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- -1 APARELHO LOCOMOTOR UNIDADE 3 - QUAIS OSSOS, ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS FAZEM PARTE DOS MEMBROS SUPERIORES? Ricardo Cavalcante Oliveira Santos; Vivian Alessandra Silva - -2 Introdução Muitas atividades que realizamos diariamente são possibilitadas pelos membros superiores, que envolvem as articulações do ombro, do cotovelo, do punho e da mão. No entanto, também temos outra estrutura que faz parte desse complexo, que é a cintura escapular, a qual inclui a escápula e a clavícula. Você já parou para pensar que uma das principais funções do membro superior é possibilitar o movimento dos dedos da mão? Desde o ombro até o punho, todas as estruturas vão se conectando, a fim de chegar até os dedos e viabilizar que eles realizem os movimentos necessários para nossa rotina. Já imaginou o quanto seus membros superiores se movimentam diariamente e você nem se dá conta disso? Muitos movimentos são realizados de forma tão automática que não há a necessidade de parar e pensar no comando que será dado para cada músculo, articulação, tendão, de como o neurônio realizará o estímulo até chegar o comando no músculo para a realização do movimento. Você já percebeu? Tudo isso é feito em frações de milésimos de segundos e, assim, uma ação complexa, como tocar uma música ao piano, torna-se rápida e automática para o músico, pois todas as estruturas do membro superior estarão trabalhando de forma equilibrada e conjunta. Mas quais são os ossos, os músculos e as articulações que compreendem os membros superiores? É o que vamos estudar a partir de agora. Acompanhe! 3.1 Esqueleto do cíngulo do membro superior e da parte livre Estudaremos agora a estrutura do esqueleto humano, que é considerado o responsável pela sustentação do corpo. O corpo humano é composto por 206 ossos, a maioria em pares, já que em várias partes do corpo temos ossos dos lados direito e esquerdo. Na realidade, quando nascemos, temos mais do que essa quantidade de ossos, porque, durante nosso crescimento e desenvolvimento, alguns ossos se fundem, casos de ossos da coluna vertebral, como sacro e cóccix. O esqueleto apendicular possui os 126 ossos e está relacionado com os cíngulos e a parte livre dos membros superiores e inferiores. Nosso corpo tem uma variedade fantástica de ossos, de tipos diferentes, tamanho, formatos. Já imaginou se todos ossos fossem iguais? Como poderíamos ter os ossos da coxa iguais aos ossos dos dedos? Essa é a fascinante diversidade que o corpo humano apresenta. Continue conosco neste estudo! 3.1.1 Ossos do cíngulo e da parte livre do membro superior O cíngulo do membro superior envolve duas estruturas: a escápula e a clavícula. Tenha em mente que sua principal função é a união dos ossos da parte livre do membro superior ao esqueleto axial. Osso posterior do cíngulo do membro superior, a é um osso grande, triangular e achatado. Ela éescápula formada por uma face costal, anterior e em contato com as costelas e uma face posterior. Possui três margens (superior, medial e lateral), além da espinha da escápula, a qual atravessa horizontalmente o corpo da escápula e é facilmente palpável. Na extremidade da espinha da escápula, encontra-se o acrômio que, por sua vez, é outra importante estrutura, pois se articula com a clavícula. A escápula também é formada pelo processo coracoide, que é semelhante a um dedo flexionado, servindo para inserções musculares e está localizado na face costal. IARA Nota Unmarked definida por IARA IARA Realce IARA Realce componentes do cíngulo do membro sup. IARA Realce função do cíngulo IARA Realce - -3 Figura 1 - Acidentes ósseos da escápula. Fonte: Tefi, Shutterstock, 2019. Quando uma costureira vai medir seu dorso para poder tirar a medida necessária para fazer uma roupa, é a partir do acrômio que essa medida é feita. O úmero, osso do braço, será encaixado justamente em uma região chamada de cavidade glenoidal que fica abaixo do acrômio. IARA Retângulo parte da escápula que se articula com a clavícula IARA Retângulo inserções musculares da escápula IARA Retângulo local na escápula onde o úmero será encaixado - -4 Existem algumas fossas na escápula. Clique e veja quais são. Fossa supraespinal Onde é inserido o músculo supraespinal. Fossa infraespinal Onde é inserido o músculo infraespinal. Fossa subescapular Onde é inserido o músculo subescapular. Nome originário do latim , que significa “chave de porta”, o osso da recebeu esse nome por terclavis clavícula um aspecto semelhante a uma maçaneta de porta curta. É o osso anterior do cíngulo do membro superior com formato de “S” e alongado, localizado horizontalmente na região anterior do tórax e acima da primeira costela. A clavícula é superficial, o que significa dizer que fica debaixo da pele, o que facilita sua palpação. Sua metade medial é convexa e a metade lateral é côncava, sendo mais curvada nos homens do que nas mulheres. A extremidade medial, conhecida como extremidade esternal, é arredondada e articula-se com o manúbrio do esterno formando a articulação esternoclavicular. A extremidade lateral ou extremidade acromial é larga e plana e articula-se com o acrômio da escápula, formando a articulação acromioclavicular (CAEL, 2013). O tubérculo conoide na face inferior da extremidade lateral do osso é ponto de inserção do ligamento conoide, que liga a clavícula à escápula. Como o próprio nome sugere, a na faceimpressão do ligamento costoclavicular inferior da extremidade esternal é onde ocorre a inserção do ligamento costoclavicular, que conecta a clavícula à primeira costela (TORTORA; DERRICKSON, 2015). VOCÊ SABIA? Antigamente, a escápula era chamada de “omoplata”, palavra de origem grega, , queomoplaté significa “o osso largo e plano que une ou que é igual ao outro”. Nos anos 1990, ele teve seu nome atualizado para “escápula”, que tem origem no latim , simplesmente porscapula descrever melhor sua aparência, pois o nome atual significa “osso que tem forma de espátula”. IARA ESTUDO - -5 Figura 2 - Clavícula e seus acidentes ósseos. Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2015, p. 240. A clavícula e a escápula são ossos movimentados pelos músculos toracoapendiculares e sua frágil articulação com o úmero conferem grande mobilidade à parte livre do membro superior. Vamos conferir se você sabe identificar os acidentes ósseos da escápula e da clavícula? A clavícula é um dos ossos do membro superior que mais sofrem fratura. É mais frequente em crianças que se apoiam na mão durante a queda ou quando a queda ocorre sobre o ombro, como nos casos de motoqueiros. O músculo esternocleidomastoideo se insere na clavícula e, quando há fratura, sua contração pode tracionar o segmento ósseo para cima, aumentando a separação entre os segmentos. Esse tipo de fratura é chamado de fratura por avulsão. ligamento conoide IARA Retângulo ligamento na face inferior da clavícula, que conecta a clavícula à escápula IARA Retângulo ligamento na face inferior da clavícula, que conecta a clavícula à primeira costela IARA Chamada articulação da extremidade lateral (extremidade acromial) com o acrômio da escápula IARA Chamada articulação da extremidade medial da clávicula (extremidade esternal), com o manúbrio do esterno IARA Realce músculo que movimentam a clavícula e a escápula IARA ESTUDO - -6 Figura 3 - Radiografia do tórax. Observe a fratura da clavícula esquerda no círculo vermelho. Fonte: Suttha Burawonk, Shutterstock. 2019. Quando denominamos parte livre do membro superior, estamos nos referindo aos ossos que fazem parte do braço, do antebraço e da mão. Vamos, neste momento, detalhar os ossos que compõem a parte livre do membro superior. Clique nas setas e continue acompanhando! Único osso que constitui o braço, o tem na sua extremidade superior uma cabeça redonda que se articulaúmero com a cavidade glenoidal da escápula, formando a articulação do ombro. Nos ossos longos, como o úmero, existe algo chamado de cartilagem epifisial, que é uma placa formada por cartilagem hialina encontrada em crianças e adolescentes durantea fase de crescimento. A cartilagem epifisial permite o crescimento ósseo em comprimento, por crescimento endocondral. Após se tornar adulto, o osso não crescerá mais, então essa placa é substituída pela linha epifisial. Nesse local do úmero, encontramos o colo anatômico. Lateral e distalmente ao colo, está o tubérculo maior, uma projeção palpável, e anteriormente a ele o tubérculo menor. Entre eles, temos o chamado “sulco intertubercular” para separá-los. O corpo, ou diáfise, do úmero é quase cilíndrico em sua extremidade proximal, mas, de maneira gradativa, torna- se triangular até se achatar e alargar em sua extremidade distal. Lateralmente, há uma área rugosa em forma de V chamada . Essa regiãotuberosidade para o músculo deltoide serve para a inserção dos tendões do músculo deltoide. Na face posterior do úmero, há o ,sulco do nervo radial que percorre a tuberosidade deltoidea e contém o nervo (TORTORA; DERRICKSON, 2015). Alguns acidentes anatômicos podem ser vistos na região epífise do úmero. Clique e confira. Capítulo Protuberância arredonda que se articula com a cabeça do rádio. Tróclea Localizada medialmente ao capítulo, articula-se com a incisura troclear da ulna. Fossa radial Uma depressão posicionada anteriormente ao capítulo e só