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Educação e Cidadania - 9

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1 
LEILYANNE BRANDÃO FEITOSA
RealizaçãoApoio
MÓDULO 
9 
Controle Social das 
Contas Públicas
RESPONSABILIDADE FISCAL 
E SOCIOAMBIENTAL
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidente 
Luciana Dummar
Diretor Administrativo-Financeiro 
André Avelino de Azevedo
Gerente-Geral 
Marcos Tardin
Gerente Editorial 
Lia Leite
Gerente de Marketing e Design 
Andréa Araújo
Gerente de Audiovisual 
Chico Marinho
Gerente de Criação de Projetos 
Raymundo Netto
Analistas de Projetos 
Aurelino Freitas e Fabrícia Góis
Analista de Contas 
Narcez Bessa
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerente Educacional 
Deglaucy Jorge
Coordenadora Pedagógica 
Jôsy Braga Cavalcante
Coordenadora de Cursos e Secretária Escolar 
Marisa Ferreira
Desenvolvedora Front-End 
Isabela Marques
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO CEARÁ (TCE)
Presidente 
José Valdomiro Távora de Castro Júnior
Vice-Presidente 
Edilberto Carlos Pontes Lima
Corregedora 
Patrícia Lúcia Mendes Saboya
Ouvidor 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Conselheiros 
Luís Alexandre Albuquerque Figueiredo de Paula Pessoa
Soraia Thomaz Dias Victor
Rholden Botelho de Queiroz
Conselheiros Substitutos
Itacir Todero
Paulo César de Souza
David Santos Matos
Fernando Antônio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante
Ministério Público junto ao TCE/CE
Procurador-Geral de Contas 
Leilyanne Brandão Feitosa
Procuradores de Contas 
Gleydson Antônio Pinheiro Alexandre
Eduardo de Sousa Lemos
José Aécio Vasconcelos Filho
Júlio César Rola Saraiva
Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino
Diretor-presidente do Instituto Plácido Castelo 
Ernesto Saboia de Figueiredo Júnior
Diretor Geral do Instituto Plácido Castelo 
Luis Eduardo de Menezes Lima
TCE - Educação e Cidadania
Concepção e Coordenador Geral 
Cliff Villar
Coordenadora de Operações 
Vanessa Fugi
Coordenadora de Projetos e Relacionamento 
Larissa Viegas
Coordenador de Conteúdo 
Daniel Oiticica
Coordenadora Editorial 
Lia Leite
Revisora 
May Freitas
Projeto Gráfico e Editora de Design 
Andréa Araújo
Designer Gráfico 
Welton Travassos
Ilustrador 
Carlus Campos
Analista de Marketing 
Henri Dias
Analista de Projetos 
Hérica Paula Morais
Social Media 
Letícia Frota
T249 TCE Educação e Cidadania / vários autores ; ilustrado por Carlus 
Campos. - Fortaleza : Fundação Demócrito Rocha, 2023.
 372 p. : il. ; 1080px x 1920px. – (TCE Educação e Cidadania ; 10 v.)
 Inclui índice e bibliografia.
 ISBN: 978-65-5383-091-2
 1. Administração pública. 2. Prestação de contas. 3. Orçamento 
público. I. Campos, Carlus. II. Título. III. Série.
 CDD 350
2023-2807 CDU 35
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410
Índice para catálogo sistemático:
1. Administração pública 350
2. Administração pública 35
5 
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................6
2. Responsabilidade Fiscal e Socioambiental ...9
3. Por que uma Lei de Responsabilidade 
Socioambiental? ................................................... 11
4. A Responsabilidade Socioambiental 
e os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável ............................................................ 15
5. Ética e Meio Ambiente ....................................... 21
6. O exercício da cidadania e o futuro do 
Planeta ...................................................................28
 Perfil do autor ......................................................39
 Referências Bibliográficas ...............................40
 Glossário ................................................................ 44
6 
1. INTRODUÇÃO
Desde as últimas décadas do século XX, considerando o cenário econômico mundial (BM), com desequilíbrios fiscais, despesas superando 
as receitas arrecadadas, desvalorização de moeda, 
dentre outros fatores, o papel do Estado se reforçou para 
desempenhar ações de controle fiscal.
Com isso, vários dispositivos legais foram introduzidos 
na Constituição Brasileira de 1988. O objetivo era 
evitar uma dotação orçamentária que não estivesse 
respaldada em uma estimativa de receita. Ou ainda que 
pudesse desequilibrar as contas governamentais. Isso 
criou, naquele momento, uma nova tarefa estatal, a de 
controlar os gastos públicos. 
Inserida como uma das principais ações do Estado, a 
responsabilidade fiscal passou a representar uma série 
de medidas e programas econômicos. Respaldados 
por normas de finanças públicas, visava a prevenção 
de riscos e a correção de desvios que poderiam vir a 
comprometer o equilíbrio das contas públicas em todas 
as esferas do governo.
Em paralelo, na conjuntura mundial, instituições 
internacionais, tais como o Fundo Monetário 
7 
Internacional (FMI), o Banco Econômico Mundial e a 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE), começaram a recomendar políticas 
de equilíbrio fiscal como contrapartida a possíveis 
acordos a serem firmados. Assim, a responsabilidade 
fiscal passou a se moldar como o conjunto de medidas 
necessárias para assegurar a confiabilidade do Brasil 
perante o mundo. 
Além disso, se constituiu como um mecanismo 
legal de exigir compromisso e atribuir honestidade aos 
administradores públicos. Estes gestores passaram a ser 
submetidos a prestar contas do quanto e como usam os 
recursos da sociedade, garantindo assim a boa condução 
da gestão das contas públicas. 
