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TIPOGRAFIA

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Prévia do material em texto

1 
 
 
A)Quatro a seis 
 
TIPOGRAFIA 
 2 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de pu-
blicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cul-
tura, de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de 
construir uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecno-
lógica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, 
conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cur-
sos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
1. TIPOGRAFIA .................................................................................. 4 
1.1 Definições e conceitos básicos ................................................... 4 
1.1.1 Terminologias Caixa-alta e caixa- baixa ................................ 9 
1.1.2 Itálico ....................................................................................... 9 
1.1.2 Versalete (Small Caps) ....................................................... 10 
1.1.3 Serifa ................................................................................... 10 
1.1.4 Corpo (Tamanho) ................................................................ 11 
1.1.5 Espaçamento e entrelinha ................................................... 11 
1.1.6 Kerning ................................................................................ 13 
1.1.7 Alinhamento de texto à direita .............................................. 13 
1.1.7 Alinhamento de texto centralizado ...................................... 14 
1.1.9 Alinhamento de texto justificado ............................................ 14 
2. CLASSIFICAÇÕES TIPOGRÁFICAS ........................................... 15 
2.1 Principais classificações tipográficas ........................................ 15 
2.1.1 Fontes serifadas .................................................................... 16 
2.1.2 Tipos não serifados ............................................................... 17 
2.1.3 fontes manuscritos ................................................................ 18 
2.1.4 Fontes fantasiosas ou decorativas ........................................ 19 
3. RETÓRICA TIPOGRÁFICA .......................................................... 19 
3.1 Pecados tipográficos ................................................................. 20 
3.2 Lettering .................................................................................... 26 
4. REFERÊNCIAS: ........................................................................... 28 
 
 
 4 
 
 
1. TIPOGRAFIA 
 
A tipografia é a evolução do processo milenar de escrita, proveniente da 
invenção da prensa de tipos móveis – que possibilitou a produção em larga 
escala. Atualmente, o termo tipografia remete aos atos de desenhar uma fonte, 
à fonte resultante desse processo e também ao estudo das formas de se aplicar 
essa fonte corretamente. 
No que se refere à aplicação da tipografia, existem vários erros muito 
comuns e que devem ser evitados, uma vez que o objetivo da comunicação é, 
em essência, a eficiência na transmissão da mensagem - o desenho de uma 
fonte, por exemplo, pode ajudar ou atrapalhar essa eficiência. 
Outro tópico importante são os tipos de fonte. Há diferentes classificações 
de fontes, sendo a mais importante a divisão em fontes serifadas e não serifadas. 
Nesse âmbito, é importante salientar, ainda, que existem formas mais livres e 
flexíveis de se trabalhar com o desenho das letras: o lettering. 
 
1.1 Definições e conceitos básicos 
 
Tipografia e escita têm histórias e conceitos intimamente relacionados. 
Como afirmam Meggs e Purvis (2009), a história da escrita se inicia com os 
sumérios, que criaram a escrita cuneiforme por volta de 3500 a. C na região da 
Mesopotâmia, atual Iraque. Naquele tempo, ainda não existia um alfabeto 
reduzido e simplificado, o que exigia a criação de um símbolo específico para 
representar cada palavra. Os egípcios seguiram a mesma lógica dos sumérios 
com os hieróglifos, por volta de 3000 a.C. 
Como você pode imaginar, pela quantidade de palavras e conceitos que 
existem para ser representados, esses eram sistemas complexos de escrita, 
com um número elevado de símbolos a serem aprendidos, o que restringiu o 
aprendizado da leitura e da escrita a uma pequena elite. 
Para simplificar esse processo, os fenícios desenvolveram um alfabeto 
com apenas 22 caracteres por volta de 1500 a.C. (Meggs; Purvis, 2009). Esse 
alfabeto foi adotado pelos gregos por volta do ano 1000 a.C., mas com algumas 
modificações. Várias letras são semelhantes ao alfabeto grego atual, com 
 5 
 
