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CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 7: Obrigações das empresas e demais contribuintes. 1 – Analise as assertivas contidas em cada um dos itens a seguir e escolha a opção correta: I – A pessoa física que exerce atividade remunerada de prestação de serviços, por conta própria, caracteriza-se como segurado obrigatório do RGPS, está obrigada a inscrever-se na previdência social e a recolher as contribuições devidas em decorrência da remuneração auferida de pessoas físicas. II – A pessoa física que exercer atividade remunerada está obrigada a filiar-se à Previdência Social no prazo de 30 dias a partir do início das referidas atividades. III – Os segurados vinculados a Regimes Próprios de Previdência Social, em relação à remuneração recebida dos respectivos Entes Federativos (U, E, DF ou M), não deverão ser declarados em GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social). a) Apenas os itens II e III são verdadeiros. b) Apenas o item II é falso. c) Apenas os itens I e III são falsos. d) Todos os itens são falsos. e) Todos os itens são verdadeiros. Gabarito Comentado: O item I é verdadeiro. A pessoa física que exerce atividade remunerada por conta própria configura-se como segurado contribuinte individual do RGPS. Se o tomador dos serviços prestados forem apenas pessoas físicas, compete ao próprio CI inscrever-se perante a Previdência Social e a recolher a contribuição decorrente da remuneração total auferida no mês. O item II é falso. A assertiva tenta confundir o conceito de filiação com o de inscrição. De acordo com o disposto no art.20, §1º, do RPS, a filiação ao RGPS, no caso dos segurados obrigatórios, decorre automaticamente do ex- ercício de atividade remunerada, não estando, portanto, condicionada a prazo conforme mencionado. Já a inscrição, com base no art. 18 do RPS, é o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante comprovação dos seus da- dos pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização. O item III é verdadeiro. Os servidores efetivos, vinculados aos regimes próprios de previdência social (RPPS) não são segurados do RGPS. Portanto, em relação à remuneração auferida dos entes federativos, nessa qualidade, não deverão ser informados em GFIP, pois nesta devem ser declarados apenas os segurados do RGPS. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 2 2 - (Técnico da Receita Federal, 2006 - adaptada) Segundo a consolidação administrativa das normas gerais de tributação e de arrecadação das contribuições previdenciárias, devem contribuir obrigatoriamente na qualidade de “segurado-empregado”: ( ) o diretor empregado que seja promovido para cargo de direção de sociedade anônima, mantendo as características inerentes à relação de trabalho? ( ) o trabalhador contratado em tempo certo, por empresa de trabalho temporário? ( ) aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos? a) Sim, sim, sim b) Sim, não, não c) Sim, não, sim d) Sim, sim, não e) Não, não, não Gabarito Comentado: A primeira assertiva está correta, pois o diretor empregado que seja promovido para cargo de direção de sociedade anônima, mantendo as características inerentes à relação de trabalho, deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado-empregado, conforme art. 12, I, lei 8212/91 e art. 9º dec. 3048/99. A segunda pergunta é positiva, pois deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de “segurado-empregado” o trabalhador contratado em tempo certo, por empresa de trabalho temporário, segundo legislação supracitada. A terceira afirmativa conceitua o segurado-obrigatório na qualidade de empregado doméstico, segundo o art. 12, II, lei 8212/91 e 9º, II, dec. 3048/99, portanto não deve contribuir na qualidade de segurado-empregado. Logo, a letra “d” está correta. 3 - Em relação aos princípios constitucionais que regem a seguridade social brasileira, cada uma das opções abaixo apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. (Procurador TCM/GO CESPE-2007) CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 3 Assinale a opção cuja assertiva esteja correta: a) A empresa Construtora Solar Ltda. não recolheu as contribuições previdenciárias relativas à parte patronal nem as que foram arrecadadas dos segurados empregados nos últimos doze meses. Nessa situação, com fundamento nos princípios da igualdade e da livre iniciativa, a empresa poderá participar de licitação e ser contratada pela administração pública. b) O orfanato São José é entidade beneficente de assistência social. Nessa situação a entidade tem direito à isenção em relação às contribuições para a seguridade social mesmo que não tenha o certificado de utilidade pública federal e estadual ou municipal. c) Sandra é dona de casa e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa. Nessa situação, tem-se um exemplo da aplicação do princípio da universalidade, que deve ser compreendido sob dois aspectos: todos os residentes e domiciliados no território nacional deverão ser atendidos e todos os riscos deverão ser acobertados pela seguridade social. d) João foi servidor público em um pequeno município com regime próprio de previdência durante 6 anos. Apesar da segurança que o cargo lhe proporcionava, João pediu exoneração e abriu um pequeno negócio por conta própria, passando a contribuir para o RGPS na qualidade de segurado contribuinte individual. Nessa situação, o tempo de contribuição para o regime próprio somente será computado após 36 meses de contribuição no RGPS. Gabarito Comentado: A situação descrita na letra “A” denota total afronta ao art. 195, § 3º da Constituição Federal que leciona que a pessoa jurídica com débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. A situação descrita na letra “B” também destoa do mandamento constitucional posto no § 7º do art. 95 da Constituição Federal que leciona que são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, e pelo art. 55 da Lei 8212/91, o reconhecimento como utilidade pública federal mais o estadual ou municipal é fundamental. A letra “C” está correta, sendo o gabarito, visto que o princípio da universalidade de cobertura e do atendimento, previsto no art. 149, parágrafo único da CF, prega que todos devem estar cobertos pela proteção social. Mesmo aqueles que não possuem filiação obrigatória, por não exercerem atividade remunerada, têm a chance de estarem cobertos como segurados facultativos. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 4 A situação da letra “D” também não se coaduna com a Constituição Federal uma vez que condiciona a contagem recíproca dos regimes a prazo de 36 meses. O § 9º do art. 195 da Constituição Federal determina que para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, na hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarem financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. 