STJ, segundo a qual, “os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão 
transitada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em ação própria”. 
O Estatuto da OAB em seu art. 23 ainda declara: Os honorários incluídos na 
condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este 
direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o 
precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. (BRASIL, 1994) 
Ainda o § 19, do art. 85, versa: Os advogados públicos perceberão honorários 
de sucumbência, nos termos da lei. (BRASIL, 2015), ainda assim, o Enunciado 384 
do FPPC expressa: a lei regulamentadora não poderá suprimir a titularidade e o direito 
à percepção dos honorários de sucumbência dos advogados públicos”. 
No caso do art. 86 que trata da sucumbência recíproca, observa-se o seguinte: 
as despesas processuais serão proporcionalmente distribuídas entre as partes, assim, 
quando a sucumbência for em uma parte mínima do pedido, o outro responderá, por 
inteiro, pelas despesas e pelos honorários. 
Já o art. 87 trata dos casos em que hajam litisconsórcio ativo ou passivo, onde, 
os vencidos responderão proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários 
advocatícios. 
Dessa forma a sentença distribuirá, desse modo, a responsabilidade 
proporcional sobre eles. Caso, todavia, não o faça, os vencidos responderão 
solidariamente. 
3 TIPOS DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
Conforme estabelece o art. 22 do Estatuto da Advocacia e da OAB: A prestação 
de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários 
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. 
(BRASIL, 1943) 
No entanto a Lei nº 13.725 de 2018, trouxe uma nova classificação aos 
honorários advocatícios na Justiça do Trabalho em: 
- Honorários contratuais. 
 
16 
 
- Honorários sucumbenciais. 
- Honorários arbitrados. 
- Honorários assistenciais. 
Dentre estas espécies, os honorários contratuais têm caráter privado e, por 
tal natureza, não tem maiores tratamentos pela legislação. Os arbitrados, por 
sua vez, costumam seguir determinado tabelamento, havendo 
estabelecimento legal de critérios pelos quais serão fixados, mas não 
havendo disposição exauriente dos valores a serem arbitrados. O maior 
tratamento dado pela lei fica com os honorários sucumbenciais (NEVES. 
apud. COUTINHO, CARMO. p. 149, 2020). 
3.1 Honorários Contratuais na Justiça do Trabalho 
Dessa forma quanto aos honorários contratuais pode-se observar que eles são 
em regra pactuados entre as partes, advogado e seu cliente, o qual deverá ser pago 
independentemente do sucesso na causa. 
Com o objetivo de auxiliar o advogado no momento de especificar os preços 
dos honorários, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), possui uma tabela de 
honorários, de acordo com os serviços prestados e o padrão da localidade. 
As partes (advogado e cliente), podem arbitrar como será a forma de 
pagamento, no entanto, podem seguir o disposto no parágrafo 3º do artigo 22 da Lei 
8.906/94. Assim, os honorários advocatícios serão devidos: 
- 1/3 no início do serviço; 
- 1/3 até a decisão em primeira instância; 
- O restante ao final. 
O § 4º do art. 22 da Lei n. 8.906/94 ainda dispõe: 
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes 
de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve 
determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser 
recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. (BRASIL, 
1994) 
Ainda, a Lei nº 13.725 de 2018 incluiu algumas alterações relativas aos 
honorários advocatícios, a exemplo, do parágrafo 7º do dispositivo, o qual dispõe: 
 
17 
 
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação 
em substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os 
beneficiários que, ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as 
obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que 
este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidades. (BRASIL, 1994) 
3.2 Honorários Advocatícios de Sucumbência na Justiça do Trabalho 
A Reforma Trabalhista conforme supracitado inseriu o art. 719-A o qual tem 
como objetivo instituir honorários advocatícios sucumbenciais na Justiça do Trabalho, 
onde estabelece: são devidos os honorários advocatícios no Processo do Trabalho ao 
advogado da parte vencida (sucumbente). (BRASIL, 1943) 
A Lei 8.906/94, em seu art. 22 já versava sobre os direitos aos inscritos na OAB, 
de receber os honorários de sucumbência. 
O Código de Processo Civil ainda traz elencado nos arts. 20 e 21, instituindo, 
como deverá funcionar o pagamento dos honorários sucumbenciais na justiça do 
trabalho. 
DIAS (2020) cita em seu artigo o fato de os Honorários advocatícios 
sucumbenciais, serem, os honorários devidos, de acordo com a circunstância, pela 
parte vencida em demanda judicial ou por quem suscitou à judicialização da demanda, 
em conformidade com o princípio da causalidade. (BRASIL, 2009). 
Existe pactuado entre as partes advogado e cliente os honorários contratuais, 
estabelecidos de forma privada, os quais são decorrentes das demandas, geralmente 
convencionados em contrato escrito, no entanto existe também os honorários de 
sucumbência fixados pelo juiz da causa. 
De acordo com o que se lê no art. 133 da Constituição Federal de 1988: o 
advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos 
e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. (BRASIL, 1988) 
Dessa forma, os seus honorários precisam ser pagos e como preleciona DIAS 
(2020): os honorários convencionais e de sucumbência são devidos aos advogados e 
podem ser cumulados uma vez que é a forma de remuneração pelos serviços 
prestados. 
 