se articula com a cabeça do rádio, quando flexionamos o antebraço. Fossa do olécrano Quando estendemos o antebraço, essa depressão posterior se conecta com o olécrano da ulna. Fossa coronoidea Quando flexionamos o antebraço, essa depressão anterior se conecta com o processo coronoide da ulna. IARA Retângulo fratura por avulsão IARA Realce articulação do úmero com a cavidade glenoidal da escápula. IARA Realce cartilagem que permite o crescimento ósseo em comprimento, por crescimento endocondral. IARA Realce Único osso que constitui o braço - -7 Quando flexionamos o antebraço, essa depressão anterior se conecta com o processo coronoide da ulna. Epicôndilos Podem ser laterais ou mediais e são projeções dos dois lados da região distal do úmero, que recebem a maioria dos tendões do antebraço. Na imagem abaixo, podemos observar a maior parte dos acidentes ósseos do úmero, tanto na vista anterior quanto na vista posterior. VOCÊ SABIA? Se você palpar a face posterior do epicôndilo medial, você sentirá o nervo ulnar. Com essa exposição, ele é facilmente alvo de pancadas leves e se torna o responsável por aquele ‘choque’ que sentimos no cotovelo. Isso porque a função de um nervo é comunicar ao sistema nervoso central as sensações de percepção de temperatura, tato, dor etc. Quando há uma batida nessa região, o nervo provoca uma descarga elétrica gerando uma falsa informação de dor. IARA Realce - -8 Figura 4 - Acidentes ósseos do úmero. Fonte: Achiichiii, Shutterstock, 2019. A é localizada na região medial do antebraço. Na epífise proximal, encontramos posteriormente o olecrano,ulna que é justamente a protuberância do cotovelo, e anteriormente encontramos o processo coronoide. O olécrano e o processo coronoide articulam-se com a tróclea do úmero. Ainda entre o olecrano e o processo coronoide, existe uma curvatura chamada de incisura troclear, a qual é formada a articulação do cotovelo. Inferior e lateralmente a essa inscisura, encontramos outra, a denominada incisura radial que, por sua vez, articula-se com a cabeça do rádio. Após o processo coronoide, podemos evidenciar a tuberosidade da ulna, local em que ocorre a inserção do músculo braquial. Na região distal, a ulna é composta por uma cabeça, que é separada do punho por uma cartilagem fibrosa. Por fim, temos o processo estiloide, que é visto na parte posterior dessa região distal e ali insere-se o ligamento colateral ulnar. Outro osso do antebraço é o , porém ele está localizado na região externa ou lateral e apresenta umarádio constituição mais estreita na parte proximal e mais larga na distal. A cabeça do rádio, que está na epífise proximal, liga-se ao capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna. Abaixo da cabeça, temos o colo do rádio e, mais abaixo, a tuberosidade do rádio, que é o local em que o músculo bíceps braquial é inserido. Na face lateral desse osso, temos o , que facilmente é palpado próximo ao carpo. Nele, ocorre a inserção doprocesso estiloide músculo braquiorradial e o ligamento colateral radial do punho, em sua região mais distal há a ,incisura ulnar que se conecta com a cabeça da ulna. Esses dois ossos, rádio e ulna, formam com o úmero a articulação do cotovelo. Unindo a diáfise (corpo) do rádio IARA Chamada região do úmero formado pelo sulco que divide a cabeça em tubérculos maior e menor IARA Retângulo Uma depressão posicionada anteriormente ao capítulo e só se articula com a cabeça do rádio, quando flexionamos o antebraço. IARA Retângulo Quando flexionamos o antebraço, essa depressão anterior se conecta com o processo coronoide da ulna. IARA Retângulo Quando estendemos o antebraço, essa depressão posterior se conecta com o olécrano da ulna. IARA Retângulo Localizada medialmente ao capítulo, articula-se com a incisura troclear da ulna. IARA Retângulo projeções dos dois lados da região distal do úmero, que recebem a maioria dos tendões do antebraço. IARA Retângulo Protuberância arredonda que se articula com a cabeça do rádio. IARA Retângulo região do úmero que serve para a inserção dos tendões do músculo deltoide. IARA Retângulo região do úmero na face posterior do úmero, há o sulco do nervo radial, que percorre a tuberosidade deltoidea e contém o nervo IARA Realce localizada na região medial do antebraço - -9 Esses dois ossos, rádio e ulna, formam com o úmero a articulação do cotovelo. Unindo a diáfise (corpo) do rádio e da ulna, há a membrana interóssea do antebraço, uma faixa de tecido conjuntivo que impede que esses ossos se separem, mesmo quando carregamos peso com o antebraço. Figura 5 - Ossos do antebraço. Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2015, p. 245. O ou região do carpo consiste em oito pequenos ossos que estão unificados por ligamentos, sendo aspunho articulações entre esses ossos chamadas de articulações intercarpais. Saiba que os nomes dos ossos estão relacionados aos formatos deles. Na linha proximal (indo de lateral para medial), temos: escafoide; semilunar; piramidal; pisiforme. Na linha distal (também indo de lateral para medial), temos: trapézio, trapezoide, capitato, hamato. O capitato entre todos os ossos do carpo é o maior deles. Em fraturas no carpo, segundo Severo (2018), 60% dos casos ocorrem no osso escafoide, sendo o traumaet al. mais comum a hiperextensão com desvio ulnar. Esse tipo de fratura ocorre, por exemplo, quando escorregamos e, ao cair, apoiamos a palma da mão no chão para nos proteger do choque. A estrutura denominada túnel do carpo, que gera uma série de lesões que serão estudadas ao final desta unidade, é formada por um espaço côncavo entre os ossos pisiforme e hamato do lado ulnar e dos ossos trapézio e escafoide do lado radial. Estes são cobertos por feixes fibrosos de tecido conjuntivo, também conhecidos como retináculo dos músculos flexores. Por esse túnel, passa o nervo mediano e os tendões flexores dos dedos e do polegar. IARA Retângulo visto na parte posterior dessa região distal e insere-se o ligamento colateral ulnar IARA Retângulo protuberância do cotovelo IARA Retângulo articula-se com a incisura radial IARA Retângulo inserção do músculo braquial IARA Retângulo parte posterior dessa região distal e ali insere-se o ligamento colateral ulnar. IARA Retângulo músculo bíceps braquial é inserido IARA Retângulo face lateral, facilmente palpado próximo ao carpo. Nele, ocorre a inserção do músculo braquiorradial e o ligamento colateral radial do punho, em sua região mais distal há a incisura ulnar, que se conecta com a cabeça da ulna. IARA Retângulo faixa de tecido conjuntivo que impede que esses ossos se separem IARA Realce IARA Chamada articulação entre o olécrano e o processo coronoide articulam-se com a tróclea do úmero e existe uma curvatura chamada de incisura troclear IARA Realce articulaçãoque o rádio e ulna, formam com o úmero - -10 polegar. O é a região da palma da mão que possui cinco ossos metarcapais numerados de I a V, iniciando ametacarpo contagem de lateral para medial. Esses ossos se articulam com o carpo, para formar as articulações carpometacarpais, e às falanges proximais para, juntos, formarem as articulações metacarpo falangeanas. Figura 6 - Ossos do punho e mão. Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2015, p. 247. Mais conhecidas como ossos dos dedos, também são numerados de I a V, iniciando a contagem pela região lateral, as formam a parte mais distal da mão. Cada mão possui 14 falanges em seus cinco dedos, issofalanges porque o dedo polegar possui duas falanges (proximal e distal), enquanto os demais possuem três falanges (proximal, média e distal). Os dedos, de lateral para medial, são chamados de polegar ou primeiro dedo, II dedo, III dedo, IV dedo e V dedo. Vamos conferir se você sabe identificar os acidentes ósseos da parte livre do membro superior? VOCÊ O CONHECE? O corpo humano é formado por 206 ossos. Agora, imagine passar por mais do que o dobro desse número em fraturas. Pois é o que ocorreu com um dublê norte-americano chamado Robert Craig Knievel, mais conhecido como Evel Kienevel, que sofreu 433 fraturas em 35 ossos diferentes ao longo da sua carreira. Na mais grave delas, ficou 29 dias em coma. E como ele morreu? Com uma fibrose pulmonar em 30 de novembro de 2007, ou seja, algo sem relação com suas fraturas anteriores. IARA Retângulo Em fraturas no carpo, 60% dos casos ocorrem no osso escafoide, sendo o trauma mais comum a hiperextensão com desvio ulnar. Esse tipo de fratura ocorre, por exemplo, quando escorregamos e, ao cair, apoiamos a palma da mão no chão para nos proteger do choque. IARA Chamada Articulações carpometacarpais IARA Chamada Articulações metacarpo falangeanas - -11 Vamos conferir se você sabe identificar os acidentes ósseos da parte livre do membro superior? Clique nas abas e confira mais sobre a localização das principais fraturas na parte livre do membro superior. Colo cirúrgico do úmero Mais frequentes em pessoas idosas com osteoporose. Pode comprometer o nervo axilar, que inerva todos os músculos extensores da parte posterior do membro superior. Ulna e rádio Em crianças mais frequentemente ocorrem fraturas incompletas do tipo galho verde. Em adultos é mais frequente em indivíduos idosos com osteoporose, nos quais ocorre a fratura na região distal do rádio e da ulna. Escafoide Frequentemente fraturado quando se apóia a mão no chão para proteger-se uma queda. Dos