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AgendA de Compromissos Com os pequenos 
negóCios pArA A gerAção de emprego e rendA
gestão muniCipAL 2013-2016
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pAssos10
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guiA do 
prefeito 
empreendedor
AgendA de Compromissos Com os pequenos 
negóCios pArA A gerAção de emprego e rendA
gestão muniCipAL 2013-2016
2013. © Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, consitui violação aos direitos auto-
rais (Lei n.º 9.610)
Informações e contatos
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae
SGAS 605 – Conjunto A – Brasília/DF – 70200-904
Tel.: 55 61 3348 7313
www.sebrae.com.br
Guia do Prefeito Empreendedor – Gestão Municipal 2013-2016
10 passos e 100 ações – Agenda de Compromissos com os Pequenos Negócios 
para a Geração de Emprego e Renda
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional 
Roberto Simões 
Diretor-Presidente 
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho 
Diretor-Técnico 
Carlos Alberto dos Santos 
Diretor de Administração e Finanças 
José Claudio dos Santos 
Gerente da Unidade de Políticas Públicas 
Bruno Quick 
Gerente da Unidade de Marketing e Comunicação 
Cândida Bittencourt
Apoio Operacional
Dulce Caldas – Unidade de Políticas Públicas
Lorena Ortale – Unidade de Marketing e Comunicação
Conteúdo
Bruno Quick
José Roberto Escorcio 
Abnor Gondim
Fotos 
Sebrae UF 
Assessorias das Prefeituras
Projeto Gráfico e Diagramação 
i-Comunicação 
Revisão Ortográfica
i-Comunicação 
sumário
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELhO DELIBERATIvO NACIONAL DO SEBRAE ............8
A FORçA DOS PEqUENOS NEGóCIOS ..........................................................................................10
MENSAGEM DO DIRETOR-PRESIDENTE DO SEBRAE .................................................................12
MENSAGENS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS .................................................................................14
MENSAGENS DA FRENTE PARLAMENTAR DA MICRO PEqUENA EMPRESA ...........................16
MENSAGENS DAS ENTIDADES MUNICIPALISTAS .......................................................................18
AS OBRAS DOS PREFEITOS EMPREENDEDORES ........................................................................20
APRESENTAçãO .............................................................................................................................22
AGENDA DE COMPROMISSOS .......................................................................................................24
 Passo 1 - Preparar Gestores e Servidores Públicos para o Desenvolvimento 
com base na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa ........................................................... 25
Passo 2 - Apoiar a formalização e o sucesso 
dos Microempreendedores Individuais ..................................................................................31
Passo 3 - Prestigiar os Comerciantes do município ..............................................................34
Passo 4 - Fortalecer os Empreendedores da Indústria e atrair investimentos .................39
Passo 5 - Modernizar e profissionalizar as atividades 
dos Prestadores de Serviços ...................................................................................................42
Passo 6 - Promover os Empreendedores do Turismo como indutores 
do Desenvolvimento ..................................................................................................................44
Passo 7 - Facilitar o associativismo dos Agricultores Familiares e 
consolidar seus avanços ...........................................................................................................48
Passo 8 - Articular o acesso à tecnologia pelos Produtores Rurais para agregar 
valor à produção.........................................................................................................................53
Passo 9 - Qualificar os empreendedores para os desafios da Sustentabilidade ...............57
Passo 10 - Estimular o ensino do Empreendedorismo e a Cultura da Cooperação ..........60
SAIBA MAIS .....................................................................................................................................62
CONTE COM O SEBRAE ..................................................................................................................63
LISTAGEM DOS 10 PASSOS E DAS 100 AçõES ...........................................................................64
10 PASSOS PARA O DESENvOLvIMENTO SUSTENTávEL – PúBLICOS E TEMAS ....................69
AGENDA GERAL DAS PRINCIPAIS OBRIGAçõES ANUAIS EM RELAçãO 
ÀS LEIS ORçAMENTáRIAS .............................................................................................................70
OS 8 OBjETIvOS DO MILêNIO .......................................................................................................72
mensAgem do presidente
do ConseLho deLiberAtivo nACionAL do sebrAe
9
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
A CAminhAdA dA sustentAbiLidAde 
Promovida em junho de 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, 
conhecida como Rio+20, clareou como a Sustentabilidade avança e ingressa em todas as ações de políticas 
públicas. Atrelar o tema à promoção dos pequenos negócios é a proposta que o Sebrae leva, com esta 
publicação, aos prefeitos e prefeitas para eleger o Desenvolvimento Sustentável como prioridade de suas 
administrações.
Exercem papel primordial nesse contexto os empresários de micro e pequenas empresas, os 
microempreendedores individuais e as entidades associativas de negócios de menor porte. No campo e 
na cidade. Afinal, respondem por 99% das empresas do País e 60% dos empregos. Inclusive para os recém-
chegados ao mundo do trabalho, quer como assalariados ou donos do próprio negócio.
Há, assim, um mundo de oportunidades e desafios para as novas administrações municipais. É preciso 
um envolvimento geral de gestores públicos e cidadãos com a prosperidade das sociedades locais. Por 
isso, o Sebrae se apresenta como grande parceiro. Nossa missão é levar assistência e orientação aos 
municípios para que possam caminhar com as próprias pernas.
Em quatro décadas, esta instituição se consolidou como a 22ª empresa mais admirada do Brasil e 
a 1ª, pelo quinto ano consecutivo, no setor de educação, à frente de renomadas instituições do País. A 
configuração do Sebrae tem a virtude de estar presente em todos os pontos do País, com uma capilaridade 
de ação que poucas organizações nacionais podem exibir.
O Brasil vive um instante especial. Tem diante de si a oportunidade de alcançar um novo patamar de 
desenvolvimento. Com a força, a criatividade e a obstinação de empresários e de governantes, construímos 
uma nação próspera, com economia estável, democracia sólida, mais inclusão e menos pobreza.
Agora, temos a obrigação de continuar essa obra, assegurando as conquistas e aprofundando as 
reformas a favor dos empreendedores locais já experimentadas em várias partes do mundo e na maioria 
dos municípios brasileiros. Essas mudanças têm de acontecer e continuar a acontecer com decisiva 
participação dos gestores municipais.
Parabéns, pelo início da caminhada rumo à Sustentabilidade!
Roberto Simões
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae
A forçA dos 
pequenos negóCios
11
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
no brAsiL, A forçA dos pequenos negóCios 
está representAdA por: 
•	 6,1 milhões de Micro e Pequenas Empresas 
(MPE) formais em atividade (99% do total das empresas 
brasileiras); 
•	 2,6 milhões de Microempreendedores 
Individuais formalizados (Receita Federal do Brasil – 
Junho/2012);
•	 4,1 milhões de estabelecimentos rurais 
familiares (85% do total dos estabelecimentos rurais); 
• 14,7 milhões de empregos com carteira 
assinada; 
• 51,6% da força de trabalho urbana empregada 
no setor privado, 
•	 40% da massa salarial (as MPE respondem por 
4 em cada 10 reais pagos pelas empresas);•	 25% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma 
anual das riquezas geradas no País. 
 ”Os Pequenos Negócios 
estão presentes em 
todos os municípios 
brasileiros e são os 
principais responsáveis 
pela geração de emprego 
e distribuição de renda.” 
 ”As Micro e Pequenas 
Empresas correspondem 
a 99% das empresas 
constituídas no Brasil.”
mensAgem do diretor- 
presidente do sebrAe
13
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
Compromissos que 
gerAm desenvoLvimento 
Prefeitos e Prefeitas comprometidos com o Desenvolvimento Local encontrarão neste Guia uma 
ferramenta importante de trabalho. São 10 passos e 100 ações para enriquecer propostas de gestão com 
a promoção dos Pequenos Negócios e do Desenvolvimento de seu município. 
É um elenco de sugestões já colocadas em prática por centenas de administradores municipais de todo 
o País, acompanhados de perto pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, 
que completou, em 2012, quatro décadas de atenção ao segmento.
São passos e ações que contribuem com o novo patamar alcançado pelo Brasil como a 6ª maior 
economia do mundo. Estão em sintonia com a nova realidade no País, que contempla: prosperidade 
econômica, inclusão social e preservação ambiental. Esse modelo passa necessariamente pela valorização 
das comunidades e com a criação de oportunidades para todos.
Desse modo, o Sebrae tem que cumprir com a sua missão de colocar esse acervo de boas ideias à 
disposição das administrações municipais. Afinal, nas economias evoluídas, os Pequenos Negócios são os 
principais responsáveis pela geração de emprego e distribuição de renda. Seja no campo, seja na cidade. 
Para que isso aconteça, o gestor público deve eleger o Desenvolvimento Sustentável e o Apoio aos 
Pequenos Negócios na lista das prioridades de sua administração e atuar com o setor produtivo, os 
trabalhadores e a sociedade. 
Em nosso País, o ambiente legal vem se tornando mais favorável aos negócios de menor porte desde 
2006, com a edição da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE). Já são quase 4 mil municípios que 
regulamentaram essa legislação, no plano local, com resultados concretos em centenas deles.
A continuidade desse esforço depende da apropriação desta agenda de compromissos pelos 
administradores municipais escolhidos nas eleições de 2012. 
Por isso, o Sebrae oferece nesta publicação um conjunto de propostas simples e práticas. O administrador 
público pode identificar e escolher aquelas que são mais adequadas à realidade de seu município. Assim, 
assumirá uma agenda viável para gerar emprego e renda para a população. Com o potencial de convencer 
os cidadãos a se engajar também na luta pela melhoria da qualidade de vida no lugar em que vivem.
Faça bom uso deste Guia. Os Pequenos Negócios contam com o seu apoio. Boa sorte!
Luiz Barretto
Diretor-Presidente do Sebrae
14
mensAgens dos 
tribunAis de ContAs
15
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
mensAgem do tribunAL de ContAs dA união 
A Lei Geral abrange as três esferas do poder público, cria um sistema legal uniforme, proporcionando 
condições para o acesso das pequenas e microempresas aos mercados, como forma de promover o 
desenvolvimento regional e municipal e o crescimento econômico do País.
Essas prerrogativas, por excepcionarem os princípios constitucionais e legais da licitação, da isonomia 
e da livre competição, devem ser restringidas ao universo dos pequenos empreendedores, abrangidos pela 
legislação. 
As Micro e Pequenas Empresas tiveram uma participação de 36% no fornecimento de bens e serviços 
para o governo federal. Diante desses números, o TCU, particularmente, tem sido severo na punição 
de empresas flagradas tentando burlar a legislação que sempre defendi enquanto parlamentar e hoje 
fiscalizo enquanto Ministro
Ministro Augusto Nardes
Presidente do TCU e ex-presidente da 
Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa
mensAgem dA AssoCiAção dos membros 
dos tribunAis de ContAs do brAsiL (AtriCon)
Fiscalizar a aplicação da Lei Complementar 123/2006 representa contribuir decisivamente com o 
desenvolvimento econômico nacional. Os Tribunais de Contas cumprem um papel decisivo na fiscalização 
da aplicabilidade da Lei Complementar 123/2006, pois podem tanto fiscalizar o cumprimento da norma 
quanto garantir a transparência da gestão dos recursos públicos, ao divulgar as informações que os órgãos 
jurisdicionados são obrigados a enviar cotidianamente. Os Tribunais de Contas são grandes armazéns 
de informações públicas, podendo contribuir decisivamente com o controle social, pois informação é a 
matéria-prima do controle.
Conselheiro Antonio joaquim (TCE-MT) 
Presidente da Atricon
16
mensAgens dA frente 
pArLAmentAr dA miCro 
e pequenA empresA
17
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
eLo de fomento
A prefeitura é o elo de fomento mais próximo da Micro e Pequena Empresa (MPE). Compras 
governamentais, lei municipal da Micro e Pequena Empresa (MPE), capacitação focada no comércio local, 
ambiente externo favorável e a regulamentação do Microempreendedor Individual (MEI) são questões que 
dependem das prefeituras mais do que qualquer outro ente federado ou entidade.
Deputado Federal Pedro Eugênio (PT-CE)
Presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa
vitóriA de todos
É no município que a vida acontece. Por isso, é muito importante que as prefeitas e prefeitos fortaleçam 
o empreendedorismo local, estimulando, incentivando e criando o ambiente favorável ao desenvolvimento 
das micro e pequenas empresas e do empreendedor individual. Todos ganham com isso!
Senador josé Pimentel (PT-CE)
Líder do governo no Congresso Nacional
perto dos Anseios dA ComunidAde
O sucesso das administrações municipais é imprescindível para a melhora da condição de vida 
do cidadão brasileiro. Os prefeitos são os que sentem mais de perto os anseios das comunidades, 
portanto, podem ajudar muito na promoção dos pequenos negócios e, consequentemente, na geração de 
empregos e renda nos municípios. 
Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) 
negóCios Com sotAque LoCAL
São as pessoas que trabalham nas padarias, nas farmácias, nas micro e pequenas empresas 
que dão as características da cidade, formam o sotaque local, gerando renda e crescimento para a 
região; portanto, as ações das prefeituras devem sempre vir no sentido de valorizar e fomentar os 
microempreendedores e as entidades associativas de negócios de menor porte.
Deputado Federal Guilherme Campos (PSD-SP)
Vice-líder do PSD na Câmara dos Deputados 
berço de pequenos negóCios
O município é o berço das micro e pequenas empresas. Essas empresas movimentam a economia 
local e desempenham um importante papel social, gerando impostos para o setor público e emprego e 
renda para a maioria da população. O Prefeito Empreendedor deve promover um ambiente favorável para 
que elas se desenvolvam e, assim, criar condições adequadas para um ciclo virtuoso de desenvolvimento. 
Porque é no município que acontece a vida das empresas e das pessoas.
Senadora Ana Amélia (PP-RS)
Vice-líder do PP no Senado
18
mensAgens dAs 
entidAdes muniCipAListAs
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
estrAtégiAs pArA o desenvoLvimento
Nos últimos anos acompanhei uma revolução no comprometimento dos gestores municipais com 
políticas de geração de emprego e renda, que antes era vista por eles como obrigação dos governos 
estaduais e federal e que atualmente, especialmente em função da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, 
são vistas como estratégicas para o desenvolvimento e o crescimento de suas cidades.
Paulo Ziulkoski
Presidente da Confederação Nacional dos Prefeitos (CNM)
retornos positivos
Os prefeitos devem ver os Pequenos Negócios como fortes aliados. As Micro e Pequenas Empresas 
(MPEs) e os Empreendedores Individuais (EIs) desempenham papel fundamental no desenvolvimento 
local. Eles geram empregos, estimulam a permanência das pessoas em seus municípios, dinamizam a 
economia e promovem a distribuição de renda. Investirno seu fortalecimento traz retornos positivos às 
cidades.
joão Coser 
Presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)
nos triLhos dA estAbiLidAde
O Brasil tem se destacado entre os demais países do mundo por sua estabilidade econômica e 
fortalecimento de seu mercado interno. Por isso, é fundamental que as Prefeituras criem mecanismos de 
incentivo às atividades das micro e pequenas empresas, como uma forma de fortalecimento da economia 
local e consequente contribuição para manter o Brasil nos trilhos do desenvolvimento e da estabilidade. 
Eduardo Tadeu Pereira
Presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM)
As obrAs dos prefeitos 
empreendedores 
21
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
As obrAs dos prefeitos empreendedores 
Em dez anos, nas sete edições do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, 
gestores municipais do País conseguiram habilitar 3.902 inscrições de projetos de 
apoio aos Pequenos Negócios.