 
apenas algumas diferenças no formato. No entanto, algumas letras antigas 
foram excluídas, assim como letras novas foram inseridas, Por fim, os romanos 
adotaram o alfabeto grego e o transformaram praticamente no alfabeto que 
conhecemos atualmente, com a única diferença de que ainda não existiam as 
letras J, V e W. 
Outro momento importante da história da escrita ocorreu por volta do 
século VIII, na Europa Central, quando surgiu a escrita carolíngua, a primeira a 
apresentar letras minúsculas. Até então, utilizavam-se apenas caracteres 
maiúsculos. 
Conforme é possivel perceber, a invenção e a implementação do alfabeto 
foram passos importantes para a popularização da escrita, já que o sistema ficou 
mais simples de se aprender, de se utilizar e de se entender. Porém, o processo 
de produção da escrita ainda continuou muito manual, o que limitava o número 
de cópias que um livro ou qualquer outro texto poderiam ter. nesse sentido, o 
acesso aos textos continuou elitizado. Essa questão só foi resolvida no século 
XV, quando Johann Gutenberg (ca. 1398-1468) desenvolveu a prensa de tipos 
móveis. Dessa forma, o lento processo de reprodução caligráfico de livros pôde 
ser substituído pela impressão em série (Fontoura; Fukushima, 2012). 
Nesse sistema, cada caractere só precisava ser desenhado e esculpido 
em relevo uma vez pelo tipógrafo, que, em seguida, fazia um molde desse 
original. Esse molde permitia produzir diversas cópias em metal da mesma letra, 
num processo que era repetido para todo o alfabeto e demais caracteres 
ortográficos. Dessa forma, em vez de escrever manualmente uma página, o 
tipógrafo a montava encaixando lado a lado os tipos móveis. Como as letras 
estavam em relevo, era possível utilizá-las como carimbo, reproduzindo tantas 
cópias quanto fossem necessárias. 
Todo o processo de desenhar esses caracteres e pensar a composição 
da página impressa deram origem ao que hoje chamamos de tipografia, campo 
prático-teórico que busca formas de pensar e aplicar a representação da escrita. 
Observe nas figuras abaixo, a evolução histórica da escrita e da tipografia.6 
 
 
Linha do tempo da evolução da escrita e da tipografia 
 
 
Imagem: 1 
Escrita cuneiforme 
 
 
 
Imagem: 2 
Escrita Hieróglifos 
 
 
 7 
 
 
 
Imagem: 3 
Alfabeto fenício 
 
 
 
 
Imagem: 4 
Escrita monumental romana 
Aproximadamente século I 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
 
Imagem: 5 
Escrita carolíngua 
Aproximadamente século VIII 
 
 
 
 
Por mais que tenha surgido no contexto específico desse tipo de 
impressão, o conceito de tipografia cresceu e atualmente abrange todo estudo e 
aplicação da representação da excrita, tanto impressa quanto digital. O conceito 
está ligado a três aspectos, todos relacionados entre si. 
 
● Tipografia é o processo de criar novas fontes tipográficas, ou seja, 
novos conjuntos de caracteres para representar a escrta. 
 
● Tipografia é o resultado desse processo. Podemos afirmar, por 
exemplo, que a Ariel e a Times New Roman, fontes de amplo uso e 
conhecimento, são tipografias. 
 
● Tipografia e a aplicação de tipos, ou seja, de todos os conhecimentos 
e técnicas envolvids na hora de se utilizar a tipografia na comunicação. 
 
 9 
 
 
Essa é a visão geral do como surgiu a tipografia e de sua concepção atual. 
No entanto, para conhcê-la a fundo e saber, de fato, utilizá-la, há um série de 
outros termos e conceitos específicos que precisamos conhcer, confome 
apresentamos a seguir: 
 
1.1.1 Terminologias Caixa-alta e caixa- baixa 
 
 
CAIXA-ALTA caixa-baixa 
 
 
No campo da tipografia, as letras maiúsculas são denominadas caixa-
alta e as minúsculas caixa-baixa. Essa denominação é herança da época da 
prensa de tipos móveis, quando os tipos maiúsculos ficavam em uma gaveta 
superior e os minúsculos na gaveta de baixo. 
 
1.1.2 Itálico 
 
Regular itálico Falso Itálico 
 
 
Quando as primeiras tipografias começaram a ser criadas no século XV, 
elas ainda guardavam muitas semelhanças com a escrita caligráfica feita na 
época, principalmente da caligrafia italiana. Porém, à medida que o tempo 
passou, as tipografias começaram a se distanciar dessa herança caligráfica e a 
ganhar uma estética própria. Nesse novo contexto, surgiu o itálico, que é a 
versão adaptada de uma fonte que lembra as características manuscritas. 
Perceba, portanto, que o itálico não é apenas inclinar o desenho dos caracteres, 
como algumas pessoas acreditam - é necessário mudar o desenho das letras. 
Quando a fonte é apenas inclinada, obtém-se uma versão obliqua, também 
conhecida como falso itálico. 
 