18 
 
Destarte o art. 791–A, caput, estabelece que ainda que o advogado esteja 
atuando em causa própria tem direito aos honorários de sucumbência, sendo fixados 
os percentuais entre o mínimo de 5 % (cinco por cento) e o máximo de 15 % (quinze 
por cento), porcentagem esta que será cobrada sobre o valor que resultar da 
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o 
valor atualizado da causa. (BRASIL, 1943) 
Ainda assim, o § 2º do supracitado artigo expressa que no momento de fixar os 
honorários de sucumbência o juiz deverá observar: o grau de zelo do profissional; o 
lugar de prestação do serviço; a natureza e a importância da causa; o trabalho 
realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (BRASIL, 1943) 
Ainda conforme versa o § 3º, caso o juiz entenda pela procedência parcial do 
pedido, deverá arbitrar honorários de sucumbência recíproca, estando vedada a 
compensação doshonorários. 
DIAS (2020) ainda explana que a Reforma Trabalhista não foi capaz de regular 
rodos os aspectos relativos aos honorários, aplicando-se assim, a fim de 
complementação, os arts. 85 a 90 do CPC conforme já prevê o art. 769, da CLT: - Nos 
casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste 
Título. (BRASIL, 1943) 
O § 4º do art. 719 – A da CLT ainda institui que caso seja vencido o 
beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda 
que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as 
obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição 
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois 
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o 
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de 
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado 
esse prazo, tais obrigações do beneficiário.. (BRASIL, 1943) 
COUTINHO E CARMO (2021) trazem um conceito de NERY JÚNIOR, relativo 
aos honorários de sucumbência na justiça do trabalho: 
 Aludida orientação, sem dúvida muito acertada, já vinha sendo seguida pelo 
STJ (BRASIL, 2011, p.1), e foi incorporada ao NCPC. A nova regulamentação 
dos honorários advocatícios estabeleceu diversos critérios a serem utilizados 
para sua fixação, especialmente no caso de sucumbência, inclusive prevendo 
possibilidades de base para incidência da verba honorária, que antes era 
 
19 
 
limitada ao valor da condenação, agora prevendo também o proveito obtido 
e o valor da causa, a serem utilizados conforme a natureza da causa. Certo 
ponto, contudo, tem causado divergências (NERY JUNIOR. apud. 
COUTINHO. CARMO. 2021) 
Ainda relativo a sucumbência recíproca, o art. 86 do CPC versa: “Art. 86. Se 
cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas 
entre eles as despesas. (BRASIL, 2015) 
Existe ainda, a necessidade de estabelecer a inexistência de previsão 
legislativa expressa para fixação dos honorários no caso de sucumbência reciproca, 
relativo ao artigo 86 o qual trata tão somente das despesas, bem como o artigo 85 
estabelece tão somente o regramento geral (BRASIL, 2015). A existência desta lacuna 
legislativa que, tem causado divergência. 
Destarte houve uma queda nas ajuizações de ações na Justiça do Trabalho 
após a reforma conforme demonstra o gráfico ao qual a doutrina acredita que o que 
deu causa a esta queda foi a inovação dos honorários sucumbenciais que devem ser 
cobrados até mesmo dos beneficiários da justiça gratuita. 
 
Fonte: https://www.aurum.com.br/blog/reforma-trabalhista-lei-13467/ 
 
 
 