As iniciativas vencedoras podem ser consultadas no Portal do Desenvolvimento 
Local (www.portaldodesenvolvimento.org.br). Ao longo dos anos, a causa tem 
gerado prestígio e votos aos prefeitos e às prefeitas. E inúmeros benefícios aos 
empreendedores e à população. Boa parte disso é resultado da regulamentação da Lei 
Geral da Micro e Pequena Empresa em 3.933 municípios e da implementação, em 854 
municípios (cerca de 20% do total), de quatro de seus principais dispositivos (compras 
governamentais, microempreendedor individual, agente de desenvolvimento local e 
desoneração e desburocratização). Essa legislação já recebeu cinco atualizações desde 
que entrou em vigor em 2006.
perCentuAis de muniCÍpios por estAdo que Já AprovArAm A Lei gerAL muniCipAL
Acre
Amazonas
Pará
AmapáRoraima
Rondonia
Mato Grosso
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Pernambuco
Paraíba
Alagoas
Sergipe
Bahia
Tocantins
Espírito Santo
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Goiás
Distrito Federal
São Paulo
Santa Catarina
Paraná
Rio Grande do Sul
Mato Grosso do Sul
88%
94%
81%
82%
75%
77%
67%
53%
52%
79%
100%
52%
48%
62%62%
88%
100%
100%
93%
85%
100%
86%
100%
53%
51%
100%
100%
Livro mostra a trajetória dos Vencedores 
da 7.ª edição do Prêmio Sebrae Prefeito 
Empreendedor
Di
vu
lg
aç
ão
Fonte: Observatório da Lei Geral 
da Micro e Pequena Empresa 
(jan/2013)
ApresentAção 
23
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
Este Guia do Prefeito Empreendedor foi concebido para gerar resultados na construção de um futuro 
melhor para seu município. 
A publicação destina-se a influenciar e pautar as novas administrações municipais em torno do tema 
”Desenvolvimento Sustentável com base na promoção dos Pequenos Negócios”.
Vale destacar que o Desenvolvimento que todos querem é o Sustentável, porque significa negócios 
economicamente viáveis e duradouros, socialmente justos, com trabalho decente e ecologicamente 
corretos.
É uma opção que proporciona mais dinheiro circulando no município, melhor distribuição de riqueza, 
uso racional dos recursos naturais, reaproveitamento de materiais recicláveis, transparência na destinação 
do dinheiro público, controle social e resgate da autoestima da população.
O trabalho não tem a pretensão de esgotar o assunto e pode ser enriquecido com outras ideias. Como 
mérito, a obra reúne ações amparadas em exemplos reais já testados aprovados pela população em 
centenas de municípios brasileiros. São experiências de sucesso reconhecidas em dez anos e sete edições 
do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor.
A abordagem é direta, para ser usada pelos prefeitos e prefeitas com o objetivo de enriquecer os 
programas de governo que serão compromissados com a comunidade. 
Para facilitar a compreensão das propostas e o entendimento, o Guia aborda os diversos públicos e 
temas envolvidos com o Empreendedorismo e o Desenvolvimento Sustentável.
Os passos e as ações apresentados não seguem ordem cronológica ou de importância, mas se 
complementam e se encadeiam. Um passo ou ação pode se encaixar aos outros. Daí a necessidade de 
serem integrados, de acordo com as vocações e realidades de cada município.
É o início de uma grande caminhada. O Sebrae oferecerá novas contribuições, ao longo deste mandato, 
a exemplo de manuais, cartilhas, concursos, pesquisas, oficinas e eventos. Tudo isso com o propósito de 
aproximar os parceiros dessa empreitada, entre eles entidades municipalistas, legisladores, organizações 
empresariais, empreendedores, tribunais de contas e principalmente os gestores dos municípios.
A meta é ampliar o acervo de propostas sobre os rumos que podem ser tomados em direção ao 
fortalecimento dos Pequenos Negócios e do Desenvolvimento Sustentável no País, a partir dos municípios.
AgendA de 
Compromissos 
25
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
10 pAssos e 100 AçÕes pArA o 
desenvoLvimento e A prosperidAde 
do seu muniCÍpio 
Neste capítulo, são apresentadas as propostas de promoção do Desenvolvimento Local Sustentável 
e dos Pequenos Negócios, de acordo com os temas e os diversos públicos relacionados às atividades 
empresariais. 
passo 1 – preparar gestores e servidores públicos para o 
desenvolvimento com base na Lei geral da micro e pequena empresa
A atuação do poder público municipal na promoção do 
Desenvolvimento requer um conjunto mínimo de competências 
para lidar com planejamento, conhecimento específico de leis e 
mecanismos de impulso das atividades produtivas. Envolve ainda 
articulação e mobilização de atores econômicos e sociais. Entre as 
ações a serem promovidas pela prefeitura, destacam-se: 
1. tirar do papel a Lei geral municipal
Além de regulamentar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o prefeito deve transformar em 
realidade os benefícios previstos no papel a favor dos Pequenos Negócios. Só assim será possível facilitar 
a vida dos empreendedores, por exemplo, com menos burocracia e custos na hora de abrir uma empresa, 
mais crédito para tocar o negócio e melhores condições para produzir e vender.
2. dar preferência aos pequenos negócios nas compras da prefeitura 
É imprescindível utilizar o poder de compra da prefeitura como ferramenta de Desenvolvimento. Deve-
se, por exemplo, dar preferência aos Pequenos Negócios locais nas licitações de até R$ 80 mil, além de outros 
mecanismos fixados na Lei Geral. Vale ainda capacitar empreendedores e servidores no tema Compras 
Públicas, instituir pregões presenciais para aumentar as chances de vitória dos fornecedores locais, bem 
como estimular eventos de aproximação entre as empresas da região e os compradores públicos.
 ”O prefeito tem de se 
comprometer com a 
Lei Geral da Micro e 
Pequena Empresa para 
inserir seus benefícios na 
realidade do município.” 
26
100% das compras no município
A Prefeitura do município mineiro Capitão Enéas implantou e tirou 
do papel a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para dinamizar a 
economia do município em favor da população de 14 mil habitantes. 
Uma das estratégias utilizadas foi orientar e estimular a participação dos 
empreendedores locais nas compras da administração municipal. 
Nessa direção, são realizadas palestras, campanhas e distribuídas 
cartilhas sobre como vender para o governo. Em 2011, o total de aquisições 
feitas com Pequenos Negócios do munincípio chegou a R$ 4 milhões. E 
a meta é comprar e contratar desses fornecedores 100% dos produtos e 
serviços demandados pela prefeitura. 
Empreendedores locais são orientados a participar das 
licitações da prefeitura
3. designar servidores para cuidar do desenvolvimento
O prefeito deve designar servidores para que assumam o papel de Agentes de Desenvolvimento (AD). 
Trata-se de um cargo criado pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Eles têm a missão de inserir no 
cotidiano dos municípios os benefícios da legislação. O Sebrae já capacitou mais de 500 agentes nomeados 
em vários municípios.
4. firmar o pacto pelo desenvolvimento
Outra ação fundamental do gestor público para fortalecer os Pequenos Negócios é discutir com 
lideranças empresariais e comunitáriasa elaboração do Plano de Desenvolvimento Local, baseado nas 
potencialidades e vocações econômicas, sociais e ambientais. É interessante instalar o conselho gestor do 
plano com a participação dos parceiros. 
5. instalar a sala do empreendedor
A prefeitura deve viabilizar com parceiros um espaço único de atendimento onde o empreendedor 
possa regularizar suas atividades e ter acesso facilitado à informação, orientação, qualificação e demais 
serviços. Em muitos municípios, esse espaço é denominado Sala do Empreendedor ou Sala do Empresário.
AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 1
Di
vu
lg
aç
ão
27
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
Contabilidade gratuita para empreender
”Ser formal é legal”. Esse é o título de uma das palestras de capacitação 
criadas no âmbito do programa Empresa Fácil, criado pela Prefeitura de 
Cascavel, no Paraná, para estimular a formalização de novos negócios, 
especialmente Microempreendedores Individuais. 
Em dois anos, 2.800 negócios foram formalizados na Sala do Empresário 
e cerca de 5.000 alvarás de funcionamento foram expedidos. Os estímulos 
à formalização envolvem acompanhamento técnico e contábil gratuito 
por três anos, além de cursos de capacitação empreendedora.
 
Sala do Empresário: espaço para a regularização dos negócios
6. fazer parcerias com entidades representativas e associativas
 A prefeitura deve buscar a cooperação das entidades que congregam atores econômicos e sociais. 
Essas parcerias podem ajudar a prefeitura a ter governança e mobilizar empresários dos diversos 
segmentos, estimular a qualificação das categorias profissionais e potencializar a captação de recursos 
para investimentos em infraestrutura urbana e rural. 
7. Aderir à rede de legalização simplificada
A prefeitura deve aderir à REDESIM, a rede nacional de simplificação da abertura e legalização das 
empresas. Compreende um sistema online para registro, inscrição, alteração e baixa de pessoas jurídicas. 
Para tanto, deve-se procurar a Junta Comercial do Estado. 
8. Assegurar o acesso à internet de banda larga
Em plena era da comunicação online, quem não é ponto.com é ponto morto. Por isso, a implantação 
de internet de banda larga com alta velocidade é uma condição indispensável para o Desenvolvimento do 
município. Parcerias podem garantir telecentros e internet rápida para empresas e para a prestação de 
serviços públicos online. Isso com o objetivo de facilitar a vida do empreendedor e do cidadão.
Di
vu
lg
aç
ão
28
Abertura de empresas online
A digitalização de vários serviços prestados na capital de Mato Grosso 
do Sul, Campo Grande, fez da cidade um bom lugar para abrir novos 
empreendimentos. Isso graças ao programa Empresa Fácil, que eliminou 
os documentos em papel para a abertura e funcionamento de empresas. 
Outro ponto positivo foi a implantação da Nota Fiscal de Serviços 
Eletrônica, que reduz os custos para as empresas e permite o controle de 
notas fiscais. 
Site onde o empreendedor pode solicitar a abertura da empresa 
http://empresafacil.pmcg.ms.gov.br/empresafacil/
9. Aprimorar a legislação tributária e as obrigações municipais
Para ser viável, a regularização tem de ser barata. Desse modo, é primordial eliminar ou reduzir as 
taxas, contribuições e impostos para os Pequenos Negócios. Deve-se permitir, por exemplo, o registro da 
empresa no imóvel onde o empreendedor reside, sem aumento do IPTU. A alternativa serve tanto para 
microempresas, quanto para microempreendedores individuais.
É fundamental aprimorar as posturas municipais, como são chamadas as obrigações determinadas 
aos moradores do município. O Código de Posturas envolve regras para organização de eventos, meio 
ambiente e funcionamento das atividades industriais, comerciais e de serviços. 
Também diz respeito ao licenciamento prévio para atividades de baixo risco, com a expedição imediata 
de alvará de funcionamento. Além disso, é necessário regularizar o funcionamento de Pequenos Negócios, 
na própria casa do empreendedor, desde que as atividades não ofereçam riscos aos consumidores e à 
vizinhança.
10. Aumentar a captação de recursos
A administração e os gestores públicos precisam se qualificar na elaboração e articulação de projetos 
para a captação de recursos disponíveis em órgãos estaduais, federais e até internacionais. Isso objetiva 
buscar mais recursos para a economia e para a melhoria de serviços públicos e da infraestrutura do 
município.
11. Capacitar os gestores e os servidores públicos
É dever do prefeito assegurar a eficiência, a eficácia e a excelência dos serviços públicos. Isso é possível 
com a oferta de cursos para capacitação pessoal do próprio prefeito e dos demais gestores e servidores. 
O agente público também pode e deve ser empreendedor para atender às demandas da população e das 
atividades econômicas. 
AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 1
Di
vu
lg
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ão
29
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
empretec para servidores
Servidores da Prefeitura de Anápolis, em Goiás, enriqueceram seus 
currículos com o Empretec, curso que utiliza metodologia desenvolvida 
pela Organização das Nações Unidas (ONU). É ministrado no Brasil com 
exclusividade pelo Sebrae, com o objetivo de desenvolver características 
comportamentais de comprometimento, eficiência e a exigência de qualidade.
A prefeitura também buscou capacitar vários agentes públicos para 
oferecer melhor atendimento aos empreendedores. Eles promoveram 
várias reuniões em eventos de microcrédito, bairros e distritos do 
município com o propósito de divulgar o programa de Desenvolvimento 
Acredita Anápolis para quem possui ou deseja abrir seu negócio.
Servidores capacitados fazem reuniões com 
empreendedores
Se
co
m
12. instituir fundos de desenvolvimento 
A implantação de Fundos Especiais de Desenvolvimento dão transparência e agilidade na utilização 
dos recursos públicos. Devem ser administrados com a participação da sociedade civil. Significa a 
desconcentração e garantia de recursos.
A criação de fundos especiais, inclusive de Desenvolvimento Rural, tem sido utilizada por muitos 
municípios com o objetivo de assegurar fontes de recursos para financiar empresas e atrair parcerias para 
o Plano de Desenvolvimento.
13. Articular e monitorar a oferta de linhas de crédito
Garantir o acesso dos empreendedores às linhas de crédito favorecidas disponíveis no mercado requer 
atuação efetiva do poder público em parceria com as entidades representativas e associativas. Isso 
exige articulação direta com os agentes financeiros públicos e privados que operam linhas oficiais para o 
monitoramento da liberação dos recursos.
Outras possibilidades para aumentar a oferta de empréstimos são cooperativas de crédito, agentes de 
microcrédito, bancos comunitários com moedas próprias e sociedades de garantia de crédito.
30
moeda Local
A criação do Banco Comunitário e moeda social Capivari, em 2010, 
rendeu visibilidade internacional ao município de Silva Jardim, no estado 
do Rio de Janeiro, e impulsionou o comércio local. Entre as principais 
atividades do Banco, está a concessão de crédito para empreendedores.
Para aquecer ainda mais a economia do município, a prefeitura lançou 
o Bolsa Capivari. O objetivo é transformar o programa de cesta básica em 
um programa de renda mínima em Capivari. O crédito é concedido para 
gasto exclusivo no comércio local, o que ocasiona a injeção mensal de 65 
mil capivaris no setor. Cerca de 120 estabelecimentos concedem desconto 
de até 20% para quem utiliza a moeda social.
Moeda social melhora a circulação de dinheiro na cidade
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14. Aderir a iniciativas intermunicipais
A cada dia, as realidades dos municípios estão mais próximas entre si, com demandas e necessidades 
semelhantes. Dessa forma, a prefeitura deve aderir a iniciativas intermunicipais, tais como consórcios, 
para melhorar a oferta de serviços públicos comuns, especialmente os que facilitam as atividades do 
empreendedor. 
15. Ancorar grandes empreendimentosEm razão dos investimentos em andamento no País em infraestrutura, exploração mineral e de petróleo, 
e para os eventos esportivos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, a prefeitura deve promover 
audiências públicas e diálogo com o setor empresarial e com a sociedade para avaliar como ancorar os 
grandes empreendimentos no sistema produtivo local. O objetivo é integrá-los às empresas do entorno, 
gerando renda e fortalecendo a economia do município e da região.
16. Assegurar o acesso à inovação e à tecnologia 
O prefeito precisa desmistificar o uso de inovação e tecnologia nos negócios. É falsa a ideia de que isso 
só acontece nas grandes empresas e é bastante caro. Inovação pode ser mudança de procedimentos na 
relação com o consumidor e na exposição de produtos. É obrigação do gestor municipal cumprir a Lei Geral 
da Micro e Pequena Empresa, que impõe a destinação para o segmento empresarial de menor porte, de 
20% dos recursos das instituições públicas de fomento à inovação tecnológica.
