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NICOLE RECH DO PRADO - TCC PÓS Gestão Escolar com ênfase em administração, supervisão, orientação e inspeção escolar

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NICOLE RECH DO PRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coronel Fabriciano/MG 
2023 
 
 
 
NICOLE RECH DO PRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
Monografia elaborada para fins de 
avaliação de trabalho de conclusão de, do 
Curso de especialização e Pós-graduação 
em Gestão Escolar com ênfase em 
Administração, Supervisão, Orientação e 
Inspeção escolar do Instituto Educavales. 
 
 
 Orientadora: Izabele Souza 
 
 
 
 
 
 
 
Coronel Fabriciano/MG 
2023 
https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/
https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/
https://ava.educavales.universaeducacional.com.br/course/gestao-escolar-com-enfase-em-administracao-supervisao-orientacao-e-inspecao-escolar-2/
 
AGRADECIMENTOS 
 
A este Instituto Educacional excelente, seu corpo 
docente, direção е administração que oportunizaram 
o que hoje vislumbramos um horizonte superior, 
eivado pеla acendrada confiança no mérito е ética 
aqui presentes e proporcionar о conhecimento no 
processo de formação profissional. 
 
A Professora orientadora pela paciência, 
oportunidade e encorajamento a um estudo científico, 
pelo apoio e incentivo que me foi dedicado, e pelo 
qual demostro a minha admiração e respeito. 
 
A Deus primeiramente, por me proporcionar essa 
oportunidade de aperfeiçoamento nos Estudos, aos 
meus Familiares, que estiveram comigo durante toda 
essa jornada de luta e sacrifícios compensados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
FRENTE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
Nicole Rech do Prado 
 
 
RESUMO: O tema da presente pesquisa tem como objetivo refletir sobre a importância 
da Gestão e Administração Escolar frente a Orientação Educacional. Para tanto, este 
trabalho se fez necessário uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em 
materiais coletados no decorrer do desenvolvimento do projeto de pesquisa, 
basicamente em leituras de livros e artigos científicos. A gestão é um ato de realizar 
ações que conduzam a realização de objetivos e metas propostas, na qual a gestão 
escolar engloba elaborar e executar propostas pedagógicas, administrativa 
valorizando a gestão democrática participativa que envolve a comunidade na 
construção desses objetivos de forma coletiva. Um dos objetivos deste trabalho, é 
investigar a importância do Orientador Educacional na comunidade escolar bem como 
os benefícios que este profissional traz ao ambiente escolar. Dessa forma, a gestão 
escolar não deve ter como foco apenas a dimensão administrativa da escola, mas 
principalmente a gestão pedagógica em que o gestor deve favorecer condições 
essenciais para a melhoria da qualidade no processo de ensino e aprendizagem da 
escola. E, portanto, que a escola deve procurar compreender qual é o papel do 
Orientador Educacional, buscando valorizá-lo, e este profissional, por sua vez deve 
ter conhecimento de suas funções e adapta-las as demandas do contexto escolar. 
 
Palavras-chave: Gestão Educacional. Orientação Escolar. Supervisão Escolar. 
Administração Escolar. Orientador Educacional. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT: The theme of this research aims to reflect on the importance of School 
Management and Administration in relation to Guidance. To this end, this work 
required bibliographical research, developed based on materials collected during the 
development of the research project, basically through readings of books and scientific 
articles. Management is an act of carrying out actions that lead to the achievement of 
proposed objectives and goals, in which school management encompasses 
developing and executing pedagogical and administrative proposals, valuing 
participatory democratic management that involves the community in the construction 
of these objectives collectively. One of the objectives of this work is to investigate the 
importance of the Educational Advisor in the school community as well as the benefits 
that this professional brings to the school environment. Therefore, school management 
should not only focus on the administrative dimension of the school, but mainly on 
pedagogical management in which the manager must favor essential conditions for 
improving the quality of the school's teaching and learning process. Therefore, the 
school must seek to understand the role of the Educational Advisor, seeking to value 
it, and this professional, in turn, must be aware of their functions and adapt them to the 
demands of the school context. 
Keywords: Educational Management. School Guidance. School Supervision. School 
Administration. Educational advisor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 
 
CAPITULO 1 –ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR: O Papel do Orientador 
Educacional ............................................................................................................... 08 
 
