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LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL O complexo do ombro é formado por um conjunto de quatro articulações, que envolvem o esterno, a clavícula, a costela, a escápula e o úmero. A estabilidade desse complexo se deve ao equilíbrio entre as articulações e os músculos, como os músculos escapulares e os glenoumerais. Nesta prática, será abordada a articulação glenoumeral (GU), formada pela cabeça convexa do úmero e a concavidade rasa da cavidade glenoide, que é uma parte côncava, o que a deixa com muita mobilidade e pouca estabilidade (Figura 2). De acordo com a teoria côncavo-convexa de mobilidade articular, com os movimentos do úmero, a cabeça convexa rola na mesma direção e desliza na oposta dentro da cavidade glenoidal (KISNER; COLBY, 2016, p. 540). Essa é uma articulação sinovial, tipo “bola e soquete” (esferoide), em que a superfície articular da cavidade glenoide cobre aproximadamente um terço da superfície articular da cabeça do úmero (NEUMANN, 2011, p. 137). O úmero é o maior e mais longo osso do membro superior (LIPPERT, 2013, p. 117). A cabeça do úmero tem a separação da diáfise do osso por meio de dois colos: o anatômico, entre a cabeça do úmero e o tubérculo maior e o tubérculo menor; e o cirúrgico, na parte superior da diáfise. No sulco intertubercular, formado entre o tubérculo maior e o tubérculo menor, fica o ligamento transverso do úmero, responsável por manter o tendão de origem da cabeça longa do músculo bíceps braquial neste sulco (BEHNKE, 2004, p. 61) ― Figura 2. O movimento fisiológico do úmero é detalhado por Kisner e Colby (2016, p. 541), ao realizar o movimento de flexão e de extensão, ocorre um mínimo rolamento e deslizamento. Nos movimentos de adução horizontal e na rotação medial com 0° de abdução, ocorre o rolamento mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br anterior e o deslizamento posterior. Nos movimentos de abdução horizontal e na rotação lateral com 0° de abdução, ocorre o rolamento posterior e deslizamento anterior. Nos movimentos de abdução, ocorre um movimento de rolamento superior e deslizamento inferior. Outra estrutura óssea importante é a escápula, um osso em forma de asa grande e triangular, situado na porção posterior superior do tronco. Sua superfície costal é coberta pelo músculo subescapular, que também participa da estabilização da cabeça do úmero contra a cavidade glenoide. A articulação glenoumeral é triaxial, com três graus de liberdade, executando seis movimentos fundamentais (Figura 1) nos três planos (sagital, frontal e horizontal), mais a circundação (resultado da combinação de movimentos fundamentais do ombro, ou seja, uma sequência de flexão, abdução, extensão e adução ― ou o inverso) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014, p. 954; LIPPERT, 2013, p. 116), conforme explicado a seguir: a) Flexão (movimento anterior do braço, de 0 a 180°) e extensão (retorno da flexão) no plano sagital, em torno de um eixo frontal. b) Abdução (movimento para longe da linha mediana do corpo) e adução (movimento em direção à linha mediana do corpo) no plano frontal, em torno de um eixo sagital com até 180° de amplitude. c) Rotação medial (para dentro) e rotação lateral (para fora) no plano horizontal, em torno do eixo longitudinal. mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br Figura 1 – Movimentos do ombro. Esses movimentos fundamentais são realizados por músculos principais, que são, de acordo com Behnke (2004, p. 70), na face anterior da articulação do ombro, o músculo peitoral maior, músculo bíceps braquial, músculo subescapular e músculo coracobraquial. Na face superior, o músculo deltoide ― parte clavicular, acromial e espinhal, e o músculo supraespinhal. Na face posterior, o músculo infraespinal e o músculo redondo menor. Na face inferior, o músculo latíssimo do dorso, músculo redondo maior e músculo tríceps braquial. A elevação do ombro é possível quando a cabeça do úmero é estabilizada na glenoide e quando essa ação é sustentada pelos tendões do manguito rotador e ligamentos glenoumerais, sendo: capsular ― liga o colo anatômico do úmero à circunferência da cavidade glenoidal da escápula; glenoumeral (porções superior ― entre o tubérculo do úmero e a borda superior da cavidade glenoidal da escápula; inferior ― entre a superfície inferior anterior do tubérculo menor do úmero e a borda inferior anterior da cavidade glenoidal da escápula; e o medial ― entre a superfície anterior do tubérculo menor do úmero e a borda anterior da cavidade glenoidal da escápula) ― abaixo da superfície anterior da cápsula articular e o coracoumeral ― mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br entre o colo anatômico do úmero, próximo do tubérculo maior, e a face lateral do processo coracoide da escápula (BEHNKE, 2004, p. 64). O lábio glenoidal é um ligamento que forma uma borda ao redor de toda a cavidade glenoidal da escápula, o que ajuda a aprofundar a cavidade glenoidal para receber a cabeça do úmero (BEHNKE, 2004, p. 65) ― Figura 2. Outra consideração importante sobre essa articulação é o ritmo escapuloumeral, movimento harmônico entre a escápula e o úmero, que permite de 150° a 180° de amplitude de movimento do ombro em flexão ou abdução com elevação. A proporção aceita desse ritmo é de 2:1, ou seja, 2° de movimento glenoumeral para 1° de rotação escapular, para isso, devem ser avaliadas as condições musculares e ligamentares. A estabilidade da articulação glenoumeral acontece pela presença de limitadores estáticos (a cápsula superior, cujo ligamento GU superior e o ligamento coracoumeral estão tensionados; as forças de adesão e coesão do líquido sinovial e a pressão articular negativa que mantém as superfícies unidas; uma leve inclinação da glenoide e do lábio para cima aprofunda a cavidade, melhora a congruência e age como uma barreira inferior) e dinâmicos (músculos do manguito rotador ― subescapular, supraespinhal, infraespinal e o redondo menor, deltoide, cabeça longa do bíceps braquial, peitoral maior, latíssimo do dorso). O conjunto de ossos, ligamentos e o lábio glenoidal propiciam uma estabilidade estática, enquanto os tendões do manguito rotador se unem aos ligamentos e ao lábio glenoidal nos seus locais de inserção e, quando se contraem, propiciam a estabilidade dinâmica pelo tensionamento dos limitadores estáticos; esse conjunto de estabilizadores gera ao indivíduo graus diferentes de suporte, sendo ainda reforçados pela cabeça longa do músculo bíceps ― que estabiliza contra a elevação do úmero, resistindo às forças de torção quando o ombro é abduzido e girado lateralmente, e a do músculo tríceps braquial, que aumenta o suporte articular superior e inferior ao ombro (KISNER; COLBY, 2016, p. 541). mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.brFigura 2 – Estruturas ósseas e musculares do complexo do ombro. Colo cirúrgico Colo anatômico Úmero Escápula Tubérculo maior Tubérculo menor Ângulo inferior mailto:contato@algetec.com.br LABORATÓRIO DE MOVIMENTO FUNCIONAL HUMANO OS MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEHNKE, Robert S. Anatomia do movimento. Porto Alegre: Artmed, 2004. KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos. Barueri, SP: Manole, 2016. LIPPERT, Lynn S. Cinesiologia clínica e anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. MANSOUR, Noura Reda; FAGUNDES, Diego Santos. Cinesiologia e fisiologia do exercício. Porto Alegre: Sagah, 2019. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. NEUMANN, Donald A. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. mailto:contato@algetec.com.br
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