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Slides de Aula - Unidade II fisioterapia reumatologica

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Profa. MSc. Andrea Ferian
UNIDADE II
Fisioterapia Reumatológica
 A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica de etiologia desconhecida. Ela 
causa destruição articular irreversível pela inflamação da membrana sinovial devido a um 
estímulo que pode ser autoimune ou infeccioso.
 O comprometimento ocorre primariamente na sinóvia e leva a destruição óssea e 
cartilaginosa, além disso, acomete outros órgãos e sistemas.
Artrite reumatoide (AR) 
 Poliartrite simétrica de grandes e pequenas articulações.
 Rigidez articular matinal geralmente maior que 1 hora.
 Mais frequente em mulheres entre 30 e 50 anos.
Artrite reumatoide – quadro clínico
Algumas manifestações articulares:
 desvio ulnar dos dedos
 joelhos valgos, tornozelos valgos, hálux valgo
 pés planos
 dedos em martelo, dedos em pescoço de cisne
Manifestações extra-articulares:
 nódulos reumatoides
 vasculite
 derrame pleural
 comprometimento ocular
Artrite reumatoide – quadro clínico
Fonte: Carvalho et al. (2019).
 A origem da AR é complexa e compõe fatores genéticos, hormonais e influências ambientais, 
principalmente o tabagismo. 
Podemos dividir a fisiopatologia da AR em três fases: 
 Exsudação: edema na superfície interna da membrana sinovial, com formação do 
derrame articular.
 Infiltração: infiltrado inflamatório.
 Fase crônica: membrana sinovial hiperplásica com formação do 
tecido de granulação que recobre a cartilagem e o osso 
subcondral, o pannus, gerando destruição da cartilagem 
articular e erosão óssea, podendo chegar à anquilose.
Artrite reumatoide – fisiopatologia 
Os critérios de classificação do American College of Rheumatology – ACR 1987 e 
ACR/European League Against Rheumatism – ACR/EULAR 2010 auxiliam no processo 
diagnóstico. Os critérios do ACR de 1987 incluem:
1) rigidez matinal 
2) artrite de três ou mais áreas articulares
3) artrite de mãos 
4) artrites simétricas
 A presença de quatro ou mais critérios por um período maior 
ou igual a 6 semanas é sugestivo de AR. Esses critérios não 
se aplicam nas fases iniciais da doença.
Artrite reumatoide – diagnóstico 
5) nódulos reumatoides
6) fator reumatoide positivo
7) alterações radiográficas
 Tratamento farmacológico: anti-inflamatórios não 
esteroidais (AINE), glicocorticoides, 
medicamentos modificadores do curso da 
doença, imunoinibidores de JAK (proteína com 
papel fundamental no desenvolvimento da AR).
 Orientação de proteção articular e conservação 
de energia.
 Dispositivos auxiliares para a marcha, 
se necessário.
Artrite reumatoide – tratamento 
Fonte: adaptado de: Bianchin
et al. (2010)
Não utilize os dedos
Use a palma da mão para abrir tampas e potes
 Prescrevemos exercícios na AR com o objetivo de prevenir ou minimizar a incapacidade 
funcional e manifestações sistêmicas, como o aumento do risco cardiovascular relacionado à 
doença. 
 Os exercícios aeróbicos são de grande importância no desenvolvimento da aptidão 
cardiovascular e na melhora da qualidade de vida do paciente com AR. 
 O exercício resistido diminui o comprometimento da capacidade funcional.
 As mobilizações articulares também são utilizadas com o 
objetivo de promover analgesia e melhorar a possibilidade de 
movimento articular.
Artrite reumatoide – fisioterapia 
Meios físicos:
 Crioterapia: auxilia no combate à inflamação.
 Calor: as modalidades de calor profundo devem ser utilizadas com cautela, pois podem 
aumentar a inflamação. 
Artrite reumatoide – fisioterapia 
As espondiloartrites (EpA) são um grupo de doenças com características em comum:
 Inflamação crônica axial (coluna e articulações sacroilíacas).
 Entesopatias periféricas (inflamação do ponto de ancoragem de tendões e ligamentos). 