 
 
 10 
 
 
 
1.1.2 Versalete (Small Caps) 
 
Há situações em que gostaríamos de usar apenas o desenho das letras 
caixa-alta em uma composição. Porém, o uso da caixa-alta costuma ser mais 
pesado, já que ela ocupa toda a altura da linha. Para equilibrar essas duas 
questões, utiliza-se um recurso chamado Versalete (ou small caps, como é 
conhecida nos softwares gráficos da Adobe). Esse recurso utiliza apenas o 
desenho da caixa-alta, mas apresenta letras tanto na altura da caixa-alta original 
quanto na altura da caixa-baixa, tornando possível a composição de textos mais 
leves. Para que a Versalete seja considerada verdadeira, o tipógrafo que 
desenhou a fonte precisa ter desenhado também as maiúsculas em tamanho 
menor, a fim de que o traçado de ambas fique na mesma proporção. Já a falsa 
Versalete é aquela que pode ser utilizada em qualquer fonte, bastando diminuir 
o tamanho da caixa alta. O problema, nesse caso, é que as proporções do 
traçado da fonte ficam diferentes, com a caixa-alta original parecendo ser mais 
grossa. 
 
1.1.3 Serifa 
 
A serifa é uma contribuição dos romanos ao desenho das letras que 
sobreviveu à passagem dos séculos. Trata-se de um recurso que aumenta as 
hastes de um caractere - algo que não interfere em seu reconhecimento. Em 
outras palavras, trata-se de um adorno que, teoricamente, não faria falta para 
identificarmos a letra representada. Muitos defendem que a serifa melhora a 
legibilidade de um texto - e, de fato, há estudos que comprovam que fontes 
serifadas tendem a ser mais legíveis. 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
1.1.4 Corpo (Tamanho) 
 
 
6pt 
 
12pt 
 
24pt 
 
48 pt 
 
 
Corpo é o nome correto para nos referirmos ao tamanho de uma 
fonte. Em softwares para impressão, o corpo da fonte é expresso em 
pontos (pt). Fontes com corpo entre 4 pt e 7 pt são bem pequenas, mas 
ainda assim legíveis em condições normais. Para a leitura de textos mais 
longos, geralmente utiliza-se um corpo entre 8 pt e 12 pt. Acima disso, 
salvo exceções, o tamanho já começa a ficar pouco apropriado para 
textos longos. Já títulos e informações destacadas utilizam corpo acima 
de 13 pt. 
 
1.1.5 Espaçamento e entrelinha 
 
Espaçamento normal 
 
 
 Nos cursos relacionados à comunicação, como Jornalismo, Publicidade e 
Propaganda e Design Gráfico, usualmente aprendemos como se escreve uma 
matéria ou como se diagrama uma página. 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
Espaçamento forçado (positivo) 
 
 
 N o s c u r s o s r e l a c i o n a d o s à c o m u m i c a ç ã o, c o m o J o 
r n a l i s m o, P u b l i c i d a d e e P r o p a g a n d a e D e s i g n G r á f i c o, 
u s u a l m e n t e a p r e n d e m o s c o m o s e e s c r e v e u m a m a t é r i a 
o u c o m o s e d i a g r a m a u m a p á g i n a. (+140) 
 
 
 
Espaçamento forçado (Negativo) 
 
 
 
 Noscursosrelacionadosàcomunicação,comoJornalismo,Publicidadee 
PropagandaeDesignGráfico,usualmenteaprendemoscomoseescreveumamat
éria ou como se diagrama uma página. (- 95). 
 
 
Espaçamento (ou tracking) 
 
É o espaço entre os caracteres e palavras. Entrelinha, com o nome já 
sugere, é o espaço entre as linhas. Essas medidas podem ser manipuladas nos 
softwares gráficos de acordo com a necessidade de ocupar mais ou menos 
espaço – por exemplo, para deixar o texto mais leve, aumenta-se os espaços 
em branco. 
 
Exemplos de diferentes entrelinhas 
 
 
 
 Nos cursos relacionados à comunicação, como Jornalismo, 
Publicidade e Propaganda e Design Gráfico, usualmente aprendemos como 
se escreve uma matéria ou como se diagrama uma página. (12/1,0) 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 Nos cursos relacionados à comunicação, como Jornalismo, 
Publicidade e Propaganda e Design Gráfico, usualmente aprendemos como 
se escreve uma matéria ou como se diagrama uma página. (12/1,5) 
 
 
 
 
 Nos cursos relacionados à comunicação, como Jornalismo, 
Publicidade e Propaganda e Design Gráfico, usualmente aprendemos como 
se escreve uma matéria ou como se diagrama uma página.(12/2,5) 
 
1.1.6 Kerning 
 
O Kerning é o ajuste necessário entre pares de caracteres específicos 
para melhorar a integração visual entre eles. Devido à herança da época dos 
tipos móveis, cada caractere é desenhado “dentro de uma caixa”. Entretanto, 
como cada letra tem um desenho diferente e irregular, qunado as “caixas” são 
colocadas lado a lado, às vezes, surgem espaços em branco excessivos entre 
elas. Nesse caso, precisamos de um Kerning negativo para aproximar esses 
carcateres. Fontes profissionais costumam ter o Kerning muito bem-resolvido, 
enquanto as fontes gratuitas, baixadas da internet, nem sempre têm esse 
cuidado. 
 