ossos do carpo é o que mais sofre fraturas. Para conhecer mais sobre o membro superior, observe a figura abaixo. Figura 7 - Radiografia do membro superior. A. Radiografia anteroposterior do antebraço. B. Radiografia de perfil do antebraço. C. Radiografia anteroposterior da mão. Fonte: samunella/joel bubble ben. Shutterstock, 2019. Conhecer os acidentes ósseos é fundamental para compreender quais movimentos executam uma articulação e como os músculos agem. Agora que já conhecemos todos os ossos do membro superior, passaremos ao estudo das articulações. Continue acompanhando! IARA Realce Mais frequentes em pessoas idosas com osteoporose. Pode comprometer o nervo axilar, que inerva todos os músculos extensores da parte posterior do membro superior. IARA Realce Em crianças mais frequentemente ocorrem fraturas incompletas do tipo galho verde. Em adultos é mais frequente em indivíduos idosos com osteoporose, nos quais ocorre a fratura na região distal do rádio e da ulna. IARA Realce Frequentemente fraturado quando se apóia a mão no chão para proteger-se uma queda. Dos ossos do carpo é o que mais sofre fraturas - -12 3.2 Fisiologia das articulações do ombro, cotovelo, punho e mão Neste tópico, abordaremos, de forma mais detalhada, as articulações do membro superior (ombro, cotovelo, punho e mão) e sua fisiologia articular. Tão importante quanto conhecer quais são as articulações é compreender seus componentes e as funções que cada um possui para que a articulação fique preservada e tenha uma boa condição fisiológica. Talvez você se pergunte: “Mas a articulação não é apenas a estrutura que realiza a ligação entre os ossos permitindo que haja movimento?” ou então “Quantas estruturas mais são necessárias para que tais movimentos sejam realizados?”. É justamente isso que veremos a seguir. Continue acompanhando! 3.2.1 Componentes articulares A é classificada como esferoide e formada pela cabeça do úmero e pela cavidadearticulação do ombro glenoidal da escápula. Ela é composta anatomicamente por: • cápsula articular: uma bolsa fina e frouxa que reveste externamente a articulação; • ligamento coracoumeral: estrutura forte e larga que reforça a parte antero-superior da cápsula articular; • ligamento glenoumeral: três ligamentos que estabilizam a articulação quando o úmero excede ou chega perto de exceder seus limites de movimento; • ligamento transverso do úmero: tem uma função de retináculo, ou seja, de segurar a cabeça longa do músculo bíceps braquial; • lábio glenoidal: uma cartilagem fibrosa pequena e estreita, em formato de anel ao redor da cavidade glenoidal; • bolsas sinoviais: são sacos formados por membrana sinovial que circundam um tendão ou ligamento. As bolsas produzem líquido sinovial para lubrificar a estrutura que ela envolve e o deslizamento entre duas estruturas. São frequentes no ombro e cotovelo. Sua inflamação é chamada de bursite. Há três bolsas que têm relação com a articulação do ombro: bolsa subtendínea do músculo subescapular; bolsa subdeltoidea; bolsa subacromial. • • • • • • Todas as articulações sinoviais do nosso corpo são formadas por quatro elementos: • líquido sinovial; • cavidade articular; • cartilagem articular IARA Realce uma bolsa fina e frouxa que reveste externamente a articulação IARA Realce forte e larga que reforça a parte antero-superior da cápsula articular; IARA Realce três ligamentos que estabilizam a articulação quando o úmero excede ou chega perto de exceder seus limites de movimento IARA Realce uma função de retináculo, ou seja, de segurar a cabeça longa do músculo bíceps braquial; IARA Realce uma cartilagem fibrosa pequena e estreita, em formato de anel ao redor da cavidade glenoidal IARA Realce uma cartilagem fibrosa pequena e estreita, em formato de anel ao redor da cavidade glenoidal IARA Carimbo IARA Realce quais dois ossos que forma a articulação do ombro? - -13 Figura 8 - Articulação do ombro. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019. A articulação do ombro é a que possibilita o maior número de movimentos do corpo: flexão; extensão; rotação medial; rotação lateral; abdução; adução; circundução. Essa mobilidade é possível graças à frouxidão da capsula articular e o fato de a cabeça do úmero ser grande enquanto a cavidade glenoidal não se aprofunda muito. A é formada pelas articulações úmeroulnar e úmerorradial, é do tipo gínglimo e éarticulação do cotovelo formada por quatro estruturas: capitulo e tróclea do úmero, cabeça do rádio e incisura troclear da ulna. Ela conta com alguns componentes anatômicos importantes. Clique e confira! Cápsula articular VOCÊ QUER LER? Um bom artigo científico que pode aumentar seu conhecimento anatômico sobre a articulação do ombro, já trazendo para a prática profissional, foi escrito por Alvarenga et al. (2014). Ele trata sobre a melhoria na do arremesso em jogadoras de handebol. O artigo podeperformance ser lido em: .http://www.scielo.br/pdf/rbce/v36n3/0101-3289-rbce-36-03-0679.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbce/v36n3/0101-3289-rbce-36-03-0679.pdf IARA Retângulo ligamento trapezóide + ligamento conóide IARA Realce quais movimentos da articulação do ombro IARA Realce o que faz possível a grande mobilidade do ombro? IARA Realce articulações que forma a articulação do cotovelo IARA Realce articulação sinovial uniaxial, que permite apenas flexão e extensão IARA Realce estrutura que forma a articulação do cotovelo - -14 Cápsulaarticular A região anterior da cápsula e a posterior são delgadas e mais frágeis. Ligamento colateral ulnar Feixe triangular, mais frágil, reforça a cápsula articular na região mais medial. Ligamento colateral radial Feixe triangular, mais forte, reforça a cápsula articular na região mais lateral. Para conhecer mais sobre a articulação do cotovelo e a rediulnar proximal, observe a figura abaixo. Figura 9 - Articulação do cotovelo e rediulnar proximal. Fonte: MOORE 2019, p. 267. Saiba que os movimentos realizados pela articulação do cotovelo se limitam à flexão e à extensão. Na posição anatômica, há um ângulo de até 15° entre o braço e antebraço em homens e pouco maior de 15° em mulheres, de maneira que o antebraço tem uma posição divergente em relação ao tronco. Essa angulação é importante para a flexão do cotovelo, principalmente quando estamos transportando algo pesado nos braços. Nesse caso, o ângulo de transporte na articulação de cotovelo foca em torno de 170°. Outra articulação que encontramos no cotovelo é a radioulnar proximal, do tipo trocoide, que fica situada entre cabeça do rádio e incisura radial da ulna, com a função de gerar os movimentos de pronação, gira a palma da mão para posterior, e supinação, gira a palma da mão para anterior. A articulação radio-ulnar distal também é do tipo trocoide e fica situada entre a incisura ulnar e a cabeça da ulna. Participa dos movimentos de pronação e supinação, sendo que na pronação o rádio cruza sobre a ulna e depois descruza na pronação. IARA Realce IARA Realce IARA Realce IARA Retângulo IARA Retângulo Feixe triangular, mais frágil, reforça a cápsula articular na região mais medial IARA Retângulo Feixe triangular, mais forte, reforça a cápsula articular na região mais lateral IARA Retângulo articulação tipo trocoide, função de gerar os movimentos de pronação, gira a palma da mão para posterior, e supinação, gira a palma da mão para anterior. IARA Realce quais movimentos do radio ulnar distal IARA Retângulo qual ligamento de feixe de fibras muito forte que circunda a cabeça do rádio e a mantém contra a incisura radial da ulna durante a rotação - -15 Figura 10 - Pronação e supinação do antebraço. Fonte: Alila Medical Media. Shutterstock, 2019. Veja listados, abaixo, os componentes anatômicos da articulação radio-ulnar proximal e distal: • cápsula articular: prolongamento da cápsula articular da articulação do cotovelo na articulação radio- ulnar proximal e frouxa na articulação radio-ulnar distal para permitir a torção durante a pronação e supinação; • ligamento anular do rádio: um feixe de fibras muito forte que circunda a cabeça do rádio e a mantém contra a incisura radial da ulna durante a rotação; • disco articular: anel fibrocartilaginoso com formato triangular situado na articulação radio-ulnar distal, que amortece os movimentos repetitivos com o punho e confere congruência às faces articulares da cabeça da ulna e do osso semilunar do carpo. • • • IARA Retângulo movimento supinação IARA Retângulo movimento pronação IARA Realce permitir a torção durante a pronação e supinação; IARA Realce anel fibrocartilaginoso, que amortece os movimentos repetitivos com o punho - -16 Figura 11 - Articulações da mão. Fonte: CAEL, 2013, p. 140. A fica na região distal do rádio, conectando-se aos ossos escafoide, semilunar earticulação radiocarpal piramidal, e é do tipo condilar e biaxial. Pode realizar movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundunção do punho. Essa articulação permite que a mão entre em posição ótima para a pega. Em relação às articulações da mão, temos a , localizada entre os ossos proximais earticulação intercarpal distais do carpo. É do tipo plana e possibilita movimentos de deslizamento, mais flexão, extensão, abdução, adução e leve rotação da articulação mediocarpal. A possui uma divisão: articulação carpometacarpal do polegar, que é do tipoarticulação carpometacarpal selar; e articulação carpometacarpal dos dedos, que é plana. A primeira está localizada entre o trapézio e o primeiro metacarpal e a segunda entre os ossos carpais e do segundo ao quinto metacarpais. São capazes de proporcionar os movimentos de flexão, extensão, adução, abdução e circundunção do polegar e o deslizamento nos outros dedos. VAMOS PRATICAR? O tênis é um esporte que requisita muitos movimentos do punho. Desde a empunhadura da raquete até os movimentos de ataque à bola podem causar lesões. As lesões mais comuns no punho do tenista são a lesão do disco articular, principalmente no movimento de topspin, a lesão do osso hamato, no qual a raquete fica apoiada, e a tendinite dos extensores devido aos movimentos de extensão do punho. Uma das maneiras de evitá-las é manter a mobilidade e a distensibilidade dos elementos que compõem essa articulação, além de fortalecer a musculatura envolvida. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicar o que IARA Retângulo IARA Realce duas articulações: A primeira está localizada entre o trapézio e o primeiro metacarpal e a segunda entre os ossos carpais e do segundo ao quinto metacarpais. Movimentos de flexão, extensão, adução, abdução e circundunção do polegar e o deslizamento nos outros dedos. IARA Realce fica na região distal do rádio, conectando-se aos ossos escafoide, semilunar e piramidal, e é do tipo condilar e biaxial. Pode realizar movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundunção do punho. IARA Realce articulação entre os ossos proximais e distais do carpo. É do tipo plana e ossibilita movimentos de eslizamento, mais flexão, extensão, abdução, adução e leve rotação da articulação mediocarpal. - -17 Já a , localizada entre as cabeças dos ossos metacarpos e as bases proximaisarticulação metacarpofalangeana das falanges, é do tipo elipsoide e realiza movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundunção das falanges. Por fim, a , situada entre a cabeça da falange e a região distal dela, do tipo gínglimo,articulação interfalangeana realiza movimentos de flexão e extensão dos dedos. 3.3 Músculos do membro superior que agem na articulação do ombro e do cotovelo Estudaremos agora a variedade de músculos que possuímos nos membros superiores. Desde a região do ombro até a ponta de nossos dedos, uma grande quantidade de músculos existe para que cada pessoa seja capaz de realizar movimentos rotineiros. Todos os nossos músculos são formados pelo ventre muscular (região contrátil), pela fáscia muscular e pelos tendões. Os tendões podem ser classificados como: de origem (quando ficam fixos durante a contração muscular) ou de inserção (quando se deslocam durante a contração). Outro ponto importante é que, quando ocorre a contração muscular, o tendão de inserção sempre se desloca na direção do tendão de origem, aproximando-se dele. Músculos que atuam a favor de um movimento são chamados de músculos agonistas, e aqueles que atuam auxiliando os agonistas são ditos sinergistas. Os músculos que executam o movimento contrário ou de reposição do agonista são chamados de antagonistas. O controle neural dos músculos é realizado de forma voluntária e é bastante complexo. Uma grande área do Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicar o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica 2019. MOTUS HOMINIS. . 6 mar. 2018. Disponível em: Movimentos do punho em 3D https://youtu. . Acesso em: 26 ago. 2019.be/l1X-Ey4fYqo Situação-problema: Em sua casa, sente-se em uma cadeira próxima à ponta de uma mesa. Apoie a parte posterior do antebraço no canto da mesa e deixe o punho caindo para fora desse móvel,, de tal maneira que você possa movimentá-lo livremente. Executaremos os movimentos da articulação radiocarpal. Começaremos com os movimentos de flexão e extensão; para isso, feche a mão, como se estivesse preparandoum soco. Execute o movimento de flexão e extensão do punho seguidamente. Nesse movimento, o punho como um todo se aproxima do antebraço anteriormente e depois se afasta. O antebraço não se movimenta. Após isso, volte à posição inicial e execute os movimentos de abdução e adução do punho. Esses movimentos são bem curtos e você perceberá o polegar se aproximando do rádio na abdução e se afastando na adução. Volte novamente à posição anatômica e faça todos os movimentos de maneira sequencial: extensão, abdução, flexão e adução do punho. Para isso, flexione todos os dedos, feche a mão e perceba que o punho desenhará um círculo. Repita algumas vezes. Ao executar cada um destes movimentos observe: qual segmento do membro superior se move e qual fica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado? Quais desses movimentos podem promover lesão do disco articular do punho? https://youtu.be/l1X-Ey4fYqo https://youtu.be/l1X-Ey4fYqo IARA Realce articulação situada entre a cabeça da falange e a região distal dela, do tipo gínglimo, realiza movimentos de flexão e extensão dos dedos IARA Realce articulação entre as cabeças dos ossos metacarpos e as bases proximais das falanges, e realiza movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundunção das falanges IARA Realce Músculos que atuam a favor de um movimento? IARA Realce músculos que atuam auxiliando os agonistas IARA Realce músculos que executam o movimento contrário ou de reposição do agonista IARA Realce o que formam os músculos? IARA Realce quando ficam fixos durante a contração muscular IARA Realce quando se deslocam durante a contração IARA Realce - -18 O controle neural dos músculos é realizado de forma voluntária e é bastante complexo. Uma grande área do córtex cerebral se ocupa em executar precisamente os movimentos do membro superior. Não é fantástico como nosso corpo se comporta? Agora, que tal conhecermos cada músculo que compõe essa parte do corpo e como agem? Vamos identificar quais músculos realizam cada movimento do membro superior e que doenças podem estar relacionadas a eles? Acompanhe abaixo! 3.3.1 Músculos que agem na articulação do ombro Estes músculos promovem a flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral do ombro. Agora, detalharemos onde cada músculo está localizado, seus locais de origem e inserção e sua ação, com base nos autores Kendal (2007). Acompanhe!et al. O primeiro grupo de músculos forma o manguito rotador. São os músculos supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. Esses músculos e o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial dão estabilidade à articulação do ombro. Nessa articulação, a instabilidade ocorre devido à desproporção entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoidal, sendo que a maior parte da cabeça fica sem contato com a cavidade glenoidal. Os músculos supraespinal, infraespinal e redondo menor inserem-se no tubérculo posterior do úmero, e são responsáveis pela rotação lateral do ombro, enquanto o músculo subescapular faz a rotação medial. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um desses músculos. Músculo supraespinal Origem: fossa supraespinal da escápula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: rotação lateral da articulação do ombro e estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante movimentos dessa articulação. Músculo infraespinal Origem: fossa infraespinal da escápula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: rotação lateral da articulação do ombro e estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante movimentos dessa articulação. Músculo redondo menor Origem: margem lateral da escápula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: rotação lateral da articulação do ombro e estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante movimentos dessa articulação. Músculo subescapular Origem: fossa subescapular. Inserção: tubérculo menor do úmero. Ação: rotação medial da articulação do ombro e estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante movimentos dessa articulação. Segundo Carvalho (2016), cerca de 70% das dores no ombro são ocasionadas por lesões no manguitoet al. rotador. Outro nome dado é a síndrome do impacto, que é definida como uma patologia inflamatória e degenerativa, caracterizada por uma compressão de estruturas localizadas no espaço umerocoracoacromial, como o tendão do músculo supraespinal, a cabeça longa do bíceps braquial, a bolsa subacromial e a articulação acrômioclavicular. A síndrome do impacto acomete mais frequentemente esportistas, pois eles elevam o braço acima do ombro, em especial nos arremessos do tênis, vôlei, golfe e, muitas vezes, nos nadadores. Observe na figura abaixo como ocorre a compressão do músculo supraespinal contra o arco coracoacromial, promovendo a lesão. IARA Realce manguito rotador IARA Realce IARA Realce IARA Realce O manguito rotador é responsável por quais movimentos? - -19 Figura 12 - Lesão do manguito rotador por compressão do músculo supraespinal contra o arco coracoacromial. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019. A progressão dessa síndrome se dá de acordo com o efeito acumulativo do impacto, tendo a possibilidade de causar lesões nas estruturas citadas acima, chegando a uma fibrose na bolsa, ou até o rompimento do manguito rotador. O fato de o manguito rotador passar inúmeras vezes sobre o arco coracoacromial causa uma irritação no tendão do supraespinal e assim o espaço se torna cada vez menor. Esse constante atrito gera uma degeneração (METZKER, 2010). Qualquer pessoa que utiliza o braço estendido para o alto com frequência tende a sofrer esse tipo de lesão, até mesmo as donas de casa, ao pendurar roupa no varal, e os professores, ao escrever na lousa. Os músculos agonistas da flexão da articulação do ombro são os músculos peitoral maior (parte clavicular) e deltoide (parte anterior e média), sendo o músculo coracobraquial um sinergista. Os músculos agonistas da extensão desta articulação é o músculo deltoide (parte posterior) e os sinergistas são os músculos redondo maior, latíssimo do dorso e a cabeça longa do m. tríceps braquial. O músculo peitoral maior tem um formato de leque e divide-se em parte clavicular e esternocostal de acordo com a origem de suas fibras. A parte clavicular apresenta fibras em posição oblíqua com inserção no tubérculo maior do úmero. Essas fibras flexionam o ombro. A parte esternocostal tem fibras mais horizontais e aduzem o VOCÊ QUER VER? Você é daqueles que gosta de ver procedimentos cirúrgicos? Nossa sugestão de vídeo dá uma esclarecida sobre a síndrome do impacto e ainda mostra vídeos de uma intervenção cirúrgica. Você poderá ver as estruturas do corpo internamente. Acesse: https://www.youtube.com ./watch?v=Mqq0pjTOjAU https://www.youtube.com/watch?v=Mqq0pjTOjAU https://www.youtube.com/watch?v=Mqq0pjTOjAU IARA Realce IARA Realce quais os músculos agonistas e sinegista da flexão da articulação do ombro IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da extensão da articulação do ombro - -20 com a origem de suas fibras. A parte clavicular apresenta fibras em posição oblíqua com inserção no tubérculo maior do úmero. Essas fibras flexionam o ombro. A parte esternocostal tem fibras mais horizontais e aduzem o ombro quando este está flexionado. O músculo deltoide também apresenta formato de leque e divide-se em três partes: anterior, média e posterior. Utilizamos as partes anterior e posterior, principalmente, quando caminhamos e balançamos o membro superior ao lado do corpo para a frente (flexão) e para trás (extensão). O músculo latíssimo do dorso também apresenta formato de leque e estende, abaixa e faz rotação medial do úmero. Utilizamos esse músculo quando dobramos o braço para trás para coçar as costas, no nado , paracrawl elevar o tronco na direção do braço quando escalamos, subimos em uma árvore ou quando elevamos o corpo na barra. Com o músculo peitoral maior, forma a fossa axilar. Figura13 - Músculos que movimentam a articulação do ombro. Fonte: adike, Shutterstock, 2019. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos relacionados com a flexão e extensão do ombro. Músculo peitoral maior – parte clavicular - -21 Músculo peitoral maior – parte clavicular Origem: clavícula. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: flexionam e rodam medialmente a articulação do ombro e aduzem horizontalmente o úmero em direção ao ombro oposto. Músculo peitoral maior – parte esternocostal Origem: esterno. Inserção: tubérculo maior do úmero. Ação: aduz obliquamente o úmero em direção à crista ilíaca oposta. Músculo coracobraquial Origem: processo coracoide da escápula. Inserção: superfície medial da diáfise umeral, oposta à tuberosidade deltoide. Ação: flexiona e aduz a articulação do ombro. Músculo deltoide Origem das fibras anteriores: clavícula. Origem das fibras médias (parte acromial): acrômio. Origem das fibras posteriores: espinha da escápula. Inserção: tuberosidade deltoidea. Ação: abdução da articulação do ombro pelas fibras médias, com estabilização pelas fibras anteriores e posteriores. As fibras anteriores flexionam a articulação do ombro. As fibras posteriores estendem a articulação do ombro. Músculo redondo maior Origem: margem lateral da escápula. Inserção: tubérculo menor do úmero. Ação: estende, aduz e gira medialmente o úmero; eleva o corpo em direção aos braços durante a escalada. Músculo latíssimo do dorso Origem: vértebras T.VII à L.V, crista ilíaca e sacro. Inserção: sulco intertubercular. Ação: extensão, adução e rotação medial do úmero; eleva o corpo em direção ao braço. Os músculos agonistas da abdução do ombro são a parte média do músculo deltoide e o músculo supraespinal. A adução é realizada pelo músculo peitoral maior e latíssimo do dorso, sendo sinergistas o músculo redondo menor e a cabeça longa do músculo tríceps braquial. A origem, inserção e ação destes músculos foram descritas acima. É muito importante para os profissionais de saúde, em especial profissionais de Educação Física, Fisioterapia e Enfermagem serem capazes de localizar os músculos na superfície do corpo. Vamos treinar a localização no corpo de cada um dos músculos que movimentam a articulação do ombro? Os músculos descritos até o momento movimentam diretamente a articulação do ombro. Há, ainda, os músculos toracoapendiculares que movimentam indiretamente o ombro, pois atuam na escápula. Os movimentos escapulares são descritos abaixo. Clique e confira! Elevação As escápulas aproximam-se das orelhas. Os agonistas desse movimento são: a parte descendente do músculo trapézio, o músculo levantador da escápula e os músculos romboides maior e menor. Depressão As escápulas abaixam na direção das cristas ilíacas. Os agonistas desse movimento são: a ação da gravidade e a parte ascendente do m. trapézio. Protração As escápulas se afastam do plano mediano. Os agonistas desse movimento são: o músculo serrátil anterior e os peitorais maior e menor. IARA Realce quais os músculos agonistas da abdução da articulação do ombro IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da adução da articulação do ombro IARA Realce Elevação da escápulas IARA Realce Depressão da escápula IARA Realce Protração da escápula - -22 Retração As escápulas se aproximam do plano mediano. Os agonistas desse movimento são: a parte transversa do músculo trapézio e os músculos romboides maior e menor. Rotação As escápulas rodam para cima e para baixo, deslizando sobre as costelas. Os agonistas do deslizamento para cima é a parte descendente do músculo trapézio e para baixo o m. Latíssimo do dorso. Confira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos relacionados com os movimentos escapulares. Músculo peitoral menor Origem: terceira, quarta e quinta costelas. VAMOS PRATICAR? Muitos esportes utilizam o soco como movimento principal. O boxe e o muay thai estão entre eles. A boa performance do soco depende de diferentes fatores. A base de apoio e a postura, a mira no local adequado, a largada do soco com uma expiração e o uso do peso do corpo para aumentar o impacto são treinados exaustivamente pelos esportistas. O treinamento dos movimentos escapulares é essencial para que o soco seja preciso e explosivo. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicará o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica 2019. MOTUS HOMINIS. . 14 jun. 2018. Disponível em: Movimentos da escápula em 3D . Acesso em: 27 ago. 2019.https://youtu.be/APOEkqViCOg Situação-problema: Em sua casa, encontre um local com espaço em que você possa praticar alguns movimentos em segurança, sem esbarrar em móveis e objetos. Vamos executar os movimentos da escápula. Fique em posição anatômica. Começaremos com o movimento de elevação. Para isso, movimente as escápulas na direção das orelhas. Abaixe suavemente. Repita esse procedimento mais três vezes observando que inevitavelmente o úmero se movimentará com as escápulas. Volte à posição anatômica. Agora, faremos a depressão da escápula. Tente aproximar o ângulo inferior das suas escápulas do quadril. Repita esse procedimento mais três vezes. Volte à posição anatômica. Agora, faremos o movimento de retração das escápulas. Aproxime as duas escápulas da coluna vertebral e sinta o tórax expandindo. Repita esse procedimento mais três vezes. Volte à posição anatômica. Agora, faremos o movimento de protração das escápulas. Afaste as duas escápulas da coluna vertebral, perceba que os ombros se aproximam do o esterno, como se quisessem se unir anteriormente. Repita este procedimento mais três vezes. Volte à posição anatômica e vamos fazer o movimento de retração e protração de uma maneira diferente, como se estivéssemos socando o ar com os dois punhos simultaneamente. Flexione os cotovelos, eleve os braços na altura do ombro e estenda o cotovelo como se estivesse socando o ar, lentamente. Retorne lentamente, até levar as escápulas o máximo possível para próximo da coluna vertebral. Repita este procedimento mais três vezes. Ao executar cada um desses movimentos, observe: qual segmento do corpo se move e qual fica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado? Quais músculos são agonistas de cada um destes movimentos? https://youtu.be/APOEkqViCOg IARA Realce Retração da escápula IARA Realce Rotação da escápula - -23 Músculo peitoral menor Origem: terceira, quarta e quinta costelas. Inserção: processo coracoide da escápula. Ação: inclina a escápula anteriormente. Com a escápula estabilizada, auxilia na inspiração forçada. Músculo romboide maior Origem: processos espinhosos de T2 a T5. Inserção: margem medial da escápula. Ação: retração e elevação da escápula. Músculo romboide menor Origem: processos espinhosos C7 e T1. Inserção: espinha da escápula. Ação: retração da escápula. Músculo levantador da escápula Origem: processos transversos de C1 a C4. Inserção: margem medial da escápula. Ação: eleva a escápula. Músculo trapézio Origem das fibras superiores: protuberância occipital externa e processos espinhosos de C2 até C7. Origem das fibras médias: processos espinhosos de T1 a T5. Origem das fibras inferiores: processos espinhosos de T6 a T12. Inserção das fibras superiores: clavícula e acrômio. Inserção das fibras médias: acrômio e espinha da escápula. Inserção das fibras inferiores: espinha da escápula. Ação: as fibras superiores elevam a escápula. As fibras inferiores deprimem a escápula. As fibras transversas fazem a retração da escápula. Músculo serrátil anterior Origem: oito ou nove costelas superiores. Inserção: margem medial da escápula. Ação: protração da escápulao. O conhecimento da ação de cada um dos músculos estudados é fundamental o estudo da cinesiologia e da biomecânica. Por isso, aplique osconhecimentos da anatomia e fisiologia articular no vídeo interativo abaixo. Enfim, finalizamos o estudo da anatomia e fisiologia articular do ombro. Por ser a articulação com o maior grau de liberdade do corpo, seu estudo é extenso e complexo. Vamos passar para as demais partes do membro superior? Acompanhe. 