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Aula 10 AFRFB 2009 CONTABILIDADE DECIFRADA

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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
 
 
 
1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO) .......................................... 2 
 
1.1 REGIME DE COMPETÊNCIA, REGISTRO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS ......................................... 2 
 
1.2 DISPONIBILIDADES – FUNCIONAMENTO DE CONTAS ............................................................ 3 
 
1.3 ATIVO CIRCULANTE ................................................................................................ 6 
 
1.4 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – ATUALMENTE COMPONENTE DO ATIVO NÃO-CIRCULANTE.......... 7 
 
1.5 QUESTÕES RELATIVAS AO ANTIGO ATIVO PERMANENTE – ATUAL ATIVO NÃO-CIRCULANTE ................ 8 
 
1.6 GRUPOS PATRIMONIAIS – ATIVO ............................................................................... 10 
 
2 GABARITO ........................................................................................................... 12 
 
3 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO – RESOLVIDAS E COMENTADAS) 
............................................................................................................ 12 
3.1 REGIME DE COMPETÊNCIA, REGISTRO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS ....................................... 12 
 
3.1.1 AFRF – 2003 – contabilidade avançada ....................................................... 13 
 
3.1.2 AFRF – 2003 – contabilidade avançada ....................................................... 18 
 
3.1.3 AFRF – 2003 – contabilidade avançada ....................................................... 23 
 
3.2 DISPONIBILIDADES – FUNCIONAMENTO DE CONTAS .......................................................... 29 
 
3.2.1 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF).................................................. 29 
 
3.2.2 AFTN – 1994 / setembro........................................................................... 33 
 
3.2.3 AFRF - 2000............................................................................................ 35 
 
3.2.4 TRF – ESAF – 2002 .................................................................................. 42 
 
3.3 ATIVO CIRCULANTE .............................................................................................. 45 
 
3.3.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Contabilidade – 2004 (FCC) ............................ 45 
 
3.3.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF).................................................. 46 
 
3.3.3 Analista de transportes urbanos – Contador 2008 (CESPE) Lançamentos 
contábeis - IRRF..................................................................................................... 49 
 
3.4 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – ATUALMENTE COMPONENTE DO ATIVO NÃO-CIRCULANTE........ 52 
 
3.4.1 Prova de Analista Externo do TCU - 2002.................................................... 52 
 
3.4.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC...................... 55 
 
3.5 QUESTÕES RELATIVAS AO ANTIGO ATIVO PERMANENTE – ATUAL ATIVO NÃO-CIRCULANTE .............. 57 
 
3.5.1 AFRF – 2000 – Prova de Contabilidade avançada ......................................... 57 
 
3.5.2 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) ................................. 59 
 
3.5.3 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) ................................. 61 
 
3.5.4 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC...................... 65 
 
3.5.5 ICMS – Bahia – 2004 (FCC) ...................................................................... 68 
 
3.5.6 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade – 2005 (FCC) ................. 71 
 
3.6 GRUPOS PATRIMONIAIS – ATIVO ............................................................................... 74 
 
3.6.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Contabilidade – 2004 (FCC) ............................ 74 
 
3.6.2 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC) ......................................................... 76 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
1 Exercícios de Fixação (Questões de concurso) 
 
1.1 Regime de competência, registro de aplicações financeiras 
 
Com as instruções fornecidas a seguir, responder às questões de nºs 01 
a 03. 
 
I. A Cia. Boa Vista, companhia atuante no mercado imobiliário, em 
20.10.20x1 faz uma aplicação financeira em Títulos e Valores Mobiliários 
de R$ 500.000, resgatável em 180 dias pelo valor de R$ 590.000, com 
Imposto de Renda Retido na Fonte de 10%; 
II. O imposto retido é compensável com o Imposto de Renda devido 
sobre o lucro apurado no período fiscal; 
III. O período contábil da empresa, estabelecido em seu estatuto, 
abrange o intervalo de tempo entre 01.01 a 31.12 de cada ano. 
 
1.1.1 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
01- O valor a ser incorporado como custo de aquisição da operação é 
a) R$ 590.000 
b) R$ 536.000 
c) R$ 534.000 
d) R$ 530.000 
e) R$ 500.000 
 
1.1.2 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
02- Se a empresa utilizar o critério linear para apropriação dos 
rendimentos gerados por esta operação, é correto afirmar que: 
a) o valor proporcional ao Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser 
computado em conta corretiva do ativo. 
b) em 31.12.20x1 a empresa deverá ter registrado como resultado do 
exercício, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos rendimentos 
contratados. 
c) os rendimentos contratados somente serão apropriados ao resultado 
da empresa na ocasião do vencimento da aplicação. 
d) a empresa deverá registrar como Resultado de Exercícios Futuros o 
valor total dos rendimentos contratados na ocasião da contratação e 
efetivação da operação. 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
e) a Demonstração do Resultado do Exercício encerrado em 31.12.20x1 
dessa empresa deverá ser afetado por receitas financeiras 
correspondentes a 19,01% dos rendimentos. 
 
1.1.3 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
03- Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos títulos que lastreiam essa 
aplicação temporária era de R$ 532.000 e as despesas de negociação e 
corretagem R$ 2.000. Em casos como este o procedimento contábil a 
ser efetivado seria: 
a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, já deduzido do Imposto 
de Renda retido na fonte, registrando o valor apurado em conta do 
ativo. 
b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao 
valor de mercado dos títulos a crédito de conta de receita financeira. 
c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em 
função do custo de oportunidade da empresa em relação a essa 
aplicação. 
d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao 
valor de mercado, forma de avaliação aplicada a este tipo de ativo. 
e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparação entre o 
valor pago na data do balanço e o valor contábil da aplicação. 
 
1.2 Disponibilidades – funcionamento de contas 
 
1.2.1 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
50- A empresa Grandeza Ltda., ao providenciar a conciliação bancária, 
constatou os seguintes fatos: 
- O saldo da conta do Banco do Brasil, no extrato, era de 
R$ 255,00; 
 
- Cheques emitidos pela empresa e não apresentados ao 
Banco, no valor de R$ 200,00; 
 
- Cheques depositados pela empresa e não consignados 
em conta pelo Banco, no valor de R$ 150,00; 
- Despesas apropriadas pelo Banco e não informadasem 
tempo hábil para contabilização, no valor de R$ 10,00. 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
Considerando as informações acima, o valor do saldo contábil na 
escrituração da empresa era de: 
a) R$ 95,00 
b) R$ 215,00 
c) R$ 295,00 
d) R$ 315,00 
e) R$ 595,00 
1.2.2 AFTN – 1994 / setembro1 
 
Enunciado 
 
9) em 30/11/x2, a composição do fundo fixo de caixa sempre suprido 
pela tesouraria em moeda corrente, era a seguinte: 
- moeda corrente 10.000,00 
 
- comprovante de despesa 90.000,00 
 
- total 100.000,00 
 
Naquela data foi feita a reconstituição do fundo e, concomitantemente, a 
redução do valor em moeda corrente de 100.000,00 para 50.000,00. 
Em função dos registros contábeis concernentes, o somatório das contas 
do Ativo Circulante: 
a) diminuiu em 90000,00 
 
b) aumentou em 40000,00 
 
c) aumentou em 50000,00 
 
d) aumentou em 130000,00 
 
e) diminuiu em 50000,00 
 
1.2.3 AFRF - 20002 
 
Enunciado 
 
26 - A empresa Sol S/A apresentou valores correntes ou circulantes, 
com os seguintes saldos: 
 
 
 
 
 
 
 
1 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
2 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
caixa 40,00 
bancos c/ movimento 100,00 
valores mobiliários 200,00 
mercadorias 600,00 
meateriais de consumo 120,00 
duplicatas a pagar 800,00 
duplicatas descontadas 300,00 
duplicatas a receber 500,00 
 
 
 
No fechamento do exercício, para promover os ajustes necessários no 
balanço, o contador apurou que: 
1. o extrato bancário indicava um cheque de R$ 20,00 
emitido mas ainda não sacado pelo portador. 
 