Ao mesmo tempo, a preocupação ambiental tem 
ocupado a agenda internacional com cada vez mais 
intensidade. Fatores como o aquecimento global, a 
necessidade de políticas públicas sustentáveis e o 
próprio envolvimento das empresas e da sociedade civil 
organizada em torno do tema levantam a necessidade da 
criação de uma Lei de Responsabilidade Socioambiental. 
Assim como um governante não pode gastar mais do 
que arrecada, não deveria poder planejar e promover 
políticas públicas que não contemplem o tema 
ambiental, com a devida importância que ele apresenta 
hoje, pensando também nas gerações futuras. 
8 
Neste módulo, você vai aprender um pouco mais 
sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), vai 
entender o porquê de uma Lei de Responsabilidade 
Socioambiental e as obrigações do Poder Público e da 
coletividade com o meio ambiente. Você também vai 
compreender os conceitos de meio ambiente e ética 
ambiental e sua importância.
Que esta jornada seja enriquecedora rumo ao 
aprimoramento da gestão pública e à construção de uma 
relação sólida e confiável entre os gestores e a sociedade 
que eles servem.
Boa leitura!
9 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) surgiu no Brasil para atender à necessidade de manter as contas públicas equilibradas em todas as esferas 
de governo, para garantir acordos internacionais e 
baseando-se no interesse coletivo.
Esta lei passou a nortear o controle dos gastos 
gerais da União, estados, Distrito Federal e municípios, 
incluindo aqueles resultantes dos poderes executivo, 
legislativo e judiciário. 
Condicionou os gastos à capacidade de arrecadação 
de tributos desses entes políticos. Promoveu a 
transparência das condutas relacionadas à realização 
de despesas, introduzindo como obrigatórios os 
aspectos de planejamento, controle, responsabilidade 
e transparência. Além disso, determinou que houvesse 
a apresentação detalhada dos atos de gestão junto aos 
Tribunais de Contas.
Na conjuntura atual, podemos perceber que os 
parâmetros estabelecidos pela LRF, derivados da 
noção de prudência na gestão de recursos públicos, 
permanecem sendo a principal âncora que garante a 
situação financeira regular dos entes federativos. 
2. RESPONSABILIDADE 
FISCAL E 
SOCIOAMBIENTAL
10 
Ela determina a apresentação de relatórios e 
demonstrativos contábeis que informam a aplicação 
fidedigna e adequada dos recursos financeiros e a 
perpetuação dos atos de gestão. Assim, garante uma 
administração contínua e apta para sucessores e 
exercícios subsequentes.
Em síntese, pela norma, ficam estipulados oslimites para todos os gastos públicos, englobando 
aqueles com pessoal e dívida pública. A LRF também 
determina as metas fiscais para controle de receitas e 
despesas. Impede a criação de despesas continuadas, 
sem indicação de receitas ou sem redução das 
despesas existentes. E assegura o compromisso com os 
orçamentos prévios e futuros.
11 
Antes de entrar no tema da responsabilidade socioambiental é importante ressaltar que os olhares da gestão pública à preservação do meio 
ambiente tornaram-se fundamentais e obrigatórios com 
a Constituição de 1988. 
Seu artigo 225 estabelece que todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida. Ele impõe ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações. 
PARA ENTENDER MELHOR
Obrigações do Poder Público com o 
meio ambiente
A Constituição de 1988 determina que, para 
assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, cabe ao Poder Público, 
entre outras obrigações, preservar e restaurar os 
processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas.
Preservar a diversidade e a integridade do 
patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades 
dedicadas à pesquisa e manipulação de material 
genético.
3. POR QUE UMA LEI DE 
RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL?
12 
Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou 
atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade.
Controlar a produção, a comercialização e o 
emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e 
o meio ambiente.
Promover a educação ambiental em todos os 
níveis de ensino e a conscientização pública para a 
preservação do meio ambiente.
Proteger a fauna e a flora, proibindo as práticas 
que coloquem em risco sua função ecológica, 
provoquem a extinção de espécies ou submetam os 
animais a crueldade.
Você já aprendeu que pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal um governante não pode gastar mais do que 
lhe permite o montante dos impostos recolhidos. Isso 
melhorou significativamente a gestão pública.
Se pensarmos no acúmulo de desastres 
socioambientais ocorridos no Brasil e em outras partes 
do mundo, fica fácil entender a necessidade da criação 
de uma Lei de Responsabilidade Socioambiental.
Um grande passo neste sentido já foi dado pela 
iniciativa privada. A conceituação da Responsabilidade 
Socioambiental nas empresas é uma realidade. Está 
caracterizada como um compromisso em manter 
um comportamento ético, contributivo para o 
desenvolvimento econômico. 
A Responsabilidade Socioambiental nas 
empresas melhora, paralelamente, a qualidade de 
13 
vida de funcionários, famílias, comunidade local e, 
consequentemente, de toda a sociedade. 
Assim, na mesma linha das condutas exigidas da 
gestão privada, e para obter bons resultados ao longo 
do tempo, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, 
a sociedade passou a cobrar a necessária discussão 
e criação de uma Lei de Responsabilidade Social e 
Ambiental no Brasil. 
Ela deveria conjugar normas já existentes sobre o tema. 
Mas sobre quais temas exatamente essa lei deveria tratar? 
Um conjunto de ações e metas, com o intuito 
de combater as desigualdades sociais, educar e 
responsabilizar as entidades públicas e privadas 
pela preservação do meio ambiente, regulamentar o 
controle social e estipular definições de crimes pelo 
descumprimento da norma. Ou seja, deveria prestigiar as 
questões ambientais que afetam diretamente a vida de 
cada cidadão.
Seguindo as premissas básicas de planejamento, 
controle, educação, transparência e responsabilização, 
uma possível Lei de Responsabilidade Socioambiental 
regulamentaria a criação de programas e projetos sobre 
o tema.