 Soronegatividade para o fator reumatoide. Devido a essa soronegatividade, esse grupo de 
doenças era antigamente denominado “espondiloartropatias soronegativas”. 
 Positividade para o antígeno HLA-B27.
 Pode haver ainda manifestações extra-articulares: comprometimento dos olhos, 
intestino e coração. 
Espondiloartrites 
 A origem das espondiloartrites parece estar relacionada com a 
interação entre o sistema imunológico e bactérias do trato 
gastrointestinal (disbiose). 
Espondiloartrites
Fonte: autoria própria.
 Artrite que se desenvolve logo após ou durante uma infecção bacteriana, geralmente 
genitourinária ou gastrointestinal. 
 Forte predisposição genética (HLA-B27).
 O intervalo entre a infecção sintomática (geralmente diarreia) e início da artrite é de alguns 
dias há 4 semanas.
 Predomínio no indivíduo adulto do sexo masculino.
Artrite reativa – Síndrome de Reiter
 Clinicamente manifesta-se com envolvimento 
do sistema articular, cutaneomucoso e ocular 
(conjuntivite e uveíte). 
 Manifestação articular: poliartrite assimétrica 
de predomínio de membro inferior; pode 
haver fascite e dactilite.
Artrite reativa – quadro clínico
Fonte: Sousa et al. (2003).
 O prognóstico na maioria dos casos é bom, com a maioria recuperando-se gradualmente em 
poucos meses. Entretanto, 66% dos pacientes permanecem com desconforto articular, dor 
lombar baixa e sintomas de entesopatia depois da crise inicial, e cerca de 15%-30% 
desenvolvem doença inflamatória articular crônica. 
 Tratamento farmacológico – anti-inflamatórios.
 A fisioterapia é importante para evitar sequelas, manter a mobilidade e a função articular, 
principalmente em casos de cronificação da doença.
Artrite reativa – tratamento 
A artrite reumatoide é uma doença reumática de caráter inflamatório. Sobre a fisioterapia nessa 
patologia, podemos afirmar que:
a) Não se deve realizar exercícios de força, mesmo na fase crônica, pois essa atividade pode 
gerar sobrecarga na articulação já fragilizada.
b) Recursos de termoterapia, como ondas curtas, são boas opções para realizar antes 
dos exercícios, pois aumentam a extensibilidade do colágeno, facilitando a 
mobilização articular.
c) Crioterapia tem contraindicação absoluta na artrite 
reumatoide, pois pode aumentar a rigidez articular.
d) Exercícios passivos são os mais seguros e indicados para 
manter a capacidade funcional em pacientes com 
artrite reumatoide.
e) Os exercícios aeróbicos são de grande importância no 
desenvolvimento da aptidão cardiovascular e na melhora da 
qualidade de vida do paciente com AR.
Interatividade
A artrite reumatoide é uma doença reumática de caráter inflamatório. Sobre a fisioterapia nessa 
patologia, podemos afirmar que:
a) Não se deve realizar exercícios de força, mesmo na fase crônica, pois essa atividade pode 
gerar sobrecarga na articulação já fragilizada.
b) Recursos de termoterapia, como ondas curtas, são boas opções para realizar antes 
dos exercícios, pois aumentam a extensibilidade do colágeno, facilitando a 
mobilização articular.
c) Crioterapia tem contraindicação absoluta na artrite 
reumatoide, pois pode aumentar a rigidez articular.
d) Exercícios passivos são os mais seguros e indicados para 
manter a capacidade funcional em pacientes com 
artrite reumatoide.
e) Os exercícios aeróbicos são de grande importância no 
desenvolvimento da aptidão cardiovascular e na melhora da 
qualidade de vida do paciente com AR.
Resposta
 A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica das articulações 
sacroilíacas e da coluna vertebral, que pode estar associada a uma variedade de lesões 
extra-articulares.
 É mais prevalente em indivíduos brancos do sexo masculino, iniciando-se geralmente entre a 
segunda e a quarta décadas de vida.