4 – Nos termos da legislação previdenciária, assinale qual dos requisitos abaixo não é exigido da empresa para fins de isenção de contribuições (ESAF 2002). a) Ser reconhecida como de utilidade pública federal. b) Ser reconhecidacomo de utilidade pública pelo respectivo Estado, Distrito Federal ou Município onde se encontre a sua sede. c) Ser portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social. d) Não perceber seus diretores vantagens ou benefícios, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes são atribuídas pelo respectivo estatuto social. e) Estar em situação irregular em relação às contribuições sociais. Gabarito Comentado: A questão da isenção das contribuições sociais á bem problemática, começando o assunto no artigo 195, parágrafo 7º da constituição. De acordo com este dispositivo constitucional, são isentas de contribuição social as entidades beneficentes de assistência social que atendam aos requisitos previstos em lei. Como sabemos, na verdade, tem-se aí uma imunidade e não uma isenção. Mas para provas de previdenciário, podemos admitir tanto isenção como a imunidade, pois a legislação previdenciária chama essa renúncia de isenção todo o tempo. A questão mais problemática diz respeito ao tipo de “lei” necessário para a previsão de requisitos a serem atendidos. Resumindo a questão, o STF decidiu a matéria da seguinte forma: Nenhuma lei pode restringir uma imunidade, já que esta tem dignidade constitucional, sendo excluída da competência dos Entes Federativos. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 5 Todavia, quando a própria lei prevê a necessidade de lei para a fixação de requisitos de constituição e funcionamento da entidade, tais requisitos somente poderiam ser previstos em lei complementar, em razão do disposto no artigo 146, inciso II da Constituição (requisitos que, hoje, constam do art. 14 do CTN). Por outro lado, entende ainda o STF que nada impede que a lei ordinária explique melhor o que já consta da LC, detalhando a matéria. Por exemplo, o CTN prevê a necessidade de aplicação do resultado no fim institucional da entidade, mas só a Lei 8212/91 é que diz como provar isso (relatório anual). Não poderia, todavia, a lei ordinária inovar algum item. Por isso que o STF somente suspendeu a eficácia do inciso III do artigo 55 da Lei 8212/91. Os demais requisitos continuam plenamente válidos, pois, apesar de serem previstos em lei ordinária, são requisitos meramente formais. É sobre estes requisitos, previstos na Lei 8212/91, que trata esta questão. A letra “a” e a letra “b” são corretas, pois a entidade beneficente deve ser reconhecida como de utilidade pública federal e mais um: estadual ou municipal. Obviamente, o reconhecimento estadual ou municipal deve ser da localidade da entidade. Por exemplo, de nada adianta uma entidade sediada no Rio de Janeiro ser reconhecida como beneficente em São Paulo. A letra “c” também é correta, pois a entidade beneficente deve ser portadora do certificado exposto, que é fornecido pelo Conselho Nacional de Assistência Social, e deve ser renovado de três em três anos, sob pena de cancelamento da isenção. Da mesma forma está correta a letra “d”, já que os dirigentes da entidade beneficente não podem receber nenhum tipo de remuneração, nem mesmo remuneração indireta, como, por exemplo, passagens pagas pela entidade, carros à disposição e coisas do tipo. Da mesma forma, a entidade deve aplicar o seu eventual resultado no seu fim institucional, não podendo distribuir nenhuma parcela do seu patrimônio qualquer título. Para comprovação deste item, a entidade deve confeccionar o relatório anual, encaminhando-o à Receita Federal do Brasil, expondo todas as receitas e despesas, prevendo como tais foram aplicadas ao longo do ano. Tanto este relatório como o certificado de entidade beneficente devem ser apresentados nos prazos legais, sob pena de perda da isenção. A letra “e” está evidentemente incorreta, sendo então gabarito. A concessão da isenção, prevista na Constituição, somente poderá ser feita à entidade que se encontra em situação regular em relação às contribuições sociais, e não em situação irregular, como previsto. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 6 5 – Dentre as opções a seguir, assinale aquela que contenha empresa ou equiparado que, caso contrate contribuinte individual a seu serviço, está obrigada a descontar-lhe a contribuição de 11% da remuneração a ele paga ou creditada, respeitados os limites mínimo e máximo do salário-de- contribuição, vigentes na respectiva competência: a) a associação beneficente de assistência social isenta, na forma da lei; b) a repartição consular de carreira estrangeira; c) o órgão da administração pública federal, estadual ou municipal; d) o contribuinte individual; e) o produtor rural pessoa física; Gabarito Comentado: O gabarito da questão é a letra “c”. O fundamento legal se encontra no Art. 4º, §3º, da Lei 10.666 de 2003, que estabeleceu, a partir de 01/04/2003 que as empresas, inclusive os órgão da administração pública, ao contratarem contribuintes individuais ficam obrigados a descontar-lhes a contribuição de 11% devida por eles, incidente sobre o respectivo salário-de-contribuição. O mencionado dispositivo legal define que a repartição consular de carreira estrangeira, o produtor rural pessoa física e o contribuinte individual, que contratem contribuinte individual a seu serviço, estão dispensados de promover o desconto da contribuição devida pelo segurado CI contratado, ainda que permaneçam obrigados ao recolhimento da contribuição de 20% devida na qualidade de equiparado a empresa. A resposta “a” é incorreta porque quando uma entidade beneficente de assistência social isenta contrata contribuinte individual, fica ela obrigada a descontar a contribuição devida pelo CI no valor de 20% do salário-de- contribuição e não de 11%, como foi apontado no enunciado. 