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Caracterização de resíduos sólidos Usinas de reciclagem e compostagem e incineração de resíduos

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17/04/2023, 13:29 Versão para impressão
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Meio Ambiente
Caracterização de resíduos sólidos –
Usinas de reciclagem e compostagem
e incineração de resíduos
Introdução - Parte 1
Devemos sempre pensar em consumir de forma
consciente para gerar cada vez menos resíduos, mas
toda e qualquer ação do homem, por mais simples que
seja, gera impactos e dejetos. O Brasil tem muito
potencial para melhorar seus processos quando o
assunto é manejo de resíduos.
Aqui estudaremos um pouco sobre usinas de
reciclagem, usinas de compostagem e usinas de
incineração dos resíduos, técnicas muito utilizadas para
tirar de circulação, de forma inteligente e correta, os
resíduos que a sociedade produz. Essas usinas são
locais muito importantes dentro do processo de
gerenciamento integrado de resíduos.
Você conhece ou já ouviu falar em usina de
reciclagem? As usinas de reciclagem são locais
escolhidos geralmente pelas prefeituras ou pelas
comunidades de bairro. Nesses locais, trabalham
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algumas pessoas e máquinas simples, como, por
exemplo, esteira rolante, eletroímãs, peneiras etc. que
auxiliam o processo de triagem dos resíduos que ali
chegam.
Esses funcionários que separam a massa principal
de resíduos que chegam nessas usinas contribuem
muito para o meio ambiente, pois organizam o que pode
ser reutilizado, fazendo a separação por tipos e
transformando os resíduos em matéria-prima para
novos produtos.
Além das usinas, também existem os galpões de
reciclagem, onde a comunidade carente mobiliza-se
com cooperativas para trabalhar removendo os resíduos
sólidos que tem potencial reciclável das ruas, gerando
renda com a sua venda, possibilitando a qualidade de
vida de famílias que se sustentam com essas
atividades.
Infelizmente, ainda a maneira como a coleta seletiva
e até mesmo a dos resíduos orgânicos são realizadas
não é insuficiente e o destino final deles, na maioria das
vezes, é inadequado.
A reciclagem tem sido estimulada no país, mesmo
que de forma ainda não suficiente, mas já é um bom
começo frente à quantidade de resíduos que devem ser
geridos de forma eficiente.
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Introdução - Parte 2
As usinas de reciclagem tem como atividade básica
a transformação de materiais recicláveis coletados, tais
como: papéis, alumínio, plástico, vidros entre outros que
se tornarão matéria-prima para a indústria que a utilizará
na fabricação de novos produtos. Posteriormente, esses
produtos serão encaminhados para o consumo da
sociedade novamente, criando, assim, um ciclo e
economia dos recursos naturais advindos da natureza.
Agora, conheceremos um pouco como é o processo
de reciclagem das usinas e suas etapas principais.
Primeiramente, as usinas de reciclagem recebem os
materiais a serem reciclados de empresas de coleta,
prefeituras ou cooperativas de catadores que,
normalmente, buscam ou recebem esses resíduos de
residências e/ou empresas.
A etapa seguinte é a de separação desses materiais
recebidos. Eles são organizados de acordo com o tipo
de resíduo e acondicionados, nesse momento, em
tonéis com especificação. Nessa etapa, muitos materiais
são descartados por não serem recicláveis ou por não
estarem em condições aceitáveis para a reutilização.
Os materiais próprios para a reciclagem devem estar
limpos, sem resíduos orgânicos, como gordura e restos
de alimentos, entre outros problemas. Tudo aquilo que
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não se aproveita da triagem é direcionado aos aterros
sanitários das prefeituras.
Depois, o material é separado e prensado em blocos
e, finalmente, todo o material originado é vendido para
empresas de diferentes setores conforme o tipo de
material ali prensado.