2. os valores mobiliários são mil ações da CSN, avaliadas a 
25 centavos no dia do balanço. 
 
3. ainda faltam contabilizar 40,00 de receitas antecipadas e 
150,00 de despesas antecipadas. 
 
Feitas as atualizações necessárias, o balanço patrimonial apresentará 
um ativo circulante no valor de: 
a) 1150 
b) 1410 
c) 1300 
d) 1320 
e) 1370 
 
1.2.4 TRF – ESAF – 2002 
 
ENUNCIADO 
 
O Mercado de Artesanato Local mantém conta corrente no Banco da 
Terra S/A. Em 31 de agosto recebeu o extrato do mês com saldo credor 
de R$ 38.800,00. Como o livro razão apresentava na conta Bancos 
c/Movimento um saldo devedor de R$ 24.000,00, a empresa mandou 
fazer uma conciliação. Os dados colhidos para conciliação constaram dos 
seguintes fatos: 
1. um cheque de R$ 600,00, recebido de clientes e depositado em 
20.08, foi devolvido por insuficiência de fundos; 2. três cheques de R$ 
1.200,00, 5.500,00 e 2.000,00, emitidos para pagamentos a terceiros, 
não foram apresentados; 3. um cheque de R$ 700,00 foi debitado ao 
Mercado, por engano do banco; 4. um depósito de R$ 200,00 foi 
erroneamente creditado a outro correntista; 5. uma cobrança de 
duplicatas, emitidas pelo Mercado, no valor de R$ 8.000,00 fora feita 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
pelo banco, mas não houve emissão de aviso a tempo; 6. no extrato 
aparecem despesas bancárias de R$ 400,00, ainda não contabilizadas 
pelo Mercado. 
Após analisar todos esses fatos, o Contador comunicou à administração 
que a conta Bancos c/ Movimento deverá ir a balanço com o saldo de 
a) R$ 16.400,00 
b) R$ 23.300,00 
c) R$ 31.000,00 
d) R$ 38.800,00 
e) R$ 46.600,00 
 
1.3 Ativo Circulante 
 
1.3.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Área Administrativa –Contabilidade 
– 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
Com relação à sistemática contábil do imposto de renda na fonte, julgue 
o item abaixo. 
 
70 Na contabilização do imposto de renda incidente na fonte sobre 
rendimentos auferidos pela pessoa jurídica, compensável na declaração, 
o lançamento no beneficiário desses rendimentos deve ser registrado da 
forma seguinte. 
D: Disponível (caixa/bancos) 
 
D: Imposto de Renda a Compensar 
 
C: Receita de (...). 
 
1.3.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
33- O grupo de contas Realizável a Curto Prazo, entre outras, é 
composto de: 
a) Caixa, Contas a Receber e Estoques. 
 
b) Contas a Receber, Estoques e Empréstimos a Sócios. 
 
c) Contas a Receber, Estoques e Adiantamento a Empregados. d) 
Estoques, Máquinas e Equipamentos e Duplicatas a Receber. 
e) Contas a Receber, Estoques e Fornecedores. 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
1.3.3 Analista de transportes urbanos – Contador 2008 (CESPE) 
Lançamentos contábeis - IRRF 
 
Acerca da influência de tributos no patrimônio e dos indicadores das 
empresas, julgue os itens a seguir. 
ENUNCIADO 
 
 
107. A correta contabilização do imposto de renda retido de funcionários 
não onera a empresa. O imposto retido faz parte do saldo total de 
despesa de salário do funcionário, diferentemente do registro do PASEP. 
Caso a empresa efetue o desconto do funcionário, mas não recolha o 
valor aos cofres públicos, ocorrerá uma apropriação indébita por parte 
dessa empresa. 
 
1.4 Ativo Realizável a Longo Prazo – atualmente componente do 
Ativo não-circulante 
 
1.4.1 Prova de Analista Externo do TCU - 2002 
 
Enunciado 
 
33- A empresa S.A. Indústria e Comércio produz tornos metálicos e 
outras ferramentas industriais que são comercializados em operações de 
venda, tanto a vista como a prazo. Seu exercício financeiro coincide com 
o ano-calendário. Em 21 de dezembro de 1999 o Diretor Financeiro 
dessa empresa, que também é seu acionista, obteve na Tesouraria um 
empréstimo de R$ 6.000,00, assinando uma promissória vencível em 25 
do mês seguinte. No mesmo dia, esse Diretor comprou a prazo algumas 
ferramentas, na própria loja da fábrica, assinando três notas 
promissórias de R$ 600,00, vencíveis a 60, 120 e 180 dias. As 
operações foram debitadas em Títulos a Receber. 
Ao encerrar o exercício em 31 de dezembro do referido ano, deverá 
constar no balanço patrimonial dessa empresa a conta “Títulos a 
Receber” com saldo de 
a) R$ 7.800,00 no ativo circulante 
 
b) R$ 7.800,00 no ativo realizável a longo prazo 
c) R$ 6.000,00 no ativo circulante 
d) R$ 6.000,00 no ativo circulante e de R$ 1.800,00 no ativo 
realizável a longo prazo 
e) R$ 1.800,00 no ativo circulante e de R$ 6.000,00 no ativo 
realizável a longo prazo 
 
 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
1.4.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC 
 
ENUNCIADO 
 
10. O Banco BCH efetuou, no exercício de 2005, o registro de um 
crédito tributário, seguindo o regulamentado pelo COSIF. Esse crédito 
tributário pode ser decorrente 
(A) de prejuízo fiscal de IR, de base negativa de CSLL ou de diferenças 
temporárias decorrentes de despesas apropriadas no exercício e ainda 
não dedutíveis para fins de IR e CSLL.(B) de lucro fiscal ou de diferenças temporárias decorrentes de receita 
apropriadas no exercício e não tributável para fins de IR e CSLL. 
(C) da margem de intermediação financeira do banco ainda não 
realizada no exercício e que será realizada em exercícios seguintes. 
(D) do resultado do exercício futuro, decorrente do recebimento 
antecipado de receita antes do cumprimento da obrigação 
correspondente. 
(E) da diferença entre os valores registrados de recebimento e 
pagamentos de receitas e despesas e os computados pelo regime de 
competência. 
 
1.5 Questões relativas ao antigo Ativo Permanente – atual Ativo 
não-circulante 
 
1.5.1 AFRF – 2000 – Prova de Contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
10- Os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo 
Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa, segundo o texto da Lei 6.404/76, são 
classificados como: 
a) Disponibilidades 
 
b) Contas a Receber 
c) Investimentos 
d) Imobilizados 
 
e) Diferido 
 
1.5.2 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
03- Os juros e demais encargos financeiros decorrentes de 
financiamentos para a construção de bens imobilizados, são: 
a) Registrados em conta destacada, que evidencie sua natureza, e 
classificados no mesmo grupo do ativo que lhe deu origem 
b) Levados ao resultado do exercício no período em que forem pagos ou 
provisionados de acordo com a competência de exercício 
c) Inscritos em uma conta do Diferido e levados ao resultado do 
exercício de acordo com a taxa de retorno esperada 
d) Computados como despesas financeiras no período em que ocorrer o 
seu efetivo pagamento 
e) Computados em conta específica do grupo Resultado de Exercícios 
Futuros e apropriados ao resultado em até 5 anos 
 
1.5.3 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
04- Comparando-se o conceito do Ativo Permanente Diferido com o das 
Despesas Antecipadas, pode-se dizer que 
 
a) O Diferido é formado por despesas já incorridas e não pagas que 
afetam exclusivamente o Passivo Circulante 
b) As Despesas Antecipadas são formadas por despesas incorridas e não 
pagas que afetam o Passivo Circulante e o Exigível de Longo Prazo 
c) As Despesas Antecipadas registram despesas pagas e não incorridas 
e o Diferido é formado por despesas já incorridas 
 
d) As Despesas Antecipadas alteram o Resultado Não-Operacional e o 
Diferido o Resultado Operacional 
 
e) O Diferido afeta os resultados do exercício através de amortizações 
baseadas em estimativas e as Despesas Antecipadas quando são pagas 
 
1.5.4 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC 
 
ENUNCIADO 
 
11. O Banco Múltiplo LSG realiza, dentre outras operações de crédito, 
arrendamento de veículos a terceiros, sob a modalidade de Leasing 
Financeiro. É correto afirmar que os bens objetos do arrendamento a 
terceiros deve ser contabilizado na Instituição Financeira 
(A) no Ativo Realizável a Longo Prazo. 
 
