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Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral – Módulo 06 1
CO�TABILIDADE GERAL 
MÓDULO 06 
6. Balanço patrimonial: obrigatoriedade e apresentação; conteúdo dos grupos e 
subgrupos. 
Classificação das contas, critérios de avaliação do Ativo e Passivo e Levantamen-
to do Balanço de acordo com a Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). 
Patrimônio Líquido: Capital, reservas de capital; reservas de lucros: Legal, Es-
tatutárias, para Contingências, Retenção de Lucros e Lucros a realizar, reversão 
de reservas, ações em tesouraria, distribuição de lucros e dividendos, cálculo e 
contabilização dos dividendos, pagamento de dividendos, compensação de preju-
ízos. 
Reavaliação de Bens: conceito, forma, contabilização, realização da reserva. 
 
6. Balanço Patrimonial 
 
É uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e fi-
nanceira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em um dado momento (normal-
mente em 31 de dezembro de cada ano). 
 
É a situação estática do patrimônio. Apresenta todos os bens (tangíveis e intangíveis), 
direitos e obrigações da empresa, bem como a situação líquida. Já as receitas e as despesas 
(contas transitórias) não figuram no Balanço, pois seus saldos são encerrados ao fim de cada 
exercício. 
 
De acordo com o inciso I do artigo 176 da Lei no 6.404/76, ao fim de cada exercício social a 
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, entre outras demonstra-
ções contábeis, o balanço patrimonial e, posteriormente, publicá-lo juntamente com as demonstra-
ções contábeis. 
 
De acordo com o § 1o do referido artigo, as demonstrações de cada exercício serão publi-
cadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, 
ou seja, a empresa, ao publicar o balanço atual, também deverá publicar o balanço anterior. 
 
De acordo com o § 2o do mesmo artigo, nas demonstrações, as contas semelhantes po-
derão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a nature-
za e não ultrapassarem um décimo do valor do respectivo grupo de contas. Contudo, é vedada 
a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
 
Exemplo: Se uma empresa tiver um estoque de “Material de Consumo” no valor de R$ 1.000,00 e 
de “Material de Escritório” de R$ 500,00, seria aceitável a agregação das duas contas no valor de 
R$ 1.500,00 caso o valor do Ativo Circulante (grupo de contas a que pertence estas duas contas) 
fosse, no mínimo, R$ 15.000,00. 
 
A empresa também pode, em suas demonstrações, eliminar os três últimos dígitos dos 
valores e os centavos, incluindo, no cabeçalho de cada demonstração, a expressão “em R$ mi-
lhares”. 
 
O artigo 175 da Lei no 6.404/76 define que o tempo de duração do exercício social será de 
1 (um) ano e a data de término será fixada no estatuto da companhia. A Lei das SA fixou a 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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duração do exercício social para poder fazer uma comparação, de modo que todas as empresas de-
monstrassem seus resultados em um período de tempo igual. 
 
A Lei das SA também determinou que o estatuto da empresa (documento que cria uma soci-
edade anônima; no caso de sociedade limitada, teríamos um contrato social) fixará o término do 
exercício social. Logo, caso o estatuto da empresa determine que o exercício social terminará em 31 
de julho, o início do exercício social ocorrerá em 01 de agosto. 
 
As empresas optam pelo término do exercício social em 31 de dezembro, pois, nessa si-
tuação, exercício social ficaria dentro do ano e não utilizaria um dia sequer do ano seguinte. 
Além disso, a legislação do imposto de renda determina que o exercício social deve, obrigato-
riamente, iniciar no dia 01 de janeiro e terminar no dia 31 de dezembro. 
 
De acordo com o parágrafo único do referido artigo, na constituição da companhia e 
nos casos de alteração estatutária, o exercício social poderá ter duração diversa. Esta determi-
nação visa dar maior flexibilidade para determinação do exercício social nos casos de constituição 
da empresa ou alteração estatutária. Ou seja, o exercício social poderá ter duração diversa (diferente 
de um ano), ou melhor, menor que um ano, quando uma empresa for constituída, por exemplo, em 
01/09/2008. Nessa situação, o exercício social poderá ter duração de quatro meses (de 01/09/2008 
até 31/12/2008). 
 
Nos casos de alteração estatutária, ocorre o mesmo. Suponha que uma empresa tenha seu 
exercício social encerrado em 31/10/2007. Contudo, em 31/10/2007, a referida empresa resolve 
alterar seu estatuto (sociedade anônima) ou contrato social (sociedade limitada) para que o exercício 
seja finalizado em 31/12/2007. Nesse caso, a empresa encerrará o exercício social em 31/10/2007 e 
iniciará um novo exercício social em 01/11/2007, que terminará em 31/12/2007, ou seja, inferior a 
um ano. 
 
6.1. Classificação das Contas 
 
6.1.1. Classes de Contas 
 
De acordo com a Lei np 6.404/76, existem duas classes de contas: As contas do ATIVO e as 
contas do PASSIVO. 
 
6.1.2. Grupos de Contas 
 
Correspondem a subdivisões das classes de contas, ou seja: 
 
6.1.2.1. Antes das Alterações da MP no 449/08 
 
Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo Grupos de Contas 
Ativo Permanente 
 
Passivo (Classe) 
 Passivo Circulante 
Passivo Exigível a Longo Prazo Grupos de Contas 
Resultados de Exercícios Futuros 
Patrimônio Líquido 
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6.1.2.2. Após as Alterações da MP no 449/08 
 
Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante 
Ativo �ão Circulante Grupos de Contas 
 
Passivo (Classe) 
 Passivo Circulante 
Passivo �ão Circulante Grupos de Contas 
Patrimônio Líquido 
 
�otas: 
- Foi extinto o grupo “Ativo Permanente”. 
- O grupo “Ativo Realizável a Longo Prazo” virou subgrupo. 
- Foi criado o grupo “Ativo �ão Circulante”. 
- Foi extinto o grupo “Passivo Exigível a Longo”. 
- Foi extinto o grupo “Resultado de Exercícios Futuros” (receitas diferidas). 
- Foi criado o grupo “Passivo �ão Circulante”, que englobará o longo prazo e as receitas 
diferidas. 
 
6.1.3. Subgrupos de Contas 
 
Correspondem a subdivisões dos grupos de contas. 
 
Exemplo: 
Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades 
 Impostos a Recuperar Subgrupos de Contas 
 Investimentos Temporários de CP 
 Estoques 
 Despesas de Exercícios Seguintes 
 
 Subgrupos que sofreram alteração com a Lei no 11.638/07 e com a MP no 449/08. 
 
6.1.3.1. Antes das Alterações da Lei no 11.638/07 
 
Patrimônio Líquido (Grupo) 
 Capital Social 
 Reservas de Capital Subgrupos de Contas 
 Reservas de Lucros 
 Reserva de Reavaliação 
 Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
Ativo Permanente (Grupo) 
 Investimentos 
 Imobilizado Subgrupos de Contas 
 Diferido 
 
 
 
 
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6.1.3.2. Após as Alterações da Lei no 11.638/07 e antes das alterações da MP no 
449/08 
 
Patrimônio Líquido (Grupo) 
 Capital Social 
 Reservas de Capital 
(-) Ações em Tesouraria Subgrupos de Contas 
 Reservas de Lucros 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Prejuízos Acumulados 
 
Ativo Permanente (Grupo) 
 Investimentos 
 Imobilizado Subgrupos de Contas 
 Intangível 
 Diferido 
 
�otas: 
- A conta “Ações em Tesouraria” já existia, mas não era subgrupo. 
- O subbrupo “Reserva de Reavaliaçã” foi extinto. 
- O subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial” foi criado. 
- O subgrupo “Lucros ou Prejuízos Acumulados” se transformou em “Prejuízos Acu-
mulados”.- Foi criado o subgrupo “Intangível” no Ativo Permanente 
 
6.1.3.3. Após as Alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Ativo Não Circulante (Grupo) 
 Realizável a Longo Prazo 
Investimentos Subgrupos de Contas 
Imobilizado 
Intangível 
 
�otas: 
- Foi extinto do subgrupo “Diferido”. 
- Os subgrupos “Investimentos”, “Imobilizado” e “Intangível”, com a extinção do grupo 
“Ativo Permanente”, passaram a fazer parte do grupo “Ativo �ão Circulante”. 
 
6.1.4. Contas 
 
Correspondem aos elementos patrimoniais ou de resultado. 
 
Exemplo: 
Ativo (Classe) 
Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades (Subgrupo) 
 
 Caixa 
 Bancos – Conta Movimento Contas 
 Numerários em Trânsito 
 Aplicações de Liquidez Imediata 
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6.1.5. Subcontas 
 
Corresponde ao menor grau de detalhamento das contas. 
 
Exemplo: 
Ativo (Classe) 
Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades (Subgrupo) 
 Bancos – Conta Movimento (Conta) 
 
 Banco do Brasil 
 Caixa Econômica Federal Subcontas 
 ABN Amro Real 
 Banco de Brasília 
 
 
ATE�ÇÃO!!! Resumo para a prova: Balanço Patrimonial 
 
I – Antes das alterações da Lei no 11.638/07 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
 
Ativo Permanente 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Diferido 
 
 
Passivo Circulante 
 
Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
Resultados de Exercícios Futuros 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital Social 
 Reserva Reavaliação 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
II – Após as alterações da Lei no 11.638/07 e antes das alterações da MP no 449/08 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
 
Ativo Permanente 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível (Lei no 11.638/07) 
 Diferido 
 
 
Passivo Circulante 
 
Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
Resultados de Exercícios Futuros 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital Social 
 Reserva Reavaliação (Lei no 11.638/07) 
 (-) Ações em Tesouraria (Lei no 11.638/07) 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial (11.638/07) 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 (-) Prejuízos Acumulados (Lei no 11.638/07) 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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III – Após as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
 
Ativo �ão Circulante (MP no 449/08) 
Ativo Realizável a Longo Prazo (449/08) 
Ativo Permanente (MP no 449/08) 
 Ativo Realizável a Longo Prazo (449/08) 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível (Lei no 11.638/07) 
 Diferido (MP no 449/08) 
 
 
Passivo Circulante 
 
Passivo �ão Exigível 
Passivo Exigível a Longo Prazo (MP no 449/08) 
Result. de Exercícios Futuros (MP no 449/08) 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital Social 
 Reserva Reavaliação (Lei no 11.638/07) 
 (-) Ações em Tesouraria (Lei no 11.638/07) 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial (11.638/07) 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 (-) Prejuízos Acumulados (Lei no 11.638/07) 
 
6.1.6. Classificação 
 
De acordo com o artigo 178 da Lei no 6.404/76, no balanço patrimonial, as contas serão 
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem (bens, créditos, obrigações e 
situação líquida), e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação finan-
ceira da companhia (isto não foi alterado pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08). 
 
I - Após as alterações da Lei no 11.638/07 e antes das alterações da MP no 449/08 
 
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elemen-
tos nelas registrados, nos seguintes grupos (art. 178, § 1º, da Lei no 6.404/76, com redação dada 
pela Lei no 11.638/07): 
 
a) ativo circulante; 
b) ativo realizável a longo prazo; 
c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. 
 
Liquidez: corresponde ao grau de facilidade para movimentar uma conta do Ativo. 
 
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do 
qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. 
 
No passivo (utiliza-se a ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, quanto mais 
próximo do vencimento da obrigação, maior seu grau de exigibilidade), as contas serão classifica-
das nos seguintes grupos (art. 178, § 2º, da Lei no 6.404/76, com redação dada pela Lei no 
11.638/07): 
 
a) passivo circulante; 
b) passivo exigível a longo prazo; 
c) resultados de exercícios futuros; 
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avalia-
ção patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
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Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja 
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos 
 
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão 
classificados separadamente (art. 178, § 2º, da Lei no 6.404/76). 
 
II - Após as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elemen-
tos nelas registrados, nos seguintes grupos (art. 178, § 1º, da Lei no 6.404/76, com redação dada 
pela MP no 449/08): 
 
a) ativo circulante; 
b) ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e intangível. 
 
�otas: 
- Houve a extinção do grupo “Ativo Permanente”. 
- Houve a extinção do subgrupo “Ativo Permanente Diferido”; 
 
Liquidez: corresponde ao grau de facilidade para movimentar uma conta do Ativo. 
 
No passivo (utiliza-se a ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, quanto mais 
próximo do vencimento da obrigação, maior seu grau de exigibilidade), as contas serão classifica-
das nos seguintes grupos (art. 178, § 2º, da Lei no 6.404/76, com redação dada pela MP no 449/08): 
 
a) passivo circulante; 
b) passivo não circulante; 
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
�otas: 
- Houve a extinção do “Passivo Exigível a Longo Prazo”. 
- Houve a extinção do “Resultado de Exercícios Futuros”; 
 
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão 
classificados separadamente (art. 178, § 2º, da Lei no 6.404/76). 
 
Exemplo: Se a empresa tiver, por ocasião do encerramento do exercício social, “ICMS a Recupe-
rar” no valor de R$ 20.000,00 e “IPI a Recolher” no valor de R$ 12.000,00, não poderá ocorrer a 
compensação, devendo a conta “ICMS a Recuperar” ser classificada no Ativo Circulante, e a conta 
“IPI a Recolher” ser classificada no “Passivo Circulante”. Entretanto, caso existisse, também, uma 
conta de “ICMS a Recolher” no valor de R$ 5.000,00, este valor poderia ser compensado com o 
valor da conta “ICMS a Recuperar”, que, seria classificada no Ativo Circulante com o valor, após a 
compensação, de R$ 15.000,00. 
 
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6.1.6.1. Ativo Circulante 
 
No ativo circulante serão classificadas as seguintes contas: as disponibilidades, os direitos 
realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte (art. 179, I, da Lei no 6.404/76): 
 
- Disponibilidades: elementos do ativo que representam dinheiro ou que possam ser convertidos 
em dinheiro imediatamente. Ex: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeirasde Li-
quidez Imediata e Numerários em Trânsito; 
 
�otas: 
- Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata: aplicações cujo período para resgate não 
ultrapasse 30 dias. 
 
- �umerários em Trânsito: corresponde ao dinheiro que está em trânsito (Ex.: ordens de co-
brança, remessas para filiais, cheques recebidos na empresa e ainda não depositados no ban-
co, etc). 
 
- Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subseqüente: podem ser divididos em direi-
tos realizáveis reais (bens) e direitos realizáveis pessoais (créditos): 
 
I - Direitos Realizáveis Reais: são os direitos sobre a coisa própria (bens realizáveis de 
propriedade da companhia). Ex: Estoques de Mercadorias e de Materiais de Uso ou Consu-
mo; e 
 
II - Direitos Realizáveis Pessoais: são os créditos da companhia. Ex: Duplicatas a Rece-
ber, ICMS a Recuperar, Adiantamentos a Fornecedores, Impostos a Recuperar, Adiantamen-
tos a Empregados. 
 
- Aplicações de Recursos em Despesas do Exercício Seguinte: são as despesas antecipadas (fato 
gerador ainda não ocorreu), tais como as despesas com seguros, salários, aluguéis, etc. Ou seja, 
são despesas cujos fatos geradores ocorrerão no exercício seguinte. No exercício atual, são classifi-
cadas no Ativo Circulante, devido ao comportamento que possuem, que é semelhante aos créditos 
da empresa. 
 
Exemplo: Se o aluguel de janeiro de 2005, no valor de R$ 8.000,00, for pago em dezembro de 
2004, apesar de o pagamento ter sido realizado em 2004, esta despesa compete ao exercício de 
2005, isto é, o fato gerador do aluguel ocorrerá em 2005. Por essa razão, este aluguel deve ser clas-
sificado como “Despesas Antecipadas” (Ativo Circulante) em 2004 (lançamento a crédito em “Ban-
cos” e a débito em “Despesas Antecipadas”), pois é um direito da empresa usufruir do imóvel em 
janeiro de 2005. No exercício de 2005, no mês de janeiro, esta despesa deverá ser apropriada (incor-
rida) com um lançamento a débito em “Despesas de Aluguel” e a crédito na conta “Despesas Ante-
cipadas”. 
 
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6.1.6.2. Ativo �ão Circulante 
 
6.1.6.2.1. Ativo Realizável a Longo Prazo 
 
No ativo realizável a longo prazo serão classificados: os direitos realizáveis após o térmi-
no do exercício seguinte (pessoais ou reais), assim como os derivados de vendas, adiantamentos 
ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes 
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da 
companhia (art. 179, II, da Lei no 6.404/76). 
 
De acordo com o artigo 179, II, da Lei no 6.404/76, percebe-se que o Ativo Realizável a 
Longo Prazo pode ser dividido em dois itens: 
 
- Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: Duplicatas a Receber (Longo 
Prazo), Promissórias a Receber (Longo Prazo), Estoques (Longo Prazo), Despesas Anteci-
padas (Longo Prazo), etc. 
 
- Direitos derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas, 
sociedades controladas, diretores, acionistas e participantes no lucro da companhia. Es-
tes direitos independem do prazo e não podem constituir negócios usuais na exploração 
do objeto da companhia. 
 
Exemplo: Caso uma empresa comercial, cujo negócio é a revenda de mercadorias, venda suas mer-
cadorias a prazo para uma empresa coligada, terá um direito derivado de venda à coligada. Entre-
tanto, esta venda dependerá do prazo, isto é, se forem realizáveis no exercício seguinte, serão classi-
ficadas no ativo circulante. Caso sejam realizáveis após o término do exercício seguinte, serão clas-
sificadas no ativo realizável a longo prazo. Este procedimento ocorre, visto que a venda de merca-
dorias constitui um negócio usual na exploração do objeto de uma empresa comercial. No entanto, 
caso a referida empresa faça um empréstimo em dinheiro para sua coligada, esta operação indepen-
derá do prazo e será classificada no ativo realizável a longo prazo, pois emprestar dinheiro não re-
presenta um negócio usual da empresa comercial. 
 
De acordo com o parágrafo único do artigo 179 da Lei no 6.404/76, na companhia em que 
o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no 
circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
 
�ota: 
Ciclo Operacional: no caso de uma empresa comercial, é o período que a empresa leva, em média, 
para adquirir mercadorias de seus fornecedores, vendê-las e receber o valor das respectivas vendas 
de seus clientes. No caso de uma empresa industrial, corresponde ao período que a empresa leva, 
em média, desde a aquisição de matérias-primas de seus fornecedores até o recebimento de seus 
clientes pelas vendas dos produtos fabricados. 
 
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6.1.6.2.2. Investimentos 
 
De acordo com o art. 179, III, da Lei no 6.404/76, os investimentos são: as participações 
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no 
ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da em-
presa. 
 
Exemplos: Terrenos, Obras de Arte, Participações Permanentes, etc 
 
�ota: Participações permanentes em outras sociedades: conceito será explicado no módulo 
referente à equivalência patrimonial. 
 
6.1.6.2.3. Imobilizado 
 
De acordo com o art. 179, IV, da Lei no 6.404/76, com redação dada pela Lei no 11.638/07, 
são classificados no Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclu-
sive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses 
bens. 
 
Exemplos: Móveis e Utensílios, Imóveis, Máquinas, Equipamentos, Veículos, etc. 
 
Também há um outro detalhe muito importante na nova redação deste inciso: serão classifi-
cados no ativo permanente imobilizado os direitos oriundos de operações que transfiram à com-
panhia os benefícios, riscos e controle desses bens (tangíveis). O que isso significa? A nova re-
dação tem o objetivo de abranger o arrendamento mercantil financeiro. 
 
Logo, neste ponto é salutar abrir “uma janela” para que estudemos os principais con-
ceitos constantes da �BC T 10.2 – Operações de Arrendamento Mercantil. 
 
6.1.6.2.3.1. �BC T 10.2 – Operações de Arrendamento Mercantil 
 
De acordo com a Resolução CFC no 1.141/08, que aprovou a NBC T 10.2 – Operações de 
Arrendamento Mercantil, corroborando o estabelecido na Resolução CFC no 750/93, a essência 
precisa prevalecer sobre a forma na escrituração de operações de arrendamento mercantil 
(isto também é válido para todas as operações da empresa). Ou seja, quando a nova redação 
da Lei das SA estabelece que serão classificados no imobilizado os bens corpóreos decorrentes 
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (arren-
damento mercantil financeiro), a operação deve ser contabilizada como uma venda a prazo. 
Portanto, a essência da transação é a base da análise, classificação e escrituração, e não a forma ju-
rídica apresentada no contrato, caso esta não represente a essência econômica da transação. 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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6.1.6.2.3.1.1. Definições importantes: 
 
Arrendamento mercantil: é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca 
de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acor-
dado. 
 
Arrendamento mercantil financeiro: é aquele em que há transferência substancial dos riscos e 
benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser 
transferido. 
 
Arrendamentomercantil operacional: é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamen-
to mercantil financeiro (as diferenças serão explicadas abaixo). 
 
Começo do prazo do arrendamento mercantil: é a data a partir da qual o arrendatário passa 
a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado. É a data do reconhecimento inicial do 
arrendamento mercantil (o reconhecimento dos ativos, passivos, receita ou despesas resultan-
tes do arrendamento mercantil, conforme for apropriado). 
 
Prazo do arrendamento mercantil: é o período não cancelável pelo qual o arrendatário contratou 
o arrendamento mercantil do ativo juntamente com quaisquer prazos adicionais pelos quais o arren-
datário tem a opção de continuar a arrendar o ativo, com ou sem pagamento adicional, quando no 
início do arrendamento mercantil for razoavelmente certo que o arrendatário exercerá a opção. 
 
Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado ou transferi-
do, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de 
fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem transação compulsória. 
 
Vida econômica: é o período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente utilizável 
por um ou mais usuários; ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que 
um ou mais usuários esperam obter do ativo. 
 
Vida útil: é o período remanescente estimado, a partir do começo do prazo do arrendamento mer-
cantil, sem limitação pelo prazo do arrendamento mercantil, durante o qual se espera que os benefí-
cios econômicos incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade. 
 
Valor residual garantido: é para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por 
ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor máximo que possa, em qualquer 
caso, tornar-se pagável); e para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo 
arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de 
satisfazer as obrigações cobertas pela garantia. 
 
Valor residual não garantido: é a parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo 
arrendador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com o 
arrendador. 
 
Custos diretos iniciais: são custos incrementais que são diretamente atribuíveis à negociação e 
estruturação de um arrendamento mercantil, exceto os custos incorridos pelos arrendadores fabri-
cantes ou comerciantes. 
 
Investimento bruto no arrendamento mercantil: é a soma dos pagamentos mínimos do arren-
damento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financei-
ro; e de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador. 
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Investimento líquido no arrendamento mercantil: é o investimento bruto no arrendamento 
mercantil descontado à taxa de juros implícita no arrendamento mercantil. 
 
Receita financeira não realizada: é a diferença entre: o investimento bruto no arrendamento 
mercantil; e o investimento líquido no arrendamento mercantil. 
 
Taxa de juros implícita no arrendamento mercantil: é a taxa de desconto que, no início do ar-
rendamento mercantil, faz com que o valor presente agregado: a) dos pagamentos mínimos do ar-
rendamento mercantil; e b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do valor justo do 
ativo arrendado e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. 
 
Taxa de juros incremental de financiamento do arrendatário: é a taxa de juros que o arrendatá-
rio teria de pagar num arrendamento mercantil semelhante ou, se isso não for determinável, a taxa 
em que, no início do arrendamento mercantil, o arrendatário incorreria ao pedir emprestado por pra-
zo semelhante, e com segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo. 
 
Pagamento contingente: é a parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil que não seja de 
quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera sem ser pela passagem do 
tempo (por exemplo, percentual de vendas futuras, quantidade de uso futuro, índices de preços futu-
ros, taxas futuras de juros do mercado). 
 
A definição de arrendamento mercantil inclui contratos para o aluguel de ativo que 
contenha condição dando ao arrendatário a opção de adquirir o ativo após o cumprimento 
das condições acordadas. Esses contratos são por vezes conhecidos por contratos de aluguel-
compra. 
 