Espondilite anquilosante 
 Os primeiros sintomas incluem rigidez na coluna (principalmente matinal) e lombalgia, que 
melhoram com o movimento e pioram com o repouso. 
 A sacroileíte é um dos achados mais comuns e provoca dor nas nádegas.
 Fadiga é um sintoma comum e causada em grande parte por perturbações no sono em 
decorrência da dor. 
 Outros sintomas incluem febre,perda de peso e diminuição do rendimento no trabalho. 
Espondilite anquilosante – quadro clínico
 Diminuição da excursão respiratória: com a 
evolução da doença pode ocorrer anquilose 
(fusão) de algumas ou de todas as articulações 
da coluna, inclusive as costovertebrais.
 Em muitos casos, o paciente desenvolve a 
chamada “postura do esquiador”: retificação da 
lordose lombar, hipercifose dorsal e retificação da 
cervical, com projeção da cabeça anteriormente.
Espondilite anquilosante – quadro clínico
Fonte: Carvalho (2019).
 A espondilite anquilosante traz danos estruturais que causam incapacidade e prejuízo nas 
atividades de vida diária. Como em qualquer outra doença crônica, a educação do paciente é 
vital para seu manejo.
 Um programa de exercícios personalizado, associado ao tratamento medicamentoso e 
educação são a chave para um bom prognóstico. 
Espondilite anquilosante – tratamento 
Algumas orientações incluem: 
 Controlar o peso;
 Períodos prolongados de imobilidade devem ser evitados;
 Manter a coluna o mais ereta possível durante o dia, seja em pé ou sentado;
 É aconselhável realizar alguns períodos de repouso ao longo do dia de 10 a 15 minutos, em 
decúbito ventral;
 O repouso noturno deve ser feito em colchão firme, com travesseiro baixo; 
 Ao acordar, uma ducha quente prolongada pode aliviar a 
rigidez matinal;
 Executar diariamente e disciplinadamente exercícios físicos 
para mobilização da coluna e treino respiratório, de preferência 
após o banho.
Espondilite anquilosante – tratamento 
 Cinesioterapia: exercícios de alongamento e mobilidade são os pilares do tratamento da 
espondilite anquilosante, de forma a prevenir a rigidez (principalmente da coluna), evitar 
alterações posturais (postura do esquiador), combater a dor e manter a 
capacidade funcional.
 Exercícios de fortalecimento da musculatura paravertebral também são importantes para 
prevenir a hipercifose. Os movimentos de membros superiores com ênfase na adução de 
escápulas ajudam no bom controle postural.
Espondilite anquilosante – fisioterapia 
 Os exercícios aquáticos terapêuticos são uma opção interessante para pacientes com EA. A 
flutuação e o calor da água diminuem a sobrecarga articular, favorecem o relaxamento 
muscular e auxiliam a analgesia. 
 Recursos como massoterapia e pompages auxiliam no relaxamento, na melhora da dor e no 
ganho de mobilidade.
Espondilite anquilosante – fisioterapia 
 A artrite psoriásica é uma artrite inflamatória associada à psoríase cutânea.
 Considera-se que 2%-3% da população mundial tenham psoríase cutânea isolada, e a artrite 
pode incidir até 42% desses pacientes.
 Mais prevalente em população branca.
 Origem multifatorial (fatores genéticos associados a fatores ambientais).
 75% dos casos: doença de pele precede à artrite (as 
manifestações articulares costumam surgir de 5 a 12 anos 
após as lesões de pele iniciais).
 15% dos casos: a doença de pele é posterior.
 10%: os quadros cutâneo e articular são simultâneos.
Artrite psoriásica
 Dactilite.
 Tenossinovite.
 Entesite.
 Artrite (manifestações variáveis).
 Manifestações extra-articulares: uveíte, colite a anormalidades cardíacas.
Artrite psoriásica – quadro clínico
Fonte: Menter (2016).
 Para atingir um bom controle sobre a atividade da doença e melhorar o desfecho articular, a 
detecção precoce é fundamental.
 De forma geral, o objetivo do tratamento é controlar a atividade inflamatória da doença, 
prevenir a destruição articular, controlar a dor e melhorar a mobilidade. 