6 – Leia atentamente os itens a seguir e indique V (se for verdadeiro) ou F (se for falso) e assinale a opção que esteja correta: I – Considera-se cooperativa de produção aquela em que os associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 7 II – O segurado especial que contratar mão-de-obra remunerada, em época de safra, respeitada a razão máxima de 120 pessoas/dia dentro do ano-civil, está obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição previdenciária devida pelos segurados contratados. III - A pessoa física que vier a contratar um segurado a seu serviço estará caracterizada como equiparada a empresa, na forma da legislação previdenciária vigente. IV – O segurado especial que contratar mão-de-obra remunerada, em época de safra, ainda que respeite a razão máxima de 120 pessoas/dia dentro do ano- civil, estará caracterizado como equiparado a empresa, na forma da legislação previdenciária vigente. a) Os itens I, III e IV são falsos. b) Somente os itens I e II são verdadeiros. c) Os itens II e IV são verdadeiros. d) Os itens I, II e III são falsos. e) Somente o item III é falso. Gabarito Comentado: O item I é verdadeiro, pois apresenta o conceito de “cooperativa de produção” estabelecido no art. 1º, §3º, da Lei 10.666/03. O item II também é verdadeiro porque se fundamenta no disposto pelo art. 200, §10º, do RPS. Como já explicamos em aulas anteriores, por meio da Lei 11.718/2008 o Poder Legislativo modificou significativamente as características do segurado especial, admitindo, dentre outras situações, que o segurado especial possa contratar mão-de-obra remunerada, respeitada a razão máxima de 120 pessoas/dia dentro do ano-civil, mantendo sua condiçãode especial. A interpretação da razão máxima de 120 pessoas/dia deve ser a seguinte: o segurado especial pode, dentro do ano civil, contratar 120 pessoas durante apenas 1 dia, ou contratar 60 pessoas durante 2 dias, ou 40 pessoas por somente 3 dias e assim sucessivamente. O item III é falso, pois para que uma pessoa física seja equiparada a empresa é necessário que ela se configure, preliminarmente, como segurado contribuinte individual. O legislador, ao definir quem são os equiparados a empresa, no art. 15, parágrafo único, da Lei 8212/91, mencionou “o contribuinte individual que contrate outro segurado a seu serviço”. Portanto, não se equipara a empresa qualquer pessoa física que contrate segurado, conforme mencionado no item III. O item IV é falso, pois embora haja a possibilidade de o segurado especial contratar mão-de-obra de segurados, em época de safra, limitada à razão de CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 8 120 pessoas/dia dentro do ano civil, o legislador não definiu que tal fato caracteriza o segurado especial como equiparado a empresa. 7 - Sobre a obrigação de entregar a GFIP, mensalmente, imposta às empresas e aos equiparados pelo art. 32, inciso IV, da Lei 8212/91, assinale a alternativa correta. a) A GFIP é documento adequado para a empresa realizar o recolhimento de suas contribuições. b) Os valores das contribuições incluídos na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, não recolhidos ou não parcelados, serão inscritos na Dívida Ativa, dispensando-se o processo administrativo de natureza contenciosa. c) A GFIP não tem caráter declaratório, ou seja, a empresa não assume como devidas as contribuições declaradas neste documento, no caso de não recolhimento. d) A certidão negativa de débito (CND) só será concedida caso a empresa tenha efetuado a entrega de todas as GFIPs devidas, salvo se comprovar o recolhimento das contribuições sociais. e) Somente o Instituto Nacional do Seguro Social poderá estabelecer normas para disciplinar a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. Gabarito Comentado: A letra “a” é incorreta, pois a GFIP é o documento relativo ao cumprimento de obrigação acessória previdenciária, já que nesta guia somente são prestadas informações à previdência social. A GFIP serve de recolhimento, tão-somente, para o FGTS. O recolhimento das contribuições previdenciárias, assim como às devidas aos Terceiros, deve ser realizado por meio de GPS (Guia da Previdência Social). A letra “b” é a correta, sendo então o gabarito. Os valores declarados na GFIP podem ser inscritos diretamente em dívida ativa, pois não há sentido em abrir prazos para defesas e recursos em relação a valores que já foram efetivamente confessados pelas empresas. Se o valor foi confessado, só resta à empresa pagar. Do contrário, irá diretamente para a dívida ativa e se submeterá a execução fiscal. A letra “c” é incorreta, pois a GFIP tem sim caráter meramente declaratório para fins previdenciários, já que as empresas assumem como devidas as CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 9 contribuições declaradas. Inclusive, este tem sido o entendimento reiterado do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A letra “d” é também incorreta, pois a certidão negativa de débitos somente será concedida quando a empresa, além de pagar todas as contribuições sociais devidas, também tenha elaborado e entregue todas as GFIP de modo adequado. Este documento é de tamanha importância para a previdência social que, mesmo na hipótese de a empresa recolher corretamente todo o valor devido, caso não entregue as GFIPs não irá conseguir a certidão negativa (art. 32, § 10, Lei 8212/91). A letra “e” é também incorreta, já aqui a GFIP não é somente de interesse do INSS, mas também da Receita Federal do Brasil, assim como do Ministério do Trabalho por meio da Caixa Econômica Federal, cabendo, em verdade, a estes dois últimos a fixação de regras para o preenchimento e entrega da GFIP. 8 – Nos termos estabelecidos pela legislação previdenciária, assinale qual dos requisitos abaixo não é exigido da empresa para fins de isenção de contribuições (ESAF 2002). a) Ser reconhecida como de utilidade pública federal. b) Ser reconhecida como de utilidade pública pelo respectivo Estado, Distrito Federal ou Município onde se encontre a sua sede. c) Ser portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social. d) Não perceber seus diretores vantagens ou benefícios, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes são atribuídas pelo respectivo estatuto social. e) Estar em situação irregular em relação às contribuições sociais. Gabarito Comentado: A questão da isenção das contribuições sociais á bem problemática, começando o assunto no artigo 195, parágrafo 7º da constituição. De acordo com este dispositivo constitucional, são isentas de contribuição social as entidades beneficentes de assistência social que atendam aos requisitos previstos em lei. Como sabemos, na verdade, tem-se aí uma imunidade e não uma isenção. Mas para provas de previdenciário, podemos admitir tanto isenção como a CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 10 imunidade, pois a legislação previdenciária chama essa renúncia de isenção todo o tempo. A questão mais problemática diz respeito ao tipo de “lei” necessário para a previsão de requisitos a serem atendidos. Resumindo a questão, o STF decidiu a matéria da seguinte forma: Nenhuma lei pode restringir uma imunidade, já que esta tem dignidade constitucional, sendo excluída da competência dos Entes Federativos. Todavia, quando a própria lei prevê a necessidade de lei para a fixação de requisitos de constituição e funcionamento da entidade, tais requisitos somente poderiam ser previstos em lei complementar, em razão do disposto no artigo 146, inciso II da Constituição (requisitos