6.1.6.2.3.1.2. Classificação do arrendamento mercantil 
 
A classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financei-
ro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma 
do contrato. Exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normal-
mente a que um arrendamento mercantil fosse classificado como arrendamento mercantil 
financeiro são: 
 
- o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no 
fim do prazo do arrendamento mercantil; 
 
- o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja sufi-
cientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível 
de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a op-
ção será exercida; 
 
- o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ati-
vo mesmo que a propriedade não seja transferida; 
 
- no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do 
arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do a-
tivo arrendado; e 
 
- os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arren-
datário pode usá-los sem grandes modificações. 
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�ota: 
Arrendamentos mercantis de terrenos e edifícios: 
 
- Podem ser classificados como arrendamentos mercantis operacionais ou financeiros; 
 
- Terrenos: normalmente, possuem vida econômica indefinida e, se não for esperado que 
a propriedade passe para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil, 
será um arrendamento mercantil operacional; 
 
- Um pagamento feito na celebração ou aquisição de um arrendamento mercantil que se-
ja contabilizado como arrendamento mercantil operacional representa pagamento an-
tecipado que é amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil de acordo com 
o modelo de benefícios proporcionado; 
 
- Terreno e Edifícios: são considerados separadamente para a finalidade de classificação 
do arrendamento mercantil; e 
 
- Caso se espere que a propriedade de ambos os elementos passe para o arrendatário no 
final do prazo do arrendamento mercantil, ambos os elementos são classificados como 
arrendamento mercantil financeiro. 
 
6.1.6.2.3.1.3. Arrendamento mercantil nas demonstrações contábeis do arrenda-
tário 
 
Arrendamento mercantil financeiro - Reconhecimento inicial 
 
- Arrendatários: reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis finan-
ceiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da 
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do 
arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil. 
 
- A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do 
arrendamento mercantil é a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for prati-
cável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento 
do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário são adicionados à quantia 
reconhecida como ativo. 
 
- As transações e outros eventos são contabilizadose apresentados de acordo com a sua subs-
tância e realidade financeira e não meramente com a sua forma legal. Embora a forma legal 
de um acordo de arrendamento mercantil seja a de que o arrendatário possa não adquirir a 
propriedade legal do ativo arrendado, no caso dos arrendamentos mercantis financeiros, a 
substância e a realidade financeira são as de que o arrendatário adquira os benefícios eco-
nômicos do uso do ativo arrendado durante a maior parte da sua vida econômica em troca da 
celebração de obrigação de pagar por tal direito uma quantia que se aproxima, no início do 
arrendamento mercantil, do valor justo do ativo e do respectivo encargo financeiro. 
 
- Se tais transações de arrendamento mercantil não forem refletidas no balanço do ar-
rendatário, os recursos econômicos e o nível de obrigações de uma entidade estão regis-
trados a menor, distorcendo dessa forma os índices financeiros. Portanto, é apropriado 
que um arrendamento mercantil financeiro seja reconhecido no balanço do arrendatá-
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rio não só como ativo, mas também como obrigação de efetuar futuros pagamentos do 
arrendamento mercantil. 
 
- �o começo do prazo do arrendamento mercantil, o ativo e o passivo dos futuros paga-
mentos do arrendamento mercantil são reconhecidos no balanço pelas mesmas quanti-
as, exceto no caso de quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário que sejam adi-
cionados à quantia reconhecida como ativo. 
 
- �ão é adequado que os passivos originados da contabilização de ativos arrendados se-
jam apresentados nas demonstrações contábeis como dedução dos ativos arrendados. 
Se os passivos forem apresentados no balanço patrimonial classificados como passivos 
correntes e não correntes, a mesma classificação deve ser feita para os passivos do ar-
rendamento mercantil. 
 
- Custos diretos iniciais são freqüentemente incorridos em relação às atividades específi-
cas de arrendamento mercantil. Tais custos, como os de negociação e os de garantia de 
acordos de arrendamento mercantil, se identificados como diretamente atribuíveis às 
atividades executadas pelo arrendatário, são adicionados ao ativo. 
 
Arrendamento mercantil financeiro - Mensuração subseqüente 
 
- Os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre en-
cargo financeiro e redução do passivo em aberto. O encargo financeiro deve ser impu-
tado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil de forma a produzir 
uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os pa-
gamentos contingentes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que 
são incorridos. 
 
- Na prática, ao imputar o encargo financeiro aos períodos durante o prazo do arrendamento 
mercantil, o arrendatário pode usar alguma forma de aproximação para simplificar os cálcu-
los. 
 
ATE�ÇÃO!!! 
- Um arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa de depreciação rela-
tiva a ativos depreciáveis, assim como uma despesa financeira para cada período con-
tábil. A política de depreciação para os ativos arrendados depreciáveis deve ser consis-
tente com a dos demais ativos depreciáveis e a depreciação reconhecida deve ser calcu-
lada de acordo com as regras aplicáveis aos ativos imobilizados (e com as relativas à 
amortização dos ativos intangíveis quando pertinente). Se não houver certeza razoável 
de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento 
mercantil, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento 
mercantil ou da sua vida útil, o que for menor. 
 
- O valor depreciável de ativo arrendado é alocado a cada período contábil durante o período 
de uso esperado em base sistemática consistente com a política de depreciação que o arren-
datário adote para os ativos depreciáveis de que seja proprietário. Se houver certeza razoável 
de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, 
o período de uso esperado é a vida útil do ativo; caso contrário, o ativo é depreciado durante 
o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, dos dois o menor. 
 
 
 
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- A soma da despesa de depreciação do ativo e da despesa financeira do período é raramente 
igual ao pagamento da prestação do arrendamento mercantil durante o período, sendo, por 
isso, inadequado simplesmente reconhecer os pagamentos da prestação do arrendamento 
mercantil como despesa. Por conseguinte, é improvável que o ativo e o passivo relacionado 
sejam de valor igual após o começo do prazo do arrendamento mercantil. 
 
- Para determinar se um ativo arrendado está desvalorizado, entidade aplica a NBC T 19.10 – 
Redução ao Valor Recuperável de Ativos (será explicada adiante). 
 
Arrendamento mercantil operacional 
 
- Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil (excluindo os custos de servi-
ços tais como seguro e manutenção) segundo um arrendamento mercantil operacional 
devem ser reconhecidos como despesa em base linear durante o prazo do arrendamen-
to mercantil, exceto se outra base sistemática for mais representativa do modelo tem-
poral do benefício do usuário. 
 
- Para os arrendamentos mercantis operacionais, os pagamentos da prestação são reconheci-
dos como despesa em base linear, salvo se outra base sistemática for representativa do mo-
delo temporal do benefício do usuário, mesmo que tais pagamentos não sejam feitos nessa 
base. 
 
6.1.6.2.3.1.4. Arrendamento mercantil nas demonstrações contábeis do arrenda-
dor 
 
Arrendamento mercantil financeiro - Reconhecimento inicial 
 
- Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento mercantil fi-
nanceiro nos seus balanços e apresentá-los como conta a receber por valor igual ao in-
vestimento líquido no arrendamento mercantil. 
 
- Num arrendamento mercantil financeiro, riscos e benefícios inerentes à propriedade legal 
são substancialmente transferidos pelo arrendador e, portanto, os pagamentos do arrenda-
mento mercantil a serem recebidos são tratados pelo arrendador como amortização de 
capital e receita financeira para reembolsá-lo e recompensá-lo pelo investimento e ser-
viços. 
 
- Os custos diretos iniciais são muitas vezes incorridos por parte dos arrendadores e incluem 
valores como comissões, honorários legais e custos internos que sejam incrementais e dire-
tamente atribuíveis à negociação e estruturação do arrendamento mercantil. Esses custos ex-
cluem gastos gerais como aqueles que são incorridos por equipe de vendas e marketing. Pa-
ra arrendamentos mercantis financeiros que não sejam os que envolvem arrendadores 
fabricantes ou comerciantes (quando isso for permitido legalmente), os custos diretos 
iniciais são incluídos na mensuração inicial da conta a receber de arrendamento mer-
cantil financeiro e reduzem o valor da receita reconhecida durante o prazo do arren-
damento mercantil. 
 
- A taxa de juros implícita no arrendamento mercantil é definida de tal forma que os custos di-
retos iniciais são automaticamente incluídos na conta a receber de arrendamento mercantil 
financeiro e não há necessidade de adicioná-los separadamente. Os custos incorridos pelos 
arrendadores fabricantes ou comerciantes relacionados com a negociação e a estruturação de 
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um arrendamento mercantil estão excluídos da definição de custos diretos iniciais. Como re-
sultado, os referidos custos são excluídos do investimento líquido no arrendamento mercan-
til e são reconhecidos como despesa quando o lucro da venda for reconhecido. Normalmen-
te, em um arrendamento mercantil financeiro, esselucro é reconhecido no começo do prazo 
do arrendamento mercantil. 
 
Arrendamento mercantil financeiro - Reconhecimento subseqüente 
 
- O reconhecimento da receita financeira deve basear-se em modelo que reflita a taxa de re-
torno periódica constante sobre o investimento líquido do arrendador no arrendamento mer-
cantil financeiro. 
 
- Um arrendador tem como meta apropriar a receita financeira durante o prazo do ar-
rendamento mercantil em base sistemática e racional. Essa apropriação da receita ba-
seia-se em modelo que reflete o retorno periódico constante sobre o investimento líqui-
do do arrendador no arrendamento mercantil financeiro. Os pagamentos do arrenda-
mento mercantil relacionados ao período, excluindo custos de serviços, são aplicados 
ao investimento bruto no arrendamento mercantil para reduzir tanto o principal quan-
to as receitas financeiras não realizadas. 
 
- Os valores residuais não garantidos estimados usados no cálculo do investimento bruto do 
arrendador em arrendamento mercantil são revisados regularmente. Se tiver ocorrido redu-
ção no valor residual estimado não garantido, a apropriação da receita durante o prazo do ar-
rendamento mercantil é revista e qualquer redução relacionada a valores apropriados é ime-
diatamente reconhecida. 
 
Arrendamento mercantil operacional 
 
- Os arrendadores devem apresentar os ativos sujeitos a arrendamentos mercantis ope-
racionais nos seus balanços de acordo com a natureza do ativo. 
 
- A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis opera-
cionais deve ser reconhecida na receita em base linear durante o prazo do arrenda-
mento mercantil (excluindo recebimentos de serviços proporcionados tais como seguro e 
manutenção), a menos que outra base sistemática seja mais representativa do modelo tempo-
ral em que o benefício do uso do ativo arrendado seja diminuído. 
 
- Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção da receita de arrendamento mer-
cantil são reconhecidos como despesa. 
 
- Os custos diretos iniciais incorridos pelos arrendadores ao negociar e estruturar um arren-
damento mercantil operacional devem ser adicionados ao valor contábil do ativo arrendado e 
reconhecidos como despesa durante o prazo do arrendamento mercantil na mesma base da 
receita do arrendamento mercantil. 
 
- A política de depreciação para ativos arrendados depreciáveis deve ser consistente com a 
política de depreciação normal do arrendador para ativos semelhantes, e a depreciação deve 
ser calculada de acordo com as regras aplicáveis ao ativo imobilizado (e a amortização ao a-
tivo intangível). 
 
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- Para determinar se o ativo arrendado está sujeito a uma redução ao seu valor recuperável, a 
entidade aplica a NBC T 19.10 (será explicada adiante). 
 
Exemplo: Caso a arrendatária tenha um contrato de arrendamento operacional com a arrendadora 
por cinco anos (60 meses), independentemente da forma de pagamento, a receita (na arrendadora) e 
a despesa (na arrendatária) serão reconhecidas em cotas constantes, 
 
Suponha que a empresa arrendatária arrendou um bem da arrendadora por meio de um arrendamen-
to operacional , em um contrato de 5 anos (60 meses), pagando da seguinte forma: 
 
Primeira parcela = 40% do valor total 
58 parcelas = 1% do valor total ao mês 
Última parcela = 2% do valor total. 
 
Contudo, o reconhecimento das receitas (arrendadora) e das despesas (arrendatária) será de 1/60 por 
mês, ou seja, independe da forma de pagamento. 
 
Resumo para a prova: 
 
 Arrendatárias Arrendadoras 
Arrendamento 
Financeiro 
Bem arrendado – Ativo �ão Circulan-
te Imobilizado 
 
Contrapartida – Valor total das con-
traprestações e valor residual – Passi-
vo Circulante ou P�C – Longo Prazo. 
Valor total e valor residual – Ati-
vo Circulante ou Ativo �ão Cir-
culante Realizável a Longo Prazo 
Arrendamento 
Operacional 
As obrigações decorrentes do contrato 
não devem integrar as contas do ba-
lanço patrimonial, exceto pela parcela 
devida no mês 
Bem arrendado – Ativo �ão Cir-
culante Imobilizado 
 
Contratos de Arrendamento – 
controlados em contas de com-
pensação 
 
Parcelas das contraprestações em 
atraso – Ativo Circulante 
 
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Exemplo: Determine o valor do Passivo Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o 
reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade ar-
rendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anuais e iguais no valor 
unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do 
quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse 
ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades operacio-
nais normais). 
 
Sabe-se que: 
• o contrato foi firmado em 31/12/2008; 
• a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de de-
zembro dos anos subseqüentes; 
• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; 
• a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano. 
• o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o con-
trato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte: 
 
Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 15.000,00 
Ativo Não Circulante - Realizá-
vel a Longo Prazo 
30.000,00 Passivo Não Circulante 25.000,00 
Ativo Não Circulante - Imobili-
zado 
50.000,00 Patrimônio Líquido 60.000,00 
 
(a) R$ 3.900,00 
(b) R$ 8.500,00 
(c) R$ 15.000,00 
(d) R$ 19.600,00 
(e) R$ 23.500,00 
 
Resolução 
 
Passivo Circulante (Saldo Inicial) = R$ 15.000,00 
Passivo Circulante da Cia. Arrendatária = ? 
Reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil (31/12/2008) 
Prestações do Arrendamento = R$ 8.500,00 (5 prestações anuais e iguais) 
Valor Residual = R$ 190,76 (opção de compra juntamente com a última prestação anual) 
Valor de Mercado do Bem Arrendado (à vista) = R$ 30.000,00 
Taxa de Juros implícita no contrato = 13% ao ano 
 
Arrendamento Financeiro - Arrendatária 
 
Ano 1: 
Saldo Inicial do Bem Arrendado = 30.000 
Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 30.000 = 3.900 
Valor Total = 30.000 + 3.900 = 33.900 
Primeira Prestação = 8.500 
Saldo em 31/12/2009 = 33.900 – 8.500 = 25.400 
 
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Aumento do Passivo Circulante (2008): 
Saldo Inicial – Passivo Circulante 15.000 
(+) Prestação a Pagar (31/12/2009) 8.500 
(-) Juros Passivos a Transcorrer (3.900) 
Saldo Final do Passivo Circulante 19.600 
 
Continuando a resolução, para fins didáticos: 
 
Ano 2: 
Saldo Inicial = 25.400 
Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 25.400 = 3.302 
Valor Total = 25.400 + 3.302 = 28.702 
Segunda Prestação = 8.500 
Saldo em 31/12/2010 = 28.702 – 8.500 = 20.202 
 
Ano 3: 
Saldo Inicial = 20.202 
Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 20.202 = 2.626,26 
Valor Total = 20.202 + 2.626,26 = 22.828,26 
Terceira Prestação = 8.500 
Saldo em 31/12/2011 = 22.828,26 – 8.500 = 14.328,26 
 
Ano 4: 
Saldo Inicial = 14.328,26 
Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 14.328,26 = 1.862,67 
Valor Total = 14.328,26 + 1.862,67 = 16.190,93 
Quarta Prestação = 8.500 
Saldo em 31/12/2012 = 16.190,93 – 8.500 = 7.690,93 
 
Ano 5: 
Saldo Inicial = 7.690,93 
Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 7.690,93 = 999,82 
Valor Total = 7.690,93 + 999,82 = 8.690,76 
Quarta Prestação = 8.500 
Saldo em 31/12/2013 = 8.690,76 – 8.500 = 190,76 
 
Total dos Juros Passivos a Transcorrer (PNC) = 
= 3.302 + 2.626,26 + 1.862,67 + 999,82 = 8.790,76 
 
Prestações a Pagar (PNC) = 4 x 8.500 +190,76 = 34.190,76 
 
Lançamento na Arrendatária (2008): 
 
Diversos 
a Diversos 
Veículo (Ativo Imobilizado) 30.000 
Encargo Financeiro a Apropriar (PC) 3.900 
Encargo Financeiro a Apropriar (PNC) 8.790,76 
a Prestações a Pagar (PC) 8.500 
a Prestações a Pagar (PNC) 34.190,76 
 
GABARITO: D 
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Regulamento do Imposto de Renda 
 
Quando a empresa adquire bens, ou realiza melhorias em bens de sua propriedade, cujo pra-
zo de vida útil seja superior a um ano, o valor despendido deve ser registrado em conta de ativo, 
para ser, posteriormente depreciado ou amortizado. 
 
Isso quer dizer que não poderá ser considerada despesa do período a totalidade do gasto rea-
lizado. A despesa será reconhecida proporcionalmente ao transcurso da vida útil do bem. 
 
Por outro lado, poderão ser registrados diretamente em conta de despesa: 
a) O custo de aquisição de bens cujo valor não for superior a R$ 326,61, independente-
mente do prazo de vida útil;* 
b) O custo de aquisição de bens cujo tempo de vida útil não ultrapasse um ano. 
 
�ota: Essa exceção não se aplica quando a atividade exercida exija a utilização de um conjun-
to dos bens adquiridos. Assim, um hotel que adquire lençóis por um custo inferior a R$ 
326,61, deverá registrar esse valor em conta de ativo, pois a atividade exercida exige a utiliza-
ção de um conjunto desses bens. 
 
6.1.6.2.4. Intangível 
 
De acordo com o art. 179, VI, da Lei no 6.404/76, criado pela Lei no 11.638/07, serão clas-
sificadas no ativo permanente intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de 
comércio adquirido. 
 
Resumindo (para a prova): 
 
 Antes das alterações da 
Lei no 11.638/07 
Após das alterações da 
Lei no 11.638/07 
Ativo Permanente Imobilizado (*) Bens destinados à atividade 
fim da empresa. 
Bens tangíveis destina-
dos à atividade fim da 
empresa 
Ativo Permanente Intangível (*) Não existia Bens intangíveis desti-
nados à atividade fim da 
empresa 
(*) Após a MP no 449/08, o grupo “Ativo Permanente” foi extinto, dando lugar ao Ativo �ão 
Circulante, dividido em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
De acordo com a “NBC T 19.8 – Ativo Intangível”, ativo intangível é um ativo não 
monetário identificável sem substância física. 
 
�ota: Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos 
em dinheiro. 
 
As entidades freqüentemente despendem recursos ou contraem obrigações com a aquisição, 
o desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como conhecimento 
científico ou técnico, desenho e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade 
intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo 
nomes comerciais e títulos de publicações). Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias 
amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de 
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clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamen-
tos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de co-
mercialização. 
 
Nem todos os itens descritos no parágrafo anterior se enquadram na definição de ativo in-
tangível, ou seja, são identificáveis, controlados e geradores de benefícios econômicos futuros. Caso 
um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração 
interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
 
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio 
derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill). O ágio derivado da expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) reconhecido em uma combinação de negócios é um ativo que 
representa benefícios econômicos futuros gerados por outros ativos adquiridos em uma com-
binação de negócios, que não são identificados individualmente e reconhecidos separadamen-
te. Tais benefícios econômicos futuros podem advir da sinergia entre os ativos identificáveis adqui-
ridos ou de ativos que, individualmente, não se qualificam para reconhecimento em separado nas 
demonstrações contábeis. 
 
Exemplo: Suponha que o proprietário da empresa J4M2 resolva colocá-la a venda pelo valor de R$ 
50.000,00. Os bens materiais e direitos que a empresa possui são os seguintes: 
 
 - Estoque de Mercadorias para Revenda = R$ 20.000,00 
 - Móveis e Utensílios = R$ 10.000,00 
 - Contas a Receber de Clientes = R$ 10.000,00 
 
Logo, como a empresa está sendo vendida por R$ 50.000,00, R$ 10.000,00 correspondem aos bens 
incorpóreos relacionados ao estabelecimento, como, por exemplo, o ponto comercial (o local de 
localização da empresa é em um Shopping Center, com grande circulação de potenciais comprado-
res). 
 
�ota: O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) gerado internamente 
não deve ser reconhecido como ativo. 
 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intan-
gível, quando: 
 
- for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licencia-
do, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo 
relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou 
 
- resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais 
direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obriga-
ções. 
 
Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado 
como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais signi-
ficativo. 
 
 
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São exemplos de ativos intangíveis: 
 
(a) marcas; 
(b) títulos de periódicos; 
(c) softwares; 
(d) licenças e franquias; 
(e) direitos autorais, patentes e outros direitos de propriedade industrial, de serviços e 
operacionais; 
(f) receitas, fórmulas, modelos, projetos e protótipos; e 
(g) ativos intangíveis em desenvolvimento. 
 
�ota: Um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não 
funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser 
tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um 
computador. Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser 
tratado como ativo intangível. 
 
�ota: As atividades de pesquisa e desenvolvimento destinam-se ao desenvolvimento de 
conhecimento. Por conseguinte, apesar de poderem gerar um ativo com substância física 
(p.ex., um protótipo), o elemento físico do ativo é secundário em relação ao seu componente 
intangível, isto é, o conhecimento incorporado ao mesmo. 
 
�ota: �enhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto 
interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto 
interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 
 
�ota: Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de 
projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os 
aspectos a seguir enumerados: 
 
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibiliza-
do para uso ou venda; 
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; 
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível; 
(d) forma como oativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros 
aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo 
intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a 
sua utilidade; 
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para con-
cluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e 
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante 
seu desenvolvimento. 
 
�ota: �o caso de arrendamento financeiro, o ativo correspondente pode ser tangível ou 
intangível. 
 
 Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: 
 
- for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão 
gerados em favor da entidade; e 
- o custo do ativo possa ser mensurado com segurança. 
 
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Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da 
venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo 
pela entidade. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual em um processo de produção pode 
reduzir os custos de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. 
 
 O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui: 
 
- seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis 
sobre a compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e 
 
- qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta. 
 
Exemplos ilustrativos (anexos a �BC T 19.8 – Ativo Intangível) 
 
Exemplo 1 – lista de clientes adquirida: Uma entidade de marketing adquire uma lista de clientes 
e espera ser capaz de obter benefícios da informação contida na lista por pelo menos durante um 
ano, mas não mais do que três anos. A lista de clientes deveria ser amortizada durante a melhor es-
timativa da administração em relação à sua vida útil econômica, por exemplo: 18 meses. Embora a 
entidade possa ter intenção de adicionar nomes de clientes e/ou outra informação à lista no futuro, 
os benefícios esperados da lista de clientes adquirida relacionam-se apenas com os clientes nessa 
lista na data em que foi adquirida. A lista de clientes também seria analisada quanto à necessidade 
de reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos, ao avaliar se há qualquer indicação de que a lista de clientes possa estar 
sujeita a uma perda. 
 
Exemplo 2 – patente adquirida que expira após 15 anos: Espera-se que um produto protegido 
pela tecnologia patenteada seja fonte de geração de fluxos de caixa líquidos em benefício da entida-
de durante, pelo menos, 15 anos. A entidade tem o compromisso de um terceiro para comprar essa 
patente em cinco anos por 60% do valor justo da patente na data em que foi adquirida, e a entidade 
pretende vender a patente em cinco anos. A patente seria amortizada durante os cinco anos de vida 
útil para a entidade, com um valor residual igual ao valor presente de 60% do valor justo da patente 
na data em que foi adquirida. A patente também seria analisada quanto à necessidade de reconheci-
mento de perda por desvalorização de acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável 
de Ativos. 
 
Exemplo 3 – copyright adquirido que tem vida legal remanescente de 50 anos: A análise dos 
hábitos dos consumidores e das tendências do mercado proporciona evidência de que o material 
com copyright irá gerar fluxos de caixa líquidos em benefício da entidade durante apenas mais 30 
anos. O copyright deve ser amortizado durante a sua vida útil estimada de 30 anos. O copyright 
também seria analisado quanto à necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização de 
acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. 
 