20 
 
3.3 Divergência Jurisprudencial relativo aos honorários recíprocos de 
sucumbência na Justiça do Trabalho 
COUTINHO. CARMO (2021) trouxeram em seu artigo o exemplo da 
divergência surgida em Santa Catarina a respeito dos honorários advocatícios de 
sucumbência recíproca, onde surgiram duas linhas de entendimento a respeito do 
assunto. 
De acordo com o primeiro entendimento, fixaram-se os honorários da seguinte 
forma: 
 Verificando-se a sucumbência recíproca, aplicou-se o artigo 85, caput e 
§ 2º, fixando-se os honorários entre 10 e 20% sobre o valor da 
condenação (base de cálculo utilizado como regra) e, após, para fins de 
respeito à sucumbência recíproca, realizou-se divisão equânime, isto é, 
no percentual do ganho de cada parte, nos termos do artigo 86 do CPC 
(BRASIL, 2015). 
Diante disso, o Desembargador Luiz César Medeiros, da Quinta Câmara de 
Direito Civil, julgou em 23-4-2019 (SANTA CARATINA, 2019a): 
AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO VEICULAR - TRANSFERÊNCIA DO BEM 
- AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO À SEGURADORA - AGRAVAMENTO DE 
RISCO - NÃO CONFIGURAÇÃO - CPC, ART. 373, INC.[...] ÔNUS 
SUCUMBENCIAIS - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA - MANUTENÇÃO 1 "Se 
cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente 
distribuídas entre eles as despesas" (CPC, art. 86). 2 Em face da 
sucumbência recíproca, são devidas custas processuais e honorários 
advocatícios por ambas as partes, que deverão ser calculadas de forma 
equitativa, na proporção em que forem vencidos autor e réu[...]. Isto posto, 
tem-se que ambas as partes foram vencedoras e sucumbentes, devendo, 
portanto, arcarem com as custas processuais de forma proporcional ao 
sucesso obtido. Nesse norte, mostra-se adequada a divisão feita pelo Togado 
a quo ("na proporção de 60% a cargo dos réus e 40% a cargo do autor" – 
fl.287), não merecendo reforma no ponto. 3.2 Quanto ao valor fixado a título 
de remuneração dos causídicos, nota-se que o MM. Juiz fixou-os em 15% do 
valor da condenação, observando a divisão supramencionada. A repartição, 
como dito anteriormente, revela-se adequada e o montante atende à 
disposição da norma, uma vez que, costumeiramente, este Órgão 
Fracionário, em causas semelhantes a esta, arbitra os honorários 
advocatícios de sucumbência neste percentual (COUTINHO. CARMO. 2021. 
p. 12) 
 
21 
 
Existe um segundo entendimento sobre a forma de realizar a fixação dos 
honorários de sucumbência recíprocos, a exemplo da decisão do Desembargador 
André Carvalho, da Sexta Câmara de Direito Civil do TJSC decidiu em 26-3-2019 
(SANTA CARATINA, 2019b): 
[...]PLEITO DE AFASTAMENTO DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
FIXADOS EM FAVOR DO PATRONO DA PARTE ADVERSA. 
INACOLHIMENTO. SUCUMBÊNCIA PARCIAL. VERBA FIXADA DE FORMA 
ACERTADA. PEDIDO DE MINORAÇÃO DO PERCENTUAL ARBITRADO A 
TÍTULO DE VERBA HONORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. FIXAÇÃO DO 
PATAMAR MÍNIMO LEGAL (ART. 85, § 2º, CPC/2015). HONORÁRIOS 
RECURSAIS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. [...] Diante da 
sucumbência recíproca (art. 86 do CPC), custas pro rata. Condeno cada parte 
ao pagamento dos honorários sucumbenciais ao advogado ex adverso, o qual 
arbitro em 10% sobre o valor da causa para o advogado do réu, e 10% sobre 
o proveito econômico da demanda, a ser considerado o valor do débito 
declarado inexistente (R$ 55.742,80 - p. 39), para o advogado do autor, 
vedada a compensação. [...] agiu com acerto o magistrado de origem ao 
reconhecer a ocorrência de sucumbência recíproca e, por conseguinte, 
determinar o rateio as despesas processuais e arbitrar honorários de 
sucumbência em favor dos patronos de ambas as partes [...]. 
COUTINHO. CARMO (2021) traz uma reflexão relativa aos dois entendimentos 
supracitados: as decisões supracitadas, trazem dois meios pelos quais é possível fixar 
os honorários advocatícios em caso de sucumbência recíproca. 
Onde, a primeira utiliza o valor da condenação como base para fixar os 
honorários e repartir para cada um dos advogados na proporção do ganho das partes; 
a segunda realiza a fixação individualmente, estabelecendo bases de cálculo distintas 
para cada parte, fixando sobre tal base o percentual dos honorários. 
3.3.1 Do Princípio da Sucumbência 
Diante da divergência supracitada a respeito dos honorários advocatícios de 
sucumbência recíproca, para apontar a solução adequada diante da divergência é 
necessário analisar o princípio da sucumbência. 
MINTO E VIEIRA, (2018) especificam: O significado da palavra sucumbência é 
o próprio efeito ou ato de sucumbir ou perder; trata-se da rejeição parcial ou total do 
 