1.1.7 Alinhamento de texto à direita 
 
Uma flor nasceu na rua! 
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfeco. 
Uma flor ainda desbotada 
ilude a polícia, rompe o asfalto. 
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, 
Garanto que uma flor nasceu(...).14 
 
 
No alinhamento à direita, os textos são alinhados à direita e suas linhas 
têm diferentes tamanhos e irregulares nas margens externas esquerdas. Isso 
acaba dificultando a legibilidade, pois força o olhar para usuários já habituados 
aos sistemas ocidentais. 
 
1.1.7 Alinhamento de texto centralizado 
 
 
Uma flor nasceu na rua! 
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfeco. 
Uma flor ainda desbotada 
ilude a polícia, rompe o asfalto. 
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, 
Garanto que uma flor nasceu(...). 
 
Exemplo de texto alinhado ao centro 
Fonte: Extraído de andrade (2009). 
 
 
Neste tipo de alinhamento, as linhas de textos têm tamanho irregulares 
em ambos os lados e são dispostas de acordo com a tabulação do Tracking. 
 
1.1.9 Alinhamento de texto justificado 
 
 
Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do 
tráfeco. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam 
completo silêncio, paralisem os negócios, Garanto que uma flor nasceu(...). 
 
 
Entre as opções de alinhamento, o justificado é o mais formal eusual de 
todos. Nesta opção de alinhamento, as linhas têm o mesmo comprimento, com 
margens “duras” e retas (ou uniformes) em ambos os lados do bloco de texto. É 
muito utilizado me textos longos como revistas, jornais e livros digitais e 
impressos. Além disso, é o padrão adotado pela ABNT no Brasil para escrita 
científica-acadêmica. 
 
 
 
 15 
 
 
 
2. CLASSIFICAÇÕES TIPOGRÁFICAS 
 
São os grandes grupos de tipografias e famílias tipográficas reunidas por 
algum motivo em comum. Algumas das maiores e mais relevantes classificações 
são as serifadas, não serifadas, manuscritas e fantasia. Há também outras 
classificações, muitas delas dentro de cada uma dessas categorias maiores. 
 
2.1 Principais classificações tipográficas 
 
 
Existem diversas classificações tipográficas, que podem envolver tanto 
grupos bem abrangentes quanto grupos bem específicos. Neste capítulo, 
apresentaremos as classificações que julgamos essenciais para um profissional 
de comunicação envolvido na construção de uma mensagem visual. 
São elas: 
 
Tipos serifados: como o nome já indica, são aqueles que apresentam 
serifa. 
Tipos não serifados: oposto ao anterior, são aqueles que não 
apresentam serifa. 
Tipos manuscritos: são aqueles que simulam letras escritas à mão. 
Tipos fantasia: são todos os tipos que apresentam alguma característica 
exótica que faz com que a fonte não enquadre em nenhuma das classificações 
anteriores. 
 
Analisaremos cada um desses tipos mais detidamente nas seções a 
seguir. 
 
 
 
 
 16 
 
 
2.1.1 Fontes serifadas 
 
As tipografias serifadas foram as primeiras a serem desenvolvidas e 
utilizadas na prensa de tipos móveis, a partir do século XV. O uso da serifa era 
uma influência do desenho das letras feito pelos romanos séculos antes. Mesmo 
sendo tão antigas, muitas tipografias criadas nessa época continuam sendo 
muito utilizadas até hoje, como é o caso da Garamond. 
É comum se afirmar que as tipografias com serifa são as que apresentam 
melhor legibilidade, embora nem sempre seja bem assim. Ao longo desses mais 
de cinco séculos de existência, o desenho das tipografias serifadas sofreu várias 
transformações, ao ponto de Lupton (2013) afirmar que existem, pelo menos, 
quatro classificações diferentes de fontes serifadas: 
1) humanistas (ou old-style); 
2) transicionais; 
3) modernas e; 
4) egípcias. 
Dessa classificação, as humanistas ou old-style são as que apresentam 
a melhor legibilidade para textos longos em corpo pequeno, seguidas pelas 
transicionais. Já as modernas e as egípicias apresentam péssima legibilidade 
para textos longos em corpo pequeno, sendo mais indicadas para títulos ou 
textos curtos. 
As fontes serifadas apresentam um traço que muda de espessura ao 
longo da letra, gerando, portanto, um contraste entre os lados - há um lado mais 
fino e outro mais espesso. Nas tipografias humanistas, o eixo que divide esses 
dois lados é inclinado. O equilíbrio do contraste dessas fontes, aliado ao uso da 
serifa, faz com que elas sejam as mais legíveis para textos longos em corpos 
pequenos. 
A evolução do desenho das tipografias serifadas levou à criação das 
transicionais, criadas no século XVIII. Essas tipografias ainda guardam alguma 
legibilidade para textos longos, mas a presença de um lado com o traço ainda 
mais fino começa a prejudicar a leitura em tamanhos pequenos. 
No final do século XVIII, surgiram as tipografias serifadas modernas. 
Abandonando de vez qualquer semelhança com a caligrafia, essas fontes se 
tornaram extremamente retas e geométricas, com alto contraste no traçado e 
 17 
 