 Maior mortalidade devido às doenças cardiovasculares associadas: controle do estilo de 
vida.
 Tratamento farmacológico (AINH, glicocorticoides, DMARDs
e agentes biológicos).
Artrite psoriásica – tratamento 
 Técnicas de proteção articular, conservação de energia.
 Dispositivos auxiliares de marcha podem ser indicados, como bengalas e andadores, 
e o treino de seu uso deve ser incluído na terapia. 
 Fase aguda: crioterapia pode ser utilizada; mobilidade deve ser preservada pela mobilização 
passiva ou exercícios ativos leves; exercícios isométricos suaves ajudam a evitar ou 
minimizar a atrofia muscular.
 Algumas atividades aeróbicas podem ser realizadas com 
moderação e respeitando a capacidade individual, como 
natação, hidroterapia, hidroginástica e caminhadas (auxiliam 
o combate à depressão, cansaço e ajudam a saúde do 
sistema cardiovascular).
Artrite psoriásica – tratamento 
As espondiloartrites são um grupo de doenças com características em comum. Sobre essas 
patologias, assinale a alternativa correta:
a) Fazem parte desse grupo a artrite reumatoide, a espondilite anquilosante, a artrite 
psoriásica e a síndrome de Reiter.
b) O principal acometimento musculoesquelético das espondiloartrites é a artrite simétrica de 
articulações periféricas, como mãos, pés e dedos.
c) Nesse grupo de doenças não há manifestações extra-articulares, como em outras 
doenças reumáticas.
d) As espondiloartrites eram antigamente denominadas 
espondiloartropatias soronegativas, devido à soronegatividade
para o fator reumatoide na maioria dos pacientes.
e) A espondilite anquilosante é a principal representante desse 
grupo de doenças e o seu sintoma mais marcante é a dor 
lombar e sacroilíaca que piora com o movimento.
Interatividade
As espondiloartrites são um grupo de doenças com características em comum. Sobre essas 
patologias, assinale a alternativa correta:
a) Fazem parte desse grupo a artrite reumatoide, a espondilite anquilosante, a artrite 
psoriásica e a síndrome de Reiter.
b) O principal acometimento musculoesquelético das espondiloartrites é a artrite simétrica de 
articulações periféricas, como mãos, pés e dedos.
c) Nesse grupo de doenças não há manifestações extra-articulares, como em outras 
doenças reumáticas.
d) As espondiloartrites eram antigamente denominadas 
espondiloartropatias soronegativas, devido à soronegatividade
para o fator reumatoide na maioria dos pacientes.
e) A espondilite anquilosante é a principal representante desse 
grupo de doenças e o seu sintoma mais marcante é a dor 
lombar e sacroilíaca que piora com o movimento.
Resposta
 O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma patologia autoimune crônica, que acomete 
predominantemente mulheres em fase reprodutiva (9 mulheres para 1 homem). 
 A principal marca do LES é a diversidade de sinais e sintomas, que pode variar ao longo do 
curso da doença, com períodos de exacerbações e remissões. 
 De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado à 
predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. 
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) 
 A base da doença é uma reação generalizada de autoimunidade, com produção de 
anticorpos contra componentes da própria célula.
 Entre todos os anticorpos encontrados no soro dos pacientes com lúpus, aqueles 
direcionados contra componentes do núcleo celular (anticorpos antinucleares) são os mais 
característicos e encontrados em 95% dos indivíduos com lúpus. 
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) 
Sistemas e órgãos mais comumente acometidos:
 Pele e mucosas
 Sistema renal
 Sistema nervoso central e periférico/desordens psiquiátricas
 Sistema cardiovascular
 Sistema pulmonar
 Sistema musculoesquelético
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – manifestações clínicas
 Artrite: principalmente em mãos, punhos e joelhos (simétrica); geralmente transitória, mas 
em 10% dos casos pode tornar-se crônica. Não é erosiva ou deformante como na AR.
 Mialgia e fraqueza muscular: associadas ao período de atividade da doença, acometendo 
principalmente os músculos quadríceps e deltoide.