Exemplo 4 – licença de transmissão (broadcasting) adquirida que expira após cinco anos: A 
licença de transmissão (broadcasting) é renovável a cada 10 anos se a entidade proporcionar pelo 
menos um nível médio de serviço aos seus clientes e cumprir os requisitos legislativos relevantes. A 
licença pode ser renovada indefinidamente a baixo custo e foi renovada duas vezes antes da aquisi-
ção mais recente. A entidade adquirente pretende renovar a licença indefinidamente e as evidências 
existentes suportam a sua capacidade para o fazer. Historicamente, não tem havido qualquer contes-
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tação quanto à renovação da licença. Não se espera que a tecnologia usada na transmissão seja subs-
tituída por outra tecnologia em futuro previsível. Portanto, espera-se que a licença contribua para os 
fluxos de caixa líquidos em benefício da entidade indefinidamente. A licença de transmissão seria 
tratada como tendo vida útil indefinida porque se espera que contribua para os fluxos de caixa líqui-
dos em benefício da entidade indefinidamente. Portanto, a licença não seria amortizada enquanto a 
sua vida útil não fosse determinada como definida. A licença deve ser testada quanto à necessidade 
de reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos. 
 
Exemplo 5 – licença de transmissão do exemplo 4: A autoridade licenciadora subseqüentemente 
decide que vai deixar de renovar as licenças de transmissão e, em vez disso, vai leiloar essas licen-
ças. No momento em que a autoridade licenciadora toma essa decisão, a licença de transmissão da 
entidade tem três anos até expirar. A entidade espera que a licença continue a contribuir para os 
fluxos de caixa líquidos em favor da entidade até expirar. Dado que a licença de transmissão já não 
pode ser renovada, a sua vida útil deixou de ser indefinida. Assim, a licença adquirida seria amorti-
zada durante os três anos de vida útil que faltam e imediatamente testada quanto à necessidade de 
reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos. 
 
Exemplo 6 – autorização de rota de linhas aéreas adquiridas entre duas cidades que expira 
após três anos: A autorização de rota pode ser renovada a cada cinco anos, e a entidade adquirente 
pretende cumprir as regras e regulamentos aplicáveis que envolvem a renovação. As renovações de 
autorizações de rota são rotineiramente concedidas a um custo mínimo e historicamente têm sido 
renovadas quando a linha aérea cumpre as regras e regulamentos aplicáveis. A entidade adquirente 
espera utilizar a rota entre as duas cidades indefinidamente a partir dos seus aeroportos centrais e 
espera que a infra-estrutura de suporte relacionada (utilização de portões de aeroporto, slots e loca-
ções de instalações de terminais) continue a funcionar nesses aeroportos enquanto tiver a autoriza-
ção de rota. Análises da procura e dos fluxos de caixa suportam esses pressupostos. Dado que os 
fatos e as circunstâncias suportam a capacidade da entidade adquirente para continuar a fornecer 
serviços aéreos indefinidamente entre as duas cidades, o ativo intangível relacionado com a autori-
zação de rota é tratado como tendo vida útil indefinida. Portanto, a autorização de rota não seria 
amortizada enquanto a sua vida útil não fosse determinada como definida. Seria testada quanto à 
necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com a NBC T 19.10 – Redu-
ção ao Valor Recuperável de Ativos. 
 
Exemplo 7 – marca comercial adquirida usada para identificar e distinguir um produto de 
consumo que tem sido líder de mercado nos últimos oito anos: A marca comercial tem vida legal 
restante de cinco anos, mas é renovável a cada 10 anos a baixo custo. A entidade adquirente preten-
de renovar a marca comercial continuamentee a evidência suporta a sua capacidade para fazê-lo. 
Uma análise de (1) estudos sobre o ciclo de vida do produto, (2) tendências de mercado, competiti-
vas e ambientais, e (3) oportunidades de extensão da marca proporcionam evidência de que o pro-
duto com marca comercial irá gerar fluxos de caixa líquidos para a entidade adquirente durante um 
período indefinido. A marca comercial seria tratada com tendo vida útil indefinida porque se espera 
que contribua para fluxos de caixa líquidos para a entidade indefinidamente. Portanto, a marca co-
mercial não seria amortizada enquanto a sua vida útil não fosse determinada como definida. Seria 
testada quanto à necessidade de reconhecimento de perda por desvalorização de acordo com a NBC 
T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. 
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Exemplo 8 – marca comercial adquirida há 10 anos que distingue um produto de consumo 
líder: A marca comercial era considerada como tendo vida útil indefinida quando foi adquirida por-
que se esperava que o produto com a marca comercial gerasse fluxos de caixa líquidos para a enti-
dade indefinidamente. Contudo, uma marca concorrente inesperada entrou recentemente no merca-
do e vai reduzir as futuras vendas do produto. A administração estima que os fluxos de caixa líqui-
dos gerados pelo produto serão 20% inferiores no futuro previsível. Contudo, a administração espe-
ra que o produto continue a gerar fluxos de caixa líquidos para a entidade indefinidamente mesmo 
que por valores reduzidos. Como resultado do decréscimo projetado nos futuros fluxos de caixa 
líquidos, a entidade determina que o valor recuperável estimado da marca comercial é inferior ao 
valor contábil, sendo reconhecida a perda por desvalorização. Dado que ainda é considerada como 
tendo a vida útil indefinida, a marca comercial não seria amortizada, mas continuaria sujeita ao teste 
quanto à necessidade de reconhecimento da perda por desvalorização de acordo com a NBC T 
19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. 
 
Exemplo 9 – marca comercial para uma linha de produtos que foi adquirida há vários anos 
em combinação de negócios: No momento de uma combinação de negócios, a adquirida produzia 
a linha de produtos há 35 anos com muitos novos modelos desenvolvidos segundo a marca comer-
cial. Na data de aquisição, a adquirente esperava continuar a produção da linha, e uma análise de 
vários fatores econômicos indicou que não havia limite para o período durante o qual a marca co-
mercial iria contribuir para os fluxos de caixa líquidos da adquirente. Conseqüentemente, a marca 
comercial não foi amortizada pela adquirente. Contudo, a administração decidiu recentemente que a 
produção da linha de produtos será descontinuada em um prazo previsto de quatro anos.Dado que a 
vida útil da marca comercial adquirida já não é mais considerada como indefinida, o valor contábil 
da marca comercial deve ser testado quanto à necessidade de reconhecimento de perda por desvalo-
rização de acordo com a NBC T 19.10 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos e amortizado 
durante os quatro anos de vida útil remanescentes. 
 
6.1.6.2.5. Diferido (extinto pela MP no 449/08) 
 
A partir 01/01/2008, a Lei no 6.404/76, em seu art. 179, V, alterado pela Lei no 
11.638/07, passou a ter a seguinte redação: 
 
 Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
 (...) 
 V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que con-
tribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e 
que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência 
operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela MP nº 449, 
de 2008) 
 
Ou seja, esta nova redação (antes das alterações trazidas pela MP no 449/08) restringiu 
o uso do ativo diferido às despesas pré-operacionais e aos gastos incrementais de reestrutura-
ção. Portanto, não são todas as despesas que contribuirão para formação do resultado de vários e-
xercícios que serão classificadas no ativo diferido. 
 
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Antes de 01/01/2008, eram classificados no Ativo Permanente Diferido: 
 
- Despesas pré-operacionais; 
- Despesas de reorganização; 
- Pesquisa e desenvolvimento de produtos; 
- Despesas com prospecção de jazidas; 
- Juros pagos ou creditados a acionistas durante o período que anteceder o início das ope-
rações sociais ou de implantação do empreendimento inicial; 
- Entre outros. 
 
A classificação das despesas supracitadas como Ativo Diferido pode ser explicada porque 
não seria conveniente que, no primeiro exercício social da empresa, ela fosse sobrecarregada com a 
apropriação de despesas de implantação (Despesas Pré-Operacionais), tendo em vista que os gastos 
com tais despesas irão promover a geração de receitas por vários exercícios sociais. 
 
�ota: A Lei no 11.638/07 restringiu o lançamento de gastos no ativo diferido, mas, após isso, a 
Medida Provisória no 449/08 extinguiu esse grupo de contas. De acordo com o art. 299-A da Lei 
das SA, criado pela MP no 449/08: 
 
“O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, 
pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, 
poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa 
amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o 
§ 3
o
 do art. 183.” 
 
 Portanto, há contas que ainda permanecerão no Ativo Diferido, após 31/12/2008, até a 
sua completa amortização e as demais serão alocadas a outro grupo de contas. 
 
�ota: De acordo com a Resolução no 1.152/09, que aprovou a �BC T 19.18 – Adoção Inicial 
da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08: os gastos ativados que não possam ser 
reclassificados para outro grupo de ativos, devem ser baixados no balanço de abertura, na 
data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido 
dos efeitos fiscais ou mantidos nesse grupo até sua completa amortização. 
 
Resumindo: 
 
Contas do Ativo Diferido: 
1 – Que puderem ser classificadas em outro grupo de contas: serão alocadas para esse grupo 
(Ex: Ativo �ão Circulante – Intangível); 
 
2 – Caso não possam ser classificadas em outro grupo de contas: 
- Poderão permanecer no Ativo Diferido até sua completa amortização; 
Lançamento: 
 Despesas com Amortização (Despesa) 
 a Amortização Acumulada (Ativo Diferido – Retificadora) 
 
- Poderão ter seus saldos baixados em contrapartida à conta “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados”. 
Lançamento: 
 Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 
 a Conta do Ativo Diferido (Ativo Diferido) 
 
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�ota: Mudança de denominação: 
 
Antes das alterações da Lei no 
11.638/07 
Após as alterações da Lei no 
11.638/07 e antes das alterações 
da MP no 449/08 
Após as alterações da MP no 
449/08 
Ativo Permanente Diferido Ativo Permanente Diferido EXTI�TO 
 
ATE�ÇÃO!!! 
�ota: Os valores que eram anteriormente admitidos como despesas pré-operacionais preci-
sam agora ser reanalisados: se vinculados ao processo de preparação de máquinas e equipa-
mentos para estarem em condições de funcionamento, por exemplo, esses gastos são agregados 
ao custo do próprio imobilizado, que deve incorporar todos os custos vinculados à sua aquisi-
ção ou construção e todos os demais necessários a colocá-los em condições de funcionamento 
(transporte, seguro, tributos não recuperáveis, montagem, testes etc.). Os gastos relativos a 
atividades de administração e vendas, mesmo que vinculados a treinamento, aprendizado etc. 
são considerados diretamente como despesas do exercício. Osrelativos às atividades até que a 
planta atinja níveis normais de operação também são considerados como despesa do exercício. 
 
ATE�ÇÃO!!! 
Despesas Antecipadas: fato gerador ainda não ocorreu (quando o fato gerador ocorrer, as 
despesas antecipadas serão apropriadas, reduzindo o resultado do exercício). 
 
Despesas Diferidas: fato gerador já ocorreu, sendo, portanto, consideradas como bens intan-
gíveis e classificadas no Ativo Diferido, sendo, desta forma, amortizada nos exercícios subse-
qüentes (reduzindo o resultado dos exercícios seguintes). 
 
6.1.6.3. Passivo Circulante 
 
De acordo com o artigo 180 da Lei no 6.404/76, o Passivo Circulante corresponde às obri-
gações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circu-
lante, quando vencerem no exercício seguinte. 
 
Exemplos: 
- Obrigações com Fornecedores: duplicatas a pagar, fornecedores. 
- Obrigações Financeiras: promissórias a pagar, financiamentos, empréstimos bancários. 
- Obrigações Trabalhistas: salários a pagar, encargos sociais a recolher. 
- Obrigações Fiscais: ICMS a recolher, IPI a recolher, PIS a recolher, COFINS a recolher, 
IRRF a recolher, ISS a recolher, IR a pagar. 
- Obrigações com Sócios e Acionistas: Dividendos a pagar, participações estatutárias a pa-
gar. 
- Provisões: Provisão para o 13o salário, provisão para férias, provisão para o imposto de 
renda, provisão para a contribuição social sobre o lucro líquido, provisão para contingências. 
- Outras Obrigações: Adiantamentos de clientes, aluguéis a pagar, multas a pagar. 
 
Provisões: são valores estimados que cobrem perdas prováveis ou representam a existência de exi-
gibilidades, cujos montantes podem ser previamente conhecidos e/ou calculados. 
 
Provisões Retificadoras do Ativo: figuram, no Balanço Patrimonial, como contas redutoras 
do Ativo e são constituídas debitando-se uma conta de Despesa e creditando-se uma conta 
patrimonial representante da respectiva provisão. Caso a perda seja consumada, deve-se de-
bitar a conta da respectiva provisão e creditar a conta com base na qual ela foi constituída. 
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Entretanto, se a perda não for consumada, o saldo da provisão será revertido para uma conta 
de Receita (a reversão da provisão poderá ser parcial ou total). 
 
Ex: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, que é o valor provisionado ao 
final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes 
de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O 
valor da provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em estu-
dos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os 
valores dos direitos existentes na época do Balanço Patrimonial. 
 
Provisões do Passivo: representam obrigações de valores duvidosos. 
 
Ex: Caso um ex-funcionário de uma empresa esteja pleiteando uma indenização tra-
balhista na justiça, no valor de R$ 10.000,00, e a empresa se opõe a tal pagamento, 
pelo Princípio da Prudência, em vista da incerteza do pagamento do referido valor, 
visto que está dependendo de uma decisão judicial ainda não transitada em julgado, 
deverá ser contabilizada uma “Provisão para Contingências” no valor de R$ 
10.000,00, de acordo com o seguinte lançamento: 
 
 Despesas com Provisões 
 a Provisão para Contingências 10.000 
 
6.1.6.4. Passivo �ão Circulante 
 
As obrigações serão classificadas no passivo não circulante, se tiverem vencimento após o 
término do exercício seguinte, observado o disposto no parágrafo único do artigo 179 da Lei 
no 6.404/76 (ciclo operacional). 
 
Exemplos: duplicatas a pagar de longo prazo, promissórias a pagar de longo prazo, empréstimos a 
pagar de longo prazo, financiamentos a pagar de longo prazo, debêntures a pagar de longo prazo, 
etc. 
 
�ota: 
Resultados de Exercícios Futuros (extinto pela MP no 449/08): De acordo com o artigo 181 Lei 
no 6.404/76, antes das alterações da MP no 449/08, eram classificadas como resultados de exercício 
futuro as receitas de exercícios futuros (receitas antecipadas), diminuídas dos custos e despesas a 
elas correspondentes (contas retificadoras). Ou seja, neste grupo, deveriam constar quantias re-
cebidas que não serão, em hipótese alguma, devolvidas pela empresa nem representam obri-
gações de sua parte de entregar bens ou serviços. Além disso, esses recebimentos devem referir-
se a operações que afetassem o patrimônio nos exercícios seguintes. 
 
A MP no 449/08 também incluiu o art. 299-B na Lei das SA: 
 
“Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 
deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta representativa de 
receita diferida. 
 
Parágrafo único. O registro do saldo de que trata o caput deverá evidenciar a receita 
diferida e o respectivo custo diferido.” 
 
Ou seja, com a publicação da MP, as contas classificadas no REF deverão ser reclassificadas 
no passivo não circulante, em conta representativa de receita diferida. 
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Exemplo: A empresa J4M2 alugou, em 01/07/2005, um imóvel para a empresa Inquilina Ltda, que 
pagou antecipadamente um ano de aluguel no valor de R$ 60.000,00. Logo, os lançamentos a serem 
efetuados na J4M2 serão: 
 
I – No recebimento do valor adiantado (01/07/2005): 
 
Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) 
 a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (PNC – Receitas Diferidas) 60.000 
 
II - Quando as receitas forem realmente auferidas (Princípio da Competência), e, o lançamento será 
o seguinte: 
 
Aluguéis Recebidos Antecipadamente (PNC – Receitas Diferidas) 
a Receita de Aluguéis (Receita) 
 
Logo, em 31/12/2005, a empresa J4M2 efetuará o seguinte lançamento, que corresponde aos seis 
primeiros de aluguéis, de julho/2005 a dezembro/2005 (receitas já auferidas): 
 
Aluguéis Recebidos Antecipadamente (PNC – Receitas Diferidas) 
a Receita de Aluguéis (Receita) 30.000 
 
Exemplo: Suponha, agora, que a empresa J4M2 alugou seu imóvel por intermédio de uma adminis-
tradora de imóveis, que cobra 10% de taxa de administração, e que, além disso, a empresa Inquilina 
Ltda pagou o aluguel referente a janeiro de 2006 em dezembro de 2005. O lançamento em dezem-
bro de 2005, na J4M2, seria o seguinte: 
 
Diversos 
a Aluguéis Recebidos Antecipadamente (PNC – Receitas Diferidas) 
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 4.500 
Custo dos Aluguéis Recebidos Antecipadamente (Retif. – PNC – Receitas Diferidas) 500 5.000 
 
Cabe ressaltar que não devem ser incluídos no P�C-Receitas Diferidas os valores que 
possuam alguma obrigatoriedade futura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela 
entidade. Assim, por exemplo, a conta “Adiantamento de Clientes”, que corresponde a uma 
conta de fornecimento de bens ou serviços, é uma conta do Passivo Circulante. Um outro e-
xemplo é a conta “Receitas Financeiras a Apropriar”, que deve ser classificada com retifica-
dora do Ativo. 
 
Exemplo: A empresa J4M2, no dia primeiro de dezembro de 2005, efetuou uma aplicação financei-
ra no valor de R$ 60.000,00, por 60 dias, com juros recebidos antecipadamente, no valor de R$ 
1.000,00. Assim, o seguinte lançamento deve ser efetuado pela empresa: 
 
Aplicações Financeiras (Ativo Circulante) 
 a Diversos 
 a Bancos (Ativo Circulante) 60.000 
a Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 1.000 61.000 
 
Em 31/12/2005, a empresa reconheceria como receita os primeiros 30 dias de juros: 
 
Juros Ativos a Transcorrer (Retificadora – AC) 
a Juros Ativos (Receita) 500 
 
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6.1.6.5.Patrimônio Líquido 
 
O Patrimônio Líquido, também conhecido como Capital Próprio ou Capital Efetivo, cor-
responde a recursos originários dos sócios e os rendimentos auferidos pela empresa. Somente 
constitui obrigação exigível da empresa em caso de extinção da mesma ou retirada do sócio. 
 
A Lei no 11.638/07 também trouxe mudanças em relação ao Patrimônio Líquido, que passa a 
ser composto pelos seguintes subgrupos: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
Ou seja, foi eliminado o subgrupo “Reservas de Reavaliação”, “Ações em Tesouraria” tor-
nou-se subgrupo e o subgrupo “Lucros ou Prejuízos Acumulados” passou a ser chamado de “Prejuí-
zos Acumulados”. 
 
Há que se ressaltar que, apesar das “Reservas de Capital” e “Reservas de Lucros” terem sido 
mantidas, houve alterações em suas estruturas, que serão comentadas posteriormente. 
 
Resumindo (para a prova): 
 
 Antes das alterações da Lei no 
11.638/07 
Após das alterações da Lei no 
11.638/07 
Patrimônio Líquido Capital Social 
Reservas de Capital 
Reservas de Reavaliação 
Reservas de Lucros 
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
Prejuízos Acumulados 
 
6.1.6.5.1. Capital Social 
 
O Capital Social corresponde à parte do Patrimônio Líquido formada por ações subscritas 
na constituição ou no aumento do capital de uma sociedade anônima. 
 
O Capital Social é dividido em duas partes: 
 
- Capital a Realizar (ou a Integralizar ou �ão-Realizado): corresponde às ações subscri-
tas que ainda não foram realizadas pelos acionistas. 
 
- Capital Realizado (ou Integralizado): corresponde às ações subscritas e realizadas pelos 
acionistas (mínimo de 10%) ou quaisquer outros bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. 
 
De acordo com o artigo 182 da Lei no 6.404/76, a conta do capital social discriminará o 
montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
 
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Exemplo: A empresa J4M2 S.A foi constituída com a subscrição de 500.000 ações de valor nomi-
nal R$ 1,00 cada, sendo integralizadas no ato, 40% em dinheiro, 10% com mercadorias para reven-
da e 20% em imóveis. Os lançamentos a serem efetuados são os seguintes: 
 
 Capital a Realizar 
 a Capital Social 500.000 
 
 Diversos 
 a Capital a Realizar ou Capital a Integralizar 
 Bancos 200.000 
 Mercadorias 50.000 
 Imóveis 100.000 350.000 
 
Balanço Patrimonial 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
Bancos 200.000 
Mercadorias 50.000 
 
Ativo �ão Circulante 
Imobilizado 
Imóveis 100.000 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 500.000 
(-) Capital a Integralizar (150.000) 
 350.000 350.000 
 
�ota: 
Capital Subscrito (Capital Social) = Capital que os sócios garantiram (assinaram) para a a-
bertura da empresa. 
Capital Autorizado = Capital máximo autorizado no estatuto ou contrato social 
Capital a Realizar (Capital a Integralizar) = Capital subscrito ainda não integralizado 
Capital Integralizado (Capital Realizado) = Capital Subscrito e integralizado = Capital Subs-
crito – Capital a Integralizar 
 
6.1.6.5.2. Reservas de Capital 
 
As Reservas de Capital correspondem a valores recebidos dos proprietários ou de tercei-
ros, isto é, são “receitas” que, entretanto, não são tratadas desta maneira, visto que não tran-
sitam pelas contas de resultado, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido. 
 
De acordo com artigo 182, § 1°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas como reservas de 
capital as contas que registrarem: 
 
i) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de 
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do 
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias 
(Reserva de Ágio na Emissão de Ações). 
 
ii) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição (Reserva de Alienação 
de Bônus de Subscrição e Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias). 
 
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Bônus de Subscrição: são títulos de crédito emitidos por companhias no limite do capital 
autorizado no estatuto, que dão aos seus titulares o direito de subscreverem ações da compa-
nhia, mediante a apresentação do referido título e o pagamento do preço de emissão das a-
ções (os atuais acionistas têm preferência na aquisição dos bônus). 
 
Exemplo: A empresa J4M2 S.A emitiu (vendeu) bônus de subscrição no valor de R$ 30.000,00. O 
lançamento a ser efetuado na companhia será o seguinte: 
 
Caixa 
a Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição 30.000 
 
Partes Beneficiárias: são títulos de crédito sem valor nominal, emitidos por companhias fe-
chadas, por um prazo máximo de dez anos, que conferem a seus titulares o direito de parti-
cipação, no máximo em 10%, nos lucros das referidas companhias. Caso não sejam resgata-
dos no prazo de sua emissão, serão convertidos em ações da companhia, podendo haver ágio 
na emissão de ações. Cabe ressaltar que as partes beneficiárias só darão origem à Reserva de 
Capital se forem vendidas, ou seja, se forem atribuídas gratuitamente a acionistas ou tercei-
ros, não darão origem à Reserva de Capital. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 Ltda emitiu (vendeu) partes beneficiárias no valor de R$ 20.000,00. O 
lançamento a ser efetuado na companhia será o seguinte: 
 
Caixa 
a Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias 20.000 
 
iii) o prêmio recebido na emissão de debêntures (Reserva de Prêmios Recebidos na Emissão 
de Debêntures – Ágio) – ATE�ÇÃO!!! Revogado pela Lei no 11.638/07. 
 
Debêntures: são títulos de crédito com valor nominal emitidos por companhias, os quais 
conferem a seus titulares (debenturistas) o direito de participação nos lucros da companhia 
(rendem juros e são atualizados monetariamente). Caso não sejam resgatados no seu prazo 
de emissão, serão convertidos em ações da companhia. 
 
iv) as doações e as subvenções para investimento (Reserva de Doações para Investimento e 
Reserva Subvenções para Investimento) – ATE�ÇÃO!!! Revogado pela Lei no 11.638/07. 
 
Resumindo (para a prova): 
 
A partir de 01/01/2008, os incisos “c” e “d” do § 1o do art. 182, da Lei no 6.404/76, foram revoga-
dos. Portanto, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntu-
res �ÃO serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrados como recei-
tas do exercício. 
 