Deveria ter como núcleo a inclusão social e digital, 
alfabetização, assistencialismo social, coleta de lixo, 
reciclagem, coleta de esgotos e dejetos, lixo industrial, 
reflorestamento, desmatamento, utilização de 
agrotóxicos, poluição, entre outros.
É importante você entender que uma política 
socioambiental coerente depende diretamente de 
recursos orçamentários da União para sua efetiva 
implementação e execução. 
14 
Essa política deve ser composta pela multiplicidade 
de programas e ações intersetoriais, pela coordenação 
entre os órgãos e os ministérios competentes, pela 
vinculação da sociedade e entes federativos e pelo 
constante fortalecimento das capacidades institucionais. 
E, muito importante, deveria contar com a sua 
participação como cidadão.
PARA ENTENDER MELHOR
A Constituição e a defesa 
do meio ambiente
Como você já aprendeu, a defesa do meio 
ambiente, como tutela dos direitos sociais, é 
prevista na Constituição Federal. 
Seu artigo 170 assegura a todas as pessoas a 
proteção ao meio ambiente, combinada com 
a ordem econômica, “mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental 
dos produtos e serviços e de seus processos de 
elaboração e prestação”. 
Assim como a responsabilidade fiscal, já 
regulamentada em lei, a normatização da 
responsabilidade socioambiental é muito importante. 
Por quê? 
Basicamente, porque ela nortearia o desenvolvimento 
financeiro. Também amenizaria os impactos decorrentes 
dos processos produtivos e de consumo, atrelando a 
responsabilidade pública e privada, rumo à proteção 
do meio ambiente e à garantia dos interesses sociais e 
econômicos da nação.
15 
4. A RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL E 
OS OBJETIVOS DO 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
Durante muitos anos, o sistema capitalista preconizou o progresso econômico sem assegurar um adequado uso dos recursos ambientais. 
Isso resultou, inevitavelmente, em uma série de 
desigualdades sociais e ambientais. Também enraizou 
uma má educação e condução jurídica sobre a matéria 
junto à sociedade.
Como você aprendeu no capítulo anterior, a 
responsabilidade socioambiental surgiu carregando em 
si o compromisso de alavancar o desenvolvimento social 
e econômico do país, resguardando, em contrapartida, 
o direito a uma vida digna e a um meio ambiente 
equilibrado para os que desfrutam do momento atual e 
as gerações futuras.
E é nesse processo de evolução, refutando o modelo 
antigo, que se observa o desenvolvimento sustentável, 
em que as necessidades presentes são supridas de 
forma eficaz, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras.
Ocorre que, segundo o escritor Tobias Kronenberg, 
em seu livro - The curse of natural resources in the 
transition economies - há uma correlação negativa entre 
a abundância de recursos naturais e o crescimento 
econômico.
16 
O autor retrata que os países em desenvolvimento 
são afetados diretamente por altos níveis de corrupção. 
Isso acarreta a falta de investimentos em educação e, 
inclusive, dada a insuficiência dos recursos naturais 
disponíveis, em políticas públicas capazes de promover 
melhores condições de vida para a população.
Nesse sentido, apesar de o Brasil ser um país de 
extensa biodiversidade, ainda registra um considerável 
consumo de recursos naturais para realizar seu 
crescimento financeiro. 
Por essa razão, tem-se aumentado a pressão social 
sobre o Estado para que esse consumo desenfreado 
reduza seu impacto na natureza. Essa pressão também 
ocorre no sentido de que sejam implementadas ações 
de fiscalização e controle sobre o uso do meio ambiente, 
respeitando, no mínimo, a previsão constitucional 
quanto ao tema.
Você aprendeu neste módulo que, segundo a 
Constituição Federal de 1988, o desenvolvimento 
econômico, fundado na valorização do trabalho humano 
e na livre iniciativa, tem de ocorrer em conjunto com 
a preservação ambiental (art. 170, VI). Ou seja, deve 
atender aos preceitos da justiça social, de modo a 
preservar a defesa do meio ambiente.
Segundo Vladimir Passos de Freitas (2008, p. 241), 
os inovadores direitos socioambientais“rompem 
com os paradigmas da dogmática jurídica tradicional, 
contaminada pelo apego ao excessivo formalismo, pela 
falsa neutralidade política e científica e pela excessiva 
ênfase nos direitos individuais”. 
E mais, esses direitos “não se enquadram nos estreitos 
limites do dualismo público-privado, inserindo-se dentro 
de um espaço público não-estatal”.
17 
Nesse contexto, o Estado exerce um papel 
fundamental na promoção, proteção e perpetuação dos 
direitos socioambientais. Eles só se efetivam mediante a 
ativa promoção de políticas públicas e a instauração de 
instrumentos de controle e normatização. 
A legislação ambiental brasileira, apesar de recente 
(remonta há pouco mais de 30 anos) é muito vasta. Isso 
inviabiliza a tomada de consciência para questões que 
compreendem a preservação. No entanto, não podemos 
negar o avanço de mecanismos para a mitigação dos 
impactos do empreendedorismo sobre o meio ambiente.
Como exemplo, você deve aprender sobre o artigo 
225 da Constituição Federal. Em seu parágrafo terceiro, 
ele determina: “As condutas e atividades consideradas 
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas 
físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados” (BRASIL, 2023, on-line). 
Em outras palavras, além da responsabilização penal 
e de multa administrativa, é possível também exigir a 
reparação do dano ambiental. Você vai aprender mais 
sobre o artigo 225 da Constituição nesta aula.