AGENDA DE COMPROMISSOS 1.O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 1
31
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 2 – Apoiar a formalização e o sucesso dos microempreendedores 
individuais
Economia informal existe em qualquer município. Há uma 
cultura de aceitação da informalidade combinada com a percepção 
equivocada de que superá-la é complicado e caro. Isso impõe 
limitações aos empreendedores e traz prejuízos aos trabalhadores, 
às empresas formais, ao poder público e à sociedade.
A formalização é fator necessário para o acesso à previdência, 
fornecedores qualificados, linhas de crédito, assistência técnica, 
capacitação e compras tanto de empresas, quanto de governos. Além 
disso, estando em dia com suas obrigações, o microempreendedor 
poderá exigir seus direitos e exercitar a cidadania em sua plenitude. 
Para tanto, valem as seguintes ações:
17. mapear a informalidade 
Um dos primeiros passos para preparar ações de formalização é conhecer quais as principais atividades 
que os informais atuam e onde se localizam. Os pontos de maior concentração devem ser identificados 
para direcionar as ações da prefeitura.
18. fazer caravanas para legalizar os microempreendedores 
É indispensável fazer ampla divulgação dos benefícios trazidos pela legislação do Microempreendedor 
Individual e ações complementares da prefeitura e parceiros. Uma prática bem sucedida é promover ações 
e caravanas em busca dos empreendedores nos locais onde eles exercem suas atividades. Nesse caso, 
devem-se utilizar materiais de divulgação, propaganda em serviços de alto-falante, rádios locais, tendas 
e unidades móveis.
A linha da formalização 
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, os empreendedores e 
prefeitos a empresários podem embarcar na Linha da Pequena Empresa, 
um ônibus equipado com atendimento de qualidade para orientar a 
legalização, abertura ou ampliação do negócio próprio.
O veículo funciona como unidade móvel para atender os interessados 
em diferentes bairros da cidade e pontos de concentração de negócios 
informais. Lá eles recebem informações sobre gestão, microcrédito, 
alvarás e licenças municipais. Lá mesmo acontece a formalização de 
Microempreendedores Individuais. 
Linha da Pequena Empresa: Posto Itinerante
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 ”Em dia com suas 
obrigações, o 
microempreendedor 
poderá exigir seus 
direitos e exercitar 
a cidadania em sua 
plenitude.” 
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Apoio aos microempreendedores 
A Prefeitura de Manaquiri, no Estado do Amazonas, usou as compras 
municipais para gerar emprego, renda e estimulou novos empreendimentos 
na região. Até o fim de 2012, a administração municipal pretende atingir a 
marca de 400 Microempreendedores Individuais formalizados. Entre eles, 
vários prestadores de serviços.
”Sou dona do salão de beleza e conheci os serviços oferecidos pela 
prefeitura, por meio da Sala do Empreendedor. Hoje trabalho com apoio e 
orientação dos técnicos”, relata Juliete Araújo dos Santos, empreendedora 
formalizada. 
Desde a implantação da Sala do Empreendedor, em 2009, os Pequenos 
Negócios contam com apoio contábil e fiscal. Também são ofertados 
cursos de capacitação e concessão de crédito por meio de parcerias. A 
soma de empréstimos gira em torno de R$ 4 milhões. 
Empreendedores recebem crédito e apoio contábil e fiscal 
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19. Capacitar e orientar sobre negócios
Durante o processo de mobilização e atendimento, o empreendedor deve receber orientações sobre 
segurança e cumprimento de suas obrigações legais e as vantagens de se tornar um Microempreendedor 
Individual. Também deve ser orientado sobre como se capacitar e obter apoio para atuar com sucesso no 
mercado, especialmente para participar das licitações municipais.
fique Legal 
A Prefeitura de Cariacica é hoje uma referência nacional em termos de 
apoio aos Pequenos Negócios. Calcula-se que, atualmente, de cada 100 
empresas abertas no Espirito Santo, 15 são de Cariacica. 
Essa marca foi alcançada por meio de diversas ações. Entre elas, a Casa 
do Empreendedor, um espaço que concentra todos os departamentos 
e demais atividades de estímulo e regularização de empresas e 
Microempreendedores Individuais.
A administração buscou também atender o segmento com o projeto 
Fique Legal, unidade móvel que percorre o município. E ainda criou uma 
cartilha, que orienta os microempreendedores sobre a regularização de 
suas atividades.Cartilha orienta os microempreendedores
20. organizar a utilização dos espaços públicos
Devem ser adotadas soluções criativas para organizar os empreendedores que ocupam espaços 
públicos. Vale cadastrar, conceder autorização ou permissão de uso do espaço público, apoiar associações, 
padronização de feiras-livres e estruturação de centros comerciais, a exemplo dos shoppings populares.
AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 2
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
21. promover eventos e destinar licitações para microempreendedores
Eventos exclusivos para microempreendedores vêm sendo realizados em diversos municípios com o 
apoio direto das prefeituras. Trata-se de mais um canal de comercialização e de valorização do segmento 
recém-egresso da informalidade. As iniciativas servem para atrair mais empreendedores à formalização 
dos negócios. 
A área de compras da prefeitura deve estabelecer licitações exclusivas para Microempreendedores 
Individuais. Eles também devem ser destinatários de divulgação ou mensagens por e-mail ou celular sobre 
a abertura de novas licitações.
pão para a merenda
Em Cajazeiras do Piauí, a aplicação da Lei Geral da Micro e Pequena 
Empresa possibilitou a participação e vitória de Microempreendedores 
Individuais nas licitações municipais. Como resultado, o padeiro Raimundo 
Pereira de Sousa virou fornecedor da prefeitura, cujas compras públicas em 
empresas locais aumentou quase 200%. Passou de R$ 95 mil em 2009 para 
R$ 280 mil em 2011 (janeiro a novembro). 
”Em janeiro de 2011, me formalizei como Microempreendedor Individual, 
concorri a uma licitação e ganhei contrato para fornecer pães às escolas 
municipais por um ano”, comemora.
Microempreendedor virou fornecedor da prefeitura
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22. promover o acesso ao microcrédito produtivo orientado
Uma das principais demandas dos microempreendedores é o acesso ao crédito para comprar matéria-
prima, produtos para revenda e reforma de imóveis. Há no País uma série de agentes autorizados a 
conceder microcrédito sem exigir garantia, a exemplo de cooperativas de crédito e bancos comunitários. É 
aconselhável associar a liberação dos recursos à orientação sobre cuidados com a aplicação do dinheiro e 
técnicas básicas de administração.
23. fomentar o associativismo 
Existe uma afirmação de que, ”O problema do pequeno não é ser pequeno, mas estar sozinho”. Nessa 
linha, deve-se estimular a criação e o fortalecimento das associações e cooperativas para acesso a novos 
mercados e a políticas públicas de apoio, assim como o diálogo com instituições e o poderpúblico. 
34
passo 3 – prestigiar os Comerciantes do município
O comércio local é o setor que mais se beneficia com o aumento 
da circulação do dinheiro no município e é também um dos maiores 
empregadores. Mais gente consumindo resulta em uma economia mais 
dinâmica, mais emprego, mais tributos e novos investimentos. 
Por isso, o comércio merece esforços da prefeitura para reduzir a 
informalidade, aquecer as vendas e, em consequência, aumentar a 
arrecadação própria e as transferências de tributos estaduais e federais. 
Entre as ações que podem fortalecer e prestigiar os comerciantes locais, 
vale destacar:
24. Levantar o perfil do consumo para direcionar os negócios
Cabe à prefeitura, com o apoio das entidades representativas e associativas, encomendar estudos que 
identifiquem o consumo das famílias, das empresas, dos turistas e do próprio poder público. Isso apontará 
aos empreendedores oportunidades para expansão dos negócios e melhor atendimento da população.
25. recuperar centros tradicionais, feiras-livres e ruas comerciais
Melhorias urbanas podem ser realizadas em parcerias com as empresas, a exemplo de recuperação 
de calçadas, limpeza, iluminação pública, sinalização, canteiros e estacionamentos nas vias públicas 
e padronização de feiras-livres. Eles podem receber benefícios em troca da revitalização de fachadas, 
investimentos e contratação de mão de obra local.
formais e organizados 
A Prefeitura de Aracoiaba, no Ceará, foi além da regularização 
dos informais. Apoiou a criação da Rede Amar (Associação dos 
Microempreendedores Individuais de Aracoiaba). Também assegurou 
a participação deles nas licitações municipais e articulou o acesso 
do segmento ao crédito do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste. A 
prefeitura aprovou uma legislação que deu incentivos financeiros às 
novas indústrias de confecção para empresas.
”Depois que me tornei um Microempreendedor Individual, obtenho 
maior credibilidade com os bancos e mais facilidades nas compras da 
prefeitura”, comenta Antônio Simão Brito, empreendedor do ramo de 
comércio varejista. Microempreendedores Individuais criaram uma 
entidade da categoria 
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AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 3
 ”O poder público pode 
e deve promover 
campanhas que 
direcionam as compras 
governamentais, 
dos servidores e 
consumidores para o 
comércio local.” 
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
infraestrutura de cara nova
As políticas públicas de infraestrutura do município de Penedo, interior 
alagoano, estão criando novos negócios e aumentando o número de empregos. 
As melhorias na cidade, preservando sempre o meio ambiente, fazem parte 
do Plano Diretor Participativo Municipal. Nele constam iniciativas como a 
implantação de uma Zona de Expansão Urbana, recuperação e manutenção 
dos prédios históricos tombados, reformas das escolas municipais e postos 
de atendimento da saúde e social.
A prefeitura também investiu na restauração dos prédios comerciais, 
na estrutura da feira livre local, criando melhores condições para os 
empreendedores e gerando empregos. Para atrair turistas, além das 
reformas do centro histórico, a prefeitura revitalizou a orla do rio São 
Francisco e promove eventos cívicos e culturais no local, permitindo o 
progresso da economia local. 
Urbanização: mais negócios na orla do rio São Francisco
26. Consultar e fortalecer os varejistas
Devem-se ouvir os empresários do varejo e a comunidade na definição das áreas e horários em que a 
atividade pode ser exercida, além de regras de anúncio e propaganda. Isso significa menos poluição sonora 
e visual na cidade. 
A categoria também deve participar do aprimoramento do sistema tributário e da simplificação do 
licenciamento e da fiscalização.
27. qualificar e proteger o comércio local
Por intermédio das entidades representativas, a prefeitura deve apoiar a implantação de um conjunto 
de serviços que qualificam e protegem o comércio local, a exemplo de cursos de capacitação, participação 
em eventos, serviços de proteção de crédito próprios ou integrados nacionalmente.
28. incentivar e apoiar campanhas de compras no comércio local
O prefeito deve criar mecanismos inovadores para incentivar a população a comprar no comércio local, 
em parceria com entidades desse segmento (associações comerciais e empresariais, sindicatos, câmaras 
de dirigentes lojistas). Por exemplo, podem ser realizadas campanhas publicitárias, descontos e sorteios 
de prêmios entre contribuintes que trocam as notas fiscais por cupons da premiação. 
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sorteios impulsionam o comércio 
Prêmios para estimular o Desenvolvimento Local. Assim, a Prefeitura 
de Matupá, Mato Grosso, incentivou as compras no comércio da cidade 
por meio da campanha Matupá Mais. Quem compra das empresas 
do município, paga os impostos municipais, abre negócios ou constrói 
calçadas, participa de sorteios mensais de notebooks, geladeiras e fogões. 
Em 10 meses de campanha, notas fiscais foram trocadas por 60 mil 
cupons equivalentes a R$ 5,7 milhões. Dessa forma, a administração 
pública valoriza os empreendedores da cidade e cria novos benefícios aos 
contribuintes. 
Contribuintes recebem prêmios por prestigiar comércio local 
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29. desenvolver programas de estímulos à formalização
O poder público precisa atuar nas ações de formalização do comércio de rua, quiosques, feiras livres e 
eventos. Para tanto, devem ser criados programas de estímulos e realizadas campanhas de mobilização 
e sensibilização. A meta é melhorar a ocupação do espaço público urbano e oferecer aos empreendedores 
informais alternativas efetivas de formalização e manutenção da atividade. Isso com segurança e com 
regras claras de convívio com os comerciantes estabelecidos.
30. disciplinar a implantação de grandes empreendimentos e de comércio itinerante
É comum empresas de fora realizarem negócios eventuais no município, sem trazer benefícios 
à comunidade e prejudicando o comércio local com impactos negativos na geração de empregos e na 
arrecadação tributária. Por isso, a prefeitura deve estabelecer regras e fiscalizar essas atividades. Mais 
relevante é avaliar previamente, em audiências públicas e diálogo com o setor empresarial e com a 
sociedade, a oportunidade e as condições para a instalação de grandes empreendimentos comerciais.
31. priorizar o comércio local nas compras da prefeitura, dos servidores e de beneficiários 
dos programas sociais
A prefeitura pode ir além da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que prevê preferência do segmento 
nas compras públicas. Essa determinação legal pode ser ampliada por meio da implantação de mecanismos 
que estimulem as compras no comércio local. Uma alternativa é a implantação de cartões para servidores 
públicos e beneficiários de programas sociais para uso em empresas locais credenciadas.
AGENDA DE COMPROMISSOS 3O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 3
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
Cartão do servidor Cidadão
Uma das alternativas adotadas pela Prefeitura de Cubatão, em São Paulo, 
para dinamizar o comércio local foi o Cartão Servidor Cidadão. Substituiu o 
abono do funcionalismo municipal. Com isso, os 6.360 servidores passaram 
a dispor de crédito mensal de R$ 500, para uso exclusivo no comércio local.
A medida injetou R$ 33 milhões/ano em 683 empresas cadastradas e 
ajudou a gerar quase 1.900 empregos com carteira assinada. Houve aumento 
de 14% nos negócios de comércio e serviços e de 24% na arrecadação do ISS 
(Imposto Sobre Serviços) apenas em 2011. 
Outra ação bem sucedida foi a criação do Pró-Comércio, em 2009, com 
o intuito de estimular as grandes indústrias instaladas no município a fazer 
suas compras no comércio local. O programa já cadastrou cerca de 600 
pequenos fornecedores.
Servidores podem fazer compras em quase 700 empresas
32. Capacitar para gestão e atendimento
O bom desempenho dos estabelecimentos comerciais depende da qualificação de seus gestores e 
trabalhadores. Para enfrentaresse desafio, o setor deve ser contemplado nos planos de capacitação da 
Comissão Municipal de Emprego, das instituições de ensino e do Sistema S relacionadas (Sebrae, Sesc e 
Senac).
33. estimular a criação de centrais de compras e marcas compartilhadas
A instalação de centrais de compras conjuntas e a adoção de marcas compartilhadas podem aumentar 
o poder de barganha do comércio local e estimular a cooperação entre as empresas. Essas iniciativas 
têm prosperado em diversos ramos, a exemplo de farmácias e supermercados. Com isso, é possível obter 
melhores condições de fornecimento, tornar a atividade mais competitiva, repassando esses benefícios 
aos consumidores.
34. promover eventos para gerar fluxo de consumidores
Exposições, festivais, festas de produtos de época, feiras agropecuárias têm a capacidade de promover 
grande movimentação de consumidores, de fora e do próprio município. Como efeito, geram repercussões 
positivas no comércio local aumentando a geração de emprego e renda.
35. facilitar o acesso ao crédito 
O poder público deve articular, em parceria com as entidades representativas do comércio, a oferta no 
município de linhas de crédito adequadas ao setor. Em especial, esse esforço deve identificar as melhores 
opções para capital de giro, investimentos e aquisição de novas tecnologias. O cooperativismo de crédito 
é uma alternativa a ser analisada.