3.3.2 Músculos que agem na articulação do cotovelo e radioulnar proximal e distal A articulação do cotovelo faz os movimentos de flexão e extensão. Os músculos agonistas da flexão do cotovelo são o bíceps braquial e braquial. O músculo braquiorradial atua como sinergista. Para a extensão do agonistam é o músculo tríceps braquial, e o músculo ancôneo atua como sinergista. Embora o normal seja o músculo bíceps braquial ter duas cabeças, cerca de 10% de indivíduos da raça branca e 20% da raça negra apresentam uma terceira cabeça no músculo bíceps braquial. Nesses indivíduos, a terceira cabeça surge como uma divisão da cabeça curta e apresenta a mesma inserção e inervação que as demais cabeça (ASVAT , 1993).et al. Conheça abaixo a origem e inserção de cada um dos músculos que atuam no cotovelo. Músculo bíceps braquial Origem da cabeça curta: processo coracoide da escápula. Origem da cabeça longa: tubérculo supraglenoidal da escápula. Inserção: tuberosidade do rádio. Ação: flexiona a articulação do cotovelo. A cabeça curta ajuda na adução do ombro e a cabeça longa na abdução. IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da flexão do cotovelo IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da extensão do cotovelo - -24 Ação: flexiona a articulação do cotovelo. A cabeça curta ajuda na adução do ombro e a cabeça longa na abdução. Músculo braquial Origem: face anterior do úmero. Inserção: tuberosidade da ulna. Ação: flexiona o cotovelo. Músculo tríceps braquial Origem da cabeça longa: tubérculo infraglenoidal da escápula. Origem da cabeça curta: face posterior do úmero. Origem da cabeça medial: face medial e posterior do úmero. Inserção: olécrano. Ação: estende a articulação do cotovelo. A cabeça longa auxilia a adução e a extensão dessa articulação. Músculo braquiorradial Origem: margem lateral do úmero. Inserção: processo estiloide do rádio. Ação: flexiona a articulação do cotovelo, além de auxiliar na pronação e supinação do antebraço. A articulação radioulnar proximal e distal realizam os movimentos de pronação e supinação do antebraço. A supinação sem resistência é realizada pelo músculo supinador, mas quando é necessário força para vencer alguma resistência o músculo bíceps braquial atua como sinergista. A pronação é feita principalmente pelo músculo pronador quadrado, na região distal do antebraço, com ajuda do músculo pronador redondo, na região proximal. Veja a seguir a origem e inserção dos músculos pronadores e supinadores do antebraço. Músculo pronador quadrado Origem: lado medial, superfície anterior do quarto distal da ulna. Inserção: lado lateral, superfície anterior do quarto distal do rádio. Ação: prona o antebraço. Músculo pronador redondo Origem da cabeça umeral: epicôndilo medial do úmero. Origem da cabeça ulnar: processo coronoide da ulna. Inserção: face lateral do rádio. Ação: pronação do antebraço. Músculo supinador Origem: epicôndilo lateral do úmero, ligamento colateral radial da articulação do cotovelo, ligamento anular do rádio. Inserção: face lateral do corpo do rádio. Ação: supinação do antebraço. Muito bem! Até aqui fizemos um ótimo trabalho estudando detalhadamente os músculos que movimentam o ombro e o cotovelo. Agora, vamos passar para as demais regiões da parte livre do membro superior. Acompanhe! 3.4 Músculos do membro superior que agem na articulação do punho e da mão Os músculos que agem na mão e nos dedos em sua maioria estão situados no antebraço. Há uma grande quantidade desses músculos, já que os movimentos realizados pela mão e pelos dedos são precisos e essenciais para a manutenção da vida cotidiana. São eles que nos permitem escrever, segurar e fazer movimentos precisos como os de pinça. Vamos mergulhar no estudo destes músculos? IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da supinação do radioulnar IARA Realce quais os músculos da pronação do radioulnar - -25 3.4.1 Músculos que agem na articulação do punho A articulação radiocarpal realiza os movimentos de flexão e extensão e adução e abdução. Os agonistas do movimento de flexão são os músculos flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, auxiliados pelos sinergistas abdutor longo do polegar e músculos flexores dos dedos e do polegar. Os agonistas do movimento de extensão são os músculos extensor radial longo e curto do carpo, extensor ulnar do carpo, auxiliados pelos sinergistas extensor do polegar e extensor dos dedos. No movimento de abdução da articulação do punho, temos como sinergistas os músculos: abdutor longo do polegar, flexor radial do carpo, extensor radial longo e curto do carpo. Já a adução conta com os músculos extensor e flexor ulnar do carpo. Acompanhe abaixo a origem e inserção de cada um desses músculos. Músculo flexor radial do carpo Origem: epicôndilo medial do úmero. Inserção: II e III metacarpos. Ação: flexiona e abduz o punho. Músculo flexor ulnar do carpo Origem da cabeça umeral: epicôndilo medial do úmero. Origem da cabeça ulnar: olécrano. Inserção: osso pisiforme até os ossos hamato e V metacarpo. Ação: flexiona e aduz o punho. Músculo flexor superficial dos dedos Origem da cabeça umeral: epicôndilo medial do úmero, ligamento colateral ulnar. Origem da cabeça ulnar: processo coronoide. Origem da cabeça radial: linha oblíqua do rádio. Inserção: por quatro tendões, nos lados das falanges médias do II ao V metacarpos. Ação: flexiona os dedos de II a V. Músculo flexor profundo dos dedos Origem: superfícies anterior e medial da ulna. Inserção: por quatro tendões, nas bases das falanges distais. Ação: flexiona os dedos de II a V. Músculo extensor dos dedos Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: por quatro tendões, no dorso do II ao V metacarpos e se dividindo sobre a falange proximal. Ação: estende os dedos de II a V. Músculo extensor radial longo do carpo Origem: sulco supracondilar lateral do úmero. Inserção: superfície dorsal da base do II metacarpo. Ação: estende e abduz o punho. Músculo extensor radial curto do carpo Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: superfície dorsal da base do III metacarpo. Ação: estende e auxilia a abdução do punho. Músculo extensor ulnar do carpo Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: base do V metacarpo. Ação: estende e aduz o punho. Agora observe a figura abaixo: IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da flexão do radiocarpal IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista de extensão do radiocarpal IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da abdução do radiocarpal IARA Realce quais os músculos agonistas e sinergista da abdução do radiocarpal - -26 Figura 14 - Camadas dos músculos flexores do antebraço. Fonte: MOORE, 2019, p. 214. Há muitos músculos na região anterior do braço e a maioria deles são músculos flexores. Uma maneira de facilitar o estudo desses músculos é dividi-los em três camadas. Na camada mais superficial, encontraremos os músculos pronador redondo, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo e palmar longo. Na camada intermediária, encontraremos somente o músculo flexor superficial dos dedos e, na última camada, a camada mais profunda, encontraremos o músculo pronador quadrado, flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar. Na região posterior do antebraço, situam-se os músculos extensores do punho e dos dedos. Acompanhe no quadro abaixo um resumo de todos esses músculos. Quadro 1 - Músculos que movimentam a articulação do punho. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Vamos treinar a localização dos músculos do antebraço? Os epicôndilos do úmero servem como origem para diversos músculos do antebraço e podem ser acometidos por uma tendinite, chamada de epicondilite. A epicondilite pode ocorrer no epicôndilo lateral, causandouma inflamação dos músculos extensores do punho e dos dedos na região proximal. Por ter uma grande ocorrência em tenistas, mais de 50% deles, também é chamada de cotovelo de tenista. O tendão que geralmente é acometido IARA Realce - -27 em tenistas, mais de 50% deles, também é chamada de cotovelo de tenista. O tendão que geralmente é acometido é o extensor radial curto do carpo, que auxilia na estabilização do punho quando o cotovelo é estendido. Essa sobrecarga sobre o tendão causa microlesões na inserção do tendão no epicôndilo, causando dor na região lateral do cotovelo. Figura 15 - Local da lesão da epicondilite lateral. Fonte: corbac40, Shutterstock, 2019. Em apenas 10% dos casos, recomenda-se o tratamento conservador, mas na maioria deles é necessário o procedimento cirúrgico (HEBERT , 2016).et al. A epicondilite também pode ocorrer no epicôndilo medial, com a inflamação nos tendões dos músculos flexores do punho. Em aspectos gerais, é semelhante à patologia que ocorre na região lateral, porém a medial acomete mais golfistas, por isso também é conhecida como cotovelo de golfista. O punho é a região que faz a conexão entre o antebraço e a mão. Você pode observar há muitos músculos CASO A epicondilite é muito comum em tenistas e até mesmo os mais famosos e talentosos são vítimas da lesão. É o caso do sérvio Novak Djokovic. Ele tentou o tratamento conservador, realizando fisioterapia praticamente todos os dias a fim de curar essa inflamação na articulação do cotovelo, mas essa técnica não trouxe o resultado esperado, na realidade só lhe tirava um pouco da dor, mas com os treinamentos e jogos, o problema retornava e ia se agravando. Após um longo período de negociação com a dor, o tenista decidiu passar por um procedimento cirúrgico para então poder ser curado. Djokovic ficou seis meses afastado das quadras para se dedicar ao tratamento e à reabilitação, e assim conseguiu superar a lesão e retornar aos gramados em alto nível (ESTADÃO, 2018). - -28 O punho é a região que faz a conexão entre o antebraço e a mão. Você pode observar há muitos músculos flexores que cruzam essa anteriormente e músculos extensores que o fazem posteriormente. Para manter todos os tendões desses músculos em suas devidas posições, encontramos na região mais distal do antebraço os retináculos. O retináculo é uma espessa faixa de tecido conjuntivo. O retináculo extensores situa-se posteriormente no antebraço, mantendo os músculos extensores em posição. Já na região anterior, há o retínaculo dos flexores, também denominado ligamento carpal transverso. O retináculo dos flexores une os ossos carpais superficialmente formando um túnel, o túnel do carpo, pelo qual passam nove tendões e o nervo mediano. Os tendões que passam pelo túnel do carpo são os quatro tendões do músculo flexor superficial dos dedos, os quatro tendões do músculo flexor profundo dos dedos e o tendão do músculo flexor longo do polegar. A síndrome do túnel do carpo é definida pela tração ou compressão do nervo mediano na região do punho. Ocorre em 4 a 5% da população, mais frequentemente em adultos de 40-50 anos e no sexo feminino, está relacionada com atividades manuais repetitivas e traumatismos. A compressão pode ocorrer em dois locais: no limite proximal ao túnel do carpo e próximo ao osso hamato. Essa compressão e tração podem ocasionar dificuldades na circulação sanguínea dentro do nervo, e alterar o tecido conjuntivo, pois se a pressão for muito grande, dificultará o retorno venoso, causando diminuição de oxigênio na região e um edema. VOCÊ QUER LER? Dois artigos científicos bem interessantes foram publicados por autores nacionais. Você pode consultá-los com o objetivo de dar uma aprofundada nesse assunto. O primeiro deles se chama “Síndrome do túnel do carpo” e está disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5 . O segundo, que complementa o assunto, focando no/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf tratamento da lesão, você pode acessar em: http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102- .3616-rbort-49-05-0437.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0437.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0437.pdf IARA Realce - -29 Figura 16 - Estruturas afetadas na síndrome do túnel do carpo. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019. Duas patologias podem estar associadas à síndrome do túnel do carpo: polineuropatia, que é um distúrbio , e síndrome da compressão nervosa ou simultâneo de diversos nervos periféricos no organismo todo do túnel cubital ou ulnar, que é uma doença que se caracteriza pela compressão do nervo cubital ou nervo ulnar a nível .do cotovelo, originando uma neuropatia cubital Vamos passar ao estudo dos músculos da mão? Acompanhe abaixo! 3.4.2 Músculos que agem nas articulações da mão e dos dedos Os músculos da mão podem ser divididos em: • músculos da eminência tenar, sendo os músculos abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar; • músculos da eminência hipotênar, sendo abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo; • músculo adutor do polegar; • músculos profundos da mão, sendo os músculos lumbricais e interósseos. • • • • - -30 Figura 17 - Músculos da palma da mão. Fonte: MOORE, 2019, p. 242. Os dedos da mão podem fazer os movimentos de flexão e extensão e de adução e abdução. Os músculos responsáveis pela flexão dos dedos da mão são os músculos interósseos, lumbricais, flexor curto do dedo mínimo, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos. Para realizar a extensão dos dedos temos os músculos: extensor dos dedos, extensor do indicador, extensor do dedo mínimo, interósseos, lumbricais. Para a abdução, utilizamos os músculos interósseos dorsais e o abdutor do dedo mínimo, e para a adução, utilizaremos os músculos interósseos palmares. Veja abaixo a origem e inserção de cada um destes músculos. Músculo adutor do polegar Origem das fibras oblíquas: osso capitato e bases dos II e III metacarpos. Origem das fibras transversas: superfície palmar do III metacarpo. Inserção: II e III metacarpos e capitato e falange proximal do polegar. Ação: aduz a articulação carpometacarpal e aduz e auxilia na flexão da articulação metacarpofalângeana com o polegar se movendo em direção a palma da mão. Músculo abdutor curto do polegar - -31 Músculo abdutor curto do polegar Origem: retináculo flexor, osso trapézio e escafoide. Inserção: falange proximal do polegar. Ação: aduz a articulação carpometacarpal, aduz e auxilia na flexão da articulação metacarpofalângica, com o polegar se movendo em direção a palma da mão. Músculo oponente do polegar Origem: retináculo flexor e osso trapézio. Inserção: I metacarpo. Ação: realiza a oponência, ou seja, flexiona e abduz com pequena rotação medial a articulação carpometacarpal do polegar, deixando-o em uma posição para que, pela flexão da articulação metacarpofalângica, ele possa opor- se aos dedos da mão. Músculo flexor longo do polegar Origem: corpo do rádio, margem medial do processo coronoide da ulna e/ou epicôndilo medial do úmero. Inserção: falange distal do polegar e superfície palmar. Ação: flexiona a articulação interfalângeana do polegar, ajuda na flexão das articulações metacarpofalângeanas e carpometacarpal, auxiliando também a flexão do punho. Músculo flexor curto do polegar Origem da cabeça superficial: retináculo flexor e osso trapézio. Origem da cabeça profunda: ossos trapezoide e capitato. Inserção: falange proximal do polegar. Ação: flexiona as articulações metacarpofalângeanas e carpometacarpal do polegar, auxilia a oposição do polegar em direção ao dedo mínimo, também pode estender a articulação interfalângeana. Músculo extensor longo do polegar Origem: superfície posterior da ulna. Inserção: falange distal do polegar. Ação: estende a articulação interfalângeana, auxiliando na extensãodas articulações metacarpofalângeana e carpometacarpal do polegar. Músculo extensor curto do polegar Origem: superfície posterior do corpo do rádio. Inserção: falange proximal do polegar. Ação: estende a articulação metacarpofalângeana do polegar e estende e abduz a articulação carpometacarpal, além de auxiliar na abdução/desvio radial do punho. Músculo abdutor longo do polegar Origem: superfície posterior do corpo da ulna. Inserção: base do I metacarpo. Ação: abduz e estende a articulação carpometacarpal do polegar, abduz/desvio radial e auxilia na flexão do punho. Músculo oponente do dedo mínimo Origem: osso hamato e retináculo flexor. Inserção: V metacarpo. Ação: realiza a oponência, ou seja, flexiona com leve rotação a articulação carpometacarpal do dedo mínimo, elevando a borda ulnar da mão até uma posição em que os flexores metacarpofalângicos podem opor o dedo mínimo ao polegar. Auxilia ainda a fechar a palma da mão em forma de concha. Músculo abdutor do dedo mínimo Origem: tendão do flexor ulnar do carpo e osso pisiforme. Inserção: por duas camadas, sendo a primeira no dedo mínimo e a segunda no músculo extensor do mínimo. Ação: abduz, ajuda na oposição e na flexão da articulação metacarpofalângeana do dedo mínimo, e ainda na extensão das articulações interfalângeanas. Músculo flexor do dedo mínimo Origem: osso hamato e retináculo flexor. - -32 Origem: osso hamato e retináculo flexor. Inserção: falange proximal do dedo mínimo. Ação: flexiona a articulação metacarpofalângica do dedo mínimo e auxilia na oposição do dedo mínimo em direção ao polegar Músculos interósseos dorsais Origens: primeiro, cabeça lateral – I metacarpal; primeiro, cabeça medial – II metacarpo; segundo, terceiro e quarto – lados adjacentes dos ossos metacarpais em cada interespaço. Inserções: primeiro, dedo indicador; segundo, dedo