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NICOLE RECH DO PRADO A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Coronel Fabriciano/MG 2023 NICOLE RECH DO PRADO A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Monografia elaborada para fins de avaliação de trabalho de conclusão de, do Curso de especialização e Pós-graduação em Gestão Escolar com ênfase em Administração, Supervisão, Orientação e Inspeção escolar do Instituto Educavales. Orientadora: Izabele Souza Coronel Fabriciano/MG 2023 https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/ https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/ https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/ AGRADECIMENTOS A este Instituto Educacional excelente, seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram o que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivado pеla acendrada confiança no mérito е ética aqui presentes e proporcionar о conhecimento no processo de formação profissional. A Professora orientadora pela paciência, oportunidade e encorajamento a um estudo científico, pelo apoio e incentivo que me foi dedicado, e pelo qual demostro a minha admiração e respeito. A Deus primeiramente, por me proporcionar essa oportunidade de aperfeiçoamento nos Estudos, aos meus Familiares, que estiveram comigo durante toda essa jornada de luta e sacrifícios compensados. A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Nicole Rech do Prado RESUMO: O tema da presente pesquisa tem como objetivo refletir sobre a importância da Gestão e Administração Escolar frente a Orientação Educacional. Para tanto, este trabalho se fez necessário uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em materiais coletados no decorrer do desenvolvimento do projeto de pesquisa, basicamente em leituras de livros e artigos científicos. A gestão é um ato de realizar ações que conduzam a realização de objetivos e metas propostas, na qual a gestão escolar engloba elaborar e executar propostas pedagógicas, administrativa valorizando a gestão democrática participativa que envolve a comunidade na construção desses objetivos de forma coletiva. Um dos objetivos deste trabalho, é investigar a importância do Orientador Educacional na comunidade escolar bem como os benefícios que este profissional traz ao ambiente escolar. Dessa forma, a gestão escolar não deve ter como foco apenas a dimensão administrativa da escola, mas principalmente a gestão pedagógica em que o gestor deve favorecer condições essenciais para a melhoria da qualidade no processo de ensino e aprendizagem da escola. E, portanto, que a escola deve procurar compreender qual é o papel do Orientador Educacional, buscando valorizá-lo, e este profissional, por sua vez deve ter conhecimento de suas funções e adapta-las as demandas do contexto escolar. Palavras-chave: Gestão Educacional. Orientação Escolar. Supervisão Escolar. Administração Escolar. Orientador Educacional. ABSTRACT: The theme of this research aims to reflect on the importance of School Management and Administration in relation to Guidance. To this end, this work required bibliographical research, developed based on materials collected during the development of the research project, basically through readings of books and scientific articles. Management is an act of carrying out actions that lead to the achievement of proposed objectives and goals, in which school management encompasses developing and executing pedagogical and administrative proposals, valuing participatory democratic management that involves the community in the construction of these objectives collectively. One of the objectives of this work is to investigate the importance of the Educational Advisor in the school community as well as the benefits that this professional brings to the school environment. Therefore, school management should not only focus on the administrative dimension of the school, but mainly on pedagogical management in which the manager must favor essential conditions for improving the quality of the school's teaching and learning process. Therefore, the school must seek to understand the role of the Educational Advisor, seeking to value it, and this professional, in turn, must be aware of their functions and adapt them to the demands of the school context. Keywords: Educational Management. School Guidance. School Supervision. School Administration. Educational advisor. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 CAPITULO 1 –ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR: O Papel do Orientador Educacional ............................................................................................................... 