 Muitos pacientes com LES podem desenvolver miopatias pelo uso prolongado de 
glicocorticoides e antimaláricos.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – manifestações musculoesqueléticas
Embora não haja cura, os portadorespodem experimentar extensos períodos de remissão, 
sem manifestações clínicas, até mesmo com o desaparecimento dos autoanticorpos. Algumas 
medidas incluem:
 Fotoproteção.
 Controle rigoroso de condições que podem agravar a aterosclerose, como hiperglicemia, 
hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e tabagismo.
 Tratamento medicamentoso de acordo com órgãos 
e sistemas acometidos.
 Glicocorticoides (ação imunossupressora e anti-inflamatória) 
e antimaláricos.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – tratamento 
 A atividade física regular auxilia na redução do risco cardiovascular, pois contribui para o 
controle do peso, da glicemia, da pressão arterial e dos níveis lipídicos, além de combater a 
fadiga e melhorar a qualidade de vida. 
 Podem ser realizados exercícios aeróbicos leves, como caminhadas, natação 
ou hidroginástica.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – fisioterapia 
 Exercícios de fortalecimento muscular: pacientes com lúpus podem apresentar perda de 
força considerável em determinados grupos musculares, principalmente após um período de 
atividade da doença. Podem ser usadas faixas elásticas, resistência manual, peso do próprio 
paciente, halteres e exercícios funcionais.
 Na presença de artrite: repouso relativo em fases agudas (principalmente se há sinais 
inflamatórios). A fisioterapia deve incluir exercícios de mobilização passiva ou exercícios 
ativos leves. Exercícios isométricos suaves ajudam a evitar ou minimizar a atrofia muscular.
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – fisioterapia 
 A esclerodermia é uma doença autoimune caracterizada pelo enrijecimento da pele com 
fibrose dos tecidos envolvidos.
 Como em outras doenças autoimunes, acredita-se que um fator ambiental, em um indivíduo 
geneticamente predisposto, ativaria o sistema imunológico com a liberação de citocinas, 
proliferação dos fibroblastos, produção de colágeno e fibrose.
Esclerodermia
Esclerodermia
Fonte: Klippel (2008).
Fonte: autoria própria.
 Como regra geral, a esclerodermia localizada é uma doença autolimitada. Às vezes, lesões 
novas podem aparecer, mas, ao final, a doença regride. 
 Fisioterapia regular é essencial, especialmente nos casos de esclerodermia localizada do 
tipo linear, para prevenir o desenvolvimento de contraturas e deformidades.
Esclerodermia localizada – fisioterapia 
Fonte: Zancaro et al. (2009).
 Uso de hidratante nas mãos e evitar a exposição ao frio.
 Visitas regulares ao dentista devido à microstomia (“boca pequena”).
 Evitar o tabaco (vasoespasmo).
 Tratamento farmacológico: imunossupressores são utilizados para regular a autoimunidade e 
vasodilatadores que buscam melhorar a circulação dos tecidos.
 Fisioterapia: manutenção da ADM (alongamentos, exercícios 
ativos e passivos, de acordo com as necessidades de cada 
indivíduo), calor, hidroterapia.
 Exercícios para os músculos da face.
Esclerose sistêmica – tratamento
Com relação à esclerodermia, assinale a alternativa correta:
a) A base dessa patologia é uma proliferação exagerada dos fibroblastos, com consequente 
produção de colágeno e formação de fibrose.
b) O Fenômeno de Raynaud é um dos primeiros sintomas da esclerose sistêmica e consiste 
na vasodilatação capilar, que torna os dedos avermelhados.
c) Morfeia, Golpe de Sabre e esclerodermia linear são subtipos da esclerose sistêmica.
d) Como se trata de uma patologia que acomete a pele, a fisioterapia não tem um 
papel relevante.
e)Tanto na esclerodermia localizada quanto na esclerose 
sistêmica, não há acometimento de outros órgãos ou sistemas, 
sendo a pele o foco da fibrose.