que, hoje, constam do art. 14 do CTN). Por outro lado, entende ainda o STF que nada impede que a lei ordinária explique melhor o que já consta da LC, detalhando a matéria. Por exemplo, o CTN prevê a necessidade de aplicação do resultado no fim institucional da entidade, mas só a Lei 8212/91 é que diz como provar isso (relatório anual). Não poderia, todavia, a lei ordinária inovar algum item. Por isso que o STF somente suspendeu a eficácia do inciso III do artigo 55 da Lei 8212/91. Os demais requisitos continuam plenamente válidos, pois, apesar de serem previstos em lei ordinária, são requisitos meramente formais. É sobre estes requisitos, previstos na Lei 8212/91, que trata esta questão. A letra “a” assim como a letra “b” são corretas, pois a entidade beneficente deve ser reconhecida como de utilidade pública federal e mais um: estadual ou municipal. Obviamente, o reconhecimento estadual ou municipal deve ser da localidade da entidade. Por exemplo, de nada adianta uma entidade sediada no Rio de Janeiro ser reconhecida como beneficente em São Paulo. A letra “c” também é correta, pois a entidade beneficente deve ser portadora do certificado exposto, que é fornecido pelo Conselho Nacional de Assistência Social, e deve ser renovado de três em três anos, sob pena de cancelamento da isenção. Da mesma forma está correta a letra “d”, já que os dirigentes da entidade beneficente não podem receber nenhum tipo de remuneração, nem mesmo remuneração indireta, como, por exemplo, passagens pagas pela entidade, carros à disposição e coisas do tipo. Da mesma forma, a entidade deve aplicar o seueventual resultado no seu fim institucional, não podendo distribuir nenhuma parcela do seu patrimônio qualquer título. Para comprovação deste item, a entidade deve confeccionar o relatório anual, encaminhando-o à Receita Federal do Brasil, expondo todas as receitas e despesas, prevendo como tais foram aplicadas ao longo do ano. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 11 Tanto este relatório como certificado de entidade beneficente devem ser apresentados nos prazos legais, sob pena de perda da isenção. A letra “e” está evidentemente incorreta, sendo então gabarito. A concessão da isenção, prevista na Constituição, somente poderá ser feita à entidade que se encontra em situação regular em relação às contribuições sociais, e não em situação irregular, como previsto. 9 - Assinale a alternativa correta: a) Não cabe defesa de auto-de-infração lavrado em razão de fraude contra a previdência social. b) Os lançamentos no livro Diário devem ser realizados mesmo pelas empresas de pequeno porte. c) O contribuinte individual, ao pagar sua contribuição em atraso, dentro do mês de vencimento, pagará a título de multa, 0,33% ao dia. d) A multa no atraso de recolhimento de contribuições é excluída quando o segurado apresenta denúncia espontânea. e) O taxa de juros incidentes sobre a contribuição em atraso é sempre da taxa SELIC. Gabarito Comentado: A letra “a” é claramente incorreta, pois a defesa do sujeito passivo é possível em qualquer hipótese, mesmo na situação de fraude. Na verdade, mesmo nas hipóteses de aferição indireta, o direito de defesa do sujeito passivo permanece, e por isso que os critérios de aferição são preestabelecidos e mostrados ao sujeito passivo. A letra “b” é também incorreta, pois as microempresas e empresas de pequeno porte, assim como as empresas optantes pelo lucro presumido, são dispensadas da apresentação do livro Diário, desde que possuam o livro caixa e o registro de inventário. A letra “c” é a correta, sendo, portanto, gabarito. Como vimos, essa é a nova regra geral de multa de mora, conforme estipulado pela Lei 11.941/09. A letra “d” é incorreta, pois como vimos na questão anterior, a multa de mora não é excluída na hipótese de recolhimento espontâneo. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 12 A letra “e” também está incorreta, pois no mês de pagamento da obrigação, a taxa cobrada é sempre de 1%, ou nem existe, se o recolhimento é feito dentro do mês de vencimento. Por exemplo: imaginem a contribuição da competência 07/2009. Qual é o prazo de recolhimento? Dia 20 de agosto. Vamos imaginar, em primeiro lugar, que a citada empresa somente fez o recolhimento da competência julho em 25 de agosto: não há cobrança de juros, mas somente a multa de mora de 0,33% ao dia. Os juros só começam a incidir no mês seguinte. Se pagasse, voluntariamente, no dia 10 de dezembro, pagaria 20% de multa de mora, mais a SELIC acumulada de setembro a novembro mais 1% referente a dezembro. 10 - Sobre a GFIP, assinale a alternativa incorreta: a) A GFIP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. b) A GFIP deve ser apresentada ainda que não ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária. c) A ausência de GFIP impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional. d) Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações, incluindo a GFIP, devem ficar arquivados na empresa até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram. e) Os valores declarados em GFIP devem ser incluídos em auto-de-infração para a respectiva constituição do crédito tributário. Gabarito Comentado: A opção incorreta da questão é a letra “e”, sendo o gabarito. Os valores declarados em GFIP já podem, diretamente, serem incluídos em dívida ativa para execução fiscal. Por isso a letra “a” é correta. A letra “b” também é correta, cabendo a apresentação de GFIP “sem movimento” quando não haja informações a serem prestadas, ou seja, ocorra a completa ausência de fatos geradores de contribuições devidas. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 13 A letra “c” é correta, pois a GFIP impede a emissão da CND, ainda que a empresa tenha realizado o recolhimento do valor total devido à Previdência e aos Terceiros, em GPS. A letra “d” também é correta, pois não há mais prazo certo para guardar os documentos fiscais (incluindo a GFIP), devendo os mesmos ser preservados enquanto não ocorrer a prescrição. 