O processo é realizado de forma mais eficaz quando
os resíduos sólidos são coletados e separados de forma
correta e é por isso que a sociedade tem um papel
muitíssimo importante nesse processo. Muitos produtos
são perdidos por estarem sujos, com resíduos
orgânicos, óleo ou até misturados com papéis higiênicos
e outros dejetos.
A conscientização da população e a informação de
como destinar adequadamente seus resíduos nas
lixeiras, daquilo que é e o que não é reciclável, além do
manuseio apropriado do material que será reciclado são
primordiais para que as demais etapas ocorram com
qualidade.
Agora, estudaremos o que é uma usina de
compostagem e como se dá o processo.
As usinas de compostagem cumprem um papel
fundamental na transformação do meio ambiente, pois
modificam toneladas de resíduos orgânicos em matéria
utilizável principalmente na agricultura.
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Esse processo reduz muito a matéria orgânica que
vai para os aterros sanitários ou lixões, além de
estimular a produção de micro-organismos que servem
de alimento para as plantas e também de crescimento
de frutas e vegetais sem a utilização de compostos
químicos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
A compostagem é um processo biológico, anaeróbio
e controlado, no qual a matéria orgânica é convertida
pela ação de micro-organismos já existentes ou
inoculados na massa de resíduos sólidos em composto
orgânico.
Existem fatores muito importantes durante esse
processo de compostagem. São eles: umidade;
aeração; temperatura; pH; nutrientes; micro-organismos
presentes e composto orgânico.
Agora, conheceremos cada fator e como ocorre o
processo de compostagem na prática.
Umidade – O teor de umidade dos resíduos sólidos
situa-se entre 50% e 60%. Se essa umidade for muito
baixa, a atividade biológica fica comprometida e se for
muito alta, a oxigenação é prejudicada e ocorre a
anaerobiose. Surge, consequentemente, um líquido
escuro de odor forte e desagradável, denominado
chorume ou sumeiro.
Aeração – É necessária para a atividade biológica e
possibilita a degradação da matéria orgânica de forma
mais rápida, sem odores ruins. Dá-se de duas formas:
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artificialmente (manuseio mecânico) ou naturalmente
(reviramentos). O ciclo de reviramento situa-se, em
média, duas vezes por semana durante os primeiros 60
dias.
Temperatura – O processo inicia-se com temperatura
ambiente. À medida que a ação dos micro-organismos
intensifica-se, a temperatura aumenta gradativamente.
O valor ideal é de 55ºC, devendo ser evitada a
temperatura acima de 65ºC por causar a eliminação dos
micro-organismos estabilizadores, responsáveis pela
degradação dos resíduos orgânicos. A fase termófila é
importante parar eliminar micróbios patogênicos e
sementes de ervas daninhas que podem estar
presentes no material em decomposição.
PH – No início da compostagem, o pH fica entre 4,5
e 5,5. O composto humidificado apresenta o pH de 7,0 a
8,0, servindo na correção de solos ácidos.
Nutrientes – A relação de composto/nutriente para o
início da compostagem deve ser da ordem de 30/1.
Microorganismos presentes – Inicialmente, são
encontrados na massa de resíduos sólidos todos os
grupos de micro-organismos, tais como: protozoários,
fungos, actinomicetos, vermes, vírus etc. Apenas alguns
grupos tornam-se predominantes no decorrer do
processo que são os fungos, as bactérias e os
actinomicetos.
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Além dessas etapas, existem também aspectos
técnicos para a construção de uma área para a
compostagem convencional que deve ter:
declividade do terreno de 2% a 3%;
regularização do piso;
sistema de drenagem;
impermeabilização da área;
distância mínima de 500m da periferia da cidade;
ventos predominastes da cidade para a usina para não afetar o ar com
odores para a população;
infraestrutura necessária com água e energia elétrica;
terreno a 2m do nível mais alto do lençol freático.
