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ANESTESIA EM EQUINOS RISCO ANESTÉSICO “Equinos: maior risco de morbidade e mortalidade anestésica quando comparamos a outras espécies domésticas e à humana” • Tamanho e massa corporal • Temperamento • Depressão cardiorrespiratória Homem 1:10000 Cães 1:700 Cavalos 1:100 CEPEF 2 (2002) RISCO ANESTÉSICO • Decúbito: redução de um terço do DC • Aumento de shunt pulmonar • 15 a 30% do fluxo sanguineo pode não participar das trocas gasosas • Reduz oxigenação • Hipercapnia Hipoxemia: compromete metabolismo celular e aumenta a morbidade e mortalidade anestésica RISCO ANESTÉSICO • Aumento da massa corporal: eleva o risco de miopatias e neuropatias • Risco de fraturas na recuperação anestésica • Taxa de mortalidade: • Eletivas: 0,7% • Fratura: 4,97% • Abdominal: 7,66% • Cólica: 12,16% 1º Depressão CV 2º Fraturas na recuperação anestésica 3º Miopatia pós- anestésica Temperamento Anatomia toracoabdominal Peso • Decúbito • Fluxo sangue muscular • Disfunção CR • Pulmão fica acima dos órgãos abdominais, pois o diafragma pe em formato de cúpula diagonal. • Decúbito dorsal: compressão das vísceras abdominais sobre o pulmão AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA HISTÓRICO DO PACIENTE • Condição preexistente •Medicações • Anestesias anteriores • Reações medicamentosas AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA EXAME FÍSICO FC PAS PAM PAD FR T 30-45 bpm 120-160 mmHg 90-130 mmHg 80-110 mmHg 8-20 mpm 37-18º C Desidratação Elasticidade Cutânea Umidade das mucosas TPC Ht PPT 4-6% 2-3 segundos Normais 1-2 segundos 40-50% 6,5-7,5 7-9% 3-5 segundos Pegajosas 3-4 segundos 50-65% 7,5-8,5 9% >5 segundos Secas >4 segundos >65% >8,5 AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA EXAME FÍSICO – SISTEMA RESPIRATÓRIO • Ausculta pulmonar • Ausculta traqueal • Inspeção • Cabeça • Narinas • Olhos AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA EXAME FÍSICO – SISTEMA CARDIOVASCULAR • Palpação e qualidade do pulso • Sincronização com os batimentos cardíacos • Coloração de mucosas • TPC • Ausculta cardíaca AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA EXAME FÍSICO E COMPLEMENTARES • Ausculta dos sons intestinais •Observar distensão abdominal • Exames Laboratoriais PREPARAÇÃO DO PACIENTE E JEJUM • Jejum: minimiza alterações pulmonares e reduzir o risco de ruptura gástrica • Acima de 18 horas predispõe a cólica • Acima de 24 horas úlceras gástricas e redução de motilidade • 8-12 horas: apenas alimentar • Lavar a boca • Lavar os cascos • Venopunção com técnica asséptica MONITORAÇÃO ANESTÉSICA PLANOS ANESTÉSICOS • Plano Superficial: • Presença de reflexo laringo-traqueal, palpebral e corneal • Globo ocular centralizado, em nistagmo e midríase; lacrimejamento • Miorrelaxamento inadequado • Salivação • Ativação adrenérgica MONITORAÇÃO ANESTÉSICA PLANOS ANESTÉSICOS • Plano Adequado: • Depressão dos reflexo palpebral (ou até ausência) • Reflexo corneal presente • Globo ocular não centralizado (medial) • Pupilas em miose • Miorrelaxamento adequado • Discreta depressão cardipulmonar MONITORAÇÃO ANESTÉSICA PLANOS ANESTÉSICOS • Plano Profundo: • Perda de todos os reflexos protetores • Centralização do globo ocular • Pupilas em midríase • Intensa depressão cardiopulmonar MONITORAÇÃO ANESTÉSICA • FC • ECG • PA invasiva •Oximetria de Pulso • Frequência e amplitude respiratória • Capnometria/capnografia • Temperatura • Hemogasometria MPA FENOTIAZÍNICOS – ACEPROMAZINA • Vasodilatação • Hipotensão (até 30%) • Redução do hematócrito • Exposição peniana • Exposição peniana permanente (0,015%) • Tranquilização sem ataxia: • Transporte • Sedação na baia • 0,03 – 0,05 mg/kg (IM ou IV) • Efeito depressor de até 6 horas MPA ALFA 2 AGONISTAS • Sedativos mais utilizados em equinos • Sedação • Relaxamento muscular • Analgesia Visceral • Xilazina 0,02-1 mg/kg • Detomidina 6 – 20 mcg/kg • * Após 10 min checar a sedação Ambiente calmo e tranquilo!!! INDUÇÃO ANESTÉSICA • Cetamina 2,2 mg/kg + • Benzodiazepínicos • Midazolam 0,1 mg/kg • Diazepam 0,05 mg/kg • EGG 50 – 100 mg/kg INDUÇÃO ANESTÉSICA – EGG ÉTER GLICERIL GUAIACOL •Miorrelaxante de ação central • Uso exclusivo IV • Flebite, irritação – perivascular • Evitar concentração maior que 10% • Hemólise • Flebite ANESTESIA À CAMPO MANUTENÇÃO • Procedimentos de 30 à 60 min • Triple Drip: • Xilazina 1mg/ml • Cetamina 2mg/ml • EGG 100 mg/ml (não usar na indução) • Taxa de infusão: 1-2 mL/kg/h • Mantém reflexos (deglutição e palpebral) PROBLEMAS... • Alta incidência de movimentação • Mesmo em animais apresentando plano cirúrgico adequado • Aumento de FC e PA podem anteceder movimentação • Alteração de padrão respiratório • Suplementação de oxigênio não é feito à campo EM CASO DE MOVIMENTAÇÃO • Nistagmo • 1/5 da dose de indução da cetamina • Em caso de movimentação • 1/3 da dose de indução de cetamina CETAMINA EXTRA ANESTESIA INALATÓRIA INTUBAÇÃO • Sonda: 22/24/26/30 ANESTESIA INALATÓRIA - MANUTENÇÃO • Isofluorano (CAM 1,4%) • Mais utilizado • Boa segurança CV • Sevofluorano (CAM 2,4%) • Rápida indução e recuperação • Bom para equinos?? • Custo ANESTESIA INALATÓRIA - VENTILAÇÃO • Espontânea • Controlada • Volume 8-15 mL/kg • FR: 6-8 mpm • I:E 1:3 • PEEP: 7 – 17 cm H2O ANESTESIA INALATÓRIA • Procedimentos mais complexos/demorados •Maior depressão cardiorrespiratória • Hipotensão (70 mmHg) • Hipóxia • Utilização de drogas vasoativas! TRATAMENTO DA HIPOTENSÃO • Hipovolemia • Administração de fluídos • Depressão Cardiovascular • Administração de inotrópicos e vasopressores • Efedrina • Dobutamina • Noradrenalina • Fenilefrina ANESTESIA BALANCEADA • Bloqueios Perineurais • Opióides • IC: • Lidocaína • Cetamina • Xilazina RECUPERAÇÃO 20 À 60 MIN • Período Crítico • Lesão do animal • Lesão da Equipe • Reflexo do período trans-anestésico • Sedação essencial (xilazina 0,3-0,5 mg/kg) • menor ataxia • Conforto • Tipo de piso • Acolchoamento RECUPERAÇÃO • Livre • Assistida por cordas • Assistida por suspensão • Piscina • Custo elevado
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