22 
 
pedido formulado na ação judicial. (MINTO. VIEIRA apud. COUTINHO. CARMO, 
2021) 
NERY JUNIOR, (2017), traz outro entendimento sobre o conceito de 
sucumbência: O conceito de sucumbência parte da impossibilidade de diminuição do 
patrimônio da parte que fora lesionada em seu direito e que requer no judiciário a 
tutela devida. (NERY JUNIOR apud. COUTINHO. CARMO, 2021) 
Ainda COUTINHO. CARMO (2021) prelecionam que a sucumbência vem 
atribuir a responsabilidade do pagamento dos referidos ônus àquele que, com a vênia 
do pleonasmo, sucumbiu; fora vencido. 
Assim não fosse, os ônus processuais correriam por conta daqueleque 
requereu os atos a elas correspondentes, a eles dando causa (princípio da 
causalidade) independente de quem causou a lesão ao direito material tutelado 
(NERY JUNIOR. apud. COUTINHO. CARMO, 2021). 
Assim, a sucumbência consiste na situação daquele que saiu vencido no 
processo, e implica no dever de suportar as consequências decorrentes do resultado 
negativo. (ALVIM, apud. COUTINHO. CARMO, 2021.) 
Ainda, o Código, adotou o princípio da sucumbência, que consiste em atribuir 
à parte vencida na causa a responsabilidade por todos os gastos do processo 
(THEODORO JUNIOR, apud. COUTINHO. CARMO, 2021). 
3.3.2 Consequências da aplicação do princípio da sucumbência aos honorários 
sucumbenciais na sucumbência recíproca 
Para que se chegue a resolução da controvérsia demonstra-se que para fixação 
dos honorários de sucumbência quando a sucumbência for recíproca, com o fim de 
demonstrar a solução mais adequada à norma, o princípio da sucumbência, regra 
geral, insculpida no art. 85, §2º, CPC (BRASIL, 2015) deve ser a direção para os 
honorários sucumbenciais serem fixados. 
Ou seja, fixou os honorários sobre o valor da condenação, valor do ganho para 
ambas as partes. 
 
23 
 
COUTINHO. CARMO (2021) explicam que existem duas posições relativos a 
forma de se fixar os honorários em caso de sucumbência recíproca, um utiliza tão 
somente uma base de cálculo sobre a qual fixa os honorários nos limites legais, 
repartindo-os proporcionalmente após. Esta base de cálculo é o valor da condenação, 
seguindo a previsão do artigo 85, §2º, CPC (BRASIL, 2015). 
Onde, havendo sucumbência recíproca, o mesmo montante que significa valor 
da condenação para uma das partes, significa valor do ganho para outra; se para 
ambas os honorários forem fixados sobre este valor, uma das partes estará pagando 
sobre a parcela que venceu. 
Na segunda posição, será feita a escolha de base de cálculo diversa para cada 
uma das partes, onde se observa o respeito ao § 2º, do Art. 85 do CPC, e, da mesma 
forma, respeito ao ganho de cada uma das partes, vez que fixadas as verbas 
individualmente sobre a parcela em que saíram vencidas (BRASIL, 2015). 
3.3.3 Violação dos limites legais estabelecidos à fixação dos honorários de 
sucumbência na Justiça do Trabalho 
A violação dos limites legais estabelecidos à fixação dos honorários de 
sucumbência se dá quando ocorrer de ao fixar os honorários na sucumbência 
recíproca sobre o valor da condenação, fazendo posterior divisão da verba (art. 86, 
caput, CPC) ocasiona violação aos limites legais inscritos no artigo art. 85 §2º, CPC. 
Referido artigo estabelece a necessidade de haver fixação dos honorários entre 10% 
e 20% sobre as bases de cálculo ali expostas (BRASIL, 2015). 
3.4 Honorários Arbitrados na Justiça do Trabalho 
Os honorários arbitrados recebem essa nomenclatura pelo fato de que eles são 
obrigatoriamente arbitrados pelo juiz, ao fim da demanda, cabendo, ao juiz, fixar o 
valor devido, de acordo com a remuneração compatível com o trabalho e o valor 
econômico da questão, respeitadas as tabelas da OAB. 
 
24 
 
Devendo, o juiz fixar os honorários advocatícios, mesmo, quando, o advogado 
for apontado para atuar em uma causa onde a parte for juridicamente necessitada, 
onde, a defesa dos interesses não possa ser realizada pela Defensoria Pública. 
O arbitramento deverá obedecer a tabela do Conselho Seccional da OAB, 
sendo, a parte hipossuficiente no processo, onde, os honorários deverão ser pagos 
pelo Estado. 
3.5 Honorários Assistenciais 
A Lei 13.725 de 2018 trouxe outra previsão nova a dos honorários assistenciais, 
onde, prevê o parágrafo 6º do artigo 22 da Lei 8.906/94 acerca dos honorários fixados 
em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual. 
(BRASIL, 1994) 
Hipóteses em que serão aplicadas o que se dispõe no art. 22, da Lei 8.906/94 
referente aos honorários advocatícios tipicamente contratuais, de forma que não serão 
prejudicados os honorários convencionais. 
4 BASE DE CÁLCULO DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 
A OJ 348 da SDI-I do TST, institui que a base de cálculo dos honorários 
sucumbenciais deverá ser o valor líquido da condenação atualizado, sem a deduzir 
dos descontos fiscais e previdenciários, sendo em caso de rejeição do pedido do valor 
atualizado da causa. 
Após serem fixados os honorários sucumbenciais pelo juiz poderá este ser 
acrescido, de juros moratórios após o trânsito em julgado, conforme se lê no art. 85 
do CPC, sendo devidos os honorários advocatícios de sucumbência nas seguintes 
hipóteses. 
Nas ações individuais; Exceção de pré-executividade se for acolhida 
integralmente acarretando a extinção da execução; No incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica (CLT 855-A e CPC 133); No 
Dissídio coletivo; Na ação de consignação em pagamento (CPC, 546); Na 
 