Após todas essas etapas serem concluídas com
eficiência, surge o tão conhecido composto orgânico,
também chamado de adubo, que é um produto
estabilizado, que pode melhorar muito as propriedades
físicas, químicas ebiológicas do solo onde é distribuído.
Usinas de incineração de resíduos sólidos
- Parte 1
As usinas de incineração de resíduos sólidos são
locais que recebem vários nomes, de acordo com o
conhecimento da população sobre essa técnica e
conforme o seu propósito.
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Os nomes mais usados são: usinas de queima de
resíduos, termo-valorizadores e, ultimamente no Brasil,
também se tem adotado o nome usinas verdes, tratando
essa técnica, conforme algumas bibliografias, como uma
solução ambientalmente correta.
Historicamente, quando elas foram desenvolvidas na
década de 60, o contexto ambiental era diferente. Não
havia a consciência e muito menos a definição sobre
economia circular e preservação de recursos naturais,
de modo que nossa sociedade extraía, consumia e
depois depositava os resíduos sólidos na natureza sem
os mínimos cuidados e preocupação.
Os incineradores de resíduos apareceram como uma
maravilhosa solução ambiental na medida em que
faziam o aproveitamento energético dos resíduos, ou
seja, com a queima podia-se gerar energia elétrica com
o processo de uma termelétrica e também se reduzia
significativamente a sujeira das cidades.
A tecnologia para isso já existia e podia ser adaptada
das usinas de carvão e outras termelétricas. Com isso,
utilizavam os resíduos, ao invés do combustível fóssil na
queima.
Atualmente, conseguimos entender muito mais sobre
o meio ambiente, a sustentabilidade e também a
economia que podemos gerar com os resíduos sólidos,
já que incinerar os resíduos significa esbanjar recursos
naturais que podem ser reaproveitados.
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Há também empresas que utilizam a incineração na
forma da lei para queimar materiais contaminados e
patogênicos que provocam problemas de saúde pública.
Usinas de incineração de resíduos sólidos
- Parte 2
O sistema de tratamento de resíduos sólidos à base
de incineração pode ser definido como o conjunto de
procedimentos que alteram as características físicas,
químicas, biológicas e patológicas dos resíduos,
gerando riscos à saúde pública e à qualidade do meio
ambiente.
A tecnologia de incineração possibilita o recebimento
de diversos tipos de resíduos, tais como RSSS,
resíduos químicos farmacêuticos, resíduos industriais e
resíduos derivados de petróleo. Assim, demonstra-se
uma solução viável para o tratamento de resíduos
sólidos especiais.
A incineração é um processo de oxidação a altas
temperaturas, com a queima dos gases entre 1.000ºC a
1.450ºC, no tempo de até quatro segundos, devendo
ocorrer em instalações bem projetadas e corretamente
operadas, onde há a transformação de materiais e a
distribuição dos micro-organismos dos resíduos sólidos.
Visa, essencialmente, à redução do volume para 5%, à
redução do peso para 10% a 15% dos valores iniciais e
também à descontaminação desse material.
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As escorias e as cinzas geradas no processo são
totalmente inertes, devendo receber cuidados especiais
quanto ao acondicionamento, armazenamento,
identificação, transporte e destinação final adequada.
Aterro sanitário, conceitos, técnicas,
classificação e procedimentos
Segundo a NBR 8419/1992, aterro sanitário é:
“Técnica de disposição de Resíduos Sólidos Urbanos
(RSU) no solo, sem causar danos à saúde pública e sua
segurança, minimizando os impactos ambientais. É o
método que utiliza princípios de engenharia para
confinar os RS a menor área possível e reduzi-los ao
menor volume permissível, cobrindo-os com uma
camada de terra na conclusão de cada jornada de
trabalho, ou a intervalos menores se for necessário”.