CAPITULO 2 – HISTÓRIA DA PROFISSÃO DE ORIENTADOR EDUCACIONAL ... 09 
2.1. Gestão, Conceitos, Importância e Significado.....................................................12 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 16 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho aborda a necessidade de se repensar a importância do 
papel da gestão e administração escolar nas instituições de ensino, bem como o papel 
do orientador educacional, como acontece o desenvolvimento desta essencial tarefa. 
É importante ressaltar que o papel do orientador escolar deste processo na 
educação é através de um olhar mais instigante, observando a escola e os problemas 
que englobam. Entender que é de suma importância estabelecer vínculos no processo 
de gestão da organização escolar, para a produção de um trabalho de maior qualidade 
e também de satisfação pessoal e profissional. 
Cabe ressaltar, que uma boa administração escolar, deve garantir aos 
discentes a aprendizagem, que tenha condições institucionais e pedagógicas que 
oportunizem isso. Nessa perspectiva, sabemos que os gestores sejam eles 
supervisores, orientadores e demais profissionais que executam uma função de 
extrema importância na decisão do clima e cultura organizacional da escola e na 
acessibilidade da aprendizagem de seus alunos. 
A Orientação Educacional no Brasil surgiu no início da década de 20, na capital 
paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos 
trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 
2007). 
O Orientador Educacional deve fortalecer o contato entre escola e comunidade, 
já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com 
isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do 
indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com sua comunidade, 
desenvolvendo assim, a cidadania. 
Dessa maneira, mostra que seu papel vai além dos portões da escola. Ele deve 
auxiliar o trabalho do professor, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para o 
aluno no processo educacional, realizar projetos para atender as necessidades de 
seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas. Possui um papel 
fundamental na vida do aluno, da família e até mesmo dos professores. Éele o 
responsável pela mediação entre todos os envolvidos no processo educacional. É um 
papel desafiador, que foi ganhando, com o passar dos anos, suma importância no 
âmbito escolar. 
CAPITULO 1 - ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR: O Papel do 
Orientador Educacional 
 
Seu trabalho apresenta um olhar voltado para o educando, centrado na 
responsabilidade de formar cidadãos, e de dar o suporte necessário para o indivíduo 
atuar no meio social, fazendo com que desenvolvam senso crítico. 
É uma missão que vai se aprimorando ao longo dos anos, se ganha experiência 
no dia a dia. Ele está disposto no espaço escolar para orientar o aluno, ajudando a 
solucionar problemas que vão surgindo durante a caminhada escolar e na vida 
pessoal. É ele quem faz a mediação escola/família, aluno/professor, aluno/família, 
aluno/comunidade, comunidade/aluno família/professor e mediações/prevenções 
ligadas a drogas, violência e sexo, mostrando os caminhos e escolhas que o educando 
pode seguir. Seu papel ultrapassa as paredes da escola. 
Este profissional auxilia o docente a compreender o comportamento dos 
alunos, a manejar as dificuldades de aprendizagem e mediar conflitos entre alunos, 
professor e comunidade. Sendo que, nos dias atuais, a sala da orientação educacional 
é o local que o aluno vai, não só para ser orientado sobre seus comportamentos e 
atitudes, mas para se sentir acolhido, ouvir e ser ouvido, entender que ele tem o seu 
espaço no colégio e no mundo. Orientador e professor devem caminhar juntos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
CAPITULO 2 – BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA 
PROFISSÃO 
 
O conceito de orientação significa ação ou efeito de orientar. Orientar é um 
processo humano de colocar pessoas ou coisas na direção do oriente como ponto de 
referência. 
Transferindo o conceito original de Orientação, para o conceito 
metafórico de Orientação Educacional, este pode ser definido como 
“uma ação consciente de situar o educando no campo educacional, 
segundo os pontos básicos do processo educacional”. (VITORIANO 
1973). 
 
A Orientação Educacional surge no Brasil no início da década de 20, na capital 
paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos 
trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007) 
A essa época, o país atravessava um período de instabilidade econômica. No campo 
educacional, as oportunidades eram reservadas para as classes dominantes, 
enquanto que as classes menos favorecidas não podiam alcançar melhores condições 
de vida, ou seja, a escola reproduzia as desigualdades sociais. 
O início ocorreu no ano de 1908, na cidade de Boston (EUA), em meio a tantos 
avanços tecnológicos, Frank Parsons criou um sistema de orientação para 
adolescentes que ainda não haviam optado por uma carreira – foi o início da 
Orientação Profissional. E, logo após a Orientação Profissional ganhou seu espaço 
dentro das escolas, que hoje é conhecido como Orientação Vocacional ou 
Educacional. 
No Brasil, a Orientação Educacional teve seu início na década de 1924 no Liceu 
de Artes de São Paulo, também com a função de Orientação vocacional. Enquanto 
para Nérici (1976, p.20), a primeira tentativa de Orientação Vocacional no Brasil deve 
– se a Lourenço filho, quando foi Diretor de Departamento de Educação do Estado de 
São Paulo, criando o serviço de “Orientação Profissional e Educacional” em 1931, o 
qual tinha como objetivo guiar o indivíduo na escolha de seu lugar social pela 
profissão. 
9 
 