 
serifas retas, finas e sem transição com a haste. São fontes que guardam um 
refinamento e estilo muito característico, sendo muito utilizadas atualmente no 
mundo da moda. Porém, fontes desse grupo apresentam péssima legitibilidade, 
pois o lado mais fino desaparece em corpos pequenos. 
No século XIX, surgiu a última classificação: as egípicias. Se a tipografia 
surgiu no século XV, principalmente para ser utilizada para a reprodução de 
livros, o crescimento da publicidade séculos mais tarde criou a necessidade de 
tipos de maior impacto visual para serem utilizados nos cartazes que 
começavam a tomar conta das cidades. Foi nesse contexto que as fontes 
egípcias (também conhecidas como serifa slab ou serifa quadrada) foram 
criadas. São tipos com traços espessos e serifas pesadas, que chamam muito a 
atenção quando utilizados em títulos. No entanto, assim como as transicionais, 
as egípcias são péssimas para leitura de textos longos em corpos pequenos. 
É válido salientarmos que não são só as questões ligadas à forma e à 
legibilidade que permeiam essas quatro classificações. Cada uma delas funciona 
melhor para comunicar tipos específicos de mensagem. Vários fatores 
determinam isso, o que impossibilita definir, de fato, o que uma classificação 
pode ou não representar. 
 
2.1.2 Tipos não serifados 
 
As tipografias sem serifa são relativamente mais recentes se comparadas 
com as serifadas, visto que ganharam força e uso efetivo apenas na virada do 
século XIX para o século XX. Por esse motivo, normalmente essas fontes 
apresentam um aspecto mais moderno e contemporâneo - os modernistas, 
inclusive, priorizavam muito o uso de tipos não serifados, até mesmo em textos 
extensos. É possível utilizar fontes sem serifa (em corpo pequeno) em textos 
longos, mas é preciso escolher bem. 
Conforme esclarece Lupton (2013), as fontes sem serifa também 
apresentam categorias com características e recomendações de uso diferentes: 
as humanistas, as transicionais e as geométricas. 
Diferentemente das serifadas, as fontes sem serifa não são fruto de um 
processo de evolução histórica, uma vez que as três categorias surgiram em 
épocas próximas. As fontes humanistas sem serifa são aquelas que estão 
 18 
 
 
menos distantes da origem caligráfica da escrita, sendo, portanto, mais 
orgânicas, além de apresentarem variação de espessura no traçado. A abertura 
de letras como o “e” e o “C” são maiores, pois não tentam fechar em círculo ou 
uma elipse. Justamente por essas aberturas maiores, esse tipo de fonte é o mais 
legível entre as classificações sem serifa, podendo ser utilizado em textos mais 
longos e também em placas de sinalização. 
Já as transicionais sem serifa são o meio do caminho até se chegar às 
geométricas. Por essa razão, esse tipo já apresenta traços mais retos e com 
pouca variação de espessura. Caracteres como o "e" e o "c" têm aberturas 
menores, sendo que esse traçado mais fechado sugere uma elipse(uma espécie 
de "círculo espremido"). A abertura menor dessas tipografias faz com que elas 
percam a legibilidade em textos com corpos pequenos, já que dificulta o 
reconhecimento do caractere. 
Por fim, as geométricas, como o nome já sugere, são as mais 
geometricamente construídas. Esse tipo de fonte apresenta traços bem retos e 
dificilmente tem variação de espessura. A abertura das letras é pequena e o 
traço tende a formar um circulo geométrico. A letra "a" dessa categoria 
normalmente é um "a" geométrico, que pode se confundir um pouco com o "o" 
em tamanhos pequenos. Por esses motivos, são as fontes sem serifa menos 
indicadas para textos longos em corpos pequenos. 
 