O objetivo principal dessa técnica é minimizar a
proliferação de micro e macro vetores, diminuindo os
riscos de contaminação direta, além de permitir o
controle efetivo da poluição do ar, da fumaça e de
odores, reduzir os riscos de incêndio, poluição hídrica
de águas superficiais e subterrâneas e ainda da
poluição estética das cidades e grandes centros
urbanos.
Antes de tratarmos das técnicas relacionadas aos
aterros sanitários, estudaremos os procedimentos de
rotina operacional.
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Os procedimentos são simples e devem ser
sistematizados para que sua eficiência seja maximizada,
cumprindo o seu propósito. Tais procedimentos devem
ser registrados em relatórios diários, alimentados por
formulários e planilhas apropriados, pois essas
informações propiciam a avaliação periódica do
empreendimento, assim como o desenvolvimento de
estudos e pesquisas referentes ao desempenho de suas
instalações.
A primeira rotina é o recebimento dos resíduos.
Consiste na operação de inspeção preliminar, durante a
qual os veículos coletores, previamente cadastrados e
identificados, são vistoriados e pesados por fiscais
treinados e instruídos para o desempenho dessa
atividade.
A segunda etapa é a pesagem em balança
rodoviária dos veículos coletores para o controle dos
volumes diários e mensais dispostos no local. Após, o
fiscal indicará o local apropriado para o motorista
descarregar os resíduos sólidos transportados.
Agora, vamos pensar um pouco em quais são os
resíduos que podem ser recebidos nos aterros
sanitários. Há uma especificação dos tipos de resíduos
que os aterros podem receber: os não-inertes (NBR
10.004/1987 da ABNT). Os resíduos sólidos de classe I,
classificados como perigosos, jamais poderão ser
destinados em aterros sanitários. Podemos citar ainda
os resíduos sólidos urbanos de origem domiciliar e
comercial; resíduos dos serviços de capina, varrição,
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poda e raspagem; resíduos de gradeamento,
desarenação e lodos desidratados das ETEs (Estações
de Tratamento de Esgoto); resíduos desidratados de
veículos limpa-fossas; resíduos desidratados de ETAs
(Estações de Tratamento de Água) e resíduos sólidos
provenientes de indústrias, comércios ou outras origens
(classe II) com comprovação por laudo técnico de
análises laboratoriais, conforme normas específicas da
ABNT.
A infraestrutura dos aterros sanitários não é
complexa, mas eles são engenharias eficientes que
contêm elementos importantes, como:
Camada de impermeabilização – A base deve ter
uma camada que garanta a segurança do solo,
impedindo a contaminação do subsolo, do lençol freático
e do meio natural com infiltrações de percolados e/ou
substâncias tóxicas. Essa camada impermeabilizante é
composta de solo argiloso de baixa permeabilidade ou
geomembrana sintética com espessuras adequadas.
Drenagem interna – O bom funcionamento do
sistema de drenagem interna de percolados e de gases
é fundamental para a estabilidade do aterro sanitário. A
drenagem de percolados deve estar inserida entre os
resíduos, podendo ser interligada ao sistema de
drenagem de gases.
As redes e as caixas de passagens que conduzem
os percolados ao sistema de tratamento devem estar
desobstruídas e devem ser criteriosamente
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monitoradas. Além disso, os gases devem ser
queimados imediatamente após o início de sua
produção, evitando, assim, a sua dispersão no próprio
aterro e na atmosfera e danos à saúde dos funcionários
e da população.
Disposição de resíduos
O local onde os resíduos serão dispostos deve ser
delimitado por uma equipe técnica de topografia. Além
disso, deve ser organizada uma rotina. Ao iniciar cada
dia de trabalho, uma demarcação será feita com estacas
para facilitar a visualização do tratorista. Essa
demarcação diária permite uma manipulação dos
resíduos de forma eficiente, tornando o processo
prático.