Finalmente, devido ao novo artigo 195-A, as doações ou subvenções governamentais para in-
vestimentos poderão ser destinadas a uma nova reserva de lucros, chamada “Reserva de In-
centivos Fiscais”. Além disso, o valor transferido para esta reserva poderá ser excluído da base de 
cálculo do dividendo obrigatório de que trata o art. 202, I. 
 
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�ota: 
Regime Tributário de Transição (RTT): De acordo com o art. 15 da MP no 449/08, fica instituído 
o Regime Tributário de Transição (RTT), que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos 
métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08. 
 
Além disso, de acordo com o art. 16 da MP, as alterações introduzidas pela Lei no 11.638/07 
e pela MP no 449/08 que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas,custos e despesas 
computadas na apuração do lucro líquido do exercício, não terão efeitos para fins de apuração do 
lucro real da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, 
os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. 
 
 O RTT terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários dos 
novos métodos e critérios contábeis. 
 
Ou seja, no caso das doações e subvenções para investimentos ou dos prêmios na 
emissão de debêntures, que, com a publicação da Lei no 11.638/07, deixaram de ser destinados 
a reservas de capital e passaram a ser consideradas como receitas, pelo RTT, terão um 
tratamento de forma a neutralizar os efeitos tributários. 
 
 Detalhando mais um pouco, suponha que uma empresa receba, do Poder Público, 
doações e subvenções para investimentos. Essa empresa deverá, pelo RTT, adotar os seguintes 
passos: 
 
I - reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do resultado pelo regime de 
competência, inclusive com observância das determinações constantes das normas expedidas 
pela Comissão de Valores Mobiliários, no caso de companhias abertas e outras que optem 
pela sua observância; 
 
II - excluir, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), o valor referente à parcela do lucro 
líquido do exercício decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, para 
fins de apuração do lucro real; 
 
III - manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente da doação ou 
subvenção na reserva de incentivos fiscais (art. 195-A da Lei no 6.404/76, incluído pela Lei no 
11.638/07); e 
 
IV - adicionar, no Livro de Apuração do Lucro Real, para fins de apuração do lucro real, o valor 
referido no inciso II, no momento em que ele tiver destinação diversa daquela referida no inciso III. 
 
As doações e subvenções governamentais serão tributadas caso seja dada destinação diversa 
da prevista acima (Reserva de Incentivos Fiscais), inclusive nas hipóteses de: 
 
I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução 
do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor 
total das exclusões decorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimentos; 
 
II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos cinco anos 
anteriores à data da doação ou subvenção, com posterior capitalização do valor da doação ou 
subvenção, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total 
das exclusões decorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimentos; ou 
 
III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 
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 Para entendermos melhor a situação, vamos fazer um exemplo numérico, destacando 
somente a parte contábil, que é a que nos interessa para a prova, visto que os lançamentos no 
LALUR não fazem parte do conteúdo programático de Contabilidade Geral: 
 
Exemplo: 
Doações Governamentais = R$ 100.000,00 (suponha que toda a receita de doações e subvenções 
governamentais será reconhecida no período, de acordo com o Regime de Competência). 
 
Lucro Líquido do Exercício = R$ 200.000,00 (sem considerar as Doações e Subvenções Governa-
mentais). 
 
I – Lançamento antes das alterações trazidas pela Lei no 11.638/07: 
 
 Caixa ou Bancos (Ativo Circulante) 
 a Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 100.000 
 
 Neste caso, o Lucro Líquido do Exercício seria de R$ 200.000,00. 
 
II – Lançamento após as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08: 
 
Caixa ou Bancos (Ativo Circulante) 
a Outras Receitas (*) (Receita – Conta de Resultado) 100.000 
 
(*) Nova denominação trazida pela MP no 449/08 => será explicado posteriormente. 
 
II.1 – Transferência do Lucro Líquido do Exercício para o Patrimônio Líquido: 
 
Lucro Líquido do Exercício (Receita – Conta de Resultado) 
a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 300.000 
 
II.2 – Transferência do valor correspondente a doações ou subvenções governamentais para a “Re-
serva de Incentivos Fiscais”: 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
a Reserva de Incentivos Fiscais (Patrimônio Líquido) 100.000 
 
Neste ponto, há que se fazer uma ressalva, já citada anteriormente: caso a empresa dê 
destinação diversa da prevista (Reserva de Incentivos Fiscais), o saldo dessa reserva deverá 
ser adicionado para a apuração do lucro real, ou seja, esse valor passará a ser tributável. 
 
Em relação ao prêmio na emissão de debêntures, raciocínio semelhante deverá ser 
adotado. A empresa deverá: 
 
I - reconhecer o valor do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado pelo regime 
de competência e de acordo com as determinações constantes das normas expedidas pela 
Comissão de Valores Mobiliários, no caso de companhias abertas e outras que optem pela sua 
observância; 
 
II - excluir, no Livro de Apuração do Lucro Real, o valor referente à parcela do lucro líquido do 
exercício decorrente do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração do lucro real; 
 
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III - manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do prêmio na 
emissão de debêntures em reserva de lucros específica; e 
 
IV - adicionar, no Livro de Apuração do Lucro Real, para fins de apuração do lucro real, o valor 
referido no inciso II, no momento em que ele tiver destinação diversa daquela referida no inciso III. 
 
IMPORTA�TE!!! 
O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais, de lucros a 
realizar e da reserva constituída decorrente do prêmio na emissão de debêntures, não poderá 
ultrapassar o capital social. 
 
Ou seja, a reserva de incentivos fiscais e a reserva específica de prêmio na emissão de 
debêntures não serão consideradas para fins de cálculo do limite previsto no art. 199 da Lei no 
6.404/76. 
 
ATE�ÇÃO!!!! 
Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures => constituída após a transferência 
do lucro do período para o Patrimônio Líquido, sendo, portanto, uma reserva de lucros. 
 
O prêmio na emissão de debêntures será tributado caso seja dada destinação diversa da 
prevista acima (Reserva de Lucros Específica), inclusive nas hipóteses de: 
 
I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução 
do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor 
total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; 
 
II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos cinco anos 
anteriores à data da emissão das debêntures com o prêmio, com posterior capitalização do valor do 
valor do prêmio, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor 
total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou 
 
III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 
 
Para entendermos melhor a situação, vamos fazer um exemplo numérico, destacando somente 
a parte contábil, que é a que nos interessa para a prova, visto que os lançamentos no LALUR não 
fazem parte do conteúdo programático de Contabilidade Geral: 
 
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Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 emita uma série de debêntures de valor nominal 
R$150.000,00, em outubro de 2008, lançada no mercado pelo preço de R$ 200.000,00: 
 
I – Lançamento antes das alterações trazidas pela Lei no 11.638/07: 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Diversos 
aDebêntures Emitidas (Passivo Circ./PELP) 150.000 
a Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 50.000 200.000 
 
II – Lançamento após as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08: 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Diversos 
a Debêntures Emitidas (Passivo Circulante ou PNC) 150.000 
a Prêmio na Emissão de Debêntures (PNC) 50.000 200.000 
 
(*) Nova denominação trazida pela MP no 449/08. 
 
Realização mensal do prêmio na emissão de debêntures (suponha que sejam realizados R$ 
5.000,00 por mês, ou seja, que o prazo das debêntures seja de 10 meses): 
 
Prêmio na Emissão de Debêntures (PNC) 
a Outras Receitas (*) 5.000 
 
(*) Nova denominação trazida pela MP no 449/08 => será explicado posteriormente. 
Logo, até 31/12/2008, teríamos o seguinte saldo em “Outras Receitas”, decorrente do Prêmio na 
Emissão de Debêntures: 
Período = de out a dez = 3 meses 
Outras Receitas = 3 x 5.000 = 15.000 
Suponha, agora, que o Lucro Líquido do Exercício foi de R$ 200.000,00. Logo, teríamos os seguin-
tes lançamentos: 
 
III.1 – Transferência do Lucro Líquido do Exercício para o Patrimônio Líquido: 
 
Lucro Líquido do Exercício (Receita – Conta de Resultado) 
a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 200.000 
 
III.2 – Transferência do valor correspondente ao prêmio na emissão de debêntures realizado: 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
a Reserva Específica – Prêmio na Emissão de Debêntures (PL) 15.000 
 
Neste ponto, há que se fazer uma ressalva, já citada anteriormente: caso a empresa dê 
destinação diversa da prevista (Reserva de Lucros Específica), o saldo dessa reserva deverá 
ser adicionado para a apuração do lucro real, ou seja, esse valor passará a ser tributável. 
 
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�ota: 
As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 
VI - A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destina-
da ao resgate desses títulos. 
 
Memorize para a prova: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prêmio na Emissão de Debêntures: era classificada como “Reserva de 
Capital” e, a partir de 01/01/2008, passou a ser classificada como recei-
ta do exercício. 
 
Doações para Investimentos Privadas: era classificada como “Reserva 
de Capital” e, a partir de 01/01/2008, passou a ser classificada como 
receita do exercício. 
 
Doações e Subvenções para Investimentos Governamentais: era classi-
ficada como “Reserva de Capital” e, a partir de 01/01/2008, passou a 
ser classificada como receita do exercício. Além disso, estas receitas, 
após serem transferidas ao Patrimônio Líquido, poderão ser destina-
das à “Reserva de Incentivos Fiscais”. O valor transferido poderá ser 
excluído da base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 
 
As reservas de capital podem ser utilizadas (facultativamente) para a 
absorção de prejuízos que ultrapassem os lucros acumulados e as re-
servas de lucros. 
 
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6.1.6.5.3. Reservas de Reavaliação (extintas pela Lei no 11.638/07) 
 
 Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor 
atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos 
do artigo 8o da Lei no 6.404/76, aprovado pela assembléia-geral. 
 
A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada, nomea-
dos em assembléia-geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos funda-
dores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que representem me-
tade, pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer número. 
 
O valor da reavaliação do ativo imobilizado é a diferença entre o valor líquido contábil 
do bem e o valor de mercado, com base em laudo técnico elaborado por três peritos ou enti-
dade especializada. 
 
Valor da Reavaliação = Valor de Mercado – Valor Contábil do Bem 
Valor Contábil do Bem = Valor de Aquisição – Depreciação Acumulada 
 
A reavaliação é a adoção do valor de mercado para os bens reavaliados, em substitui-
ção ao princípio do registro pelo valor original. 
 
Definições importantes: 
 
a) custo – valor de aquisição de construção do ativo imobilizado registrado ou o valor atribuído ou 
de mercado, no caso de doações; 
 
b) valor de mercado – valor que a entidade despenderia para repor o ativo, considerando-se uma 
negociação normal entre partes independentes, sem favorecimentos, e isentas de outros interesses. 
Esse valor deve considerar o preço à vista de reposição do ativo, contemplando as condições de uso 
em que o bem se encontra; 
 
c) valor líquido contábil – montante pelo qual um bem está registrado na contabilidade, numa de-
terminada data-base, líquido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, 
ou provisão para ajuste do ativo ao seu valor recuperável; 
 
d) valor recuperável – valor de mercado menos o custo para a sua venda, ou o valor que a entidade 
espera recuperar pelo uso futuro de um ativo nas suas operações, o que for maior. 
 
Hipóteses de reavaliação: 
a) reavaliação voluntária de ativos próprios; 
b) reavaliação de ativos por controladas e coligadas; e 
c) reavaliação nas fusões, incorporações e cisões. 
 
 A reavaliação deve ser restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, desde que não 
esteja prevista sua descontinuidade operacional. A descontinuidade operacional de bens rea-
valiados implica na necessidade de alteração do critério de avaliação para o registro pelo va-
lor original, estornando-se a parcela da reavaliação incluída no ativo, as respectivas reservas 
de reavaliação e a provisão dos tributos incidentes sobre a reavaliação. 
 
Contabilização: A diferença positiva entre o valor da reavaliação e o valor líquido contábil do 
bem deve ser incorporada ao ativo reavaliado correspondente, e deve ter como contrapartida 
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conta de reserva da reavaliação, líquida dos tributos incidentes sobre a reavaliação, no patri-
mônio líquido. 
 
Na hipótese de reavaliação negativa, apurada em função de o valor dos laudos de avaliação ser infe-
rior ao valor líquido contábil, o registro contábil deve ser efetuado da seguinte forma: 
 
a) o imobilizado deve ser reduzido em contrapartida à reserva de reavaliação, corresponden-
te aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores, e os tributos registrados no pas-
sivo sobre a reavaliação devem ser reduzidos proporcionalmente à redução da reserva de re-
avaliação; 
 
b) quando o saldo da reserva de reavaliação for insuficiente para o registro de redução do a-
tivo, esta insuficiência deve ser registrada como despesa não operacional, no resultado do 
exercício em que a reavaliação ocorrer, mediante constituição de provisão para perdas. Esta 
provisão somente deve ser reconhecida se a perda for considerada irrecuperável; e 
 
c) a letra “b” deste item aplica-se, também, na primeira reavaliação, quando o valor da rea-
valiação for inferior ao valor líquido contábil. 
 
Tributos sobre a reavaliação 
 
A reserva da reavaliação positiva deve ser registrada líquida dos tributos, em conta 
destacada no patrimônio líquido. A parcela correspondente aos tributos incidentes sobre a 
reavaliação deve ser registrada no passivo exigível a longo prazo, sendo transferida para o 
passivocirculante, à medida que os ativos forem sendo realizados. As eventuais oscilações nas 
alíquotas dos tributos devem ser reconhecidas em contrapartida da reserva de reavaliação. 
 
O passivo dos tributos incidentes sobre a reserva de reavaliação não deve ser constituído pa-
ra ativos que não se realizam por depreciação, amortização ou exaustão, como é o caso de terrenos, 
e para os quais não haja qualquer perspectiva de realização por alienação. 
 
Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
Após a reavaliação, a depreciação, a amortização ou a exaustão dos bens reavaliados devem 
ser calculadas e registradas sobre o novo valor, considerando a vida útil econômica remanescente, 
indicada no laudo de avaliação. 
 
Realização da Reserva de Reavaliação 
 
A reserva de reavaliação é considerada realizada na proporção em que se realizarem 
os bens reavaliados, devendo ser transferida para lucros ou prejuízos acumulados, sem transi-
tar pelas contas do resultado. 
 
Realização dos bens: 
a) depreciação, amortização ou exaustão dos bens reavaliados, que tenham sido regis-
tradas como custo ou como despesa operacional; 
b) baixa dos bens reavaliados (quando os bens não serão mais utilizados pela empresa); 
c) alienação dos bens reavaliados. 
 
A reserva de reavaliação não pode ser utilizada para aumento de capital ou amortização de 
prejuízo, enquanto não realizada. 
 
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�ota: Art. 6o, da Lei no 11.638/07: Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser 
mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta 
Lei entrar em vigor. 
 
Exemplo: (Antes das alterações da Lei no 11.638/07) Suponha que um bem do ativo imobilizado, 
cujo custo de aquisição tenha sido R$ 4.500,00, foi reavaliado, mediante laudo técnico elaborado 
por três peritos, por R$ 5.000,00, no dia 02/01/2005. Considere ainda os seguintes dados: 
 
- Depreciação Acumulada na data da reavaliação = R$ 3.000,00 
- Imposto de Renda e Contribuição Social = 40% 
- Restante da vida útil do bem na data da reavaliação é de 10 (dez) anos e a depreciação é fei-
ta em cotas constantes. 
 
Qual será o saldo da conta “Tributos a Pagar”, do passivo circulante, no balanço patrimonial de 
31/12/2005? 
 
I – Cálculo do Valor Contábil do Bem: 
 
Valor Contábil do Bem = Valor de Aquisição – Depreciação Acumulada 
Valor Contábil do Bem = 4.500 – 3.000 = 1.500 
 
Depreciação Acumulada (Ativo Permanente - Retificadora) 
a Bem (Ativo Permanente) 3.000 (I) 
 
Em forma de razonetes, teríamos, inicialmente: 
 
 
 
 
 
Após o lançamento acima, teríamos: 
 
 
 
 
 
 
II – Reserva de Reavaliação: 
 
O bem do ativo permanente foi reavaliado pelo valor de R$ 5.000,00. Logo, neste caso, deverá ser 
constituída uma Reserva de Reavaliação no valor de: 
 
Reserva de Reavaliação = Valor do Bem Reavaliado – Valor Contábil do Bem 
Reserva de Reavaliação = 5.000 – 1.500 = 3.500 
 
Neste caso, o lançamento seria: 
 
 Bem (Ativo Permanente) 
 a Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) 3.500 (II) 
 
Bem 
4.500 
 
Depreciação Acumulada 
 3.000 
 
Bem 
4.500 3.000 (I) 
1.500 
 
Depreciação Acumulada 
3.000 (I) 3.000 
 
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Visto em forma de razonete: 
 
 
 
 
 
 
 
III – Tributação sobre a Reserva de Reavaliação: ATENÇÃO, meus amigos, pois aqui é que está o 
“detalhe” da questão. A questão fala em imposto de renda e contribuição social com uma alíquota 
de 40%, que também devem ser considerados sobre a Reserva de Reavaliação. 
 
O valor do imposto de renda e contribuição social sobre a Reserva de Reavaliação seria: 
 
Tributos sobre a Reserva de Reavaliação = 40% x Reserva de Reavaliação 
Tributos sobre a Reserva de Reavaliação = 40% x 3.500 = 1.400 
 
Entretanto, a Reserva de Reavaliação ainda não foi realizada (na data da reavaliação), visto que 
ainda não houve, por exemplo, depreciação do bem reavaliado. 
 
Logo, o lançamento a ser efetuado na data da reavaliação, em relação aos tributos incidentes sobre a 
referida reserva, seria: 
 
Tributos sobre a Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido – Retificadora) 
a Tributos Diferidos (Passivo Exigível a Longo Prazo) 1.400 (III) 
ATE�ÇÃO !!!!! A conta “Tributos sobre a Reserva de Reavaliação é uma conta retificadora 
da conta “Reserva de Reavaliação”. A contrapartida dessa conta é a conta “Tributos Diferi-
dos”, do Passivo Exigível a Longo Prazo (estão no PELP, pois, como a reserva ainda não foi 
realizada, não há previsão de pagamento). 
 
Os razonetes ficariam da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
III – Balanço Patrimonial em 31/12/2005: finalmente, no balanço patrimonial realizado em no en-
cerramento do exercício, haveria a realização de parte da Reserva de Reavaliação em virtude da 
depreciação do bem reavaliado. 
 
Os cálculos seriam os seguintes: 
 
Despesas com Depreciação em 2005 = Valor do Bem Reavaliado x 1/Vida Útil do Bem 
Despesas com Depreciação em 2005 = 5.000 x 1/10 = 5000 x 0,1 = 500 
 
O lançamento a ser efetuado seria: 
 
Despesas com Depreciação (Conta de Resultado – Despesa) 
a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Retificadora) 500 (IV) 
 
 
Bem 
4.500 3.000 (I) 
1.500 
3.500 (II) 
 
5.000 
 
Reserva de Reavaliação 
 3.500 (II) 
 
Tributos sobre a Reserva de 
Reavaliação 
1.400 (III) 
 
Tributos Diferidos 
 1.400 (III) 
 
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Nos razonetes, teríamos: 
 
 
 
 
 
Como houve a depreciação do bem a uma taxa de 10% (1/Vida Útil do Bem = 1/10 = 0,1 = 10%), a 
“Reserva de Reavaliação” também será realizada na mesma proporção. Os cálculos seriam os seguin-
tes: 
 Realização da Reserva de Reavaliação = 10% x 3.500 = 350 
 
Além disso, os “Tributos sobre a Reserva de Reavaliação” também seriam “realizados” na mesma pro-
porção: 
 
“Realização” dos Tributos sobre a Reserva de Reavaliação = 10% x 1.400 = 140 
 
O lançamento, neste caso, ficaria da conforme abaixo: 
 Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) 
 a Diversos 
 a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 210 
 a Tributos s/ Res. Reavaliação (PL – Retificadora) 140 350 (V) 
 
Nos razonetes, teríamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finalmente, como houve realização a “Reserva de Reavaliação” em virtude da depreciação do bem 
reavaliado, uma parte do “Tributos Diferidos” deverá ser transferida para a conta “Tributos a Pagar” 
(proporcionalmente ao valor realizado da reserva). Logo, o saldo da conta “Tributos a Pagar”, do Passi-
vo Circulante, seria: 
 
 Tributos a Pagar = 10% x Tributos Diferidos = 140 
 
O lançamento e os razonetes ficariam da seguinte forma: 
 
 Tributos Diferidos (PELP) 
 a Tributos a Pagar (Passivo Circulante) 140 (VI) 
 
 
 
 
Logo, a resposta da questão seria R$ 140,00 (Saldo da conta “Tributos a Pagar”, do Passivo Circulan-
te). 
 
Reserva de Reavaliação 
350 (V) 3.500 (II) 
 3.150 
 
Lucros Acumulados 
 210 (V) 
 
Tributos sobre a Reserva de 
Reavaliação 
1.400 (III) 140 (V) 
1.260 
 
Tributos a Pagar 
 140 (VI) 
 
Tributos Diferidos 
140 (VI) 1.400 (III) 
 1.260 
 
Despesas com Depreciação 
 500 (IV) 
 
Depreciação Acumulada 
 500 (IV) 
 
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ATE�ÇÃO!!!: 
Devido às alterações da Lei no 11.638/07, a partir de 2008 estão vedadas para todas as sociedades 
brasileiras novas reavaliações espontâneas de ativos. 
 
6.1.6.5.4. Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 
A criação dos ajustes de avaliação patrimonial é uma das grandes inovações trazidas pela 
Lei no 11.638/07, pois, a partir de 01/01/2008, serão classificados como ajustes de avaliaçãopatri-
monial, enquanto não computados no resultado do exercício, em obediência ao regime de compe-
tência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo 
e do passivo em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. 
 
ATE�ÇÃO!!! 
Os ajustes de avaliação patrimonial, diferentemente da conta “Reserva de Reavaliação”, são 
contrapartidas de aumentos ou reduções de ativos e passivos, ou seja, podem ter natureza de-
vedora ou credora. Caso tenham natureza devedora, os ajustes serão uma conta retificadora 
do patrimônio líquido. 
 
Art. 182. (...) 
§ 3
o
 Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computa-
das no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas 
de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em de-
corrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas ex-
pedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 
3
o
 do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)(grifos meus) 
 
�ota: A Lei no 11.638/07 já havia alterado este parágrafo, mas utilizava a expressão “valor de 
mercado”. A MP no 449/08 alterou a denominação para valor justo. 
 
De acordo com a Resolução no 1.153/09, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a 
�BC T 19.19 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação: 
 
Valor justo é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, 
entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma 
transação em que não há favorecidos. 
 
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Uma outra observação importante a fazer em relação aos ajustes de avaliação patrimonial é que, 
ao contrário da “Reserva de Reavaliação” (constituída nos casos de reavaliação voluntária de ati-
vos próprios, de reavaliação de ativos de controladas e coligadas e reavaliação nas fusões, incor-
porações e cisões), possuem sua constituição determinada na própria Lei das SA, conforme abaixo: 
 
- Ajustes de instrumentos financeiros: 
Art. 183. *o balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes cri-
térios: 
 
 I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e tí-
tulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Re-
dação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou dis-
poníveis para venda; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposi-
ções legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for in-
ferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela 
Lei nº 11.638,de 2007) 
 
- Ajustes decorrentes de normas expedidas pela CVM: 
Art. 182. (...) 
§ 3
o
 Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computa-
das no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contraparti-
das de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, 
em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em 
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência con-
ferida pelo § 3
o
 do art. 177. (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 
2008)(grifos meus) 
 
�ota: 
Ajustes de avaliação patrimonial: somente deve ser utilizado para registro de variação de in-
vestimentos temporários e investimentos no exterior. �ada tem a ver com bens do ativo não 
circulante. �enhum tipo de reavaliação de imobilizado pode ser feita. Somente o teste de im-
pairment (teste de recuperabilidade), e quando o resultado for para baixo. 
 