2.1.3 fontes manuscritos 
 
As fontes manuscritas, também conhecidas como caligráficas ou script, 
são aquelas que simulam a escrita manual. Ao longo da história da tipografia, o 
desenho das letras foi gradativamente se afastando da escrita manual, o que, de 
certa forma, também foi deixando esses caracteres mais artificiais, abstratos e 
pouco "humanos". As fontes manuscritas são uma forma de manter essa 
presença humana no ato de comunicar, sendo, portanto, muito utilizadas na 
publicidade para passar mensagens que visem provocar mais empatia no leitor. 
Há milhares de tipos manuscritos disponíveis hoje em dia; alguns 
remetem à caligrafia formal, outros simulam uma letra adulta despojada, e há até 
os que remontam a caligrafia infantil. A legibilidade desse tipo de fonte varia 
muito, sendo alguns tipos quase ilegíveis. Via de regra, as manuscritas devem 
 19 
 
 
ser evitadas em textos longos, sendo mais adequados para títulos ou textos 
curtos. 
 
2.1.4 Fontes fantasiosas ou decorativas 
 
As fontes fantasiosas ou decorativas dificilmente podem ser classificadas 
em grupos homogêneos ou com muitas caracteristicas em comum (Fontoura; 
Fukushima, 2012). Como o nome já diz, são tipos "diferentões" de fontes, que 
geralmente são utilizados em títulos ou textos curtos, pois dificilmente 
apresentam legibilidade para textos longos ou em corpo pequeno. São ótimos 
tipos para gerar contraste com fontes mais convencionais serifadas ou sem 
serifa. Contudo, dificilmente dois tipos diferentes da própria categoria ficam bem 
ao serem combinados. 
 
3. RETÓRICA TIPOGRÁFICA 
 
 
Imagem: 6 
 
Conforme ressaltamos em outros momentos, os tipos comunicam de duas 
formas: 
 1) pelo conteúdo que eles expressam e; 
 20 
 
 
2) pela forma que eles têm. 
 
Se a tipografia comunicasse apenas o seu conteúdo escrito, bastaria 
descobrirmos qual é a tipografia mais legível que existe e passaríamos a utilizar 
apenas ela. Contudo, existem milhares de fontes diferentes, e cada pequena 
mudança em sua forma representa também mudanças nos conceitos para os 
quais elas são menos ou mais adequadas para comunicar. 
Ao encararmos uma tipografia como um artefato estético, podemos 
atribuir a ela tanto funções práticas quanto simbólicas. A primeira está 
relacionada justamente com a transmissão eficiente do conteúdo escrito, 
dependendo, portanto, de sua legibilidade. Já a segunda é justamente a 
capacidade que a tipografia tem de expressar conceitos por meio de sua forma, 
como significados subjetivos que não estão no texto, mas em memórias e ideias 
que são despertadas ao olharmos para o seu desenho - nível reflexivo. 
O ato de articular esses aspectos simbólicos é denomidado retórica 
tipográfica. Assim como a retórica tradicional tenta convencer por meio do 
conteúdo da mensagem, a retórica tipográfica tenta convencer por meio da 
escolha da tipografia mais adequada para reforçar a mensagem. 
 
3.1 Pecados tipográficos 
 
Existem uma série de erros na aplicação da tipografia que precisam ser 
evitados. Apresentaremos os principais deles, assim como formas de resolvê-
los. 
 
► Evitar a utilização de textos longos em caixa-alta ou negrito 
► Texto em caixa-alta 
 
OBS: Abaixo os exemplos. 
 
 
 
 
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 NOS CURSOS RELACIONADOS À COMUNICAÇÃO, COMO 
JORNALISMO, PUBLICIDADE E PROPAGANDA E DESIGN GRÁFICO, 
USUALMENTE APRENDEMOS COMO SE ESCREVE UMA MATÉRIA OU 
COMO SE DIAGRAMA UMA PÁGINA. EM ALGUNS DESSES EXERCÍCIOS, 
TEMOS MAIS LIBERDADE NA LINGUAGEM E NO ESTILO QUE VAMOS 
USAR; CONTUDO, NO CONTEXTO DE UMA ORGANIZAÇÃO, É 
NECESSÁRIO MANTER UM PADRÃO NA DIAGRAMAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos cursos relacionados à comunicação, como jornalismo, 
publicidade e propaganda e design gráfico, usualmente aprendemos 
como se escreve uma matéria ou como se diagrama uma página. em 
alguns desses exercícios, temos mais liberdade na linguagem e no estilo 
que vamos usar; contudo, no contexto de uma organização, é necessário 
manter um padrão na diagramação. 
 