O licenciamento ambiental é outro instrumento 
público de prevenção de gestão pública, criado pela Lei 
nº 6.938, de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional 
do Meio Ambiente. Ele reúne um conjunto de normas 
para a preservação ambiental.
Segundo Machado (2012, p.2), licenciamento pode 
ser entendido como “o procedimento administrativo 
pelo qual o órgão ambiental competente licencia 
e acompanha a localização, instalação, ampliação 
e a operação de empreendimentos e atividades 
utilizadoras dos recursos naturais, consideradas 
18 
efetiva ou potencialmente poluidoras. É obrigação 
do empreendedor buscar o licenciamento junto ao 
órgão competente, desde as etapas iniciais do seu 
planejamento e instalação até a sua efetiva operação”.
Outra referência é a obrigatoriedade do respeito ao 
meio ambiente por ocasião das contratações públicas. A 
Lei Nacional de Licitações e Contratos nº 8.666/93, 
utiliza a expressão “promoção do desenvolvimento 
nacional sustentável”.
Sobre licitações sustentáveis, Furtado e Furtado 
(2012, p. 70) asseguram: “a alteração inseriu de forma 
sutil no processo licitatório o princípio constitucional 
da promoção do desenvolvimento sustentável. Sutil, 
uma vez que, no primeiro momento, o gestor, na sua 
atividade diária não percebeu a grande mudança e 
quebra de paradigma que a expressão ‘desenvolvimento 
sustentável’ trouxe na elaboração dos processos 
licitatórios”. 
Assim, a elaboração de critérios rigorosos de 
contratação com empresas fornecedoras comprometidas 
socioambientalmente, que prestam serviços e fornecem 
produtos sustentáveis, demonstra que o Estado se torna 
guia de orientação para uma sociedade de consumo 
consciente.
Com essa linha de raciocínio, sob o prisma político, 
observa-se que o desenvolvimento sustentável é um 
conjunto de atos de gestão que objetivam reunir e 
usufruir de interesses econômico-sociais atuais, sem 
comprometer propósitos futuros.
Daí a necessidade de adoção de políticas públicas que 
elaborem estudos dos impactos sobre as contratações, 
avaliem seus resultados e elaborem meios que devam 
reduzir e evitar os danos ambientais. 
19 
A responsabilidade socioambiental, principalmente 
no que se refere ao enfoque público, prevê a adoção de 
ações positivas com o intuito de se comprometer com a 
sustentabilidade. 
Ela deve ser seguida à risca pelos gestores públicos, 
para o bem de todos os cidadãos, como também garantir 
uma herança ambiental favorável às gerações futuras.
Já em relação às entidades privadas, a 
responsabilidade socioambiental não trata de adotar 
o assistencialismo como medida de compensação 
pelo uso intenso do meio ambiente. Ela deve tratar 
do compromisso contínuo das empresas, para aliar 
o crescimento econômico próprio com a garantia da 
qualidade de vida das pessoas. 
Então, sob a perspectiva empresarial, a 
responsabilidade social, de acordo com Dias (2007, p. 
154 apud Barsano, 2017, p.118), consiste em: “estratégias 
pensadas para orientar as ações das empresas em 
consonância com as necessidades sociais, de modo 
que a empresa garanta, além do lucro e da satisfação 
de seus clientes, o bem-estar da sociedade. A empresa 
está inserida nela e seus negócios dependerão de seu 
desenvolvimento. Portanto, esse envolvimento deverá ser 
duradouro. É um comprometimento”.
Diante dessa junção de esforços, tendo em vista que 
a responsabilidade socioambiental deve ser meta geral 
de atuação de entidades públicas e privadas, o Estado 
também age prevendo penalidades àqueles que causam 
prejuízo ao meio ambiente.
20 
Estado, empresas e sociedade almejam a 
consolidação de objetivos presentes e futuros para se 
obter o desenvolvimento sustentável. O papel do Estado, 
portanto, deve se caracterizar como formulador, executor 
e regulador de políticas públicas socioambientais, que 
visam o bem-estar de toda a sociedade.
Por isso, como você aprendeu anteriormente, torna-
se importante a criação de uma Lei de Responsabilidade 
socioambiental que aborde, por exemplo, a definição de 
crimes de responsabilidade, ao mesmo tempo em que 
defina a criação de metas, bem como a aplicação de 
rigorosas sanções legais, em caso de descumprimentos.
Nesta lei também devem ser tratados temas 
específicos da responsabilidade pública e privada pela 
preservação do meio ambiente e regulamentação do 
acesso social.
21 
5. ÉTICA E MEIO 
AMBIENTE
Como você viu nos capítulos anteriores, a responsabilidade socioambiental ultrapassa uma relação de direitos e obrigações. Ela se caracteriza 
como um comprometimento sensato com o futuro, algo 
que não se constituiu como objeto na realidade, mas que 
estipula e direciona a ação humana. 
Separadamente, a concepção de meio ambiente, sob 
uma visão axiológica (noção de escolha do ser humano 
pelos valores morais, éticos, estéticos e espirituais), 
resulta na compreensão da natureza como um nicho vital 
que conduz a consciência do homem a ser protetora e 
vigilante (NALINI, 2015).
A ética, analisada de forma isolada, é o estudo das 
faculdades referentes à conduta humana. No plano 
ambiental, ela deve ser entendida como conjunto de 
princípios morais que orientam o comportamento humano.
Guarda estreita relação com a responsabilidade 
socioambiental, sob a qual as decisões de gestão dos 
recursos naturais devem visar ao consumo presente, sem 
prejuízo para as gerações futuras.
De fato, a ética desempenha um papel de grande 
relevância na proteção do meio ambiente. Diante da 
adoção de decisões que possam afetá-lo, deve-se 
considerar as eventuais consequências e impactos para 
as gerações futuras e para outras formas de vida. 