(B) no Ativo Imobilizado. 
 
(C) no Ativo Circulante. 
 
 
 
 
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Curso on-line – AFRFB 2009 – Contabilidade Decifrada – Aula 10 
Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
(D) no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo, de acordo com os 
prazos das parcelas que faltam receber. 
(E) somente em notas explicativas, pois este bem pertence à 
arrendatária e, portanto, não pertence à arrendadora. 
 
1.5.5 ICMS – Bahia – 2004 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
38. No processo de avaliação de ativos, classificados como 
investimentos permanentes, que não se configurem como participações 
societárias, deve-se 
(A) lançar a previsão para atender às perdas prováveis na realização de 
seu valor original 
(B) reconhecer o acréscimo decorrente da variação de mercado, ao 
custo de aquisição, sempre que houver ganhos. 
(C) corrigir ao valor de mercado sempre que este for maior ao custo de 
aquisição 
(D) observar o registro da previsão para o aumento decorrente da 
valoração de mercado, sempre que este for maior 
(E) registrar a provisão para atender a redução do custo de aquisição, 
sempre que o valor de mercado for inferior 
 
1.5.6 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado - 
Contabilidade – 2005 (FCC) 
ENUNCIADO 
 
 
21. É característica do Imobilizado 
 
(A) ser utilizado no desenvolvimento das atividades da empresa. 
 
(B) ter ligação específica com a geração de resultados futuros. 
 
(C) ser formado apenas por bens não destinados à revenda. 
 
(D) representar itens permanentes não ligados às atividades da 
entidade. 
(E) ser transferido para o resultado somente pela depreciação. 
 
1.6 Grupos patrimoniais – Ativo 
 
1.6.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Área Administrativa –Contabilidade 
– 2004 (FCC) 
 
ENUNCIADO 
 
 
 
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Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
Com base na legislação societária e nos princípios fundamentais de 
contabilidade, julgue os itens subseqüentes, relativos às sociedades 
comerciais em geral. 
57 Os estoques de mercadorias destinadas à venda são avaliados ao 
custo de aquisição, de acordo com o critério de custeamento das 
respectivas baixas, ou pelo valor de mercado, se este for menor. 
 
1.6.2 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC) 
 
Instruções: Considere somente os dados fornecidos para responder às 
questões de números 21 a 25. 
Em 31/12/2000, os levantamentos contábeis da Cia. Marajó indicavam 
os seguintes valores: 
Máquinas e Equipamentos..................... 5.000,00
Caixa.......................................................... 500,00
Capital................................................... 12.000,00
Contas a Pagar....................................... 4.100,00
Estoque Inicial......................................... 3.500,00
Estoque Final.......................................... 5.000,00
Contas a Receber................................... 5.000,00
Empréstimos de Longo Prazo................. 6.000,00
Imóveis (para uso nas operações)........ 12.000,00
Impostos a Recolher............................... 1.000,00
Resultado do Período............................. 2.750,00
Resultado Acumulado (prejuízo)............. 4.500,00
Empréstimos a Curto Prazo.................... 5.500,00
Provisão para Devedores Duvidosos............ 150,00
Depreciação Acumulada......................... 3.000,00
Reservas de Capital................................ 2.000,00
Investimentos em Controladas............... 3.000,00
Aplicações Financeiras de Curto Prazo... 1.500,00
Compras no Período............................. 42.000,00
 
ENUNCIADO 
 
 
25. O total do Ativo: 
 
(A) 30.125 
 
(B) 28.850 
 
(C) 26.750 
 
(D) 24.100 
 
(E) 22.450 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercícios sobre Demonstrações – Parte II – Estrutura e funcionamento de contas no Ativo 
2 Gabarito 
 
Assunto / Concurso-questão Gab.
1 Regime de competência, registro de aplicações financeiras 
1.1 AFRF – 2003 – contabilidade avançada E
1.2 AFRF – 2003 – contabilidade avançada B
1.3 AFRF – 2003 – contabilidade avançada D
2 Disponibilidades – funcionamento de contas 
2.1 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) B
2.2 AFTN – 1994 / setembroA
2.3 AFRF - 2000 C
2.4 TRF – ESAF – 2002 C
 
 
Assunto / Concurso-questão Gab.
3 Ativo Circulante - 
3.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Área Administrativa –Contabilidade – 2004 (FCC) C
3.2 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) C
3.3 Analista de transportes urbanos – Contador 2008 (CESPE) Lançamentos contábeis - IRRF C
4 Ativo Realizável a Longo Prazo - 
4.1 Prova de Analista Externo do TCU - 2002 E
4.2 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC A
5 Ativo Permanente - 
5.1 AFRF – 2000 – Prova de Contabilidade avançada C
5.2 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) A
5.3 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) C
5.4 Analista do Banco Central do Brasil (Área 3) – jan/2006 – FCC B
5.5 ICMS – Bahia – 2004 (FCC) E
5.6 TRT 11 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Contabilidade – 2005 (FCC) A
6 Grupos patrimoniais – Ativo - 
6.1 TRT 10 - Analista Judiciário – Área Administrativa –Contabilidade – 2004 (FCC) C
6.2 ICMS – Distrito Federal – 2001 (FCC) B
 
 
 
 
 
3 Exercícios de Fixação (Questões de concurso – resolvidas e 
comentadas) 
 
3.1 Regime de competência, registro de aplicações financeiras 
 
Com as instruções fornecidas a seguir, responder às questões de nºs 01 
a 03. 
 
I. A Cia. Boa Vista, companhia atuante no mercado imobiliário, em 
20.10.20x1 faz uma aplicação financeira em Títulos e Valores Mobiliários 
de R$ 500.000, resgatável em 180 dias pelo valor de R$ 590.000, com 
Imposto de Renda Retido na Fonte de 10%; 
II. O imposto retido é compensável com o Imposto de Renda devido 
sobre o lucro apurado no período fiscal; 
 
 
 
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III. O período contábil da empresa, estabelecido em seu estatuto, 
abrange o intervalo de tempo entre 01.01 a 31.12 de cada ano. 
 
3.1.1 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
01- O valor a ser incorporado como custo de aquisição da operação é 
a) R$ 590.000 
b) R$ 536.000 
c) R$ 534.000 
d) R$ 530.000 
e) R$ 500.000 
Resolução e comentários 
 
Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da 
prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da 
presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e 
comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso 
– de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários 
de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora 
vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões 
diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, 
entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria 
aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da 
matéria. 
(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do 
concurso 
Trata-se de questão de avaliação de aplicações em títulos e valores 
mobiliários. A redação do art. 183 da Lei das S/A determina o critério 
do custo de aquisição, nos seguintes termos: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
 
 
 
 
 
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Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos: 
Data da aplicação – 20/10/2001 
 
Data do resgate - 20/4/2002 (prazo de 180 dias) 
Valor da aplicação - R$ 500.000 
Valor do resgate - R$ 590.000 
 
Rendimentos totais - R$ 90.000 
 
Rendimentos mensais - R$ 15.000 
 
IRF (10%) mensal - R$ 1.500 
 
Pela aplicação do Princípio do registro pelo valor original, o custo de 
aquisição da operação é o valor pago por ela – 500.000. 
Conforme Manual de contabilidade das Sociedades por Ações, página 86 
(ed.1999), o lançamento deverá ser o seguinte: 
D = Investimentos temporários 
C = a bancos 500.000 
 
Ou, considerando o valor do rendimento a apropriar como redutora do 
ativo: 
D = Investimentos temporários 590.000 
 
C = a diversos 
 
C = a bancos 500.000 
 
C = a juros a transcorrer 90.000 
 
Repare que, nesse segundo caso, o valor da aplicação também será de 
R$ 500.000,00 (ou seja, R$ 590.000,00 – R$ 90.000,00 = R$ 
500.000,00). 
 