 
 
 
 
 
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 Nos cursos relacionados à comunicação, como jornalismo, publicidade 
e propaganda e design gráfico, usualmente aprendemos como se escreve uma 
matéria ou como se diagrama uma página. em alguns desses exercícios, 
temos mais liberdade na linguagem e no estilo que vamos usar; contudo, no 
contexto de uma organização, é necessário manter um padrão na 
diagramação. 
 
 
 
A caixa-alta, quando utilizada em excesso, deixa o bloco de texto pesado 
e retarda a leitura. Além disso, simbolicamente, ela costuma ser interpretada 
como se o emissor da mensagem estivesse “gritando” com o leitor. Isso pode 
ser bom para um título ou destaque, mas é um excesso em textos longos. 
 
Textos longos em negrito também deve ser evitados, já que também 
deixam o visual pesado, retardando a leitura. 
 
Evitar viúvas e órfãs 
 
Viúvas são palavras isoladas no final de um parágrafo. Em colunas 
pequenas, elas não geram problema, mas em colunas mais largas, o aspecto 
visual fica desequilibrado e amador. Para evitá-las, basta diminuir o 
espaçamento entre as letras para fazer a palavra subir para alinha anterior ou 
aumentar o espaçamento para fazer mais palvras irem para essa linha. 
 
 
 
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Evitar dentes-de-cavalo 
 
Quando utilizamos texto justificado em blocos de texto, principalmente em 
colunas estreitas, podem aparecer os chamados dentes-de-cavalo, que são 
espaços grandes e irregulares entre as palavras. Isso dificulta a leitura e deixa a 
aparência amadora e pouco atraente. Para evitar esse problema, é possível 
tentar aumentar a largura da coluna ou utilizar o recurso de hifenização. Se isso 
não resolver, a única solução restante é mudar o alinhamento justificado para 
alinhado à esquersa. 
 
 
Texto justificado, com dentes de cavalo 
 
 
 
Nos cursos relacionados à 
comunicação, como Jornalismo, 
Publicidade e Propaganda e Design 
Gráfico, usualmente aprendemos como 
se escreve uma matéria ou como se 
diagrama uma página. Em alguns 
desses exercícios, temos mais 
liberdade na linguagem e no estilo que 
vamos usar; contudo, no contexto de 
uma organização, é necessário manter 
um padrão na diagramação. Isso porque 
não faz sentido justaor um texto escrito 
em uma linguagem coloquial, 
direcionada para adolescentes, em um 
texto jurídico cheio de termos técnicos, 
assim como não faz sentido que duas 
páginas pareçam pertencentes 
publicações diferentes. 
 
 
 
 
Solução 1: hifenizar 
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Nos cursos relacionados à comunicação, como Jornalismo, Publicidade e Propaganda 
e Design Gráfico, usualmente aprendemos como se escreve uma matéria ou como se 
diagrama uma página. Em alguns desses exercícios, temos mais liberdade na 
linguagem e no estilo que vamos usar; contudo, no contexto de uma organização, é 
necessário manter um padrão na diagramação.Isso porque não faz sentido justaor um 
texto escrito em uma linguagem coloquial, direcionada para adolescentes, em um texto 
jurídico cheio de termos técnicos, assim como não faz sentido que duas páginas 
pareçam pertencentes publicações diferentes. 
 
 
 
Solução 2: alinhar à esquerda 
 
 
 
Nos cursos relacionados à comunicação, 
como Jornalismo, Publicidade e 
Propaganda e Design Gráfico, usualmente 
aprendemos como se escreve uma matéria 
ou como se diagrama uma página. Em 
alguns desses exercícios, temos mais 
liberdade na linguagem e no estilo que 
vamos usar; contudo, no contexto de uma 
organização, é necessário manter um 
padrão na diagramação. Isso porque não 
faz sentido justaor um texto escrito em 
uma linguagem coloquial, direcionada para 
adolescentes, em um texto jurídico cheio 
de termos técnicos, assim como não faz 
sentido que duas páginas pareçam 
pertencentes publicações diferentes. 
 
 
 
 
 
 
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Não alterar a proporção original dos tipos 
 
Nunca se deve achatar, espremer ou alargar uma tipografia, pois isso 
altera a proporção do seu traçado. Se for necessário que o texto fique mais 
estreito, deve-se utilizar uma tipografia condensada ou diminuir o espaçamento 
entre as letas. Se for preciso que o texto fique mais largo, deve-se utilizar uma 
tipografia estendida ou aumentar o espaçamento. 
 