Também surgiram experiências isoladas nas escolas do Rio de Janeiro em 
1934, sendo as pioneiras Aracy Muniz Freire e Maria Junqueira, pautando – se nos 
moldes americano e europeu de ensino. A partir desse momento, a profissão do 
Orientador Educacional foi criada através da Lei de nº 5.564, em 21 de dezembro de 
1968 e regulamentada pelo Decreto de nº 72.846/73. A função do Orientador 
Educacional no decorrer desse processo histórico se caracterizou desde um método 
considerado terapêutico devido às influências da Psicologia em que o aspecto 
principal era o ajustamento do aluno a sociedade e a família, até a função preventiva 
chegando ao seu atual momento. 
No ano de 1940, no Brasil, a orientação educacional tinha foco nos 
adolescentes e se preocupava em ajudar na escolha profissional. De 1942 a 1946 as 
leis orgânicas ainda não nomeiam a orientação educacional. Em São Paulo, no ano 
de 1945, aparece o primeiro curso superior de orientação educacional tendo origem 
na PUC- Campinas. (PASCOAL, HORONATO E ALBUQUERQUE, 2008) 
Essa profissão, começou a ganhar espaço no país e é mencionada na 
legislação federal brasileira. É trazida nas Leis Orgânicas do ensino, que foram 
criadas para dar definição a cada área de ensino e suas diversas atribuições. A Lei 
Orgânica do ensino Industrial em 1942 trouxe, pela primeira vez, algo sobre 
Orientação Educacional. O seu papel principal seria trabalhar com a ascensão das 
qualidades morais do indivíduo, desvendando assim, suas aptidões naturais, o que 
ajudaria na escolha da carreira profissional. 
Segundo Grinspun (1994), anteriormente o orientador era visto como uma 
figura “neutra” no processo educacional, para “guiar os jovens em sua formação 
cívica, moral e religiosa”, hoje, espera-se um profissional comprometido com sua área, 
com a história de seu tempo e com a formação do cidadão. O orientador deve 
fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno 
o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer 
um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele 
tenha compromisso com sua comunidade, desenvolvendo assim, a cidadania. 
A evolução e aceitação do Orientador perpassa por diversas fases e papéis 
exercidos por esse profissional, em diferentes contextos históricos e políticos. O 
10 
 
campo de atuação era voltado para “desajustes” escolares, hoje o papel 
desempenhado por esse profissional é outro: 
 
...a orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não 
apenas e unicamente cuidar e ajudar os „alunos com problemas‟. Há, 
portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de 
Orientação, voltada para a „construção‟ de um cidadão que esteja mais 
comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se, significativamente, o 
„onde chegar‟, neste momento da Orientação Educacional, em termos do 
trabalho com os alunos. Pretende-se trabalhar com o aluno no 
desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade 
e a intersubjetividade, obtidas 19 através do diálogo nas relações 
estabelecidas. (GRINSPUN, 1994, p. 13). 
 
O orientador educacional tem um papel fundamental na vida do aluno, da 
família e até mesmo dos professores. É ele o responsável pela mediação entre todos 
os envolvidos no processo educacional. É um papel desafiador, que foi ganhando, 
com o passar dos anos, suma importância no âmbito escolar. Ou seja, o seu papel é 
de auxiliar o trabalho do docente, fazer a ponte entre família e escola, dar apoio para 
o aluno no processo educacional, realizar projetos para atender as necessidades de 
seus alunos, entre outras diversas atribuições que lhe são dadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.1. GESTÃO, CONCEITOS, IMPORTÂNCIA E SIGNIFICADO 
. 
Como já mencionado anteriormente, o orientador educacional atua como um 
elo entre educadores, educandos e comunidade escolar. Sua atuação profissional visa 
auxiliar nas situações diárias do contexto escolar. 
Com base nisso, o autor CARVALHO (2010) relata que: 
 
Todo o orientador educacional é um educador. A orientação 
educacional é importante por transitar e ocupar diferentes espaços na 
escola com o objetivo de potencializar a aprendizagem dos alunos. A 
sala de aula por excelência, o lugar organizador desse processo 
também pode ser utilizado como territóriode ação do orientador. É 
nesse espaço que o orientador ajuda os alunos em questões de 
aprendizagem e no convívio social. 
 