Ambos os caminhos levam ao valor de R$ 500.000,00 – constante da 
alternativa (E). 
(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros 
eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e 
pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a elaboração do 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros 
pronunciamentos técnicos. 
Quanto aos critérios de avaliação dessas aplicações, cumpre referir que 
– com o advento da Lei n° 11.638, de 2007, e, posteriormente, da 
 
 
 
 
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Medida Provisória nº 449, de 2008, que alteraram a Lei das S/A – 
ocorreram sensíveis modificações. 
 
O inciso I do art. 183 da Lei das S/A tratava, em sua redação anterior, 
da avaliação dos seguintes itens, desde que não classificados como 
investimentos: (1) direitos e títulos de crédito e (2) outros valores 
mobiliários. Para fins didáticos, repetimos a redação anterior do 
referido inciso, riscada e seguida da redação atual: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, 
inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, 
quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para 
venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
b) pelo valor de custo de aquisição ouvalor de 
emissão, atualizado conforme disposições legais ou 
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e 
os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
Conforme se depreende da leitura do dispositivo acima reproduzido, a 
redação anterior determinava a avaliação das aplicações pelo custo de 
aquisição, com a respectiva redução ao valor de mercado, através de 
(a) exclusão dos itens prescritos e (b) provisão para ajuste ao valor de 
realização. Havia, ainda, previsão para registro de aumentos do valor 
original, mas somente no caso de variação cambial e juros (até o limite 
do valor de mercado). 
A nova redação, entretanto, trata da avaliação de (1) aplicações em 
instrumentos financeiros e (2) direitos e títulos de crédito classificados 
no ativo circulante ou realizável a longo prazo. 
 
 
 
 
 
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Entendemos que os itens patrimoniais a que o inciso I do art. 183, em 
sua nova redação, se refere são – basicamente – os mesmos referidos na 
redação anterior. A grande novidade está no tratamento dado à 
avaliação desses elementos. Com relação às aplicações financeiras, 
houve uma separação entre dois grandes grupos, compostos: (1) por 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda – com 
critério de avaliação novo e específico e (2) pelas demais aplicações – 
com critério de avaliação diferenciado (similar ao anteriormente 
determinado) e também aplicável aos títulos de crédito. 
 
Quanto à avaliação de instrumentos financeiros, deve ser adotado o 
mesmo critério, já adotado para as entidades financeiras, nos termos da 
circular BACEN n° 3.068, de 2001, que está em consonância com a nova 
redação do art. 183 da Lei das S/A. 
A Circular Bacen nº 3.068, de 2001, estabelece critérios para registro e 
avaliação contábil de títulos e valores mobiliários. Em princípio, o título 
deve ser avaliado pelo valor efetivamente pago, em seguida, ele deve 
ser classificado em uma das três categorias, de acordo com a INTENÇÃO 
do investidor: 
(1) para negociação – imediata (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “aplicações destinadas à negociação”), 
 
(2) disponível para venda – eventual (termo referenciado pela Lei das 
S/A como “aplicações disponíveis para a venda” e 
 
(3) mantido até o vencimento (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “demais aplicações”). 
 
Os títulos classificados para negociação ou disponíveis para venda 
devem ser ajustados pelo valor justo (de mercado equivalente), no 
mínimo por ocasião dos balanços/balancetes. 
No caso de títulos para negociação imediata, os ajustes a valor justo 
devem ser registrados em contrapartida de conta de receita ou despesa 
(no resultado do período). 
 
Os títulos disponíveis para venda eventual terão os ajustes a valor justo 
registrado em contrapartida de conta do PL – os ganhos/perdas não 
realizados devem ser transferidos para o resultado no período em que 
for realizada a alienação definitiva dos títulos. 
Os títulos a serem mantidos até o vencimento devem ser avaliados pelo 
custo, acrescido dos rendimentos auferidos (que devem impactar o 
resultado). É importante lembrar que esses ativos têm seu valor 
original atualizado pelos respectivos rendimentos (com contrapartida em 
receitas financeiras) e que essa atualização gera um comportamento 
(ascendente) no valor do ativo, denominado “curva do papel”. Ocorre 
que, durante o período de maturação do investimento (compreendido 
 
 
 
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entre sua aplicação e seu resgate), pode ocorrer que o mercado 
(composto por terceiros, em geral), pelas mais diversas razões, não se 
disponha a pagar pelo título o valor original, atualizado (o que reduz o 
respectivo valor provável de realização). Nessa situação, ocorre o 
fenômeno de uma “perda na penumbra”, o que implica a constituição de 
uma provisão para perdas em investimentos. 
Saliente-se que a questão trata de títulos destinados à manutenção até 
o vencimento e que, portanto, o critério de sua avaliação é o custo 
(mesmo critério determinado pela legislação anteriormente aplicável). 
 
Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos: 
Data da aplicação – 20/10/2001 
 
Data do resgate - 20/4/2002 (prazo de 180 dias) 
Valor da aplicação - R$ 500.000 
Valor do resgate - R$ 590.000 
 
Rendimentos totais - R$ 90.000 
 
Rendimentos mensais - R$ 15.000 
 
IRF (10%) mensal - R$ 1.500 
 
Pela aplicação do Princípio do registro pelo valor original, o custo de 
aquisição da operação é o valor pago por ela – 500.000. 
Conforme Manual de contabilidade das Sociedades por Ações, página 86 
(ed.1999), o lançamento deverá ser o seguinte: 
D = Investimentos temporários 
C = a bancos 500.000 
 
Ou, considerando o valor do rendimento a apropriar como redutora do 
ativo: 
D = Investimentos temporários 590.000 
 
C = a diversos 
 
C = a bancos 500.000 
 
C = a juros a transcorrer 90.000 
 
Repare que, nesse segundo caso, o valor da aplicação também será de 
R$ 500.000,00 (ou seja, R$ 590.000,00 – R$ 90.000,00 = R$ 
500.000,00). 
 
Ambos os caminhos levam ao valor de R$ 500.000,00 – constante da 
alternativa (E). 
 