08 CAPITULO 2 – HISTÓRIA DA PROFISSÃO DE ORIENTADOR EDUCACIONAL ... 09 2.1. Gestão, Conceitos, Importância e Significado.....................................................12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 16 INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda a necessidade de se repensar a importância do papel da gestão e administração escolar nas instituições de ensino, bem como o papel do orientador educacional, como acontece o desenvolvimento desta essencial tarefa. É importante ressaltar que o papel do orientador escolar deste processo na educação é através de um olhar mais instigante, observando a escola e os problemas que englobam. Entender que é de suma importância estabelecer vínculos no processo de gestão da organização escolar, para a produção de um trabalho de maior qualidade e também de satisfação pessoal e profissional. Cabe ressaltar, que uma boa administração escolar, deve garantir aos discentes a aprendizagem, que tenha condições institucionais e pedagógicas que oportunizem isso. Nessa perspectiva, sabemos que os gestores sejam eles supervisores, orientadores e demais profissionais que executam uma função de extrema importância na decisão do clima e cultura organizacional da escola e na acessibilidade da aprendizagem de seus alunos. A Orientação Educacional no Brasil surgiu no início da década de 20, na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007). O Orientador Educacional deve fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com sua comunidade, desenvolvendo assim, a cidadania. Dessa maneira, mostra que seu papel vai além dos portões da escola. Ele deve auxiliar o trabalho do professor, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para o aluno no processo educacional, realizar projetos para atender as necessidades de seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas. Possui um papel fundamental na vida do aluno, da família e até mesmo dos professores. Éele o responsável pela mediação entre todos os envolvidos no processo educacional. É um papel desafiador, que foi ganhando, com o passar dos anos, suma importância no âmbito escolar. CAPITULO 1 - ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR: O Papel do Orientador Educacional Seu trabalho apresenta um olhar voltado para o educando, centrado na responsabilidade de formar cidadãos, e de dar o suporte necessário para o indivíduo atuar no meio social, fazendo com que desenvolvam senso crítico. É uma missão que vai se aprimorando ao longo dos anos, se ganha experiência no dia a dia. Ele está disposto no espaço escolar para orientar o aluno, ajudando a solucionar problemas que vão surgindo durante a caminhada escolar e na vida pessoal. É ele quem faz a mediação escola/família, aluno/professor, aluno/família, aluno/comunidade, comunidade/aluno família/professor e mediações/prevenções ligadas a drogas, violência e sexo, mostrando os caminhos e escolhas que o educando pode seguir. Seu papel ultrapassa as paredes da escola. Este profissional auxilia o docente a compreender o comportamento dos alunos, a manejar as dificuldades de aprendizagem e mediar conflitos entre alunos, professor e comunidade. Sendo que, nos dias atuais, a sala da orientação educacional é o local que o aluno vai, não só para ser orientado sobre seus comportamentos e atitudes, mas para se sentir acolhido, ouvir e ser ouvido, entender que ele tem o seu espaço no colégio e no mundo. Orientador e professor devem caminhar juntos. 8 CAPITULO 2 – BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA PROFISSÃO O conceito de orientação significa ação ou efeito de orientar. Orientar é um processo humano de colocar pessoas ou coisas na direção do oriente como ponto de referência. Transferindo o conceito original de Orientação, para o conceito metafórico de Orientação Educacional, este pode ser definido como “uma ação consciente de situar o educando no campo educacional, segundo os pontos básicos do processo educacional”. (VITORIANO 1973). A Orientação Educacional surge no Brasil no início da década de 20, na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007) A essa época, o país atravessava um período de instabilidade econômica. No campo educacional, as oportunidades eram reservadas para as classes dominantes, enquanto que as classes menos favorecidas não podiam alcançar melhores condições de vida, ou seja, a escola reproduzia as desigualdades sociais. O início ocorreu no ano de 1908, na cidade de Boston (EUA), em meio a tantos avanços tecnológicos, Frank Parsons criou um sistema de orientação para adolescentes que ainda não haviam optado por uma carreira – foi o início da Orientação Profissional. E, logo após a Orientação Profissional ganhou seu espaço dentro das escolas, que hoje é conhecido como Orientação Vocacional ou Educacional. No Brasil, a Orientação Educacional teve seu início na década de 1924 no Liceu de Artes de São Paulo, também com a função de Orientação vocacional. Enquanto para Nérici (1976, p.20), a primeira tentativa de Orientação Vocacional no Brasil deve – se a Lourenço filho, quando foi Diretor de Departamento de Educação do Estado de São Paulo, criando o serviço de “Orientação Profissional e Educacional” em 1931, o qual tinha como objetivo guiar o indivíduo na escolha de seu lugar social pela profissão. 