Para descarregar os resíduos, o caminhão deverá
depositar em “pilhas” imediatamente na demarcada,
conforme definido pelo fiscal. O desmonte dessas pilhas
de resíduos é feito com o auxílio da lâmina do trator de
esteira, espalhando e compactando ao mesmo tempo.
A última etapa é chamada de recobrimento dos
resíduos. No final da jornada de trabalho diária, osresíduos compactados recebem uma camada de terra,
espalhada em movimentos de baixo para cima. No dia
seguinte, antes do início da disposição de novos
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resíduos, faz-se uma raspagem da camada de solo,
para dar continuidade à formação do maciço de
resíduos. Esse solo raspado deve ser armazenado para
aproveitamento nas camadas operacionais posteriores.
As coberturas diárias são feitas com uma camada de
terra ou material inerte com espessura de 15 a 20 cm,
impedindo o arraste de materiais pela ação do vento e
evitando a disseminação de odores desagradáveis,
além da proliferação de vetores, como moscas, ratos e
baratas.
Esgotada a capacidade da plataforma do aterro,
procede-se à sua cobertura final. Essa cobertura é feita
com uma camada de argila compactada com cerca de
60 cm de espessura sobre as superfícies que ficarão
expostas permanentemente. Posteriormente, será
realizado o plantio de gramíneas nos taludes definitivos
e platôs, de forma a protegê-los contra a erosão.
Não podemos esquecer também a drenagem da
água das chuvas nesse sistema, já que a ineficiência
desse processo pode provocar maior infiltração no
maciço do aterro, aumentando o volume de chorume
gerado e contribuindo para sua instabilidade.
O chorume (percolado) deve ser caracterizado e
tratado obrigatoriamente. O projeto de aterro sanitário
deve, necessariamente, contemplar a instalação de rede
de drenagem para o percolado e também para os gases
gerados nas células. Esse percolado coletado deve ser
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tratado para que possa ser lançado em corpo receptor, e
os gases devem ser queimados ou aproveitados como
fonte de energia para minimizar a contaminação
atmosférica.
Os efluentes gerados no aterro sanitário podem,
também, ser encaminhados para uma Estação de
Tratamento de Esgotos (ETE) devidamente licenciada.
Dessa forma, o percolado será destinado para um
tanque de armazenamento. Por último, será bombeado
para caminhões-tanque com sistema de sucção e, em
seguida, transportado para a ETE.
Tratamento primário, secundário e
terciário
Essas três etapas que estudaremos tratam de
processos de tratamento de efluentes em ETEs
(Estação de Tratamento de Efluentes).
Uma ETE funciona basicamente com as seguintes
etapas: pré-tratamento (gradeamento e desarenação),
tratamento primário (floculação e sedimentação),
tratamento secundário (processos biológicos de
oxidação) e tratamento terciário (polimento da água).
A seguir, estudaremos de forma simples e resumida
cada etapa do tratamento. Vamos lá!
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Tratamento preliminar
É um processo físico, em que são removidos todos
os materiais em suspensão, com a utilização de grelhas
e de crivos grossos, chamado de gradeamento. Há
também a separação da água residual das areias a
partir da utilização de canais de areia, conhecido como
desarenação.
Tratamento primário
É um processo físico-químico que objetiva equalizar
e neutralizar a carga do efluente a partir de um tanque
de equalização e adição de produtos químicos. Na
sequência, ocorre a separação de partículas líquidas ou
sólidas por meio de processos de floculação e
sedimentação com o uso de floculadores e decantador,
que é um sedimentador primário.
Floculação – São adicionados produtos químicos
que promovem a aglutinação e o agrupamento das
partículas a serem removidas, tornando o peso
específico delas maior que o da água, facilitando a
decantação.
Decantação primária – Etapa de separação do
sólido (lodo) e do líquido (efluente bruto) por meio da
sedimentação das partículas sólidas.
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Peneira rotativa – Etapa com finalidade de separar
sólidos com granulometria superior à dimensão dos
furos da tela. Esses sólidos são retidos em uma tela,
removidos continuamente e recolhidos em caçambas.