 
 
 
 
 
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Pelas considerações acima, verifica-se que, mesmo com as alterações 
legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta 
para a questão continua sendo a de letra (E). 
Gabarito 
 
E 
 
3.1.2 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
02- Se a empresa utilizar o critério linear para apropriação dos 
rendimentos gerados por esta operação, é correto afirmar que: 
a) o valor proporcional ao Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser 
computado em conta corretiva do ativo. 
b) em 31.12.20x1 a empresa deverá ter registrado como resultado do 
exercício, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos rendimentos 
contratados. 
c) os rendimentos contratados somente serão apropriados ao resultado 
da empresa na ocasião do vencimento da aplicação. 
d) a empresa deverá registrar como Resultado de Exercícios Futuros o 
valor total dos rendimentos contratados na ocasião da contratação e 
efetivação da operação. 
e) a Demonstração do Resultado do Exercício encerrado em 31.12.20x1 
dessa empresa deverá ser afetado por receitas financeiras 
correspondentes a 19,01% dos rendimentos. 
Resolução e comentários 
 
Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da 
prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da 
presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e 
comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso 
– de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários 
de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora 
vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões 
diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, 
entendemos que nosso objetivoresta alcançado, discutir a teoria 
aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da 
matéria. 
(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do 
concurso 
 
 
 
 
 
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Trata-se de questão de avaliação de aplicações em títulos e valores 
mobiliários. A redação do art. 183 da Lei das S/A determina o critério 
do custo de aquisição, nos seguintes termos: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos: 
Memória de cálculo: 
 
a) Número de dias contratados para o investimento - 180 dias 
b) Número de dias incorridos - 72 dias 
c) Percentual de tempo incorrido - 72/180 = 2/5 
 
Lançamento: 
 
a) relativo aos rendimentos: 
 
D = investimentos temporários 
 
C = a Receitas financeiras 36.000 (2/5 * 90.000) 
 
b) relativo ao IRF 
 
D = IRF a compensar 
 
C = a IRF a recolher 3.600 (2/5 * 9.000) 
 
Ou, considerando os juros a transcorrer como conta redutora do ativo: 
 
a) lançamento relativo aos rendimentos: 
D = juros a transcorrer 
C = a Receitas financeiras 36.000 (2/5 * 90.000) 
 
b) lançamento relativo ao IRF 
D = IRF a compensar 
C = a IRF a recolher 3.600 (2/5 * 9.000) 
 
Assim, conclui-se que, em 31.12.20x1, a empresa deverá ter registrado 
como resultado do exercício, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos 
rendimentos contratados – nos termos da alternativa (B). 
(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO 
 
 
 
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Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros 
eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e 
pela Medida Provisória nº449, de 2008) e (2) a elaboração do 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros 
pronunciamentos técnicos. 
Quanto aos critérios de avaliação dessas aplicações, cumpre referir que 
– com o advento da Lei n° 11.638, de 2007, e da Medida Provisória nº 
449, de 2008, que alteraram a Lei das S/A – ocorreram sensíveis 
modificações. 
O inciso I do art. 183 da Lei das S/A tratava, em sua redação anterior, 
da avaliação dos seguintes itens, desde que não classificados como 
investimentos: (1) direitos e títulos de crédito e (2) outros valores 
mobiliários. Para fins didáticos, repetimos a redação anterior do 
referido inciso, riscada e seguida da redação atual: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, 
inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, 
quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para 
venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de 
emissão, atualizado conforme disposições legais ou 
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e 
os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
Conforme se depreende da leitura do dispositivo acima reproduzido, a 
redação anterior, determinava a avaliação das aplicações pelo custo de 
aquisição, com a respectiva redução ao valor de mercado, através de 
 
 
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(a) exclusão dos itens prescritos e (b) provisão para ajuste ao valor de 
realização. Havia, ainda previsão para registro de aumentos do valor 
original, mas somente no caso de variação cambial e juros (até o limite 
do valor de mercado). 
A nova redação, entretanto, trata da avaliação de (1) aplicações em 
instrumentos financeiros e (2) direitos e títulos de crédito classificados 
no ativo circulante ou realizável a longo prazo. 
Entendemos que os itens patrimoniais a que o inciso I do art. 183, em 
sua nova redação, se refere são – basicamente – os mesmos referidos na 
redação anterior. A grande novidade está no tratamento dado à 
avaliação desses elementos. Com relação às aplicações financeiras, 
houve uma separação entre dois grandes grupos, compostos: (1) por 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda – com 
critério de avaliação novo e específico e (2) pelas demais aplicações – 
com critério de avaliação diferenciado (similar ao anteriormente 
determinado) e também aplicável aos títulos de crédito. 
 
Quanto à avaliação de instrumentos financeiros, deve ser adotado o 
mesmo critério, já adotado para as entidades financeiras, nos termos da 
circular BACEN n° 3.068, de 2001, que está em consonância com a nova 
redação do art. 183 da Lei das S/A. 
A Circular Bacen nº 3.068, de 2001, estabelece critérios para registro e 
avaliação contábil de títulos e valores mobiliários. Em princípio, o título 
deve ser avaliado pelo valor efetivamente pago, em seguida, ele deve 
ser classificado em uma das três categorias, de acordo com a INTENÇÃO 
do investidor: 
(1) para negociação – imediata (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “aplicações destinadas à negociação”), 
 
(2) disponível para venda – eventual (termo referenciado pela Lei das 
S/A como “aplicações disponíveis para a venda” e 
 
(3) mantido até o vencimento (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “demais aplicações”). 
 
Os títulos classificados para negociação ou disponíveis para venda 
devem ser ajustados pelo valor justo (de mercado ou equivalente), no 
mínimo por ocasião dos balanços/balancetes. 
No caso de títulos para negociação imediata, os ajustes a valor justo 
devem ser registrados em contrapartida de conta de receita ou despesa 
(no resultado do período). 
 
Ostítulos disponíveis para venda eventual terão os ajustes a valor justo 
registrado em contrapartida de conta do PL – os ganhos/perdas não 
realizados devem ser transferidos para o resultado no período em que 
for realizada a alienação definitiva dos títulos. 
 
 
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Os títulos a serem mantidos até o vencimento devem ser avaliados pelo 
custo, acrescido dos rendimentos auferidos (que devem impactar o 
resultado). É importante lembrar que esses ativos têm seu valor 
original atualizado pelos respectivos rendimentos (com contrapartida em 
receitas financeiras) e que essa atualização gera um comportamento 
(ascendente) no valor do ativo, denominado “curva do papel”. Ocorre 
que, durante o período de maturação do investimento (compreendido 
entre sua aplicação e seu resgate), pode ocorrer que o mercado 
(composto por terceiros, em geral), pelas mais diversas razões, não se 
disponha a pagar pelo título o valor original, atualizado. Nessa situação, 
ocorre o fenômeno de uma “perda na penumbra”, o que implica a 
constituição de uma provisão para perdas em investimentos. 
Saliente-se que a questão trata de títulos destinados à manutenção até 
o vencimento e que, portanto, o critério de sua avaliação é o custo 
(mesmo critério determinado pela legislação anteriormente aplicável). 
 
Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos: 
Memória de cálculo: 
 
 Número de dias contratados para o investimento - 180 dias 
 Número de dias incorridos - 72 dias 
 Percentual de tempo incorrido - 72/180 = 2/5 
Lançamento: 
 
a) relativo aos rendimentos: 
 
D = investimentos temporários 
 
C = a Receitas financeiras 36.000 (2/5 * 90.000) 
 
b) relativo ao IRF 
 
D = IRF a compensar 
 
C = a IRF a recolher 3.600 (2/5 * 9.000) 
 
Ou, considerando os juros a transcorrer como conta redutora do ativo: 
 
a) lançamento relativo aos rendimentos: 
D = juros a transcorrer 
C = a Receitas financeiras 36.000 (2/5 * 90.000) 
 
b) lançamento relativo ao IRF 
D = IRF a compensar 
C = a IRF a recolher 3.600 (2/5 * 9.000) 
 
 
 
 
 
 
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Assim, conclui-se que, em 31.12.20x1, a empresa deverá ter registrado 
como resultado do exercício, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos 
rendimentos contratados – nos termos da alternativa (B). 
Pelas considerações acima, verifica-se que, mesmo com as alterações 
legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta 
para a questão continua sendo a de letra (B). 
Gabarito 
 
B 
 
3.1.3 AFRF – 2003 – contabilidade avançada 
 
Enunciado 
 
03- Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos títulos que lastreiam essa 
aplicação temporária era de R$ 532.000 e as despesas de negociação e 
corretagem R$ 2.000. Em casos como este o procedimento contábil a 
ser efetivado seria: 
a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, já deduzido do Imposto 
de Renda retido na fonte, registrando o valor apurado em conta do 
ativo. 
b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao 
valor de mercado dos títulos a crédito de conta de receita financeira. 
c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em 
função do custo de oportunidade da empresa em relação a essa 
aplicação. 
d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao 
valor de mercado, forma de avaliação aplicada a este tipo de ativo. 
e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparação entre o 
valor pago na data do balanço e o valor contábil da aplicação. 
Resolução e comentários 
 
Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da 
prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008. Assim, nos comentários à resolução da 
presente questão, vamos utilizar a seguinte estratégia: (a) resolver e 
comentar a questão com base na legislação vigente à época do concurso 
– de acordo com o gabarito oficial e (b) ao final, realizar “comentários 
de atualização”, resolvendo a questão com base na legislação ora 
vigente, o que poderá, inclusive, levar – eventualmente – a conclusões 
diversas do gabarito oficial da época do concurso. Desse modo, 
entendemos que nosso objetivo resta alcançado, discutir a teoria 
 
 
 
 
 
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aplicável a um caso concreto, sedimentando os conhecimentos da 
matéria. 
(1) Resolução da questão com base na legislação vigente à época do 
concurso 
Trata-se de questão de avaliação de aplicações em títulos e valores 
mobiliários. A redação do art. 183 da Lei das S/A determina o critério 
do custo de aquisição, nos seguintes termos: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos. 
O procedimento adequado para a situação descrita na questão é o de se 
registrar uma provisão para perdas em investimentos temporários, no 
valor da diferença apurada mediante a comparação do valor formal do 
investimento na data e o valor efetivo (valor de mercado, deduzido das 
despesas). 
Esclarecendo, a questão está contida no âmbito de uma sequência de 
questões (acima). Nessa sequência de questões, é apresentado o caso 
de um investimento - realizado por uma empresa comercial - em título 
mobiliário (como, por exemplo, um CDB) MANTIDO ATÉ O 
VENCIMENTO. 
Nesse caso, o valor do investimento deve ser calculado conforme a 
CURVA DO PAPEL, ou seja, mediante a apropriação dos rendimentos, de 
acordo com o tempo de maturação do título (entre a data do 
investimento e de seu resgate). 
A questão propriamente dita pede que seja comparado o valor contábil 
do investimento em 31/12/20x1 com seu valor de mercado. Saliente-se 
que o valor de mercado é o valor pelo qual a empresa pode REPASSAR 
O TÍTULO PARA TERCEIROS NAQUELA DATA - esse valor consta do 
enunciado e está abaixo representado: 
( ) valor de venda do título 532.000,00 
 
(-) despesas de corretagem (2.000,00) 
 
(=) valor de mercado 530.000,00 
 
 
 
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Falta comparar esse valor de mercado com o valor contábil do 
investimento na data - saliente-se que o valor contábil do investimento 
é equivalente ao seu valor original, acrescido dos rendimentos já 
produzidos (calculados pro rata tempore), conforme memória de cálculo 
a seguir: 
 
( ) valor originaldo investimento 500.000,00 - calculado na questão 3.1.1 (acima) 
 
(+) rendimentos apropriados 36.000,00 - equivalente a 2/5 de 90.000 (* Obs) 
 
(=) valor contábil do investimento 536.000,00 
 
* Obs.: a fração 2/5 é calculada pela quantidade de dias do 
investimento: 72 dias (entre 20/10/20x1 e 31/12/20x1) de 180 dias 
(dado do enunciado). 
 
Repare que a diferença entre o valor contábil e o valor de mercado é um 
valor potencialmente perdido pela empresa investidora. 
Valor contábil 536.000,00 
 
(-) Valor de mercado (530.000,00) 
 
(=) Perda potencial 6.000,00 
 
Recapitulando conceitos: 
 
- temos formalmente registrado um investimento de R$ 536.000,00 
 
- mas, efetivamente, somente podemos contar com seu valor de 
mercado, de R$ 530.000,00; 
- assim, temos uma "perda na penumbra" (porque ela pode ou não se 
confirmar, quando do resgate da aplicação), no valor de R$ 6.000,00. 
Ora, uma perda na penumbra no valor de R$ 6.000,00 deve ser 
registrada como uma provisão. 
D = despesa com provisão 
 
C = a provisão para perda em investimentos temporários 6.000,00 
 
Saliente-se que, se ao final do prazo, a instituição financeira honrar 
todos os rendimentos contratados, essa provisão deverá ser revertida 
(na forma de receita de reversão de provisão). 
 
A seguir, encontra-se mais uma vez apresentada a memória de cálculo 
do valor da provisão, dessa vez, resumidamente: 
a) Valor formal - R$ 500.000 + (2/5 * 90.000) = 536.000 
 
b) Valor efetivo - R$ 532.000 (-) 2.000 = 530.000 
 
c) Valor a provisionar - R$ 6.000 
 
Repetindo o Lançamento adequado: 
D = Despesas com provisão 
C = a provisão para perdas em investimentos temporários. 
 
 
 
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Dessa forma, conclui-se que deve-se efetuar o provisionamento de R$ 
6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma de avaliação 
aplicada a este tipo de ativo – conforme alternativa (D). 
(2) COMENTÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO 
 
Posteriormente ao concurso, no processo de convergência das práticas 
contábeis brasileiras aos padrões internacionais, ocorreu, entre outros 
eventos, (1) a alteração da Lei das S/A (pela Lei n° 11.638, de 2007, e 
pela Medida Provisória nº 449, de 2008) e (2) a elaboração do 
“Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis”, entre outros 
pronunciamentos técnicos. 
Quanto aos critérios de avaliação dessas aplicações, cumpre referir que 
– com o advento da Lei n° 11.638, de 2007, e da Medida Provisória nº 
449, de 2008, que alteraram a Lei das S/A – ocorreram sensíveis 
modificações. 
O inciso I do art. 183 da Lei das S/A tratava, em sua redação anterior, 
da avaliação dos seguintes itens, desde que não classificados como 
investimentos: (1) direitos e títulos de crédito e (2) outros valores 
mobiliários. Para fins didáticos, repetimos a redação anterior do 
referido inciso, riscada e seguida da redação atual: 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão 
avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores 
mobiliários não classificados como investimentos, pelo 
custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for 
menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as 
provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de 
realização, e será admitido o aumento do custo de 
aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro 
de correção monetária, variação cambial ou juros 
acrescidos; 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, 
inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, 
quando se tratar de aplicações destinadas à negociação 
ou disponíveis para venda; e (Incluída pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para 
venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de 
emissão, atualizado conforme disposições legais ou 
contratuais, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e 
 
 
 
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os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 
2007) 
 
Conforme se depreende da leitura do dispositivo acima reproduzido, a 
redação anterior, determinava a avaliação das aplicações pelo custo de 
aquisição, com a respectiva redução ao valor de mercado, através de 
(a) exclusão dos itens prescritos e (b) provisão para ajuste ao valor de 
realização. Havia, ainda previsão para registro de aumentos do valor 
original, mas somente no caso de variação cambial e juros (até o limite 
do valor de mercado). 
A nova redação, entretanto, trata da avaliação de (1) aplicações em 
instrumentos financeiros e (2) direitos e títulos de crédito classificados 
no ativo circulante ou realizável a longo prazo. 
Entendemos que os itens patrimoniais a que o inciso I do art. 183, em 
sua nova redação, se refere são – basicamente – os mesmos referidos na 
redação anterior. A grande novidade está no tratamento dado à 
avaliação desses elementos. Com relação às aplicações financeiras, 
houve uma separação entre dois grandes grupos, compostos: (1) por 
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda – com 
critério de avaliação novo e específico e (2) pelas demais aplicações – 
com critério de avaliação diferenciado (similar ao anteriormente 
determinado) e também aplicável aos títulos de crédito. 
 