9 Também surgiram experiências isoladas nas escolas do Rio de Janeiro em 1934, sendo as pioneiras Aracy Muniz Freire e Maria Junqueira, pautando – se nos moldes americano e europeu de ensino. A partir desse momento, a profissão do Orientador Educacional foi criada através da Lei de nº 5.564, em 21 de dezembro de 1968 e regulamentada pelo Decreto de nº 72.846/73. A função do Orientador Educacional no decorrer desse processo histórico se caracterizou desde um método considerado terapêutico devido às influências da Psicologia em que o aspecto principal era o ajustamento do aluno a sociedade e a família, até a função preventiva chegando ao seu atual momento. No ano de 1940, no Brasil, a orientação educacional tinha foco nos adolescentes e se preocupava em ajudar na escolha profissional. De 1942 a 1946 as leis orgânicas ainda não nomeiam a orientação educacional. Em São Paulo, no ano de 1945, aparece o primeiro curso superior de orientação educacional tendo origem na PUC- Campinas. (PASCOAL, HORONATO E ALBUQUERQUE, 2008) Essa profissão, começou a ganhar espaço no país e é mencionada na legislação federal brasileira. É trazida nas Leis Orgânicas do ensino, que foram criadas para dar definição a cada área de ensino e suas diversas atribuições. A Lei Orgânica do ensino Industrial em 1942 trouxe, pela primeira vez, algo sobre Orientação Educacional. O seu papel principal seria trabalhar com a ascensão das qualidades morais do indivíduo, desvendando assim, suas aptidões naturais, o que ajudaria na escolha da carreira profissional. Segundo Grinspun (1994), anteriormente o orientador era visto como uma figura “neutra” no processo educacional, para “guiar os jovens em sua formação cívica, moral e religiosa”, hoje, espera-se um profissional comprometido com sua área, com a história de seu tempo e com a formação do cidadão. O orientador deve fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com sua comunidade, desenvolvendo assim, a cidadania. A evolução e aceitação do Orientador perpassa por diversas fases e papéis exercidos por esse profissional, em diferentes contextos históricos e políticos. O 10 campo de atuação era voltado para “desajustes” escolares, hoje o papel desempenhado por esse profissional é outro: ...a orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os „alunos com problemas‟. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a „construção‟ de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, o „onde chegar‟, neste momento da Orientação Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas 19 através do diálogo nas relações estabelecidas. (GRINSPUN, 1994, p. 13). O orientador educacional tem um papel fundamental na vida do aluno, da família e até mesmo dos professores. É ele o responsável pela mediação entre todos os envolvidos no processo educacional. É um papel desafiador, que foi ganhando, com o passar dos anos, suma importância no âmbito escolar. Ou seja, o seu papel é de auxiliar o trabalho do docente, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para o aluno no processo educacional, realizar projetos para atender as necessidades de seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas. 11 2.1. GESTÃO, CONCEITOS, IMPORTÂNCIA E SIGNIFICADO . Como já mencionado anteriormente, o orientador educacional atua como um elo entre educadores, educandos e comunidade escolar. Sua atuação profissional visa auxiliar nas situações diárias do contexto escolar. Com base nisso, o autor CARVALHO (2010) relata que: Todo o orientador educacional é um educador. A orientação educacional é importante por transitar e ocupar diferentes espaços na escola com o objetivo de potencializar a aprendizagem dos alunos. A sala de aula por excelência, o lugar organizador desse processo também pode ser utilizado como territóriode ação do orientador. É nesse espaço que o orientador ajuda os alunos em questões de aprendizagem e no convívio social. Para o autor, ele ainda aduz que, para que haja possibilidade de atuação da orientação, é preciso que as necessidades, interesses e capacidades das crianças