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parceria com cooperativa de crédito 
No município de Tunápolis, em Santa Catarina, a Prefeitura diversificou 
a atividade econômica, antes concentrada na agricultura por meio do 
Programa Pró-Empresa, que paga os juros de crédito concedido aos 
empreendedores. 
Em convênio com a Cooperativa de Crédito Sicoob – Creditapiranga, 
a iniciativa libera até R$ 10 mil por empresa. Em contrapartida, os 
beneficiados devem dinamizar o comércio local investindo parte do valor 
recebido em capital de giro e a outra parte em melhorias nas instalações.
 
Crédito para investimentos e capital de giro 
36. estimular a criação de marcas locais
A administração deve estimular a criação de marcas locais que valorizem produtores do município. 
Isso inclui desde o artesanato a alimentos, vestuário e produtos industrializados. Devem-se também 
incorporar ao calendário oficial eventos que promovam produtos do município, a exemplo de festas de 
alimentos típicos, como da uva e do açaí.
Aqui tem de tudo! 
Para o fortalecimento do comércio local, a Prefeitura da Serra, 
no Espírito Santo, fez uma campanha publicitária e institucional de 
valorização das empresas do município, com o título Eu Compro na Serra, 
Aqui Tem Tudo!
A campanha foi realizada principalmente em datas comemorativas (Dia 
das Mães, Dia dos Namorados e Natal), em parceria com as associações 
empresariais do município. Em 2011, foram produzidos 25 outdoors, 200 
mil panfletos, 1.000 cartazes, 200 carros adesivados e 2.000 mil camisas 
promocionais. 
 
Equipes da prefeitura divulgam a campanha 
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AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 3
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 4 – fortalecer os empreendedores da indústria e atrair 
investimentos
O setor industrial é imprescindível para agregação de valor 
aos produtos locais, geração de emprego, distribuição de renda e 
arrecadação de tributos no município. Ao poder público compete 
estimular a instalação e o Desenvolvimento de indústrias, com a oferta 
de políticas públicas apropriadas.
Nesse sentido, podem ser adotadas ações concretas, a exemplo de:
37. Criar áreas, distritos e condomínios industriais
O poder público deve analisar o potencial econômico do município para avaliar se é adequado destinar 
espaços ao setor industrial. Em caso positivo, deve-se montar infraestrutura básica para viabilizar a 
instalação e funcionamento de empreendimentos industriais. Isso proporciona redução de custos, maior 
competitividade e chances de expansão com redução de impactos ambientais.
do fundo do quintal para o núcleo industrial
A Prefeitura de Farroupilha, município com mais de 60 mil habitantes, 
localizado na Serra Gaúcha, criou o projeto intitulado Do Fundo do Quintal 
para o Núcleo Industrial. Consiste na destinação de áreas para empresas 
de micro e pequeno porte, cujas atividades ainda ocorram em ambientes 
desfavoráveis ao seu crescimento ou ampliação. 
Entregues os terrenos às empresas, é criada uma associação autônoma 
que arrecada fundos das empresas que compõem o núcleo, para fazer 
benfeitorias, tais como: segurança, ajardinamento, construção da praça de 
alimentação, entre outras. Os resultados superaram as expectativas em três 
anos: 4 mil empregos e 60% de aumento da arrecadação sem elevação de 
alíquotas. Terrenos são cedidos para pequenas indústrias
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38. facilitar os licenciamentos 
Para agilizar o funcionamento das indústrias, a prefeitura precisa simplificar e desonerar o processo 
de licenciamento das empresas, a exemplo da concessão do alvará de construção, de localização e 
funcionamento, ambiental, sanitário e do Corpo de Bombeiros.
 ”A prefeitura deve 
avaliar o potencial 
econômico do 
município para 
conceder espaços 
à instalação de 
empreendimentos 
industriais.” 
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39. Avaliar a concessão de benefícios para atrair investimentos
Para atrair investimentos, a prefeitura deve adotar uma política e concessão de benefícios que sejam 
revertidos para a comunidade. Entre essas medidas, pode ser avaliada a oferta de áreas e infraestrutura 
coletiva a baixo custo, redução do IPTU, do ISS e de taxas municipais. Essas ações podem ter como 
contrapartida a contratação de mão de obra local e fornecedores da região, além dos investimentos e 
aumento das transferências do ICMS.
golias faz parceria com davi 
Além do apoio aos Pequenos Negócios nas compras públicas e na 
formalização, a Prefeitura de Três Rios, no Rio de Janeiro, criou uma série 
de incentivos e infraestrutura para atrair médias e grandes indústrias. Em 
especial, a instalação desses empreendimentos foi incentivada porque 
proporciona efeitos positivos na geração de empregos e na contratação 
de Micro e Pequenas Empresas locais. 
Exemplo disso é a Nestlé, que inaugurou uma nova fábrica com 
capacidade para processar 12 milhões de litros de leite por dia. As ações 
renderam bons frutos: de janeiro de 2009 a outubro de 2011, surgiram 500 
microempresas, 40 empresas de pequeno porte e 263 médias e grandes 
empresas, além de 1.200 Microempreendedores Individuais. No período, 
foi identificado aumento de 64% na arrecadação municipal. 
Grandes indústrias necessitam de pequenos fornecedores 
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40. Capacitar para gestão e produção
A eficiência da indústria depende da capacitação de seus empreendedores e da especialização 
e qualificação profissional de seus trabalhadores. Portanto, é necessário investir em cursos 
profissionalizantes, trabalhar com municípios vizinhos e os demais níveis de governo para a instalação de 
escolas técnicas e do Sistema S (Senar, Senac e Senai), além de cursos do Sebrae para os empreendedores.
41. facilitar o acesso ao crédito de médio e longo prazos
A atividade industrial requer investimentos de médio e longo prazo para a aquisição de máquinas 
e equipamentos. É missão da prefeitura buscar parceiros para apoiar as indústrias à obtenção desses 
recursos disponíveis em linhas de crédito específicas. 
Deve-se também estimular ou apoiar o cooperativismo de crédito e a criação de Sociedade de Garantia 
de Crédito (SGC), que asseguram o aval para a liberação dos financiamentos. 
AGENDA DE COMPROMISSOS 4O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 4
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
42. Assegurar o acesso à inovação 
O setor industrial é demandante intensivo de inovação. Dessa forma, promover mecanismo de acesso 
às atuais e novas tecnologias é uma das fontes de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do 
ramo. Entre as alternativas de fontes de inovação, destacam-se os órgãos depesquisa, assistência e apoio 
técnico (Embrapa, Senai, Emater e Senar), laboratórios, incubadoras de empresas, centros tecnológicos, 
universidades, escolas técnicas e outras instituições de ensino.
Arranjo de tecnologia da informação
A cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, conta com cinco 
cursos superiores voltados à área de Informática e Tecnologia. Esse foi um 
dos fatores que levaram a prefeitura a investir na criação de um arranjo 
produtivo local para empresas que trabalham com a criação de programas de 
computador. Está prevista a instalação de 50 empreendimentos do ramo no 
Parque Tecnológico. 
A parceria da Prefeitura com a Associação Comercial e Empresarial, 
Sebrae SP, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unoeste (Universidade 
do Oeste Paulista) foi viabilizada a implantação de uma Incubadora de 
Empresas de base tecnológica. A Agrosaf, uma das empresas incubadas, 
desenvolveu um sistema de gerenciamento de todo o processo envolvido na 
compra de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar. 
Incubadora tecnológica é resultado de parcerias
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43. Apoiar e fortalecer as concentrações de empresas do mesmo ramo
Muitos municípios contam com áreas em que se concentram empreendimentos do mesmo ramo. Seja 
como fornecedores da mesma grande empresa, a exemplo dos produtores de peças para uma fábrica de 
automóveis, seja como polos especializados, como acontece em aglomerações de pequenas indústrias de 
confecções ou de sapatos, os chamados Arranjos Produtivos Locais (APL).
Estimular a interação e cooperação entre empreendimentos da mesma cadeia produtiva torna o setor 
mais competitivo e com maiores chances de se especializar e ampliar mercados. Assim, o poder público 
pode atuar como articulador junto às entidades empresariais e órgãos de fomento, promovendo maior 
acesso às políticas públicas relacionadas. 
44. fortalecer marcas e buscar novos mercados
A administração pode estimular a criação de marcas locais que valorizem os produtores do município. 
Isso inclui artesanato, alimentos, vestuário e produtos industrializados, com a criação de uma “simbologia” 
forte e positiva dos bens produzidos na cidade. Vale também apoiar a participação dos empreendedores em 
feiras, exposições e missões para conhecimento de outros mercados e divulgação dos produtos da região.
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passo 5 – modernizar e profissionalizar as atividades dos prestadores 
de serviços
O mundo vive a era pós-industrial. No Brasil, o aumento da renda da 
população propicia o melhor acesso aos produtos e bens de consumo 
e ainda a uma série de serviços que se multiplicam a cada dia. Daí 
surgem novas e diversificadas oportunidades de negócios. Preparar 
os empreendedores para participar desse setor em crescimento 
é uma obrigação de todo administrador municipal. Modernizar e 
profissionalizar o setor de serviços é uma forma de contribuir para o 
bom desempenho da economia local e nacional.
45. estimular o associativismo
Um caminho para fortalecer os empreendedores que prestam serviços é o associativismo. Isso 
favorece a capacitação da categoria, bem como o poder de barganha para negociar com o poder público 
e os fornecedores. Cooperativas de prestação de serviços são uma opção para organizar os profissionais 
com o objetivo de participar de licitações públicas e buscar novos mercados.
46. reduzir o iss
A desoneração tributária pode ser forte estímulo à formalização e à competitividade do setor de 
serviços. Por exemplo, o ISS das empresas optantes pelo Simples Nacional pode ser reduzido a 2% – a 
menor alíquota – para segmentos estratégicos, a exemplo de serviços educacionais, saúde e tecnologia 
da informação. Outros segmentos podem ser beneficiados com a adoção de regime estimativo de receita 
para cobrança de impostos. 
Licenciamento ambiental ágil 
Em 26 de abril de 2011, Itabaiana tornou-se o primeiro município de 
Sergipe a ser autorizado a emitir licenciamento ambiental para vários tipos 
de empreendimentos industriais, a exemplo de madeireiras, panificadoras 
e oficinas mecânicas. 
Isso assegurou aos empreendedores locais maior agilidade na 
emissão das licenças ambientais e serviu para conscientizar o segmento 
sobre cuidados com o meio ambiente. “É o Desenvolvimento local aliado 
à correta prática ambiental”, comemora Alex Santos, empresário de 
panificação.
Madeireiro ganha licença ambiental 
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AGENDA DE COMPROMISSOS 5O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 5
 ”O empreendedor 
instalado no próprio 
domicílio deve pagar 
a alíquota residencial 
do IPTU.”
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
47. desonerar o iptu 
Os empreendedores que utilizam seus imóveis residenciais para registrar a sede da empresa devem 
continuar pagando o tributo pela alíquota residencial. Há prefeituras que isentam esse tributo como 
instrumento de estímulo a novos negócios. Existem também administrações municipais que compensam 
esse tributo em troca de investimentos em melhorias urbanas e no próprio imóvel.
tributo menor, arrecadação maior
Desde que começou a conceder incentivos fiscais a Micro e Pequenas 
Empresas, a partir de 2005, a Prefeitura de Colíder, em Mato Grosso, tem 
registrado sucessivos aumentos de arrecadação. A alíquota do IPTU (Imposto 
Predial e Territorial Urbano) diminuiu e o ISS (Imposto Sobre Serviços) teve 
redução conforme a atividade da empresa. 
Ao mesmo tempo, foi facilitada a renegociação de débitos. Em 
consequência, a arrecadação desses tributos aumentou 200%, entre 2004 e 
2008. E o aumento médio da receita liquida saltou de 12,54%, nesse período, 
para 17% nos anos de 2010 e 2011. Dessa forma, quebrou-se o tabu de que 
menor carga tributária significa perda de receita. Em reconhecimento ao 
esforço da administração para criar um ambiente favorável aos Pequenos 
Negócios e pela expansão da atividade empresarial, o município passou a 
contar com uma agência local do Sebrae Mato Grosso.
Expansão empresarial atrai agência do Sebrae Mato Grosso 
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48. Agilizar a regularização dos empreendimentos
A maioria das atividades de serviços oferece baixo risco e, por isso, deve dispensar vistorias prévias e 
procedimentos presenciais. Assim são consideradas aquelas atividades que não geram incômodo ou risco 
à saúde e à segurança da vizinhança e dos consumidores nem agridem o meio ambiente.
49. priorizar as empresas locais nas contratações públicas
Também na área de serviços, a prefeitura deve priorizar a participação das empresas desse segmento 
nas contratações de até R$ 80 mil. Isso envolve a criação de sistema de notificação online dos fornecedores 
sobre as novas concorrências e realização de pregões presenciais, dentre outras formas de divulgação 
entre os empreendedores e suas associações.
50. estimular a economia criativa
A economia criativa está se configurando em um dos segmentos produtivos mais dinâmicos no mundo. 
As atividades mais representativas são moda, arquitetura e design, inclusive na produção de programas de 
computadores. No Brasil, a economia criativa é constituída de 52 mil empresas. É uma real possibilidade 
de Desenvolvimento a merecer atenção especial do poder público.
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passo 6 – promover os empreendedores do turismo como indutores do 
desenvolvimento
O turismo, em suas diversas variedades, constitui uma excelente 
oportunidade de negócios para a maioria dos municípios brasileiros. 
Trata-se da atividade econômica que mais cresce no mundo e 
que movimenta diversos segmentos empresariais e os setores da 
economia (agropecuária, indústria, comércio e serviços). Além de lazer 
e entretenimento, há também, em expansão acelerada, o chamado 
turismo de negócios, como a realização de eventos específicos, a 
exemplo de exposições agropecuárias, feiras setoriais e rodadas de 
negócios.
Entre as ações que devem ser priorizadas, destacam-se:
51. Criar e apoiar o Conselho municipal de turismo
A obtenção de recursos públicos para fomentar aatividade exige a criação e o funcionamento do 
Conselho Municipal de Turismo. É integrado por representantes dos setores produtivos, do poder público 
e entidades civis.
incentivos fiscais e capacitação
 Um dos principais polos de turismo ecológico, rural e, principalmente, 
de aventura da região Centro-Oeste está no município de Costa Rica, em 
Mato Grosso do Sul, a 380 km da capital Campo Grande.
A Prefeitura alcançou essa referência com a implementação da 
Lei Geral Municipal da Micro e Pequena Empresa, aprovada em 2010. O 
segmento conquistou incentivos fiscais e obteve ações de capacitação a 
entidades associativas de turismo.
Por exemplo, foi assegurado apoio à Associação de Guias e Monitores 
Ambientais de Costa Rica para capacitar associados, sensibilizar as 
comunidades e melhorar o atendimento ao turista nos passeios e em 
esportes de aventura. Entre eles, rapel, tirolesa, arvorismo, rafting, 
boiacross e passeio ciclístico.
Ações da Prefeitura transformaram Costa Rica (MS) 
em referência do turismo de aventura
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52. identificar e fomentar as vocações para o turismo
Cabe à administração municipal identificar as vocações do município e, em parceria com as instituições 
afins, ter clareza do seu papel de apoio à atividade. Isso pode acontecer nas diversas variedades do 
segmento, a exemplo de turismo cultural, rural, religioso, histórico, arquitetônico, de esporte e lazer, 
natureza, aventura, saúde e principalmente de negócios. 
AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 6
 ”O turismo é a atividade 
econômica que mais 
cresce no mundo. 
Quando isso ocorre, 
contagia os outros 
setores e segmentos 
propulsionando mais 
renda e empregos.”