Você vai entender este conceito com um exemplo 
prático. Imagine a decisão de se construir uma rodovia. 
Antes de realizar qualquer execução estrutural, é 
necessário um estudo técnico prévio considerando os 
22 
impactos que poderão ser causados na paisagem, na 
fauna e na flora local, assim como, eventualmente, na 
qualidade do ar e da água.
Sob a mesma linha, Garcia (2007, p. 10) descreve 
a ética ambiental como uma responsabilidade pelo 
futuro. “Incorporando a inquietação pelo futuro, a 
ética está presente nos horizontes espaciais onde o 
homem se encontra, desdobrada numa ética racional 
ou dos fundamentos e numa ética interdisciplinar, 
argumentativa (ética do debate). Ambas confluem nesta 
modelação da justiça, tornando-se cada um responsável, 
na sua existência, pela ‘humanidade’ do homem’”.
A ética ambiental, por sua vez, que versa sobre 
ocomportamento correto do homem com o meio 
ambiente, advém da preocupação com o futuro do 
planeta, ante a necessidade de convivência equilibrada 
entre os ecossistemas e as necessidades humanas. 
23 
OUTRAS DEFINIÇÕES
Ética ambiental
Aranha e Martins (2013), destacam: “A ética 
ambiental trata das relações do ser humano com a 
natureza, a fim de garantir sua sustentabilidade. Por 
sua vez, também se ocupa com as consequências 
nefastas dessa relação, como a poluição industrial 
e agrícola, o esgotamento dos recursos naturais, 
agressões que provocam o desequilíbrio do 
ecossistema e colocam em risco o destino do 
planeta. Também entra na discussão sobre ecologia 
e má distribuição de renda, que obriga grande 
parcela da população mundial a viver em estado de 
fome e de miséria”.
Nalini (2015) afirma que “a ética ambiental é 
expressão que tem sido utilizada para alertar 
sobre a urgência da ação humana coletiva 
para o interesse comum, para a interrupção da 
degradação predatória, para que seja possível a 
manutenção da vida na terra.”
Assim, tendo em vista que o avanço econômico 
ameaça a vida no planeta, torna-se necessária a 
formação de uma consciência de como agir para mudar 
o comportamento incorreto do homem e garantir a 
sobrevivência harmoniosa das necessidades econômicas 
com os ecossistemas.
Neste sentido, é relevante a adoção de uma educação 
ambiental, formada por princípios éticos, de modo a 
transformar a mudança de perspectiva que considera ar, 
24 
animais, florestas, praias, rios, lagos, mares, subsolo etc. 
em algo com o qual não se tem compromisso, dando a 
estes elementos reconhecimento de valor. 
Pelizzoli (2013, p.31) ressalta que é preciso abandonar 
a visão tradicional sobre a preservação ambiental. 
Ela deve ser vista como instrumento que conduz à 
sustentabilidade sob uma perspectiva ética. 
Desse modo, destaca o referido autor: “A grande 
dificuldade nessa temática diz respeito às visões 
contaminadas que separam demais o ambiente e a 
política, interno e externo, natureza e cultura, saber e 
sensibilidade”.
Milaré (2011) trata da relação da ética com o meio 
ambiente sob três óticas. Quais são elas? A ótica 
social, que se refere ao meio ambiente como bem da 
coletividade. A ótica política, que aborda a relação entre 
o gestor público e a comunidade com o meio ambiente. 
E a ótica biocêntrica, uma ética que adota os valores do 
mundo natural, uma revisão dos valores sociais, culturais 
e jurídicos (MILARÉ, 2011). 
É com Freitas (2014) que a ética passa a ser vista 
sob uma perspectiva de sustentabilidade, devendo ser 
elevada à posição de valor constitucional, como proteção 
do direito ao futuro. Daí devem sair as concepções de 
trabalho, produção e consumo, gerando bem-estar e 
atendendo às necessidades presentes e futuras.
Portanto, o autor pondera a ética sob o enfoque da 
sustentabilidade como sendo: “o princípio constitucional 
que determina, com eficácia direta e imediata, a 
responsabilidade do Estado e da sociedade pela 
concretização solidária do desenvolvimento material e 
imaterial, socialmente inclusivo, durável e equânime, 
ambientalmente limpo, inovador, ético e eficiente. Tem 
25 
o intuito de assegurar, preferencialmente de modo 
preventivo e precavido, no presente e no futuro, o direito 
ao bem-estar” (FREITAS, 2014, p. 43).
No direito brasileiro, o meio ambiente é definido 
no artigo 3 da Lei nº 6.938/81 (Lei da Política Nacional 
do Meio Ambiente) como o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas.
Assim, o meio ambiente pode ser entendido como o 
espaço onde se conservam todas as formas de vida e a 
sua interação com diferentes fatores. Ele não é apenas 
o lugar influenciado pelo homem, como as florestas, 
mas aquele criado para a sua sobrevivência, alterado de 
alguma maneira, como as cidades, por exemplo. 
O meio ambiente, portanto, abrange tanto a natureza 
física quanto a artificial e a cultural. Na primeira, tem-se a 
água, a fauna, a flora, o solo. Na segunda, as edificações, 
as construções, os equipamentos e as alterações feitas 
pelo homem. E na terceira, tem-se os bens históricos, 
culturais, artísticos e paisagísticos.
26 
EM RESUMO
Os diferentes tipos de meio ambiente
Meio ambiente cultural: formado pelo patrimônio 
histórico, artístico, arqueológico, espeleológico, 
cultural, paisagístico e turístico. 
Meio ambiente natural ou físico: formado pelo 
solo, água, ar, flora e fauna. 
Meio ambiente artificial: formado pelo conjunto 
de edificações (espaço urbano) e equipamentos 
públicos (áreas verdes, praças, ruas, avenidas etc.). 