Tratamento secundário
Etapa em que há remoção da matéria orgânica por
meio de reações bioquímicas. Os processos podem ser
de duas formas: aeróbios ou anaeróbios. Nos processos
aeróbios, o oxigênio é obtido por agitação mecânica ou
por insuflação, simulando o processo natural de
decomposição, atingindo as partículas finas em
suspensão. Os processos anaeróbios, com ausência de
ar e de oxigênio, consistem na estabilização de resíduos
feita pela ação de micro-organismos e é conhecido
como tratamento de fermentação mecânica.
Tanque de aeração
Nesse tanque, a remoção da matéria orgânica é feita
por reações bioquímicas, realizadas por micro-
organismos aeróbios (bactérias, protozoários, fungos
etc.). Ocorre o contato entre os organismos e o material
orgânico contido nos efluentes e, dessa forma, os micro-
organismos alimentam-se. Esses micro-organismos
convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e
material celular.
Decantação secundária e retorno do lodo
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Ocorre aqui a clarificação do efluente e o retorno do
lodo. Os decantadores secundários são os responsáveis
pela separação dos sólidos em suspensão do tanque de
aeração, permitindo a saída de um efluente límpido
(clarificado). Além disso, pela sedimentação dos sólidos
em suspensão no fundo do decantador, permite-se o
retorno do lodo em concentração mais elevada.
O efluente do tanque de aeração é submetido à
sedimentação (decantação): o lodo ativado é separado
e volta, assim, ao tanque de aeração. O retorno do lodo
é necessário para suprir o tanque de aeração com
microrganismos. Essa ação ocorre em virtude de
manutenção da decomposição com maior eficiência do
material orgânico.
O efluente líquido oriundo do decantador secundário
pode ser descartado diretamente para o corpo receptor.
Também pode ser oferecido ao mercado para usos
menos nobres, como, por exemplo, na lavagem de ruas
e rega de jardins.
Os sólidos suspensos e o lodo produzido devem ser
descartados do sistema para que haja equilíbrio. O lodo
excedente extraído do sistema é dirigido para a seção
de tratamento de lodo.
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Tratamento terciário
Esse tratamento pode ser empregado com o objetivo
de conseguir remoções adicionais de poluentes em
águas residuárias antes de descartar no corpo receptor
e/ ou para recirculação em sistema fechado, operação
denominada de “polimento”.
Em virtude das necessidades de cada indústria, os
processos de tratamento terciário são muito
diversificados. Podem-se citar algumas etapas, como:
filtração, cloração ou ozonização para a remoção de
bactérias, absorção por carvão ativado e outros
processos de absorção química para a remoção de cor,
redução de espuma e de sólidos inorgânicos, tais como:
eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.
Tratamentos biológicos, químicos e físicos
Neste momento, estudaremos os processos e as
tecnologias para tratamento de esgoto, também
denominados efluentes líquidos ou águas residuais.
Esse efluentes líquidos são águas com alterações
indesejáveis em suas características e, por essa razão,
são classificados em três grupos distintos dentro do
processo de tratamento: tratamento físico, químico e
biológico.
Para que ocorram esses processos de forma
adequada, devemos considerar questões importantes,
como: as características dos efluentes que serão
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tratados; as exigências legais; a área disponível e os
custos envolvidos.
Para a definição das tecnologias que farão parte
desse tratamento de resíduos, a classificação das
características físicas e químicas desse efluente devem
ser observadas e consideradas, tais como: sólidos
totais; temperatura; cor; odor; turbidez; DQO (Demanda
Química de Oxigênio); DBO (Demanda Bioquímica de
Oxigênio); pH e OD (Oxigênio Dissolvido).
Agora, vamos conhecer mais a fundo cada um dos
três processos e suas etapas principais.