Quanto à avaliação de instrumentos financeiros, deve ser adotado o 
mesmo critério, já adotado para as entidades financeiras, nos termos da 
circular BACEN n° 3.068, de 2001, que está em consonância com a nova 
redação do art. 183 da Lei das S/A. 
A Circular Bacen nº 3.068, de 2001, estabelece critérios para registro e 
avaliação contábil de títulos e valores mobiliários. Em princípio, o título 
deve ser avaliado pelo valor efetivamente pago, em seguida, ele deve 
ser classificado em uma das três categorias, de acordo com a INTENÇÃO 
do investidor: 
(1) para negociação – imediata (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “aplicações destinadas à negociação”), 
 
(2) disponível para venda – eventual (termo referenciado pela Lei das 
S/A como “aplicações disponíveis para a venda” e 
 
(3) mantido até o vencimento (termo referenciado pela Lei das S/A 
como “demais aplicações”). 
 
Os títulos classificados para negociação ou disponíveis para venda 
devem ser ajustados pelo valor justo (de mercado ou equivalente), no 
mínimo por ocasião dos balanços/balancetes. 
 
 
 
 
 
 
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No caso de títulos para negociação imediata, os ajustes a valor justo 
devem ser registrados em contrapartida de conta de receita ou despesa 
(no resultado do período). 
 
Os títulos disponíveis para venda eventual terão os ajustes a valor justoregistrado em contrapartida de conta do PL – os ganhos/perdas não 
realizados devem ser transferidos para o resultado no período em que 
for realizada a alienação definitiva dos títulos. 
Os títulos a serem mantidos até o vencimento devem ser avaliados pelo 
custo, acrescido dos rendimentos auferidos (que devem impactar o 
resultado). É importante lembrar que esses ativos têm seu valor 
original atualizado pelos respectivos rendimentos (com contrapartida em 
receitas financeiras) e que essa atualização gera um comportamento 
(ascendente) no valor do ativo, denominado “curva do papel”. Ocorre 
que, durante o período de maturação do investimento (compreendido 
entre sua aplicação e seu resgate), pode ocorrer que o mercado 
(composto por terceiros, em geral), pelas mais diversas razões, não se 
disponha a pagar pelo título o valor original, atualizado. Nessa situação, 
ocorre o fenômeno de uma “perda na penumbra”, o que implica a 
constituição de uma provisão para perdas em investimentos. 
Saliente-se que a questão trata de títulos destinados à manutenção até 
o vencimento e que, portanto, o critério de sua avaliação é o custo 
(mesmo critério determinado pela legislação anteriormente aplicável). 
 
Com base nesse critério, é possível resolver a questão, nos seguintes 
termos. 
O procedimento adequado para a situação descrita na questão é o de se 
registrar uma provisão para perdas em investimentos temporários, no 
valor da diferença apurada mediante a comparação do valor formal do 
investimento na data e o valor efetivo (valor de mercado, deduzido das 
despesas). A seguir, encontra-se apresentada a memória de cálculo do 
valor da provisão. 
 Valor formal - R$ 500.000 + (2/5 * 90.000) = 536.000 
 Valor efetivo - R$ 532.000 (-) 2.000 = 530.000 
 Valor a provisionar - R$ 6.000 
Lançamento 
 
D = Despesas com provisão 
 
C = a provisão para perdas em investimentos temporários. 
 
Dessa forma, conclui-se que deve-se efetuar o provisionamento de R$ 
6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma de avaliação 
aplicada a este tipo de ativo – conforme alternativa (D). 
 
 
 
 
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Pelas considerações acima, verifica-se que, mesmo com as alterações 
legislativas ocorridas após a aplicação do concurso, a alternativa correta 
para a questão continua sendo a de letra (D). 
Gabarito 
 
D 
 
3.2 Disponibilidades – funcionamento de contas 
 
3.2.1 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF) 
ENUNCIADO 
 
 
50- A empresa Grandeza Ltda., ao providenciar a conciliação bancária, 
constatou os seguintes fatos: 
- O saldo da conta do Banco do Brasil, no extrato, era de 
R$ 255,00; 
 
- Cheques emitidos pela empresa e não apresentados ao 
Banco, no valor de R$ 200,00; 
 
- Cheques depositados pela empresa e não consignados 
em conta pelo Banco, no valor de R$ 150,00; 
- Despesas apropriadas pelo Banco e não informadas em 
tempo hábil para contabilização, no valor de R$ 10,00. 
Considerando as informações acima, o valor do saldo contábil na 
escrituração da empresa era de: 
a) R$ 95,00 
b) R$ 215,00 
c) R$ 295,00 
d) R$ 315,00 
e) R$ 595,00 
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS 
 
 
Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da 
prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008. Entretanto, o ferramental teórico 
necessário à resolução da questão não sofreu alteração. Portanto, a 
seguir, reafirmamos os comentários de resolução apresentados quando 
da aplicação da prova do concurso referente à questão. 
Os cheques devem ser contabilizados pela sua emissão e entrega ao 
beneficiário ou ao banco. Dado que cheques são “ordens de pagamento 
à vista”, quando de sua emissão e entrega a terceiros, a empresa não 
 
 
 
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mais pode contar (patrimonialmente) com um direito relativo ao valor 
do cheque, ainda que depositado na conta bancária (por não ter havido 
ainda o saque ou a compensação bancária do cheque). Por essa razão, 
o saldo da conta bancos, na data do balanço, já deve estar diminuído do 
valor dos cheques emitidos e ainda não sacados ou compensados. 
Por outro lado, caso um cheque já tenha sido emitido, mas ainda não 
tenha sido entregue na data do balanço, seu valor não deve estar 
diminuindo o saldo da conta bancos. Em compensação, esse valor deve 
estar registrado como uma obrigação, no passivo circulante, no valor do 
respectivo cheque, referenciando a obrigação de entrega do valor, 
depositado em conta bancária (representado pelo cheque), a terceiros. 
No momento da entrega do cheque ao beneficiário, então, deve ser 
diminuído o saldo na conta bancos e deixa de existir a obrigação antes 
registrada. 
Pelos motivos antes expostos, pode ocorrer que, na data do balanço, 
existam valores já contabilizados, como saídos da conta banco, mas que 
não estão ainda refletidos no extrato bancário apresentado pela 
instituição financeira. 
Por outro lado, ainda, pode ocorrer de fatos contábeis – referentes à 
empresa – já terem ocorrido, mas ainda não terem sido contabilizados. 
Isso ocorre porque alguns fatos contábeis (como, por exemplo, a 
cobrança bancária de duplicatas e a compensação de cheques) são 
decorrência de operações realizadas pela instituição financeira em nome 
da empresa e, portanto, a documentação a elas relativa não se encontra 
imediatamente com a empresa, para contabilização. Tal situação pode 
vir a ensejar a existência de valores: 
a) já saídos da conta bancária (conforme extrato bancário 
apresentado pelo banco), mas ainda não tenham sido 
contabilizadas; 
b) já cobrados pelo banco (duplicatas) ainda não 
contabilizados; 
Portanto, é necessário que haja uma conciliação do extrato bancário 
com o razonete da conta bancos periodicamente e, principalmente, na 
data do balanço. 
Aplicando esses conceitos aos dados do enunciado, temos que: 
 
- O saldo da conta do Banco do Brasil, no extrato, era de 
R$ 255,00 – assim, em princípio, o saldo da conta 
bancos deveria ser de R$ 255,00; 
- Cheques emitidos pela empresa e não apresentados ao 
Banco, no valor de R$ 200,00 – assim, o saldo da conta 
 
 
 
 
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contábil “bancos” deveria estar descontado desse valor 
 R$ 255,00 (-) R$ 200,00 (=) R$ 55,00; 
 
- Cheques depositados pela empresa e não consignados 
em conta pelo Banco, no valor de R$ 150,00 – 
tecnicamente os cheques depositados e ainda não 
compensados não devem estar registrados diretamente 
na conta “bancos”, pelo fato de poderem estar sem 
fundos e, assim, o procedimento seria registrá-los na 
conta “cheques a compensar” – mantendo-se o saldo da 
conta bancos em R$ 55,00 – porém, por simplificação, 
não é errado registrar o valor dos cheques depositados 
diretamente na conta bancos e, nesse caso, o valor do 
saldo da conta bancos passaria a ser R$ 55,00 (+) R$ 
150,00 (=) R$ 205,003; 
 