Meio ambiente do trabalho: integra a proteção 
do homem no local do seu trabalho, a prevenção 
de acidentes, as condições e normas de segurança, 
saúde, higiene e salubridade do trabalho (IBRAHIN, 
2014, p. 8).
Para você entender ainda mais a definição sobre meio 
ambiente, veja o que diz o estudo de Milaré (2011, p.154): 
“O meio ambiente é, sobretudo, uma realidade dinâmica 
e mutante, holística e sistêmica. Ele é objeto de ciências 
e técnicas aplicadas, realidade interdisciplinar e mesmo 
transdisciplinar que desafia abertamente qualquer 
competência exclusiva, seja científica de investigação, 
seja normativa de usos e costumes. O meio ambiente é 
um fato, múltiplo e constantemente renovado, de modo 
que nunca será esgotado em suas diferentes análises”.
Sobre a expressão meio ambiente, acrescenta 
Milaré (2005, apud Macieywski, 2017, on-line), ela 
pode ser entendida tecnicamente ou juridicamente. 
27 
Tecnicamente, o conceito de meio ambiente se 
constitui “por seres bióticos e fatores abióticos e suas 
relações e interações”. 
Juridicamente, o conceito de meio ambiente pode 
ser abordado de forma estrita ou ampla. A visão estrita 
diz respeito apenas àquilo considerado recurso natural, 
sendo expressão do patrimônio natural. Refere-se à 
relação que os seres vivos têm com ele e entre si. A visão 
ampla engloba não apenas aquilo tido como natural, 
mas também o ambiente transformado pela ação do 
homem e os bens produzidos pela sua racionalidade (os 
bens culturais).
Apesar dos diversos conceitos, classificações e 
abordagens que envolvem a responsabilidade, a ética 
e o meio ambiente, é importante que você saiba que 
a legislação, a doutrina e a jurisprudência seguem 
progredindo, utilizando-se desses pilares como alicerce 
do estudo presente e futuro da proteção ambiental. 
28 
6. O EXERCÍCIO 
DA CIDADANIA 
E O FUTURO DO 
PLANETA
Antes de você começar a estudar este tema, é importante entender que a palavra cidadania é originária do latim civitas, cidade. Este 
termo, segundo Cícero (Somn. Scip. c3), na época 
da República Romana, era definido como concilium 
coetusque hominum jure sociati, ou seja, um conselho, 
o grupo social dos cives, ou cidadãos, unidos por lei, 
representando uma comunidade política, soberana e 
independente.
Ao longo da história, o conceito de cidadania se 
molda dentro das estruturas próprias de cada sociedade. 
Nesse contexto, cidadania pode ser definida como o 
agrupamento de direitos e deveres que, sob o enfoque 
político, permitem a um indivíduo participar e intervir, de 
modo direto ou indireto, na formação do governo e na 
administração do Estado.
29 
A Constituição Federal de 1988 prestigiou e visou 
resguardar conquistas como a liberdade, a dignidade 
e a igualdade de todos indistintamente, conferindo 
ao cidadão a previsão legal de direitos e garantias 
fundamentais (individuais, políticos, sociais, econômicos, 
culturais e ambientais), possibilitando seu efetivo 
exercício. 
Ela garante também meios processuais eficientes 
contra a violação do exercício desses direitos e por parte 
do Poder Público.
A Constituição de 88, também chamada de 
Constituição Cidadã, além de outros avanços, incluiu 
mecanismos de participação no processo decisório 
federal e local, como o referendo, o plebiscito e a 
iniciativa popular,ampliando e efetivando o direito de 
votar e ser votado.
30 
DEFINIÇÕES
Referendo, Plebiscito e Iniciativa Popular
Referendo é um instrumento da democracia por 
meio do qual os cidadãos eleitores são chamados 
a pronunciar-se por voto direto e secreto sobre 
determinados assuntos de relevante interesse à 
nação. Ele pode ser convocado mediante decreto 
legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, 
dos membros que compõem qualquer uma das 
Casas do Congresso Nacional.
O Plebiscito é convocado com anterioridade 
a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao 
povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe 
tenha sido submetido.
A diferença entre Plebiscito e Referendo é que o 
plebiscito é convocado antes da criação da norma 
(ato legislativo ou administrativo), e os eleitores, 
por meio do voto, aprovam ou não a questão que 
lhe for submetida. Já o referendo é convocado 
após a edição da norma, devendo o povo ratificá-
la ou não.
A Iniciativa Popular consiste na apresentação de 
projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito 
por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, 
com não menos de três décimos por cento dos 
eleitores de cada um deles.
31 
A Constituição também estabeleceu sistemas de 
gestão democrática em vários campos da Administração 
Pública. Vamos aprender alguns deles? 
O planejamento participativo é uma forma de gestão 
democrática. Ele ocorre através da cooperação das 
associações representativas no planejamento municipal, 
como preceito a ser observado pelos municípios.
A gestão democrática do ensino público na área da 
educação é outro exemplo. A gestão administrativa da 
Seguridade Social, com a participação quadripartite de 
governos, trabalhadores, empresários e aposentados 
também é uma forma de gestão democrática.
Além destes, são exemplos de gestão democrática 
a proteção dos direitos da família, da criança, do 
adolescente, do jovem e dos idosos e a garantia de 
preservação do meio ambiente.
Nesse contexto, a cidadania, abrangendo o direito de 
participação efetiva no destino de um Estado, impulsiona 
o indivíduo, eu, você, todos nós a cobrarmos dos 
representantes do povo, eleitos para cargos políticos, que 
cumpram as funções a eles atribuídas. 