11 - Assinale a alternativa incorreta: a) O crédito da seguridade social é constituído por meio de notificação fiscal de lançamento de débito - NFLD, de auto de infração e de confissão de valores devidos e não recolhidos pelo contribuinte. b) É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando elas obrigadas a prestar todas as informações e os esclarecimentos solicitados, o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e fundos. c) A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas nesta Lei. d) Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida, cabendo à empresa ou ao segurado o ônus da prova em contrário. e) Na falta de prova regular e formalizada, o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão- de-obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa co- responsável o ônus da prova em contrário. Gabarito Comentado: A letra “a” está flagrantemente errada e é o gabarito da questão. A Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) foi extinta. Era o documento lavrado pelo Auditor Fiscal nos casos em que, durante auditoria fiscal, fosse detectada falta de recolhimento de contribuição devida por parte de empresa ou equiparado a empresa (ou seja, era lavrada por descumprimento de obrigação principal perante a Previdência Social). A partir de então, tanto nos casos de CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 14 descumprimento de obrigação principal como de obrigação acessória, perante a previdência, o AFRFB lavra auto-de-infração (AI). Os demais itens não apresentam inovações, tratando das prerrogativas do Fisco na sua atividade, como o exame da contabilidade, a exigência de informações, a possibilidade de aferição indireta de valores devidos, tanto nas empresas em geral como na construção civil. O detalhe interessante é que estas competências, a partir da Lei 11.457/2007, passaram a ser da RFB e não mais do INSS como fora no passado. 12 - Em relação às normas aplicáveis às entidades beneficentes de assistência social, não está correto afirmar, salvo: a) São isentas das contribuições devidas à seguridadesocial, previstas nos artigos 22 e 23 da Lei 8212/91, as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas pelo Poder Executivo Federal. b) A isenção atribuída pela Constituição Federal às entidades beneficentes abrange empresa ou entidade com personalidade jurídica própria que seja mantida por outra que esteja no exercício da isenção. c) Estar em situação regular em relação às contribuições sociais não é condição necessária ao deferimento e à manutenção da isenção às EBAS (Entidades Beneficentes de Assistência Social). d) A isenção das contribuições é extensiva a todos os estabelecimentos e obras de construção civil da pessoa jurídica de direito privado beneficente, quando por ela executadas e destinadas a uso próprio. e) A percepção de vantagens, benefícios ou remuneração pelos os diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores da entidade não impede o seu reconhecimento como entidade beneficente isenta de contribuições. Gabarito Comentado: A opção “a” é falsa, pois o art. 195, §7º, da CRFB/88 condiciona a isenção (no caso, se trata de uma imunidade) para as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei e não pelo Poder Executivo como mencionado. A opção “b” também está incorreta. O art. 55, §2º, da Lei 8212/91 estabelece exatamente o contrário, pois define que a isenção não abrange empresa ou entidade que, tendo personalidade jurídica própria, seja mantida por outra que CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 15 esteja no exercício da isenção. Vale dizer, a isenção concedida à EBAS não é extensiva outra empresa ou entidade por ela mantida. A opção “c” está incorreta, pois contraria o disposto no art. 195, §3º, da CRFB/88, assim como o art.55, §6º, da Lei 8212/91 e art. 206, VII, do RPS que exigem como condição para gozo da isenção que a EBAS esteja em situação regular em relação às contribuições sociais. A opção “d” é a correta e, portanto, o gabarito da questão. A afirmativa contida nessa opção está em conformidade com o art. 206, §5º, do RPS. É importante reparar que os estabelecimentos da EBAS (sede e filiais) assim como as obras de construção civil edificadas com mão-de-obra própria e destinadas a seu uso da entidade também são alcançados pela isenção, o que não ocorre para outras entidades vinculadas à EBAS que possuam personalidade jurídica própria. Por fim, a letra “e” também está incorreta, pois contraria requisito definido no art. 55, IV, da Lei 8212/91. 13 – Um profissional liberal que realize atividade de natureza urbana por conta própria e contrate um segurado empregado e um contribuinte individual a seu serviço deve cumprir obrigações que lhe são impostas por lei, salvo: a) obter junto à Receita Federal do Brasil a sua matrícula CEI na qualidade de equiparado a empresa. b) declarar em GFIP, vinculadamente à sua matrícula CEI, os dados completos dos segurados empregado e contribuinte individual, assim como as respectivas remunerações, enviando a citada declaração pela Internet até o dia 7 do mês seguinte ao de competência. c) recolher a sua contribuição, na qualidade de contribuinte individual, por iniciativa própria, em relação aos valores recebidos pela prestação de serviço a pessoas físicas, cujo prazo é o dia 15 do mês seguinte ao de competência. d) fornecer o comprovante de pagamento ao segurado empregado e ao contribuinte individual e, em relação ao empregado, efetuar o respectivo registro na Carteira de Trabalho como empregador. e) arrecadar, mediante desconto da remuneração, as contribuições devidas pelo segurado empregado e pelo contribuinte individual a seu serviço, e recolher essas importâncias, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 16 Gabarito Comentado: A opção “a” está correta, pois o profissional liberal ou outra pessoa que exerça atividade urbana por conta própria é segurado obrigatório do RGPS, na qualidade de contribuinte individual. No caso de o CI contratar outro segurado a seu serviço, estará caracterizado, também, como equiparado a empresa. Dessa forma, sendo um CI equiparado a empresa, está obrigado a obter matrícula CEI, conforme disposto pelo art. 256, II, do RPS, perante a Receita Federal do Brasil, pois se sujeita à inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). A opção “b” também está correta, pois a obrigação de elaborar GFIP é extensiva aos equiparados a empresa, em conformidade com o art. 32, inciso IV, da Lei 8212/91. A opção “c” está igualmente correta e em conformidade com o art. 30, inciso II, da Lei 8212/91. A opção “d” está correta, pois a empresa, assim como os equiparados a empresa, deve fornecer comprovante de pagamento aos contribuintes individuais que lhe prestem serviço, na forma do art. 216, inciso XII, do RPS. A obrigatoriedade de fornecer comprovante e assinar a CTPS do empregado encontra-se estabelecida na legislação trabalhista. A opção “e” está incorreta e é o gabarito da questão. O erro se refere ao desconto sobre a remuneração do CI. O art. 4º, §3º, da Lei 10.666/03 dispensa o CI equiparado a empresa de realizar o desconto da contribuição devida pelo CI por ele contratado, embora permaneça obrigado a arrecadar, mediante desconto, as contribuições dos empregados e trabalhadores avulsos que vier a contratar. 