Processos físicos:
São processos que abrangem a remoção de sólidos
flutuantes com dimensões relativamente grandes,além
de sólidos em suspensão, de areias, de óleos e de
gorduras. São considerados métodos físicos:
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Caixas de areia – São reservatórios que se designam à retenção de
areias e outros detritos pesados inertes e em suspensão nos efluentes.
Seu principal objetivo é a proteção das bombas e tubulações contra a
abrasão e o entupimento.
Decantadores – Separam os sólidos sedimentáveis contidos nos
efluentes. Os decantadores mais simples são conhecidos como lagoas
de decantação, em que o lodo acumulado no fundo pode ou não ser
removido.
Grades – São proteções destinadas a remover sólidos grosseiros.
Peneiras simples ou rotativas – Dispositivos que retém as partículas
mais finas, evitando entupimento.
Tanques de remoção de óleo e graxas – Nos efluentes, há óleos e
gorduras livres que formam uma espécie de espuma que prejudica
seriamente o tratamento biológico. Esses dispositivos reduzem a
velocidade da água e a escuma pode ser removida.
Processos químicos
Processo que serve para remover os materiais
coloidais, como a cor e a turbidez, os odores, os ácidos,
os metais pesados e os óleos. Utilizam-se reagentes
químicos para neutralizar ácidos ou álcalis. Essa
neutralização dos efluentes é necessária para adequar o
efluente que será lançado à legislação ou como medida
de proteção dos sistemas de tratamento que virão
posteriores. De forma geral, os principais reagentes
químicos utilizados para neutralização são: ácido
sulfúrico, ácido clorídrico e dióxido de carbono para
efluentes alcalinos e para efluente ácido, lama de cal,
calcário, carbonato de sódio e soda cáustica.
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Processos biológicos
Processos que dependem de micro-organismos para
reduzir a carga orgânica dos efluentes. Nesse processo,
os micro-organismos transformam a matéria orgânica
existente em sólidos em suspensão e sólidos
dissolvidos, misturando-os em compostos simples,
como água, gás carbônico e sais minerais.
Os processos biológicos classificam-se em função
da fonte de oxigênio que os micro-organismos precisam
(aeróbios e anaeróbios).
Processos biológicos aeróbios (com
oxigênio)
Lodos ativados – O esgoto é estabilizado biologicamente em um
tanque de aeração, onde o oxigênio será fornecido por meio de
equipamentos de aeração mecânica ou ar difuso. A massa biológica
resultante é separada do líquido em um decantador. Uma parte dos
sólidos biológicos sedimentados recircula no processo e a massa que
sobra é descartada de forma a não causar impacto ao meio ambiente.
Filtro biológico – O despejo líquido é borrifado sobre pedras e escoado
com um leito filtrante. Esse filtro biológico é formado por um leito
filtrante permeável onde os micro-organismos são presos. Esse meio
filtrante usualmente é constituído por pedras ou plásticos e a
profundidade média dos filtros de pedra é de 2 metros e os de plástico
de 9 a 12m.
Lagoas aeradas – Nessas lagoas, é utilizada aeração mecanizada para
fornecer oxigênio às bactérias. Nas lagoas fotossintéticas aeróbias, o
oxigênio é fornecido pela aeração natural e pela ação fotossintética das
algas.
17/04/2023, 13:29 Versão para impressão
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Processos biológicos anaeróbios (sem
oxigênio)
Ocorre a decomposição da matéria orgânica e/ou
inorgânica sem oxigênio molecular. Sua aplicação
ocorre com a digestão de certos despejos industriais de
alta carga e lodos de esgotos concentrados.
Os micro-organismos responsáveis pela
decomposição dessa matéria orgânica são divididos em
dois grupos: os que hidrolizam e fermentam os
compostos orgânicos complexos para ácidos orgânicos
simples e os que convertem os ácidos orgânicos
simples em gás metano e gás carbônico.

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