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
o turismo da economia solidária
No Rio de Janeiro, a pacificação das áreas antes dominadas pelo tráfico 
ajudou as comunidades antes isoladas da capital a restabelecerem conexões 
econômicas internas e com o restante da cidade. Com o projeto Rio Economia 
Solidária (Rio Ecosol), foi criada uma nova alternativa de negócios e de 
inclusão social.
Para desenvolver as ações do projeto, foram implantados Centros 
Públicos de Economia Solidária, os chamados Pontos Solidários. Neles, 
os empreendedores convivem, trocam experiências, se associam e 
encontram um centro de capacitação em diversas áreas, desde gestão até 
aperfeiçoamento de produtos e vendas. Também foi criada a moeda social 
da Cidade de Deus.
Como resultado, artesãos das comunidades envolvidas ganharam espaço 
para comercializar seus produtos numa área nobre da cidade. Roupas, bolsas, 
objetos de decoração, bonecas e bijuterias estão expostos num quiosque 
à beira de uma das praias mais famosas do mundo – Copacabana. Um 
espetáculo multicolorido que atrai turistas brasileiros e de diversos países. 
Artesãos de áreas pacificadas expõem produtos em 
Copacabana
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RJ
53. estruturar roteiros turísticos
Devem-se estruturar roteiros turísticos em conjunto com municípios vizinhos, combinando diversos 
atrativos e articulando os atores para aumentar as opções e ampliar a permanência dos visitantes na 
região. Essa alternativa pode contar com o apoio dos governos federal e estadual e ser inserida entre as 
opções nacionais de turismo.
54. Criar e ampliar o calendário de eventos
Todo município deve ter um calendário de eventos para planejar e direcionar os investimentos e 
ganhar visibilidade. Isso envolve, em primeiro lugar, as festividades tradicionais do município, tais como 
exposições, festivais, feiras e datas comemorativas. É recomendável a criação de novos eventos, a exemplo 
de carnaval fora de época, feiras de produtos típicos da região. Outra alternativa é captar eventos, incluindo 
o município no roteiro de grandes eventos temáticos, encontro de empresários, seminários de negócios, 
congressos profissionais, festivais culturais e institucionais. 
55. prover infraestrutura
Para aumentar os atrativos ao turismo, a administração municipal deve viabilizar, em parceria com 
a iniciativa privada e outros níveis de governo, a infraestrutura urbana e os equipamentos públicos 
adequados ao seu perfil turístico, a exemplo de centros de eventos, centrais de atendimento ao turista, 
banheiros púbicos, calçadões e museus. 
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parcerias para o turismo 
A Prefeitura de Bom Sucesso do Sul, no Paraná, conseguiu reverter o 
êxodo rural com várias medidas para resgatar a autoestima da população, 
a exemplo de obras e serviços públicos voltados ao turismo e ao conforto 
dos moradores e visitantes. 
Além de promover grandes eventos para atrair o público, como 
feiras, exposições e festivais, a Prefeitura investiu na melhoria urbana 
e terceirizou a administração dos locais turísticos, de restaurantes e do 
centro de comercialização, além da coleta e reciclagem de lixo domiciliar 
urbano. Com isso, permitiu o surgimento de novas oportunidades para 
Micro e Pequenas Empresas e Microempreendedores Individuais.
Cristo da Luz é um complexo de lazer e oportunidades 
56. organizar e profissionalizar o segmento
Em função do grande número de atividades envolvidas pelo turismo, devem-se integrar as ações. 
Isso porque cada vez mais o turista é exigente em qualidade na prestação dos serviços de gastronomia, 
hotelaria e atendimento. 
É também indispensável capacitar trabalhadores e empreendedores para atrair, receber bem e incentivar 
o turista a voltar. Devem-se fazer parcerias com os atores locais (pousadas, restaurantes, agências), bem 
como com as operadoras regionais e nacionais. Também com as entidades do sistema S (Sebrae, Senac, 
Senai e Senar) e as instituições de ensino.
57. sinalizar acessos, atrativos e estabelecimentos
Uma das principais demandas dos turistas é a adequada sinalização de atrativos, das vias de acesso 
e dos estabelecimentos. Com isso, é fundamental que a administração municipal viabilize o atendimento 
dessa necessidade em parceria com o setor privado.
58. garantir qualidade nos serviços essenciais (saúde e segurança)
Outra demanda essencial para satisfazer o turista é oferecer serviços de qualidade em saúde e 
segurança. Nesse aspecto, a prefeitura deve articular ações com o governo estadual para a prestação 
desses serviços, além de buscar dotar o município de infraestrutura de saúde preventiva, em especial 
garantir água de boa qualidade e saneamento básico.
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AGENDA DE COMPROMISSOS 6O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 6
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
59. produzir material de divulgação
Em plena era da informação e do marketing, é imprescindível que os atrativos turísticos sejam 
apresentados e divulgados amplamente. Tais ações servem para atrair visitantes e consolidar o município 
como destino turístico. Por exemplo, deve ser mantido um portal do município na internet e produzidos 
guias impressos, agendas de atividades e mapas da cidade.
60. facilitar o acesso às linhas de crédito 
Em geral, os bancos públicos têm um leque de linhas de financiamento destinadas ao fomento do 
turismo. Em especial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica 
Federal e o Banco do Brasil. Há ainda financiamentos atrativos para segmento em agências de fomento 
estaduais e instituições financeiras privadas. 
61. valorizar a identidade local e a autoestima da população 
A valorização do turismo traz reconhecimento para o município e eleva a autoestima dos 
empreendedores locais e da população. Portanto, a comunidade deve ser envolvida e ouvida para 
participar do desenvolvimento das atividades para receber bem os visitantes e se apropriar das conquistas 
econômicas e sociais.
festa com profissionalismo
Conhecido por promover uma das festas de São João mais populares do 
País, o município de Santo Antônio de Jesus fomenta o Empreendedorismo 
no interior da Bahia por meio de ações que formalizam e animam os negócios 
locais com o turismo. 
Na atual gestão, as festas juninas passaram a mobilizar toda a cidadee 
chegam a reunir 30 mil pessoas. Entre os resultados alcançados em 2011, 
vale mencionar: geração de renda e capacitação sobre segurança alimentar 
para 253 barraqueiros e ambulantes; contratação de 77 artistas locais; 
empregos diretos e indiretos no setor comercial e hoteleiro; e aumento de 
100% na economia.
Proprietário de restaurantes, Fujiko Ishikawa faz as contas: ”Com 
as festividades de São João, a cidade cresce dez vezes mais”. Por isso, ele 
concorda que vale a pena se preparar. ”A Prefeitura sempre tem investido 
na qualificação dos donos de estabelecimentos para que assim atendamos 
melhor os clientes e aumentemos também nossa clientela e lucros.”
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Festas populares animam os negócios locais
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passo 7 – facilitar o associativismo dos Agricultores familiares e 
consolidar seus avanços
O gestor público deve dar atenção especial à Agricultura Familiar. 
Na maioria dos casos, é uma produção de pequeno porte, sazonal 
e ainda com baixa incorporação de tecnologia. Há, porém, muitos 
avanços em marcha que tiram da atividade a limitação de produzir 
apenas para a subsistência. É um movimento em franca expansão 
que precisa ser consolidado. O acesso ao associativismo, ao crédito e 
a novos mercados deve ser estimulado por meio de várias medidas, 
entre as quais, destacam-se: 
62. identificar e fortalecer os movimentos associativos 
A prioridade na identificação e fortalecimento das formas associativas sejam elas na área de produção, 
comercialização e no consumo, facilita o acesso dos Agricultores Familiares à grande maioria dos 
benefícios das Políticas Públicas Federais, Estaduais e Municipais. Viabiliza não só os Pequenos Negócios, 
mas também a implementação de políticas públicas locais. 
63. Apoiar a formalização dos agricultores e suas entidades 
A produção em baixa escala, a sazonalidade e a qualidade heterogênea da produção são características 
da agricultura familiar. Isso dificulta a sua participação individual no mercado, remetendo à necessidade de 
organizar a oferta por meio de associações, cooperativas e outras formas associativas. Assim, o agricultor 
familiar tem melhor acesso ao mercado, pois terá mais condições de obter benefícios para atender às 
exigências legais. Dessa forma estará preparado para vender aos governos e ao comércio, além dos 
consumidores.
formalização para vender ao governo 
Agricultores familiares do município de Pacaraima, situado no 
extremo norte do estado de Roraima, estão se formalizando como 
Microempreendedores Individuais, depois que passaram a contar com a 
criação da Secretaria Municipal de Agricultura.
Dessa forma, eles ficaram habilitados a participar de iniciativas 
federais voltadas à aquisição de alimentos, a exemplo do Programa 
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que assegura 
crédito barato, e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), 
que destina ao segmento pelo menos 30% dos recursos repassados pelo 
Governo Federal.
Agricultores recebem apoio da Prefeitura 
AGENDA DE COMPROMISSOS 7O PASSO
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AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 7
 ”O associativismo 
viabiliza não só os 
Pequenos Negócios da 
Agricultura Familiar, 
mas também a 
implementação de 
políticas públicas 
locais.”
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
64. Levar capacitação e assistência técnica ao campo
Além do sistema oficial das Emater e Senar, a prefeitura deve buscar aproximação com centros 
universitários e escolas técnicas com o objetivo de promover a extensão rural. Outro caminho é estimular 
que as cooperativas e associações ofereçam serviços próprios, inclusive por meio de profissionais, 
empresas locais e ONGs.
65. Ceder máquinas e equipamentos agrícolas para uso compartilhado
A prefeitura deve criar patrulhas mecanizadas e dispor de equipamentos para atender aos agricultores 
familiares, de forma cooperada. Isso assegura o acesso à mecanização, reduzindo seus custos de produção. 
São equipamentos como tratores, motoniveladoras, pulverizadores, roçadeiras, escarificadores e grades de 
solo. Tais medidas podem beneficiar um grande número de Agricultores Familiares que não conseguem 
comprá-los individualmente, além de não serem de uso contínuo para apenas uma propriedade. 
produção sustentável
A prefeitura de Ibirama, localizada no interior do Vale do Itajaí, em Santa 
Catarina, criou o programa Cuidando da Qualidade de Vida na Agricultura, 
para assegurar melhor atendimento e Sustentabilidade aos agricultores 
familiares. 
Pelo programa, eles se formalizam e praticam coleta adequada das 
embalagens de agrotóxicos, apresentação de notas fiscais e ações de 
preservação ambiental. Em contrapartida, recebem créditos para trocar por 
serviços públicos, como máquinas, equipamentos, inseminação artificial, 
atendimento veterinário, mudas e calcário.
Agricultores promovem ações fiscais e ambientais e 
ganham o uso de máquinas da prefeitura
66. estimular o melhoramento genético animal e vegetal
A implantação de iniciativas para aumentar a produtividade é essencial à Agricultura Familiar. Um 
exemplo a ser destacado é a distribuição de sementes aos Agricultores Familiares pela troca de grãos, a 
serem pagas na colheita. O melhoramento genético na área animal é outra iniciativa eficaz, envolvendo 
a oferta de matrizes e reprodutores tanto para melhorar o plantel, quanto para qualificar e melhorar a 
agricultura baseada na tração animal.
67. Criar hortos municipais e viveiros de mudas 
A disponibilização de mudas para introduzir novas culturas permanentes e para a melhoria genética 
dos plantios e lavouras é fundamental para melhorar a produtividade e renda do Agricultor Familiar. Devem 
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ser prioridades as culturas como café, eucalipto e espécies nativas. Além disso, essa atividade pode servir 
para reposição de matas ciliares nativas, recuperação de áreas degradadas e das áreas de reserva legal, 
em especial para atendimento das exigências do novo Código Florestal.
68. Apoiar o acesso ao pronaf
O Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contém uma grande variedade de 
linhas baratas de crédito, mas que necessitam da sensibilização dos gerentes das agências locais para 
operacionalizá-las. Daí a necessidade de um trabalho de articulação com esses agentes financeiros locais, 
bem como a viabilização de entidades municipais credenciadas para a emissão da Declaração de Aptidão 
ao Pronaf (DAP). As cooperativas de crédito podem ser parceiras para facilitar o acesso ao Pronaf.
69. promover o acesso às compras governamentais
Vender para o Governo proporciona à agricultura familiar um salto de qualidade na sua reprodução 
econômica. É necessário divulgar as alternativas do mercado institucional para a venda da produção da 
agricultura familiar, observando as vantagens das vendas realizadas por meio de associações, cooperativas 
e outras formas associativas.
Agricultores abastecem a alimentação escolar 
Compras municipais, capacitação da mão de obra e promoção do 
Desenvolvimento Rural. Esse elenco de ações levou a Prefeitura de 
São Gonçalo do Rio Abaixo, a 84 km de Belo Horizonte, a criar novas 
oportunidades de negócios no campo.
A gestão atual transformou o município em um importante polo 
de produção de fruta, com 51,5 hectares de plantio. Parte da produção 
é destinada à alimentação escolar. ”Investir na plantação de banana é 
muito bom e altamente rentável”, relata o agricultor Mauro Gomes.
A zona rural possui cerca de 500 propriedades e abriga 52% da 
população da cidade. O projeto Gerando Frutos promoveu, entre 2009 
e 2011, a diversificação da atividade rural. Foram distribuídas a 58 
agricultores familiares 95.148 mudas para o cultivo de banana. 
70. Criar e consolidar novos canais de comercialização
Uma das tarefas indispensáveis para promover o agricultor é aumentar as alternativas de venda ao 
mercado atacadista e varejista. A administração pública pode agir nesse sentido criando equipamentos 
públicospara oferecer espaços de venda direta da produção ao comércio varejista tradicional e ao 
consumidor. Bons exemplos são as Ceasas, feiras de produtor, as feiras especializadas de produtos de 
época, orgânicos e agroecológicos, varejão e sacolão.
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AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 7
Parte da produção rural é destinada à alimentação 
escolar
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
71. implantar sistema de inspeção sanitária no município
É urgente a implantação dos vários serviços de inspeção e de fiscalização da qualidade sanitária dos 
alimentos. A responsabilidade de atuação de cada um dos serviços está definida de acordo com o tipo de 
matéria-prima principal que origina os produtos. Para tanto, torna-se necessária a adesão a sistemas 
intermunicipais ou articulação da administração com os governos estaduais e federal para oferecer esses 
serviços.
72. incentivar a implantação de agroindústrias 
É interessante ao prefeito incentivar os agricultores a agregar valor aos produtos. Por isso, o poder 
público deve apoiar a capacitação, a instalação de agroindústrias familiares ou associativas, inclusive para 
o processamento, acondicionamento e distribuição dos produtos da agricultura familiar.
73. melhorar a infraestrutura e os sistemas de produção para o semiárido
Está comprovado que implantação de pequenas intervenções locais, a exemplo das cisternas, pequenas 
barragens e reflorestamento, tem um grande impacto na produção e na vida do sertanejo. Aliado a isso, 
vale assegurar o acesso ao melhoramento genético, por intermédio da distribuição de novas variedades de 
sementes, de reprodutores e matrizes mais resistentes e produtivos. 
terra produtiva no semiárido
A Prefeitura de Conceição do Coité criou o Programa Terra Produtiva 
para enfrentar o desafio de extrair renda e emprego dos solos semiáridos 
do interior baiano, onde moram 40% dos moradores. Por meio do programa, 
os agricultores familiares receberam capacitação, assistência técnica, 
agroecologia, microcrédito, melhoramento genético de caprinos e ovinos e 
fortalecimento ao cooperativismo para acessar políticas públicas. 
Houve ainda apoio ao surgimento de agroindústrias, a exemplo da 
Unidade de Beneficiamento de Mandioca, que atende a 30 comunidades. 