Interatividade
Com relação à esclerodermia, assinale a alternativa correta:
a) A base dessa patologia é uma proliferação exagerada dos fibroblastos, com consequente 
produção de colágeno e formação de fibrose.
b) O Fenômeno de Raynaud é um dos primeiros sintomas da esclerose sistêmica e consiste 
na vasodilatação capilar, que torna os dedos avermelhados.
c) Morfeia, Golpe de Sabre e esclerodermia linear são subtipos da esclerose sistêmica.
d) Como se trata de uma patologia que acomete a pele, a fisioterapia não tem um 
papel relevante.
e)Tanto na esclerodermia localizada quanto na esclerose 
sistêmica, não há acometimento de outros órgãos ou sistemas, 
sendo a pele o foco da fibrose.
Resposta
 Faz parte de um grupo de patologias denominadas miopatias inflamatórias idiopáticas (MII).
 A etiologia das miopatias inflamatórias ainda não está totalmente esclarecida, mas são 
consideradas doenças autoimunes, com componente genético e ambiental.
 A DM é uma doença rara na infância, sendo mais comum na fase adulta. Quando ocorre 
antes dos 16 anos, o termo dermatomiosite juvenil é empregado. 
 A principal manifestação é a fraqueza proximal e simétrica de cinturas escapular e pélvica e 
de musculatura cervical. 
Dermatopolimiosite (DM)
Outras manifestações incluem:
 Lesões de pele.
 Acometimento pulmonar (pneumonia aspirativa, hipoventilação por fraqueza muscular).
 Acometimento cardíaco (pericardite, insuficiência cardíaca).
 Disfagia.
 Fenômeno de Raynaud.
 Artralgia e artrite não erosiva.
 Risco aumentado para desenvolvimento de neoplasias.
Dermatopolimiosite (DM)
Fonte: Chu (2019).
 Dosagem sérica de enzimas musculares (CK, LDH, TGO, TGP).
 Biópsia muscular: inflamação e necrose.
 Eletroneuromiografia: é usada para estudar a atividade funcional dos músculos, que está 
alterada em até 90% dos pacientes. 
 Exame de autoanticorpos: o fator antinuclear (FAN) é positivo 
em 80% dos pacientes; a presença de alguns autoanticorpos 
específicos, como o Anti-Mi-2, também é indicativa 
da dermatomiosite.
Dermatopolimiosite – diagnóstico 
 Tratamento farmacológico: imunossupressores (corticoides, metotrexato, entre outros).
 Acompanhamento fonoaudiológico.
 Acompanhamento com nutricionista.
 Fisioterapia respiratória e motora.
Obs.: a avaliação minuciosa da função muscular (principalmente 
de músculos da cintura escapular e pélvica) é importante para 
conhecer o grau de fraqueza do paciente e verificar a presença 
de possíveis encurtamentos. A base do programa de exercícios 
é o fortalecimento, que deve ser realizado dentro da tolerância 
do paciente.
Dermatopolimiosite – tratamento 
Artrite idiopática juvenil
 É definida como artrite de etiologia desconhecida, porém fatores genéticos e ambientais 
estão relacionados com a doença que também acomete outros órgãos, como a pele, os 
olhos e o coração.
 O início se dá antes dos 16 anos de idade com persistência de pelo menos 6 semanas.
 Pode haver sintomas sistêmicos, como febre, anorexia, fadiga e atraso no crescimento. 
 Exame laboratoriais: níveis elevados de VHS e PCR; FA e FAN positivos.
 Exames de imagem: osteopenia, erosões ósseas.
 Tratamento: anti-inflamatórios, DMARDs.
 Fisioterapia.
Doenças inflamatórias da infância
Febre reumática
 É uma doença autoimune aguda que ocorre por resposta decorrente de faringite causada 
pelo Streptococcus pyogenes, também conhecido como estreptococo do grupo A (EGA), 
em um indivíduo com predisposição genética.
 Em países em desenvolvimento, a FR continua sendo importante problema de saúde 
pública, porém é rara nos países desenvolvidos. A FR afeta especialmente crianças 
e adultos jovens. 
 Manifestações clínicas: acomete principalmente as 
articulações, o coração e o sistema nervoso central (SNC). 