Resumindo para a prova: 
Companhias Natureza Constituição 
Reserva de Reavalia-
ção 
Credora Reavaliação voluntária de ativos próprios 
Reavaliação de ativos por controladas e coligadas 
Reavaliação nas fusões, incorporações e cisões 
Ajustes de Avaliação 
Patrimonial 
Devedora 
ou Credora 
Registro da variação de instrumentos financeiros dis-
poníveis para a venda 
Decorrentes de normas expedidas pela CVM (Ex.: In-
vestimentos no exterior). 
 
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Exemplo: A empresa J4M2 comprou 10.000 ações da Petrobrás (PETR4), na Bolsa de Valores de 
São Paulo, por R$ 20,00 (lote de 100 ações), em 31/10/2008. Em 31/12/2008, as ações estavam 
sendo negociadas em bolsa por R$ 25,00 (lote de 100 ações). Efetue os lançamentos relativos a esta 
operação. 
 
Em 31/10/2008: 
 
Investimentos Temporários - Ações PETR4 (Ativo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 200.000 (10.000 x R$ 20,00) 
 
Em 31/12/2008: 
 
Investimentos Temporários - Ações PETR4 (Ativo Circulante) 
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 50.000 
 (R$ 250.000,00 – R$ 200.000,00) 
 
6.1.6.5.5. Reservas de Lucros 
 
As reservas de lucros representam a retenção de parcelas provenientes de ganhos do 
período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, para posterior 
destinação. 
 
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros 
da companhia (art. 182, § 4°, da Lei no 6.404/76). Ou seja, as contas de reservas são constituídas a 
partir da conta “Lucros Acumulados”. 
 
�ota: 
Conta “Prejuízos Acumulados” => com a publicação da Lei no 11.638/07, houve a extinção da 
conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”, que passou a ser denominada “Prejuízos Acumu-
lados”. Além disso, de acordo com a Lei no 10.303/01, o lucro do período que não for distribu-
ído para reservas ou dividendos, também deverá ser distribuído como dividendos. Por essa 
razão, nunca haverá “Lucros Acumulados” nesta conta. 
 
Contudo, de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC): 
A conta “Lucros Acumulados” continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser 
feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes 
de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valo-
res para reservas de lucros. 
 
Ou seja, a conta “Lucros Acumulados” é uma conta transitória que deve estar zerada ao final 
do exercício. 
 
 As reservas de lucros são: 
 
- Reserva Legal; 
- Reservas Estatutárias; 
- Reservas para Contingências; 
- Reserva de Incentivos Fiscais; 
- Reserva de Retenção de Lucros; 
- Reserva de Lucros a Realizar; 
- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório �ão Distribuído. 
 
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(*) De acordo com a MP no 449/08, ainda há a Reserva Específica de Prêmio na Emissão de 
Debêntures. 
 
O saldo das reservas de lucros, exceto para as Contingências, de Incentivos Fiscais, de 
Lucros a Realizar e a Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures, não poderá ultrapas-
sar o capital social da empresa. Caso este limite seja atingido, a assembléia deliberará sobre a 
aplicação do excesso na integralização ou aumento do capital social, ou na distribuição de di-
videndos. 
 
- Limitação do saldo das reservas de lucro 
- Aumenta valor dos dividendos 
- Protege minoritários 
 
- Devem estar sujeitas ao limite as reservas cuja constituição dependa: 
- da Lei, ou 
- da exclusiva vontade dos Acionistas 
 
- �ão devem estar sujeitas ao limite as reservas cuja constituição dependa de fatos de terceiros 
- Contingências (depende fatos externos inevitáveis) 
- De lucros a realizar (depende de transações com terceiros) 
- De incentivos fiscais(depende do governo) 
- Específica de prêmio na emissão de debêntures (depende de transações com terceiros) 
 
6.1.6.5.5.1. Reservas Legal 
 
De acordo com o art. 193 da Lei no 6.404/76, do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por 
cento) serão aplicados, antes de qualquer destinação, na constituição da reserva legal, sendo 
que o saldo dessa reserva não poderá exceder 20% do capital social mais a sua correção mo-
netária. A Reserva Legal é a única reserva obrigatória da empresa. 
 
A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser 
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 possui as seguintes contas, dentre outras: 
 
Reserva Legal (Saldo em 31/12/2005) = R$ 4.000,00 
Capital Social = R$ 22.000,00 
Lucro Líquido do Exercício (2005) = R$ 10.000,00 
 
Qual o valor destinado à constituição da Reserva Legal = ? 
 
Limite Obrigatório da Reserva Legal = 20% x 22.000 = 4.400 
5% do Lucro Líquido = 5% x 10.000 = 500 
 
Saldo da Reserva Legal + 5% do Lucro Líq. = 4.000 + 500 = 4.500 > 4.400 
 
Logo, não é possível destinar os R$ 500,00 para a Reserva Legal, pois seu saldo ultrapassaria o li-
mite obrigatório de 20% do capital social. Neste caso, o valor destinado para a Reserva Legal deve-
rá ser de R$ 400,00. 
 
Há também o limite facultativo da Reserva Legal, que corresponde a 30% do capital social, 
isto é, se o saldo da Reserva Legal acrescido das Reservas de Capital (exceto correção monetá-
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ria do capital) atingir o limite de 30% do Capital Social, a destinação dos lucros à constituição 
da Reserva Legal tornar-se-á facultativa. 
Exemplo: A empresa J4M2 apresenta o seguinte patrimônio líquido: 
 
Capital Social R$ 40.000,00 
Reserva de Ágio na Emissão de Ações R$ 3.000,00 => Reserva de Capital 
Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição R$ 2.000,00 => Reserva de Capital 
Reserva Legal R$ 3.500,00 
 
No exercício de 2005, a empresa apurou um lucro líquido do exercício no valor de R$ 
80.000,00. Considerando-se as limitações impostas pela Lei no 6.404/76, qual seria a Reserva Legal 
constituída no referido exercício? 
 
I – Limite Obrigatório: 
 
Limite Obrigatório da Reserva Legal = 20% x 40.000 = 8.000 
Saldo Inicial da Reserva Legal = 3.500 
5% do Lucro Líquido do Exercício = 5% x 80.000 = 4.000 
 
Saldo da Reserva Legal + 5% do Lucro Líq. = 3.500 + 4.000 = 7.500 < 8.000 
 
II – Limite Facultativo: 
 
Limite Facultativo da Reserva Legal = 30% x 40.000 = 12.000 
Saldo Inicial da Res. Legal + Reservas de Capital = 3.500 + 5.000 = 8.500 
 
Saldo Inicial da Res. Legal + 5% do Lucro Líq. + Reservas de Capital = 
= 3.500 + 4.000 + 5.000 = 12.500 > 12.000 
 
Logo, a empresa deverá destinar, no mínimo, R$ 3.500,00 (12.000 – 8.500), e, no máximo, R$ 
4.000,00. 
 
De acordo com o parágrafo único do artigo 189 da Lei no 6.404/76, o prejuízo do exer-
cício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados e pelas reservas de lucros, nes-
sa ordem, devendo a reserva legal ser a última reserva de lucro a ser utilizada para absorver o 
prejuízo. 
 
Exemplo: A empresa J4M2, no final do exercício de 2005, apresentou um prejuízo de R$ 
15.000,00. As contas do patrimônio líquido eram as seguintes: 
 
Capital Social R$ 100.000,00 
Reservas de Capital R$ 9.000,00 
Reservas Estatutárias R$ 7.000,00 
Reserva Legal R$ 6.000,00 
Lucros Acumulados R$ 5.000,00 
 
Como ficarão as contas do patrimônio líquido após a absorção dos prejuízos? 
 
Ordem de absorção de prejuízos: Prejuízo do Período = 15.000 
1. Lucros Acumulados = 5.000 
2. Reservas de Lucros = Reservas Estatutárias = 7.000 
3. Reserva Legal = 3.000 
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Saldos no final do período: 
 
Capital Social 100.000 
 Reservas de Capital 9.000 
Reserva Legal 3.000 
 
6.1.6.5.5.2. Reservas Estatutárias 
 
As Reservas Estatutárias são reservas de lucros constituídas tomando como base de cálculo 
o lucro líquido do exercício, de acordo com previsão do estatuto social da companhia. De acor-
do com o art. 194 da Lei no 6.404/76: 
 
O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: 
 I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; 
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que se-
rão destinados à sua constituição; e 
III - estabeleça o limite máximo da reserva. 
 
Esta reserva não poderá ser constituída em prejuízo do dividendo obrigatório. 
 
6.1.6.5.5.3. Reserva para Contingências 
 
De acordo com artigo 195, da Lei no 6.404/76, a assembléia-geral poderá, por proposta dos 
órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalida-
de de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada 
provável, cujo valor possa ser estimado. 
 
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e 
justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva (art. 195, § 
1º da Lei no 6.404/76). 
 
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justifi-
caram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (art. 195, § 2º da Lei no 6.404/76). 
 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 verificou que poderá ocorrer uma redução nas vendas do 
próximo exercício social em virtude da entrada no mercado de uma nova empresa concorrente. 
Considerando que o prejuízo estimado da empresa J4M2 será de R$ 50.000,00, a administração da 
referida empresa poderá propor à assembléia que sejam destinados R$ 50.000,00 do lucro líquido 
do exercício para a constituição da Reserva de Contingências. 
 
Os lançamentos serão os seguintes: 
 
 I – Na constituição da Reserva para Contingências: 
 
 Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
 a Reserva para Contingências (Patrimônio Líquido) 50.000 
 
 
 
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II – Caso ocorra a Reversão da Reserva: 
 
 Reserva para Contingências (Patrimônio Líquido) 
 a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 50.000 
 
6.1.6.5.5.4. Reserva de Incentivos Fiscais 
 
 De acordo com o artigo 195-A, incluído pela Lei no 11.638/07, a assembléia geral pode-
rá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a 
parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investi-
mentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput 
do art. 202 desta Lei). 
 
6.1.6.5.5.5. Reserva de Retenção de Lucros ou Reserva Orçamentária ou Reser-
va de Investimentos ou Reserva de Expansão 
 
A Reserva de Retenção de Lucros é constituída para atender aos planos de expansão da 
empresa (projeto de investimento), devendo estar justificada com orçamento de capital da 
empresa, ser proposta pela administração e ser aprovada pela assembléia geral. 
 
O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre 
o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício 
social (redação dada pela Lei no 11.638/07). 
 
De acordo com o artigo 198 da Lei no 6.404/76, esta reserva (nem a Reserva Estatutá-
ria) não poderá ser constituída em prejuízo do dividendo obrigatório. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 irá expandir-se, no próximo exercício social, com a abertura de uma 
nova filial, com um custo estimado do projeto no valor de R$ 80.000,00. Desta forma, a assembléia-
geral, por proposta dos administradores, poderá reter parte do lucro líquido para a formação da re-
serva. 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
 a Reserva de Retenção deLucros (Patrimônio Líquido) 80.000 
 
Exemplo: Sejam os seguintes saldos no balanço da Cia AT: 
 
Capital Social_______________R$ 100.000 
Reserva Legal_______________R$ 10.000 
Reserva Estatutária__________R$ 30.000 
Reserva p/ Contingências______R$ 50.000 
Reserva Orçamentária________ ? 
Res. de Lucros a Realizar______R$ 10.000 
 
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De acordo com a Lei das SA: O saldo das reservas de lucros, exceto para as Contingências, de 
Incentivos Fiscais e de Lucros a Realizar, não poderá ultrapassar o capital social da empresa. 
 
Capital Social 100.000 
(-) Reserva Legal (10.000) 
(-) Reserva Estatutária (30.000) 
Limite para a Reserva Orçamentária 60.000 
 
6.1.6.5.5.6. Reserva de Lucros a Realizar 
 
De acordo com o artigo 197 da Lei no 6.404/76, com redação dada pela Lei no 11.638/07, no 
exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do 
art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral po-
derá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva 
de lucros a realizar. Ou seja, a finalidade da Reserva de Lucros a Realizar é postergar o pagamento 
de dividendos sobre os lucros que não se realizarão financeiramente no exercício social subseqüen-
te. 
 
Considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos 
seguintes valores (após as alterações da Lei no 11.638/07): 
 
- o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; 
- o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e pas-
sivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o térmi-
no do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Cabe ressaltar que a constituição desta reserva é facultativa, ou seja, mesmo havendo lu-
cros que não serão realizados no exercício seguinte, poderá não haver postergação do pagamento 
dos dividendos caso a empresa opte por não constituir a reserva. 
 
 A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obri-
gatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os 
lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. 
 
Redação antes das alterações da Lei no 11.638/07 (valores considerados como lucros a realizar): 
a) o saldo credor da conta de registro das contrapartidas dos ajustes de correção monetária; 
b) o aumento do valor do investimento em coligadas e controlada; 
c) o lucro em vendas a prazo realizável após o término do exercício seguinte. 
 
Exemplo: A empresa KAPRISMA S/A apurou as seguintes informações em relação ao exercício 
social encerrado em 31/12/2006: 
 
• Lucro Líquido do Exercício = R$ 40.000,00 
• Lucro em vendas a prazo, cujas duplicatas a receber têm vencimento no exercício de 2008 = 
R$ 18.100,00 
• Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 9.800,00 
 
No encerramento do exercício, além da reserva de lucros a realizar, houve as seguintes destinações 
do lucro líquido do exercício para as reservas de lucros: 
 
• Reserva Legal = R$ 2.000,00 
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• Reserva Estatutária = R$ 2.500,00 
• Reserva para Contingências = R$ 5.000,00 
• Reserva Orçamentária = R$ 6.000,00 
 
Houve também, no encerramento do exercício de 2006, reversão de reserva para contingências no 
valor de R$ 2.000,00. O valor da reserva de lucros a realizar, sabendo-se que ela foi constituída pelo 
seu valor máximo e que o estatuto foi omisso em relação à determinação do dividendo obrigatório, 
é de: 
 
I – Determinação do Dividendo Mínimo Obrigatório: 
 
 Lucro Líquido do Exercício 40.000 
 (-) Reserva Legal (2.000) 
 (-) Reserva para Contingências (5.000) 
 (+) Reversão de Res. de Contingências 2.000 
 Base de Cálculo do Dividendo Obrigatório 35.000 
 
 Dividendo Mínimo Obrigatório = 50% x 35.000 = 17.500 
 
II – Cálculo da Parcela do Lucro Não Realizada: 
 
Parcela do Lucro Não Realizada = 18.100 + 9.800 = 27.900 
Lucro em vendas a prazo, cujas duplicatas a receber têm vencimento no exercício de 2008 = 
R$ 18.100,00 
Receita de Equivalência Patrimonial = R$ 9.800,00 
 
III – Cálculo da Parcela Realizada do Lucro: 
 
 Parcela Realizada do Lucro = 40.000 - 27.900 = 12.100 
 
IV – Cálculo da Reserva de Lucros a Realizar: 
 
 Dividendos a Pagar (Saldo Parcial) = Parcela Realizada do Lucro = 12.100 
 
 Reserva de Lucros a Realizar = Dividendo Obrigatório – Dividendos a Pagar (Saldo Parcial) 
 Reserva de Lucros a Realizar = 17.500 – 12.100 = 5.400 
 
Lucro Líquido do Exercício 40.000 
(+) Reversão de Reserva para Contingências 2.000 
(-) Reserva Legal (2.000) 
(-) Reserva Estatutária (2.500) 
(-) Reserva para Contingências (5.000) 
(-) Reserva Orçamentária (6.000) 
(-) Reserva de Lucros a Realizar (5.400) 
(-) Dividendos a Pagar (Saldo Parcial) (12.100) 
Saldo Transitório de Lucros Acumulados 9.000 
 
De acordo com a Lei no 6.404/76, os lucros não destinados às reservas de lucros (legal, estatutária, 
contingências, orçamentária e lucros a realizar) DEVERÃO ser distribuídos como dividendos. 
 
Dividendos a Pagar (Saldo Final) = 12.100 + 9.000 = 21.100 
 
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6.1.6.5.5.7. Reserva Especial ou Reserva para Dividendos Obrigatórios 
 
A Reserva Especial será constituída quando a empresa não possuir recursos financei-
ros para pagar os dividendos devidos aos acionistas. �este caso, os lucros não distribuídos 
como dividendos serão registrados como Reserva Especial e, caso não sejam absorvidos por 
prejuízos futuros, deverão ser pagos como dividendos assim que a situação financeira da em-
presa permitir. 
 
6.1.6.5.6. Ações em Tesouraria 
 
Ações em tesouraria são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e man-
tidas em tesouraria, sendo limitadas pelo saldo dos lucros acumulados e reservas, exceto a 
legal. 
 
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do 
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição (art. 182, § 
5°, da Lei no 6.404/76). 
 
As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto e o resultado obtido na 
venda de tais ações não deve transitar pelo resultado do exercício, tendo como contrapartidas as 
contas de reservas ou lucros acumulados. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 apresentou o seguinte balanço antes da aquisição de suas próprias a-
ções: 
 
Ativo Passivo 
Caixa 10.000 
Duplicatas a Receber 30.000 
Estoques 60.000 
Imóveis 90.000 
(-) Depreciação Acumulada (10.000) 
Fornecedores 40.000 
Financiamentos 10.000 
Capital Social 100.000 
Reservas de Capital 30.000 
 
 180.000 180.000 
 
Caso a referida empresa adquira R$ 5.000,00 de suas próprias ações, o balanço ficará da se-
guinte maneira: 
 
Ativo Passivo 
Caixa 5.000 
Duplicatas a Receber 30.000 
Estoques 60.000 
Imóveis 90.000 
(-) Depreciação Acumulada (10.000) 
Fornecedores 40.000 
Financiamentos 10.000 
Capital Social 100.000(-) Ações em Tesouraria (5.000) 
Reservas de Capital 30.000 
 175.000 175.000 
 
 Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 
 a Caixa (Ativo Circulante) 5.000 
 
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Se, posteriormente, a empresa vendesse as ações por R$ 7.500,00, o lançamento a ser efetu-
ado seria: 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Diversos 
 a Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 5.000 
 a Reserva de Capital (Patrimônio Líquido) 2.500 7.500 
 
Caso, ao invés de vender por R$ 7.500,00, a empresa tivesse vendido as ações por R$ 
4.000,00, o lançamento seria: 
 
 Diversos 
 a Ações em Tesouraria (Patrimônio Líquido – Retificadora) 
 Caixa (Ativo Circulante) 4.000 
Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 1.000 5.000 
 
6.1.6.5.7. Prejuízos Acumulados 
 
 A extinção da conta “Lucros Acumulados” já estava prevista desde 2001, em virtude das 
alterações trazidas pela Lei no 10.303/01 com a inclusão do § 6o, ao art. 202 da Lei no 6.404/76 
(transcrito abaixo), que estabeleceu que os lucros não destinados a reservas de lucros deveriam ser 
distribuídos como dividendos, ou seja, a conta “Lucros Acumulados” deveria estar, a partir da vi-
gência desta lei, com o saldo zerado. 
 
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercí-
cio, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância de-
terminada de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) 
(...) 
§ 6
o
 Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão ser distribuídos co-
mo dividendos. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) 
 
(*) art. 193 a 197: Reserva Legal (art. 193), Reservas Estatutárias (art. 194), Reservas para 
Contingências (art. 195), Reservas de Incentivos Fiscais (art. 195-A), Reserva de Retenção 
de Lucros (art. 196) e Reservas de Lucros a Realizar (art. 197). 
 
�ota: 
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC): 
A conta “Lucros Acumulados” continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser 
feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes 
de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valo-
res para reservas de lucros. 
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6.2. �otas Explicativas 
 
O § 4o do artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações estabelece que o Balanço Patrimoni-
al e as demais demonstrações contábeis serão complementados por notas explicativas e outros 
quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários ao esclarecimento da situação pa-
trimonial e dos resultados do exercício. 
 
De acordo com o § 5o do artigo 176, com redação dada pela Medida Provisória no 449/08, as 
notas explicativas devem: 
 
I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das 
práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; 
II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não 
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e 
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, 
dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encar-
gos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do 
ativo; 
 
Ex: As notas explicativas poderiam indicar os seguintes critérios de avaliação dos elementos 
patrimoniais: 
- Os estoques de mercadorias foram registrados pelo custo médio de aquisição, ou 
valor de mercado, dos dois o menor. 
 
- As aplicações financeiras de curto e longo prazos foram registradas pelo custo de 
aquisição mais juros e correção monetária até a data do encerramento do exercício 
social de 2005. 
 
- Os bens do ativo imobilizado foram registrados pelo custo de aquisição deduzido 
da respectiva depreciação computada pelo método das quotas constantes, sendo utili-
zadas as seguintes taxas anuais, conforme determinação da Secretaria da Receita Fe-
deral: veículos 20%, móveis e utensílios 10% e imóveis 4%. 
 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes; 
 
Ex: A companhia possui uma participação permanente de 20% do capital social da socieda-
de Investida S.A., que é avaliada pelo método de equivalência patrimonial. 
 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações; 
 
Ex: O Imóvel da Rua X, conta do Ativo Permanente, foi reavaliado através de laudo técnico 
emitido pela empresa Reavaliadora Ltda e aprovado em assembléia geral do dia 12/05/2005. 
 
 
 
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d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e ou-
tras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
 
Ex: 
- Em 31/05/2005, a empresa possui em seu imobilizado um caminhão adquirido por R$ 
50.000,00 mediante alienação fiduciária, faltando para a quitação 13 prestações de R$ 
3.000,00. 
 
- O imóvel da empresa localizado na Rua Coronel Marcos, foi hipotecado para garantia de 
financiamentos bancários. 
 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; 
 
Ex: A taxa mensal de juros para empréstimos bancários a longo prazo é de 4,5%. Para ga-
rantia de tais empréstimos foram penhoradas mercadorias no valor de R$ 80.000,00. Na data 
do balanço (31/12/2005), o referidos empréstimos possuem os seguintes vencimentos: 
01/06/2006 – R$ 20.000,00 
01/12/2006 – R$ 20.000,00 
01/06/2007 – R$ 20.000,00 
01/12/2007 – R$ 20.000,00 
 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
 
Ex: O capital social da empresa está dividido em 100.000 ações de valor nominal R$ 10,00 
cada, sendo 60.000 ações ordinárias, 30.000 ações preferenciais de dividendos mínimos de 
R$ 4,50 e 20.000 ações preferenciais de dividendos fixos de R$ 3,00. 
 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
 
Ex: No exercício social de 2005, foram emitidas 10.000 novas ações ordinárias de valor no-
minal R$ 10,00, com ágio de 10%. 
 
h) os ajustes de exercícios anteriores; 
 
Ex: os ajustes de exercícios anteriores podem ser efetuados por mudança de critério contábil 
ou por retificação de erros cometidos em exercícios anteriores. 
 
Um exemplo de mudança de critério contábil: A empresa J4M2, até 31/12/2004, con-
tabilizou suas operações pelo regime de caixa. A partir de janeiro de 2005, a empresa 
passou a contabilizar suas operações pelo regime de competência. Desta forma os sa-
lários de dezembro de 2004, que foram pagos através de cheque em 05/01/2005, no 
valor de R$ 10.000,00 deverão foram debitados da conta Lucros Acumulados. 
 
Explicação: Em dezembro de 2004, nenhum lançamento foi efetuado, pois a empresa 
utilizava o regime de caixa. Em janeiro de 2005, com a utilização de regime de com-
petência o lançamento deveria ser realizado a crédito da conta “Bancos” e a débito da 
conta “Salários a Pagar”. Entretanto, não há nada na conta “Salários a Pagar”, visto 
que, em 2004, o regime era de caixa (Pelo regime de competência, esta despesa deve-
ria ter sido reconhecida em dezembro de 2004, com lançamento a débito em “Despe-
sas de Salários” e a crédito em “Salários a Pagar”). Logo, o lançamento deve serfeito 
a débito em “Lucros Acumulados” e a crédito em “Bancos”. 
 
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i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a 
ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 
 
Ex: Parte das mercadorias evidenciadas no balanço de 31/12/2005, em 10/01/2006, 
foram destruídas devido a um incêndio no depósito. 
 