Lá também foram desenvolvidos derivados da mandioca, a exemplo de 
bolachinha de goma, sequilhos e beiju. Com o resultado do programa, 1.200 
famílias aumentaram a renda própria com o fornecimento de produtos para 
o comércio, escolas e indústrias.
Unidade atende a 30 comunidades e produz derivados 
da mandioca
74. garantir o acesso ao campo
A melhoria das condições das estradas do meio rural encurta caminhos. E reduz custos. Também facilita 
o escoamento da produção, a interação entre as comunidades e o acesso aos equipamentos públicos de 
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atendimento social, a exemplo de saúde, educação, lazer e cultura. Esses serviços devem ser garantidos à 
população rural. Além disso, vias de acesso em bom estado são convidativas para as atividades de Turismo 
Rural. 
75. garantir energia e telecomunicação
O acesso a esses serviços devem ser universalizados, pois são fundamentais à melhoria da qualidade 
nas pequenas comunidades rurais. Essas iniciativas podem ser viabilizadas de forma cooperativa. 
76. Apoiar a criação de marcas locais
Traduzir e comunicar a cultura e identidade de uma região é fundamental à própria população, ao 
setor produtivo e também para projetar o município, a região e seus produtos com a finalidade de obter 
reconhecimento e conquista de novos mercados. Assim, a administração deve estimular a criação de uma 
“simbologia” forte e positiva para os bens do campo. 
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Café do Comércio Justo 
A produção de café em Poços de Caldas, em Minas Gerais, ganhou um 
diferencial competitivo em escala internacional. A Prefeitura conseguiu que 
o município se tornasse o primeiro da América Latina a adotar o sistema 
Fair Trade ou Comércio Justo, pelo qual os produtores gerem seus próprios 
negócios. Trata-se de uma certificação reconhecida internacionalmente 
como exemplo de boas práticas de gestão de produção agroecológica que 
abrem novos nichos de mercado.
Certificação assegura boas práticas de produção 
77. garantir ensino tradicional e técnico para o meio rural
O desafio é assegurar o acesso dos agricultores e seus familiares ao ensino tradicional e técnico de 
qualidade. Desse modo, cabe à prefeitura buscar garantir, por meio de parcerias com outros níveis de 
governo, o acesso ao ensino tradicional e técnico rural, de forma a conciliar a formação com a permanência 
dos interessados no campo.
AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 7
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 8 – Articular o acesso à tecnologia pelos produtores rurais para 
agregar valor à produção
Conhecimento é a palavra-chave para aprimorar a produção 
rural, agregar valor aos produtos e aumentar a competitividade da 
agropecuária de pequeno porte. O caminho é conectá-los aos órgãos 
de pesquisas, às modernas técnicas de gestão da propriedade rural e 
aos serviços de assistência técnica. O acesso a esses benefícios deve 
ser sustentado por um elenco de medidas, tais como:
78. Aproximar os produtores dos órgãos de pesquisa 
É necessário que a administração municipal construa a ”ponte” entre os pequenos produtores rurais e 
os órgãos de pesquisa e entidades de assistência técnica e extensão rural existentes no município e região. 
Por essa via, devem escoar tecnologias ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente 
viáveis. A prioridade é reduzir a dependência dos insumos controlados por poucos fornecedores ou não 
recomendáveis ao meio ambiente.
Alimento biofortificado 
Um novo impulso foi injetado na agricultura do município de Itaguaí, no 
Rio de Janeiro, por meio de parceria firmada pela Secretaria de Meio Ambiente, 
Agricultura e Pesca com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(Embrapa). É para a produção de alimentos biofortificados, que são 
resultantes do cruzamento de espécies e adquirem maior valor nutricional. 
Dez produtores foram convidados a participar do cultivo de produtos 
biofortificados. Receberam sementes de feijão e abóbora, rama de batata-
doce e manivas de aipim para plantar em suas propriedades, obtendo 
resultados bastante positivos. Sua produção passou a ser vendida nas feiras 
do município e agradou aos clientes. Atualmente, esses alimentos estão 
abastecendo também a alimentação escolar, o que abre um novo mercado 
consumidor para os produtores rurais. 
Parceria com a Embrapa: nova tecnologia aos produtores rurais
André Cyriaco/Sebrae RJ
79. Assegurar uma rede qualificada de fornecedores de produtos e serviços agropecuários 
Deve-se incentivar a instalação de um maior número de fornecedores de insumos, produtos e serviços 
demandados pelos pequenos produtores nos pequenos aglomerados rurais, tais como vilas, distritos, com 
a finalidade de promover uma melhor competitividade e estabilidade de oferta. Especial atenção deve ser 
dada à exploração desse mercado pelas formas associativas dos produtores rurais.
 ”É necessário que a 
administração municipal 
construa a ”ponte” entre 
os pequenos produtores 
rurais e os órgãos de 
pesquisa e entidades 
de assistência técnica 
existentes no município 
e região.” 
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80. buscar atestados de qualidade 
O acesso dos pequenos produtores aos diversos órgãos e entidades de certificação credenciadas motiva 
e incentiva sistemas de produção diferenciados para mercados mais exigentes. Por exemplo, há um leque 
de certificações que assegura as vendas para públicos sofisticados e para o comércio especializado, a 
exemplo de produtos alimentícios orgânicos, agroecológicos, madeira certificada, dentre outros. 
81. orientar os produtores para atender às demandas do mercado 
Os pequenos produtores devem ser orientados para a busca de novos mercados e novas formas de 
regime de produção, a exemplo de sistema de integração com a agroindústrialocal e regional. Devem 
procurar atender demandas por alimentos não produzidos localmente e ampliar a diversificação do 
sistema de produção. 
82. garantir assistência técnica local
A prefeitura deve contar com uma estrutura administrativa voltada para articular o conjunto de 
órgãos e entidades existentes voltadas à assistência técnica e extensão rural, tais como Emater, Senar, 
cooperativas, ONGs e associações de produtores. 
83. Apoiar o fortalecimento e a participação das entidades representativas 
O associativismo é uma palavra-chave para o Desenvolvimento local. A maioria das Políticas Públicas 
Federais tem como prioridade o fortalecimento das entidades representativas. Por meio de sindicatos, 
associações e cooperativas, os produtores constroem um canal mais consistente de diálogo e integração 
com o governo e o mercado. 
máquinas para os Condomínios rurais 
É tempo de boa safra no município de Tauá, no Ceará. Graças ao 
programa Condomínios Rurais, que já atende 85 associações e consórcios 
produtivos. Os associados contam com 20 tratores equipados, adquiridos 
pela Prefeitura em parceria com o governo estadual. A gestão desses 
maquinários fica a cargo dos condomínios.
A administração municipal também promove o Desenvolvimento 
Rural dando agilidade ao ciclo produtivo e à comercialização dos 
alimentos. Ao mesmo tempo, oferece a capacitação dos representantes 
das associações. São beneficiadas quase 5.000 famílias e empresas rurais 
que podem contar com mais opções para o barateamento na contração de 
serviços agrícolas. Cessão dos tratores é gerida por associações rurais 
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AGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 8
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
84. Articular e monitorar o acesso ao crédito rural
Há no mercado financeiro uma grande variedade de linhas de crédito que podem ser alocadas no 
município, tanto pelos agentes financeiros locais quanto nacionais. Torna-se necessário que a área 
afim da prefeitura realize a devida sensibilização dos agentes financeiros que tenham agências locais a 
operarem essas linhas, incentivando os pequenos produtores a acessá-las, bem como monitorar o seu 
acesso. Também as cooperativas de créditos como parceiras estratégicas, além dos bancos responsáveis 
por crédito rural.
85. promover acesso à tecnologia, à infraestrutura, ao processamento e à estocagem
Qualquer nível de acondicionamento ou processamento dos produtos in natura agrega valor à produção. 
Para tanto, vale a pena facilitar ou viabilizar o processamento de forma individual ou coletiva. Inclusive 
para os produtos sazonais que sofrem com a intermediação especulativa na época da colheita, motivada 
pelo excesso de oferta. 
86. promover acesso ao mercado institucional
É necessário divulgar as alternativas oficiais para a venda da produção rural, observando as vantagens 
das vendas realizadas por meio de associações, cooperativas e outras formas associativas.
Central de agronegócios 
Principal polo econômico e cultural, a capital do estado do Acre, Rio Branco, 
dinamizou a promoção dos agronegócios de menor porte com a implantação 
da Central de Abastecimento e Comercialização (Ceasa). 
Com capacidade para atender 15 mil produtores, a iniciativa representa 
um avanço em vigilância sanitária, transporte, armazenamento, distribuição 
e comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, inclusive dos municípios 
vizinhos.
O espaço da Ceasa também foi ocupado por feiras temáticas, como o 
Mercado do Peixe e a Feira da Economia Solidária. Também com foco rural, 
a Prefeitura realizou Feiras Populares de Bairro. Esse conjunto de ações 
proporciona ao produtor rural, associações e cooperativas de produtores a 
comercialização de seus produtos para as comunidades urbanas.
Ceasa atende 15 mil produtores 
Dora Nascimento/Ascom-Ceasa
87. viabilizar o acesso ao maquinário agrícola
Tratores, motoniveladores, pulverizadores, roçadeiras, escarificadores, grades de solo e outros 
implementos agrícolas são muito caros para um grande número dos produtores, quando conseguem 
comprá-los individualmente, além de não serem de uso contínuo para apenas uma propriedade. Criar 
56
patrulhas mecanizadas, onde mais de um produtor possa utilizá-las, reduz seus custos de produção. Os 
custos podem ser subsidiados ou oferecidos gratuitamente pela prefeitura.
88. expandir e integrar a Assistência técnica e extensão rural 
Articular com os governos do estado e federal a inclusão de ações de capacitação e assistência técnica e 
extensão rural em projetos para os produtores, por meio da Emater, Embrapa, escolas técnicas, instituições 
especializadas ou mesmo cooperativas.
89. melhorar as condições de acesso ao meio rural
Esta iniciativa encurta caminhos, reduz custos, viabiliza o escoamento da produção e facilita o acesso 
do homem do interior aos equipamentos públicos de atendimento social (saúde, educação, lazer, cultura 
etc.), interação entre as comunidades e fortalece o Turismo Rural.
fundo facilita o acesso ao crédito 
Mesmo em municípios com economia centrada em serviços e 
indústria, o apoio ao empreendedor do campo é sempre garantia de 
distribuição de recursos e preservação de fontes alternativas de renda. 
No município gaúcho de Caxias do Sul, foi criado o Fundo Municipal de 
Desenvolvimento Rural, com a liberação de crédito de até R$ 15 mil para 
projetos selecionados. Já foram atendidos 170 agricultores. 
Além disso, a Prefeitura cede tratores aos produtores rurais, mantém 
45 feiras do segmento, pavimentou 170 km de estradas e melhorou a 
distribuição de água com a implantação de poços artesianos na zona rural.
Investimentos pavimentaram estradas na zona rural
Lu
iz
 C
ha
ve
s
AGENDA DE COMPROMISSOS 9O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 8
57
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 9 – qualificar os empreendedores para os desafios da 
sustentabilidade
Mais valorizados depois que o Brasil recebeu em 2012 a Conferência 
Mundial de Meio Ambiente Rio+20, os princípios da Sustentabilidade 
devem ser inseridos em todas as políticas públicas municipais, para serem 
levados também aos Pequenos Negócios. A administração pública tem 
que dar o exemplo em gestão de resíduos sólidos, eficiência energética, 
combate ao desperdício, ao uso racional dos recursos naturais e até nas 
compras municipais.
Trata-se de uma linha de atuação exigida cada vez mais pelos 
moradores em razão do crescente interesse sobre o tema. Ao assumir tal 
compromisso, o poder público passa também a servir de referência e a induzir a adoção desses princípios 
pelos Pequenos Negócios como diferencial para a conquista de novos mercados. Afinal, o que é sustentável 
é mais competitivo.
O Desenvolvimento Sustentável deve levar em conta as três vertentes dos princípios da Sustentabilidade: 
econômica (o negócio tem que dar lucro!), ambiental (respeito ao meio ambiente) e social (a atividade tem 
que priorizar a inclusão social e benefícios à comunidade).
Nessa área, devem ser adotadas as seguintes ações:
90. Apoiar a reciclagem de lixo
O decreto de regulamentação da Política Nacional de Resíduos (PNRS), em vigor desde dezembro de 
2010, estabeleceu que fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e até consumidores são 
responsáveis junto aos serviços de limpeza e de manejo dos resíduos sólidos, pelo ciclo dos produtos até 
o descarte. 
Nesse sentido, devem-se apoiar cooperativas de catadores de lixo para coleta seletiva, o fim dos lixões 
e estímulos à indústria de reciclagem. As empresas e os Microempreendedores Individuais devem ser 
orientados a gerir os resíduos porque isso representa redução de custos e aumento de competitividade. 
É recomendável também estimular a celebração de consórcios municipais para tratamento do lixo.
Catadores de dignidade 
Com ações focadas na Sustentabilidade do município, a prefeitura de 
Camaragibe, em Pernambuco, desenvolveu o Programa Recicla Camaragibe. 
Trata-se de uma experiência pioneira que envolve educação ambiental, 
gestão de resíduossólidos e empreendedorismo. 
 Implementado em 2010, a iniciativa já representa melhoria da qualidade 
de vida dos ex-catadores que sobreviviam do antigo lixão e conscientização 
ambiental dos moradores. Os recicladores participam do projeto Catadores de 
Dignidade e coletam nas residências e estabelecimentos materiais passíveis 
de reciclagem. Também recebem cursos de qualificação profissional.
Programa organiza aproveitamento dos resíduos sólidos urbanos
 ”Os negócios 
sustentáveis têm 
que dar lucro, 
respeitar o meio 
ambiente e promover 
a inclusão social.” 
Di
vu
lg
aç
ão
58
91. estimular a eficiência energética
Outra ação sustentável da prefeitura é estimular que as empresas sigam as regras sobre Gestão de 
Energia. São boas práticas e ferramentas para a eficiência energética, a exemplo da redução de perdas 
de energia no processo produtivo e de acesso ao mercado; redução da participação do insumo energia no 
custo do produto e do negócio, e inovação em produtos, serviços e processos com melhores resultados 
para a Sustentabilidade dos empreendimentos. 
92. desenvolver licitações e negócios sustentáveis no município
Novas exigências devem ser adotadas nas licitações da prefeitura para incentivar a inclusão de critérios 
sustentáveis nas compras do poder público municipal. O menor preço deixou de ser o principal item para 
definir o vencedor de uma concorrência pública. Agora deve ser levado em conta, por exemplo, o menor 
consumo de matéria-prima e energia, os materiais reutilizáveis ou recicláveis e o impacto menos danoso 
ao meio ambiente.
Há um vasto leque de negócios sustentáveis que podem ser desenvolvidos em qualquer município do 
planeta. São empreendimentos que tudo têm a ver com o zelo de causar o menor impacto possível ao meio 
ambiente ou usar matérias-primas recicláveis. Entre esses negócios, destacam-se: empresas de projetos 
e consultoria em produção sustentável, fábrica de calçados ecológicos, coleta e reciclagem de resíduos da 
construção civil, fábrica de conservas, fábrica de aquecedor solar e restaurante natural.
Aterro ecoponto 
O aterro sanitário do município de Catalão, em Goiás, conta agora 
com o Ecoponto, local para o depósito de pneus usados, lixo eletrônico e 
triturador de lâmpadas fluorescentes. A experiência faz parte do projeto 
Coleta Seletiva de Lixo e tornou Catalão uma das poucas cidades do País 
a fazer reciclagem de produtos de informática. 