O acometimento de cada articulação geralmente não 
ultrapassa uma semana e não costuma deixar sequelas.
Doenças inflamatórias da infância
 As artrites microcristalinas, também chamadas de doenças por deposição de cristais, são 
caracterizadas por processo inflamatório articular e periarticular em resposta aos 
microcristais formados e depositados nos tecidos.
 A gota é a artrite microcristalina mais comum, associada à deposição de cristais de urato 
monossódico (UMS). 
 Porém, existem outras condições associadas ao acúmulode diferentes cristais, como cristais 
de pirofosfato de cálcio (PFC), cristais de apatita, cistina, tirosina, colesterol, oxalato de 
cálcio e fosfato de alumínio (descritos em pacientes dialisados por muito tempo).
Artropatias microcristalinas
 Está associada à hiperuricemia, ou seja, aumento dos níveis de ácido úrico no sangue, além 
de seu ponto de saturação. 
 A gota ocorre principalmente em homens e mulheres na pós-menopausa.
Diferentes hábitos de vida podem interferir no nível sérico do ácido úrico e no risco de gota:
 Alimentos como carne vermelha, peixes, frutos do mar e 
miúdos (fígado e rim). 
 Aumento do consumo de álcool.
 Obesidade.
Gota
Fatores que facilitam a precipitação do urato: 
 baixas temperaturas
 acidose
 exposição a traumas mecânicos
 Presença dos cristais de urato: reação inflamatória.
 O quadro clínico da crise de gota aguda é uma artrite com 
sinais clássicos inflamatórios de dor. O hálux é a articulação 
mais frequentemente envolvida na primeira crise, quadro 
denominado podagra.
Gota
Fonte: Santos (2016).
 Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de cristais 
de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos, 
joelhos, pés e orelhas, denominados tofos.
 Quase sempre a crise de gota é autolimitada, resolvendo em uma a duas semanas. 
 A destruição da cartilagem articular e erosão óssea observadas à radiografia é um processo 
tardio na gota crônica.
Gota
 Educação e orientação.
 Tratamento farmacológico: anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), corticoesteroides, 
colchicina e alopurinol.
 Controle do peso e dieta adequada (redução do consumo de frutos do mar, sardinhas, carne 
vermelha, miúdos e feijão). 
 Redução do consumo de álcool.
Gota – tratamento 
 Fase aguda: repouso relativo é recomendado, evitando toda e qualquer sobrecarga que 
aumente a dor na região acometida. Crioterapia é contraindicada, pois pode causar a 
precipitação de cristais.
 No caso de doença crônica, a avaliação e o acompanhamento articular são imprescindíveis. 
Exercícios para manter a mobilidade, força e função devem fazer parte da reabilitação, 
sempre de forma individualizada para as necessidades de cada paciente.
Gota – tratamento 
Sobre a dermatopolimiosite, assinale a alternativa correta:
a) É uma doença reumática comum, que tem como principal característica 
o acometimento cutâneo.
b) Sua principal manifestação é a fraqueza proximal e simétrica da musculatura 
escapular e pélvica.
c) Seu tratamento é não medicamentoso, com fisioterapia e orientações.
d) É mais prevalente em crianças, e os primeiros sintomas se iniciam por volta dos 3 anos.
e) A biópsia muscular e os exames laboratoriais não evidenciam 
alterações, sendo o diagnóstico exclusivamente pela história 
clínica e pelo exame físico.
Interatividade
Sobre a dermatopolimiosite, assinale a alternativa correta:
a) É uma doença reumática comum, que tem como principal característica 
o acometimento cutâneo.
b) Sua principal manifestação é a fraqueza proximal e simétrica da musculatura 
escapular e pélvica.
c) Seu tratamento é não medicamentoso, com fisioterapia e orientações.
d) É mais prevalente em crianças, e os primeiros sintomas se iniciam por volta dos 3 anos.
e) A biópsia muscular e os exames laboratoriais não evidenciam 
alterações, sendo o diagnóstico exclusivamente pela história 
clínica e pelo exame físico.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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