- Despesas apropriadas pelo Banco e não informadas em 
tempo hábil para contabilização, no valor de R$ 10,00 – 
nesse caso, a conta “bancos” havia sido atualizada e, 
conseqüentemente, o saldo da conta estaria 
indevidamenteacrescido de R$ 10,00, alcançando o 
valor de R$ 205,00 (+) R$ 10,00 (=) R$ 215,00. 
Pelo que foi acima exposto, conclui-se que o saldo registrado na conta 
bancos seria de R$ 215,00, conforme alternativa (B). 
Em tempo, a resolução dessa questão é oportuna, porque muitos alunos 
têm dúvidas em relação ao procedimento de conciliação bancária. 
Assim, vamos aproveitá-la para aprofundar nossos conhecimentos sobre 
o tema, especificamente sobre a situação de "Despesas apropriadas pelo 
banco e não informadas em tempo hábil para contabilização". 
Trata-se de tarifas bancárias (que, para desespero da classe média 
trabalhadora, tanto aumentaram nos últimos anos - primeiro com o final 
da inflação e, posteriormente, com o declínio da taxa de juros). Pois 
bem, vamos analisar a maneira pela qual as despesas com tarifas, 
cobradas pelos bancos, podem afetar a diferença entre o saldo da conta 
contábil Bancos e o saldo do extrato bancário. 
Partimos dos seguintes pressupostos: (a) as operações constantes no 
extrato bancário devem estar de acordo com os fatos contábeis 
registrados na conta Bancos e, assim, em princípio, o saldo do extrato 
bancário deveria ser idêntico ao da conta Bancos; e (b) há - porém - 
problemas de comunicação e, eventualmente, alguns fatos que já estão 
 
 
 
3 A primeira opção de interpretação não leva a resultado constante entre as cinco 
alternativas do enunciado e, portanto, utilizaremos a segunda opção de interpretação 
para resolução da questão. 
 
 
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consignados no extrato bancário ainda não estão registrados na conta 
bancos. 
Esse é o caso: no extrato bancário, estão registradas despesas com 
tarifas (o que reduz - obviamente - o saldo do extrato), mas essas 
despesas ainda não eram de conhecimento da empresa e, assim, não 
estavam consignadas na conta contábil Bancos. Ora, nessa situação, 
conclui-se que o saldo da conta contábil Bancos estaria superior ao saldo 
do extrato bancário, justamente no montante das referidas despesas 
com tarifas bancárias. 
Saliente-se que a questão pede que seja apresentado "o valor do saldo 
contábil na escrituração da empresa". Dessa forma, para apuração 
desse valor, devemos somar ao saldo do extrato bancário o valor das 
despesas com tarifas bancárias que ainda não teriam reduzido o saldo 
dessa conta. 
Uma última observação, acerca das despesas bancárias. Essa é, 
realmente, uma questão que gera dúvidas entre alunos - notadamente 
entre aqueles que conhecem a contabilidade. Muitos argumentam que – 
para realizar a conciliação – deve-se deduzir o valor de despesas 
bancárias do saldo contábil da conta bancos e que, em nossa resolução, 
fizemos exatamente o contrário (somamos). 
Para resolução da questão, é necessário reparar que o enunciado não 
pede o saldo da conta bancos após a conciliação. 
Ao contrário, o enunciado se refere ao momento de "providenciar a 
conciliação bancária" e coloca a seguinte indagação "o saldo do saldo 
contábil na escrituração da empresa era de:". Assim, temos que 
calcular o saldo da conta bancos imediatamente antes da conciliação. 
A partir desse paradigma, fica fácil entender a resolução, conforme 
abaixo: 
(1) o saldo do extrato bancário era de 255,00 e, caso, não houvesse 
qualquer ajuste a ser feito, o saldo da conta bancos também seria de R$ 
255,00; 
 
(2) mas, no saldo do extrato já estava descontado o valor das tarifas 
bancárias (R$ 10,00) e esse valor ainda não tinha sido informado à 
empresa; 
(3) portanto, no momento da conciliação, o saldo da conta bancos 
deveria estar MAJORADO em R$ 10,00, porque ainda não havia sido 
creditado o montante das despesas bancárias. 
 
 
GABARITO 
 
 
50 - B 
 
 
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3.2.2 AFTN – 1994 / setembro4 
 
Enunciado 
 
9) em 30/11/x2, a composição do fundo fixo de caixa sempre suprido 
pela tesouraria em moeda corrente, era a seguinte: 
- moeda corrente 10.000,00 
 
- comprovante de despesa 90.000,00 
 
- total 100.000,00 
 
Naquela data foi feita a reconstituição do fundo e, concomitantemente, a 
redução do valor em moeda corrente de 100.000,00 para 50.000,00. 
Em função dos registros contábeis concernentes, o somatório das contas 
do Ativo Circulante: 
a) diminuiu em 90000,00 
 
b) aumentou em 40000,00 
 
c) aumentou em 50000,00 
 
d) aumentou em 130000,00 
 
e) diminuiu em 50000,00 
Resolução e comentários 
 
Cumpre referir que a Lei das S/A foi alterada – após a aplicação da 
prova em comento – pela Lei n° 11.638, de 2007, e pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008. Entretanto, o ferramental teórico 
necessário à resolução da questão não sofreu alteração. Portanto, a 
seguir, reafirmamos os comentários de resolução apresentados quando 
da aplicação da prova do concurso referente à questão. 
A conta caixa inclui dinheiro, bem como cheques em mãos, recebidos e 
ainda não depositados, pagáveis irrestrita e imediatamente. 
Normalmente o saldo de caixa pode estar registrado na empresa através 
de uma ou de diversas contas, dependendo de suas necessidades 
operacionais e locais de funcionamento. 
Algumas empresas utilizam o conceito de caixa de fundo fixo – 
geralmente para pagamento de pequenas despesas. O caixa de fundo 
fixo consiste em um local físico (caixa) onde se fazem pagamentos de 
vales ou notas de despesa. Nesses casos, o saldo da conta caixa é 
sempre fixo no início do dia, utilizando-se o seguinte procedimento: 
 
 
 
 
 
 
4 Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da 
ESAF”, do mesmo autor. 
 
 
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a) no início do dia, o caixa tem uma quantidade fixa de valor (de 
acordo com o saldo da conta caixa); 
b) durante o dia, são efetuados pagamentos mediante o 
recebimento de: 
a. vales (de adiantamento), ou 
b. notas (de despesa). 
c) Ao final do dia: 
 
a. são realizados os lançamentos contábeis relativos aos 
pagamentos efetuados 
i. de despesas ou 
 
ii. de adiantamentos 
 
b. é reposta – mediante saque de valor em banco – a 
quantidade fixa de valor do caixa 
c. é registrado o lançamento de atualização do saldo da 
conta caixa 
d. volta-se à situação do início do dia. 
 
No caso das despesas devidamente comprovadas, o valor do ativo 
circulante diminui, pois o mesmo deverá ser creditado com respectivo 
débito em conta de despesas. 
D = despesas 
 
C = a caixa 90.000 
 
Não houve pagamento por adiantamento (vales). 
 
A redução do fundo fixo de caixa é a mera reposição do saldo fixo em 
valor menor, não há diferença no valor do ativo circulante porque o 
saldo de caixa que diminui ficará em bancos ou outra disponibilidade. 
D = caixa 
 
C = a bancos 40.000 
 
Logo, o ativo circulante foi reduzido em 90.000 – exatamente no valor 
das despesas comprovadas. 
Gabarito 
 
A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2.3 AFRF -

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