sejam claramente conhecidos (1979, p 53). A orientação escolar é conceituada como um método pelo qual o orientador educacional ajuda o aluno a tomar consciência de seus valores e dificuldades. Nesta profissão, também há o levantamento de dados, realização de sessões de orientação e de aconselhamento, e desempenho de uma série de funções relacionadas à concepção do atendimento ao educando. Dentre todas essas funções, o aconselhamento tem sido o principal e mais eficaz, permitindo uma maior aproximação do educando. Apesar de não possuir um currículo a seguir, o orientador é fundamental, pois seu compromisso é com a formação permanente, no que concerne a atitudes, emoções, sentimentos, valores, sempre mediando, discutindo, analisando, dialogando e dando parâmetros. Na atualidade, os desafios do orientador educacional não estão apenas no que está estabelecido em lei, ele precisa muito mais que seguir as premissas das obrigações da função, ele necessita criar um vínculo com os alunos, afinal o aluno é o objeto de trabalho desse profissional. O diálogo é o eixo central, e saber ouvir é de extrema importância, auxiliando-os na formação de cidadãos autônomos, participativos e críticos, sempre pautados na ética. Outro importante desafio é a gestão dos conflitos no dia a dia, que se mal gerido coloca em risco a qualidade da 12 convivência no âmbito escolar. Ações preventivas como palestras, jogos escolares, visitas técnicas e muito diálogo ajudam a sanarem tais situações. Para Pascoal, Horonato e Albuquerque (2008), o orientador educacional deve atender os educandos em suas necessidades, não se restringindo apenas aos problemas disciplinares. Então, é importante que o orientador trabalhe problemas atuais para que, por meio destes, desenvolva a consciência crítica do aluno. Como o mesmo faz parte da gestão escolar, cabe a ele participar da construção coletiva que favorece o bom desenvolvimento do trabalho pedagógico, participando dos momentos coletivos da instituição. Também, está a cargo do orientador, fazer um elo entre a situação escolar e a família, contribuindo para que os alunos aprendam significativamente, traçando metas, junto à família. Só assim o espaço escolar tornar-se-á favorável aos mesmos. É papel do orientador também propiciar debates sobre temas relevantes no cotidiano dos alunos, professores e pais, com o objetivo de elevar o nível de cultura da comunidade em que estão inseridos. Quanto à sociedade, este profissional pode discutir com os alunos assuntos comentados pela mídia, pois estes são importantes para o currículo. O exercício deste profissional precisa estar revestido de sentido ético profissional, pois o mesmo está em contato com informações particulares dos alunos e da escola, cujo sigilo deve ser mantido. (PASCOAL, HORONATO E ALBUQUERQUE, 2008). Percebe-se então, que ... Em face das transformações que vivemos no mundo e que repercutem em todas as instituições, o papel da orientação educacional é muito significativo, ao possibilitar ao sujeito compreender e analisar esse mundo, compreendendo-se nesta relação com o outro, e também ajudando a escola na interação de suas relações e de seu projeto político pedagógico, de modo que possamos viver e conviver neste mundo de forma crítica e consciente, buscando alternativas, criando estratégias para uma escola de mais qualidade, uma sociedade mais justa e um mundo que aposte na paz. (GRINSPUN, 2006, p. 187). A escola é o lugar organizador desse processo de transformações. É fato que o trabalho e as responsabilidades do orientador educacional no contexto escolar são inúmeros e de grande valia para garantir o sucesso da função e da qualidade social da unidade escolar. 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalhou objetivou em descrever sobre importância do trabalho do orientador educacional na gestão escolar, no relacionamento com as famílias e alunos e na busca da qualidade da educação, considerando que é mais que um cargo administrativo, pois a ele competirá a efetivação de uma escola de excelência, com vistas à qualidade da educação, ou seja, a gestão educacional vai muito além do ato de simplesmente administrar. Libaneo (2008) ressalta que a função do gestor escolar não é somente gerenciar a parte administrativa, que é muito importante, mas engloba a parte pedagógica. Além de ser um líder que envolverá a todos no trabalho, onde cada sujeito, independente do papel social que depende dentro da escola, acreditem no seu próprio valor quer pessoal e profissional. O desafio desta função é justamente promover um clima organizacional e construir uma educação completa e de qualidade, onde todos percebam sua importância e compromisso de caminhar nos