Para o autor, ele ainda aduz que, para que haja possibilidade de atuação da 
orientação, é preciso que as necessidades, interesses e capacidades das crianças 
sejam claramente conhecidos (1979, p 53). 
A orientação escolar é conceituada como um método pelo qual o orientador 
educacional ajuda o aluno a tomar consciência de seus valores e dificuldades. Nesta 
profissão, também há o levantamento de dados, realização de sessões de orientação 
e de aconselhamento, e desempenho de uma série de funções relacionadas à 
concepção do atendimento ao educando. 
Dentre todas essas funções, o aconselhamento tem sido o principal e mais 
eficaz, permitindo uma maior aproximação do educando. Apesar de não possuir um 
currículo a seguir, o orientador é fundamental, pois seu compromisso é com a 
formação permanente, no que concerne a atitudes, emoções, sentimentos, valores, 
sempre mediando, discutindo, analisando, dialogando e dando parâmetros. 
Na atualidade, os desafios do orientador educacional não estão apenas no que 
está estabelecido em lei, ele precisa muito mais que seguir as premissas das 
obrigações da função, ele necessita criar um vínculo com os alunos, afinal o aluno é 
o objeto de trabalho desse profissional. O diálogo é o eixo central, e saber ouvir é de 
extrema importância, auxiliando-os na formação de cidadãos autônomos, 
participativos e críticos, sempre pautados na ética. Outro importante desafio é a 
gestão dos conflitos no dia a dia, que se mal gerido coloca em risco a qualidade da 
12 
 
convivência no âmbito escolar. Ações preventivas como palestras, jogos escolares, 
visitas técnicas e muito diálogo ajudam a sanarem tais situações. 
Para Pascoal, Horonato e Albuquerque (2008), o orientador educacional deve 
atender os educandos em suas necessidades, não se restringindo apenas aos 
problemas disciplinares. Então, é importante que o orientador trabalhe problemas 
atuais para que, por meio destes, desenvolva a consciência crítica do aluno. Como o 
mesmo faz parte da gestão escolar, cabe a ele participar da construção coletiva que 
favorece o bom desenvolvimento do trabalho pedagógico, participando dos momentos 
coletivos da instituição. 
Também, está a cargo do orientador, fazer um elo entre a situação escolar e a 
família, contribuindo para que os alunos aprendam significativamente, traçando 
metas, junto à família. Só assim o espaço escolar tornar-se-á favorável aos mesmos. 
É papel do orientador também propiciar debates sobre temas relevantes no cotidiano 
dos alunos, professores e pais, com o objetivo de elevar o nível de cultura da 
comunidade em que estão inseridos. Quanto à sociedade, este profissional pode 
discutir com os alunos assuntos comentados pela mídia, pois estes são importantes 
para o currículo. O exercício deste profissional precisa estar revestido de sentido ético 
profissional, pois o mesmo está em contato com informações particulares dos alunos 
e da escola, cujo sigilo deve ser mantido. (PASCOAL, HORONATO E 
ALBUQUERQUE, 2008). 
Percebe-se então, que 
... Em face das transformações que vivemos no mundo e que 
repercutem em todas as instituições, o papel da orientação educacional 
é muito significativo, ao possibilitar ao sujeito compreender e analisar 
esse mundo, compreendendo-se nesta relação com o outro, e também 
ajudando a escola na interação de suas relações e de seu projeto 
político pedagógico, de modo que possamos viver e conviver neste 
mundo de forma crítica e consciente, buscando alternativas, criando 
estratégias para uma escola de mais qualidade, uma sociedade mais 
justa e um mundo que aposte na paz. (GRINSPUN, 2006, p. 187). 
 