Não colocar os tipos sob fundos com baixo contraste 
 
Letras em cores claras (principalmente o amarelo precisam ser colocadas 
em fundos escuros para gerar contraste suficiente para leitura). Da mesma 
forma, fontes em preto ou em outras cores escuras precisam esta em fundos 
brancos ou de cores claras. 
 
 
 
Tipografia 
 
 
 
 
Tipografia 
 
 
 
 
Tipografia 
 
 
 
 
Tipografia 
 
 
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Não colocar tipos sob fundos com muito ruído 
 
 Aplicar textos em fotos ou em fundos texturizados é sempre um desafio, 
pois a variação de cor do fundo gera ruído e atrapalha a leitura. Nas fotos, a dica 
é procurar áreas nas quais a variação de cor e de formas seja menor. Caso não 
seja possível encontrarf áreas assim, deve-se usar contornos ou sombras na 
fonte para isolá-la do ruído e aumentar o contraste. 
 
Não esquecer de marcar o início dos parágrafos 
 
Parágrafos existem para estruturar o texto e marcar divisões de ideias, 
motivo pelo qual eles devem ser claramente definidos na diagramação. É 
possivel marcar parágrafos aumentando o espaço vertical entre eles ou 
aumentando o espaço horizontal da primeira linha de cada parágrafo (o que 
chamamos de indentação). 
 
Evite usar duas fontes parecidas 
 
Lembre-se dos princípios básicos de design (repetição e contraste): ou se 
usa a mesma fonte para gerar unidade, ou se usa duas completamente 
diferentes para gerar contraste. Ficar no meio termo gera conflito. 
 
 
3.2 Lettering 
 
Tipografias completas são criadas para serem sistemas flexíveis, que 
permitam ao publicitário ou designer escrever qualquer palavra que seja 
necessária para o projeto em questão. Isso obviamente é bom, mas também 
traz algumas limitações formais. O desenho das letras precisa ocupar 
espaços limitados, devendo seus tamanhos ser proporcionais. Isso torna 
difícil viabilizar que partes do caractere se prolonguem muito para fora desse 
espaço, pois corre-se o risco de ele se sobrepor ao caractere ao lado. 
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Entretanto, há ocasiões em que é preciso criar desenhos de letras 
específicos para uma mensagem, para expressar algumas palavras só e 
nada mais. Nesses casos, não temos a obrigação de criar todas as letras, 
pois elas não precisam oferecer todas as possibilidades de formação de 
palavras. Esse recurso é chamado lettering. Tradução possível seria 
letramento, ou seja, criar apenas as letras necessárias ao projeto em pauta. 
 
Perguntas e respostas 
Tendo em vista o que já estudamos até aqui, existe vantagem no 
uso de lettering? 
 
Sim. A principal vantagem do lettering é liberdade criativa que ele 
permite. As letras podem ter tamanhos diferentes, prolongamentos, ligações 
entre si e qualquer outro tipo de mudança formal que dificultaria a criação 
de uma tipografia convencional. 
 
É muito comum que os lettering sejam desenhados manualmente, 
sem nenhuma tipografia pronta sendo utilizada como base. Esse aspecto 
manual que muitos letterings apresentam pode ser explorado para criar 
mensagens mais humanizadas, orgânicas e atraentes. 
 
Criar lettering manualmente não é tão simples e requer habilidade 
específicas, mas você pode treinar ou fazer cursos específicos, assim como 
também pode contratar profissionais especializados. Mesmo sem essas 
habilidades manuais, tenha em mente que é possível construir bons 
letterings com base em tipografias que já existem, editando-as para que 
ganhem detalhes únicos no seu projeto. Independentemente do caso, é 
importante notar que o lettering é um recurso muito útil para o design gráfico 
e para a publicidade, alcançado resultados originais e de grande impcto 
visual que, ás vezes, não podem ser atingidos só com o uso de tipografias 
prontas. 
 
 
 
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4. REFERÊNCIAS: 
 
 
FARIAS, P. L. Tipografia digital: O impacto das novas tecnologias. E. ed. 
Rio de Janeiro: 2AB, 2013. 
FONTOURA, A. M.; FUKUSHIMA, N. Vade- mécum de tipografia. 2. Ed, 
curitiba: Insight, 2012. 
GARFIELD, S. Esse é meu tipo: um livro sobre fontes. Tradução de Cid 
Knioel. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. 
LUPTON, E. Pensar com tipos. Tradução de André Stolarki. 2. Ed. São 
Paulo: Cosac Naify, 2013. 
MEGGS, P. B.; PURVIS, A. W. História do design gráfico. Tradução de 
Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

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