Hoje, 80% de Catalão já contam com o serviço de coleta seletiva, que 
atingiu 1 tonelada de material reciclável por dia em dezembro de 2011. A 
coleta e o reaproveitamento de pneus contribuíram ainda para a redução 
dos casos de dengue.
Ecoponto: pneus usados, lixo eletrônico e fluorescentes 
Di
vu
lg
aç
ão
93. Apoiar a recomposição florestal 
Com o novo Código Florestal, o poder público municipal deve orientar e apoiar empreendedores urbanos, 
produtores rurais e agricultores familiares na recuperação de áreas degradadas, encostas e matas ciliares 
e manutenção de nascentes. Para tanto, deve ser criado ou aprimorado sistema de ofertas de mudas 
e sementes, com assistência técnica para o cumprimento da nova legislação, inclusive em relação à 
apresentação de projetos. Outra ação a ser executada é a construção de microbarragens e terraços para a 
melhor absorção da água no solo para a preservação dos mananciais.
AGENDA DE COMPROMISSOS 9O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO 9
59
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
94. incentivar fontes alternativas de energia 
O incentivo e a disponibilização de tecnologias voltadas a essa iniciativa, além de contribuir com a 
Sustentabilidade ambiental, reduz os custos de produção, em especial àquelas que utilizam fontes e 
matérias-primas disponíveis localmente. Os biodigestores, pequenas hidrelétricas, energia eólica, bagaço 
de cana, são exemplos concretos com tecnologias consolidadas e disponíveis no mercado.
produtos ecológicos e reciclados
A construção e estruturação da fábrica para extração de óleo de castanha 
e óleos essenciais em Laranjal do Jari, situado no Amapá, fizeram parte de 
uma série de obras de infraestrutura desenvolvidas no município com apoio 
da administração municipal. Para produzir na instalação, foi necessário à 
gestão pública capacitar os trabalhadores.
O mesmo foi feito com os artesãos locais, para que produzissem biojoias, 
flores e marchetaria. Com isso foi possível gerar 504 postos de trabalho na 
cidade. Outra medida bem sucedida foi a parceria com uma empresa, no 
intuito de promover a reciclagem de garrafas pet para produção de peças 
ornamentais, entre outros produtos.
Árvore de natal feita com garrafas pet 
95. fontes de financiamentos para projetos sustentáveis
Um dos principais questionamentos dos empresários interessados em adotar práticas sustentáveis 
é saber a respeito das linhas de financiamento disponíveis para tornar a empresa sustentável. Isso 
significa financiamentos acessíveis para eliminar desperdícios, reduzir custos, aumentar a eficiência 
e assim minimizar o impacto ao meio ambiente. A facilitação e monitoramento do acesso a essas 
fontes de financiamento estão inseridos na missão do prefeito para articular a oferta de crédito para os 
empreendedores.
Di
vu
lg
aç
ão
60
passo 10 – estimular o ensino do empreendedorismo e a Cultura da 
Cooperação
O povo brasileiro é um dos mais empreendedores do planeta. Ao 
mesmo tempo, 2012 é o Ano Internacional do Cooperativismo. Esses 
fatos realçam a necessidade de o poder público oferecer educação de 
qualidade sobre o empreendedorismo e a Cultura da Cooperação. Desde 
os primeiros anos da vida escolar na rede municipal – e, por meio de 
parcerias, até o ensino profissionalizante, superior e de pós-graduação.
A introdução ou ampliação do viés empreendedor na educação 
exige também a sensibilização e capacitação dos professores e 
diretores dos estabelecimentos de ensino. A maioria deles é ainda presa à ideia de que a escola forma 
apenas futuros assalariados, sem vislumbrar a abertura ou expansão do próprio negócio como alternativa 
de ocupação e renda.
Outra falsa concepção aponta que saber fazer negócios é um dom nato. Ou seja, não se ensina nem se 
aprende. Seria uma vocação nata trazida do berço. Cresce a cada ano o número de municípios que desmitifica 
essa avaliação equivocada e insere no currículo escolar princípios empreendedores ou a própria disciplina do 
empreendedorismo para ensinar os alunos a sonhar e a buscar concretizar seus sonhos. Também aumenta 
a quantidade de prefeituras que promovem a capacitação de servidores com o mesmo conteúdo. 
Empreendedores e trabalhadores de Pequenos Negócios devem contar com uma gama de cursos de 
gestão, consultorias empresariais e ensino técnico e profissionalizante. 
Entre as ações que podem ser desenvolvidas com esse objetivo, destacam-se:
96. Adotar o ensino do empreendedorismo na rede municipal
O prefeito deve avaliar a introdução e o aperfeiçoamento do ensino de empreendedorismo na rede 
municipal de educação, contemplando principalmente as crianças matriculadas nas primeiras séries do 
ensino fundamental. Com essa postura, a administração lança-se ao desafio de formar empreendedores 
para o futuro do município. Essa ação deve ser complementada com a realização de feiras, oficinas e 
outros eventos para valorizar o empreendedorismo no ensino público.
97. Levantamento da realidade e da demanda local
Deve-se fazer um diagnóstico das demandas e das ofertas de capacitação profissional, da educação 
empreendedora e da cultura da cooperação, a fim de realmente conhecer a realidade local e poder planejar 
as iniciativas e os meios, definindo as clientelas e articulando as entidades empresariais, dos trabalhadores 
e potenciais parceiros. Os empreendedores e os educadores da rede municipal de ensino também devem 
ser consultados e capacitados para a inclusão do empreendedorismo e da cultura da cooperação nas 
escolas públicas.
AGENDA DE COMPROMISSOS 10O PASSOAGENDA DE COMPROMISSOS – PASSO10
 ”O prefeito deve 
avaliar a introdução e o 
aperfeiçoamento do ensino 
do empreendedorismo e 
da cultura da cooperação 
na rede municipal de 
educação.” 
61
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
98. desenvolver uma proposta de educação integrada 
Essa proposta deve contemplar todos os segmentos da população, em especial os potenciais 
empreendedores interessados em abrir o próprio negócio. Isso porque o empreendedorismo não se 
destina unicamente à formação de empresários, mas principalmente de cidadãos criativos, ousados e 
transformadores. 
Devem ser contemplados com essa ação: alunos da rede pública e privada de ensino, empresários e 
cidadãos interessados. É recomendável ainda que sejam disponibilizadas informações sobre instituições 
que trabalham com programas de capacitação profissional e formação empreendedora e de cooperação 
disponíveis no mercado.
99. buscar a participação do setor produtivo nos planos de capacitação
O setor produtivo precisa participar da definição dos planos de capacitação profissional e educação 
empreendedora. Em especial das ações custeadas com recursos públicos do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador (FAT), que são aplicados de acordo com a Comissão Municipal de Emprego. 
Ao mesmo tempo, a prefeitura deve firmar parcerias com instituições de capacitação, a exemplo das 
instituições do Sistema S (Sebrae, Senac, Senai, Senar etc), entidades patronais, ONGs relacionadas e com 
instituições de ensino. Outra missão do gestor público é disseminar a oferta de cursos a distância na área 
de capacitação profissional, gerencial e de educação empreendedora.
Outros parceiros são as instituições de ensino e os governos federal e estaduais, Ministério da Educação, 
secretarias estaduais e municipais de educação e entidades da sociedade civil.
100. disponibilizar acervo técnico
As prefeituras devem produzir e difundir material que informe, sensibilize e oriente sobre a criação 
de programas de formação de cultura empreendedora e da cooperação local em caráter permanente, 
assegurando ao município a criação e renovação continuada de talentos com interesse e capacidade 
de empreender localmente e potencializados pela postura cooperativa. Focar todos os potenciais 
empreendedores, como, alunos da rede pública e privada de ensino, empresários e prefeitos a empresário 
ou a Microempreendedor Individual.
gestão de parcerias
Um dos pilares da inovação na gestão pública em Jacarezinho, no Paraná, 
é o projeto Saber, que visa ao preparo das pessoas para a vida moderna, por 
meio da educação, seja formal, técnica ou profissionalizante, proporcionando 
empregabilidade e empreendedorismo. 
Para colocar essa ação em prática, a Prefeitura instalou regime de tempo 
integral nas escolas municipais e fez cooperação e parceria com entidades 
ligadas ao ensino de empreendedorismo e profissionalizante, a exemplo do 
Sebrae, Senai, Sesi, Senac e Senar, governo estadual e organizações sociais. 
Em consequência, 1.736 pessoas deixaram de ter acesso ao programa 
federal Bolsa Família por aumento de renda. Um dos segmentos capacitados 
foi o grupo de artesãos da associação Comfibra, que produz peças artesanais 
e de decoração. 
Sede da associação Comfibra, que produz e vende peças 
artesanais
Al
fre
do
 jo
rg
e
62
sAibA mAis 
•	 Associação	Brasileira	de	Municípios	(ABM)	–	www.abm.org.br
•	 Cartilhas	 sobre	 Sustentabilidade	 (financiamentos,	 casos	 de	 sucesso	 e	 medidas	 para	 a	
Sustentabilidade) – http://sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade
•	 Confederação	Nacional	dos	Municípios	(CNM)	–	www.cnm.org.br
•	 Encontro	dos	Municípios	para	o	Desenvolvimento	Sustentável	–	www.encontrodesenvolvimento.
fnp.org.br
•	 Estatuto	das	Cidades	–	https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
•	 Frente	Nacional	de	Prefeitos	(FNP)	–	www.fnp.org.br
•	 Lei	 da	 Política	Nacional	 de	Resíduos	 Sólidos	 –	 http://www.planalto.gov.br/civil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm/ 
	 -	 Decreto	 da	 Política	 Nacional	 de	 Resíduos	 Sólidos	 –	 http://www.planalto.gov.br/civil_03_		
cato2007-2010/2010/Decreto/D7404.html
•	 Lei	Geral	da	Micro	e	Pequena	Empresa	–	http://www.sebrae.com.br/customizado/lei-geral/
•	 Ministério	da	Agricultura,	Pecuária	e	Abastecimento	–	www.agricultura.gov.br
•	 Ministério	das	Cidades	–	www.cidades.gov.br
•	 Ministério	do	Desenvolvimento	Agrário	–	www.mda.gov.br
•	 Ministério	do	Desenvolvimento,	Indústria	e	Comércio	Exterior	–	www.desenvolvimento.gov.br
•	 Ministério	do	Meio	Ambiente	–	www.mma.gov.br
•	 Ministério	do	Planejamento	e	Gestão	Orçamentária	–	www.mp.gov.br/
•	 Ministério	do	Turismo	–	www.turismo.gov.br
•	 Plano	Safra	da	Agricultura	Familiar	2012-2013	–	www.mda.gov.br/plano-safra
•	 Portal	do	Desenvolvimento	Local	–	www.portaldodesenvolvimento.org.br
•	 Protocolo	 Verde	 –	 http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Hotsites/Relatorio_
Anual_2011/Capitulos/atuacao_institucional/o_bndes_e_protocolo_verde.html
•	 Portal	do	Empreendedor	–	www.portaldoempreendedor.gov.br
•	 Prêmio	Sebrae	Prefeito	Empreendedor	–	www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br
•	 Territórios	em	Rede	–	www.territoriosemrede.com.br
•	 Fontes	de	Financiamento	da	Sustentabilidade	nas	Micro	e	Pequenas	Empresas	–	http://www.
sebrae.com.br/customizado/uasf/acesse/sustentabilidade/Financ_Sustent_Amb_MPE.pdf
SAIBA MAIS
63
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
Conte Com o sebrAe 
Missão do Sebrae: ”Promover a competitividade e o Desenvolvimento Sustentável das Micro e Pequenas 
Empresas e fomentar o empreendedorismo.”