E você, como cidadão, como pode exercer esse 
direito? Através da da ação popular, uma garantia 
individual, prevista no artigo 5, inciso LXXIII da 
Constituição de 1988. Este artigo determina a tutela de 
interesses de toda a sociedade, os quais não devem ser 
superados por interesse particular. 
32 
PARA ENTENDER MELHOR
Ação Popular
A ação popular é uma ação constitucional 
posta à disposição de qualquer cidadão que visa 
invalidar ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural (BRASIL, 2023, on-line).
Já deu para você entender que para o exercício da 
cidadania, o indivíduo deve conhecer os direitos dos 
quais é titular. 
Você deve saber também quais são as repercussões 
da sociedade na qual está inserido, ter consciência de 
seus deveres e entender que atua, com sua conduta ativa 
ou passiva, também sobre a esfera jurídica de outras 
pessoas, e não apenas sobre a sua própria. Além disso, 
qualquer cidadão pode influenciar nas ações do Estado.
Como você aprendeu neste capítulo, o meio ambiente 
e os bens ambientais passaram a integrar a categoria 
jurídica da res comune omnium, o que significa que são 
considerados como interesses comuns. 
O meio ambiente foi então inserido como direito 
fundamental (direito difuso, de natureza indivisível), 
o que viabilizou maior abrangência e efetividade na 
sua proteção. 
33 
PARA ENTENDER MELHOR
O que são os direitos difusos?
São aqueles que possuem natureza indivisível e 
dizem respeito a uma massa indeterminada de 
pessoas, que não podem ser individualizadas. 
Por exemplo, o direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é um direito 
tipicamente difuso e indivisível, porque afeta um 
número incalculável de pessoas, que não estão 
ligadas entre si por qualquer relação jurídica pré-
estabelecida.
Assim, fica claro que o modelo de Estado se preocupa 
com o socioambiental, alavancando uma nova tarefa, a 
de atuar considerando a relevância da preservação de 
um meio ambiente saudável para o bem-estar de todos. 
Através das ações cidadãs, instaurou-se a consciência 
de que a preservação dos recursos naturais é a 
forma mais garantida de se possibilitar a evolução da 
humanidade. 
O próprio texto constitucional determina que o meio 
ambiente deve ser preservado para os atuais e os futuros 
habitantes do planeta. 
34 
EM RESUMO
A Constituição do Brasil e os principais marcos 
sobre o Direito Ambiental
Além do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, 
em que se consolidam os principais marcos sobre 
o Direito Ambiental brasileiro, temos no país um 
relevante sistema de proteção ao meio ambiente.
Vamos conhecer alguns deles?
1. A proteção ao meio ambiente como pré-requisito 
ao atendimento dos objetivos fundamentais da 
República (art. 3º, inc. I a IV); 
2. O exercício da cidadania ambiental, inclusive pelos 
meios de atuação direta previstos na Constituição 
Federal (art. 1º, inc. II e parágrafo único); 
3. O acesso à justiça para a tutela coletiva do meio 
ambiente, com destaque para os arts. 5, inc. LXXIII 
(ação popular ambiental), e 129, inc. III (legitimidade 
do Ministério Público para a ação civil pública e para 
o inquérito civil público); 
4. O meio ambiente e a questão federal, especialmente 
em face das regras de competência comum fixadas 
no art. 23, incisos VI, VII, VIII e IX, da Constituição 
em vigor e de competência legislativa concorrente 
do art. 24, VI, VII e VIII, além da competência 
suplementar do município (art. 30, inc. II);
35 
5. A defesa do meio ambiente como princípio geral 
da atividade econômica (art. 170, inc. VI) e as 
suas correlações com os demais princípios que 
conformam a ordem econômica; 
6. A proteção do meio ambiente no âmbito das 
políticas urbanas (arts. 182 e 183), agrícola, fundiária 
e da reforma agrária (arts. 184 a 191), cultural (arts. 
215 e 216), de ciência e tecnologia (art. 218), e 
indígena (art. 231); 
7. A natureza do meio ambiente como bem de uso 
comum do povo (art. 225, caput); 
8. O significado do dever, atribuído ao poder público e 
à coletividade, de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações (art. 225, caput).
Por meio desses dispositivos, você entende 
que a utilização das propriedades ambientais não 
pode comprometer ou interferir na possibilidade de 
reprodução e regeneração do meio.
Além disso, a Constituição determina um rol de 
deveres de cumprimentos necessários para assegurar 
a efetividade do direito fundamental ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. 
Tais deveres, a princípio, são de incumbência 
do Poder Público, que tem a responsabilidade de 
desempenhar a governança ambiental e implementar as 
políticas públicas ambientais.
Mas, como você já aprendeu, para garantir um direito 
de máxima difusibilidade, ou seja, que diz respeito a 
uma massa indeterminada de pessoas, essas obrigações 
devem ser realizadas por toda a sociedade.
36 
É muito importante entender que sem o devido 
controle, sem o cuidado adequado com o meio 
ambiente, não haverá autodeterminação dos povos, 
respeito e dignidade. Não haverá vida futura. 
Assim, para enfrentar os novos desafios ao equilibrar a 
evolução econômica, a necessidade de geração de renda, 
o desenvolvimento da ciência e a preservação do meio 
ambiente, o homem contemporâneo cria formas legais, 
especialmente calcadas nos direitos difusos e coletivos, 
na função social da terra, por meio de entendimentos 
suprapartidários, com o objetivo de tutelar legalmente os 
direitos de todos e do planeta em que vivemos.
Para regulamentar o artigo 225, § 1º, incisos I, II, III e VII 
da Constituição Federal, surgiu a Lei nº 9985/2000.Ela 
abrangeu o que antes eram várias leis e regras relativas 
à preservação e conservação do meio ambiente que 
estavam espalhadas. Juntou tudo em uma só resolução, 
possibilitando às unidades governamentais federal, 
estadual e municipal e à iniciativa privada a criação, 
implantação e gestão do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação da Natureza.