25 
 
ação rescisória; Nos embargos de terceiros (Súmula 303 do STJ). (DIAS, 
2020. p. 54) 
O artigo 791 – A da CLT, traz de forma expressa três bases de cálculo para a 
determinação dos honorários de sucumbência são eles: valor que resultar da 
liquidação da sentença; proveito econômico auferido ou, não sendo possível mensurá-
lo, valor atualizado da causa. 
Fonte: COUTINHO. CARMO. 2020. p. 154 
 
 
 
26 
 
5 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E SUCUMBENCIAIS VERSUS JUSTIÇA 
GRATUITA 
Conforme prevê o art. 791 da CLT, se admite o jus postulandi, nas varas do 
trabalho bem como nos Tribunais Regionais do Trabalho, como se extrai da Súmula 
425 do TST. 
No entanto com a informatização da justiça através do Processo Judicial 
Eletrônico PJE (Resolução 185 de 2013 do CNJ), dificulta a aplicação do chamado jus 
postulandi na Justiça do Trabalho, levando os litigantes a serem obrigados ainda que 
sem possibilidade financeira para tal buscar auxílio de advogado no momento de 
propor a ação. 
Para socorrer os litigantes existe o direito constitucional da gratuidade da 
justiça, conforme se lê o art. 5º, inciso LXXIV, assim aquele que possui 
hipossuficiência para demandar uma causa pode fazer uso da gratuidade da justiça, 
sem que tenha que arcar com as despesas do processo, bem como pagar honorários 
de sucumbência. 
Conforme supracitado, o § 4º do art. 791-A da CLT, estabelece que os 
honorários sucumbenciais são devidos, inclusive, pelo litigante beneficiário da justiça 
gratuita, assim como o art. 790-B da CLT que também impõe o pagamento de 
honorários periciais quando sucumbente no objeto da perícia. 
Sendo o acesso à justiça um direito positivado não só no Brasil, mas em várias 
Declarações internacionais, DIAS (2020) traz o seguinte entendimento: 
Tais dispositivos conflitam com o art. 5º da Constituição Federal, incisos 
XXXV e LXXIV, os quais estabelecem, respectivamente, que: “A lei não 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”; e “O 
Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que Honorários, 
Custas e Justiça Gratuita comprovarem insuficiência de recursos”. (DIAS, 
2020. p. 55) 
O art. 60 aponta em seu § 4º, inciso V, que: “Não será objeto de deliberação a 
proposta de emenda tendente a abolir: [...] IV - os direitos e garantias individuais”. 
 
27 
 
Dessa forma existem diversas súmulas que tratam da inconstitucionalidade em 
se exigir do beneficiário da Justiça Gratuita o pagamento de honorários de 
sucumbência e periciais. 
Podendo o juiz isentar o pagamento quando o empregado for hipossuficiente, 
aplicando a Súmula 457 do TST e Resolução 66 de 2010. 
Diante da hipossuficiência da parte autora deve, o Juiz, ao concluir o processo 
diante da nova versão do 4º do art. 791-A da CLT, a partir da Lei n. 13.467/2017, 
analisar a situação do beneficiário da justiça gratuita diante da sucumbência, possui 
possibilidade de arcar com os honorários sem prejuízo a sua subsistência ou de sua 
família, caso permaneça a hipossuficiência da parte ter-se a suspensão da 
exigibilidade da despesa,onde depois de decorridos dois anos será extinta a 
obrigação.(PAMPLONA, 2020) 
6 HONORÁRIOS PERICIAIS 
Anteriormente, conforme a Súmula n. 457 a União seria responsável pelo 
pagamento dos honorários do perito, conforme a nova formulação: a União 
responderá pelo encargo, somente nos casos em que o beneficiário não obtiver em 
juízo créditos suficientes a pagar as despesas no curso do processo. 
O § 1º do artigo supracitado versa que o juiz ao fixar o valor dos honorários 
periciais, deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho. 
Ainda assim, o § 2º diz que o juízo poderá deferir o parcelamento dos 
honorários periciais; não podendo exigir o adiantamento os valores para a realização 
de perícias (§ 3º). 
 Para finalizar o § 4º institui que somente no caso em que o beneficiário da 
justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa 
referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo”. 
(BRASIL, 1943) 
Destarte a responsabilidade dos pagamentos periciais é de responsabilidade 
da parte sucumbente da pretensão pericial, ainda que beneficiário da justiça gratuita. 
 