6.3. Critérios de Avaliação 
 
6.3.1. Critérios de Avaliação do Ativo (com alterações trazidas pela Lei no 
11.638/07 e pela MP no 449/08) 
 
Em relação aos critérios de avaliação do ativo, a Lei no 11.638/07 e a MP no 449/08 também 
trouxeram importantes mudanças. A primeira mudança diz respeito aos instrumentos financeiros e títu-
los de crédito: 
 
Antes das alterações da Lei e da MP: os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliá-
rios não classificados como investimentos, eram avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor do 
mercado, se este for menor, por meio da exclusão dos itens já prescritos e a provisão para ajuste ao 
valor de realização. Havia também a possibilidade de registro de aumentos do valor original, mas 
somente no caso de variação cambial e juros (até o limite do valor de mercado). 
 
Após as alterações da Lei e da MP: as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivati-
vos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo serão avaliadas: 
 
a) pelo seu valor justo ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à nego-
ciação ou disponíveis para venda; e 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais 
ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das 
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. 
 
Ou seja, a partir de 01/01/2008, as aplicações financeiras destinadas à negociação ou dispo-
níveis para venda (Ex: Aplicações em Bolsa de Valores) serão avaliadas pelo valor de mercado. As 
demais aplicações financeiras e os títulos de crédito continuam sendo avaliados pelo custo de aqui-
sição, conforme já era feito anteriormente. 
 
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�ota: De acordo com a Resolução no 1.153/09, do Conselho Federal de Contabilidade, que 
aprovou a �BC T 19.19 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e 
Evidenciação: 
 
Instrumento financeiro: qualquer contrato que origine um ativo financeiro para uma entidade 
e um passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade. 
 
Ativo financeiro é qualquer ativo que seja: 
 
(a) caixa; 
 
(b) título patrimonial de outra entidade; 
 
(c) direito contratual: 
(i) de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou 
(ii) de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condi-
ções potencialmente favoráveis para a entidade; 
 
(d) contrato que será ou poderá vir a ser liquidado em títulos patrimoniais da pró-
pria entidade e que seja: 
 
(i) um instrumento financeiro não derivativo no qual a entidade é ou pode 
ser obrigada a receber um número variável dos seus próprios títulos pa-
trimoniais; ou 
 
(ii) um instrumento financeiro derivativo que será ou poderá ser liquidado 
por outro meio que não a troca de montante fixo em caixa ou outro ativo 
financeiro, por número fixo de seus próprios títulos patrimoniais. Para 
esse propósito os títulos patrimoniais da própria entidade não incluem 
instrumentos que são contratos para recebimento ou entrega futura de 
títulos patrimoniais da própria entidade. 
 
Passivo financeiro é qualquer passivo que seja: 
 
(a) obrigação contratual: 
 
(i) de entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade; ou 
(ii) de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condi-
ções potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou 
 
(b) contrato que será ou poderá ser liquidado com títulos patrimoniais da própria 
entidade e que seja: 
 
(i) um não derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a entregar 
um número variável de seus próprios títulos patrimoniais; ou 
(ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado por outro meio que não 
a troca de montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro por número 
fixo de títulos patrimoniais da própria entidade. Para esse propósito os 
títulos patrimoniais da própria entidade não incluem instrumentos que 
são contratos para recebimento ou entrega futura de títulos patrimoni-
ais da própria entidade. 
 
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Título patrimonial: qualquer contrato que estabeleça um interesse residual nos ativos de uma enti-
dade após a dedução de todos os seus passivos. 
 
Contrato de garantia financeira: é um contrato que requer que o emissor faça pagamentos pré-
especificados ao detentor para reembolsá-lo de perda ocasionada pela inadimplência de credor es-
pecífico de acordo com os termos do instrumento de dívida. 
 
Derivativo: é um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do escopo desta Norma que 
possui todas as três características seguintes: 
 
(a) seu valor se altera em resposta a mudanças na taxa de juros específica, no preço de 
instrumento financeiro, preço de commodity, taxa de câmbio, índice de preços ou de 
taxas, avaliação (rating) de crédito ou índice de crédito, ou outra variável, às vezes 
denominada “ativo subjacente”, desde que, no caso de variável não financeira, a va-
riável não seja específica a uma parte do contrato; 
 
(b) não é necessário qualquer desembolso inicial ou o desembolso inicial é menor do 
que seria exigido para outros tipos de contratos onde seria esperada resposta seme-
lhante às mudanças nos fatores de mercado; e 
 
(c) deve ser liquidado em data futura. 
 
 Um instrumento financeiro pode ser classificado em quatro categorias: 
 
(i) ativo ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado, 
(ii) mantido até o vencimento, 
(iii) empréstimos e recebíveis, e 
(iv) disponível para venda. 
 
Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado é um 
ativo ou um passivo financeiro que satisfaz as seguintes condições: 
 
(a) é classificado como mantido para negociação. Um ativo ou passivo financeiro é 
classificado como mantido para negociação se é: 
 
(i) adquirido ou originado principalmente com a finalidade de venda ou de re-
compra no curto prazo; 
(ii) parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são ge-
renciados em conjunto e para os quais existe evidência de padrão recente de 
realização de lucros a curto prazo; ou 
(iii) derivativo (exceto no caso de derivativo que é um contrato de garantia finan-
ceira ou instrumento de hedge). 
 
(b) é designado pela entidade, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor 
justo por meio do resultado. A entidade pode utilizar essa designação para ativos 
que contêm derivativos embutidos ou quando a utilização resultar na divulgação de 
informação contábil mais relevante, em função de: 
 
(i) eliminar ou reduzir significativamente inconsistências de mensuração ou re-
conhecimento que ocorreriam em virtude da avaliação de ativos e passivos 
ou do reconhecimento de seus ganhos e perdas em bases diferentes; 
(ii) o valor justo, para um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou 
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ambos, ser utilizado como base para gerenciamento e avaliação de perfor-
mance – conforme estratégia de investimentoou gerenciamento de risco de 
mercado documentada – e como base para envio de informações para a alta 
administração. 
 
 Os investimentos em títulos patrimoniais que não possuem cotação de preço em mercado 
ativo, e cujo valor justo não pode ser confiavelmente mensurado, não devem ser registrados 
pelo valor justo por meio do resultado. 
 
Investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos com 
pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a entidade 
tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento, exceto: 
 
(a) os que a entidade classifica, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor 
justo por meio do resultado; 
 
(b) os que a entidade classifica como disponíveis para venda; e 
 
(c) os que atendem à definição de empréstimos e recebíveis. 
 
Uma entidade não deve classificar qualquer ativo financeiro como mantido até o 
vencimento se ela tiver, durante o exercício social corrente ou durante os dois exercícios 
sociais precedentes, vendido ou reclassificado quantia não insignificante de investimentos 
mantidos até o vencimento antes do vencimento (insignificante em relação ao montante 
total dos investimentos mantidos até o vencimento), desconsiderando-se as vendas ou 
reclassificações que se enquadrem em um dos seguintes casos: 
 
(i) estão tão próximos do vencimento ou da data de recompra do ativo financei-
ro que as mudanças na taxa de juros de mercado não teriam um efeito signi-
ficativo no valor justo do ativo financeiro; 
 
(ii) ocorreram depois de a entidade ter recebido praticamente todo ou quase todo 
o montante de principal do ativo financeiro por meio de pagamentos pro-
gramados ou de pagamentos antecipados (pré-pagamentos); ou 
 
(iii) são atribuíveis a evento isolado que está fora do controle da entidade, não é 
recorrente e não poderia ter sido razoavelmente previsto pela entidade. 
 
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou 
determináveis que não são cotados em mercado ativo, exceto: 
 
(a) aqueles que a entidade tem a intenção de vender imediatamente ou no curto prazo, 
os quais devem ser classificados como mantidos para negociação, e os que a entida-
de no reconhecimento inicial classifica como mensurado ao valor justo por meio do 
resultado; 
 
(b) aqueles que a entidade, no reconhecimento inicial, classifica como disponíveis para 
venda; ou 
 
(c) aqueles cujo detentor pode não recuperar substancialmente o seu investimento inici-
al, por outra razão que não a deterioração do crédito, os quais serão classificados 
como disponíveis para venda. 
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 Uma participação adquirida num conjunto de ativos que não são empréstimos e recebíveis 
(por exemplo, um investimento em fundo mútuo ou em fundo semelhante) não pode ser 
classificada nesse grupo. 
 
ATE�ÇÃO!!! 
Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que 
são designados como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) 
empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento ou (c) ativos 
financeiros ao valor justo por meio do resultado. 
 
Existem ainda passivos financeiros não mensurados ao valor justo que são aqueles para os 
quais a entidade decidiu não mensurar seu valor justo e sim utilizar o método do custo 
amortizado. A opção da entidade de classificar um passivo pelo valor justo somente pode ser 
realizada quando atender às definições estabelecidas para a primeira das quatro categorias de 
instrumentos financeiros elencadas neste item – Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado 
ao valor justo por meio do resultado – e, conseqüentemente, proporcione informação contábil mais 
relevante a respeito da posição patrimonial e financeira da entidade. Uma vez adotada a opção de 
mensurar os passivos pelo valor justo, a entidade deve adotá-la de forma consistente, não podendo 
retornar ao método do custo amortizado. 
 
Exemplo: Em 11/07/20XX, a empresa J4M2 S/A adquire 10.000 ações preferenciais da Vale do 
Rio Doce (VALE5) na bolsa de valores pelo valor de R$ 43,00 (lote de 100 ações). Suponha que o 
preço das referidas ações em 31/12/20XX é de R$ 42,00 e que a empresa J4M2 S/A vendeu as a-
ções em 31/01/20XX+1 por R$ 44,00 (preço do lote de 100 ações). 
 
I – Lançamentos antes das alterações da Lei das S/A (antes de 01/01/2008): 
 
Em 11/07/20XX: 
 
Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 43.000 (1000 lotes x R$ 43,00 = R$ 43.000,00) 
 
Em 31/12/20XX 
 
Despesa com Provisões (Despesa) 
a Provisão para Ajuste a Valor de Mercado (AC – Retificadora) 1.000 (*) 
(R$ 42.000,00 – R$ 43.000,00) 
 
(*) ATE�ÇÃO !!! �este caso, antes das alterações da Lei das S/A, se o valor de mercado das 
ações em 31/12/20XX fosse maior que o valor de aquisição, não haveria lançamento a fazer. 
 
Resultado em 20XX = Receitas – Despesas = 0 – 1000 = (1.000) 
 
Em 31/01/20XX+1 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Receitas – Renda Variável (Receitas) 44.000 
 
Despesa – Custo de Aplicação de Renda Variável (Despesa) 
a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 43.000 
 
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Provisão para Ajuste a Valor de Mercado (AC – Retificadora) 
a Reversão de Provisões (Receita) 1.000 
 
Resultado em 20X1 = Receitas – Despesas = 44.000 + 1.000 – 43.000 = 2.000 
 
II – Lançamentos após as alterações da Lei das S/A: 
 
Em 11/07/20XX: 
 
Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 43.000 (1000 lotes x R$ 43,00 = R$ 43.000,00) 
 
Em 31/12/20XX 
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 
a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 1.000 (*) 
(R$ 42.000,00 – R$ 43.000,00) 
 
(*) ATE�ÇÃO !!! �este caso, após as alterações da Lei das S/A, se o valor de mercado das 
ações em 31/12/20XX fosse maior que o valor de aquisição, haveria lançamento a fazer. Supo-
nha que o valor de mercado em 31/12/20XX fosse R$ 45,00. 
 
Lançamento: 
 
Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 2.000 
 
Resultado em 20XX = Receitas – Despesas = 0 
 
Em 31/01/20XX+1 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Receitas – Renda Variável (Receitas) 44.000 
 
Despesa – Custo de Aplicação de Renda Variável (Despesa) 
a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 42.000 
 
Despesa – Ajuste de Reclassificação (Despesa) 
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 1.000 
 
Resultado em 20X1 = Receitas – Despesas = 44.000 – 1.000 – 42.000 = 1.000 
 
(*) Caso a empresa recebesse dividendos de R$ 2.000,00 em relação a essas ações, o lançamen-
to seria: 
 
I – Distribuição dos dividendos pela Vale do Rio Doce: 
 
 Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 2.000 
 
 
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II – Pagamento dos dividendos pela Vale do Rio Doce: 
 
 Bancos (Ativo Circulante) 
 a Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 2.000 
 
Lei no 6.404/76: 
Art. 183. Do balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como 
investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão 
excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável 
de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do 
mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos; 
I - as aplicações em instrumentosfinanceiros, inclusive derivativos, e em direitos e tí-
tulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: 
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de apli-
cações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Incluída pela 
Lei nº 11.638,de 2007) 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 449, de 2008) 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme 
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, 
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos 
de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
Como foi criado o Ativo Permanente Intangível, também foram especificados um critério 
de avaliação e sua respectiva amortização, conforme abaixo: 
 
Art. 183. (...) 
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do 
saldo da respectiva conta de amortização; 
(...) 
§ 2º A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodica-
mente nas contas de: 
 § 2
o
 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será 
registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
§ 2
o
 A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será 
registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 
2008) 
 a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por ob-
jeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza 
ou obsolescência; 
 
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b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aqui-
sição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com e-
xistência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização 
por prazo legal ou contratualmente limitado; 
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, 
de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nes-
sa exploração. 
 
Ou seja, o critério de avaliação do ativo permanente intangível é o custo de aquisição 
deduzido da respectiva amortização. 
 
�ota: Com a MP no 449/08, o Ativo Permanente Diferido foi extinto. Além disso, o Ativo Per-
manente foi extinto. Agora há o Ativo �ão Circulante, dividido em Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
Outra alteração importante diz respeito ao ajuste a valor presente de elementos do ati-
vo decorrentes de operações de longo prazo, e, dos demais elementos, caso tenha efeito rele-
vante. 
 
Aqui, há que ressaltar o conceito de valor presente: Valor presente é aquele que expressa o 
montante ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de 
crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução 
dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos 
financeiros, praticada no mercado. 
 
Vamos fazer um exemplo para entender melhor o ajuste a valor presente: 
 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 S/A vendeu mercadorias a prazo, por R$ 150.000,00, para 
pagamento, pelos clientes, daqui a dois anos (longo prazo). 
 
I - Lançamento antes das alterações da Lei no 11.638/07 (até 31/12/2007): 
 
Clientes (Ativo Realizável a Longo Prazo) 
a Receita Bruta de Vendas (Receita) 150.000 
 
II - Lançamentos após as alterações da Lei no 11.638/07 (após 01/01/2008): suponhamos que 
este valor de R$ 150.000,00, trazido a valor presente considerando uma determinada taxa de 
juros, seja de R$ 126.000,00. Ou seja, R$ 24.000,00 corresponde ao ajuste a valor presente. 
 
Clientes (Ativo Realizável a Longo Prazo) 150.000 
a Diversos 
a Ajuste a Valor Presente (Ativo Realizável a Longo Prazo - Retificadora) 24.000 
a Receita Bruta de Vendas (Receita) 126.000 
 
Mensalmente, pelo regime de competência, iríamos reconhecer a receita referente ao ajuste, da se-
guinte forma: como são 24 meses (2 anos) até o pagamento, seria reconhecido o valor de R$ 
1.000,00 por mês (R$ 24.000,00/24 meses). 
 
Ajuste a Valor Presente (Ativo Realizável a Longo Prazo - Retificadora) 
a Receita Financeira (Receita) 1.000 
 
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III - Lançamento por ocasião do recebimento do pagamento antes ou após as alterações da Lei 
no 11.638/07 (até 31/12/2007): 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Clientes (Ativo Circulante – já estaria no Ativo Circulante, pois o vencimento desta operação já 
seria antes do término do exercício seguinte) 150.000 
 
Art. 183. (...) 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a va-
lor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
No “pacote de alterações”, também houve a definição de valor justo (denominado valor de mercado, 
antes das alterações da MP no 449/08), conforme abaixo: 
 
Art. 183. (...) 
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, 
mediante compra no mercado; 
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no 
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem 
de lucro; 
 c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
 
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente 
de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um 
mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 
 
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro ins-
trumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 
 
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros 
de natureza, prazo e risco similares; ou 
 
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de 
instrumentos financeiros. 
 
Ou seja, considera-se valor justo: 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, 
mediante compra no mercado; 
 
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no 
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de 
lucro; 
 
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
 
 
 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente 
de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um 
mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 
 
a. Valor de negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e 
risco similares; 
b. Valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros de outro instrumento fi-
nanceiro de natureza, prazo e risco similares; e 
c. Valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de 
instrumentos financeiros. 
 
Finalmente, as últimas alterações dos critérios de avaliação do ativo foram: 
 
1) Exclusão do prazo limite de 10 (dez) anos para amortização de contas do ativo diferido 
(extinto pela MP no 449/08);2) Análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a 
fim de que sejam: 
 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interrom-
per os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que 
não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou 
 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica 
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
 
Art. 183. (...) 
§ 3º Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo 
não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que 
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do 
capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destina-
vam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para 
amortizá-los. 
§ 3
o
 A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores 
registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: (Redação dada 
pela Lei nº 11.638,de 2007) 
§ 3
o
 A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão 
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou 
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para re-
cuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil 
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo 
valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
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Consolidando todas as informações, no balanço, os elementos do ativo serão avaliados segun-
do os seguintes critérios: 
 
- as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de 
créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: 
 
 a) pelo seu valor justo ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; e 
 
 b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições 
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no ca-
so das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; 
 
- os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim 
como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição 
ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for infe-
rior; 
 
- os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o método 
de equivalência patrimonial, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas pro-
váveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e 
que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou 
quotas bonificadas; 
 
- os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às per-
das prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de 
mercado, quando este for inferior; 
 
- os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respec-
tiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; 
 
– os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo 
da respectiva conta de amortização; 
 
– o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a 
sua amortização (não foi revogado, em virtude das contas que não puderem ser reclassifica-
das); 
 
– os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor pre-
sente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante; 
 
- a diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada peri-
odicamente nas contas de: Depreciação, Amortização e Exaustão. 
 
- os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de 
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
 
- Conceito de valor justo: 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, 
mediante compra no mercado; 
 
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b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no 
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de 
lucro; 
 
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. 
 
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente 
de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um 
mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 
 
- Valor de negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 
- Valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros de outro instrumento financeiro de natu-
reza, prazo e risco similares; e 
- Valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos 
financeiros. 
 
�ota: Aqui cabe um importante destaque sobre o inciso incluído pela Lei no 11.638/07 que diz 
respeito ao teste de recuperabilidade. 
 
Art. 183. (...) 
§ 3
o
 A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão 
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou 
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para re-
cuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
De acordo com a Resolução CFC no 1.110/07, que aprovou a �BC T 19.10 - Redução ao Valor 
Recuperável de Ativos: 
 
Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor 
líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. 
 
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de 
um ativo ou de uma unidade geradora de caixa. 
 
Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora 
de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as 
despesas estimadas de venda. 
 
Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à 
baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de im-
postos sobre o resultado gerado. 
 
Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade ge-
radora de caixa excede seu valor recuperável. 
 
Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda 
respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas. 
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Depreciação,amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e 
exaurível de ativos durante sua vida útil. 
 
Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base que substitua o 
custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual. 
 
Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo, após deduzir as 
despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de 
sua vida útil. 
 
Vida útil é: 
 
(a) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo; ou 
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera 
obter do ativo. 
 
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa, 
que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ati-
vos. 
 
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que 
contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora 
de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa. 
 
Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições existem: 
 
(a) os itens transacionados no mercado são homogêneos; 
 
(b) vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a qualquer 
momento para efetuar a transação; e 
 
(c) os preços estão disponíveis para o público. 
 
Exemplo: Qual o valor da variação que deverá sofrer o patrimônio da Empresa Industrial X ao efe-
tuar, adequadamente, o lançamento contábil relativo ao teste de recuperabilidade do equipamento 
Y, sabendo-se que: 
 
1. o valor de registro original do equipamento Y é $100.000,00; 
2. a depreciação acumulada do equipamento Y, até a data do teste, é $40.000,00; 
3. o valor de mercado do equipamento Y, na data do teste, é $62.000,00; 
4. caso a Empresa X vendesse o equipamento Y, na data do teste, incorreria em gastos associados a 
tal transação no montante de $13.000,00; 
5. caso a Empresa X não vendesse o equipamento Y e o continuasse utilizando no processo produti-
vo, seria capaz de produzir 10.000 unidades do produto Z por ano pelos próximos 3 anos; 
6. o preço de venda do produto Z é $10,00 por unidade; 
7. os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Z é $8,00; 
8. o custo de capital da Empresa X é 10% ao ano; 
9. a Empresa X é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo. 
 
 
 
 
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Vamos à resolução da questão: 
 
I – Cálculo do Valor Contábil do Equipamento Y: 
 
Valor de Registro – Equipamento Y 100.000 
(-) Depreciação Acumulada (40.000) 
Valor Contábil – Equipamento Y 60.000 
 
II – Cálculo do Valor Líquido de Venda do Equipamento Y: 
 
Valor de Mercado – Equipamento Y 62.000 
(-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (13.000) 
Valor Líquido de Venda 49.000 
 
III – Cálculo do Valor em Uso do Equipamento Y: 
 
I – Ano 1: 
Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) 
Resultado do Ano 1 20.000 
 
Custo de Capital = 10% ao ano 
Valor Presente 1 = 20.000/(1 + 10%) = 20.000/1,1 = 18.181,82 
 
II – Ano 2: 
Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) 
Resultado do Ano 2 20.000 
 
Valor Presente 2 = 20.000/(1 + 10%)2 = 20.000/1,12 = 16.528,93 
 
III – Ano 3: 
Receita Bruta de Vendas = 10.000 unidades x R$ 10,00 100.000 
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 10.000 x R$ 8,00 (80.000) 
Resultado do Ano 3 20.000 
 
Valor Presen4e 3 = 20.000/(1 + 10%)3 = 20.000/1,13 = 15.026,30 
 
Valor em Uso = 18.181,82 + 16.528,93 + 15.026,30 = 49.737,04 
 
IV – Cálculo do Valor Recuperável: 
 
Valor Líquido de Venda = 49.000 
Valor em Uso = 49.737,04 
 
Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda, o valor recuperável será igual ao valor 
em uso. 
Valor Recuperável = Valor em Uso = 49.737,04 
 
 
 
 
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V – Cálculo da Variação do Patrimônio da Empresa X: 
 
Valor Recuperável 49.737,04 
(-) Valor Contábil – Equipamento Y (60.000,00) 
Perda por Desvalorização (10.262,96) 
 
Constatada a perda de valor recuperável deve-se reconhecê-la imediatamente no resultado ou 
como redução da reserva de reavaliação, se aplicável, que poderá ser revertida se e quando 
desaparecerem as razões que levaram à sua constituição, com exceção da perda na recupera-
bilidade (impairment) do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que 
não poderá ser revertida. 
 
Lançamento: 
 
 Provisão para Perda por Desvalorização (Ativo – Retificadora) 
 a Perda por Desvalorização (Despesa) 10.262,96 
 
6.3.2. Critérios de Avaliação do Passivo (com alterações trazidas pela Lei no 
11.638/07 e pela MP no 449/08 ) 
 
Em relação aos critérios de avaliação do passivo, a Lei no 11.638/07 trouxe apenas uma mu-
dança: ajuste a valor presente de elementos do passivo não circulante, e, dos demais elementos, 
caso tenha efeito relevante. 
 
Art. 184. Do balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes 
critérios: 
(...) 
III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão 
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 
 
III - as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não-circulante serão ajusta-
dos ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Re-
dação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
 
Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 S/A comprou mercadorias a prazo, por R$ 150.000,00, 
para pagamento, aos fornecedores, daqui a dois anos (longo prazo). 
 
I - Lançamento antes das alterações da Lei no 11.638/07 (até 31/12/2007): 
 
Estoques (Ativo Circulante) 
a Fornecedores (Passivo Exigível a Longo Prazo) 150.000 
 
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II - Lançamento após as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 (após 01/01/2008): 
suponhamos que este valor de R$ 150.000,00, trazido a valor presente considerando uma de-
terminada taxa de juros, seja de R$ 126.000,00. Ou seja, R$ 24.000,00 corresponde ao ajuste a 
valor presente. 
 