médio; terceiro, dedo médio; quarto, dedo anular. Ação: abduz os dedos indicadores, médio e anelar, auxilia a flexão das articulações metacarpofalângeanas e a extensão das articulações interfalângeanas dos mesmos dedos da mão. O primeiro auxilia, ainda, na adução do polegar. Músculos interósseos palmares Origens: primeiro, I metacarpo; segundo, II metacarpo; terceiro, IV metacarpo; quarto, V metacarpo. Inserções: músculo extensor do dedo da mão respectivo, fixado na base da falange proximal da seguinte maneira: primeiro, polegar; segundo, dedo indicador; terceiro, dedo anelar; quarto, dedo mínimo. Ação: adução do polegar e do dedo indicador, anelar e mínimo em direção à linha axial. Auxilia a flexão das articulações metacarofalângeanas e a extensão das articulações interfalângeanas desses três dedos da mão. Músculos lumbricais Origens: primeiro e segundo, tendões do músculo flexor profundo dos dedos – indicador e médio, respectivamente; terceiro, tendões do músculo flexor profundo dos dedos – médio e anelar; quarto, tendões do músculo flexor profundo dos dedos – anelar e mínimo. Inserção: dorso dos respectivos dedos da mão. Ação: estendem as articulações interfalângeanas ao mesmo tempo em que flexionam as articulações metacarpofalângeanas do II ao V metacarpos. Também estendem as interfalângeanas quando as articulações metacarpofalângeanas se estendem. Quando todas as articulações dos dedos da mão se estendem, os tendões do músculo flexor profundo dos dedos oferecem uma forma de resistência passiva ao movimento. Músculo palmar longo Origem: epicôndilo medial do úmero. Inserção: retináculo flexor e aponeurose palmar. Ação: tensiona a fáscia palmar, flexiona o punho e auxilia a flexão do cotovelo. Músculo palmar curto Origem: aponeurose palmar e retináculo flexor. Inserção: borda ulnar da mão. Ação: enruga a pele da mão. Músculo extensor do indicador Origem: corpo da ulna. Inserção: músculo extensor do indicador com músculo extensor longo dos dedos. Ação: estende a articulação metacarpofalângeana e, com os músculos lumbricais e interósseos, estende as articulações interfalângeanas do dedo indicador, auxilia a adução do dedo indicador. Músculo extensor do dedo mínimo Origem: epicôndilo lateral do úmero. Inserção: músculo extensor do dedo mínimo com músculo extensor dos dedos. Ação: estende a articulação metacarpofalângeana e com os músculos lumbricais e interósseos, estende as articulações interfalângeanas do dedo mínimo, auxilia a abdução do dedo mínimo. Confira, no vídeo a seguir. um caso prático que exemplifica os movimentos articulares realizados no membro superior e os músculos envolvidos em cada um desses movimentos. Veja um resumo dos músculos que movimentam os dedos no quadro abaixo. Eles estão separados de acordo com os movimentos que realizam. - -33 Quadro 2 - Músculos que movimentam os dedos. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. A mão é responsável pelos movimentos de preensão, manuseio de precisão e pinçamento. A preensão pode ser palmar, por exemplo, quando seguramos o cabo de uma raquete, ou em gancho, quando carregamos uma mala, por exemplo. No manuseio de precisão somos capazes de segurar um lápis, subir um zíper, segurar o garfo. Já o pinçamento ocorre quando comprimimos um objeto entre o polegar e o indicador, por exemplo quando você segura a asa da xícara de café. VAMOS PRATICAR? Os movimentos das mãos nos distanciam de nossos ancestrais na cadeia evolutiva e foi o Homo habilis o primeiro ancestral humano a utilizar a mão para a execução dos movimentos finos. Andar ereto, em dois apoios, fez com que evoluíssemos com membros superiores mais frágeis e adaptados para a manipulação e membros inferiores fortes e adaptados para a sustentação do peso. Na mão, a estrutura que mais precisou de adaptar para adequar-se às funções de preensão, manipulação e pinçamento foi o polegar. Esse dedo faz seis movimentos, sendo flexão e extensão, abdução e a adução e oposição e reposição. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicar o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica. 8. ed 2019. MOTUS HOMINIS. . 20 dez. 2017. Disponível em: Anatomia dos músculos da mão em 3D . Acesso em: 28 ago. 2019.https://youtu.be/hfvYMfJ_fBU Situação-problema: Em sua casa, sente-se em uma cadeira próxima à ponta de uma mesa. Apoie a parte posterior do antebraço no canto da mesa e deixe o punho caindo para fora da mesa, de tal maneira que você possa movimentá-lo livremente. Executaremos os movimentos do polegar. Começaremos com os movimentos abdução e adução; para isso, fique com a palma da mão aberta e virada para cima. Afaste o polegar do II dedo, fazendo a abdução, depois aproxime-o do II dedo fazendo a adução. Repita este procedimento mais três vezes. Mantenha seu polegar abduzido. Agora, faremos a flexão e extensão. Para fazer a flexão, dobre a falange distal sobre a falange proximal do polegar, de tal maneira que você possa ver sua unha. Cuidado: mantenha o punho imóvel! Movimentaremos apenas o polegar! Retorne o polegar à posição inicial, ou seja, em extensão. Repita este procedimento mais três vezes e cuide para não movimentar o punho com o polegar. Volte à posição inicial. Agora, faremos o movimento de oposição e reposição. Aproxime a ponta do polegar à ponta do V dedo, essa é a oposição. Retorne o polegar à posição neutra. Essa é a reposição. Repita esse procedimento mais três vezes. Ao executar cada um desses movimentos, observe: qual segmento do corpo se move e qual fica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento é realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que https://youtu.be/hfvYMfJ_fBU - -34 O profissional de Educação Física desenvolve a coordenação dos movimentos das mãos em crianças pequenas em ambiente escolar. A ação deste profissional é essencial para que os pequenos desenvolvam a habilidade de pinçamento e a coordenação motora para o aprendizado da escrita. Vamos treinar o que aprendemos até agora? Finalizamos o estudo da anatomia e da fisiologia articular do membrosuperior. Você pode observar o quão complexo o membro superior e agora está pronto para o estudo de outras partes do corpo. Continue acompanhando e bons estudos! Síntese Concluímos, assim, esta unidade, em que abordamos os ossos, os músculos e as articulações dos membros superiores. Agora você possui um maior entendimento sobre essas estruturas e as particularidades que cada uma possui para possibilitar o equilíbrio no corpo humano. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • compreender a divisão do esqueleto humano; • analisar detalhadamente cada acidente ósseo dos ossos que compõem o membro superior, identificando a importância de cada um deles, afinal, em muitos deles, temos origens e inserções musculares; • correlacionar a fisiologia articular das articulações do ombro, do cotovelo, do punho e da mão com as estruturas que compõem cada articulação, tais como ligamentos, tendões, bolsas, cápsulas e perceber a importância; • comparar a origem e inserção dos músculos que atuam nos membros superiores para prever sua ação; • comparar a origem e inserção dos músculos que atuam nos membros superiores para prever sua ação; Bibliografia ALVARENGA, C. R. Relação entre a força dos músculos rotadores do ombro e a capacidade de ativação doet al. músculo transverso abdominal em atletas de handebol. [online],Revista Brasileira de Ciências do Esporte Brasília, UnB, v. 36, n. 3, p. 679-684, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbce/v36n3/0101-3289- . Acesso em: 26 ago. 2019.rbce-36-03-0679.pdf ASVAT R, CANDLER P, SARMIENTO EE. High incidence of the third head of biceps brachii in South African populations. J Anat., v. 182, parte 1, p. 101-104, 1993. CAEL, C. . Barueri: Manole, 2013. Anatomia palpatória e funcional CARVALHO, A. L. Lesões do manguito rotador e fatores associados a reoperação. et al. Revista Brasileira de , São Paulo, v. 51, n. 3, p. 298-302, 2016.Ortopedia CHAMMAS, M. Síndrome do túnel do carpo – parte I (anatomia, fisiologia, etiologia, diagnóstico). et al. Revista , São Paulo, v. 49, n. 5, p. 429-436, 2014. Disponível em: Brasileira de Ortopedia http://www.scielo.br/pdf/rbort . Acesso em: 1º fev. 2019./v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf CHAMMAS, M. et al. Síndrome do túnel do carpo – parte II (tratamento). , SãoRevista Brasileira de Ortopedia plano de secção ocorre cada movimento é realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado? Quais músculos são agonistas de cada um desses movimentos? • • • • • http://www.scielo.br/pdf/rbce/v36n3/0101-3289-rbce-36-03-0679.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbce/v36n3/0101-3289-rbce-36-03-0679.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf - -35 CHAMMAS, M. et al. Síndrome do túnel do carpo – parte II (tratamento). , SãoRevista Brasileira de Ortopedia Paulo, v. 49, n. 5, p. 437-445, 2014. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort- . Acesso em: 1º fev.2019.49-05-0437.pdf DUGANI, S. - integrada com exame físico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro: Guanabaraet al. Anatomia clínica Koogan, 2017. DOUGLAS, C. R. . Tratado de fisiologia aplicada às ciências médicas 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ESTADÃO CONTEÚDO. 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