28 
 
Quanto ao que versa o § 3º, o TST entende que é ilegal o pagamento 
antecipado de perícia, sendo cabível o mandado de segurança objetivando a 
realização da perícia independentemente do depósito (OJ 98 da SDI-II). (PEREIRA, 
2019) 
No entanto quando se tratar de relação de trabalho, a Emenda Constitucional 
n. 45/ 2004 representou uma ampliação significativa da competência material da 
Justiça do Trabalho. 
Portanto, quando se trata de relações de trabalho, o TST entende que o juiz 
tem o direito de exigir das partes o depósito prévio dos honorários do perito, conforme 
esclarecido no art. 6º: 
“Art. 6º. Os honorários periciais serão suportados pela parte sucumbente na 
pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária da justiça gratuita. 
Parágrafo único. Faculta-se ao juiz, em relação à perícia, exigir depósito 
prévio dos honorários, ressalvadas as lides decorrentes da relação de 
emprego”. (Instrução Normativa nº. 27/2005, TST) 
 
 
29 
 
7 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO 
PAMPLONA (2020) explana que a CLT não trouxe especificação a respeito 
deste assunto, no entanto, a Súmula 341 do TST sugere que uma vez que a indicação 
do perito assistente seja facultativa a parte responder pelos respectivos honorários, 
ainda que vencedora no objeto da perícia. 
A nova redação do art. 791-A com o art. 85 do CPC e o art. 23 da Lei n. 
8.906/94, e a mudança de paradigma quanto ao destinatário dos honorários, sendo 
os honorários em regra direcionados ao patrono da causa ainda que atue em causa 
própria. 
PAMPLONA (2020) comenta que, a Lei n. 13.467/2017, alterou o art. 16 da 
mesma Lei n. 5.584/70: Os honorários do advogado pagos pelo vencido reverterão 
em favor do Sindicato assistente. Passando os honorários ser revertidos apenas aos 
advogados: 
Acontece que previsão do art. 16 foi “reformada”, por assim dizer. A fim de 
que não restassem dúvidas acerca daquela opção política, firmou-se a 
compreensão, por meio da Lei n. 13.725/2018, em seu art. 3º, quanto à 
revogação expressa do art. 16 da Lei n. 5.584/70. Aquela revogação, enfim 
tornou incontroverso ser o destinatário dos aludidos honorários, ainda que 
diante da hipótese da assistência sindical, o profissional que atua na 
demanda. (PAMPLONA, 2020. p. 547) 
Em regra, os honorários são devidos ao profissional advogado que patrocine 
em causa própria seus interesses em juízo, conforme se lê no art. 791 – A da CLT, 
podendo ainda conforme versa o § 15 do art. 86 do CPC o advogado pode requerer 
que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade 
de advogados que integra na qualidade de sócio, não importando tal medida 
desnaturação do caráter alimentar da parcela (§ 14). 
Conforme versa o art. 322, do CPC: O pedido deve ser certo. § 1º 
Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de 
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. 
 
30 
 
8 HONORÁRIOS DE PROCEDÊNCIA PARCIAL 
Conforme supracitado os honorários advocatícios nos casos em que o juiz 
julgar parcialmente procedente os honorários serão de sucumbência recíproca, sendo 
vedada a compensação entre os honorários. 
O TST já se pronunciou a respeito da procedência parcial: 
... HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA HIPÓTESE DE SUCUMBÊNCIA 
RECÍPROCA. 1 − Nos termos do art. 21 do CPC, -Se cada litigante for em 
parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos 
e compensados entre eles os honorários e as despesas-, e, ainda, -Se um 
litigante decair de parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, 
pelas despesas e honorários-. 
 2 − No caso dos autos, após a sentença, o acórdão de recurso ordinário e o 
acórdão proferido pela Sexta Turma quanto ao recurso de revista da 
reclamante, a ação foi julgada parcialmente procedente, havendo a 
sucumbência recíproca, mas a empregada decaiu em parte mínima do 
pedido, pois ficou vencida apenas quanto a alguns critérios de fixação dos 
montantes das indenizações por danos morais e materiais. Nesse contexto, 
fica mantida a condenação da reclamada ao pagamento das custas. 
 3 − Recurso de revista de que não se conhece (RR 47100- 
25.2007.5.12.0008, rel. Min. Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, j. 27-2- 2013, 
data de publicação: 1º-3-2013). 
 