Diversos 
a Fornecedores (Passivo Não Circulante) 
Estoques (Ativo Circulante) 126.000 
Ajuste a Valor Presente (Passivo Não Circulante - Retificadora) 24.000 150.000 
 
Mensalmente, pelo regime de competência, iríamos reconhecer a despesa referente ao ajuste, da 
seguinte forma: como são 24 meses (2 anos) até o pagamento, seria reconhecido o valor de R$ 
1.000,00 por mês (R$ 24.000,00/24 meses). 
 
Despesa Financeira (Despesa) 
a Ajuste a Valor Presente (Passivo Não Circulante - Retificadora) 1.000 
 
III - Lançamento por ocasião do pagamento aos fornecedores antes ou após as alterações da 
Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08: 
 
Fornecedores (Passivo Circulante – já estaria no Passivo Circulante, pois o vencimento desta opera-
ção já seria antes do término do exercício seguinte) 
a Caixa (Ativo Circulante) 150.000 
 
Consolidando todas as informações, no balanço, os elementos do passivo serão avaliados de 
acordo com os seguintes critérios: 
 
- as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a 
pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do 
balanço;- as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em mo-
eda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; 
 
- as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao 
seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
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Memorize para a prova: 
 
1. Grupos Patrimoniais: 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante 
 
Ativo �ão Circulante (MP no 449/08) 
Ativo Realizável a Longo Prazo (449/08) 
Ativo Permanente (MP no 449/08) 
 Ativo Realizável a Longo Prazo (449/08) 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível (Lei no 11.638/07) 
 Diferido (MP no 449/08) 
 
 
Passivo Circulante 
 
Passivo �ão Exigível 
Passivo Exigível a Longo Prazo (MP no 449/08) 
Result. de Exercícios Futuros (MP no 449/08) 
 
Patrimônio Líquido 
 Capital Social 
 Reserva Reavaliação (Lei no 11.638/07) 
 (-) Ações em Tesouraria (Lei no 11.638/07) 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial (11.638/07) 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 (-) Prejuízos Acumulados (Lei no 11.638/07) 
 
2. Estrutura do Balanço: 
 
ATIVO 
 
1. Ativo Circulante (AC) 
- Disponível 
- Aplicações de Curto Prazo 
- Direitos Pessoais a Receber 
- Direitos Reais a Receber (Estoques) 
- Tributos a Recuperar 
- Despesas Antecipadas de Curto Prazo 
 
2. Ativo �ão Circulante (A�C) 
2.1. Realizável a Longo Prazo (RLP) 
- Direitos Pessoais a Receber 
- Aplicações de Longo Prazo 
- Empréstimos, Vendas ou Adiantamentos não usuais a Pessoas Ligadas (*) 
- Despesas Antecipadas de Longo Prazo 
 
(*) Pessoas ligadas: sócios, diretores, acionistas, administradores, coligadas, controladas 
 
Observação: 
Ciclo operacional superior a um ano ���� a classificação em curto ou longo prazo é feita de a-
cordo com a duração deste ciclo. 
 
2.2. Investimento 
2.3. Imobilizado 
2.4. Intangível 
 
(*) Diferido => extinto pela MP no 449/08. 
 
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Observações: 
1 – Classificam-se em Investimentos: 
- As Participações Permanentes; 
- Os Direitos de qualquer natureza, não classificáveis no AC (e nem no A�C-RLP), e que não 
se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
 
2 – Classificam-se no Imobilizado os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades 
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade. 
 
3 – Classificam-se no Intangível os bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades 
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade. 
 
PASSIVO 
 
Passivo Circulante (PC) 
- Fornecedores 
- Contas a Pagar 
- Impostos e Taxas a Recolher 
- Salários a Pagar 
- Dividendos a Pagar 
- Outras Obrigações de Curto Prazo 
 
Passivo �ão Circulante (P�C) 
- Obrigações a Pagar de Longo Prazo 
- Receitas Recebidas Antecipadamente (Receitas Diferidas) 
- (-) Despesas Relacionadas 
 
Classificam-se em Receitas Diferidas apenas as receitas em relação às quais não haja obriga-
ção de entrega futura de bens ou serviços, nem possibilidade de devolução do valor recebido. 
Caso haja estas hipóteses, as receitas antecipadas devem ser classificadas no Passivo Exigível. 
As Receitas Diferidas, juntamente com o PL, fazem parte do Passivo �ão Exigível. 
 
Patrimônio Líquido (PL) 
- Capital Social 
- (-) Capital a Realizar 
- (-) Ações em Tesouraria 
- Reservas de Capital 
- Reservas de Lucros 
- Ajustes de Avaliação Patrimonial 
- (-) Prejuízos Acumulados 
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial: 
 
Os ajustes de avaliação patrimonial foram criados pela Lei no 11.638/07 e substituíram as an-
tigas reservas de reavaliação, que foram extintas pela mesma Lei. 
 
Reavaliação de bens (artigo 8.º) ���� 3 peritos ou empresa especializada. 
 
 
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Constituição: 
 
Bem 
a Ajuste de Avaliação Patrimonial 
 
Realização: 
 
Ajuste de Avaliação Patrimonial 
a Resultado do Exercício 
 
Provisões e Reservas 
 
As provisões e as reservas são sempre contas credoras. 
 
Provisões: 
 
São contas do Ativo ou do Passivo Exigível. São valores estimados para fazer frente a perdas 
prováveis, cujo valor possa ser estimado, ou representam exigibilidades. 
 
Provisões do Ativo (retificadoras): 
 
Provisão p/ Devedores Duvidosos ou Prov. p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC ou 
ARLP) 
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (AC ou ARLP) 
Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (AP, AC ou ARLP) 
 
Provisões do Passivo: 
 
Provisão para Férias 
Provisão para 13.º Salário 
Provisão para CSLL 
Provisão para IR 
 
Reservas: 
 
São contas credoras do PL. São recursos mantidos no PL para diversos fins, como, por exem-
plo, manter a integridade do Capital Social ou garantir a realização de investimentos com 
recurso próprios. 
 
Tipos de Reservas: 
 
Reservas de Capital 
Reservas de Lucros (destinações do Lucro Líquido do Exercício) 
 
Reservas de Capital: 
Reserva de Ágio na Emissão de Ações 
Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias 
Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição 
 
As reservas de capital são receitas que, por determinação legal, não transitam pelo resultado. 
São receitas em sentido amplo, mas não são receitas em sentido estrito. 
 
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OBS: as Reservas de Prêmio na Emissão de Debêntures e de Doações e Subvenções para In-
vestimentos foram extintas pela Lei no 11.638/07. 
 
OBS: as reservas de capital podem ser utilizadas (facultativamente) para a absorção de preju-
ízos que ultrapassem os lucros acumulados e as reservas de lucros. 
 
Reservas de Lucros: 
 
Reserva Legal ���� única obrigatória 
Reserva Estatutária 
Reserva para Contingências 
Reserva de Lucros a Realizar 
Reserva de Incentivos Fiscais (Lei no 11.638/07) 
Reserva para Investimentos, Orçamentária, de Expansão ou de Retenção de Lucros 
Reserva Especial de Dividendos Obrigatórios �ão Distribuídos (REDO�DA) 
Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures (MP no 449/08) 
 
Reserva Legal (RL): 
 
Antes de qualquer destinação (exceto compensação de prejuízos), 5% do Lucro Líquido deve 
ser destinado à Reserva Legal. 
 
Limite Obrigatório ���� RL ≤ 20% do Capital Social 
Limite Facultativo ���� RL + Res. Capital ≤ 30% do Capital Social 
 
OBS: caso haja prejuízos acumulados, deve-se primeiramente abatê-los do lucro líquido, e 
depois constituir a Reserva Legal: 
 
Reservas Estatutárias: 
 
São previstas no estatuto, para os mais variados fins. O estatuto deve: 
 
- Indicar sua finalidade 
- Fixar o critério de cálculo 
- Estabelecer o limite máximo da reserva 
 
A Reserva Estatutária não pode prejudicar o dividendo mínimo obrigatório (Só a Reserva 
Legal, Reserva para Contingências e a Reserva de Incentivos Fiscais podem). 
 
Reserva para Contingências: 
 
Constituída para fazer face a possíveis prejuízos futuros, em razão de fatos geradores que 
ainda não ocorreram, mas que são julgados prováveis. Ex: previsão de geada no ano seguinte. 
 
A reversão da reserva ocorre quando da ocorrência do dano ou da verificação de que o dano 
não mais ocorrerá. 
 
Reserva para Contingências 
a Lucros Acumulados 
 
 
 
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Reserva de Incentivos Fiscais (art. 195-A ���� Lei 11.638/07): 
 
Registra a parcela do LLE decorrente de doações ou subvenções governamentais para inves-
timentos. 
 
Poderá ser excluída (facultativo) da base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório. 
 
Reserva para Investimentos: 
 
Destinadaa subsidiar investimento aprovado no orçamento da companhia. 
 
�ão prejudica o dividendo mínimo obrigatório. 
 
À medida que o investimento for sendo realizado, ocorrerá a reversão da reserva, à conta de 
Lucros Acumulados. 
 
Reserva Especial de Dividendo Obrigatório �ão Distribuído (REDO�DA): 
 
Quando a situação financeira da companhia não permitir a distribuição de dividendos, pode-
se destinar o saldo previsto para dividendos a esta reserva. Assim que possível, deve-se rever-
ter a reserva e distribuir os dividendos devidos, exceto em caso de absorção por prejuízos fu-
turos. 
 
Limite das reservas de lucros: 
 
A soma das reservas de lucros, exceto a Reserva de Contingências, a Reserva de Incentivos 
Fiscais e a Reserva de Lucros a Realizar, não pode ultrapassar o valor do Capital Social. O 
eventual excesso deve ser destinado ao aumento do capital ou à distribuição de dividendos. 
 
Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo 
 
Ativo: 
- Aplicações financeiras em geral destinadas à negociação ou disponíveis para venda ���� valor 
justo ou valor equivalente. 
 
- Demais aplicações, direitos e títulos de crédito ���� custo de aquisição ou valor de emissão, 
atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realiza-
ção, quando este for inferior. 
 
- Mercadorias e produtos de comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos 
em fabricação e bens em almoxarifado ���� custo de aquisição ou produção, deduzido de provi-
são para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 
 
- Investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o método de 
equivalência patrimonial ���� custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis 
na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que 
não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quo-
tas bonificadas. 
 
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- Demais investimentos ���� custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas 
prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mer-
cado, quando este for inferior. 
- Direitos do Imobilizado ���� custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de de-
preciação, amortização ou exaustão. 
 
- Direitos do Intangível ���� custo de aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amor-
tização. 
 
– Diferido ���� valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua a-
mortização (não foi revogado, em virtude das contas que não puderem ser reclassificadas); 
 
- Elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo ���� ajustados a valor presente, 
sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
- A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada pe-
riodicamente nas contas de ���� Depreciação, Amortização e Exaustão. 
 
- Estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda ���� poderão ser avaliados pelo valor 
de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
 
Passivo: 
- Obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a 
pagar com base no resultado do exercício ���� computados pelo valor atualizado até a data do 
balanço. 
 
- Obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial ���� convertidas em 
moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
 
- Obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo ���� ajustados ao 
seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
 
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6.4. Exercícios de Fixação 
 
1. (AFC-CGU-2008) Com base nos critérios de avaliação de ativos e passivos, julgue os itens que 
se seguem e marque, com V para os verdadeiros e F para os falsos, a opção que corresponde à se-
qüência correta. 
 
I. Os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investi-
mentos, serão avaliados, pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor. 
II. Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, 
sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
III. A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será registra-
da periodicamente nas contas de: Depreciação, Amortização e Exaustão. 
IV. As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados 
ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
V. Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de 
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. 
 
(a) V,V,F,F,F 
(b) V,V,V,F,V 
(c) F,F,V,F,F 
(d) V,F,F,V,V 
(e) F,V,V,V,V 
 
2. (AFC-CGU-2008) Em relação a estrutura, conteúdo e classificação das contas patrimoniais, jul-
gue os itens que se seguem e marque, com V para os verdadeiros e F para os falsos, a opção que 
corresponde à seqüência correta. 
 
I. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas 
registrados, nos seguintes grupos: ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; ativo permanente, 
dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. 
II. O patrimônio líquido pode ser dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
III. No ativo imobilizado, serão registrados os direitos que tenham por objeto bens corpóreos desti-
nados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle 
desses bens. 
IV. Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem o produto da alienação de 
partes beneficiárias e bônus de subscrição, o prêmio recebido na emissão de debêntures e as doa-
ções e as subvenções para investimento. 
V. Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resulta-
do do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminu-
ições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço 
de mercado. 
 
(a) V,V,F,F,F 
(b) V,V,V,F,V 
(c) F,F,V,F,F 
(d) V,F,F,V,V 
(e) F,F,V,V,V 
 
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3. (Contador-E�AP-2006-ESAF) A empresa Setas e Cetáceos S/A, em primeiro de janeiro apre-
sentava patrimônio líquido de R$ 105.000,00, constituído de: 
 
Capital Social 100.000,00 
Reserva Legal 3.000,00 
Lucros Acumulados 2.000,00 
Soma do Patrimônio Líquido 105.000,00 
 
Ao fim do mesmo exercício social esse patrimônio líquido somava apenas R$ 99.000,00, em decor-
rência de prejuízo líquido apurado no exercício. Em face do fato acima citado, o aludido patrimônio 
líquido deve ser apresentado no balanço como segue: 
 
(a) Capital Social 100.000,00 
Reserva Legal 3.000,00 
Lucros Acumulados 2.000,00 
Prejuízos ( 6.000,00) 
Soma do Patrimônio Líquido 99.000,00 
 
(b) Capital Social 100.000,00 
Reserva Legal 3.000,00 
Prejuízos Acumulados ( 4.000,00) 
Soma do Patrimônio Líquido 99.000,00 
 
(c) Capital Social 100.000,00 
Lucros Acumulados 2.000,00 
Prejuízos ( 3.000,00) 
Soma do Patrimônio Líquido 99.000,00 
 
(d) Capital Social 100.000,00 
Prejuízos Acumulados ( 1.000,00) 
Soma do Patrimônio Líquido 99.000,00 
 
(e)Capital Social 99.000,00 
Soma do Patrimônio Líquido 99.000,00 
 
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4. (TRF-2006-ESAF) Assinale a opção que contém a afirmativa incorreta. 
 
(a) No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 
(b) Os ingressos e os custos, as receitas e as despesas, os ganhos e as perdas, bem como todos os 
encargos do exercício social devem constar na Demonstração do Resultado do Exercício. 
(c) No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente de grau de liquidez dos elementos nelas 
registrados, em grupos especificados na lei. 
(d) Entre os componentes do passivo podemos encontrar as exigibilidades, as dívidas, os credores, 
bem como todo e qualquer débito da empresa para com seus agentes. 
(e) Entre os componentes do ativo devem ser evidenciados os estoques, as disponibilidades, os cré-
ditos, como também os bens de uso, de renda e de consumo, existentes na data do balanço. 
 
5. (AFRF-2005-ESAF) Uma empresa com Patrimônio Líquido Negativo deve evidenciar esse va-
lor: 
 
(a) após o Capital Social no Grupo de Patrimônio Líquido como conta devedora. 
(b) após a conta Financiamentos como um Exigível a Longo Prazo em uma conta devedora. 
(c) após a conta de Empréstimos a Receber, como um Realizável a Longo Prazo em uma conta cre-
dora. 
(d) após a conta de Despesas pré-operacionais, como um Ativo Diferido em uma conta credora. 
(e) após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Descoberto como conta credora. 
 
6. (ICMS-R�-2005-ESAF) Assinale a opção que responde corretamente à questão. São grupos e 
subgrupos que fazem parte do ativo no balanço patrimonial: 
 
(a) Circulante, Créditos, Diferido, Disponibilidades, Estoques, Exigível a Longo Prazo, Imobiliza-
do, Investimentos, Despesas do Exercício Seguinte. 
(b) Circulante, Créditos a Receber, Diferido, Exigibilidades, Estoques, Imobilizado, Investimentos, 
Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte. 
(c) Circulante, Créditos, Diferido, Disponibilidades, Estoques, Imobilizado, Investimentos, Realizá-
vel a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte. 
(d) Circulante, Débitos a Receber, Diferido, Exigibilidades, Estoques, Imobilizado, Financiamentos, 
Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte. 
(e) Circulante, Créditos, Diferido, Disponibilidades, Estoques, Imobilizado, Investimentos, Realizá-
vel a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros. 
 
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7. (AFRF-2003-ESAF-Adaptada) A empresa de Comércio Geral apresenta, em 30 de março, o 
balancete abaixo descrito: 
 
C o n t a s s a l d o s 
Ações de Outras Companhias R$ 1.500,00 
Bancos conta Movimento R$ 2.000,00 
Capital Social R$ 8.500,00 
Clientes R$ 2.500,00 
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 1.700,00 
Duplicatas a Pagar R$ 3.700,00 
Duplicatas a Receber R$ 1.400,00 
Duplicatas descontadas R$ 1.100,00 
Duplicatas protestadas R$ 1.000,00 
Empréstimos Concedidos R$ 1.300,00 
Fornecedores R$ 2.900,00 
Insubsistências Passivas R$ 900,00 
Juros Passivos R$ 600,00 
Mercadorias R$ 3.800,00 
Móveis e utensílios R$ 5.200,00 
Prejuízos Acumulados R$ 100,00 
Provisão p/ Perdas em Investimentos R$ 300,00 
Provisão para Imposto de Renda R$ 700,00 
Receitas Antecipadas R$ 400,00 
Ajustes de Avaliação Patrimonial R$ 800,00 
Receitas de Vendas R$ 2.000,00 
Serviços Prestados R$ 1.600,00 
 
Se fosse elaborar o Balanço Patrimonial nessa data, com esses valores, o Contador, certamente, 
apuraria: 
 
(a) ativo total no valor de R$ 17.600,00 
(b) passivo exigível no valor de R$ 7.300,00 
(c) patrimônio líquido no valor de R$ 10.000,00 
(d) ativo circulante no valor de R$ 9.900,00 
(e) lucro líquido no valor de R$ 300,00 
 
8. (AFRF-2003-ESAF) Assinale abaixo a opção que contém a afirmação incorreta. 
 
(a) As obrigações em moeda estrangeira com paridade cambial deverão ser convertidas em moeda 
nacional à taxa de câmbio do dia do balanço. 
(b) O preço de mercado de bens do almoxarifado e de matérias-primas é o preço pelo qual possam 
ser repostos, mediante compra no mercado. 
(c) Os investimentos em participação no capital de outras sociedades deverão ser avaliados pelo 
custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda estiver comprovada 
como permanente. 
(d) Uma provisão para ajuste ao valor de mercado deve ser feita sempre que os produtos do comér-
cio da companhia estiverem com custo superior ao preço de mercado. 
(e) O ativo diferido deverá ser avaliado pelo valor do capital aplicado, menos o saldo das contas que 
registram sua amortização. 
 
 
 
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9. (TRF-2003-ESAF) A empresa Primavera Ltda., no encerramento do exercício de 2002, obteve 
as seguintes informações, conforme segue: 
 
Valores em R$ 
Adiantamento a Fornecedores 1.000,00 
Adiantamento de Clientes 2.000,00 
Ativo Imobilizado 20.000,00 
Capital Social 29.000,00 
Contas a Pagar 40.000,00 
Depreciação Acumulada 2.000,00 
Despesas Antecipadas 1.000,00 
Disponibilidades 1.000,00 
Duplicatas a Receber 30.000,00 
Estoques 20.000,00 
Realizável a Longo Prazo 2.000,00 
Reserva Legal 2.000,00 
 
Assinale a opção correta, que corresponde ao valor do Ativo que estará presente no Balanço Patri-
monial. 
 
(a) R$ 71.000,00 
(b) R$ 72.000,00 
(c) R$ 73.000,00 
(d) R$ 74.000,00 
(e) R$ 75.000,00 
 
10. (TRF-2003-ESAF) A empresa Internacional S/A., no encerramento do exercício de 2002, obte-
ve as seguintes informações, conforme segue: 
 
Valores em R$ 
Adiantamento a Fornecedores 15.000,00 
Ativo Imobilizado 1.300.000,00 
Contas a Pagar 1.100.000,00 
Disponibilidades 150.000,00 
Duplicatas a Receber 1.200.000,00 
Empréstimos 1.000.000,00 
Estoques 850.000,00 
Lucros Acumulados 200.000,00 
Reserva Legal 10.000,00 
 
Na elaboração do Balanço Patrimonial da empresa, os valores do Patrimônio Líquido e do Capital 
Social Integralizado serão: 
 
Valores em R$ 
Patrimônio Líquido Capital Social Integralizado 
(a) 1.400.000,00 1.190.000,00 
(b) 1.400.000,00 1.205.000,00 
(c) 1.415.000,00 1.205.000,00 
(d) 1.415.000,00 1.225.000,00 
(e) 1.425.000,00 1.225.000,00 
 
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11. (ATM-Recife-2003-ESAF) A empresa “X” S/A., no encerramento do exercício de 2002, apu-
rou as seguintes informações, exceto a de Capital Social: 
Valores em R$ 
Adiantamento a Fornecedores 2.000,00 
Ativo Imobilizado 13.000,00 
Contas a Pagar 3.500,00 
Disponibilidades 2.500,00 
Duplicatas a Receber 12.000,00 
Empréstimos 5.800,00 
Estoques 5.300,00 
Lucros Acumulados 4.500,00 
Reserva Legal 400,00 
 
Na elaboração do Balanço Patrimonial da empresa, os valores do Patrimônio Líquido e do Capital 
Social Integralizado serão: 
 
Patrimônio Líquido Capital Social Integralizado 
(a) R$ 20.400,00 R$ 20.400,00 
(b) R$ 24.900,00 R$ 20.200,00 
(c) R$ 24.900,00 R$ 20.600,00 
(d) R$ 25.500,00 R$ 20.600,00 
(e) R$ 25.500,00 R$ 20.200,00 
 
12. (AFRF-2002.2-ESAF) Apresentamos as contas e saldos constantes do balancete de verificação 
da Cia. Cezamo, em 31.12.01: 
 
Adiantamento de Clientes R$ 1.600,00 
Adiantamento a Diretores R$ 1.800,00 
Adiantamento a Fornecedores R$ 2.000,00 
Aluguéis Ativos a Receber R$ 1.000,00 
Aluguéis Ativosa Vencer R$ 1.200,00 
Caixa R$ 2.200,00 
Capital Social R$ 12.000,00 
Clientes R$ 4.600,00 
Depreciação Acumulada R$ 1.500,00 
Fornecedores R$ 5.000,00 
Móveis e Utensílios R$ 10.000,00 
Prejuízos Acumulados R$ 1.200,00 
Reserva Legal R$ 1.500,00 
 
Com as contas listadas, a Cia. Cezamo elaborou o Balanço Patrimonial, cujo grupo Ativo tem o 
valor de 
 
(a) R$ 18.100,00 
(b) R$ 18.500,00 
(c) R$ 19.700,00 
(d) R$ 20.100,00 
(e) R$ 21.700,00 
 
 
 
 
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13. (AFRF-2002.2-ESAF) A propósito da composição do patrimônio líquido, abaixo são apresen-
tadas cinco assertivas, sendo quatro incorretas. Assinale a opção que contém a afirmativa certa. 
 
(a) A conta Capital Social deverá ser apresentada no balanço discriminando o montante do capital 
autorizado, deduzindo a parcela do capital ainda não realizado (Capital a Integralizar), de forma a 
demonstrar o valor líquido do capital social. 
(b) Todas as contas originadas da distribuição do resultado final do exercício, constituídas pela a-
propriação de lucros, deverão ser classificadas como reservas de lucros. 
(c) Serão classificados como reservas de reavaliação os aumentos de valor atribuídos pela empresa a 
elementos do ativo em virtude de novas avaliações, desde que sejam aprovados pela Assembléia 
Geral aqueles que não forem embasados em laudo pericial. 
(d) Deverão ser classificadas como reserva de capital, agrupadas ou separadamente, entre outras, as 
doações e subvenções recebidas, quando destinadas a investimentos, e os prêmios recebidos na e-
missão de debêntures. 
(e) A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados registrará os resultados positivos que ficaram retidos 
para pagamento futuro de dividendos, ou os resultados negativos que não puderam ser compensados 
no exercício. 
 