14 - Assinale a alternativa correta: a) A certidão negativa de débito somente será concedida após pagamento de taxa a ser recolhida no Banco do Brasil. b) Após a concessão da CND, é defeso ao Fisco o levantamento de qualquer débito abrangido pelo período da certidão. c) A pessoa jurídica ou física em débito com a seguridade social não poderá contratar com o Poder Público ou receber benefícios creditícios deste. d) Caso a RFB já exija a CND da construtora que realiza obra sob sua responsabilidade, não poderá exigir outra certidão proprietário do imóvel. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 17 e) O documento comprobatório de inexistência de débito da obra, quando exigível do incorporador, dispensa aquele apresentado no Registro de Imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação. Gabarito Comentado: A letra “a” é incorreta, pois a certidão negativa é concedida independente do pagamento de taxas, pois há garantia constitucional (art. 5º, inciso XXXIV, alínea “b”, da CRFB/88) para a concessão de certidões independente do pagamento de taxas. A letra “b” também é igualmente incorreta, pois é evidente que a emissão de certidão negativa não impede o Fisco de realizar a cobrança de valores porventura devidos e não identificados no momento da emissão da mesma. A certidão negativa não é forma de extinção de crédito tributário. A certidão negativa é um mero nada consta, ou seja, a certidão apenas diz que até aquele presente momento não há valores devidos com relação àquele sujeito passivo. A União, por meio da Receita Federal do Brasil, pode e deve cobrar valores devidos que sejam posteriormente identificados. A letra “c” também é incorreta, pois somente a pessoa jurídica em débito com a seguridade social não poderá contratar com Poder Público. Esta vedação não é extensiva a pessoas físicas. A letra “d” é correta, sendo então o gabarito. Quando a Secretaria de Receita Federal do Brasil já concede a certidão negativa frente à construtora, no caso de obra, é evidente que o proprietário da obra, aquele que contratou a construtora, poderá se utilizar da mesma certidão negativa para averbação do imóvelno registro geral de imóveis - RGI, pois a certidão diz respeito a mesma obra, e não faz o menor sentido exigir do proprietário outra certidão negativa. A letra “e” é incorreta. A idéia aqui é a seguinte: como sabemos, de acordo com a previsão legal, o incorporador deve apresentar CND por ocasião da inscrição do memorial de incorporação. Todavia, esta CND não é relativa à obra, até porque a obra sequer começou. A idéia que esta certidão negativa irá trazer é de presunção relativa de idoneidade dessa empresa incorporadora. O que se pretende é poder avaliar se a empresa incorporadora irá realmente dar andamento ao empreendimento imobiliário. Todavia, muitas incorporadoras são também construtoras, ou seja, a própria incorporadora é a responsável pela construção e edifica a obra. Dessa forma, a mesma empresa, ao final da obra, precisará obter nova certidão negativa (somente em relação à obra) para averbação da construção no registro geral de imóveis. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 18 Percebam que realmente uma certidão negativa não tem nada a ver com outra, ainda que sejam exigíveis, nesta hipótese, da mesma pessoa. Por isso a questão é incorreta, pois obtenção da primeira certidão de modo algum dispensará a exigência da segunda. 15 - A CND deve ser exigida: a) Na alienação ou oneração a qualquer título de bem imóvel incorporado ao ativo permanente da empresa, ou de direito a ele relativo, independente de valor. b) Na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo permanente da empresa, qualquer que seja seu valor. c) Na transferência de controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada, incluindo a microempresa. d) Do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação no Registro de Imóveis, exceto quando se tratar de construção unifamiliar, não superior a 80 m2, destinada a uso próprio, do tipo econômico e tiver sido executada sem a utilização de mão-de-obra assalariada. e) Quando da concessão de crédito rural para o segurado especial e o produtor rural pessoa física, mesmo quando comercializem sua produção, exclusivamente, com pessoas jurídicas. Gabarito Comentado: A letra “a” traz a opção correta, sendo o gabarito, pois tanto na alienação como na oneração (como, por exemplo, no caso de uma hipoteca), a empresa deverá obter a certidão negativa para poder então alienar ou onerar seus bens imóveis, desde vinculados ao seu ativo permanente, independentemente do valor do bem imóvel. Naturalmente, se for uma empresa de comercialização de imóveis, hipótese na qual os imóveis permanecem no ativo circulante da empresa (são mercadorias para venda), é evidente que a certidão negativa não será necessária. A letra “b” incorreta, pois na hipótese de bem móvel, a CND não é exigível em qualquer hipótese, mas somente na alienação de bens móveis acima de determinado valor (atualmente, acima de R$ 33.228,88) e desde que vinculados ao ativo permanente da empresa. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 19 A letra “c” também é incorreta, pois a transferência de cotas da sociedade limitada não exige a certidão negativa quando a empresa envolvida for microempresa ou empresa de pequeno porte. A letra “d” também é incorreta, pois a dispensa é somente para a construção de imóvel unifamiliar com área não superior a 70 metros quadrados, ao contrário do que exposto na questão. A letra “e” também está incorreta, pois tais produtores rurais somente necessitarão da certidão negativa quando forem responsáveis pelo recolhimento, ou seja, só quando venderem sua produção diretamente no varejo para pessoa física, diretamente ao exterior, ou para outros produtores rurais pessoas físicas. Fora destas situações, que são exceções, estes produtores rurais conseguem a obtenção de crédito rural mesmo sem certidão negativa de débito, como no caso previsto, já que vendem sua produção a pessoas jurídicas, e nessas situações, as responsáveis pelo recolhimento são as referidas pessoas jurídicas adquirentes, consignatárias ou a cooperativa, na condição de adquirentes. Aula 7 - mesmas questões acima sem o gabarito 1 – Analise as assertivas contidas em cada um dos itens a seguir e escolha a opção correta: I – A pessoa física que exerce atividade remunerada de prestação de serviços, por conta própria, caracteriza-se como segurado obrigatório do RGPS, está obrigada a inscrever-se na previdência social e a recolher as contribuições devidas em decorrência da remuneração auferida de pessoas físicas. II – A pessoa física que exercer atividade remunerada está obrigada a filiar-se à Previdência Social no prazo de 30 dias a partir do início das referidas atividades. III – Os segurados vinculados a Regimes Próprios de Previdência Social, em relação à remuneração recebida dos respectivos Entes Federativos (U, E, DF ou M), não deverão ser declarados em GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social). f) Apenas os itens II e III são verdadeiros. g) Apenas o item II é falso. h) Apenas os itens I e III são falsos. i) Todos os itens são falsos. j) Todos os itens são verdadeiros. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 20 2 - (Técnico da Receita Federal, 2006 - adaptada) Segundo a consolidação administrativa das normas gerais de tributação e de arrecadação das contribuições previdenciárias, devem contribuir obrigatoriamente na qualidade de “segurado-empregado”: ( ) o diretor empregado que seja promovido para cargo de direção de sociedade anônima, mantendo as características inerentes à relação de trabalho? ( ) o trabalhador contratado em tempo certo, por empresa de trabalho temporário? ( ) aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos? a) Sim, sim, sim b) Sim, não, não c) Sim, não, sim d) Sim, sim, não e) Não, não, não 3 - Em relação aos princípios constitucionais que regem a seguridade social brasileira, cada uma das opções abaixo apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. (Procurador TCM/GO CESPE-2007) Assinale a opção cuja assertiva esteja correta: a) A empresa Construtora Solar Ltda. não recolheu as contribuições previdenciárias relativas à parte patronal nem as que foram arrecadadas dos segurados empregados nos últimos doze meses. Nessa situação, com fundamento nos princípios da igualdade e da livre iniciativa, a empresa poderá participar de licitação e ser contratada pela administração pública. b) O orfanato São José é entidade beneficente de assistência social. Nessa situação a entidade tem direito à isenção em relação às contribuições para a seguridade social mesmo que não tenha o certificado de utilidade pública federal e estadual ou municipal. c) Sandra é dona de casa e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa. Nessa situação, tem-se um exemplo da aplicação do princípio da universalidade, que deve ser compreendido sob dois aspectos: CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 21 todos os residentes e domiciliados no território nacional deverão ser atendidos e todos os riscos deverão ser acobertados pela seguridade social. d) João foi servidor público em um pequeno município com regime próprio de previdência durante 6 anos. Apesar da segurança que o cargo lhe proporcionava, João pediu exoneração e abriu um pequeno negócio por conta própria, passando a contribuir para o RGPS na qualidade de seguradocontribuinte individual. Nessa situação, o tempo de contribuição para o regime próprio somente será computado após 36 meses de contribuição no RGPS. 4 – Nos termos da legislação previdenciária, assinale qual dos requisitos abaixo não é exigido da empresa para fins de isenção de contribuições (ESAF 2002). a) Ser reconhecida como de utilidade pública federal. b) Ser reconhecida como de utilidade pública pelo respectivo Estado, Distrito Federal ou Município onde se encontre a sua sede. c) Ser portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social. d) Não perceber seus diretores vantagens ou benefícios, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes são atribuídas pelo respectivo estatuto social. e) Estar em situação irregular em relação às contribuições sociais. 5 – Dentre as opções a seguir, assinale aquela que contenha empresa ou equiparado que, caso contrate contribuinte individual a seu serviço, está obrigada a descontar-lhe a contribuição de 11% da remuneração a ele paga ou creditada, respeitados os limites mínimo e máximo do salário-de- contribuição, vigentes na respectiva competência: a) a associação beneficente de assistência social isenta, na forma da lei; b) a repartição consular de carreira estrangeira; c) o órgão da administração pública federal, estadual ou municipal; d) o contribuinte individual; e) o produtor rural pessoa física; 6 – Leia atentamente os itens a seguir e indique V (se for verdadeiro) ou F (se for falso) e assinale a opção que esteja correta: CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 22 I – Considera-se cooperativa de produção aquela em que os associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção. II – O segurado especial que contratar mão-de-obra remunerada, em época de safra, respeitada a razão máxima de 120 pessoas/dia dentro do ano-civil, está obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição previdenciária devida pelos segurados contratados. III - A pessoa física que vier a contratar um segurado a seu serviço estará caracterizada como equiparada a empresa, na forma da legislação previdenciária vigente. IV – O segurado especial que contratar mão-de-obra remunerada, em época de safra, ainda que respeite a razão máxima de 120 pessoas/dia dentro do ano- civil, estará caracterizado como equiparado a empresa, na forma da legislação previdenciária vigente. a) Os itens I, III e IV são falsos. b) Somente os itens I e II são verdadeiros. c) Os itens II e IV são verdadeiros. d) Os itens I, II e III são falsos. e) Somente o item III é falso. 7 - Sobre a obrigação de entregar a GFIP, mensalmente, imposta às empresas e aos equiparados pelo art. 32, inciso IV, da Lei 8212/91, assinale a alternativa correta. a) A GFIP é documento adequado para a empresa realizar o recolhimento de suas contribuições. b) Os valores das contribuições incluídos na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, não recolhidos ou não parcelados, serão inscritos na Dívida Ativa, dispensando-se o processo administrativo de natureza contenciosa. c) A GFIP não tem caráter declaratório, ou seja, a empresa não assume como devidas as contribuições declaradas neste documento, no caso de não recolhimento. d) A certidão negativa de débito (CND) só será concedida caso a empresa tenha efetuado a entrega de todas as GFIPs devidas, salvo se comprovar o recolhimento das contribuições sociais. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 23 e) Somente o Instituto Nacional do Seguro Social poderá estabelecer normas para disciplinar a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. 8 – Nos termos estabelecidos pela legislação previdenciária, assinale qual dos requisitos abaixo não é exigido da empresa para fins de isenção de contribuições (ESAF 2002). a) Ser reconhecida como de utilidade pública federal. b) Ser reconhecida como de utilidade pública pelo respectivo Estado, Distrito Federal ou Município onde se encontre a sua sede. c) Ser portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social. d) Não perceber seus diretores vantagens ou benefícios, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes são atribuídas pelo respectivo estatuto social. e) Estar em situação irregular em relação às contribuições sociais. 