PAMPLONA (2020) traz uma reflexão a respeito da procedência parcial do 
pedido relativos as sucumbências parciais, ele diz que a procedência parcial seria em 
relação a todos os pedidos, não em relação a cada pedido, podendo haver 
sucumbência apenas da parte que sofreu procedência parcial. 
9 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA SUBSTITUIÇÃO JUDICIAL 
LEITE (2021) menciona a respeito dos honorários advocatícios na substituição 
judicial da seguinte forma: em se tratando de ação na qual o sindicato figura como 
substituto processual em defesa de interesses individuais homogêneos da categoria 
a qual representa, o sistema processual aplicável não é mais o do processo trabalhista 
 
31 
 
individual, mas, sim, o consubstanciado nas normas da CF, da Lei da Ação Civil 
Pública (Lei n. 7.347/85) e do CDC (Lei n. 8.078/90). 
Sobre esse tema o art. 87 do CDC versa: 
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não haverá 
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer 
outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada 
má-fé, em honorários de advogados, custas e despesas processuais. 
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os 
diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente 
condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem 
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. (1990) 
O item III na Súmula 219, dispõe: “São devidos os honorários advocatícios nas 
causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não 
derivem da relação de emprego”. 
A Lei n. 13.467/2017, na alteração feita ao art. 719-A, instituiu que os 
honorários devidos pela mera sucumbência em qualquer ação (individual ou coletiva) 
na Justiça do Trabalho passaram a ser devidas. 
Assim, o § 1º do art. 791-A da CLT prevê expressamente que os honorários 
advocatícios de sucumbência são devidos também nas ações “em que a parte estiver 
assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria”. 
Passando ainda a assegurar honorários assistenciais ao advogado da entidade 
de classe que atuou como substituta processual em ações coletivas, conforme versa 
o art. 22, § 6º da Lei n. 8.906, de 4-7-1994. 
Destarte, os honorários advocatícios de sucumbência pagos pelo vencido na 
Justiça do Trabalho nas causas em que o sindicato tenha prestando assistência 
judiciária ao trabalhador passaram a pertencer exclusivamente ao advogado 
contratado pela entidadesindical (§ 6- ao art. 22 da Lei n. 8.906, de 4- 7-1994). 
 
 
32 
 
10 PRESCRIÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
Sobre o artigo 25 do Estatuto da Advocacia e da OAB institui que a ação de 
cobrança de honorários advocatícios prescreve em 5 anos, contados: 
- Do vencimento do contrato, se houver; 
- Do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
- Da ultimação do serviço extrajudicial; 
- Da desistência ou transação; e 
- Da renúncia ou revogação do mandato. 
Para que não ocorra a prescrição dos honorários existem as formas do 
advogado cobra-los. 
O art. 24 da OAB e do Estatuto da Advocacia versa: A decisão judicial que fixar 
ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o estipular são títulos executivos e 
constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, 
insolvência civil e liquidação extrajudicial. (BRASIL, 1994) 
Diante do entendimento de que o contrato escrito possui maior validade 
entende-se que os valores negociados entre as partes irão evitar a necessidade de 
desacordo entre as partes relativo aos honorários. 
 
11 A RELEVÂNCIA DO ADVOGADO TRABALHISTA NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
A justiça do Trabalho possui o Jus postulandi conforme supracitado, que é 
necessário muita das vezes pelo fato da parte (trabalhador) hipossuficiente, não tendo 
condições de pagar um advogado não terá seu direito cerceado, por causa da sua 
hipossuficiência. 
 
33 
 
A estrutura da Justiça do Trabalho é uma estrutura criada com o objetivo de dar 
as partes a possibilidade de buscarem seus direitos e de dar a todos o direito a ampla 
defesa. 
O Direito do Trabalho é um direito trabalhista que possui diversos princípios e 
diretrizes para que possa dar validade a sua estruturação. 
Sua função é instrutiva, interpretativa e normativa, possui princípios que visam 
garantir o direito das partes. São eles: princípio da proteção; princípio da primazia da 
realidade; princípio da irrenunciabilidade e princípio da continuidade. 
11.1 Princípio da Proteção 
O princípio da proteção tem como objetivo amparar a trabalhador 
hipossuficiente, possuindo assim 3 pilares: 
- O da condição mais benéfica; 
- O da norma mais favorável; 
- O in dubio pro operario. 
O da condição mais benéfica vai tratar de que ainda que exista algum tipo de 
acordo entre as partes (empregado e empregador) que prejudique o empregado será 
desconsiderado, uma vez que a posição mais vantajosa é um direito adquirido do 
trabalhador. 
O da norma mais favorável vai tratar da possibilidade do trabalhador de em 
havendo diversos entendimentos, ou dispositivos legais o juiz irá aplicar ao caso 
concreto aquele que for mais favorável ao trabalhador. 
No caso do in dubio pro operário, havendo múltiplas interpretações a respeito 
da norma, vai se aplicar ao caso concreto aquela mais benéfica ao empregado. 
 
34 
 
11.2 Princípio da Primazia da Realidade 
O art. 9º da CLT traz a seguinte redação: Serão nulos de pleno direito os atos 
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos 
contidos na presente Consolidação. (BRASIL, 1943) 
Assim, o princípio da primazia da realidade objetiva fazer cumprir o art. 9º da 
CLT. 
Dessa forma, se o trabalhador conseguir provar que a realidade no ambiente 
de trabalho era diferente da que se encontra no contrato de trabalho ele terá os direitos 
relativos a esta realidade demonstrada. 
11.3 Princípio da irrenunciabilidade 
O trabalhador não pode renunciar a um direito seu garantido por lei, devendo o 
juízo fazer valer ainda que o trabalhador renuncie, o direito do trabalhador. 
 