14. (TRF-2002.2-ESAF) Os grupos e contas abaixo apresentados compõem o patrimônio da em-
presa Jeffertite S.A. 
 
Grupos/Contas S a l d o s 
Disponibilidades R$ 2.650,00 
Créditos a Receber R$ 8.900,00 
Estoques R$ 5.000,00 
Financiamentos Bancários R$ 6.500,00 
Fornecedores R$ 5.300,00 
Capital Social R$ 7.000,00 
Adiantamentos a Diretores R$ 1.200,00 
Ações de Empresas Coligadas R$ 2.000,00 
Receitas Antecipadas R$ 930,00 
Reservas de Lucros R$ 1.800,00 
Ativo Diferido R$ 1.510,00 
Impostos a Recolher R$ 1.300,00 
Despesas a Vencer R$ 370,00 
Ativo Imobilizado R$ 3.420,00 
Obrigações Trabalhistas R$ 1.120,00 
Reservas de Capital R$ 1.550,00 
Prejuízos Acumulados R$ 250,00 
 
O balanço não está fechado, pois o Contador deixou de incluir uma, e apenas uma, das seguintes 
contas. Indique-a entre as seguintes opções: 
 
(a) Provisão para Ajuste de Valores Mobiliários. 
(b) Provisão para Imposto de Renda. 
(c) Reversão de Devedores Duvidosos. 
(d) Reversão de Reservas de Contingências. 
(e) Contribuições Sociais a Recolher. 
 
 
 
 
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15. (Contador-E�AP-2006-ESAf) A função das contas patrimoniais é representar os valores de 
cada elemento do patrimônio em determinada data. Seu funcionamento, entretanto, é processado em 
registros formais a débito ou a crédito, dependendo de sua natureza. Considerando-se que a empresa 
iniciou um período com R$ 35.000,00 em dinheiro, R$ 20.000,00 em mercadorias e um capital re-
gistrado de R$ 15.000,00, evidentemente a diferença aritmética da equação patrimonial será a repre-
sentação das dívidas já assumidas. Sabe-se também que essa empresa realizou os seguintes fenôme-
nos: 
 
1) venda, a prazo, de metade das mercadorias por R$17.000,00; 
2) registro de salários de R$300,00, para pagamento posterior; 
3) compra de mercadorias por R$15.000,00 pagando um terço como entrada. 
 
Após o registro contábil desses fatos, a empresa apresentará 
 
(a) ativo de R$ 87.000,00. 
(b) ativo de R$ 65.000,00. 
(c) passivo de R$ 50.300,00. 
(d) passivo de R$ 40.000,00. 
(e) patrimônio líquido de R$ 22.300,00. 
 
16. (AFC-ST�-2005-ESAF) Eis o rol das contas utilizadas pela Empresa Comercial Zinho Ltda., 
com saldos apurados no fim do exercício social. 
 
Ações de Coligadas R$ 57.000,00 
Ações em Tesouraria R$ 5.000,00 
Amortização Acumulada R$ 6.000,00 
Bancos conta Movimento R$ 50.000,00 
Caixa R$ 35.000,00 
Capital a Integralizar R$ 45.000,00 
Capital Social R$250.000,00 
Clientes R$ 65.000,00 
Depreciação Acumulada R$ 23.000,00 
Duplicatas a Pagar R$115.000,00 
Duplicatas a Receber R$100.000,00 
Duplicatas Descontadas R$ 46.000,00 
Fornecedores R$ 78.000,00 
Gastos de Instalação R$ 14.000,00 
ICMS a Recolher R$ 21.000,00 
ICMS a Recuperar R$ 10.000,00 
Lucros Acumulados R$ 17.000,00 
Material de Consumo R$ 30.000,00 
Mercadorias R$ 70.000,00 
Móveis e Utensílios R$ 66.000,00 
Participação Acionária R$ 40.000,00 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ 8.000,00 
Provisão para Férias R$ 23.000,00 
Provisão para Imposto de Renda R$ 9.000,00 
Provisão para Perdas em Investimentos R$ 4.000,00 
Produtos para Venda R$ 34.000,00 
Receitas a Vencer R$ 8.000,00 
Reservas de Capital R$ 10.000,00 
Reservas de Lucro R$ 25.000,00 
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Reservas de Reavaliação R$ 13.000,00 
Salários a Pagar R$ 38.000,00 
Seguros a Vencer R$ 12.000,00 
Veículos R$ 98.000,00 
 
Observações: Na relação acima não consta o resultado líquido do exercício apurado após o imposto 
de renda, as participações e as destinações propostas à Assembléia Geral. Isto é, está faltando calcu-
lar a parcela de resultado que, nesse exercício, foi incorporada ao saldo da conta Lucros ou Prejuí-
zos Acumulados. Uma vez calculada essa diferença e considerada no saldo da conta Lucros ou Pre-
juízos Acumulados, podemos dizer que as contas acima listadas apresentam: 
 
(a) saldos devedores no valor de R$ 731.000,00. 
(b) saldos credores no valor de R$ 694.000,00. 
(c) ativo patrimonial no valor de R$ 681.000,00. 
(d) passivo patrimonial no valor de R$ 292.000,00. 
(e) patrimônio líquido no valor de R$ 352.000,00. 
 
17. (AFC-ST�-2005-ESAF) A Cia. Comercial SST terminou o exercício social com lucro líquido 
de R$ 120.000,00, devendo constituir a reserva legal nos termos da lei, para fins de elaboração de 
suas Demonstrações Financeiras. O Patrimônio Líquido da referida empresa tem o valor de R$ 
224.000,00, e é composto das seguintes contas: 
 
Capital Social R$ 200.000,00 
Capital a Integralizar R$ 50.000,00 
Reservas de Capital R$ 21.000,00 
Reservas de Reavaliação R$ 6.000,00 
Reserva Legal R$ 35.000,00 
Reservas Estatutárias R$ 1.000,00 
Lucros Acumulados R$ 11.000,00 
 
Com base na situação supra descrita, a empresa deverá contabilizar na conta Reserva Legal 
 
(a) R$ 6.000,00, pois deverá ser constituída com destinação de 5% do lucro líquido do exercício. 
(b) R$ 5.000,00, pois não deverá ultrapassar 20% do capital social. 
(c) R$ 4.000,00, pois somada às reservas de capital, não deverá ultrapassar 30% do capital social. 
(d) R$ 3.000,00, pois somada às outras reservas de lucro e às reservas de capital, não deverá ultra-
passar 30% do capital social. 
(e) R$ 0,00, pois a reserva legal não deverá ultrapassar 20% do capital social realizado. 
 
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18. (ICMS-MG-2005-ESAF) A listagem de saldos para elaboração dos balanços da Companhia 
Gama S/A apresentou as contas patrimoniais e de resultado abaixo mencionadas. A eventualdife-
rença aritmética existente decorre da conta corrente de ICMS, cujo encerramento ainda não havia 
sido contabilizado. 
 
Caixa R$ 28.000,00 
Capital Social R$ 16.000,00 
Compras de Mercadorias R$ 96.000,00 
Contas a Receber R$ 39.200,00 
COFINS R$ 152,00 
Fornecedores R$ 32.000,00 
ICMS sobre Vendas R$ 40.800,00 
Impostos e Taxas R$ 1.840,00 
Juros Ativos R$ 880,00 
Mercadorias R$ 36.000,00 
Móveis e Utensílios R$ 48.000,00 
PIS sobre Faturamento R$ 168,00 
Prêmio de Seguros R$ 2.880,00 
Reserva Legal R$ 800,00 
Salários e Encargos R$ 6.400,00 
Salários e Encargos a Pagar R$ 960,00 
Vendas de Mercadorias R$240.000,00 
Veículos R$ 32.000,00 
 
Observações: 
1. O estoque atual de mercadorias está avaliado em R$ 1.600,00. 
2. As compras e as vendas são tributadas à mesma alíquota de ICMS. 
3. Não houve nenhuma distribuição de lucros no período. 
 
As demonstrações contábeis elaboradas a partir das informações anteriormente citadas, certamente, 
vão evidenciar: 
 
(a) R$ 130.400,00 de Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). 
(b) R$ 85.680,00 de Lucro Operacional Bruto. 
(c) R$ 147.200,00 de Ativo total. 
(d) R$ 32.960,00 de Passivo Circulante. 
(e) R$ 91.360,00 de Patrimônio Líquido. 
 
19. (ICMS-MG-2005-ESAF) O balancete de verificação da Cia. Beta, em 31-12-X4, era composto 
pelos saldos das seguintes contas: 
 
Caixa R$ 1.500,00 
Máquinas e Equipamentos R$ 6.000,00 
Vendas de Mercadorias R$ 7.000,00 
Mercadorias R$ 2.000,00 
Receitas Diversas R$ 400,00 
Compras de Mercadorias R$ 5.000,00 
Clientes R$ 4.000,00 
Fornecedores R$ 3.000,00 
Salários e Ordenados R$ 1.100,00 
Despesas de aluguel R$ 300,00 
Lanches e Refeições R$ 200,00 
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Capital Social R$10.000,00 
Condução e Transporte R$ 300,00 
Lucros Acumulados R$ 1.400,00 
Juros Passivos R$ 1.400,00 
 
Observações: 
1. O estoque final de mercadorias foi avaliado em R$ 1.500,00. 
2. O salário de dezembro de X4, no valor de R$ 100,00, será pago somente em janeiro de X5. 
3. Dos aluguéis pagos em X4, R$ 200,00 referem-se a despesas de janeiro de X5. 
 
A Companhia mandou elaborar suas demonstrações financeiras sem considerar quaisquer implica-
ções de natureza fiscal ou tributária. Todavia, se considerarmos que as mercadorias foram tributadas 
com ICMS de 10%, tanto nas entradas como nas saídas, vamos constatar que o resultado líquido do 
período terá sido 
 
(a) aumentado em R$ 500,00 e diminuído em R$ 700,00. 
(b) aumentado em R$ 650,00 e diminuído em R$ 700,00. 
(c) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 500,00. 
(d) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 650,00. 
(e) aumentado em R$ 700,00 e diminuído em R$ 700,00. 
 
20. (ICMS-R�-2005-ESAF) A empresa Comércio & Serviços Generais S/A, apresenta as seguin-
tes contas e respectivos saldos, em 31 de dezembro de 2004. 
 
Contas saldos Contas saldos 
Ações de Coligadas 260 Lucros Acumulados 90 
Aluguéis Ativos 52 Máquinas e Equipamentos 300 
Amortização Acumulada 35 Materiais 160 
Bancos c/Movimento 140 Mercadorias 240 
Caixa 215 Móveis e Utensílios 280 
Capital a Integralizar 75 Produtos Acabados 180 
Capital Social 700 Prov. p/Créditos Liquidação Duvidosa 90 
Clientes 210 Provisão para Férias 45 
Depreciação Acumulada 110 Provisão para Imposto de Renda 80 
Despesas a Pagar 55 Provisão p/Perdas Investimentos 70 
Despesas a Vencer 60 Receitas a Receber 95 
Despesas Gerais 176 Receitas a Vencer 140 
Despesas Pré-Operacionais 105 Receitas de Vendas 500 
Devedores Duvidosos 65 Reservas de Capital 130 
Duplicatas Descontadas 70 Reservas Estatutárias 125 
Duplicatas a Pagar 230 Reserva Legal 95 
Duplicatas a Receber 220 Salários e Ordenados 102 
Encargos de Depreciação 124 Títulos a Pagar 490 
Financiamentos Bancários 250 Títulos a Receber 200 
Fornecedores 110 Veículos 200 
ICMS a Recuperar 10 
ICMS sobre Vendas 50 
 
 
 
 
 
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Elaborando-se o balancete geral de verificação com os saldos supra indicados, certamente, encon-
traremos 
 
(a) contas patrimoniais com saldos credores, somando R$ 2.465,00. 
(b) contas patrimoniais com saldos devedores, somando R$ 2.500,00. 
(c) contas de natureza devedora, com saldos no valor de R$ 3.017,00. 
(d) contas de natureza credora, com saldos no valor de R$ 3.392,00. 
(e) saldos devedores e credores, igualmente, no valor de R$ 3.467,00. 
 
21. (ICMS-R�-2005-ESAF) A empresa de Comércio Interior & Cia. possuía R$ 10 mil em merca-
dorias, R$ 10 mil em móveis, R$ 15 mil de dívidas em duplicatas, R$ 2 mil de prejuízos, R$ 12 mil 
de capital e R$ 5 mil em dinheiro. 
 
Em seguida a empresa realizou: 
- vendas de mercadorias por R$ 10 mil, pagos a vista; 
- compras de mercadorias por R$ 20 mil, com entrada de R$ 4 mil e duplicatas; 
- vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com entrada de R$ 8 mil e duplicatas; 
- pagamento de duplicatas de R$ 3 mil, com juros de R$ 600; 
- recebimento de duplicatas de R$ 2.000, com juros de R$ 400; 
- registro do salário de R$ 300, para pagamento posterior; 
- elaboração de inventário apurando estoque final de mercadorias de R$ 9 mil. 
 
Ao contabilizar as operações realizadas e elaborar as demonstrações contábeis cabíveis, a empresa 
vai demonstrar os seguintes valores: 
 
(a) ativo de R$ 34.800,00. 
(b) ativo realizável de R$ 34.800,00. 
(c) passivo exigível de R$ 28.000,00. 
(d) capital circulante líquido de R$ 17.800,00. 
(e) patrimônio líquido de R$ 16.500,00. 
 
22. (ICMS-R�-2005-ESAF) A empresa Aurialvo S/A, que tinha lucros acumulados de R$ 
25.000,00 apurou lucro líquido de R$ 200.000,00, e contabilizou a seguinte destinação proposta à 
Assembléia Geral, em ordem alfabética. 
 
Dividendos R$ ??? 
Imposto de Renda e CSLL R$ 75.000,00 
Participação de Administradores R$ 8.000,00 
Participação de Empregados R$ 12.000,00 
Reservas de Contingências R$ 6.000,00 
Reservas Estatutárias R$ 10.000,00 
Reserva Legal R$ 5.000,00 
Reversão da reserva de contingências R$ 2.000,00 
Reversão da reserva estatutária R$ 2.500,00 
 
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Sabendo-se que os dividendos foram distribuídos segundo o lucro ajustado para este fim nos termos 
legais e que os estatutos não estabeleceram o percentual devido, podemos dizer que a demonstração 
de lucros ou prejuízos acumulados vai demonstrar um “saldo atual” de 
 
(a) R$ 56.750,00. 
(b) R$ 65.500,00. 
(c) R$ 70.500,00. 
(d) R$ 89.500,00. 
(e) R$ 92.000,00. 
 
23. (MPU-2004-ESAF) A empresa Mercantil de Varejos Ltda., no encerramento do exercício soci-
al, apurou os saldos do livro Razão apresentando-os da seguinte forma, em ordem alfabética: 
 
Ações de Empresas Coligadas R$ 4.110,00 
Adiantamentos de Clientes R$ 2.700,00 
Adiantamentos a Fornecedores R$ 2.100,00 
Aluguéis Passivos R$ 1.500,00 
Bancos conta Movimento R$ 1.200,00 
Capital a Integralizar R$ 4.000,00 
Capital Social R$12.000,00 
Clientes R$ 3.000,00 
Depreciação Acumulada R$ 1.800,00 
Despesas Antecipadas R$ 450,00 
Devedores Duvidosos R$ 390,00 
Duplicatas Descontadas R$ 2.400,00 
Duplicatas a Pagar R$ 4.710,00 
Duplicatas a Receber R$ 3.600,00 
Encargos de Depreciação R$ 1.200,00 
Fornecedores R$ 2.500,00 
Impostos e Taxas R$ 1.050,00 
Impostos a Recolher R$ 600,00 
Máquinas e EquipamentosR$ 9.000,00 
Mercadorias R$ 3.000,00 
Provisão para Devedores Duvidosos R$ 300,00 
Provisão para Férias R$ 750,00 
Provisão para Imposto de Renda R$ 900,00 
Receitas de Serviços R$ 6.000,00 
Receitas Diferidas R$ 840,00 
Salários R$ 900,00 
 
Ao ser elaborado o Balanço Patrimonial, segundo os dados do balancete de verificação acima, pode-
se dizer que o valor do Ativo será de 
 
(a) R$ 19.860,00. 
(b) R$ 21.960,00. 
(c) R$ 24.660,00. 
(d) R$ 26.460,00. 
(e) R$ 27.000,00. 
 
 
 
 
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24. (MPU-2004-ESAF) A Indústria & Comércio S/A tem um capital registrado composto de qua-
renta mil ações a valor unitário de R$ 2,50. No exercício de 2003 a empresa apurou um lucro líqui-
do de R$ 90.000,00. No encerramento do exercício, antes da destinação desse lucro, a empresa a-
presentava no patrimônio líquido, além do capital social, as seguintes contas: 
 
Capital a Integralizar R$ 10.000,00 
Reservas de Capital R$ 9.000,00 
Reservas de Reavaliação R$ 8.000,00 
Reservas Estatutárias R$ 5.000,00 
Reserva Legal R$ 17.000,00 
 
A destinação do lucro do exercício será feita para reservas estatutárias em 10%, para dividendos e 
para reserva legal nos limites permitidos ou fixados. Neste caso, o valor a ser destinado à formação 
da reserva legal deverá ser de 
 
(a) R$ zero. 
(b) R$ 3.000,00. 
(c) R$ 4.000,00. 
(d) R$ 4.050,00. 
(e) R$ 4.500,00. 
 
25. (AFRF-2003-ESAF) Eis aí as contas extraídas do balancete de verificação da empresa Emenes 
Ltda., em 31.12.2002: 
 
Componentes valores 
Aluguéis Ativos R$ 900,00 
Adiantamento a Fornecedores R$ 1.000,00 
Caixa e Bancos R$ 1.200,00 
Capital Social R$ 3.000,00 
Clientes R$ 1.500,00 
Contas a Pagar R$ 2.400,00 
Custo da Mercadoria Vendida R$ 300,00 
Depreciação Acumulada R$ 650,00 
Descontos Concedidos R$ 340,00 
Descontos Obtidos R$ 220,00 
Duplicatas a Receber R$ 1.600,00 
Duplicatas Descontadas R$ 1.350,00 
Empréstimos Obtidos R$ 1.040,00 
Fornecedores R$ 2.100,00 
Insubsistência Ativa R$ 160,00 
Impostos R$ 280,00 
Impostos a Recolher R$ 450,00 
Juros Passivos R$ 120,00 
Máquinas e Equipamentos R$ 2.010,00 
Mercadorias R$ 1.380,00 
Móveis e Utensílios R$ 2.250,00 
Prejuízos Acumulados R$ 900,00 
Provisão p/ Devedores Duvidosos R$ 400,00 
Provisão p/ Imposto de Renda R$ 200,00 
Receitas de Serviços R$ 300,00 
Receitas de Vendas R$ 260,00 
Reserva de Reavaliação R$ 1.000,00 
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Reserva Legal R$ 840,00 
Salários R$ 750,00 
Salários a Pagar R$ 180,00 
Seguros R$ 90,00 
Superveniências Passivas R$ 80,00 
Veículos R$ 1.850,00 
 
Com base nas contas e saldos acima, podemos dizer que, mesmo o balancete de verificação não 
estando fechado corretamente, ele apresenta: 
 
(a) Ativo no valor de R$ 12.790,00 
(b) Passivo no valor de R$ 7.720,00 
(c) Patrimônio Líquido no valor de R$ 3.940,00 
(d) Saldos Devedores no valor de R$ 15.650,00 
(e) Saldos Credores no valor de R$ 13.250,00 
 
26. (AFRF-2002-ESAF) Assinale a opção que apresenta uma afirmativa incorreta. 
 
(a) Reservas de Capital representam, genericamente, acréscimo ao Patrimônio Líquido que não 
transitam pela conta de resultado da companhia nem são provenientes de reavaliação de ativos. 
(b) Reservas de Lucros representam, genericamente, a retenção de parcelas provenientes de ganhos, 
com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade. 
(c) A depreciação dos bens representa a diminuição de seu valor em conseqüência do desgaste pelo 
uso, ação da natureza ou obsolescência. 
(d) Reservas de Lucros representam, genericamente, a retenção de parcelas provenientes dos ganhos 
da entidade, com o objetivo de preservar o patrimônio líquido para posterior destinação. 
(e) Um imóvel que a diretoria não tem intenção de vender e que é alugado a terceiros, por não ter 
emprego na exploração da atividade da empresa, deve ser classificado como ativo permanente imo-
bilizado. 
 
27. (ATM-�atal/R�-2008-ESAF) Os Armazéns da Esquina S/A mantêm, em seu plano de contas, 
os títulos a seguir relacionados, entre outros, os quais apresentam os seguintes saldos: 
 
Contas Saldos 
Duplicatas a Pagar R$ 90.000,00 
Duplicatas Descontadas R$ 60.000,00 
Duplicatas a Receber R$ 50.000,00 
Duplicatas a Vencer R$ 30.000,00 
Depreciação Acumulada R$ 9.000,00 
Encargos de Depreciação R$ 8.000,00 
Impostos a Pagar R$ 6.000,00 
Impostos a Vencer R$ 5.000,00 
Impostos a Recolher R$ 3.000,00 
Impostos a Recuperar R$ 2.800,00 
Aluguéis Passivos R$ 4.000,00 
Aluguéis a Pagar R$ 2.000,00 
Aluguéis Ativos R$ 1.900,00 
Aluguéis a Receber R$ 1.500,00 
Aluguéis a Vencer R$ 1.000,00 
 
 
 
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Considerando apenas a relação de contas acima, ao classificá-las para fins de balanço, vamos en-
contrar no Passivo Circulante o valor de: 
 
(a) R$ 101.000,00. 
(b) R$ 105.000,00. 
(c) R$ 131.000,00. 
(d) R$ 135.000,00. 
(e) R$ 161.000,00. 
 
28. (ATM-�atal/R�-2008-ESAF) Assinale, abaixo, a opção que contém uma assertiva verdadeira. 
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e a-
grupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. As-
sim, de acordo com a legislação vigente, 
 
(a) no passivo, as contas serão classificadas no passivo circulante, passivo realizável a longo prazo, 
resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido. 
(b) o ativo permanente deverá ser dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. 
(c) o ativo permanente deverá ser dividido em investimentos, imobilizado, intangível diferido e re-
sultado pendente. 
(d) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reava-
liação, reservas de lucros, ações em tesouraria e lucros ou prejuízos acumulados. 
(e) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avalia-
ção patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
 
29. (ATM-�atal/R�-2008-ESAF) Assinale abaixo a opção que contém uma assertiva verdadeira. 
Segundo a legislação vigente, ao fim do exercício social, a Diretoria da empresa fará elaborar as 
seguintes demonstrações financeiras: 
 
(a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resul-
tado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; demonstração das mutações 
do patrimônio líquido. 
(b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resul-
tado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos. 
(c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resul-
tado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; demonstração das mutações do patrimônio 
líquido. 
(d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resul-
tado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa e do valor adicionado; se companhia aberta, 
demonstração das mutações do patrimônio líquido. 
(e) balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resul-
tado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; se companhia aberta, demonstração do valor 
adicionado. 
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6.5. Gabarito1 – E 
2 – B 
3 – D 
4 – C 
5 – A�ULADA 
6 – C 
7 – B 
8 – C 
9 – C 
10 – C 
11 – D 
12 – D 
13 – B 
14 – D 
15 – C 
16 – A 
17 – B 
18 – E 
19 – A 
20 – E 
21 – E 
22 – B 
23 – B 
24 – B 
25 – D 
26 – E 
27 – A 
28 – E 
29 – E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. 2004. 
 
FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as demais sociedades). 
6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003. 
 
LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição. 3a Tiragem. Else-
vier Editora. 2005. 
 
MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilidade e concursos em 
geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Saraiva. 2002. 
 
SILVA, Antônio César Valério da. Contabilidade Avançada: Teoria e 300 questões. 2a Edição. Rio 
de Janeiro. Elsevier Editora. 2005. 
 
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade Avançada e Análise 
das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. Editora Frase. 2003.

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