9 - Assinale a alternativa correta: a) Não cabe defesa de auto-de-infração lavrado em razão de fraude contra a previdência social. b) Os lançamentos no livro Diário devem ser realizados mesmo pelas empresas de pequeno porte. c) O contribuinte individual, ao pagar sua contribuição em atraso, dentro do mês de vencimento, pagará a título de multa, 0,33% ao dia. d) A multa no atraso de recolhimento de contribuições é excluída quando o segurado apresenta denúncia espontânea. e) O taxa de juros incidentes sobre a contribuição em atraso é sempre da taxa SELIC. 10 - Sobre a GFIP, assinale a alternativa incorreta: a) A GFIP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. b) A GFIP deve ser apresentada ainda que não ocorram fatos geradores de contribuição previdenciária. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 24 c) A ausência de GFIP impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional. d) Em relação aos créditos tributários, os documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações, incluindo a GFIP, devem ficar arquivados na empresa até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram. e) Os valores declarados em GFIP devem ser incluídos em auto-de-infração para a respectiva constituição do crédito tributário. 11 - Assinale a alternativa incorreta: a) O crédito da seguridade social é constituído por meio de notificação fiscal de lançamento de débito - NFLD, de auto de infração e de confissão de valores devidos e não recolhidos pelo contribuinte. b) É prerrogativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por intermédio dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da contabilidade das empresas, ficando elas obrigadas a prestar todas as informações e os esclarecimentos solicitados, o segurado e os terceiros responsáveis pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades e fundos. c) A empresa, o segurado da Previdência Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu representante, o comissário e o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial são obrigados a exibir todos os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas nesta Lei. d) Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer documento ou informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância devida, cabendo à empresa ou ao segurado o ônus da prova em contrário. e) Na falta de prova regular e formalizada, o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão- de-obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretariada Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa co- responsável o ônus da prova em contrário. 12 - Em relação às normas aplicáveis às entidades beneficentes de assistência social, não está correto afirmar, salvo: CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 25 a) São isentas das contribuições devidas à seguridade social, previstas nos artigos 22 e 23 da Lei 8212/91, as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas pelo Poder Executivo Federal. b) A isenção atribuída pela Constituição Federal às entidades beneficentes abrange empresa ou entidade com personalidade jurídica própria que seja mantida por outra que esteja no exercício da isenção. c) Estar em situação regular em relação às contribuições sociais não é condição necessária ao deferimento e à manutenção da isenção às EBAS (Entidades Beneficentes de Assistência Social). d) A isenção das contribuições é extensiva a todos os estabelecimentos e obras de construção civil da pessoa jurídica de direito privado beneficente, quando por ela executadas e destinadas a uso próprio. e) A percepção de vantagens, benefícios ou remuneração pelos os diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores da entidade não impede o seu reconhecimento como entidade beneficente isenta de contribuições. 13 – Um profissional liberal que realize atividade de natureza urbana por conta própria e contrate um segurado empregado e um contribuinte individual a seu serviço deve cumprir obrigações que lhe são impostas por lei, salvo: a) obter junto à Receita Federal do Brasil a sua matrícula CEI na qualidade de equiparado a empresa. b) declarar em GFIP, vinculadamente à sua matrícula CEI, os dados completos dos segurados empregado e contribuinte individual, assim como as respectivas remunerações, enviando a citada declaração pela Internet até o dia 7 do mês seguinte ao de competência. c) recolher a sua contribuição, na qualidade de contribuinte individual, por iniciativa própria, em relação aos valores recebidos pela prestação de serviço a pessoas físicas, cujo prazo é o dia 15 do mês seguinte ao de competência. d) fornecer o comprovante de pagamento ao segurado empregado e ao contribuinte individual e, em relação ao empregado, efetuar o respectivo registro na Carteira de Trabalho como empregador. e) arrecadar, mediante desconto da remuneração, as contribuições devidas pelo segurado empregado e pelo contribuinte individual a seu serviço, e recolher essas importâncias, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. CURSO ON-LINE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL PROFESSOR: FÁBIO ZAMBITTE www.pontodosconcursos.com.br 26 14 - Assinale a alternativa correta: a) A certidão negativa de débito somente será concedida após pagamento de taxa a ser recolhida no Banco do Brasil. b) Após a concessão da CND, é defeso ao Fisco o levantamento de qualquer débito abrangido pelo período da certidão. c) A pessoa jurídica ou física em débito com a seguridade social não poderá contratar com o Poder Público ou receber benefícios creditícios deste. d) Caso a RFB já exija a CND da construtora que realiza obra sob sua responsabilidade, não poderá exigir outra certidão proprietário do imóvel. e) O documento comprobatório de inexistência de débito da obra, quando exigível do incorporador, dispensa aquele apresentado no Registro de Imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação. 15 - A CND deve ser exigida: a) Na alienação ou oneração a qualquer título de bem imóvel incorporado ao ativo permanente da empresa, ou de direito a ele relativo, independente de valor. b) Na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo permanente da empresa, qualquer que seja seu valor. c) Na transferência de controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada, incluindo a microempresa. d) Do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação no Registro de Imóveis, exceto quando se tratar de construção unifamiliar, não superior a 80 m2, destinada a uso próprio, do tipo econômico e tiver sido executada sem a utilização de mão-de-obra assalariada. e) Quando da concessão de crédito rural para o segurado especial e o produtor rural pessoa física, mesmo quando comercializem sua produção, exclusivamente, com pessoas jurídicas.
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