11.4 Princípio da Continuidade 
Em regra, os contratos de trabalho são firmados por tempo indeterminado a fim 
de dar segurança jurídica aos trabalhadores. 
É indispensável a tutela jurídica na Justiça do Trabalho, pois ampara o indivíduo 
em um aspecto primordial de sua vida, o ramo profissional, e sustenta a dignidade do 
ser humano, valor constitucional. 
 
 
35 
 
12 ATRIBUIÇÕES DO ADVOGADO NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
As atribuições do advogado na justiça do trabalho estão diretamente ligadas 
aos dispositivos que buscam defender o trabalhador, para que o trabalhador não perca 
tempo e direitos faz-se essencial a tutela de um profissional habilitado. 
Os detalhes constantes no contrato de trabalho, bem como as diversas leis 
protetivas existentes, as empresas também precisam da assessoria de um advogado 
no momento de realizar estes contratos a fim de dar segurança jurídica as empresas. 
No caso de empresas, o advogado deve auxiliar o setor de recursos humanos 
e a administração afim de cumprir normas trabalhistas, e também lida com os 
processos judiciais que forem recebidos. 
Já os Sindicatos, o advogado deve intervir em negociações de acordos e 
convenções de trabalho, além de lidar com questões que ultrapassam a esfera 
individual, como greves e dissídios coletivos. 
O advogado então poderá atuar em seis áreas principais na Justiça do Trabalho 
as quais são: 
- Atuar na defesa dos direitos dos trabalhadores em processos judiciais; 
- Realizar a defesa dos empregadores, pessoas físicas ou jurídicas; 
- Exercer atividades relacionadas ao Direito Coletivo do Trabalho; 
- Fornecer consultoria ou advocacia preventiva para auxiliar empregadores, 
empregados e sindicatos no cumprimento da legislação. 
12.1 Comunicação e Oratória na Justiça do Trabalho 
Faz-se necessário ao advogado que atua em qualquer área uma boa 
comunicação e boa oratória, especialmente na Justiça do Trabalho, é de fundamental 
importância saber se expressar, uma vez que o processo trabalhista se utiliza muito 
mais de etapas orais do que em outras áreas do direito. 
 
36 
 
As audiências trabalhistas acabam por ter um peso muito maior, fazendo assim 
cada vez mais necessário saber se comunicar, ter uma boa oratória bem como no 
trato e negociação com o cliente. 
É necessário ainda que o advogado trabalhista saiba gerenciar suas emoções, 
buscando sempre lidar com as exigências relativas aos prazos, diante da necessidade 
de resolver problemas e tomar decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
13 REFERÊNCIAS: 
 
Aplicação das Súmulas no STF. Súmula 47. [Rcl 26.840 AgR, rel. min. Roberto 
Barroso, dec. monocrática, j. 23-11-2017, DJE 268 de 27-11-2017.]. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?Acesso> em: jun. 
2021. 
 
BASTOS, ATHENA. Art. 82 ao art. 88 do Novo CPC comentado artigo por artigo. 
2019. Disponível em: <https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-82-a-88-do-novo-cpc/ 
>Acesso em: jun. 2021. 
 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?> Acesso em: jun. 
2021. 
BRASIL, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm> Acesso em: jun. 2021. 
 
BRASIL, Decreto – Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm> Acesso em: jun. 2021. 
 
BRASIL, Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm>. Acesso em: jun. 2021. 
 
COUTINHO, Carlos Marden Cabral, CARMO, Valter Moura do Processo Civil II 
[Recurso eletrônico on-line] organização CONPEDI Coordenadores: Carlos Marden 
Cabral Coutinho; Valter Moura do Carmo – Florianópolis: CONPEDI, 2020. Disponível 
em:<http://conpedi.danilolr.info/publicacoes> Acesso em: jun. 2021. 
 
 
38 
 
DIAS, Sandra Mara de Oliveira. Justiça gratuita onerosa e honorários advocatícios 
sucumbenciais na justiça do trabalho. Revista Artigos. P-52-63. 2020. Disponível em: 
< https://scholar.google.com.br/scholar?>Acesso em: jun. 2021. 
 
Honorários advocatícios - natureza alimentar - equiparação aos créditos 
trabalhistas - impossibilidadede compensação em caso de sucumbência 
parcial. Disponível em: 
<https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/> Acesso 
em: jun. 2021. 
 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho.19. ed. 
São Paulo: Saraiva Educação, 2021. 
 
 PAMPLONA Filho, Rodolfo; SOUZA, Tercio Roberto Peixoto. Curso de direito 
processual do trabalho. 2. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
 
PEREIRA, Leone. Direito processual do trabalho. ed. Saraiva. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outros materiais