sentidos de garantir a aprendizagem de qualidade em sua instituição. A qualidade de uma instituição está relacionada ao objetivo fim da escola, que é a aprendizagem dos alunos, todos os esforços e movimentos dentro do âmbito escolar tem que estar em consonância e a favor do comprimento dessa finalidade. O gestor em quanto líder a frente esse movimento tem a função de ser apoio e referência na motivação para o grupo. Como visto anteriormente, o termo gestão, neste trabalho refere-se diretamente à direção da escola, mas também, a função de orientação escolar. Uma equipe, para estar em consonância de objetivos, necessita aderir sua identidade no proposito, sendo assim, a gestão democrática que possibilita a participação não somente da equipe funcional, mas toda a comunidade escolar que contribui para esta questão. De acordo com Luck (2007), a gestão é uma exigência das diretrizes e políticas educacionais, e esta precisa visar que todos participem ativamente nas tomadas de decisões da instituição escolar. O sistema de ensino precisa ser visto em sua plenitude e não elementos que definem ações isoladas. Mas necessitando instituir políticas educacionais direcionadas para a democracia favorecendo um espaço educacional com autonomia e empenho com o bem-estar da coletividade. A gestão democrática 14 só é efetiva se o gestor escolar priorizar a participação de todos, especialmente da equipe diretiva, no planejamento e execução das ações, atividades e projetos que facilitam a aprendizagem escolar de seus alunos. Assim como cita Lima (1995), esse modelo de gestão é transformador para a educação, elevando a sua qualidade, garantindo o acesso e a permanência do aluno na escola, auxiliando na efetivação de lutas que visem à democratização política e social do país. O orientador, de fato, é um profissional que, se atuar de forma conjunta e sistemática com pais e professores, fará toda a diferença, tendo em vista os problemas enfrentados nas escolas, possibilitando a criação de condições favoráveis ao bem- estar emocional do aluno e o seu desenvolvimento, em todos os sentidos: cognitivo, afetivo e social o ajudará a adquirir habilidades, conhecimentos e atitudes que lhes permitam um crescimento diante das suas necessidades pessoais e existenciais. Recentemente, o orientador passou a atuar de forma a atender os alunos levando em conta que eles estão inseridos em um contexto social, o que influencia o processo de ensino-aprendizagem. Porém essas mudanças significativas têm a ver com a influência de teóricos construtivistas, como Piaget, Vygostky e Wallon nos projetos pedagógicos das escolas onde está cada vez mais pautado pela psicologia do desenvolvimento do estudo científico das mudanças de comportamento relacionados à ideia durante a vida de uma pessoa. Diante de todo o exposto, nota-se a relevânciada presença deste profissional nas escolas, desempenhando um trabalho conjunto com os demais membros da comunidade escolar, além de favorecer a construção de um elo entre o âmbito escolar e a família, cuja participação também influencia na aprendizagem do aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, M. Autonomia da Escola e Participação. In: VIEIRA, A.; ALONSO, M.; ALMEIDA, M.; (Orgs.). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2000. CARVALHO, Maria de Lourdes Ramo da Silva. A função do orientador educacional. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. GRISPUN, Míriam P. S. Z. A Orientação Educacional: conflitos de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2003. GRINSPUN, Mirian P.S.Zippin. A Orientação Educacional- conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2006. LIMA, Antonio Bosco de. Burocracia e participação: análise da (im) possibilidade da participação transformadora na organização burocrática escolar. 1995. Dissertação (Mestrado) - Unicamp, Campinas, 1995. LIBÂNEO, José Carlos. A organização e a gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001. LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João F.; TOSCHO, Mirza S. Educação escolar: política, estrutura e organização. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2008. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010. NERICI, Imídeo Giusepe. Introdução a Orientação Educacional. São Paulo: Atlas, 1974 PASCOAL, Miriam. HORONATO, Eliane Costa e ALBUQUERQUE, Fabiana aparecida de. O orientador educacional no brasil. Educ. rev., Jun 2008, nº.47, p.101-120. Disponível em< http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah. >Acesso 03/Nov.2023. SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil Campinas: Autores Associados, 2007.
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