Gestores da Rede das Unidades de Políticas Públicas 
 nos Estados e no Distrito Federal
uf
nome e-mAiL teLefone
Unidades 
de 
Políticas 
Públicas
AC Francisco Alves Bezerra francisco@ac.sebrae.com.br (68) 3216-2171
AL Maria Izabel V. Goes izabel@al.sebrae.com.br (82) 4009-1691
AM Lamisse Said da Silva Cavalcante lamisse@am.sebrae.com.br (92) 2121-4945 
AP Célia Cardoso Almeida celia@ap.sebrae.com.br (96) 3312.2827 
BA Roberto Evangelista roberto.evagelista@ba.sebrae.com.br (71) 3320-4516
CE Antonio Elgma Sousa Araújo elgma@ce.sebrae.com.br (85) 3255-6679
DF Stefano Nunes Portuguez de Souza stefano@df.sebrae.com.br (61) 3362-1682 
ES Mário Cesar Correa mario.correa@es.sebrae.com.br (27) 3041-5686
GO Ieso Gomes Pereira da Silva igomes@sebraego.com.br (62) 3250-2394
MA Cristiane Correa e Silva cristianecorrea@ma.sebrae.com.br (98) 3216-6171
MG Nair Aparecida de Andrade nair.andrade@sebraemg.com.br (31) 3379-9365
MS Sandra Amarilha sandra.amarilha@ms.sebrae.com.br (67) 3389-5470
MT Zaira de Melo Pereira Zaira.pereira@mt.sebrae.com.br (65) 3648 1220
PA Roberto Belucci roberto@pa.sebrae.com.br (91) 3181-9130
PB Bera Wilson bera@sebraepb.com.br (83) 2108-1273
PE Leonardo de Abreu Carolino leonardocarolino@pe.sebrae.com.br (81) 2101-8460
PI Solange Lopes de Azevedo solange@pi.sebrae.com.br (86) 3216-1368
PR Agnaldo Gerson Castanharo acastanharo@pr.sebrae.com.br (41) 3330-5729
RJ Andréia Crocamo Scaliso andreia@rj.sebrae.com.br (21) 2212-7982
RN Hélmani de Souza Rocha helmani@rn.sebrae.com.br (84) 3616-7929
RS Alessandro Machado machado@sebrae-rs.com.br (51) 3216-5186
RO Liliane Cougo Dionísio lilianecougo@ro.sebrae.com.br (69) 3217-3882
RR Nubia Ribeiro Batista nubia@rr.sebrae.com.br (95) 2121-8008
SC Sérgio Fernandes Cardoso sergioc@sc.sebrae.com.br (48) 3221-0896
SE José Américo dos Santos jose.americo@se.sebrae.com.br (79) 2106-7754
SP Júlio César Durante juliod@sebraesp.com.br (11) 3177-4910
TO Luciana Soares Pires Retes luciana.retes@to.sebrae.com.br (63) 3219-3319
NA Dulce Caldas caldas@sebrae.com.br (61) 3348-7313
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ListAgem dos 10 pAssos e dAs 100 AçÕes 
passo 1 – preparar gestores e servidores públicos para o 
desenvolvimento com base na Lei geral da micro e pequena empresa
1. Tirar do papel a Lei Geral Municipal ...........................................................................................................25
2. Dar preferência aos Pequenos Negócios nas compras da prefeitura ...................................................253. Designar servidores para cuidar do Desenvolvimento ............................................................................26
4. Firmar o Pacto pelo Desenvolvimento .......................................................................................................26
5. Instalar a Sala do Empreendedor ...............................................................................................................26
6. Fazer parcerias com entidades representativas e associativas .............................................................27
7. Aderir à rede de legalização simplificada ..................................................................................................27
8. Assegurar o acesso à internet de banda larga .........................................................................................27
9. Aprimorar a legislação tributária e as obrigações municipais ................................................................28
10. Aumentar a captação de recursos ...........................................................................................................28
11. Capacitar os gestores e os servidores públicos ......................................................................................28
12. Instituir fundos de Desenvolvimento ......................................................................................................29 
13. Articular e monitorar a oferta de linhas de crédito ................................................................................29
14. Aderir a iniciativas Intermunicipais ..........................................................................................................30
15. Ancorar grandes empreendimentos ........................................................................................................30
16. Assegurar o acesso à inovação e à tecnologia .......................................................................................30
passo 2 – Apoiar a formalização e o sucesso dos microempreendedores 
individuais 
17. Mapear a Informalidade .......................................................................................................................... 31
18. Fazer caravanas para legalizar os microempreendedores .................................................................. 31
19. Capacitar e orientar sobre negócios........................................................................................................ 32
20. Organizar a utilização dos espaços públicos ......................................................................................... 32
21. Promover eventos e destinar licitações para microempreendedores ................................................ 33
22. Promover o acesso ao microcrédito produtivo orientado .................................................................... 33
23. Fomentar o associativismo...................................................................................................................... 33 
LISTAGEM DOS 10 PASSOS E DAS 100 AçõES
65
GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 3 – prestigiar os Comerciantes do município 
24. Levantar o perfil do consumo para direcionar os negócios ...................................................................34
25. Recuperar centros tradicionais, feiras-livres e ruas comerciais ...........................................................34
26. Consultar e fortalecer os varejistas .........................................................................................................35
27. Qualificar e proteger o comércio local ......................................................................................................35
28. Incentivar e apoiar campanhas de compras no comércio local ............................................................35
29. Desenvolver programas de estímulos à formalização ..........................................................................36
30. Disciplinar a implantação de grandes empreendimentos e de comércio itinerante ..........................36
31. Priorizar o comércio local nas compras da prefeitura, dos servidores e 
de beneficiários dos programas sociais ..................................................................................................36
32. Capacitar para gestão e atendimento .....................................................................................................37
33. Estimular a criação de centrais de compras e marcas compartilhadas ..............................................37
34. Promover eventos para gerar fluxo de consumidores ...........................................................................37
35. Facilitar o acesso ao crédito......................................................................................................................37 
36. Estimular a criação de marcas locais .......................................................................................................38
passo 4 – fortalecer os empreendedores da indústria e atrair 
investimentos 
37. Criar áreas, distritos e condomínios industriais .....................................................................................39
38. Facilitar os licenciamentos ......................................................................................................................39
39. Avaliar a concessão de benefícios para atrair investimentos ..............................................................40
40. Capacitar para gestão e produção ............................................................................................................40
41. Facilitar o acesso ao crédito de médio e longo prazos ..........................................................................40
42. Assegurar o acesso à inovação ...............................................................................................................41
43. Apoiar e fortalecer as concentrações de empresas do mesmo ramo ..................................................41
44. Fortalecer marcas e buscar novos mercados .........................................................................................41
passo 5 – modernizar e profissionalizar as atividades dos prestadores de 
serviços
45. Estimular o associativismo .......................................................................................................................42
46. Reduzir o ISS ...............................................................................................................................................42
47. Desonerar o IPTU .......................................................................................................................................43
48. Agilizar a regularização dos empreendimentos .....................................................................................43
49. Priorizar as empresas locais nas contratações públicas ......................................................................43
50. Estimular a economia criativa ..................................................................................................................43
66
passo 6 – promover os empreendedores do turismo como indutores do 
desenvolvimento
51. Criar e apoiar o Conselho Municipal de Turismo .................................................................................... 44
52. Identificar e fomentar as vocações para o Turismo ............................................................................... 44
53. Estruturar roteiros turísticos .................................................................................................................... 45
54. Criar e ampliar o calendário de eventos .................................................................................................. 45
55. Prover infraestrutura necessária ............................................................................................................. 45
56. Organizar e profissionalizar o segmento ................................................................................................46
57. Sinalizar acessos, atrativos e estabelecimentos .................................................................................... 46
58. Garantir qualidade nos serviços essenciais (saúde e segurança) ........................................................ 46
59. Produzir material de divulgação ............................................................................................................... 47
60. Facilitar o acesso às linhas de crédito ..................................................................................................... 47
61. Valorizar a identidade local e a autoestima da população .................................................................... 47 
passo 7 – facilitar o associativismo dos Agricultores familiares e 
consolidar seus avanços
62. Identificar e fortalecer os movimentos associativos ............................................................................. 48 
63. Apoiar a formalização dos agricultores e suas entidades ..................................................................... 48 
64. Levar capacitação e assistência técnica ao campo ................................................................................ 49
65. Ceder máquinas e equipamentos agrícolas para uso compartilhado .................................................. 49
66. Estimular o melhoramento genético animal e vegetal .......................................................................... 49
67. Criar hortos municipais e viveiros de mudas ......................................................................................... 49
68. Apoiar o acesso ao Pronaf ........................................................................................................................ 50
69. Promover o acesso às compras governamentais .................................................................................. 50
70. Criar e consolidar novos canais de comercialização .............................................................................. 50
71. Implantar sistema de inspeção sanitária no município ........................................................................ 51
72. Incentivar a implantação de agroindústrias .......................................................................................... 51
73. Melhorar a infraestrutura e os sistemas de produção para o semiárido ............................................ 51
74. Garantir o acesso ao campo ...................................................................................................................... 51
75. Garantir energia e telecomunicação ........................................................................................................ 52
76. Apoiar a criação de marcas locais ............................................................................................................ 52
77. Garantir ensino tradicional e técnico para o meio rural......................................................................... 52
LISTAGEM DOS 10 PASSOS E DAS 100 AçõES
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
passo 8 – Articular o acesso à tecnologia pelos produtores rurais para 
agregar valor à produção
78. Aproximar os produtores dos órgãos de pesquisa ...............................................................................53
79. Assegurar uma rede qualificada de fornecedores de produtos e serviços agropecuários ...............53 
80. Buscar atestados de qualidade ..............................................................................................................54
81. Orientar os produtores para atender às demandas do mercado ........................................................54
82. Garantir assistência técnica local ............................................................................................................54
83. Apoiar o fortalecimento e a participação das entidades representativas ..........................................54 
84. Articular e monitorar o acesso ao crédito rural .....................................................................................55
85. Promover acesso à tecnologia, à infraestrutura, ao processamento e à estocagem .......................55
86. Promover acesso ao mercado institucional ...........................................................................................55
87. Viabilizar o acesso ao maquinário agrícola ............................................................................................55
88. Expandir e integrar a Assistência Técnica e Extensão Rural ...............................................................56
89. Melhorar as condições de acesso ao meio rural ....................................................................................56
passo 9 – qualificar os empreendedores para os desafios da 
sustentabilidade
90. Apoiar a reciclagem de lixo ........................................................................................................................57
91. Estimular a eficiência energética .............................................................................................................58
92. Desenvolver licitações e negócios sustentáveis no município .............................................................58
93. Apoiar a recomposição florestal ..............................................................................................................58
94. Incentivar fontes alternativas de energia ...............................................................................................59 
95. Fontes de financiamentos para projetos sustentáveis .........................................................................59
passo 10 – estimular o ensino do empreendedorismo e a Cultura da 
Cooperação
96. Adotar o ensino do Empreendedorismo na rede municipal .................................................................. 60
97. Levantamento da realidade e da demanda local ................................................................................... 60
98. Desenvolver uma proposta de educação integrada .............................................................................. 61
99. Buscar a participação do setor produtivo nos planos de capacitação ................................................. 61
100. Disponibilizar acervo técnico .................................................................................................................. 61
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GUIA DO prefeItO eMpreeNDeDOr
10 pAssos pArA o desenvoLvimento 
sustentáveL – púbLiCos e temAs 
Confira a Agenda de Compromissos que os prefeitos e prefeitas devem assumir com os principais 
atores da economia local para gerar renda e emprego ao seu município:
•	 Passo 1 – Preparar Gestores e Servidores Públicos para o Desenvolvimento com base na Lei Geral 
da Micro e Pequena Empresa. A administração municipal precisa ser capacitada para colocar os 
benefícios da legislação no cotidiano dos Pequenos Negócios
•	 Passo 2 – Apoiar a formalização e o sucesso dos Microempreendedores Individuais. Eventos e 
licitações devem ser promovidos para orientar e dar oportunidades aos empreendedores
•	 Passo 3 – Prestigiar os Comerciantes do município. O comércio local merece preferência nas 
compras da prefeitura e dos consumidores e nas ações de urbanização
•	 Passo 4 – Fortalecer os Empreendedores da Indústria e atrair investimentos. Infraestrutura, 
capacitação e incentivos podem ser oferecidos para dinamizar o setor
•	 Passo 5 – Modernizar e profissionalizar as atividades dos Prestadores de Serviços. Regularização 
e qualificação devem ser estimuladas para aquecer a economia e melhorar o atendimento à 
população
•	 Passo 6 – Promover os Empreendedores do Turismo como indutores do Desenvolvimento. Todos 
os segmentos da economia local devem ser mobilizados para atrair turistas e gerar novos negócios
•	 Passo 7 – Facilitar o associativismo dos Agricultores Familiares e consolidar seus avanços. Unido 
e organizado, o segmento tem mais força para acessarcrédito, mercados e assistência técnica
•	 Passo 8 – Articular o acesso à tecnologia pelos Produtores Rurais para agregar valor à produção. 
Conhecimento é a palavra-chave para conquistar novos clientes e ampliar faturamento
•	 Passo 9 – qualificar os empreendedores para os desafios da Sustentabilidade. Os negócios 
precisam ser lucrativos, ecologicamente corretos e socialmente justos
•	 Passo 10 – Estimular o Ensino do Empreendedorismo e a Cultura da Cooperação. Ações da prefeitura 
e parcerias devem preparar futuros e atuais donos do próprio negócio e seus trabalhadores
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AgendA gerAL dAs prinCipAis obrigAçÕes 
AnuAis em reLAção Às Leis orçAmentáriAs
Para a destinação de recursos financeiros voltados a promoção do Desenvolvimento Sustentável e o 
apoio aos Pequenos Negócios no município, o gestor público deve estar atento aos seguintes prazos: 
dAtA Limite* obrigAção bAse LegAL
15/04/2013 Elaboração e encaminhamento, pelo Executivo ao Legislativo, do projeto da LDO
Art. 35, § 2º, II, 
ADCT da CF
15/04/2013
Elaboração e encaminhamento, pelo Executivo ao 
Legislativo, do Anexo de Metas Fiscais e Anexo de Riscos 
Fiscais da LDO
Art.4º, §§1º e 3º 
da LRF
30/06/2013 Devolução pelo Legislativo ao Executivo da LDO para sanção
Art. 35, § 2º, II, 
ADCT da CF
31/08/2013 Elaboração e encaminhamento, pelo Executivo ao Legislativo, do PPA
Art. 165, I, § 1º, 
art. 166 da CF 
e Art. 35, § 2º, I, 
ADCT
31/08/2013 Encaminhamento pelo Executivo ao Legislativo, do projeto da LOA
Art.35, § 2º, III, 
ADCT da CF
15/12/2013 Devolução pelo Legislativo ao Executivo do PPA para sanção, no 1º exercício da legislatura
Art. 35, § 2º, I, 
ADCT da CF. Art. 
57, caput, da CF
31/12/2013 Devolução pelo Legislativo ao Executivo, da LOA para sanção
Art. 35, § 2º, III, 
ADCT da CF
(*) Caso a Lei Orgânica Municipal não apresente previsão de prazos de tramitação para PPA, LDO e LOA, 
os Municípios ficam sujeitos aos prazos previstos na Constituição Federal.
o que é?
PPA - Plano Plurianual. Lei que prevê a arrecadação e os gastos em programas e ações para um período 
de quatro anos.
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias. Estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro, 
orienta a elaboração do orçamento e deve trazer alterações na legislação tributária.
LOA - Lei Orçamentária Anual. Estima receitas e fixa despesas para um ano, de acordo com as 
prioridades contidas no PPA e LDO, detalhando quanto será gasto em cada ação e programa.
CF - Constituição Federal.
LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal ou Lei Complementar nº 101. É o principal instrumento regulador 
das contas públicas no Brasil, estabelecendo metas, limites e condições para gestão das Receitas e das 
Despesas e obrigando os governantes a assumirem compromissos com a arrecadação e gastos públicos. 
ADCT - Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. Eles garantiram a transição do regime 
Constitucional de 1967 para a Constituição de 1988, e outras regras, estabelecendo situação de transição.
Porém, após a sua implementação, tem a sua eficácia exaurida.
AGENDA GERAL DAS PRINCIPAIS OBRIGAçõES ANUAIS EM RELAçÃO ÀS LEIS ORçAMENTÁRIAS
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os 8 obJetivos 
do miLÊnio
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desenvoLvimento é essenCiAL pArA 
os 8 obJetivos do miLÊnio
Em 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, 
estabeleceu 8 Objetivos do Milênio (ODM). No Brasil, são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo. São 
objetivos capazes de mudar a vida em casa, na rua, na comunidade, na cidade e no País. Inclusive com a 
geração de renda e empregos. Entre eles está o Desenvolvimento, o oitavo objetivo que colabora com as 
demais metas a serem perseguidas também pelos prefeitos e prefeitas em todas as regiões.
erradicar a extrema pobreza e a fome.
Metas: reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda abaixo 
da linha da pobreza e a proporção da população que sofre de fome.
- Trabalhar nessas metas exige programas de geração de renda, redução da elevada 
desigualdade entre ricos e pobres e direito à alimentação saudável para todos.
Atingir o ensino básico universal.
Meta: garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, de todas 
as regiões do País, independentemente da cor, raça e sexo, terminem o ensino 
fundamental.
- Aqui, o esforço é pela melhoria da qualidade do ensino e pela ampliação do número 
de anos de estudo.
promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
Meta: Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino fundamental e médio até 
2005.
- A ideia é também combater o preconceito, ampliar as chances das mulheres no 
mercado de trabalho, com melhores empregos, salário igual ao dos homens para 
iguais funções e maior participação feminina na política.
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reduzir a mortalidade infantil.
Meta: Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade materna de crianças 
menores de 5 anos.
- O caminho para reduzir esse número dependerá de muitos e variados meios, 
recursos, políticas e programas, dirigidos às crianças, às famílias e às comunidades.
melhorar a saúde materna.
Meta: Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna.
 - Só será atingido com a promoção integral da saúde das mulheres em idade 
reprodutiva. A presença de pessoal qualificado na hora do parto será o reflexo do 
desenvolvimento de sistemas integrados de saúde pública.
Combater o hiv/Aids, a malária e outras doenças.
Metas: Até 2015, deter e começar a reverter a propagação do HIV/AIDS e deter e 
começar a reverter a propagação da malária e outras doenças.
- Dependerá fundamentalmente do acesso da população à informação e aos meios 
de prevenção e de tratamento, sem descuidar da criação de condições ambientais e 
nutritivas que estanquem os ciclos de reprodução dessas doenças.
garantir a sustentabilidade ambiental.
Metas: Até 2015, integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas 
políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais até 2015; e 
reduzir a proporção da população sem acesso sustentável à água potável segura; até 
2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões 
de habitantes de bairros degradados.
- Desafios: integração dos princípios da sustentabilidade às políticas nacionais; o 
acesso à água potável e esgotamento sanitário; e a melhoria dos assentamentos 
precários.
estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Metas: Em cooperação com os países em desenvolvimento, formular e executar 
estratégias que permitam trabalho digno e produtivo aos jovens; em cooperação com 
o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, especialmente 
nos setores de informação e comunicação.
- Este objetivo tem a ver com todos, diretamente. É um convite para oferecer suas 
capacidades e conhecimentos em projetos para a melhoria da qualidade de vida de 
sua cidade.
OS 8 OBJETIVOS DO MILÊNIO
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Realização
Apoio
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