Esta lei definiu a preservação do meio ambiente como 
um conjunto de métodos, procedimentos e políticas que 
visam à proteção, em longo prazo, das espécies, habitats e 
ecossistemas, e à manutenção dos processos ecológicos, 
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais.
Além da legislação vigente, decorrente de ações 
e movimentos cidadãos no nosso país, temos como 
influência os princípios internacionais que demonstram 
esse novo paradigma social, histórico, econômico e 
humano, resultantes de tratados, protocolos e leis 
internacionais, supraconstitucionais, tornando viável 
uma ação por todo o mundo.
37 
Mais recentemente, foi apresentado no Congresso 
Nacional o Projeto de Lei nº 10.453, de 2018, que trata das 
diretrizes e instrumentos para o planejamento de ações 
de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios
O objetivo é garantir a proteção do meio ambiente e o 
combate à poluição nas atividades de entidades públicas. 
Este projeto está em trâmite na Câmara Legislativa (Casa 
Revisora), sob regime de prioridade, sujeito à apreciação 
das Comissões. 
Em sua justificação, o mencionado projeto 
estabelece que tem como objetivo “institucionalizar 
na União a inclusão da vertente socioambiental no 
planejamento dos órgãos e entidades federais, além 
de estender essa prática aos Estados e Municípios, 
responsáveis por grande parte dos serviços prestados 
aos cidadãos e ainda carentes do desenvolvimento 
de critérios de sustentabilidade em suas atividades” 
(BRASIL, 2023, on-line).
Para tanto, inicia assinalando, em seu texto, 
conceitos empregados para “ações de racionalização”, 
“ações de responsabilidade socioambiental”, “ações 
de sustentabilidade”, “critérios de sustentabilidade” e 
“logística sustentável”. 
O Projeto de Lei define ações de responsabilidade 
ambiental como “práticas institucionais que tenham 
como objetivo a promoção de comportamentos éticos 
e que contribuam para o desenvolvimento ambiental, 
social e econômico, melhorando, simultaneamente, o 
meio ambiente e a qualidade de vida dos servidores e 
empregados, da comunidade local e da sociedade como 
um todo (BRASIL, 2023, on-line)”.
38 
Em seguida, concede diretrizes para o planejamento 
das ações de sustentabilidade e responsabilidade 
socioambiental no Poder Público, como menor impacto 
sobre os recursos naturais; preferência por materiais, 
tecnologias e matérias-primas de origem local; maior 
vida útil e menor custo de manutenção de bens; e uso de 
recursos naturais com origem ambientalmente regular.
Além disso, estabelece como instrumentos de 
implementação o Sistema Nacional de Informações sobre 
Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental no 
Poder Público (Ressoa). 
Esse sistema é mantido conjuntamente por todos 
os entes federativos, e os Planos de Gestão de Logística 
Sustentável, cujos conteúdos deverão ser estabelecidos 
pelos municípios com até 20.000 habitantes, podendo ser 
incorporados a outros instrumentos de planejamento de 
caráter mais amplo. 
Ao estabelecer diretrizes de logística e gestão 
sustentável, o Projeto de Lei nº 10.453, de 2018, não cria 
obrigações aos entes federados nem interfere em sua 
organização administrativa. O que ele faz é dar segurança 
jurídica e estabilidade institucional às normas ambientais 
de sustentabilidade vigentes e viabilizar o cumprimento 
das obrigações constitucionais de defender e preservar o 
meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
39 
PERFIL DA AUTORA
Leilyanne Brandão Feitosa é Procuradora de Contas 
do Ministério Público especial junto ao TCE Ceará, Mestre 
em Direito Público pela Universidade Federal do Ceará 
(UFC), especialista em Processo Administrativo (UFC) e 
em Filosofia Moderna do Direito (UECE/ESPM). Graduada 
em Direito pela UFC e em Contabilidade Pública pela 
UECE. Nomeada Procuradora-Geral do Ministério Público 
junto ao TCE Ceará pelos Conselheiros do Tribunal para 
um mandato de dois anos (2022/2024).
40 
REFERÊNCIAS 
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GLOSSÁRIO
Ação intersetorial: processo de aprendizagem e 
determinação dos sujeitos, que deve resultar em uma 
gestão integrada, capaz de responder com eficácia a 
solução de problemas da população de um determinado 
território.
Desenvolvimento sustentável: conceito sistêmico 
que se traduz num modelo de desenvolvimento global 
capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade de atender as necessidades 
das futuras gerações.
Ecossistema: nome dado a um conjunto de 
comunidades que vivem em um determinado local e 
interagem entre si e com o meio ambiente.
Ética: parte da filosofia responsável pela investigação 
dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam 
ou orientam o comportamento humano, refletindo 
especialmente a respeito da essência das normas, 
valores, prescrições e exortações presentes em qualquer 
realidade social. No plano ambiental, ela deve ser 
entendida como conjunto de princípios morais que 
orientam o comportamento humano.
Fatores abióticos: todos os fatores físicos, químicos e 
geológicos do ambiente, como água, luz, solo, umidade, 
temperatura, nutrientes etc.
Responsabilidade socioambiental: responsabilidade 
que uma empresa, ou organização tem com a sociedade 
e com o meio ambiente além das obrigações legais e 
econômicas.
Seres bióticos: está relacionado aos seres vivos das 
comunidades como plantas, animais e bactérias que, por 
sua vez, desempenham papéis diferentes no ecossistema.
Tutela: proteção exercida em relação a alguém ou a algo 
mais frágil.
Realização
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