A escola é o lugar organizador desse processo de transformações. É fato que o 
trabalho e as responsabilidades do orientador educacional no contexto escolar são 
inúmeros e de grande valia para garantir o sucesso da função e da qualidade social 
da unidade escolar. 
13 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalhou objetivou em descrever sobre importância do trabalho do 
orientador educacional na gestão escolar, no relacionamento com as famílias e alunos 
e na busca da qualidade da educação, considerando que é mais que um cargo 
administrativo, pois a ele competirá a efetivação de uma escola de excelência, com 
vistas à qualidade da educação, ou seja, a gestão educacional vai muito além do ato 
de simplesmente administrar. 
Libaneo (2008) ressalta que a função do gestor escolar não é somente 
gerenciar a parte administrativa, que é muito importante, mas engloba a parte 
pedagógica. Além de ser um líder que envolverá a todos no trabalho, onde cada 
sujeito, independente do papel social que depende dentro da escola, acreditem no 
seu próprio valor quer pessoal e profissional. 
O desafio desta função é justamente promover um clima organizacional e 
construir uma educação completa e de qualidade, onde todos percebam sua 
importância e compromisso de caminhar nos sentidos de garantir a aprendizagem de 
qualidade em sua instituição. 
A qualidade de uma instituição está relacionada ao objetivo fim da escola, que 
é a aprendizagem dos alunos, todos os esforços e movimentos dentro do âmbito 
escolar tem que estar em consonância e a favor do comprimento dessa finalidade. O 
gestor em quanto líder a frente esse movimento tem a função de ser apoio e referência 
na motivação para o grupo. 
Como visto anteriormente, o termo gestão, neste trabalho refere-se diretamente 
à direção da escola, mas também, a função de orientação escolar. Uma equipe, para 
estar em consonância de objetivos, necessita aderir sua identidade no proposito, 
sendo assim, a gestão democrática que possibilita a participação não somente da 
equipe funcional, mas toda a comunidade escolar que contribui para esta questão. 
De acordo com Luck (2007), a gestão é uma exigência das diretrizes e políticas 
educacionais, e esta precisa visar que todos participem ativamente nas tomadas de 
decisões da instituição escolar. O sistema de ensino precisa ser visto em sua plenitude 
e não elementos que definem ações isoladas. Mas necessitando instituir políticas 
educacionais direcionadas para a democracia favorecendo um espaço educacional 
com autonomia e empenho com o bem-estar da coletividade. A gestão democrática 
14 
 
só é efetiva se o gestor escolar priorizar a participação de todos, especialmente da 
equipe diretiva, no planejamento e execução das ações, atividades e projetos que 
facilitam a aprendizagem escolar de seus alunos. 
Assim como cita Lima (1995), esse modelo de gestão é transformador para a 
educação, elevando a sua qualidade, garantindo o acesso e a permanência do aluno 
na escola, auxiliando na efetivação de lutas que visem à democratização política e 
social do país. 
O orientador, de fato, é um profissional que, se atuar de forma conjunta e 
sistemática com pais e professores, fará toda a diferença, tendo em vista os problemas 
enfrentados nas escolas, possibilitando a criação de condições favoráveis ao bem-
estar emocional do aluno e o seu desenvolvimento, em todos os sentidos: cognitivo, 
afetivo e social o ajudará a adquirir habilidades, conhecimentos e atitudes que lhes 
permitam um crescimento diante das suas necessidades pessoais e existenciais. 
Recentemente, o orientador passou a atuar de forma a atender os alunos 
levando em conta que eles estão inseridos em um contexto social, o que influencia o 
processo de ensino-aprendizagem. Porém essas mudanças significativas têm a ver 
com a influência de teóricos construtivistas, como Piaget, Vygostky e Wallon nos 
projetos pedagógicos das escolas onde está cada vez mais pautado pela psicologia 
do desenvolvimento do estudo científico das mudanças de comportamento 
relacionados à ideia durante a vida de uma pessoa. 
Diante de todo o exposto, nota-se a relevânciada presença deste profissional 
nas escolas, desempenhando um trabalho conjunto com os demais membros da 
comunidade escolar, além de favorecer a construção de um elo entre o âmbito escolar 
e a família, cuja participação também influencia na aprendizagem do aluno. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALONSO, M. Autonomia da Escola e Participação. In: VIEIRA, A.; ALONSO, M.; 
ALMEIDA, M.; (Orgs.). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 
2000. 
 
CARVALHO, Maria de Lourdes Ramo da Silva. A função do orientador educacional. 
São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. 
 
GRISPUN, Míriam P. S. Z. A Orientação Educacional: conflitos de paradigmas e 
alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2003. 
 
GRINSPUN, Mirian P.S.Zippin. A Orientação Educacional- conflito de paradigmas 
e alternativas para a escola. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2006. 
 
LIMA, Antonio Bosco de. Burocracia e participação: análise da (im) possibilidade da 
participação transformadora na organização burocrática escolar. 1995. Dissertação 
(Mestrado) - Unicamp, Campinas, 1995. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. A organização e a gestão da escola: teoria e prática. 
Goiânia: Editora Alternativa, 2001. 
 
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João F.; TOSCHO, Mirza S. Educação escolar: 
política, estrutura e organização. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
NERICI, Imídeo Giusepe. Introdução a Orientação Educacional. São Paulo: Atlas, 
1974 
 
PASCOAL, Miriam. HORONATO, Eliane Costa e ALBUQUERQUE, Fabiana 
aparecida de. O orientador educacional no brasil. Educ. rev., Jun 2008, nº.47, 
p.101-120. Disponível em< http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah. >Acesso 
03/Nov.2023. 
 
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil Campinas: Autores 
Associados, 2007.

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